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Resumo: Com a temática do basquete como ferramenta de inclusão e

desenvolvimento social e escolar, este trabalho tem como objetivo analisar a


possibilidade de utilização do basquete como atividade funcional para integrar
alunos com deficiência ao ambiente escolar. O método de pesquisa utilizado foi
a revisão bibliográfica, a partir de fontes de diversas fontes como bibliotecas,
bibliotecas de jornais, bases de dados e sites de periódicos científicos. A visão
das pessoas com deficiência como não merecedoras de educação (modelo
tradicional) evoluiu mais tarde para ver as pessoas com deficiência como
sujeitos passivos, com foco na própria deficiência e suas limitações (modelo de
reabilitação). Para lidar com essa situação, as deficiências precisam ser
transformadas em necessidades e as ações são focadas no ambiente humano
(modelo de aumento da autonomia individual).

Palavras-chave: basquete, tolerar, educar.

Abstract: With the theme of basketball as a tool for inclusion and social and
school development, this paper aims to analyze the possibility of using
basketball as a functional activity to integrate students with disabilities into the
school environment. The research method used was a bibliographic review,
based on sources from several sources such as libraries, newspaper libraries,
databases, and scientific journal sites. The view of people with disabilities as
undeserving of education (traditional model) later evolved to view people with
disabilities as passive subjects, focusing on the disability itself and its limitations
(rehabilitation model). To address this situation, disabilities need to be
transformed into needs and actions are focused on the human environment
(individual autonomy enhancement model).

Keywords: basketball, tolerate, educate.


1.INTRODUÇÃO

A importância do esporte para a sociedade pode se refletir de diversas


formas. De fato, o esporte, neste caso o basquete, teve um grande impacto
principalmente na educação dos jovens e ajudou a superar os problemas
sociais colocados pelo Estado. Segundo a Federação Brasileira de Basquete, o
basquete é um esporte praticado por mais de 300 milhões de pessoas em todo
o mundo. No Brasil, porém, o esporte tem encontrado dificuldades.
A equipe masculina pode perder as Olimpíadas pela terceira vez
consecutiva depois de não se classificar nas duas últimas Olimpíadas e
terminar apenas em quarto lugar antes dos Jogos em Las Vegas, EUA. Pela
primeira vez na história, a liga de basquete mais importante do mundo, a NBA,
conta hoje com cinco brasileiros. Mesmo assim, há pouco espaço para esse
modelo na mídia brasileira em comparação com outros esportes.
O domínio do futebol é evidente, e especialistas dizem que isso não
mudará enquanto os times, especialmente o Brasil, não alcançarem bons
resultados. O objetivo deste trabalho é destacar a importância do basquete
como ferramenta para o desenvolvimento e inclusão social de jovens que, se
não fosse o esporte, podem estar vivendo na criminalidade.
Além de expor os pontos negativos que precisam de atenção,
principalmente o importante papel da mídia na promoção do basquete. A
relação entre basquete e educação também é discutida, bem como a análise
do Correio Brasiliense sobre a cobertura das pré-olimpíadas americanas de 22
de julho a 3 de agosto de 2007.
2. História do Basquetebol

A importância do esporte para a sociedade pode se refletir de diversas


formas. De fato, o esporte, neste caso o basquete, teve um grande impacto
principalmente na educação dos jovens e ajudou a superar os problemas
sociais colocados pelo Estado. Segundo a Federação Brasileira de Basquete, o
basquete é um esporte praticado por mais de 300 milhões de pessoas em todo
o mundo. No Brasil, porém, o esporte tem encontrado dificuldades. A equipe
masculina pode perder as Olimpíadas pela terceira vez consecutiva depois de
não se classificar nas duas últimas Olimpíadas e terminar apenas em quarto
lugar antes dos Jogos em Las Vegas, EUA.
Pela primeira vez na história, a liga de basquete mais importante do
mundo, a NBA, conta hoje com cinco brasileiros. Mesmo assim, há pouco
espaço para esse modelo na mídia brasileira em comparação com outros
esportes. O domínio do futebol é evidente, e especialistas dizem que isso não
mudará enquanto os times, especialmente o Brasil, não alcançarem bons
resultados.
O objetivo deste trabalho é destacar a importância do basquete como
ferramenta para o desenvolvimento e inclusão social de jovens que, se não
fosse o esporte, podem estar vivendo na criminalidade. Além de expor os
pontos negativos que precisam de atenção, principalmente o importante papel
da mídia na promoção do basquete. A relação entre basquete e educação
também é discutida, bem como a análise do Correio Brasiliense sobre a
cobertura das pré-olimpíadas americanas de 22 de julho a 3 de agosto de
2007.

