Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
1.CONHECIMENTO INTRODUTÓRIO:
3
A teoria da Proteção Integral encontra amparo jurídico na Constituição Federal, no
Estatuto da Criança e do Adolescente e nas Convenções Internacionais sobre os Direitos
da Criança e dos Direito Humanos, sendo que seus princípios fundamentais, em um
sistema jurídico baseado no reconhecimento de direitos, são como imposições às
autoridades, isto é, são obrigatórios, especialmente para as autoridades públicas
(BRUÑOL, 2001, p. 101). Assentando-se basicamente em três princípios pilares: a criança
e ao adolescente como sujeitos de direitos, destinatários de absoluta prioridade e
respeitando sua condição de desenvolvimento.
RESPOSÁVEIS PELA
PROTEÇÃO INTEGRAL:
O novo olhar jurídico traçado pela Constituição Federal é um somatório pela busca
de direitos e garantias às crianças e adolescentes, está ligado a importantes tratados
internacionais que passaram a ser adotados pelo Brasil, como: Declaração de Genebra
(1924), a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948), a Declaração Universal dos
Direitos da Criança (1959), a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, conhecida
como Pacto de São José da Costa Rica (1969), a Convenção das Nações Unidas sobre os
direitos das crianças (1989), e, também, a pluralidade de direitos nacionais, como a
Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988, Lei
n. 8.069, de 13 de julho de 1990, que aprovou o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A Constituição Federal representa o marco jurídico da redemocratização do país,
seu texto trouxe o ser humano e a preservação da sua dignidade como pontos centrais da
4
nova organização política e jurídica do Brasil. Tanto é, que a dignidade da pessoa humana
(art. 1º, III, CF) e a promoção do bem de todos sem qualquer distinção ou discriminação
(art. 3º, IV, CF) estão descritas nos fundamentos e objetivos da Constituição.
A partir da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em 05
de outubro de 1988, o processo de valorização dos direitos humanos contou com o
reconhecimento de novos sujeitos de direitos, pela primeira vez homens e mulheres são
juridicamente sujeitos de direitos iguais, as pessoas indígenas ganharam capítulo próprio,
e as crianças e adolescentes passaram a ser tratadas como sujeitos de direito,
principalmente após a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 13
de julho de 1990, onde, uma nova visão foi adotada sobre os direitos da criança e do
adolescente, passou-se a adotar a teoria da proteção integral.
A doutrina da proteção integral está adotada expressamente no artigo 1º do Estatuto.
Importante destacar que a doutrina confere juridicidade aos direitos, isto é, todos direitos
assegurados são plenamente exigíveis pelo poder público, instituições e pelo indivíduo,
que, mediante o direito de ação, poderá pleitear determinado direito.
Devido a sua localização, por estarem fora do rol de direitos individuais fundamentais
do Título II da Constituição Federal, há quem questionem se seriam eles abrangidos pelas
cláusulas pétreas, a resposta é SIM! A resposta justifica-se pela primazia dos Direitos
Humanos, pois não há limitação à previsão de outros direitos fundamentais de forma
esparsa no texto constitucional, assim, é possível aplicar o disposto no artigo 60, §4º, IV,
da CF, que veda a emenda constitucional tendente a ABOLIR direitos e garantias
individuais. Garantias de impossibilidade de retrocesso em matéria de direitos humanos
também previstas no artigo 5º do Pacto dos Direitos Civis e Políticos (1966) e no artigo 5º,
§2º, do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966), ambos
ratificados pelo país (ZAPATER, 2017).
Nada impede as alterações no texto ou a criação de leis que sejam para ampliar
esses direitos, como é o caso das recentes Leis:
a) Lei n. 13.715/2018: Dispõe sobre hipóteses de perda do poder familiar pelo autor de
determinados crimes contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou
contra filho, filha ou outro descendente, alterando o artigo 23, §2º, do ECA.
b) Lei n. 13.715/2018: Dispõe sobre a racionalização de atos e procedimentos
administrativos dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e institui o Selo de desburocratização e Simplificação, trazendo
importante alteração quanto as regras de viagem de crianças e adolescentes.
c) Lei n. 13.509/2017: Dispõe sobre adoção e altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
d) Lei n. 13.257/2016: Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância, que
dispõe sobre as políticas públicas para crianças até 6 anos de idade.
