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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ÁLEF RENAN RIBEIRO TORRES

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM


ACADEMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICIPIO DE PORTO
VELHO.

PORTO VELHO

2015
ÁLEF RENAN RIBEIRO TORRES

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM


ACADEMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICIPIO DE PORTO
VELHO.

Monografia de Graduação apresentada ao


curso de Educação Física do Núcleo de
Saúde da Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, para obtenção do título
de Licenciatura em Educação Física.

Orientador: Prof.Dr. Ramón Núñez Cárdenas

PORTO VELHO

2015
ÁLEF RENAN RIBEIRO TORRES

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTARIO EM


ACADEMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO MUNICIPIO DE PORTO
VELHO.

Monografia apresentada a Universidade Federal de Rondônia- UNIR como


requisito necessário para obtenção título de Licenciatura Plena em Educação
Física.

Banca Examinadora

___________________________________________________

Prof. Orientador: Dr. Ramón Núñez Cárdenas- Orientador

____________________________________________________

Dra. Ivete de Aquino Freire

____________________________________________________

Dr. Mário Roberto Venere

Conceito:_________________

Porto Velho,_____ de _________________________ de ______


Dedicatória

Com muito amor e carinho, dedico este trabalho aos


meus pais, Lucia Maria, Vicente Pinheiro e minha
namorada Tauane, pela compreensão, carinho e força
que tem dado à minha vida.
Agradecimento

Inicialmente ao nosso Deus que mim deu o dom da vida e proporcionou a


realização deste trabalho, que foi para mim de grande importância e realização
pessoal e profissional. Aos meus pais que acreditaram no meu potencial e sempre
me incentivou a ir em busca dos objetivos e minha namorada Tauane Costa que
nunca me deixou desistir me incentivando e me ajudando até o final.

Ao meu orientador, professor e amigo Ramón Núñez Cárdenas, que incentivou e


me encorajou para a realização deste projeto.

Aos participantes da pesquisa, que foram peças fundamentais e a todos que


direta ou indiretamente contribuíram para que este trabalho fosse concluído.

A todos vocês de coração, meu eterno obrigado, minha eterna amizade e que
Deus ilumine e abençoe cada um de vocês. Muito Obrigado.
RESUMO

O presente trabalho procurou descrever o nível de atividade física e a exposição a


comportamento sedentário de acadêmicos regularmente matriculados no curso de
educação física do município de Porto Velho-RO em uma amostra de 51 alunos
sendo 27 do sexo masculino, e 24 do sexo feminino com idades entre 18 e 37
anos. Investigou-se o nível de atividade física por meio da versão curta do
Questionário Internacional de Atividade Física – (IPAQ). Os comportamentos
sedentários como assistir TV, jogar videogame e usar o computador foram
informados na ultima pergunta do questionário. De acordo com os resultados,
observou-se uma prevalência de acadêmicos muito ativos de 47%%, ativos 21%,
insuficiente ativo 20% e sedentários 12%. Ambos os sexos apresentaram em sua
totalidade associação significativa com comportamento ativo. O comportamento
sedentário para os dias de semana e para o final de semana ficou mais
evidenciado nos grupos dos sedentários e dos insuficientes ativos. Conclui-se que
a prevalência de estudantes ativos na população estudada foi elevada.

Palavras-chave: Atividade física, comportamento sedentário, acadêmicos.


ABSTRACT

This study sought to describe the level of physical activity and exposure to
sedentary behavior scholars enrolled in the course of physical education at the
Federal University of Rondônia in a sample of 51 students and 27 males and 24
females aged 18 to 37. The level of physical activity through the short version of
the International Physical Activity Questionnaire was investigated - (IPAQ).
Sedentary behaviors such as watching TV, playing video games and using the
computer were informed at the last question of the questionnaire. According to the
results, there was a very active prevalence of academics from 47 %%, active 21%,
20% insufficient active and sedentary 12%. Both sex showed in its entirety
significant association with active behavior. Sedentary behavior for the weekdays
and the weekend was more evident in the groups of sedentary and active
insufficient. It concludes that the prevalence of active students in the study
population was high.