2.1 A história do basquetebol

O basquete é um jogo entre duas equipes, cada uma com cinco


jogadores, jogado em uma quadra retangular, geralmente dentro de casa. Cada
equipe tenta pontuar lançando a bola em um arco de alto nível e utilizando uma
rede chamada aro (AZEVEDO e GOMES, 2011). É o único grande esporte
americano a ter um inventor claramente identificável, James Naismith.
O inventor escreveu as primeiras 13 regras do esporte como parte de
uma aula de dezembro de 1891 na escola de treinamento da Young Christian
Association (YMCA) em Springfield, Massachusetts. Nascido e educado no
Canadá, Naismith mais tarde se mudou para o sul para perseguir seus
interesses nos esportes e no ministério cristão. Naismith expandiu a tarefa de
criar um jogo que pudesse ser jogado no YMCA Coliseum durante o inverno
(CIDADE; FREITAS, 2002).
Ambas as extremidades do ginásio (o jogo é interrompido quando uma
cesta é feita e um homem com uma escada recupera a bola). Após sua
primeira competição pública em 1892, a competição rapidamente se espalhou
por toda a rede global da YMCA. A primeira competição intercolegial entre
Minnesota Agricultural College e Hamline College foi realizada em 1895.
O primeiro jogo feminino, a vitória de Stanford sobre a UC Berkeley,
aconteceu um ano depois. A primeira liga profissional de basquete foi fundada
em 1898 e, sete anos depois, os Nets finalmente substituíram a coroa de
pêssego original do esporte. Durante os primeiros três anos após a Segunda
Guerra Mundial, a popularidade e importância do basquete nos Estados Unidos
e internacionalmente cresceu de forma constante, mas lentamente.
O interesse em jogos foi aprofundado pela exposição à televisão, mas
com o advento da televisão a cabo, especialmente na década de 1980, a
popularidade do jogo explodiu em todos os níveis. Graças à combinação
oportuna de jogadores excepcionais como Irving ("Magic") Johnson, Julius
Irving ("Dr. J"), Larry Bird e Michael Jordan, além de uma exposição
significativamente aumentada, o basquete rapidamente se tornou uma
realidade na vanguarda dos esportes americanos, bem como líderes
tradicionais, como beisebol e futebol. Durante este período, o jogo desenvolveu
quatro áreas: basquete universitário e colegial dos EUA, basquete profissional,
basquete feminino e basquete internacional. (AZEVEDO; GOMES, 2011)
O Brasil foi um dos primeiros países a descobrir essa novidade.
Augustus Shaw, um americano nascido em Clavier, Nova York, completou seus
estudos na Universidade de Yale, onde se formou em 1892, onde começou a
jogar basquete. Dois anos depois, foi convidado a lecionar na tradicional
Academia do Colégio Mackenzie, em São Paulo. Na bagagem trazia mais do
que livros de história da arte. E uma bola de basquete. Mas o professor
demorou a realizar seu desejo de ver o esporte criado por James Naismith
adotado no Brasil.
O novo modelo foi apresentado e imediatamente reconhecido pelas
mulheres. Isso dificultou a divulgação do basquete entre os meninos,
impulsionado pela forte masculinidade da época. Para piorar a situação, em
1894, Charles Miller introduziu uma intensa competição de futebol e se tornou
uma moda para os homens da época. (CIDADE; FREITAS, 2002)
Aos poucos, o persistente Augusto Shaw convenceu seus alunos de que
o basquete não era um esporte feminino. Em 1896, rompida a resistência,
conseguiu formar sua primeira equipe no Mackenzie College. Uma foto enviada
ao Instituto Mackenzie nos Estados Unidos mostra que esta será a primeira
equipe a ser organizada no Brasil, organizada por Shaw. Horácio Nogueira e
Edgar de Barros, Pedro Saturnino, Augusto Marques Guerra, Theodoro Joyce,
José Almeida e Mário Eppinghauss foram identificados.