6
e) Lei n. 13.306/2016: Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da
Criança e do Adolescente, a fim de fixar em cinco anos a idade máxima para o
atendimento na educação infantil.
f) Lei n. 13.185/2015: Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática
(Bullying).
g) Lei n. 13.010/2014: Altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), para estabelecer o direito da criança e do adolescente
de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel
ou degradante, e altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
h) Lei n. 12.962/2014: Altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da
Criança e do Adolescente, para assegurar a convivência da criança e do adolescente
com os pais privados de liberdade.
i) Lei n. 12.594/2012: Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
(SINASE), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a
adolescente que pratique ato infracional;
ATENÇÃO!
O ECA pode ter aplicação EXCEPCIONAL para pessoas até 21 anos de idade, nos casos de ato
infracional com medida socioeducativa de internação, se o adolescente atingir maioridade durante o
seu cumprimento. Ocorrerá a liberação compulsória quando completar 21 anos (Art. 2º, parágrafo
único, art. 120, §2º e artigo 121, §5º, do EAC.
7
3.1 Criança e adolescente como sujeitos de direitos:
ATENÇÃO!
Em relação às mulheres que desejam entregar seus filhos para adoção, estas serão
obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude, de
acordo com o artigo 13, §1º, do ECA. Incorre em sanção administrativa, o médico, enfermeiro,
dirigente de estabelecimento de saúde ou funcionário de programa oficial ou comunitário destinado
à garantia do direito à convivência familiar, que deixar de encaminhar (art. 258-B, ECA).
Quanto as garantias de aleitamento materno, o artigo 9º, do ECA, traz que o poder
público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de
liberdade. Ainda, os serviços e unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de
banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano (Art. 9º, §2º, ECA).
Outras ampliações às garantias de direitos fundamentais como a saúde, trazidas
pela Lei da 1ª Infância, cabe destacar os §§1º e 2º, do artigo 11, o qual reforça a garantia
de atendimento sem discriminação ou segregação de crianças e adolescentes com
deficiência e o dever de oferecer gratuitamente: medicamentos, órteses, próteses e outras
tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e
adolescentes. Nesse sentido, a obrigação de promover assistência médica, odontológica e
vacinação, de acordo com o artigo 14, §§2º e 3º, ECA.
9
5. DIREITO FUNDAMENTAL: À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE (Art. 15
a 18-B):
• Sofrimento físico
Castigo • Lesão
Físico
Tratamento • Humilhe
cruel ou • Ameaçe
degradante • Ridicularize
Além disso, é dever dos pais, integrantes da família ampliada, responsáveis, agentes
públicos ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e adolescentes, de tratá-
los, educá-los ou protegê-los de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante, como
forma de correção, disciplina, estando sujeitos às sanções pelo Conselho Tutelar, como:
a) encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família.
b) encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico.
c) encaminhamento a cursos ou programas de orientação.
d) obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado.
e) advertência.
10
6.DIREITO FUNDAMENTAL: À EDUCAÇÃO, CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER
(Arts. 53 a 59)
11
7.DIREITO FUNDAMENTAL: À PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO AO
TRABALHO (Art. 60 a 69):
13
ATENÇÃO!
Nos casos de revistas ou publicações com conteúdo impróprio ou inadequado, deverão ser
comercializadas em embalagens lacradas, com advertência de seu conteúdo, todavia, se o
conteúdo inadequado estiver na capa, a embalagem deverá ser opaca.
O artigo 82, do ECA, traz que é PROIBIDA a hospedagem de criança e adolescente em:
Autorização: não precisa ser com firma reconhecida, basta uma simples autorização.
14
poderá ser fechado até 15 dias, e se comprovada a reincidência em período inferior a 30
(trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente fechado e terá sua licença cassada.
Lei da desburocratização:
Art. 3º Na relação dos órgãos e entidades dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios com o cidadão, é dispensada a exigência de:
[...]
ATENÇÃO!
Não é necessária a autorização de genitores suspensos ou destituídos do poder familiar, devendo o
interessado comprovar a circunstância por meio de certidão de nascimento devidamente averbada.
16
9.DIREITO FUNDAMENTAL À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA (Art. 19 a
52):
17
9.1 Poder familiar
ATENÇÃO!
O acolhimento familiar é medida excepcional, antes desta hipótese é necessário avaliar a
possibilidade de afastar o agressor do convívio familiar ou da colocação da criança ou adolescente
em família extensa.
