Você está na página 1de 70

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

PAULO VITOR DA ROCHA FILGUEIRAS

O BASQUETEBOL NO AUXÍLIO DO COMPORTAMENTO DE


CRIANÇAS E ADOLESCENTES PRATICANTES

Porto Velho
2018
PAULO VITOR DA ROCHA FILGUEIRAS

O BASQUETEBOL NO AUXÍLIO DO COMPORTAMENTO DE


CRIANÇAS E ADOLESCENTES PRATICANTES

Monografia apresentada ao Departamento de


Educação Física da Universidade Federal de
Rondônia, como termo obrigatório avaliativo
para obtenção do Grau Superior em Educação
Física.

Orientador: Prof. Dr. Edson dos Santos Farias

Porto Velho
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Fundação Universidade Federal de Rondônia
Gerada automaticamente mediante informações fornecidas pelo(a) autor(a)
_____________________________________________________________________________

F481b Filgueiras, Paulo Vitor da Rocha .


O basquetebol no auxílio do comportamento de crianças e adolescentes
praticantes / Paulo Vitor da Rocha Filgueiras. -- Porto Velho, RO, 2018.

70 f. : il.
Orientador(a): Prof. Dr. Edson dos Santos Farias

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) -


Fundação Universidade Federal de Rondônia
1.Basquetebol. 2.Comportamento. 3.Ansiedade. I. Farias, Edson dos
Santos. II. Título.

CDU 796.323
_____________________________________________________________________________
Bibliotecário(a) Ozelina do Carmo de Carvalho CRB 11/486
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele nada me seria possível,
posteriormente a minha esposa Nayara, filho Paulo Salomão, que são meus combustíveis no
dia-a-dia, e meus pais, João e Edna que nunca me deixaram desanimar.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente meu agradecimento é a Deus, pois é que me levanta a cada manhã e dá


um novo folego de vida, para alcançar os objetivos. A pessoa do professor Edson Farias que se
mostrou disponível para me auxiliar na caminhada da monografia. A todos os outros professores
que me ajudaram a construir uma base sólida na minha graduação. A todos os alunos da
universidade que participaram de alguns projetos voluntários que pude desenvolver através do
basquetebol.
Em especial a minha companheira e esposa, que nos momentos de dificuldade me
escutou, me abraçou e me beijou.
E por fim ao próprio basquetebol. Um esporte maravilhoso que me proporcionou a
oportunidade de conhecer grande parte do Brasil e diferentes pessoas. Me ensinou o que são as
vitórias e as derrotas, além de como me portar diante de cada uma delas. Onde ainda pude
aprender que com dedicação nós conseguimos conquistar o que quisermos e podemos chegar
aos lugares mais altos.
Deus não é injusto. Ele não se esquece do vosso trabalho e do amor que têm mostrado pelo
Senhor, até pelos serviços que têm prestado — e continuam a prestar — aos crentes.
Hebreus 6.10

“As três coisas mais importantes da vida são a família, a religião e o país”
Oscar Schmidt
RESUMO

Introdução: Tomando ideia desde o ingresso na universidade e forma na disciplina de


Elaboração de Projetos de Pesquisa foi que surgiu essa proposta de trabalho. Para a significação
deste, analisou-se a atual conjuntura econômica e política do país, que passando por inúmeros
escândalos de corrupção detectados de formas sistêmicas a até pode-se dizer, endêmicas,
observou-se que o poder aquisitivo e a situação monetária das famílias sofrem com essa
recessão. Pensando nas crianças destas famílias como o futuro da nação, entendeu-se uma
necessidade de intervenção para proporcioná-las um futuro menos obscuro e turbulento, mesmo
que ajam fatores extremamente contrários. Objetivo: Baseado no exposto acima o objetivo do
presente estudo foi investigar como o basquetebol influencia o comportamento de jovens de 14
a 20 anos em um projeto de intervenção na zona leste de Porto Velho – RO. Metodologia: Foi
um estudo de intervenção com duração de um ano letivo (2017), com atividades envolvendo a
modalidade de basquetebol de duas a três vezes por semana, com duração duas horas diária. Foi
aplicado no término do estudo quatro questionários, de níveis socioeconômicos, mudança de
comportamento, ansiedade e cooperação desportiva. Resultados: Em sua maioria os jovens do
Projeto CÉU são classificados como de baixa renda considerando o número de moradores na
mesma residência 74,2% < 3 (CSA). Demonstraram mudança para bom comportamento de
acordo com o questionário aos responsáveis (QPR). Apresentaram baixos níveis de ansiedade
antes e durante o jogo (SAS). Destacaram-se com altos níveis de cooperação tanto entre si
quanto com os responsáveis (QCD). Conclusão: O basquetebol mostrou ser eficiente no auxílio
do comportamento de jovens e crianças participantes, provocando adequação a valores morais
e os mesmos ainda alteram o ambiente em que vivem.

Palavras-chave: Basquetebol. Comportamento e Ansiedade.


ABSTRACT

Introduction: Taking this idea from the university entrance and form in the discipline
of Elaboration of Research Projects, it was this work proposal. For the significance of this, the
current economic and political situation of the country was analyzed, which, through numerous
corruption scandals detected in systems that could even be said to be endemic, showed that the
purchasing power and the monetary situation of the families suffer with this recession. Thinking
about the children of these families as the future of the nation, we understood a need for
intervention to provide them with a less obscure and turbulent future, even if they act against
extremely opposing factors. Objective: Based on the above, the objective of this study was to
investigate how basketball influences the behavior of young people aged 14 to 20 years in an
intervention project in the eastern zone of Porto Velho - RO. Methodology: It was an
intervention study with a duration of one academic year (2017), with activities involving the
modality of basketball of two to three times a week with duration two hours daily. Four
questionnaires were used at the end of the study: socioeconomic levels, behavior change,
anxiety and sports cooperation. Results: Most of the young people in the CÉU Project are
classified as low-income, considering the number of residents in the same household 74.2% <3
(CSA). They showed a change to good behavior according to the questionnaire to managers
(QPR). They had low levels of anxiety before and during the game (SAS). They stood out with
high levels of cooperation both with each other and with those responsible (QCD).
CONCLUSIONS: Basketball has been shown to be efficient in helping the behavior of young
people and participating children, provoking adaptation to moral values and they also alter the
environment in which they live.

Keywords: Basketball. Behavior and Anxiety.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Característica sociodemográfica da amostra estudada. (CSA) 37

Tabela 2 Questionário aos professores responsáveis (QMCPR) 38

Tabela 3 Sport Anxiety Scale (SAS) 39

Tabela 4 Cooperação desportiva versão portuguesa (QCD) 40

Tabela 5 Descrição dos valores de média, desvio-padrões, correlação item-total e 42


o alfa de Cronbach dos valores dos itens do questionário de Ansiedade.

Tabela 6 Descrição dos valores de média, desvio-padrões, correlação item-total e 43


o alfa de Cronbach dos valores dos itens do questionário de cooperação
desportiva.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 13

1 SITUAÇÃO PROBLEMA........................................................................... 16

2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 17

3 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 18
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................... 18

4 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 19


4.1 ORIGEN DO BASQUETEBOL..................................................................... 19
4.1.1. Primeira partida da história......................................................................... 19
4.1.2 Linha do tempo de James Naysmith............................................................ 20
4.2 O JOGO.......................................................................................................... 22
4.2.1 As posições no basquete................................................................................ 22
4.3 NASCE A FEDERAÇÃO INTERNACIONAL............................................. 22
4.4 FORMALIZAÇÃO DAS REGRAS............................................................... 24
4.5 O BASQUETE ESPALHA-SE PELO MUNDO........................................... 25
4.6 O BASQUETE CHEGA NO BRASIL........................................................... 26
4.6.1 Maiores atletas brasileiros............................................................................ 27
4.7 SURGIMENTO DA LNB............................................................................... 27
4.7.1 Os Presidentes da LNB................................................................................. 29
4.7.2 Equipes Associadas....................................................................................... 29
4.8 LIGA OURO.................................................................................................. 30
4.9 LIGA DE DESENVOLVIMENTO DE BASQUETE (LDB)........................ 30
4.10 BASQUETEBOL EM RONDÔNIA............................................................... 30

5 PROGRAMAS SOCIAIS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO............... 31


5.1 COMPORTAMENTO ................................................................................... 33
5.2 ANSIEDADE................................................................................................ 33
5.3 COOPERAÇÃO ............................................................................................ 34

6 METODOLOGIA......................................................................................... 35
6.1 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS............................................ 36

7 RESULTADOS............................................................................................. 37
8 DISCUSSÃO................................................................................................. 44

CONCLUSÃO .............................................................................................. 48

REFERENCIAL .......................................................................................... 49

OBRAS CONSULTADAS .......................................................................... 51

APÊNDICE .................................................................................................. 53

ANEXO ......................................................................................................... 58
13

INTRODUÇÃO

Os programas sociais desportivos têm mostrado grandes resultados no auxílio a


educação e complementação da construção do cidadão. Muitos destes situam-se em zonas de
risco, assim como o PROJETO CÉU na Zona Leste de Porto Velho-RO, o qual foi escolhido
para construção deste, os jovens participantes da modalidade basquetebol.
Através da seleção de alunos o do curso de Educação Física da Universidade Federal de
Rondônia (UNIR), o Projeto REUNIR tem como objetivo aproximar a entidade UNIR das
comunidades, com a ação de intervenção social através do esporte, diretamente na comunidade
de forma que, o esporte torne-se, o mecanismo motivador contra os mais variados problemas
encontrados na infância/adolescência. Ex: criminalidade, drogas, sedentarismo entre outros e,
assim melhorar a qualidade de vida e saúde de crianças da Zona Leste de Porto Velho. O projeto
será acompanhado por meio de planilhas de resultado e, terá apresentação final com todos os
participantes e a comunidade. De acordo com as estatísticas dos Sistemas INFOPOL e
SISDEPOL de registros de ocorrências 2017 e, Atlas da Violência 2016, Mapa da Violência
2015, Censo Educacional 2008/2015, se indicam a necessidade de intervenção e a importância
da realização da ação, a integração com o currículo do curso envolvido vai de encontro à
intenção do projeto de maneira que a Educação Física tem como princípio a formação integral
do indivíduo. Sendo assim o vínculo com a extensão já se encontra, e podendo ser adotado para
ampliar as pesquisas acadêmicas.
Passando pelo contexto histórico atual e local do basquetebol, iremos demonstrar como
o processo educativo através do basquetebol tem influenciado a vida de crianças e adolescentes
que participam do projeto. Assim, na acepção de Shultz apud Brennand e Medeiros (1967):

“[...] educar significa, etimologicamente, revelar ou extrair de uma pessoa algo


potencial e latente; significa aperfeiçoar uma pessoa, moral e mentalmente, de
maneira a torná-la suscetível de escolhas individuais e sociais e capaz de agir em
consonância; significa prepará-la para uma profissão, por meio de instrução
sistemática [...].”

Hoje, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo,
segundo dados divulgados no site da Confederação Brasileira de Basquete, com mais de 170
países filiados à Federação Internacional de Basquetebol (FIBA). E através disso podemos
perceber o quão prazeroso e atraente é o esporte para os jovens, que indo atrás do divertimento
do jogo acabam ganhando inúmeros outros benefícios.
14

Em trabalho recente Souza e Gongora (2016), fazem alguns esclarecimentos acerca da


análise do comportamento e a psicologia do esporte e:

“Conforme Tourinho (1999) citado por Neto (2002), a Análise do


Comportamento pode ser dividida, em linhas gerais, em três ramos: o primeiro deles
é teórico, filosófico e conceitual, denominado “Behaviorismo Radical”; outro é
empírico, denominado “Análise Experimental do Comportamento”; um terceiro ramo
é constituído por criação e administração de procedimentos de intervenção social,
denominado “Análise Comportamental Aplicada”. Esse último ramo tem como
principal atividade a realização de pesquisas socialmente relevantes utilizando-se para
isso de métodos baseados nos princípios teóricos da Análise do Comportamento.”

Aqui nos enquadraremos na Análise Comportamental Aplicada, onde justamente


estaremos trabalhando através do projeto de intervenção social feito na periferia de Porto Velho,
que apesar dos adjetivos não tão elogiosos apresenta talentos promissores.
Os elementos escolhidos para montagem do estudo são fatores primordiais para se ter
uma boa saúde, e no caso foi escolhido a ansiedade, pois a mesma estando em descontrole
apresenta problemas como, emoções desagradáveis e tensiogenicas. Dunn, Trivedi e O'neal
(2001) concluíram, em revisão de estudos que relacionaram atividade física com depressão e
ansiedade, - a qual será debatida neste estudo. Há evidências de que a atividade física é capaz
de diminuir a ansiedade; e que, ainda que o exercício aeróbico tenha mais potencial para isso.
Também no cotidiano, o comportamento, que é fator básico a todos os indivíduos de
uma sociedade organizada. No caso aqui será o comportamento como qualidade, ou seja, um
indivíduo que se comporte adequadamente, sem rebeldias e outros problemas mais encontrados
na adolescência, mesmo sendo muitos destes maus hábitos tidos como normais pela sociedade
contemporânea. “Comportamento é entendido como o responder de um indivíduo em relação
com o ambiente (LAURENTI, 2004).” Ex: no caso do esporte o indivíduo não se adequa a um
ambiente e suas determinadas regras. O jogo o ajudará nisso.
E ainda, a cooperação, que é extremamente útil para a maioria das carreiras
profissionais. Inúmeras empresas nos dias atuais, nacionais e multinacionais as quais possuem
uma grande gama de funcionários necessitam de setores de recursos humanos, os quais fazem
o papel da gestão de um grande grupo de pessoas, que juntas trabalham em prol do crescimento
do time (empresa), assim como numa equipe desportiva. Souza e Gongora (2016) descrevem
essa eficiência nos grupos através das intervenções desportivas.
Essas são características que juntas dão suporte a formação da personalidade a que se
trata a Carta Internacional da Educação Física e do Desporto da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de 1978, onde fala que:
15

“todas as pessoas humanas têm o direito à educação física e ao desporto,


indispensáveis ao desenvolvimento da sua personalidade. O direito ao
desenvolvimento das aptidões físicas, intelectuais e morais, através da educação física
e do desporto, deve ser garantido, tanto no quadro do sistema educativo, como nos
outros aspectos da vida social.”
16

1 SITUAÇÃO PROBLEMA

Busca-se então investigar qual a influência que uma modalidade esportiva coletiva como
o basquetebol, dependente de cooperação e de um estado de ansiedade controlado pode exercer
sobre o comportamento de jovens antes tidos como problema. Será que eles podem ser
mudados?
17

2 JUSTIFICATIVA

O crescente número da violência no Brasil e no mundo tanto como outros relatos de


atitudes tidas como inadequadas e até mesmo que colocam em risco a vida de jovens e
adolescentes nos põe a pensar no que estamos fazendo para que essa realidade seja mudada.
Desta forma os projetos sociais, aqui especificamente o projeto de intervenção vem
comprovar se á ou não uma eficiência na pratica dessas atitudes.
Apesar de diversas dessas ações serem mundialmente conhecidas na região de Porto
Velho a iniciativa privada e também grandes órgãos se mostram de braços cruzados e olhos
fechados para os resultados que o esporte apresenta nos meios sociais.
18

3 OBJETIVO GERAL

Este estudo tem como objetivo investigar como o basquetebol influencia o


comportamento de jovens de 14 a 20 anos em um projeto de intervenção na zona leste de Porto
Velho-RO.