3. Esporte e inclusão

O esporte é uma recreação, um hobby e uma atividade física,


geralmente realizada ao ar livre, e deve ser praticada por todos, de todas as
idades, independentemente da condição ou habilidade. A atividade física
melhora as habilidades sociais e físicas que são principalmente benéficas para
certos tipos de deficiência, pois melhora a coordenação, postura, orientação
espacial, força, resistência, flexibilidade e tônus muscular, além de melhorar as
habilidades de aprendizagem e autoestima (CIDADE; Freitas, 2002).
O desporto pode desempenhar um papel importante na redução da
tensão social e do conflito a nível comunitário e nacional, abordando as causas
profundas desta exclusão e proporcionando pontos de entrada alternativos
para a vida social e económica das comunidades. A experiência mostra que o
esporte tem impacto na participação de jovens com deficiência, por um lado, e
na reabilitação, por outro. (AZEVEDO; GOMES, 2011)
A atividade física desempenha um papel vital na promoção da
integração social, principalmente entre os jovens. O esporte abre perspectivas
reais de participação na sociedade, pois permite que indivíduos (com ou sem
deficiência) se comuniquem, vivenciem a convivência e descubram do que são
capazes. Além disso, o esporte estimula os jovens a se esforçarem, aumenta
seu espírito competitivo e evita que eles se fechem e se isolem. Incorporar a
educação física nas escolas tem conotações, contém certas concepções
educativas, uma intenção e uma ação educativa.
A integração do desporto nas escolas é preparar o desenvolvimento do
desporto para todos no quadro das políticas nacionais de saúde, da cultura
nacional e da renovação democrática da vida; a integração do desporto ao
longo da vida na educação é confirmar que não se deve apenas permitir que as
pessoas continuem a participar de competições de evolução tecnológica, mas
ao longo de sua existência, de diversas formas, biológicas, estéticas, sociais,
pessoais, a qualidade de vida lhe garante. (BETTI, 1998, p. 28)
Políticas e normas asseguram que todos no mundo esportivo estejam
cientes de seus direitos e responsabilidades legais e morais e provê
procedimentos para eliminar discriminação, assédio, preocupações com a
proteção da criança e outras formas de má conduta. Essas políticas são
amparadas por leis antidiscriminatórias que proíbem a discriminação e o
assédio relacionados ao gênero, orientação sexual, deficiência, raça, cor,
nacionalidade, ascendência, origem nacional ou religiosa de uma pessoa
(AZEVEDO; GOMES, 2011 ano). O esporte também pode ser usado para
reduzir as tensões e prevenir conflitos em nível comunitário mais amplo.
A violência tem muitas causas - incluindo a falta de oportunidade devido
à exclusão social e econômica. Os grupos excluídos variaram muito, assim
como a extensão em que foram excluídos. No entanto, os adolescentes
excluídos são frequentemente membros de minorias indígenas, étnicas e
culturais, requerentes de asilo e refugiados, raparigas, jovens deficientes, sem-
abrigo e desempregados fora da escola. Além disso, as pessoas que vivem em
extrema pobreza sofrem com a exclusão (CIDADE; FREITAS, 2002).