Entende-se por família natural, segundo o artigo 25, caput, do ECA, a comunidade
formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes, isto é, corresponde ao
parentesco biológico.
As recentes alterações advindas das Leis n. 12.962/2014 e n. 13.257/2016, que
alteraram a redação de alguns artigo do ECA, asseguraram que a carência de recursos
materiais (art. 23), a dependência de substâncias entorpecentes ou a condenação criminal,
com cumprimento de pena privativa de liberdade, do pai ou da mãe, salvo se for crime
doloso contra o próprio filho(a), descendente ou contra outrem igualmente titular do poder
familiar(art. 23, §2º), não implicam, por si só, na destituição do poder familiar. A perda ou
suspensão do poder familiar só podem ser decretadas judicialmente, respeitado o
contraditório e somente nas hipóteses previstas no Código Civil e se forem
injustificadamente descumpridos os deveres de sustento, guarda e educação (art. 24, do
ECA).
19
9.3 Família extensa ou ampliada:
A família extensa ou ampliada é entendida por aquela formada além da unidade pais
e filhos, isto é, parentes próximos, com os quais a criança ou adolescente convive e mantém
vínculos de afinidade afeto.
9.4.2 Da tutela
A tutela pode ser deferida a pessoa até 18 anos de idade, ela pressupõe a prévia
decretação da perda do poder familiar e implica, necessariamente o dever de guarda.
O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, tem o prazo de
30 dias após a abertura da sucessão, para ingressar com o pedido de tutela, sendo que
nesse pedido será avaliada a vontade do tutelando e se não existe outra pessoa em
melhores condições para assumir. A tutela está subordinada as regras do artigo 24, do ECA
e dos artigos 1.728 a 1.734 do Código Civil.
É medida que visa suprir a ausência da representação legal dos pais, para cuidado
da criança ou adolescente e de seus patrimônios.
9.4.3 Da adoção:
21
A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural
ou extensa, atribui a condição de filho ao adotado, análoga à do parentesco biológico, com
os mesmos direitos e deveres, inclusivo sucessórios, desligando o adotado de qualquer
vínculo com pais e parentes, segundo os artigos 39, §1º, e 40, do ECA.
É vedada a adoção por procuração, ela ocorre somente pela via judicial, sendo
observados os interesses do adotando. A criança ou adolescente deve contar com no
máximo 18 anos de idade, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
Segundo o artigo 41, §1º, do Eca, se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho
do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do
adotante e os respectivos parentes.
ATENÇÃO!
Requisitos para adotar:
• Maiores de 18 anos idade (quem pretende adotar).
• Menores de 18 anos de idade (criança ou adolescente).
• Diferença de 16 anos de idade entre adotante e adotado.
• Consentimento dos pais ou destituição do poder familiar.
• Somente por via judicial.
• Manifestação da criança e consentimento do adolescente.
• Estágio de convivência (para formação de vínculos). NACIONAL: prazo máximo de 90
dias, podendo ser prorrogador por igual período (dispensado se houver vínculo, tutela ou
guarda anterior, art. 46). Se adoção INTERNACIONAL: prazo mínimo de 30 dias e
máximo de 45 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Estágio de convivência
internacional deve ser cumprido em território nacional.
• Necessária prévia habilitação.
• Idoneidade, motivos legítimos e desejo de filiação.
Quem não pode adotar? Os ascendentes e os irmãos do adotando e quem tiver menos
de 16 anos de diferença do adotado.
O que precisa para adoção conjunta? Para adoção conjunta, é indispensável que os
adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a
estabilidade da família.
É possível a guarda compartilhada? Conforme §2º, do artigo 42, do ECA e artigo 1.583
e seguinte do Código Civil, é possível a aguarda compartilhada, salvo se houve a perda do
poder familiar. A guarda compartilhada corresponde a responsabilização conjunta do
exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivem sob o mesmo teto (NUCCI,
2017, p. 186).
ATENÇÃO!
Família significa núcleo doméstico, pouco importa se é formada por pessoas heteroafetivas ou
homoafetivas. Ainda que não haja previsão expressa quanto a possibilidade de adoção por causa
homoafetivos, o STF decidiu pelo reconhecimento da União Estável homoafetiva (DPF 132), e a
jurisprudência admite a possibilidade de ação.