3.1 Objetivos específicos


- Descrever os aspectos sociodemográficos da amostra estudada;
- Identificar a mudança de comportamento dos jovens a partir das respostas dos
professores participantes do projeto;
- Verificar níveis de ansiedade antes e durante um jogo simulado envolvendo uma
situação de competição; e
- Analisar os níveis de cooperação entre os jovens e a sua relação com o professor.
19

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 ORIGEM DO BASQUETEBOL

O basquetebol, popularmente conhecido como basquete, surgiu no ano de 1891, nos


Estados Unidos. Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, colégio internacional
da Associação Cristã de Moços (ACM), convocou o professor canadense James Naismith, de
30 anos, e confiou-lhe uma missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse
seus alunos durante o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas
abertas. Naismith era professor de Educação Física da ACM de Springfield (Estado de
Massachusetts – EUA).

“James fez um esforço definitivo e chegou as seguintes conclusões quanto às


características que o jogo deveria representar: 1ª. Ser um esporte para vários
jogadores; 2ª. ser adaptável a qualquer espaço; 3ª. Servir como exercício completo;
4ª. Ser fácil de aprender e não-violento; 5ª. Lograr interesse geral, pelo grau de
dificuldade. Naismith começou a fazer comparações entre o que pretendia e os
esportes existentes. Não poderia faltar a bola, e teria de ser uma bola grande. Suas
deduções levaram a conclusão de que uma bola grande estaria sendo evitado o jogo
com raquetes, e essa não poderia ser uma bola oval, igual à do rúgbi. (DUARTE, 2003,
Pg. 73 apud CARNEIRO 2007)”

4.1.1 Primeira partida da história

O primeiro jogo de basquete que temos conhecimento e registro foi realizado no dia
20 de janeiro de 1892. Formaram-se duas equipes da ACM de Springfield. O jogo não foi
presenciado por público. No dia 11 de março deste mesmo ano uma partida já organizada, pôde
ser assistida por público de fora da Associação. Nesta ocasião, os alunos da associação
venceram o time dos professores pelo placar de 5 a 1. Aproximadamente duzentas pessoas
assistiram ao jogo. Algo difícil nos dias de hoje, ainda mais na região de RO.
Naismith não poderia imaginar a extensão do sucesso alcançado pelo esporte que
inventara. Seu momento de glória veio quando o basquete foi incluído nos Jogos Olímpicos de
Berlim, em 1936, 44 anos após o surgimento da modalidade. Ele lançou ao alto a bola que
iniciou o primeiro jogo de basquete nas Olimpíadas.
20

Naismith com o time da Universidade de Kansas. FONTE: cbb.com.br (2017).

4.1.2 Linha do tempo de James Naysmith

Segundo o site da CBB (2017):


1861 - Nasceu em Almonte, a 60 quilômetros de Ottawa (Canadá), no dia 06 de novembro.
1875 - Ingressa no Almonte Institute.
1877 - Abandona os estudos por causa de dificuldades financeiras da família.
1881 - Ingressa na Universidade Mc Gill, em Montreal.
1883 - Forma-se em Artes pela Universidade Mc Gill.
1884 - Casa-se com Maude Shermann, com quem teria cinco filhos, três meninas e dois
meninos.
1887 - Começa a estudar na Escola Presbiteriana de Teologia, onde consegue o título de pastor
em 1890. Na mesma época, começa a trabalhar como instrutor de Educação Física na
Universidade McGill. Momentaneamente renuncia a suas funções de pastor e ingressa na
Associação Cristã de Moços, trabalhando como professor de Educação Física na International
Coaching School, em Springfield.
21

1891 - Cria o basquete.


1898 - Naismith é convidado pela Universidade Lawrence, no Kansas, para ser diretor da
Faculdade de Educação Física e se muda para lá com a família. Inicia a carreira de técnico de
basquete.
1909 - Começa a lecionar Medicina na Universidade do Kansas.
1910 - Consegue o diploma de professor de Educação Física.
1911 - Publica A Escola Moderna, um livro sobre Educação Física.
1912 - Encerra sua carreira de técnico de basquete, com o retrospecto de 53 vitórias e 58
derrotas.
1914 - É designado Capitão do 1º Regimento de Infantaria do Kansas.
1915 - Permanece quatro meses no México em missão militar. É nomeado Ministro da Igreja
Presbiteriana.
1917 - É designado Secretário da ACM e se muda para Paris, onde reside por 19 meses. Publica
o livro Lesbaises de laviesaine.
1919 - É nomeado diretor da Universidade do Kansas, cargo que ocuparia até 1937.
1927 - Obtém a cidadania norte-americana.
1936 - No dia 7 de agosto, inicia o primeiro jogo de basquete em Olimpíadas, nos Jogos
Olímpicos de Berlim, entre França e Estônia.
1937 - É nomeado professor emérito da Universidade do Kansas. Morre sua esposa Maude.
1938 - É nomeado Doutor Honoris Causa da Escola de Teologia de Montreal.
1939 - Em 11 de novembro, casa-se com Florence Kincaid.
1940 - Em 28 de novembro, morre de ataque cardíaco, aos 79 anos.

James Naismith, criador do basquetebol. Fonte: cbb.com.br (2017).


22

4.2 O JOGO

Pode ser jogado tanto em quadras abertas quanto fechadas e, embora seja um esporte
praticado por homens em sua maioria, também é jogado por mulheres até mesmo em grandes
torneios esportivos. Geralmente é disputado por duas equipes, cada uma com 5 jogadores.
O objeto usado é uma bola e o objetivo principal de basquete é a marcação de pontos,
que são feitos ao fazer com que a bola atravesse um cesto, colocado horizontalmente nas
extremidades da quadra.
É um esporte de grande popularidade em âmbito internacional e constitui vários
torneios, tais como o célebre National Basketball Association (NBA) nos EUA, a Euroliga, em
países europeus, o Mundial da FIBA e os Jogos Olímpicos. A instituição responsável pela
regulação e manutenção das regras do esporte, bem como a organização e fiscalização de
eventos é a FIBA.

4.2.1 As posições do basquete

a) Armador/Base: Em inglês, é chamado de point guard. É responsável pelo


planejamento das jogadas. Normalmente começa com a bola;
b) Ala/Armador: Em inglês, é chamado de smallforward ou shootingguard. Tem
função variada, que inclui desde ajudar o armador até mesmo fazer cesta;
c) Pivô/Poste: Em inglês, é chamado de powerforward ou center. É responsável por
ajudar na defesa e por fazer cestas.

4.3 NASCE A FEDERAÇÃO INTERNACIONAL¹

Com o grande crescimento do basquete, o principal incentivo ao esporte foi dado pela
Federação Internacional de Esportes Atléticos (IAAF), que era a entidade articuladora do
movimento olímpico no início do século. A grande diferença das regras do basquete em relação
às dos outros esportes dificultava sua convivência, dentro da mesma entidade, com outras
modalidades essencialmente individuais, como o atletismo.
Em seu Congresso Anual, em Haya (1926), a IAAF resolveu criar uma comissão para
estudar a possibilidade de integrar sob uma mesma administração o basquete e o handebol,
23

embora em comissões separadas. Dois anos mais tarde, durante as Olimpíadas de Amsterdã, a
própria IAAF convidou representações de vários países para estudar a formação de uma
entidade exclusiva para os esportes com bola, mas ainda sob seu comando. Em 4 de agosto de
1928, foi fundada a Federação Internacional de Handebol Amador (IAHF), que congregava
todos os esportes jogados apenas com as mãos. Foram formadas três subcomissões: handebol
indoor, handebol de quadra e basquete. A subcomissão de basquete era de natureza puramente
técnica, composta por dois franceses, um canadense e um americano, e foi a primeira entidade
de basquete criada. Em 1929, foi criada a Liga de Basquete de Genebra (Suíça), logo depois
transformada em Liga Suíça de Basquete, que utilizava as instalações da ACM em Genebra.
Surge então a figura de Renato William Jones, um inglês de impressionante formação,
que se tornou um dos principais defensores do esporte. No verão de 1931, Jones encontra-se
com o secretário da IAHF, German Hassler, no intuito de discutir a emancipação do basquete,
não obtendo resultado. Em 18 de junho de 1932, Elmer Berry, diretor da Escola de Educação
Física da ACM, convoca a primeira conferência internacional de basquete, contando com a
presença do próprio Berry, de William Jones e representantes da Argentina, Grécia, Itália,
Letônia, Portugal, Romênia, Suíça e Tchecoslováquia, além de observadores de Hungria e
Bulgária. Ao final da conferência, nascia a Federação Internacional de Basketball Amador
(FIBA), presidida pelo suíço Leon Buffard e secretariada por William Jones.
Faltava, no entanto, o reconhecimento da IAHF. Os defensores da independência do
basquete pretendiam algo mais: queriam transformar o esporte em modalidade olímpica oficial,
não mais como demonstração, como ocorrera nos Jogos de Saint Louis, em 1904. Para isto, era
necessária a independência total da FIBA e o seu reconhecimento pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI). Sem isso, o basquete jamais poderia figurar no programa olímpico. Mas
havia outro problema: no grupo de fundadores da FIBA, não havia nenhum representante da
França, pois os franceses ainda não haviam estruturado sua Federação Nacional. Isso tirava um
pouco do prestígio da FIBA, já que àquela época era muito comum a presença francesa em
eventos de grande porte. Em 25 de junho de 1932, após tensas reuniões, os franceses resolvem
criar sua Federação de basquete, desvinculando-o da Federação de Atletismo local e, em 1933,
solicitam sua filiação à FIBA, sendo imediatamente aceitos.
A adesão francesa à FIBA solidificava a independência da entidade. Em agosto de 1934,
Renato William Jones, mesmo sem ser oficialmente convidado, comparece ao Congresso Mun-
______________
¹ NASCE A FEDERAÇÃO INTERNACIONAL – Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado em:06 out 2017.
24

dial da IAHF, e defende fervorosamente a independência do basquete. Até que, em 1º de


setembro do mesmo ano, é assinado um protocolo que confere oficialmente a autonomia à
FIBA, assinado por Tadeusz Kuchar e Karl Von Halt, pela IAHF, e William Jones e o Conde
da San Marzano, pela FIBA. Em 19 de outubro, a Federação Argentina pede ao Comitê
Organizador das Olimpíadas de Berlim, que seriam em 1936, a inclusão do basquete no
programa da competição, mas isso só ocorreu depois que o COI reconheceu oficialmente a
independência da FIBA, em 28 de fevereiro de 1935, durante sua 33ª Sessão, realizada em Oslo
(Noruega). Iniciava-se a marcha olímpica do basquete. As mulheres, no entanto, só puderam
participar a partir de 1976, nas Olimpíadas de Montreal, vencidas pelas soviéticas.
Desde sua fundação, a Federação Internacional de Basketball já teve várias sedes,
sendo Roma a primeira delas. Em 1940, mudou-se para Berna, na Suíça, para então, em 1956,
estabelecer-se em Munique, na Alemanha. Hoje sua sede própria encontra-se em Mies, na
Suíça, sendo este complexo conhecido como “House of Basketball”.
A entidade já teve diversos presidentes, tendo sido dirigida inclusive pelo brasileiro
Antônio dos Reis Carneiro, de 1960 a 1968. O atual presidente é o argentino Horacio Muratore.

House of basketball. Sede da FIBA em Mies, na Suíça. FONTE: cbb.com.br (2017).

4.4 FORMALIZAÇÃO DAS REGRAS

Durante dois anos os jogos só eram realizados na ACM e as regras ficaram restritas a
este local. Em 1894, profissionais da União Atlética Amadora tomaram conhecimento do novo
esporte e resolveram formalizar as regras.
______________
¹ NASCE A FEDERAÇÃO INTERNACIONAL (continuação) – Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado
em: 06 out 2017.
25

No ano de 1896, foi realizado o primeiro jogo feminino de basquete. Na ocasião, as


alunas da Universidade de Stanford venceram a equipe da Universidade da Califórnia.

Nos primeiros anos do basquete ainda não havia uma bola específica para este esporte.
As partidas eram realizadas com uma bola de futebol. Porém, no ano de 1894, a Chicope Falls,
empresa de Massachusetts, desenvolveu a primeira bola de basquete.