3.1 Limitações da inclusão escolar

Barreiras ambientais são ambientes ocupacionais, sociais e recreativos


que são inacessíveis, como barreiras físicas para a prática de esportes ou
atividade física, dificuldade em usar transporte público, pegar ônibus ou táxi,
estacionar, sair de casa, fazer compras, balcões altos, escadas e portas, sendo
este último um grande obstáculo para os cadeirantes. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS, 2018), as barreiras físicas nos estabelecimentos de
saúde (hospitais, centros de saúde) são edifícios e degraus internos
inacessíveis, banheiros inadequados e portas estreitas, estacionamentos e
equipamentos médicos inacessíveis.
Por exemplo, mulheres com mobilidade limitada muitas vezes não
podem receber exames de diagnóstico e acompanhamento para câncer de
mama e colo do útero porque o equipamento de mamografia é adequado para
mulheres que podem ficar de pé e a mesa não é ajustável em altura. Para dar o
exemplo e integrar as pessoas com deficiência nos ambientes de
aprendizagem, devemos empregar professores com deficiência. Tanto os
professores deficientes como os não deficientes devem ser educados para se
tornarem educadores inclusivos. O ambiente construído deve ser acessível a
alunos e professores com deficiência. Isso inclui campos esportivos, áreas de
atividade física e auditórios para educação física.
Alguns estudos discutem integração e inclusão, duas abordagens,
conceitos e conceitos usados nas sociedades ocidentais que são
repetidamente misturados, considerados sinônimos, sobrepostos ou
modificações puramente linguísticas, principalmente após a Declaração de
Salamanca, que é Mudanças nas prioridades da política de educação especial
em relação à diversidade dentro de um escola para todos os alunos, incluindo o
uso de linguagem ou terminologia para conduzir a comunidade global em
direção a padrões educacionais inclusivos.
É inegável que essas duas abordagens se aplicam não apenas ao setor
educacional, mas também às pessoas com deficiência. Durante décadas, a
pesquisa abordou a questão da integração no âmbito do multiculturalismo
(sociedades pluralistas). Inclusão é um termo que abrange todas as ideologias,
pontos de vista e opiniões oferecidos pela sociedade em todos os níveis.
Quando usamos essa opção em sala de aula, professores e
administradores não separam mais os alunos com base em seus requisitos
educacionais, potencial de aprendizado ou deficiências físicas. Você não tem
educação especial, você tem educação inclusiva. Como há tantos incentivos
financeiros associados ao progresso educacional de um aluno, muitos distritos
escolares dividem seus alunos em quadrantes específicos para agrupar as
crianças com base em suas habilidades, necessidades especiais, dificuldades
de aprendizagem e desafios físicos. Recomenda-se que somente aqueles que
parecem, se comportam e pensam exatamente da mesma forma podem ou
devem ser amigos de pessoas com deficiência.
As crianças geralmente se comportam de acordo com os padrões e
objetivos estabelecidos para elas. Isso parece ser um resultado negativo
quando as crianças são divididas em salas de aula especiais com base em sua
capacidade de aprender ou interagir com os outros. Eles podem se considerar
"ruins" enquanto todos os outros são "bons" porque ainda não terminaram.
Ao lidar com essa dinâmica proporcionando uma sala de aula inclusiva,
as expectativas são maiores para cada criança. Esse processo aumenta o
potencial de aprendizado, ao mesmo tempo em que estimula habilidades de
liderança e resolução de problemas.

3.2 O basquetebol e a diversidade funcional 

Com o avanço da sociedade, o esporte mudou em muitos aspectos.