25
11.AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
As medidas pertinentes aos pais ou responsável, estão previstas nos artigos 129 e
130, do ECA, são medidas aplicadas a eles, quando não observam os direitos e garantias
de crianças e adolescentes e oferecem risco ou violam esses direitos. São medidas
aplicadas aos pais ou responsáveis: encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
comunitários de proteção, apoio e promoção da família; inclusão em programa oficial ou
comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; encaminhamento a cursos ou
programas de orientação; obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua
frequência e aproveitamento escolar; obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
tratamento especializado; advertência; perda da guarda; destituição da tutela; suspensão
ou destituição do poder familiar.
Deve-se destacar o artigo 130, do ECA, a respeito da medida cautelar de
afastamento do agressor da moradia, quando verificado maus-tratos, opressão ou abuso
sexual, tendo como agressor os pais ou responsável.
27
As principais atribuições do conselheiro são: atender crianças e adolescentes, bem
como, seus pais ou responsável, aconselhar, requisitar serviços públicos na área da saúde,
educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança, encaminhar ao Ministério
Público notícia de violação de direitos, expedir notificações, assessorar o Poder Executivo
local na elaboração de proposta orçamentária para planos e programas de atendimento,
representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
familiar.
São impedidos de servir no mesmo Conselho (lembrando que mesmo município
poderá haver mais de um Conselho Tutelar) marido e mulher, ascendente e descendente,
sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou
madrasta e enteada. O impedimento também se aplica para autoridade judiciária e ao
representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e Juventude, em
exercício na comarcar, foro regional ou distrital.
Pode ser iniciado pelo Ministério Público, pelos pais, ou qualquer pessoa que tenha
interesse, como um membro da entidade familiar. Ao receber a petição inicial. Havendo
motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a
suspensão do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento definitivo da
causa, ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea, mediante termo de
responsabilidade.
O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 (cento e vinte) dias,
e caberá ao juiz, no caso de notória inviabilidade de manutenção do poder familiar, dirigir
esforços para preparar a criança ou o adolescente com vistas à colocação em família
substituta. A sentença que decretar a perda ou a suspensão do poder familiar será
averbada à margem do registro de nascimento da criança ou do adolescente.
O procedimento tem prioridade na tramitação, o prazo é em contagem de dias
corridos, conforme estabelece o estatuto (não em dias úteis, conforme código de processo
28
civil). Todos procedimentos regulados pelo ECA possuem isenção de custas e
emolumentos.
13.SISTEMA RECURSAL:
29
14.1 Pedido de adoção com pais desconhecidos ou falecidos:
1. DOS FATOS:
Narrar o que ocorreu no mundo dos fatos que ensejou a propositura da ação,
conforme problema fornecido pela FGV.
2. DO DIREITO:
30
Trazer a fundamentação legal da ação que tratam da possibilidade de adotar a
criança, como, por exemplo, o preenchimento dos requisitos que consta nos artigos 42 e
43, do ECA, se a criança já estiver com os adotantes é possível pedir dispensa do estágio
de convivência, segundo o artigo 46, §1º, do ECA. Fundamente na dispensa do
consentimento dos pais, se for o caso, conforme artigo 45, §1º, do ECA. É muito importante
argumentar sobre o direito à convivência familiar, como direito fundamental previsto no
artigo 227, da CF.
3. DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer o Autor:
b) A tramitação preferencial do presente feito, tendo em vista o artigo 1.048, inciso II, do
Código de Processo Civil e artigo 47, §9º, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
c) O benefício da gratuidade da justiça, por ser o Autor pessoa pobre nos termos da lei,
consoante previsão dos artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil, conforme declaração
anexa (se o enunciado trouxer informações para esse pedido, lembrando que nas ações
que tramitam na Justiça da infância não possuem custo, isto é, são isentas de custas e
emolumentos para às crianças e adolescentes, quando elas configurarem como autora ou
ré, segundo entendimento do STJ, não se aplicando as demais partes do processo,
segundo o §2º, do artigo 141 do ECA).
d) A total procedência da ação com o fim de que seja concedida aos autores a adoção de
NOME DO ADOTADO.
Ou
d) A total procedência da ação com o fim de que seja concedida aos autores a adoção de
NOME DO ADOTADO, dispensando-se o estágio de convivência em razão da criança já
residir com os requerentes há longo tempo (de acordo com as informações do enunciado).