Algumas das principais regras são essas:

I. Cada partida tem duração de 40 minutos (na NBA são 48 minutos), sendo dividida
em quatro tempos de 10 minutos (na NBA são 4 tempos de 12 minutos). Em caso de
empates ao final do jogo, são permitidas prorrogações de 5 minutos.
II. A partida é supervisionada por três árbitros.
III. O jogo começa quando um dos árbitros lança a bola para cima. A bola será, então,
disputada pelos jogadores que se encontram no círculo central a partir do momento
em que ela atingir o ponto mais alto de sua trajetória.
IV. O manejo da bola deve ser feito somente com as mãos. É proibido, entretanto,
caminhar com ela em mãos por mais de dois passos. Deslocamentos maiores com a
bola devem ser feitos quicando-a continuamente.
V. A cesta é feita quando a bola atravessa o cesto adversário. Cada cesta de campo
vale 2 pontos. Quando é feita antes da linha dos 3 pontos, vale, obviamente, 3 pontos.
Por fim, um cesto de lance livre tem o valor de 1 ponto.
VI. É permitido a um jogador cometer no máximo 5 faltas (na NBA são 6 faltas). A
partir disso, ele será eliminado da partida em questão.
VII. Não é permitido executar dois dribles consecutivos.
VIII. Regra dos 5 segundos: Quando um jogador é marcado, ele só poderá manter a
posse da bola por 5 segundos ou menos.
IX. Regra dos 3 segundos: É proibida a permanência de qualquer jogador da equipe
que tenha a posse da bola por mais de 3 segundos na área restritiva da equipe
adversária.
X. Regra dos 8 segundos: Quando uma equipe ganha a posse da bola em sua zona de
defesa, ela deve levar a bola até sua zona de ataque em, no máximo, 8 segundos.
XI. Regra dos 24 segundos: A equipe com a posse de bola tem 24 segundos para levar
a bola ao cesto da equipe adversária e tentar lançá-la.” ²

4.5 O BASQUETE ESPALHA-SE PELO MUNDO

Foi somente no começo do século XX que o basquete começou a se espalhar pelos


quatro cantos do mundo. Ligas e federações começaram a organizar campeonatos e o esporte,
de tão popular, começou a fazer parte dos Jogos Olímpicos. Atualmente, o basquete é muito
praticado no mundo todo. Além de estar organizado profissionalmente, este esporte é tem sua
presença obrigatória nas aulas de Educação Física de escolas e faculdades brasileiras.
______________
² REGRAS DO ESPORTE: COLETIVOS, INDIVIDUAIS E RADICAIS – Regras do basquete da FIBA e
NBA – fundamentos, quadra e história. Disponível em: < https://regrasdoesporte.com.br/regras-do-basquete-da-
fiba-e-nba-fundamentos-quadra-e-historia.html > Acessado em: 06 out 2017.
26

4.6 O BASQUETEBOL CHEGA AO BRASIL³

O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer o basquete. Foi um americano, nascido
em Nova York, chamado August Shaw, que trouxe a novidade para o país em 1896. Após
receber a graduação, Shaw foi convidado pela tradicional Mackenzie College de São Paulo para
dar aula, e trouxe além de seu conhecimento da história da arte, trouxe em sua bagagem
também, uma bola de basquete. E foram as mulheres que primeiro aprovaram o novo jogo.
Entre os homens a difusão do basquete levou um tempo maior, devido principalmente à forte
popularidade do futebol naquela época, e que claro, se encontra até hoje. E foi o professor Oscar
Thompson que deu continuidade a divulgação do esporte no Brasil. Ele instituiu o esporte na
Escola Normal de São Paulo por volta de 1906, e foi um sucesso imediato. Porém, segundo
Orlando Duarte (2003, pg. 80), “há uma corrente de historiadores que ostenta que o basquetebol
teria começado no Rio de Janeiro em 1912, na ACM da rua da Quitanda.” A partir daí o basquete
não parou de crescer.
Em 1913, quando da visita da seleção chilena de futebol a convite do América Futebol
Clube, seus integrantes, membros da ACM de Santiago, passaram a frequentar o ginásio da rua
da Quitanda. Henry Sims convenceu os dirigentes do América a introduzir o basquete no clube
da rua Campos Salles, no bairro da Tijuca. Para animá-los, arranjou um jogo contra os chilenos
oferecendo uma equipe da ACM, com o uniforme do América que triunfou pelo curioso score
de 5 a 4. O plano vingou e o América foi o primeiro clube carioca a adotar o basquete.
As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a ACM
realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes. O sucesso
foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athléticos, responsável pelos esportes
terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em 1916. O primeiro campeonato
oficializado pela Liga foi em1919, com a vitória do Flamengo.
Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da
comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental,
em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O Brasil sagrou-se campeão,
sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a participação do Brasil, foi realizado, em
Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul-Americano de Basquete.
______________
³ O BASQUETEBOL CHEGA AO BRASIL – FONTE: DUARTE, 2003.
Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado em: 06 out 2017
27

Em 1933 houve uma cisão no esporte nacional, quando os clubes que adotaram o
profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários desportos. Nasceu
assim a Federação Brasileira de Basquetebol, fundada a 25 de dezembro de 1933, no Rio de
Janeiro. Em assembleia, aprovada no dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual,
Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB).
Os títulos começaram a aparecer um pouco mais tarde, a seleção brasileira sagrou-se
bicampeã mundial em 1959 e 1963. De lá pra cá o título mais importante foi do pan-americano
de 1987 nos Estados Unidos, contra os anfitriões. A seleção feminina alcançou o seu auge em
1994, quando foi campeã mundial e vice-campeã olímpica em Atlanta.³

4.6.1 Maiores atletas brasileiros

O basquetebol feminino contava com o trio fantástico, Hortência, Paula e Janeth,


jogando juntas (DUARTE, 2003). E pelos homens Wlamir Marques, Marcel, Oscar o jogador
com maior número de pontos na história do basquetebol, que foi um dos melhores do mundo,
sendo inclusive colocado no Hall da Fama da NBA sem nem ter jogado por lá. Marcelinho
Machado e Marcelinho Wuertas são nomes a serem citados da geração pós Oscar. Atualmente
quatro jogadores brasileiros estão na maior liga de basquete do mundo a NBA. Nenê, Lucas
Bebe, Felício e Raulzinho sendo que saíram no último ano Leandrinho e Varejão campeões
com o Golden State WARRIORS, e Thiago Slpliter campeão com o San Antonio SPURS.

4.7 SURGIMENTO DA LNB4

A Liga Nacional de basquete (LNB) foi lançada em dezembro de 2003, reunindo as


principais lideranças e os mais representativos clubes do basquete brasileiro, com o objetivo de
reconduzir o esporte ao posto de segundo mais popular do Brasil, apenas atrás do futebol.

______________
³ O BASQUETEBOL CHEGA AO BRASIL (continuação) – FONTE: DUARTE, 2003.
Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado em: 06 out 2017
4
SURGIMENTO DA LNB – FONTE: DUARTE, 2003.
Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado em: 06 out 2017
28

Baseada no que há mais de mais moderno e bem-sucedido no conceito de gestão


esportiva no mundo, a LNB conta com 18 clubes, associados, de oito estados mais o Distrito
federal, sendo que 15 participam do Novo Basquete Brasil (NBB), campeonato brasileiro
masculino adulto de basquete, organizado pelos times, e coma chancela da CBB. Nos últimos
três anos, o basquete brasileiro está invicto nas competições de clubes realizadas na América
Latina, com três títulos Sul-Americanos e mais três da Liga das Américas.
Além do NBB, a LNB também organiza mais duas competições: Aliga Ouro, que foi
criada em 2013 como uma divisão de acesso ao NBB; e a Liga de Desenvolvimento de Basquete
(LDB), competição nacional de clubes sub-22, organizada em parceria com o Ministério do
Esporte.
Em dezembro de 2014, a LNB firmou uma inédita parceria com uma das maiores ligas
esportivas do mundo: a NBA.
João Fernando Rossi, de 51 anos, assumiu o cargo máximo da entidade, que pertencia
a Cássio Roque, após eleição realizada nesta terça-feira (06/12), em São Paulo (SP).
O novo presidente sempre esteve envolvido no basquete. Seu pai, João Paulo Rossi,
foi médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) durante um longo tempo e esteve presente
em nada menos que cinco Olimpíadas. Neste período, João Fernando cresceu em meio a uma
geração campeã, com nomes como Amaury Pasos, Jatyr e Sucar, todos amigos de seu pai.
Na quadra, João Fernando Rossi foi federado dos sete aos 22 anos e jogou no Pinheiros
na grande maioria deste período, com breve passagem pelo Continental, sempre atuando como
armador. Depois de encerrar sua carreira de atleta, deu início à sua vida profissional no setor
comercial do ramo têxtil, no qual adquiriu nada menos que 25 anos de experiência.
Em meados dos anos 90, começou sua trajetória como dirigente esportivo, no Esporte
Clube Pinheiros. Por lá, atuou como diretor de basquete, diretor de esportes coletivos e diretor
de esportes olímpicos nos seus três últimos anos (2014 a 2016).
Inclusive, a gestão de Rossi proporcionou primeiro título do basquete adulto
pinheirense na história: o Campeonato Paulista de 2011. Além dele, o clube conquistou a
inédita Liga das Américas 2013 e o vice-campeonato da Copa Intercontinental contra o
Olympiacos (Grécia).

______________
4
SURGIMENTO DA LNB (continuação) – FONTE: DUARTE, 2003.
Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado em: 06 out 2017
29

Paralelamente, João Fernando Rossi foi o vice-presidente da LNB, durante a gestão do


ex-mandatário Cássio Roque. Neste período, diversos feitos enriquecedores à modalidade
foram realizados, como as criações da divisão de acesso ao NBB, a Liga Ouro, e a consolidação
da LDB como maior competição de base do país.
Ainda durante o mandato, foi firmada a histórica parceria entre LNB e NBA, anunciada
no final de 2014. A pioneira aliança trouxe e ainda traz ao basquete brasileiro uma série de
ações, dentre elas a ida de clubes do NBB à pré-temporada da liga norte-americana e atuação
ativa nos eventos da LNB.
Além disso, a gestão captou os patrocínios da CAIXA, SKY e Avianca Brasil para o
maior campeonato da modalidade no país e ainda promoveu o retorno de transmissões
constantes do basquete na TV aberta depois de um longo tempo, através das parcerias com a
RedeTV! e a TV Bandeirantes.

4.7.1 Os Presidentes da LNB


2009/2012 – Kouros Monadjemi
2013/2016 - Cássio Roque
2016/atual -João Fernando Rossi
Fonte: lnb.com.br (2017).

4.7.2 Equipes Associadas


Equipe Cidade UF
Associação de Basquete Cearense Fortaleza CE
Bauru Basket Team Bauru SP
Clube de Regatas Flamengo Rio de Janeiro RJ
Franca Basquetebol Clube Franca SP
Liga Sorocabana de Basquete Sorocaba SP
Associação Limeirense de Basquete Limeira SP
Associação Macaé de Basquete Macaé RJ
Minas Tênis Clube Belo Horizonte MG
Grêmio Esportivo Mogiano Mogi das Cruzes SP
Sociedade Esportiva Palmeiras São Paulo SP
Club Atheltico Paulistano Sao Paulo SP
Esporte Clube Pinheiros São Paulo SP
Rio Claro Basquete Rio Claro SP
Associação Esportiva São José São José dos Campos SP
Universo/Vitória Salvador BA

Fonte: lnb.com.br (2017).


30

4.8 LIGA OURO5

Criada em 2013, a Liga Ouro é a divisão de acesso ao NBB. Em sua primeira edição,
quatro equipes de três estados brasileiros disputaram o título da competição, que rendeu ao
campeão, Rio Claro Basquete, uma vaga na elite do esporte da bola laranja na temporada
seguinte.

4.9 LIGA DE DESENVOLVIMENTO DE BASQUETE (LDB) 6

Criada dois anos antes, em 2011, em parceria com o Ministério do Esporte, com o
objetivo de ser uma competição nacional de alto nível para atletas com idade inferior aos 22
anos, que representação o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Mais de 60
atletas formados na LDB já atuaram nas competições principais do basquete brasileiro.

4.10 BASQUETEBOL EM RONDÔNIA

Embora não existam nem livros nem artigos sobre o assunto podemos citar aqui os
personagens mais marcantes no basquete de RO, onde a modalidade chegou por volta da década
de 70 juntamente com os jogos escolares. Já as figuras que destacamos são os treinadores das
respectivas equipes. Pedrão Amorim com o colégio Dom Bosco e Samuel Jhonsom com a
Escola Estadual Barão dos Solimões, posteriormente Heitor Costa com o Colégio Tiradentes
da Polícia Militar, e nos dias de hoje, Airton com o colégio Classe A e Manolo com o colégio
Serviço Social da Industria (SESI). Ambos continuam revelando atletas tanto para os jogos
escolares quanto para fora do estado.
Fundada em 25 de agosto de 1982 a Federação Rondoniense de Basquetebol (FROB),
presidida pelo Sr. Edilson de Oliveira França, e com sede na capital Porto Velho, é hoje a
entidade máxima no esporte no estado de Rondônia, sendo está filiada a CBB. Com isso todas
as competições para ter aval da CBB devem ser filiadas FROB.