Mais recentemente, pode ser visto como uma janela para o mundo através da
qual a sociedade pode atingir seu pleno potencial. Desta forma, o esporte
tornou-se um fenômeno social, econômico e até político, e essa situação nos
ensinou que é hora de usar essa prosperidade em benefício de todos. Devido
ao seu forte poder de comunicação, pode e deve ser um elemento muito
importante na integração e normalização social de pessoas com diferentes
capacidades físicas, mentais ou sensoriais (GARCIA et al., 2016).
Poder falar de conceitos como adaptação, integração, diferentes
habilidades ou inclusão e relacioná-los ao mundo de um determinado tipo de
deficiência, bem como ao mundo do esporte, requer conceituar a evolução da
terminologia. Qual foi enviado por este grupo. O conceito de deficiência evoluiu
ao longo do tempo. Estamos em um momento da história em que a justiça
social tende a considerar populações inteiras sob os mesmos parâmetros.
Claramente, até hoje, a forma como as pessoas com algum tipo de deficiência
é referida vem mudando.
Portanto, é importante ter em mente a forma como citamos corretamente
e, portanto, a forma como a deficiência é compreendida varia de acordo com os
momentos históricos, culturas, padrões políticos vigentes em cada momento
(CIDADE; FREITAS, 2002). O esporte é a forma mais rica, adequada ao nosso
tempo, uma experiência fundamental, uma vida física que nos permite construir
uma ética de saúde global por meio da prática e da reflexão.
O esporte é uma atividade cultural desde que o conceito formal de
equilíbrio entre corpo e mente seja substituído por uma fusão de todas as
tentativas educacionais (pois tendem a um único objetivo e ativam todo o poder
humano). Esporte é cultura, pois na cultura há possibilidades tanto de
desenvolvimento pessoal quanto de participação em importantes práticas
sociais. O esporte é uma ferramenta da cultura humana moderna e de
libertação porque tem a função biológica de cuidar da saúde e a função
sociocultural de comunicação, participação e expressão.
O esporte é o fenômeno sociocultural mais importante do nosso tempo,
e aprender a opor-se a ele é tão urgente quanto opor-se aos meios de
comunicação de massa. A introdução do desporto e de novas pedagogias,
tecnologias audiovisuais ou informáticas nas escolas é para manter as escolas
atualizadas. (BETTI, 1998, pg. 25) A visão das pessoas com deficiência como
objetos indignos da educação (modelo tradicional) evoluiu para ver as pessoas
com deficiência como objetos passivos, onde se chama a atenção para a
própria deficiência e suas limitações, (Modelo de Reabilitação).
Para lidar com essa situação, deficiências precisam ser traduzidas e
ações focadas no contexto humano (modelos para aumentar a autonomia
pessoal) (GARCIA et al., 2016) Com base nessa ideia, o esporte em geral, e o
basquete em particular, devem ser a referência para acertar as pessoas nesse
sentido (GRACIELLI, 2017).
O conceito de deficiência, ao longo da história, foi entendido de
diferentes maneiras, gerando confusão na terminologia. Termos como
deficiente, anormal ou doente são adjetivos usados para se referir a pessoas
com deficiência, mas sabe-se que têm conotações negativas. O conceito de
diversidade funcional é usado hoje e substitui os termos mencionados
anteriormente que podem ter conotações ofensivas e discriminatórias.
4. Esporte e educação

Nos Estados Unidos, em Cuba e, mais recentemente, na Espanha, com


a ascensão do esporte, os atletas são expostos ao esporte na escola primária
enquanto estudam e, depois, recebem mais apoio quando vão para a
faculdade. Esses três países são potências de qualquer tipo no esporte
mundial hoje. Embora esporte e educação andem de mãos dadas em vários
países, no Brasil essa política de sucesso tem sido bem-sucedida.
O pano de fundo é o caso dos esportes competitivos e até mesmo a
participação em universidades federais. Em Brasília, por exemplo, apenas
quatro universidades competem a cada ano para ver quem consegue a vaga
para o brasileiro. No entanto, essas competições já estão sendo disputadas
com maior intensidade na Universidade Federal, envolvendo milhares de
universitários e equipes. Mauro Betti (1998, p. 28) cita os argumentos do
educador francês Georges Belbenoit sobre os movimentos escolares e
universitários.
Incorporar a educação física nas escolas tem conotações, contém
certas concepções educativas, uma intenção e uma ação educativa. Integrar o
esporte nas escolas significa preparar o desenvolvimento do esporte para
todos no marco das políticas nacionais de saúde, da cultura nacional e da
renovação da vida democrática; combinar o esporte ao longo da vida com a
educação é afirmar que a educação não deve apenas permitir que a
humanidade continue na corrida para o avanço da evolução tecnológica, e
deve assegurá-lo em todas as suas formas, biológicas, estéticas, sociais e
pessoais, ao longo de sua existência. Qualidade de vida. (BETTI, 1998, p. 28)
Georges Belbenoit enfatizou ainda a importância do esporte nas escolas.
O esporte é a forma mais rica, adequada ao nosso tempo, uma experiência
fundamental, uma vida física que nos permite construir uma ética de saúde
global por meio da prática e da reflexão. O esporte é uma atividade cultural
desde que o conceito formal de equilíbrio entre corpo e mente seja substituído
por uma fusão de todas as tentativas educacionais (pois tendem a um único
objetivo e ativam todo o poder humano).
Esporte é cultura, pois na cultura há possibilidades tanto de
desenvolvimento pessoal quanto de participação em importantes práticas
sociais. O esporte é uma ferramenta da cultura humana moderna e de
libertação porque tem a função biológica de cuidar da saúde e a função
sociocultural de comunicação, participação e expressão. O esporte é o
fenômeno sociocultural mais importante do nosso tempo, e aprender a opor-se
a ele é tão urgente quanto opor-se aos meios de comunicação de massa.
A introdução do desporto e de novas pedagogias, tecnologias
audiovisuais ou informáticas nas escolas é para manter as escolas atualizadas.
(BETTI, 1998, pág. 25) No âmbito social, o esporte tem um papel pedagógico
na formação dos indivíduos, enfatizando a disciplina, a solidariedade, o
trabalho em equipe e outros aspectos que contribuem para a construção de
valores. Isso reforça ainda mais a urgência de desenvolver programas
esportivos nas escolas e universidades brasileiras.
Falta de políticas para estimular a atividade escolar e universitária. Não
há metas específicas para esportes escolares. As escolas não estavam
preparadas para o esporte. Os professores se renovam e acabam sendo
forçados a aceitar outros empregos devido aos baixos salários. A falta de
artigos esportivos nas escolas e universidades é outro agravante. As unidades
escolares carecem de espaço, instalações e recursos humanos qualificados.