31
f) A produção de todos os meios de provas permitidos em direito, em especial... (o candidato
deverá analisar se enunciado fala sobre provas documentais, testemunhas, perícia social
e psicológica etc.).
g) Expedição de mandado para o Cartório de Registro Civil desta Comarca, para cancelar
o registro original do adotado e que seja lavrado novo registro contendo o nome dos
adotantes como pais, bem como, de seus ascendentes e que, o adotado, passará a se
chamar FULANO DE TAL, segundo artigo 47, §§1º, 2º e 5º do ECA.
h) A oitiva da criança ou adolescente, para que manifeste sobre sua concordância, ou não,
com o pedido de adoção dos autores, consoante artigo 28, §1º e §2º, do ECA.
g) A dispensa do consentimento dos pais biológicos do adotando, haja vista que eles foram
destituídos do poder familiar (Art. 45, §1º, do ECA).
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., Data...
Advogado...
OAB...
32
14.2 Ação de destituição do poder familiar cumulada com pedido de adoção:
1. DOS FATOS:
Narrar o que ocorreu no mundo dos fatos que ensejou a propositura da ação,
conforme problema fornecido pela FGV.
2. DO DIREITO:
33
Trazer a fundamentação legal da ação com base na extinção do poder familiar (art.
artigo 155 a 163 do Estatuto da Criança e do Adolescente e nos artigos 1.618 e 1.638 do
Código Civil. É possível trabalhar a tese do dever de guarda, artigo 1634, do CC.
Argumentar quanto ao preenchimento dos requisitos que consta no artigo 43, do ECA, se
a criança já estiver com os adotantes é possível pedir dispensa do estágio de convivência,
segundo o artigo 46, §1º, do ECA. É muito importante argumentar sobre o direito à
convivência familiar, como direito fundamental previsto no artigo 227, da CF.
3. DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer o Autor:
b) A tramitação preferencial do presente feito, tendo em vista o artigo 1.048, inciso II, do
Código de Processo Civil e artigo 47, §9º, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
c) O benefício da gratuidade da justiça, por ser o Autor pessoa pobre nos termos da lei,
consoante previsão dos artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil, conforme declaração
anexa (se o enunciado trouxer informações para esse pedido, lembrando que nas ações
que tramitam na Justiça da infância não possuem custo, isto é, são isentas de custas e
emolumentos para às crianças e adolescentes, quando elas configurarem como autora ou
ré, segundo entendimento do STJ, não se aplicando as demais partes do processo,
segundo o §2º, do artigo 141 do ECA).
d) A total procedência da ação com o fim de que seja declarada a destituição do poder
familiar dos réus em relação à criança ou adolescente e que seja concedida aos autores a
adoção de NOME DO ADOTADO.
Ou
d) A total procedência da ação com o fim de que seja declarada a destituição do poder
familiar dos réus em relação à criança ou adolescente e que seja concedida aos autores a
adoção de NOME DO ADOTADO, dispensando-se o estágio de convivência em razão da
criança já residir com os requerentes há longo tempo (de acordo com as informações do
enunciado).
34
e) A intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito;
g) Expedição de mandado para o Cartório de Registro Civil desta Comarca, para cancelar
o registro original do adotado e que seja lavrado novo registro contendo o nome dos
adotantes como pais, bem como, de seus ascendentes e que, o adotado, passará a se
chamar FULANO DE TAL, segundo artigo 47, §§1º, 2º e 5º do ECA.
h) A oitiva da criança ou adolescente, para que manifeste sobre sua concordância, ou não,
com o pedido de adoção dos autores, consoante artigo 28, §1º e §2º, do ECA.
g) A dispensa do consentimento dos pais biológicos do adotando, haja vista que eles foram
destituídos do poder familiar (Art. 45, §1º, do ECA).
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., Data...
Advogado...
OAB...
35
REFERÊNCIAS
CUSTÓDIO, André Viana; KÜHL, Franciele Letícia. A proteção aos direitos humanos de
crianças e adolescentes contra violência sexual intrafamiliar. In: GORCZEVSKI, Clovis
(Org.). Direitos Humanos e Participação Política. v.8, Porto Alegre: Imprensa Livre, 2017.
ZAPATER, Maíra. Estatuto da Criança e do Adolescente. In: LENZA, Pedro. OAB Primeira
Fase: volume único. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
36
37