______________
5
LIGA OURO – FONTE: DUARTE, 2003.
Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado em: 06 out 2017
6
LIGA DE DESENVOLVIMENTO DE BASQUETE (LDB) – FONTE: DUARTE, 2003.
Disponível em: cbb.com.br. 2017. Acessado em: 06 out 2017
31

5 PROGRAMAS SOCIAIS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO

Os programas sociais têm como finalidade auxiliar comunidades que não se encontram
em boa condição monetária, de saúde, política entre outras. Em termos mais restritos, qualquer
vulnerabilidade a que se trate o programa.
Em termos de programas sociais desportivos, o objetivo é, atrair os interessados para
que possam ser auxiliados a uma melhora pessoal, e de acordo com o quantitativo de membros
beneficiados a melhora de um determinado coletivo dentro da sociedade.
Deslandes (2010) destaca que um projeto é fruto do trabalho vivo do pesquisador. Para
isso, ele vai precisar articular informações e conhecimentos disponíveis, um amplo conjunto de
saberes e técnicas, usar certas tecnologias como uso de internet ou de certos programas. Por ex.
empregar sua imaginação e emprestar seu corpo ao esforço de realizar a tarefa.
Para Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e os órgãos parceiros
desenvolvedores da cartilha do curso de pós graduação em Saúde da Família, Projeto é um
empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-relacionadas e
coordenadas, com o fim de alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento
e de um período de tempo dados (MAXIMINIANO, 2002). Um Projeto surge em resposta a um
problema concreto, daí afirmar que a elaboração de um projeto objetiva, antes de mais nada,
contribuir para a solução de problemas, transformando ideias em ações.
Já intervenção, é um trabalho planejado e programado, conduzido normalmente em
grupos e que visa alterar o processo de desenvolvimento (DANISH, 1990). Desta forma
corroboram ambos os significados.
Quando falamos de Projeto de Intervenção, como o próprio título alude, fundamenta-
se nos pressupostos da pesquisa-ação que, de acordo com Thiollent (2005), envolve a presença
efetiva de uma ação por parte das pessoas ou grupos implicados no problema proposto como
alvo de intervenção. Nesse tipo de pesquisa, conforme explica o autor, os pesquisadores
desempenham um papel ativo na resolução dos problemas identificados, no acompanhamento
e na avaliação das ações desenvolvidas para sua realização.
Da forma como já é citado, a intenção, portanto, foi a criação de um Projeto de
Intervenção voltado para crianças e adolescentes da Zona Leste de Porto Velho RO. Setor
urbano este que sofre diariamente com os números da violência, tráfico de drogas entre outros
destacando-se a evasão escolar. Tendo isto, entre os comportamentos que comprometem a
32

saúde encontram-se o abuso de drogas e álcool, comportamentos violentos e delinquentes,


atividades sexuais prematuras e desprotegidas que podem resultar numa gravidez indesejada ou
em doenças sexualmente transmissíveis como a SIDA, e abandono da escola (JOHNSTON e
O’MALLEY, 1986; PERRY e JESSOR, 1985).
Ainda segundo Dias, Cruz e Danish (2001) de uma forma geral, os investigadores
afirmam existir uma relação entre os comportamentos de risco, ou:

“[...] comportamentos problema e expectativas futuras negativas


(GULLOTTA, 1990). Por isso, o risco de elevado consumo de álcool da adolescência
para o início da idade adulta (NEWCOMB; BENTLER; COLLINS, 1986), de abuso
de substâncias (JOHNSTON; O’MALLEY; BACHMAN, 1987), de atividades
sexuais desprotegidas, (JONES E PHILLIBER, 1983) e de delinquência
(CATALANO, HAWKINS, WHITE e PADINO, 1985) é claramente maior nestes
jovens do que em jovens que têm confiança no futuro.”

Estes estudos já comprovavam e alertavam da necessidade de aplicação deste tipo de


projetos. Para que os jovens de hoje acabem por sua vez influenciando os jovens de amanhã. E
não sendo isso de forma de ruim. Pois da mesma forma que coisas boas atraem popularidade,
nas periferias e não só nas periferias, jovens sentem-se seduzidos por indivíduos de grande
prestigio, sendo eles bons ou maus.
Tendo em vista esses comportamentos citados a cima separamos dois questionários
para aplicar aos jovens, sendo eles de ansiedade e cooperação. Aspectos estes que estão
relacionados com os maus comportamentos destacados, pelos diversos estudiosos.
Para Danish, (1998) alguns dos contextos em que vivemos incluem famílias, escolas,
locais de trabalho, vizinhança e comunidades. Por outro lado, é exigido à maior parte das
pessoas que tenham sucesso em mais do que um contexto. À medida que envelhecemos, o
número de contextos em que necessitamos de ter sucesso também aumenta. Ex: uma criança só
precisa de ter sucesso na sua família, enquanto que um adolescente precisa de ter sucesso na
família, na escola e no grupo de colegas.
Conforme as palavras de Ferreira da Silva (2004):

“Tendo em vista o paradigma de que saúde refere-se também ao bem estar


psicológico e social, não será mais possível negar aspectos psicofisiológicos até então
deixados de lado, como a ansiedade. Se pudermos amenizar um pouco tais
acometimentos, estaremos cumprindo adequadamente com o que se espera de um
profissional de Educação Física: o auxílio na promoção da qualidade de vida e saúde
dos indivíduos em qualquer lócus de atuação profissional.”
33

4.3 COMPORTAMENTO

É o ato ou efeito de comportar-se. Pode ser também, o procedimento de alguém face a


estímulos sociais ou a sentimentos e necessidades íntimos. E ainda, uma combinação de ambos,
maneira de proceder de uma pessoa em relação a outra(s), esp. com referência às regras de boas
maneiras.
Em se tratando de comportamento podemos nos embasar através da Teoria da
Autodeterminação, que afirma segundo Petrunko o seguinte:
“a competência é tida com uma das três necessidades psicológicas
fundamentais, então o sentimento de percepção de competência de uma determinada
atividade ou tarefa é tido como muito importante, por proporcionar a pessoa um
sentimento de facilidade em atingir uma meta, e também a sensação de satisfação por
estar engajado em uma atividade em que a pessoa se sente efetiva (WILLIAMS,
FREEDMAN & DECI, 1998).”

Já de acordo com Caballo (1996), que defini o comportamento como sendo


socialmente habilidoso diz o que:
“... ocorre quando o indivíduo consegue expressar atitudes, sentimentos
(positivos e negativos), opiniões e desejos, de maneira que possa respeitar a si próprio
e aos outros, para que possa existir, de uma maneira geral, resolução de problemas
imediatos de uma determinada situação e consequente diminuição de problemas
futuros.”

4.4 ANSIEDADE

Para Frischnecht (1990), o conceito de ansiedade é um estado psíquico, acompanhado


de excitação ou inibição que pode comportar uma sensação de constrição na garganta, que surge
quando o indivíduo está incerto acerca do que pode fazer, para responder eficazmente ao que
lhe é exigido e que é importante para ele (VIANA, 1989).
O estado de espirito ou sentimento dito como ansiedade, segundo Damázio, (1997)
apud Quadros Junior; Vincentin; Crespilho(2006) se de acordo com a busca pelo sucesso, a
crítica, e a oportunidade esperada, que são algumas das tensões vivenciadas pelos indivíduos,
e, desta forma, podem ser fatores ansiogênicos, pois dependem da percepção e da interpretação
que cada pessoa tem dos acontecimentos. Quanto ao aspecto de percepção da situação,
Frischnecht,(1990) apud Quadros Junior; Vincentin; Crespilho (2006), declara que a ansiedade
é o resultado de uma maneira de encarar o mundo em geral ou uma situação em particular, e da
forma como se pensa a respeito dos mesmos. Sendo assim, não é o contexto que torna o
indivíduo ansioso ou nervoso, mas sim a maneira como este contexto é visto e encarado por ele.
34

Frischnecht (1990) afirma que o que desencadeia os gatilhos de ansiedade são internos,
já Damázio (1997) destaca que a ansiedade vem de um estímulo esterno,
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2001) apud Quadros Junior; Vincentin;
Crespilho (2006), o problema de saúde mental tem se constituído num severo agravamento na
sociedade atual e, grande parte destes transtornos estão relacionados a sintomas de estresse,
como a ansiedade e a depressão. Tradicionalmente são usados, em seus tratamentos, a
psicoterapia e a medicação; no entanto, uma técnica não tradicional de tratamento que tem sido
bastante difundida, é a prática de exercícios físicos e esportes. Tanto um como o outro
promovem uma redução significativa da ansiedade de estado e os fatores fisiológicos a ela
relacionados.

4.5 COOPERAÇÃO

Para construção de uma equipe esportiva e necessário que os participantes tenham


certo nível de cooperação, para que juntos alcancem o objetivo final que é a vitória. Por isso
sem que aja cooperação não se obtém o êxito. Da mesma forma a vida em sociedade apesar de
altamente competitiva necessita também desta mesma cooperação. Várias empresas nos dias de
hoje trabalham com um grande número de funcionários que produzem, vendem e fazem
diversos outros afazeres em grupo.
Maturana (1990) escreve que os seres humanos não são apenas animais políticos, mas,
sobretudo, “animais cooperativos”. Para ele, a cooperação é central na maneira humana de
viver, como uma característica da vida cotidiana fundamentada na confiança e no respeito
mútuo.
Orlick (1989) classificou cooperação das seguintes formas:
“Competição cooperativa, onde a orientação é em direção ao objetivo, levando
em conta os outros. Sendo a motivação, o meio para se atingir um objetivo pessoal
que não seja mutuamente exclusivo, nem uma tentativa de desvalorizar ou destruir os
outros. O bem-estar dos competidores é sempre mais importante do que o objetivo
extrínseco pelo qual se compete.
Cooperação não competitiva, onde a orientação é em direção ao objetivo,
levando em conta os outros. Sendo a motivação, alcançar um objetivo que necessite
de trabalho conjunto e partilha. A cooperação com os outros é um meio para se
alcançar um objetivo mutuamente desejado, e que também é compartilhado.
Auxilio cooperativo, onde a orientação é humanista-altruísta. Sendo a
motivação, ajudar os outros a atingir seus objetivos. A cooperação e a ajuda são fins
em si mesmos, não meios para se atingir um fim. Satisfação em ajudar as outras
pessoas a alcançar seus objetivos.”
35

5 METODOLOGIA

Foi um estudo de delineamento intervencional de ensaio comunitário (ROCHA, 2003;


BONITA, 2011), onde o pesquisador e colaboradores junto com a comunidade procuram
desenvolver ações coletivas para construir novas decisões e mudanças de comportamentos. Foi
aplicado um conjunto de três questionários auto referidos com os alunos de ambos os sexos na
faixa etária de 14 a 20 anos e também com os responsáveis do programa. Foram desenvolvidas
atividades de duas a três vezes por semana, com aplicação de conteúdos voltados para a
modalidade de basquetebol, durante o período de 12 meses.
Através da criação e esquematização de mapas conceituais com a utilização do
software CmapTools 6.02 (32-bit), foram sendo norteadas as intenções que já existiam de
criação de um projeto sócio desportivo com o apoio da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR) e os pontos de partida do Projeto de Intervenção (PI). Definido a escolha do local, foi
selecionada então a modalidade a qual tenho experiência e quais as intenções a serem
apresentadas, seus objetivos, suas justificativas e suas metas.
No início do semestre de 2018 foi colocada então a intensão de institucionalização do
Projeto Razão Esporte pode Unir (REUNIR), e também definido o tema do trabalho de
conclusão de curso. Porém antes mesmo de apresentar a proposta, o professor Heitor de Oliveira
Neto, deu início ao projeto e somando as forças coloquei como estratégia para aquisição de
recursos e materiais para o projeto a institucionalização através da UNIR, e do Departamento
de Educação Física (DEF) que em troca estariam ganhando visibilidade e demonstrando a
atuação da universidade pública federal na Zona Leste da capital de RO. Dessa forma o
professor deu início ao projeto ainda no segundo semestre de 2017, tendo sido mantido desde
então com o auxílio de sua esposa Valdenice.
Participaram do projeto no entorno de 60 alunos. Destes 26 na faixa etária de 14 a 20
anos. Faixa etária essa escolhida para realização do estudo e aplicação dos questionários.
O local desenvolvido para as ações foi a Quadra Poliesportiva do Centro de Esportes
Unificados (CEU), Rua Antônio Fraga Moreira, nº8250, Zona Leste de Porto Velho - RO.
A duração do processo de intervenção foi durante o período de 12 meses. Hoje ele
continua sem o acompanhamento de acadêmicos da universidade.
36

5.1 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Foram aplicados quatro questionários, o primeiro teve como o objetivo verificar os


níveis sociodemográficos, esse no início do programa, o segundo identificar as mudanças de
comportamento dos jovens, o terceiro verificar níveis ansiedade antes e durante um jogo
simulado envolvendo um situação de competições analisar os níveis de cooperação entre os
jovens e a sua relação com o professor, que foram aplicados no final do programa. O
questionário Sport Anxiety Scale (S.A.S) foi aplicado para verificar os níveis ansiedade e o
Cooperação Desportiva versão Portuguesa (QCD) para verificar os níveis de cooperação
desportiva.
A análise estatística dos dados foi realizada com o auxílio do Statistical Package for
the Social Sciences (SPSS) versão 20.0, sendo realizadas as frequências absolutas e relativas.
Para validar o questionário aplicado submetemos o ao teste Coeficiente Alfa Cronbach, pois
um questionário devidamente elaborado deve levar em consideração dois aspectos muito
importantes: sua validade e sua confiabilidade.
Limitação do Estudo:
- Sem grupo controle;
- Só ocorreu o pós-teste com aplicação dos questionários (final das atividades
anuais de 2017)
Justifica-se a não aplicabilidade do pré-teste por que o projeto já se encontrava em
andamento, iniciado em 2016 sem a presença do pesquisador, mas deu-se início com a presença
do pesquisador em 2017.
37

6 RESULTADOS

Quanto as características das variáveis demográficas a maioria pertencia ao sexo


masculino 77,4%, com idade menor que 17 anos 71,0%, core etnia pardos 61,3%, religião
evangélica 54,8%, mora com os pais 77,4%, moram com mais de três pessoas 74,2%, pais que
não estudaram e com nível médio 32,3%, mães com nível médio 35,5%, possuem celular ou
computador 74,2%, rede social mais utilizada facebook 41,8%, tempo de tela maior que duas
horas diárias e relação sexual 58,1%. (Tabela 1).

Tabela 1
Característica sociodemográfica da amostra estudada

Variáveis Frequências %
Sexo Masculino 24 77,4
Feminino 7 22,6
Idade < 17 anos 22 71,0
≥ 17 anos 9 29,0
Religião Católica 2 6,5
Evangélico 17 54,8
Ateu 12 38,7
Mora com quem Pais 24 77,4
Outros 7 22,6
Moradores na residência < 3 pessoas 8 25,8
> 3 pessoas 23 74,2
Escolaridade do pai Não estudou 10 32,3
Fundamental 6 19,4
Médio 10 32,3
Superior 5 16,1
Escolaridade da mãe Não estudou 3 9,7
Fundamental 10 32,3
Médio 11 35,5
Superior 7 22,6
Celular e computador Não 8 25,8
Sim 23 74,2
Rede social Facebook 13 41,8
Whats App 10 32,3
Outros 8 25,8
Tempo de tela < 2h diárias 14 45,2
>2h diárias 17 54,8
Relação sexual Não 13 41,9
Sim 18 58,1
Fonte: Projeto CÉU de Basquetebol, Zona Leste de Porto Velho – 2017. (apêndice pg. 51)
38

Na análise de mudança de comportamento após um ano letivo de intervenção na


modalidade de basquetebol, foram relatadas mudanças de comportamentos dos jovens através
da aplicabilidade do questionário seguido de entrevista com os professores participantes do
projeto (Tabela 2).
Questionário aplicado com três responsáveis, dois professores “1” e “2”, e um gestor
“3”, para verificar a mudança de comportamento após um ano de intervenção com a modalidade
de basquetebol em jovens de 14 a 20 anos de idade no Centro de Esportes Unificados (CÉU),
localizado na zona leste da cidade de Porto Velho, RO.