4.1 O basquete como instrumento de inclusão Social

Esporte não é só jogo, é só entrar para vencer a todo custo, e vai muito
além dos debates acalorados dentro de estádios e arenas. A importância do
esporte como ferramenta de inclusão social é crescente. Apesar de se basear
no princípio do desenvolvimento físico e saudável, ajuda a adquirir valor social.
Combinado com a educação, pode de fato servir como uma ferramenta
inclusiva, já que as universidades dos EUA e da Espanha (nos últimos anos)
tiveram sucesso no desenvolvimento de estudantes e atletas.
Na busca por soluções práticas para combater a delinquência juvenil,
salvar a cidadania e promover a inclusão social de jovens em situação de risco,
o Movimento Meia-Noite, projeto do Ministério da Segurança Pública do Distrito
Federal em colaboração com outras secretarias e ONGs.
O horário de funcionamento do centro esportivo pode parecer inusitado,
mas tem um motivo, e os idealizadores do projeto descobriram que era entre
11h e 2h que mais crimes aconteciam na área. O projeto começou em 1999 em
Planaltina, cidade satélite do Distrito Federal, onde os índices de criminalidade
entre os jovens são muito altos. De acordo com o Serviço de Segurança do
Distrito Federal, Planaltina teve uma redução de 20% na criminalidade, e 75
participantes do programa foram treinados em treinamentos de informática,
massagens, auxiliares administrativos, instalações de TV a cabo e muito mais.
Para o jornalista Renato Marques, o projeto social de atividade física tem um
fator motivador muito positivo.
A experiência com programas sociais relacionados ao esporte mostra
que a atividade física, principalmente para os jovens, tem um fator motivador
muito positivo. Então, se bem desenhado, o projeto pode extrapolar e muito o
âmbito da competição esportiva. O impacto é sentido a cada dia, com crianças
e adolescentes mais concentrados e disciplinados em sala de aula,
principalmente longe das ruas.
Em muitos casos, esses programas não se limitam ao treinamento
atlético. (MARQUES. Disponível em www.universia.com.br) existem outros
projetos em todo o Brasil. Entre eles, o mais notável é o basquete de rua, ou
basquete de rua, que atrai milhares de fãs em todo o Brasil. Em Celancia,
cidade satélite do Distrito Federal, um grupo de jovens se reuniu para treinar e
competir nas regras do basquete de rua americano. Para eles, o basquete de
rua já é um "estilo de vida".