Tabela 2
Questionário de Mudança Comportamental aos Professores Responsáveis (QMCPR).
Mudança de
n. Questões comportamento
Sim Não
1 2 3 1 2 3
O aluno apresentava alterações comportamentais antes da X X X
1 prática de basquetebol?
O basquetebol foi a única vertente para o tratamento do X X X
2 problema comportamental?
3 Em relação do lugar aonde vive, houve alguma alteração X X X
comportamental depois da prática de basquetebol?
4 No ambiente escolar de um modo geral, houve mudanças X X X
positivas no comportamento?
5 O interesse do aluno tem aumentado com o tempo de X X X
prática de basquetebol?
6 Em relação a sua socialização, houve mudanças benéficas? X X X
7 O aluno está se relacionando melhor socialmente? X X X
8 Anulada. - - - - - -
9 Houve melhora no condicionamento físico do aluno? X X X
10 De uma forma geral, houve percepção da melhora do X X X
comportamento?
Fonte: Projeto CÉU de Basquetebol, Zona Leste de Porto Velho – 2017. (Apêndice pg. 54)
39

Nos níveis de ansiedade antes e durante a competições questões elaboradas foram


consideradas adequadas sendo divididas em dois grupos, mais e menos ansiosos. Os indivíduos
foram considerados de baixa ansiedade de acordo com o questionário. Quanto as questões a de
maior nível de ansiedade foi a 11 com 48,4% (Tabela 3).

Tabela 3
Sport Anxiety Scale (SAS)
Questões Menos Mais
ansioso ansioso
1 Snto-me nervoso. 21 (67,7%) 10 (37,3%)
2 Durante a competição, dou comigo a pensar em 24 (77,4%) 07 (22,6%)
coisas que não estão relacionadas com o que estou
a fazer.
3 Tenho dúvidas acerca de mim próprio. 22 (71,0%) 09 (29,0 %)
4 Sinto meu corpo tenso. 22 (71,0%) 09 (29,0 %)
5 Estou preocupado por não ter um rendimento 19 (61,3%) 12 (38,7%)
tão bom como poderia.
6 A minha mente “vagueia” ou “fica no ar” durante a 23 (74,2%) 8 (25,8%)
competição.
7 Muitas vezes, enquanto estou a competir não 24 (77,4) 7 (22,6)
presto atenção ao que se está a passar.
8 Sinto tensão no estômago. 27 (87,1) 4 (12,9)
9 Pensamentos acerca de um mau rendimento 23 (74,2) 8 (25,8)
interferem com a minha concentração durante a
competição.
10 Estou preocupado por poder falhar sob a pressão da 21 (67,7) 10 (32,3)
competição.
11 O meu coração bate muito depressa. 16 (51,6) 15 (48,4)
12 Sinto o meu estômago “às voltas”. 27 (87,1) 4 (12,9)
13 Estou preocupado com o facto de poder ter um 23 (74,2) 8 (25,8)
mau rendimento.
14 Tenho quebras de concentração durante a 22 (71,0) 9 (29,0)
competição por causa do nervosismo.
15 Algumas vezes dou comigo a tremer antes ou 27 (87,1) 4 (12,9)
durante a competição.
16 Estou preocupado com o facto de poder não 18 (58,1) 13 (41,9)
atingir os meusobjectivos.
17 Sinto o meu corpo rígido. 28 (90,3) 3 (9,7)
18 Estou preocupado com o facto dos outros 20 (64,5) 11 (35,5)
poderem ficar desapontados com o meu
rendimento.
19 O meu estômago fica “perturbado” antes ou 25 (80,6) 6 (19,4)
durante a competição.
20 Estou preocupado por poder não ser capaz de 23 (74,2) 8 (25,8)
me concentrar.
40

Tabela 3
Sport Anxiety Scale (SAS) “continuação”
21 Antes da competição o meu coração bate com 17 (54,8) 14 (45,2)
força.
Fonte: Projeto CÉU de Basquetebol, Zona Leste de Porto Velho – 2017. (Anexo pg. 56)

Já na questão da cooperação desportiva foram divididos em três grupos, nenhuma


cooperação, pouca cooperação e bastante cooperação. Com a análise os indivíduos em sua
maioria foram considerados de ótima cooperação estando todos acima de 60% na escala de
maior cooperação. Na avaliação foram elaboradas sete questões, sendo todas consideradas
adequadas (Tabela 4).

Tabela 4
COOPERAÇÃO DESPORTIVA VERSÃO PORTUGUESA (QCD)
Questões Nenhuma Moderada Muita
cooperação cooperação cooperação
Se todos nos esforçarmos e nos 2 (6,5) 2 (6,5) 27 (87,1)
1 ajudarmos uns aos outros, a equipa irá
melhorar e alcançar os seus objectivos
Eu colaboro com os meus companheiros 3 (9,3) - 28 (90,7)
2 e com o meu treinador, sejam quais
forem as circunstâncias do jogo
3 É tão importante cooperar fora do 10 (32,3) - 21 (67,7)
terreno de jogo como em campo,
embora eu me considere um
profissional.
4 Quando ajudo o treinador, seguindo as 1 (3,2) 6 (19,4) 24 (77,4)
suas instruções e esforçando-me nos
jogos e nos treinos, espero que ele mo
reconheça, dizendo-me ou colocando-me
na equipa inicial.
5 Coopero com o treinador, 1 (3,2) - 30 (96,8)
independentemente de ser titular ou
suplente
6 Colaboro com os meus companheiros de 3 (9,7) 5 (16,1) 23 (74,2)
equipa, ainda que na equipa possa
existir algum grupo que não ajude os
companheiros.
41

Tabela 4
COOPERAÇÃO DESPORTIVA VERSÃO PORTUGUESA (QCD) “continuação”
7 Trabalho conjuntamente com o 3 (9,7) 3 (9,7) 25 (80,6)
treinador, independentemente de ser
titular ou suplente.
8 Quando com o meu jogo ou com o meu 4 (12,9) 7 (22,6) 20 (64,5)
esforço ajudo algum companheiro em
campo, espero ser reconhecido de alguma
forma.
9 Sigo sempre as instruções do meu treinador 1 (3,2) 5 (16,1) 25 (80,6)
e acato as suas decisões, tanto nos jogos
como nos treinos, chegando a sacrificar as
minhas ideias acerca do jogo.
10 Para concretizar os objectivos da equipe, 4 (12,9) 6 (19,4) 21 (67,7)
temos de nos ajudar uns aos outros dentro
de campo, em questões pessoais ou no
treinamento.
11 Esforço-me muito durante os treinos, ainda 2 (6,5) 4 (12,9) 25 (80,6)
que isso signifique competir com algum
companheiro.
12 A minha cooperação com os meus 3 (9,7) 6 (19,4) 22 (71,0)
companheiros e treinador, tanto nos jogos
como nos treinos, depende da colaboração
que eles me dão a mim.
13 Eu colaboro com os meus companheiros, 3 (9,7) 4 (12,9) 24 (77,4)
mesmo que estes tenham mais
capacidades do que eu.
14 Eu coopero durante o jogo, mesmo que não 2 (6,5) 2 (6,5) 27 (87,1)
se note, por exemplo, movimentando-me
sem bola ou dobrando um companheiro.
15 Se todos cooperarmos, a equipa fica mais 2 (6,5) 1 (3,2) 28 (90,3)
unida e pode render mais ou trabalhar
melhor.
Fonte: Projeto CÉU de Basquetebol, Zona Leste de Porto Velho – 2017. (Anexo pg. 58)

A confiabilidade das perguntas elaboradas para o questionário que foram aplicados aos
alunos do projeto CÉU foram de 0,83 (83%) (Tabela 5), mostrando assim uma confiabilidade
muita alta (α >0,83) conforme, na literatura de (FREITAS, 2005). Na cooperação desportiva,
os valores Alfa Cronbach obtidos foram maiores do que 80% (Tabela 6). Por meio desses
resultados, é possível afirmar que os itens são homogêneos e que a escala mede
consistentemente a característica para a qual foi criada.
42

Tabela 5
Descrição dos valores de média, desvio-padrões, correlação item-total e o Alfa de Cronbach
dos valores dos itens do questionário de Ansiedade.
Questões M DV R Alfa Cronbach
1 5,45 0,47 0,40 0,84
2 5,54 0,42 0,35 0,84
3 5,48 0,46 0,64 0,83
4 5,48 0,46 0,43 0,84
5 5,38 0,49 0,53 0,83
6 5,51 0,44 0,45 0,84
7 5,54 0,42 0,03 0,85
8 5,64 0,34 0,37 0,84
9 5,51 0,44 0,26 0,85
10 5,45 0,47 0,43 0,84
11 5,29 0,50 0,33 0,84
12 5,64 0,34 0,37 0,84
13 5,51 0,44 0,65 0,83
14 5,48 0,46 0,50 0,84
15 5,64 0,34 0,42 0,84
16 5,35 0,50 0,49 0,84
17 5,67 0,30 0,09 0,85
18 5,41 0,48 0,50 0,84
19 5,58 0,40 0,45 0,84
20 5,51 0,44 0,54 0,83
21 5,32 0,50 0,49 0,84
ID = Identificação das perguntas do questionário de ansiedade em ordem crescente. (Tabela 3), valor do teste
Alpha Cronbach’s = 0,85, M=média, DV= desvio padrão, R=correlação (Anexo pg. 55)

Tabela 6

Descrição dos valores de média, desvio-padrões, correlação item-total e o Alfa de Cronbach


dos valores dos itens do questionário de cooperação desportiva.

Questões M DV R Alfa Cronbach


ID 1 QCD 1,80 0,54 0,70 0,78
ID 2 QCD 1,90 0,30 0,12 0,82
ID 3 QCD 1,67 0,47 0,40 0,80
ID 4 QCD 1,74 0,51 -0,06 0,83
ID 5 QCD 1,96 0,17 0,24 0,81
ID 6 QCD 1,64 0,66 0,53 0,80
ID 7 QCD 1,70 0,64 0,47 0,80
ID 8 QCD 1,51 0,72 0,47 0,80
ID 9 QCD 1,77 0,49 0,46 0,80
ID 10 QCD 1,54 0,72 0,32 0,81
43

Tabela 6

Descrição dos valores de média, desvio-padrões, correlação item-total e o Alfa de Cronbach


dos valores dos itens do questionário de cooperação desportiva. “continuação”

ID 11 QCD 1,74 0,57 0,37 0,81


ID 12 QCD 1,61 0,66 0,51 0,80
ID 13 QCD 1,67 0,65 0,45 0,80
ID 14 QCD 1,80 0,54 0,75 0,78
ID 15 QCD 1,83 0,52 0,72 0,78
ID = Identificação das perguntas do questionário de cooperação desportiva em ordem crescente. (Tabela 4), valor
do teste Alpha Cronbach’s = 0,81, M=média, DV= desvio padrão, R=correlação. (Anexo pg. 57)
44

7 DISCUSSÃO

A maioria dos jovens participantes do projeto de acordo com as características


sociodemográficas destacou-se uma quantidade elevada de moradores na mesma residência,
baixo nível de escolaridade e iniciação sexual precoce, provavelmente estes dados estão
relacionados com o local do estudo, na zona leste de Porto Velho – RO, considerada uma região
de baixa renda e risco de violência.
A psicologia do esporte no tocante ao comportamento humano, nos demonstra através
de contextos desportivos, como anda o comportamento dos adolescentes e qual a força e
proporção de mudança que o esporte causa na vida de pessoas influenciadas pelo esporte
(CRUZ, 1996). No score da primeira tabela por exemplo descobrimos que o basquete é o único
meio de tratamento ou estimulo, utilizado para os problemas comportamentais que os jovens
apresentavam.
Em comentário obtido durante as entrevistas com os questionários um professor alegou
uma situação da seguinte forma:

“Tem jovem aqui, que foi pego aqui envolta fumando maconha. Durante um
treino vi eles usando droga e fui lá perguntar por que eles não paravam com aquela
porcaria e não ia praticar algum esporte.”

Já a um outro responsável, ele foi questionado quanto as outras maneiras que os jovens
buscaram tratamento para melhora do comportamento:

“Existem outras modalidades para que eles participem, e alguns já fizerem


parte do vôlei, que sou eu quem aplico.”

As mudanças destes jovens e seus comportamentos se devem ao fato de que agora eles
se sentem mais capazes que antes, pois se sentem mais competentes não só em relação as metas
atingidas dentro do esporte, mas também e buscar novas metas em sua vida. A sensação de
dever cumprido traz a satisfação pessoal dando-os uma autodeterminação.
Cárdenas, Aquino Freire e Pumariego (2017 p.22) afirma que as intervenções não estão
somente inseridas no contexto do esporte e devem sim estar em:

“orientação de treinadores, pais e atletas, com o objetivo de que o esporte seja


um elemento educativo que permita o desenvolvimento pessoal e esportivo do
indivíduo.’’
45

Segundo Smoll (1991) esse conjunto de pessoas é chamado de triangulo esportivo.


Citando ainda o papel do treinador de acordo com Dobránsky e Gonzáles Rey (2006), fica
nítido. Que é quem está em proximidade com os projetos, e até mesmo no ramo da educação
como um todo, que os jovens acabam idealizando uma figura paterna sobre o técnico. Assim:

“[...] a produção de sentidos subjetivos do técnico sobre o esporte se articula


com questões particulares de sua história de vida, principalmente, neste estudo, com
o técnico/pai, na sua conduta em todas as fases de sua carreira. A configuração
subjetiva proporciona uma relação afetiva entre técnico e atleta, em que o esporte é o
catalisador emocional da vida de ambos.”