4.1 O basquete no Brasil

No Brasil, o esporte e o basquete ainda são negligenciados e apoiados


pelo setor privado, na verdade apenas patrocinando atletas que ganham
desempenho, não se preocupando com novos jogadores. E Ministérios e
secretarias de esportes fracos não fazem nada para mudar essa triste
realidade.
Noronha Fei (Feio, 1978) e Cazorla Prieto (Cazorla, 1979) sustentavam
que o Estado era responsável pela qualidade de vida e justificavam o apoio
econômico e financeiro estatal aos chamados movimentos de tempo livre
(também conhecidos como movimentos de massa) desde que como estavam
em a direção do lazer tem objetivos claros e não exclui a promoção do esporte
e da educação física. Além disso, a Conferência Internacional de Ministros e
Altos Funcionários Responsáveis pelo Esporte (UNESCO), promovida pela
UNESCO em 1976, reconheceu a relevância social da cultura física e do
esporte como base para a educação permanente do povo, e recomendou que
os países responsáveis pelo esporte devem Estratégias políticas esportivas
relacionadas à população em geral, ou seja, estimular a participação ou
esportes de massa. (TUBINO, 2001, p. 22)
No entanto, a maioria dos atletas brasileiros está em busca de uma
carreira, podendo realizar seu sonho de praticar um esporte e poder competir
em alto nível. Quem consegue chegar a algum lugar é por pura força de
vontade e superação. A maioria não recebe o apoio que merece até ter
sucesso, atraindo patrocinadores. Atletas brasileiros aparecem todos os dias
em competições fora do Brasil. Seja futebol, basquete, vôlei ou ginástica, só
para citar alguns. Além do futebol, porém, as repercussões desses esportes no
Brasil são lamentáveis. Para um esporte pegar, seus atletas precisam alcançar
grandes coisas por conta própria, porque na maioria das vezes, eles não têm
nenhum apoio.
Foi o caso da geração do vôlei que ganhou as Olimpíadas de Barcelona
em 1992 e não parou de ganhar títulos desde então, e claro a simpatia do povo
brasileiro. Assim como Thiago Pereira da equipe de natação e Diogo Silva da
equipe de kickboxing, que conquistaram medalhas no Pan-Americano do Rio
de Janeiro, literalmente implorando por apoio.
O tênis é outro esporte que ganhou destaque com o sucesso de Gustavo
Kuerten no final dos anos 90, mas após vencer grandes campeonatos, Guga
sofreu várias lesões e desde então quase sumiu da mídia. No basquete, os
Campeonatos Brasileiros não são transmitidos em nenhum canal público, os
atletas viajam muitas vezes de ônibus e as equipes não têm estrutura e suporte
necessários para proporcionar boas condições aos atletas. Isso resultou em
desempenhos abaixo do esperado em campo e menos atendimentos.
5. O basquetebol como instrumento de inclusão social