O esporte na transição de carreira de atleta para técnico proporciona emoções de


contradição entre as necessidades percebidas pelo técnico e suas escolhas. As competições são
momentos de catarse do técnico com relação às lembranças de atleta, que produzem sentidos
subjetivos com a equipe e o esporte. Dobránszky e Rey (2006) “e isso fica sendo mais forte
ainda com aqueles que não mantem boas relações em casa, e acabam por substituir essas
figuras.”
Ainda, é importante salientar que em um estudo feito por Tavares e Mota (2005)
comparando os motivos que levam ao abandono da prática do basquetebol em jovens de 15-16
anos “em ambos os sexos a dimensão treinador [grifo do autor], mostrou-se ser a mais influente
na tomada de decisão de abandonar a modalidade.” Isso mostra que a identificação ou aceitação
para com o treinador é um fator primordial para que os projetos tenham êxito em seus objetivos.
Os níveis de ansiedade ficaram sendo baixos. Para Spielberger (1975) apud Alves
Braga (2008), a ansiedade é um estado complexo ou situação psicológica do organismo
humano, organizada em categorias fenomenológicas e fisiológicas. Ainda para o autor, a
ansiedade diferencia-se em estados emocionais, tais com o stress, o sentimento de ameaça e o
medo. Sendo estes sintomas tidos com porcentagens baixas como corpo tremulo 87,1% (Tabela
3, Questão 15) e rígido 90,3% (Tabela 3, Questão 17) estão relacionados com o aumento da
frequência cardíaca, da descarga adrenérgica, da pressão sanguínea, hiperventilação, entre
outros.
O sucesso referenciado por Danish (1998) traz consigo o peso da ansiedade para que
seja obtido em todas as áreas necessárias, pois naturalmente ninguém gosta de fracassar, ainda
mais uma geração que consegue tudo com facilidade como a geração dos conectados 74,2%
(Tabela 2) possuem celulares, mesmo sendo de região tida como de baixa renda e o tempo de
tela dos mesmos é superior a duas horas em 54,8% (Tabela 2).
46

O combate a esta ânsia se fara por meio da pratica da modalidade desportiva do


basquetebol, que tido como um jogo de enfrentamento e tido por muitos como algo que se possa
parecer de certa forma lúdica com a vida, onde erros a acerto levam o praticante a um sucesso
ou fracasso durante a partida. Além do enfrentamento e os espectadores que podem internos ou
externos.
O esporte é uma representação simbólica da vida, de natureza educacional, podendo
promover no praticante, modificações tanto na compreensão de valores como de costumes e
modo de comportamento, interferindo no desenvolvimento individual, aproximando pessoas
que tem, neste fenômeno, um meio para estabelecer e manter um melhor relacionamento social
(PAES, 1998).
Além destes, outro fator de suma intervenção, é a violência, onde o esporte irá diminuir
consideravelmente os números de delitos, pois no esporte existe certo controle do indivíduo na
prática, sendo feito pelo professor ou pelas regras. Subentende-se então que com a frequência
o aluno passa a respeitar o professor e consequentemente as regras e depois disso transmitindo
intrinsecamente para sociedade a qual faz parte.

“o esporte é uma atividade de grupo organizada, centrada no confronto de pelo


menos duas partes. Exige um certo tipo de esforço físico. Realiza-se de acordo com
regras conhecidas, que definem os limites da violência que são autorizados, incluindo
aquelas que definem se a força física pode ser totalmente aplicada. As regras
determinam a configuração inicial dos jogadores e dos seus padrões dinâmicos de
acordo com o desenrolar da prova. (Elias e Dunning1992, p. 230 apud. Soltermann
2009, p.14)

Com a finalidade de recreação e educação através da psicomotricidade, o esporte é


visto de forma a contribuir com o desenvolvimento da criança, nas formas afetivas, cognitivas
e políticas. Desenvolvendo cultura, o exercício crítico da cidadania e inclusão social. Ainda o
conhecimento de novas pessoas, culturas e diferentes costumes. Assim sendo para que nosso
país tenha uma mudança nos seus hábitos e jeitinho brasileiro [grifo nosso] o professor que lida
com o esporte em sua deve priorizar a dimensão educacional, além de propiciar aos alunos o
aprendizado do esporte, deve conduzi-los a refletirem e discutirem criticamente sobre a relação
entre a prática esportiva e o contexto social em que vivem.

“o esporte e o jogo tem em comum elementos essenciais: liberdade, prazer e


regras, mas esses elementos se diferenciam numa e noutra atividade: a liberdade e a
gratuidade são inerentes ao jogo; no esporte, não se exclui a importância dos
resultados, o que se faz é tão importante quanto a livre escolha que se fez; no jogo, o
prazer é processado imediata e unicamente pela motivação lúdica, o esporte integra,
em proporção, o gosto pelo esforço, o confronto com o perigo e os desafios do
47

treinamento; as regras no jogo conferem ao indivíduo o máximo de liberdade de


continuar ou não a prática, as regras do esporte apresentam-se restritivas, imperiosas,
minuciosas e coerentes com o objetivo que se deseja alcançar” (OLIVEIRA apud
GALVÃO 2012, p.179).

A tabela 4 que nos mostra os níveis de cooperação do grupo, apresenta ótimos


resultados quanto a colaboração com escores em sua maioria altos e acima de 60% em quase
todos os quesitos, tanto em relação ao treinador como em relação a equipe e companheiros.
Com isso reforçamos a ideia de que o esporte não é simplesmente um meio recreativo,
mas uma ferramenta de mudança pronta para ser utilizada. As conclusões obtidas com base
nessas ideias sobre observação e estratégias de acompanhamento e intervenção reforçam ainda
mais a contribuição do esporte para o novo desenvolvimento humano, uma vez que ele pode
ajudar a promover uma gama de resultados junto a seus adeptos – desde os mais diretos e
empíricos, como a melhora das habilidades e capacidades motoras, até os menos evidentes e
subjetivos, como o aumento da autoestima e da autoconfiança, o fortalecimento de valores
(respeito, cooperação, sociabilidade, entre outros), ou mesmo a pura e simples adoção de um
estilo de vida saudável (FUNDAÇÃO VALE, 2013).
48

CONCLUSÃO

Apresentando resultados sólidos e convincentes, pode-se reafirmar a eficácia do


esporte na mudança da do indivíduo e consequentemente da sociedade em que vivem, pois os
que eram maus exemplos hoje trazem inspiração e possibilidade de mudança para os demais.
Os resultados da classificação de ansiedade foram dados como baixos, demonstrando assim que
o basquetebol tem surtido efeito e proporcionado melhoras na parte comportamental, na
ansiedade e na cooperação dos individuos. Assim o projeto não deve parar pois, oportunizou
aos jovens uma enorme e satisfatória experiência através do basquetebol, e a mim com os
projetos sociais desportivos.
De acordo com Carneiro (2007), cada vez mais, cresce a importância do Esporte como
ferramenta de inclusão social. Mesmo que tenha como princípio o desenvolvimento físico e da
saúde, serve também para obtenção de valores sociais.
O basquetebol sendo uma modalidade esportiva e com regras determinadas, mostrou
ser eficaz no auxilio comportamental, fazendo com que jovens antes rebeldes
descomprometidos e tendo entre essas outras características ruins, puderam através do contato
com o esporte, transmitir bons hábitos do meio esportivo para o seu cotidiano.
Desta forma vimos que esporte, assim como diz Couto (2006) é um caminho para se
desenvolver competências e promover valores nos educandos, e tem como consequência a
alteração no comportamento social.
Portanto, assim como diz Souza e Gongara (2016) os mesmos indivíduos que têm uma
alteração no comportamento, alteram os ambientes em que vivem, gerando assim uma reação
social em consequência. Pois por uma ordem lógica não se pode separa-lo do meio em que vive.
Reforço ainda a necessidade de institucionalização deste e de novos projetos de
intervenção para que a comunidade acadêmica coloque em pratica conhecimentos obtidos
através da pesquisa, gerando mudança no meio em que vivemos.
49

REFERENCIAL

BRAGA F. M. A. Traço de Ansiedade e Cooperação no Rendimento Desportivo. Mestrado


Integrado em Psicologia. Instituto Superior de Pesquisa Aplicada INSPA. 2009.

BOLSONI-SILVA A. T.; PAIVA M. M.; BARBOSA C. G. Problemas de comportamento


de crianças/adolescentes e dificuldades de pais/cuidadores: um estudo de caracterização.
Psicologia Clínica. Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, v. 21, n. 1, p. 169-184, 2009. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/8646>.
Acessado em: 10/12/2018.

BROTTO F. O., ARIMATÉA D. J. et Al. Cadernos de referência de esporte: Pedagogia da


cooperação. Brasília. Fundação Vale. UNESCO. 2013. Vol. 12, 66 p.

CÁRDENAS R. N., FREIRE I. A., PUMARIEGA Y. N. Preparação Psicológica no Esporte.


Curitiba. Appris. 2017. 190 p.

CARNEIRO, A. V. Basquetebol como instrumento de inclusão e desenvolvimento social.


Análise da cobertura do pré-olímpico de basquete feita pelo Correio Brasiliense. CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UniCEUB. Brasília, outubro de 2007.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BASQUETE. Disponível em:


<http://www.cbb.com.br/a-cbb/o-basquete/o-esporte-no-brasil> Acesso em: 07 out 2017.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BASQUETE. Disponível em:


<http://www.cbb.com.br/a-cbb/o-basquete> Acesso em: 07 out 2017.

DIAS C. CRUZ J. F. DANISH S.O desporto como contexto para a aprendizagem e ensino
de competências de vida: Programas de intervenção para crianças e adolescentes. Análise
Psicológica versão impressa ISSN 0870-8231. Aná. Psicológica. v.19. Lisboa 2001.

DOBRÁNSZKY I., GONZÁLEZ REY F. Produção de sentidos subjetivos do técnico sobre


o esporte. Revista brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v.20, p.403-25, set. 2006.
Suplemento n.5.

LIGA NACIONAL DE BASQUETE. Disponível em: <http://lnb.com.br/institucional/sobre-


lnb/> Acesso em: 07 out 2017.

OLIVEIRA C. M. C. S., M. A. OLIVEIRA, Projeto de Intervenção associado à Arvore de


Problemas: Metodologia para elaboração do Projeto de Intervenção (PI), Especialização
em Saúde da Família UNASUS, Universidade Federal de São Paulo UNIFESP, 2015. 17 p.

OLIVEIRA, A. A. N. O esporte como instrumento de inclusão social: um estudo na Vila


Olímpica do Conjunto Ceará. Fortaleza, 2007.

PINHEIRO V., COSTA A., JOEL M., SEQUEIRA P. A importância do desporto na vida
dos jovens. Uma explicação para os pais. Efdeportes.com Revista Digital. Buenos Aires. Ano
13. Nº123. Agosto de 2008.
50

SOLTERMAN L., História do Boxe como Esporte Moderno, Rio Claro, 2009.

SOUZA S. R., GONGORA M. Análise do comportamento e a psicologia do esporte: alguns


esclarecimentos. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, São Paulo, v.6, nº- 1,
janeiro/junho 2016.
TAVARES F. J. S E MOTA S. Estudo comparativo dos motivos que levam ao abandono
da prática do basquetebol em jovens de 15-16 anos de ambos os sexos. Revista brasileira de
Educação Física e Esporte. São Paulo, v.20, p.403-25, set. 2006. Suplemento n.5.

VAREJÃO aceita anel e se torna terceiro brasileiro campeão da NBA. IG São Paulo
Esporte. São Paulo, 06 out 2017. Disponível em: <http://esporte.ig.com.br/basquete/2017-10-
06/varejao-anel-warriors-campeao.html> Acesso em: 07 out 2017.
51

OBRAS CONSULTADAS

PEREIRA A. A. I., FREIRE I. A., CÁRDENAS R. N., STABELI R. EFDeportes.com, Revista


Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. Disponível em:
<http://www.efdeportes.com/efd183/atletas-com-historico-de-malaria.htm>Acessado em:
05/09/2017;

CASTILHO, M. L. R. CASTILHO, A. L. A Universidade e os Projetos Sociais: Projeto


Rondon – Cooperação Entre a Universidade e Comunidades do Estado do Mato Grosso / MT.
6º Seminário de Educação e Trabalho. FLACSO – Faculdade Latino Americana de Ciências
Sociais. Brasil. 2011. Disponível em: <http://flacso.org.br/?publication=a-universidade-e-os-
projetos-sociais-projeto-rondon-cooperacao-entre-a-universidade-e-comunidades-do-estado-
do-mato-grosso-mt> Acessado em: 10/092017;

CERQUEIRA, D., FERREIRA, H., LIMA, R. S., BUENO, S., HANASHIRO, O., BATISTA,
F., NICOLATO, P. Atlas da Violência 2016 – NOTA TÉCNICA Nº17. IPEA – Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília. 2016;

CEU – Centro de Esportes Unificados da Zona Leste. Rondôniagora. 18/04/2017. Disponível


em: <http://www.rondoniagora.com/geral/centro-de-esportes-unificados-da-zona-leste-
sera-inaugurado-no-sabado-22> Acessado em: 10/09/2017;

Globo Esporte Rondônia :Ação solidária arrecada kimonos para crianças de projeto social em
Rondônia. Porto Velho. 31/03/2017. Disponível em:
<http://globoesporte.globo.com/ro/noticia/2017/03/acao-solidaria-arrecada-kimonos-
para-criancas-de-projeto-social-em-rondonia.html> Acessado em : 05/09/2017;

Globo Esporte Rondônia. Globo Esporte - RO destaca escolinha de futebol voluntária, em


Porto Velho. Disponível em 23/11/2016.
<http://redeglobo.globo.com/redeamazonica/rondonia/noticia/2016/11/globo-esporte-ro-
destaca-escolinha-de-futebol-voluntaria-em-porto-velho.html .> Acessado em:
05/09/2017;

Globo Esporte Rondônia. Projeto social busca tirar jovens das ruas com o auxílio do esporte.
Rose Lopes. Disponível em: 19 de nov
2015.<http://globoesporte.globo.com/ro/videos/v/projeto-social-busca-tirar-jovens-das-
ruas-com-o-auxilio-do-esporte/4620576/> Acessado em: 05/09/2017;

Globo Esporte Rondônia. Capoeira Solidária reúne mais de 20 crianças carentes em Porto
Velho. Lívia Costa Disponível em:
<http://globoesporte.globo.com/ro/noticia/2016/09/capoeira-solidaria-reune-mais-de-20-
criancas-carentes-em-porto-velho.html>Acessado em: 30/09/2016;

Globo Esporte Rondônia. Projeto social em escolinha de futebol atende mais 100 crianças em
Porto Velho. Rose Lopes. Disponível em: 07 de jan 2016.
<http://globoesporte.globo.com/ro/videos/v/projeto-social-em-escolinha-de-futebol-
atende-mais-100-criancas-em-porto-velho/4723286/> Acessado em05/09/2017;
52

Globo Esporte Rondônia: Projeto social de karatê reúne mais de 80 crianças em Porto Velho.
Lívia Costa. Porto Velho. 15/12/2016. Disponível em:
<http://globoesporte.globo.com/ro/noticia/2016/12/projeto-social-de-karate-reune-mais-
de-80-criancas-em-porto-velho.html> Acessado em 05/09/2017;

Globo Esporte.Ginastas de projeto social fazem apresentação em festival beneficente.