O processo educativo deve priorizar o atendimento aos indivíduos e


grupos que compõem o processo educativo. Portanto, atender às suas
necessidades de personalidade, desempenho e aprendizado é fundamental
para se adaptar ao seu ambiente. A diversidade funcional é um aspecto
crescente da nossa sociedade e, claro, do nosso esporte também. Apostar na
inclusão de pessoas funcionalmente diversas em nossa prática não é mais um
tema, mas uma oportunidade de proporcionar uma aprendizagem mais
significativa, profunda e equitativa. (GRACIELLI, 2017)
Precisamos reconhecer a importância de incluir jogadores
funcionalmente diversos em nossa prática para quebrar alguns clichês sociais e
competitivos. Uma oportunidade para analisar, reconhecer e abrir os novos
horizontes necessários para o nosso esporte. O poder de construir um
movimento que supere obstáculos está em nossas mãos. Para isso, é
necessário aprofundar o conhecimento (GRACIELLI, 2017). O exercício é uma
ótima maneira de promover o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Aqueles que praticam atividade física nos primeiros anos de vida
apresentam maior desenvolvimento cognitivo e motor do que aqueles que não
praticam. Além disso, os esportes nessa fase são uma boa forma de
desenvolvimento social, pois nessa idade a maioria dos jogos são realizados
em equipes, o que permite que crianças e adolescentes aprendam a socializar
em grupos desde cedo (GARCIA et al., 2016).
As ações para o desenvolvimento do basquete no país devem ser mais
globais. Desde treinar atletas e construir instalações esportivas até criar ligas
profissionais e transformar as organizações atuais. Apesar de ser considerado
um esporte de massa e um dos mais populares do mundo, o basquete no
Brasil continua sendo um esporte pouco praticado, um produto pouco
comercializado, divulgado e organizado. E como mencionado, naturalmente,
atualmente não há patrocinadores, times, torcedores ou mesmo praticantes.
O problema com o esporte, no entanto, não é apenas o basquete. Como
este livro menciona, este país precisa de esportes de massa como os EUA e
Cuba. O sonho de ver esporte e educação andando juntos tem que decolar.
Mas, para muitos, isso está longe de ser o caso, pois exige consciência
política, econômica e social. Comece com a mídia. O exercício físico,
principalmente na infância e nos primeiros anos de vida, garante melhor
desenvolvimento de diversas habilidades motoras. É importante ressaltar que
essas habilidades são desenvolvidas na infância e são mais propensas a
melhorar ao longo da vida, por isso é necessário aprender desde cedo. Jogar
em um esporte coletivo é uma ótima maneira de colocar esse aprendizado em
prática.
Considerando que no basquete, a equipe é composta por 5 jogadores,
além dos jogadores no banco, há treinadores e outros membros da comissão
técnica, percebe-se que é um esporte que permite a participação de
atletas/alunos. Interagir com um grande grupo de pessoas, independentemente
dos pontos fortes, fracos e qualidades dos membros. Tudo por um objetivo.
Desta forma, os jovens aprendem a ser altruístas e a valorizar os outros porque
cada pessoa tem um papel específico na sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Poucos problemas são enfrentados por pessoas com dificuldades motoras,


cognitivas ou qualquer outra diversidade funcional, neste ponto cabe destacar
que uma das maiores complexidades é o acesso e fruição da informação, eles
são excluídos do sistema socioeducativo isto é não levado em conta para a
situação real de outros usuários. A capacidade de aprender e desenvolver é
inerentemente humana, e a chave está nos processos e técnicas adequados
para maximizar os benefícios nos ambientes educacionais, na diversidade de
convivência e no uso dos recursos comunitários de forma viável e acessível a
todos os indivíduos. No Brasil, as minorias sociais lutam ferozmente por seus
direitos. O mundo ainda não está totalmente adaptado para que as pessoas
com necessidades especiais possam levar uma vida normal e serem apoiadas
em suas dificuldades por meio de seus próprios povos e países. A escola é a
base para entrar no mundo social. Sempre que possível, as crianças com
necessidades especiais devem ser admitidas através de instituições de ensino
formal. O sistema de ensino no Brasil passou por uma série de modificações
para alcançar uma verdadeira inclusão educacional. A realidade, tanto para os
profissionais da formação estudantil, é marcada pelo medo e pelo relativismo.
Uma educação justa e menos enviesada da realidade é o primeiro passo para
a inclusão educacional. As escolas e os professores desempenham um papel
importante no processo educacional de qualquer pessoa, principalmente
crianças com necessidades especiais, principalmente as físicas. Porém, se
você tiver um “look” diferente, seu foco será maior que o normal. O
desenvolvimento de competências nos domínios cognitivo e físico, a
socialização e autonomia dos alunos com necessidades especiais é promovido
através da utilização de métodos eficazes e adequados à situação particular.

Referências bibliográficas

ANDRADE, Sandra Mara de. Metodologia de pesquisa. 2020.

AZEVEDO, Marco Antonio Oliveira de; GOMES FILHO, Arnóbio. Competitivida
de e inclusão social por meio do esporte.
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.  33, p. 589603, 2011.

NATIONAL BASKETBALL ASSOCIATION. http://www.nba.com

NERY, Gustavo. [Entrevista monografia 1]. (Realizada em Outubro 2007).

TUBINO, Manoel José Gomes. Dimensões Sociais do Esporte. 2.ed. São


Paulo: Cortez, 2001.

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