Apresentação das mais de 90 alunas do Projeto Jovem Promessa de ginástica rítm.
<http://globoesporte.globo.com/ro/noticia/2014/12/ginastas-de-projeto-social-fazem-
apresentacao-em-festival-beneficente.html>Acessado em: 05/09/2017;

NOVAIS, S. G. Os projetos sociais e a formação de universitários. Disponível em:


<http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2004/09/14/498506/os-projetos-sociais-e-
formao-dos-universitarios.html> Acessado em: 10/09/2017;

PINHEIRO, V., COSTA, A., JOEL, M., SEQUEIRA, P. A importância do desporto na vida
dos jovens. Uma explicação para os pais. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 13 - Nº 123 -
Agosto de 2008;

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO,ESPORTE, Semes entrega material


esportivo para escolinhas Talentos do Futuro. 07/07/2017. Disponível em:
<https://www.portovelho.ro.gov.br/artigo/18763/esporte-semes-entrega-material-
esportivo-para-escolinhas-talentos-do-futuro> Acessado em: 05/09/2017;

Sistemas INFOPOL e SISDEPOL de registros de ocorrências. Governo do Estado de RO.


Secretária de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania. Polícia Civil do Estado de RO.
Gerência de Gestão Integrada – GGI. Núcleo de Estatística. TAXA-POR-100-MIL-2014-2015-
POR-MUNICÍPIO;

Sistemas INFOPOL e SISDEPOL de registros de ocorrências. Governo do Estado de RO.


Secretária de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania. Polícia Civil do Estado de RO.
Gerência de Gestão Integrada – GGI. Núcleo de Estatística. QUANTITATIVO-MENSAL-DE-
OCORRÊNCIAS-2017-2;

WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2015: Adolescentes de 16 17 anos do Brasil.


FLACSO – Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais. Rio de Janeiro. 2015.
53

APÊNDICES

1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE PESQUISAS


CIENTÍFICAS

QUESTIONÁRIO DA CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DE CRIANÇAS


E ADOLESCENTES DO PROJETO CEU DA ZONA LESTE DE PORTO VELHO, RO.

PROBLEMA: - Projetos desportivos podem contribuir na promoção doEsporte e da


qualidade de vida nas comunidades? Quais os benefícios que esse projeto vem trazendo
as crianças e ao local em que vivem?
OBJETIVOS: Identificar motivos pelos quais os jovens tenham a necessidade de
participação do projeto, e quais as necessidades destes alunos.

ROTEIRO DE ENTREVISTA
1. Qual o seu sexo?
(A) Feminino.
(B) Masculino.

2. Qual a sua idade?


(A) Menos de 17 anos.
(B) 17 anos.
(C) 18 anos.
(D) Entre 19 e 25 anos (inclusive).
(E) Entre 26 e 33 anos (inclusive).
(F) Entre 34 e 41 anos (inclusive).
(G) Entre 42 e 49 anos (inclusive).
(H) 50 anos ou mais

3. Como você se considera:


(A) Branco(a).
(B) Pardo(a).
(C) Preto(a).
(D) Amarelo(a).
(E) Indígena.

4. Se você indicou indígena, qual(is) língua(s) você domina:


(A) Minha língua materna é o português.
(B) Uma língua indígena e o português.
(C) Mais de uma língua indígena e o português.
(D) Uma língua indígena, o português e o espanhol.
(E) Mais de uma língua indígena, o português e outra(s) língua(s) estrangeira(s).
54

5. Qual a sua religião?


(A) Católica.
(B) Protestante ou Evangélica.
(C) Espírita.
(D) Umbanda ou Candomblé.
(F) Sem religião.

6. Onde e como você mora atualmente?


(A) Em casa ou apartamento, com minha família.
(B) Em casa ou apartamento, sozinho(a).
(C) Em quarto ou cômodo alugado, sozinho(a).
(D) Em habitação coletiva: hotel, hospedaria, quartel, pensionato, república etc.

7. Quem mora com você?(Marque uma resposta para cada item.)


a.Moro sozinho(a)
b.Pai e/ou mãe
c.Esposo(a) / companheiro(a)
d.Filhos(as)
e. Irmãos(ãs)
f.Outros parentes, amigos(as) ou colegas

8. Quantas pessoas moram em sua casa? (Contando com seus pais, irmãos ou outras
pessoas que moram em uma mesma casa).
(A) Duas pessoas.
(B) Três.
(C) Quatro.
(D) Cinco.
(E) Mais de seis.
(F) Moro sozinho(a).

9. Quantos(as) filhos(as) você tem?


(A) Um(a).
(B) Dois(duas).
(C) Três.
(D) Quatro ou mais.
(E) Não tenho filhos(as).

10. Até quando seu pai estudou?


(A) Não estudou.
(B) Da 1ª à 4ª série do ensino fundamental (antigo primário).
(C) Da 5ª à 8ª série do ensino fundamental (antigo ginásio).
(D) Ensino médio (antigo 2º grau) incompleto.
(E) Ensino médio completo.
(F) Ensino superior incompleto.
(G) Ensino superior completo.
(H) Pós-graduação.
(I) Não sei.
55

11. Até quando sua mãe estudou?


(A) Não estudou.
(B) Da 1ª à 4ª série do ensino fundamental.
(C) Da 5ª à 8ª série do ensino fundamental.
(D) Ensino médio incompleto.
(E) Ensino médio completo.
(F) Ensino superior incompleto.
(G) Ensino superior completo.
(H) Pós-graduação.
(I) Não sei.

12. Você possui celular com acesso a internet ou computador?


Se sim qual(is)? _____________________________

13. Qual a rede social quem você utiliza com mais frequência?
(

13. Quanto tempo você utiliza e quantas vezes por dia?


(A) Menos de uma hora por dia, uma vez.
(B) Menos de uma hora por dia, varias vezes.
(C) Mais de uma hora por dia, uma vez.
(D) Mais de uma hora por dia, varias vezes.
(E) Mais de duas horas por dia, uma vez.
(F) Mais de duas horas por dia, varias vezes.

14. Já manteve relação sexual?


( ) Sim
( ) Não
56

2 - QUESTIONÁRIO DA CARACTERIZAÇÃO COMPORTAMENTAL DE


CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO PROJETO CEU DA ZONA LESTE DE PORTO
VELHO, RO.

PROBLEMA: - Projetos desportivos podem contribuir na promoção do Esporte e da


qualidade de vida nas comunidades? Quais os benefícios que esse projeto vem trazendo
as crianças e ao local em que vivem?

OBJETIVOS: - Identificar se já houve alguma melhora na parte sócia- comportamental


e técnica-prática dos alunos participantes do projeto REUNIR.

ROTEIRO DE ENTREVISTA

Sexo:
Idade:
Professores de Basquetebol:
1. O aluno apresentava alterações comportamentais antes da prática de basquetebol?
( )Sim ( )Não
2. O basquetebol foi à única vertente para o tratamento do problema comportamental?
( )Sim ( )Não
3. Em relação do lugar aonde vive, houve alguma alteração comportamental depois da prática
de basquetebol?
( )Sim ( )Não
4. No ambiente escolar de um modo geral, houve mudanças positivas no comportamento?
( )Sim ( )Não
5. O interesse do aluno tem aumentado com o tempo de prática de basquetebol?
( )Sim ( )Não
6. Em relação a sua socialização, houve mudanças benéficas?
( )Sim ( )Não
7. O aluno está se relacionamento melhor socialmente?
( )Sim ( )Não
8. Em relação ao interesse pelo treinamento físico fora do Basquetebol?
9. Houve melhora no condicionamento físico do aluno?
( )Sim ( )Não
10. De uma forma geral, houve percepção da melhora do comportamento?
( )Sim ( )Não
57

3 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa. Após ser
esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine
no final deste documento, que está em duas vias. Uma dela é sua e outra é do pesquisador.
Título do projeto: O basquetebol no auxílio do controle de comportamento de adolescentes
praticantes da cidade de Porto Velho RO
Pesquisador responsável: Paulo Vitor da Rocha Filgueiras
Telefone para contato: 69-99261-5021
Orientador: Edson Farias
Telefone :
O objetivo desta pesquisa e analisar o comportamento de crianças e adolescentes praticantes de
basquetebol.
A sua participação na pesquisa consiste em responder um questionário e uma entrevista que
serão realizados pelo próprio pesquisador, sem qualquer prejuízo ou constrangimento para o
pesquisado. As informações obtidas através da coleta de dados serão utilizadas para alcançar o
objetivo acima proposto, e para a composição do relatório de pesquisa, resguardando sempre
sua identidade. Caso não queira mais fazer parte da pesquisa, favor entrar em contato pelos
telefones acima citados.
Este termo de consentimento livre e esclarecido é feito em duas vias, sendo que uma delas ficará
em poder do pesquisador e outra com o sujeito participante da pesquisa. CONSENTIMENTO
DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO
Eu,___________________________________________________________________, RG
____________________(órgão) CPF_______________________________, abaixo assinado,
concordo em participar do estudo como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido
pelo(a) pesquisador(a) Paulo Vitor da Rocha Filgueiras sobre a pesquisa e, os procedimentos
nela envolvidos, bem como os benefícios decorrentes da minha participação. Foi me garantido
que posso retirar meu consentimento a qualquer momento.
Local:_________________________________________ Data ____/______/_______.
Assinatura do participante
58

ANEXOS

1 - S.A.S

A seguir apresentam-se várias afirmações que os atletas utilizam para descrever os seus
pensamentos e sentimentos antes ou durante a competição. Leia cada afirmação e
assinale, com um círculo/cruz, o número apropriado para indicar como se sente antes ou
durante a competição. Alguns atletas acham que não devem admitir sentimentos de
preocupação ou nervosismo, mas tais reacções são muito frequentes, mesmo em
profissionais. Não há respostas certas nem erradas. Não demore muito tempo para responder
a cada afirmação. Escolha apenas o número que melhor descrever como reage geralmente.

Um Mais ou
Nada Muito
pouco menos

1. Sinto-me nervoso. 1 2 3 4

2. Durante a competição, dou comigo a pensar em 1 2 3 4


coisas que não estão relacionadas com o que estou
a fazer.

3. Tenho dúvidas acerca de mim próprio. 1 2 3 4

4. Sinto o meu corpo tenso. 1 2 3 4

5. Estou preocupado por não ter um rendimento tão 1 2 3 4


bom como poderia.

6. A minha mente “vagueia” ou “fica no ar” durante a 1 2 3 4


competição.

7. Muitas vezes, enquanto estou a competir não 1 2 3 4


presto atenção ao que se está a passar.

8. Sinto tensão no estômago. 1 2 3 4

9. Pensamentos acerca de um mau rendimento 1 2 3 4


interferem com a minha concentração durante a
competição.

10. Estou preocupado por poder falhar sob a pressão 1 2 3 4


59

da competição.

11. O meu coração bate muito depressa. 1 2 3 4

12. Sinto o meu estômago “às voltas”. 1 2 3 4

13. Estou preocupado com o facto de poder ter um 1 2 3 4


mau rendimento.

14. Tenho quebras de concentração durante a 1 2 3 4


competição por causa donervosismo.

15. Algumas vezes dou comigo a tremer antes ou 1 2 3 4


durante a competição.

16. Estou preocupado com o facto de poder não 1 2 3 4


atingir os meusobjectivos.

17. Sinto o meu corpo rígido. 1 2 3 4

18. Estou preocupado com o facto dos outros poderem 1 2 3 4


ficar desapontados com o meu rendimento.

19. O meu estômago fica “perturbado” antes ou 1 2 3 4


durante a competição.

20. Estou preocupado por poder não ser capaz de me 1 2 3 4


concentrar.

21. Antes da competição o meu coração bate com 1 2 3 4


força.
60

2 - QUESTIONÁRIO DE COOPERAÇÃO DESPORTIVA (QCD)

Instruções: Assinale, com sinceridade, uma “X” no seu grau de concordância com as frases
seguintes. Não há respostas certas nem erradas. Interessa-nos apenas a sua opinião.

Muito Bastante Algo Pouco Nada

Se todos nos esforçarmos e nos ajudarmos uns aos


outros, a equipa irá melhorar e alcançar os seus
1 objectivos

Eu colaboro com os meus companheiros e com o


meu treinador, sejam quais forem as circunstâncias
2 do jogo

É tão importante cooperar fora do terreno de jogo


como em campo, embora eu me considere um
3 profissional.

Quando ajudo o treinador, seguindo as suas


instruções e esforçando-me nos jogos e nos treinos,
4 espero que ele mo reconheça, dizendo-me ou
colocando-me na equipa inicial.

Coopero com o treinador, independentemente de ser


titular ou suplente
5

Colaboro com os meus companheiros de equipa,


ainda que na equipa possa existir algum grupo que
6 não ajude os companheiros.

Trabalho conjuntamente com o treinador,


independentemente de ser titular ou suplente.
7

Quando com o meu jogo ou com o meu esforço


ajudo algum companheiro em campo, espero ser
8 reconhecido de alguma forma.

Sigo sempre as instruções do meu treinador e acato


as suas decisões, tanto nos jogos como nos treinos,
9 chegando a sacrificar as minhas ideias acerca do
jogo.

Para concretizar os objectivos da equipa, temos de


nos ajudar uns aos outros fora do campo, em
61

10 questões pessoais, ou no balneário.

Esforço-me muito durante os treinos, ainda que isso


11
signifique competir com algum companheiro.

A minha cooperação com os meus companheiros e


treinador, tanto nos jogos como nos treinos, depende
12 da colaboração que eles me dão a mim.

Eu colaboro com os meus companheiros, mesmo


que estes tenham mais capacidades do que eu.
13

Eu coopero durante o jogo, mesmo que não se note,


por exemplo, movimentando-me sem bola ou
14 dobrando um companheiro.

Se todos cooperarmos, a equipa fica mais unida e


pode render mais ou trabalhar melhor.
15
62

3 - I-IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

I-IDENTIFICAÇÃO

1. IDENTIFICAÇÃO DO COORDENADOR

Nome: Paulo Vitor da Rocha Filgueiras

CPF: 071.829.559-54 Matrícula: 201310170

E-mail: paulo-filgueiras@hotmail.com
Telefone: (69) 99261-5021
Departamento/ Unidade/Campus: DEF/ PVH/ Campos José Ribeiro Filho BR 364
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO VICE-COORDENADOR

Nome:

CPF: Matrícula:

E-mail:
Telefone:
Departamento/ Unidade/Campus:
2. IDENTIFICAÇÃO GERAL DO PROJETO

2.1 Título do Projeto:

Razão Esporte pode UNIR

2.2 Promoção:

REUNIR

2.3 Apoio:

UNIR, PROCEA, DEF, CEU.

2.4 Site:
63

http://www.procea.unir.br

2.5 E-mail:

extensão@unir.br ou procea@unir.br

2.6 Apresentação:

Projeto REUNIR tem como objetivo aproximar a entidade UNIR das comunidades com a ação de
intervenção social através do esporte diretamente na comunidade, de forma que, o esporte torne-
se, o mecanismo motivador contra os mais variados problemas encontrados na
infância/adolescência. Ex: criminalidade, drogas, sedentarismo, entre outros e assim melhorar a
qualidade de vida e saúde de crianças da Zona Leste de Porto Velho.

2.7 Área de conhecimento:

4.09.00.00-2 Educação Física

2.8 Área Temática Principal:


6 – Saúde

2.9 Área Temática Secundária:


4 – Educação
2.10 Linha Programática:
18 – Esporte e Lazer.
2.11 Data de início e término:
19/03/2018 a 21/12/2018
2.12 Carga horária total da ação
420 horas
2.14 Abrangência:
Zona Leste de Porto Velho
2.16 Situação do Projeto:
( X ) novo ( ) renovação
2.17 Tipo da ação:
( ) isolada vinculada ( X )
2.17.1 Caso seja ação vinculada, especifique:

- Modalidade: Basquetebol
64

- Nome da ação: REUNIR

- Coordenador:
- Departamento/Unidade: DEF/ UNIR

2.18 Atividade integrada a outra ação institucional?


( ) não ( X ) sim
2.18.1 Caso tenha marcado sim no item o anterior, especifique:

-Dimensão: ( X ) ensino ( ) pesquisa

-Nome da ação: REUNIR


-Coordenador:
-Departamento(s)/Unidade(s) envolvidas: Escola Marcelo Cândia / CEU
-Realização: ( ) concluída ( ) em andamento

2.19 Ação Curricular:


( X ) sim ( ) não

3. IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE EXECUTORA:

3.1 Docentes:
Nome Departament Titulação/Forma Função na ação CH*
o/ ção
Unidade
1 A definir DEF/ UNIR
2
*Carga horária (incluir período de planejamento, execução, monitoramento e avaliação)

3.2 Técnicos administrativos


Nome Departament Titulação/Forma Função na ação CH*
o/ ção
Unidade
1 A definir
2
* Carga horária (incluir período de planejamento, execução, monitoramento e avaliação)

3.3 Discentes

Nome Departament Curso Função na ação CH*


o/
Unidade
1 Paulo Vitor da Rocha DEF/ UNIR Educação Física Execução e monitoria 420
Filgueiras
65

2
* Carga horária (incluir período de planejamento, execução, monitoramento e avaliação)
3.4 Membros externos:

Nome Vinculação Função na ação CH*


(Instituição/comunidade/setor)
1 A definir
2
* Carga horária (incluir período de planejamento, execução, monitoramento e avaliação)

II. CARACTERIZAÇÃO DA PROPOSTA:

1. RESUMO
Através da seleção de alunos o do curso de Educação Física da Universidade Federal de RO, o
Projeto REUNIR tem como objetivo aproximar a entidade UNIR das comunidades, com a ação de
intervenção social através do esporte, diretamente na comunidade, de forma que, o esporte torne-se,
o mecanismo motivador contra os mais variados problemas encontrados na infância/adolescência.
Ex: criminalidade, drogas, sedentarismo, entre outros e assim melhorar a qualidade de vida e saúde
de crianças da Zona Leste de Porto Velho. O projeto será acompanhado por meio de planilhas de
resultados, e terá apresentação final com todos os participantes e a comunidade.
Palavras chave: Intervenção, Esporte, Comunidade.
2. JUSTIFICATIVA
Através de estatísticas dos Sistemas INFOPOL e SISDEPOL de registros de ocorrências 2017, e Atlas da
Violência 2016, Mapa da Violência 2015, Censo Educacional 2008/2015, se indicam a necessidade de
intervenção e a importância da realização da ação, a integração com o currículo do curso envolvido vai de
encontro à intenção do projeto de maneira que a Educação Física tem como princípio a formação integral
do indivíduo. Sendo assim o vínculo com a extensão já se encontra, e podendo ser adotado para ampliar as
pesquisas acadêmicas.

3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral: Trazer retorno a sociedade durante a graduação dos acadêmicos, auxiliando na
formação de futuros cidadãos.

3.2 Objetivos específicos: Diminuição da violência, evasão escolar, trabalho infantil, obesidade, gravidez
precoce, sedentarismo, melhora na educação social e psicomotora, além de formação de futuros cidadãos
e possíveis atletas.

4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
INDICADOR
META ATIVIDADES DURAÇÃO
FÍSICO
66

Unidad Quantida
Início Término
e de

496 hrs distribuidas \Planejamento 50 25 02/04/18 27/07/18

Execução
2 50 28/07/18 14/07/18
Relatório Parcial E Final

5. PÚBLICO-ALVO:

Comunidade interna: Professores do Departamento de Educação Física da UNIR, Professores da


Comunidade Acadêmica da UNIR, Técnicos e Funcionários da UNIR que tenham interesse em auxiliar na
manutenção do projeto e ser um contraventor social, alunos de graduação em Educação Física que
queiram aprender, vivenciar e difundir o basquetebol como contravenção social.

Comunidade externa: Professores da Comunidade de Porto Velho que tenham interesse social, alunos de
graduação em Educação Física que queiram aprender, vivenciar e difundir o basquetebol como
contravenção sócia.

Alunos: Crianças e adolescentes da região de Porto Velho RO.

6. NÚMERO DE VAGAS:

Constar número mínimo: 4 vagas.

Número máximo: 8 vagas.

Reserva: 8 vagas.

7. PROCESSO DE SELEÇÃO:

Inscrição via Edital no site www.procea.unir.br

Prova dissertativa de conhecimentos específicos, prova prática, sendo esta uma aula.

8. RESULTADOS ESPERADOS

Dar maior visibilidade quanto a atuação da universidade perante a sociedade e aumentar os índices
de escolaridade, proporcionar campos de ação e pesquisa nas áreas da saúde e desportiva, levar os
acadêmicos a práticas de extensão que colaborem para sua formação profissional e social, na área
ambiental sendo a criação de cidadãos conscientes. Após a conclusão e êxito difundir o projeto
para as demais áreas da cidade.
Produtos esperados:
9. AVALIAÇÃO

Indicadores:
67

Número de matrículas, por série escolar. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
– INEP – Censo Educacional 2008 – 2015;
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica anos finais. Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais – INEP – Censo Educacional 2007 – 2013;
Matrículas por nível. Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais –
INEP – Censo Educacional 2015.

Sistemas INFOPOL e SISDEPOL de registros de ocorrências

Atlas da Violência 2016 – NOTA TÉCNICA Nº17. IPEA

Mapa da Violência 2015: Adolescentes de 16 17 anos do Brasil

Procedimentos metodológicos
Planejamento: Abertura do edital, recrutamento dos candidatos, reunião de planejamento pré-
execução, teste de ação, divulgação e evento de abertura, início. Os discentes deveram enviar
relatórios semanais de acompanhamento das atividades. Reuniões mensais de caráter avaliativo
dos discentes, e dos alunos matriculados. Teste mensal de satisfação dos matriculados.
Acompanhamento bimestral das notas dos freqüentadores. Acompanhamento e encaminhamento
ao psicólogo responsável quando houver necessidade.
Pesquisa: Através do Supervisor os discentes serão norteados com materiais que auxiliem a
melhora do aprendizado e execução das atividades propostas. Isso tudo será documento nos
planos de aula e nos relatórios, e discutido nas reuniões pré-programadas.
Fontes de informação:
Lista de freqüência dos alunos, livro ponto aos organizadores, e relatórios, inicial, parcial e final.
10. REFERÊNCIAS
• Sistemas INFOPOL e SISDEPOL de registros de ocorrências. Governo do Estado de RO. Secretária
de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania. Polícia Civil do Estado de RO. Gerência de Gestão
Integrada – GGI. Núcleo de Estatística. TAXA-POR-100-MIL-2014-2015-POR-MUNICÍPIO;
• Sistemas INFOPOL e SISDEPOL de registros de ocorrências. Governo do Estado de RO. Secretária
de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania. Polícia Civil do Estado de RO. Gerência de Gestão
Integrada – GGI. Núcleo de Estatística. QUANTITATIVO-MENSAL-DE-OCORRÊNCIAS-2017-2;
• CERQUEIRA, D., FERREIRA, H., LIMA, R. S., BUENO, S., HANASHIRO, O.,
BATISTA, F., NICOLATO, P. Atlas da Violência 2016 – NOTA TÉCNICA Nº17. IPEA –
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília. 2016;
• PINHEIRO, V., COSTA, A., JOEL, M., SEQUEIRA, P. A importância do desporto na
vida dos jovens. Uma explicação para os pais. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 13 - Nº
123 - Agosto de 2008;
• NOVAIS, S. G. Os projetos sociais e a formação de universitários. Disponível em:
<http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2004/09/14/498506/os-projetos-sociais-
e-formao-dos-universitarios.html> Acessado em: 10/09/2017;
• CASTILHO, M. L. R. CASTILHO, A. L. A Universidade e os Projetos Sociais: Projeto
Rondon – Cooperação Entre a Universidade e Comunidades do Estado do Mato Grosso /
MT. 6º Seminário de Educação e Trabalho. FLACSO – Faculdade Latino Americana de
Ciências Sociais. Brasil. 2011. Disponível em: <http://flacso.org.br/?publication=a-
universidade-e-os-projetos-sociais-projeto-rondon-cooperacao-entre-a-universidade-e-
comunidades-do-estado-do-mato-grosso-mt> Acessado em: 10/092017;
68

• WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2015: Adolescentes de 16 17 anos do Brasil.


FLACSO – Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais. Rio de Janeiro. 2015;
• EEEFM – Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio. CENSO 2016. Disponível em:
<http://www.escol.as/2486-marcelo-candia-subsede-i> Acessado em: 10/09/2017;
• CEU – Centro de Esportes Unificados da Zona Leste. Rondôniagora. 18/04/2017.
Disponível em: http://www.rondoniagora.com/geral/centro-de-esportes-unificados-da-
zona-leste-sera-inaugurado-no-sabado-22 Acessado em: 10/09/2017.

III- DADOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS:

1. INFRAESTRUTURA FÍSICA:
EEEFM – Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marcelo Candia

• 18 salas de aulas
• 67 funcionários
• Sala de diretoria
• Sala de professores
• Laboratório de informática
• Laboratório de ciências
• Sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE)
• Quadra de esportes coberta
• Quadra de esportes descoberta
• Cozinha
• Biblioteca
• Parque infantil
• Banheiro fora do prédio
• Banheiro dentro do prédio
• Banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida
• Dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida
• Sala de secretaria
• Refeitório
• Auditório
• Lavanderia

Centro de Esportes Unificados (CEU)

• Auditório para 60 pessoas


• Biblioteca
• Tele centro
• Banheiros
• 02 salas multiuso
• Sala de coordenação
• Sala de recepção e atendimentos onde funcionará o Centro de Referência da Assistência
Social (CRAS)
• Quadra poliesportiva
• Pista de skate
• Mesas de xadrez
• Campo de Futebol de areia
69

• Parquinho
• Equipamentos para prática de exercícios físicos
• Pista de caminhada.

2 EQUIPAMENTOS:

Descrição Departamento/Unidade
Balança, Fita métrica, Compasso de dobras, DEF/UNIR, PROCEA.
Estadiômetro.
3. MATERIAIS

Descrição Departamento/Unidade
Apito, Bolas, Cones, Bamboles, Coletes. DEF/UNIR, PROCEA.
4. ORÇAMENTO
2.1 Receita
(incluir aqui também recursos oriundos de outras fontes orçamentárias, como agências de fomento,
em caso de ação financiada por órgão externo incluir, no campo fonte, os dados do edital/chamada
a que se vinculada (ex.edital nº. .xxxx do xxxx publicado em xxxxx)
Item Fonte Valor Valor
Unitário Total
1
2
Valor Total (1+2+...)

2.2 Despesa
Item Descrição Valor Unitário Valor
Total
1
2
Valor Total (1+2+...)

5. PARCERIAS EXTERNAS

1. Razão Social: Centro de Esportes Unificados


Nome Fantasia: Centro de Esportes Unificados Sigla: CEU
Representante Legal: Júlio César Siqueira SEMDESTUR
Caracterização: Subsecretária de Indústria, Comércio, Trabalho e Turismo. CNPJ:
70

Tipo de parceria: Convênio.


Modo de participação: Fornecimento do local e estrutura, para realização de atividades físicas e
pesquisas acadêmicas.
2. Razão Social: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marcelo Candia
Nome Fantasia: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Sigla: EEEFM-MA
Marcelo Candia
Representante Legal: Diretora Irmã Carmen Baseggio
Caracterização: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio CNPJ:

Tipo de parceria: Convênio.


Modo de participação: Fornecimento do local e estrutura, para realização de atividades físicas e
pesquisas acadêmicas.
6. DIVULGAÇÃO

Meio de divulgação: ( X )impresso


( X )digital
( X )outras mídias Banners

Porto Velho 10/09/2017


Paulo Vitor da Rocha Filgueiras

Professor Coordenador:

Você também pode gostar