Keywords: physical activity, sedentary behavior, academics.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................9

2. OBJETIVOS..................................................................................................10
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................10

3. REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................10
3.1 EDUCAÇÃO FÍSICA E PROMOÇÃO DE SAÚDE........................................10
3.2 ATIVIDADE FÍSICA......................................................................................15
3.3 SEDENTARISMO.........................................................................................19

4. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS.....................................................24
4.1 AMOSTRA....................................................................................................24
4.2 PROCEDIMENTOS......................................................................................24
4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA...............................................................................26

5. RESULTADOS E DISCURSSÃO.................................................................26

CONCLUSÃO................................................................................................30

OBRAS CONSULTADAS..............................................................................30

ANEXOS.......................................................................................................36
9

INTRODUÇÃO

No Brasil contemporâneo, é possível observar, nos últimos anos,


transformações no cenário da saúde pública. . Logo, a saúde é vista como um
direito integral e socialmente construído, atingindo todas as pessoas sem
diferenças (ROCHA e CENTURIÃO, 2007).
Nos dias atuais, a atividade física vem ganhando destaque, graças a sua
importância para manutenção de hábitos saudáveis visando à melhora na
qualidade de vida. Nessas circunstâncias a pratica habitual de atividade física
vem se firmando como o principal método de prevenção das doenças patológicas
crônicas degenerativas (PITANGA e PITANGA 2001).
Dessa forma, Caspersen et al. (1985) define atividade física como sendo
qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta
em gasto energético maior que os níveis de repouso. Incluem-se como atividade
física, atividades laborais, atividade doméstica, exercícios físicos entre outras
atividades.
A relação entre a prática de atividade física e qualidade de vida vem sendo
discutida amplamente. Com isso, somente nas últimas décadas foi possível
comprovar que a falta de atividade física é um fator de risco para o aparecimento
de patologias crônicas e não transmissíveis. Nesse sentido, o sedentarismo e a
escassez de atividades físicas estão vinculados a várias doenças, como
hipertensão, diabetes, obesidade, entre outras. (AMORIM e DIAS, 2011).
Investigações demonstram que jovens e adultos tem um grande
componente de tempo livre não estruturado. Contudo, a maioria das atividades
que os jovens fazem é de característica sedentária, como assistir TV e participar
de jogos eletrônicos. Esta crescente forma de lazer sedentário dos jovens das
grandes cidades é um meio barato e seguro de lazer, que favorece o aumento do
quantitativo de horas de assistência a TV e comportamentos sedentários.
Vários estudos mostram a relação significativa e inversa entre o nível de
atividade física e o comportamento sedentário, pois quanto menor o nível de
atividade física espera-se que os hábitos sedentários seja maiores. Contudo o
enfoque será dado às questões da saúde, principalmente no que diz respeito às
questões do nível de atividade física e do comportamento sedentários em
academicos do curso de educação física.
10

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL:

 Analisar o nível de atividade física dos acadêmicos regularmente matricula-


dos no curso de educação física no município de Porto Velho-RO,

2.2 ESPECÍFICOS:

 Classificar os acadêmicos em categorias específicas ao nível de atividade


física.

 Verificar o comportamento sedentário dos acadêmicos.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 EDUCAÇÃO FÍSICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE

No Brasil contemporâneo, é possível observar, nos últimos anos,


transformações no cenário da saúde pública. A partir da reforma sanitária da
década de 1970, e legalização e normatização da saúde como direito
constitucional essas mudanças foram aos poucos se concretizando no contexto
das políticas públicas e nos cursos de graduação. Visando o processo formativo
profissional, há o predomínio da medicalização de problemas de ordem social,
além da abordagem da doença sob uma forma sistêmica. Entretanto, é
necessário considerar o processo saúde-doença para além das causas orgânicas,
isto é, entender a saúde como socialmente determinada exige uma mudança de
atitude e a articulação de outros saberes, e não somente os considerados
clássicos, baseados na concepção biomédica. Assim, a compreensão de saúde
no eixo da qualidade de vida, dependente não somente de processos biológicas,
mas daquilo que se dispõe ao indivíduo para estabelecer seu estilo de vida. Logo,
a saúde é vista como um direito integral e socialmente construído, atingindo todas
as pessoas sem diferenças (ROCHA e CENTURIÃO, 2007).
11

Nesse cenário, para Bagrichrevsky (2007), um fator relevante a ser


analisado nesse conjunto de transformações, é discussão acerca da “aptidão
física”. Para o autor, isso por muito tempo significou preocupar-se com saúde. Ele
acrescenta, ainda, que se por um lado é parcialmente aceitável que existem
benefícios orgânicos esperados pela aplicação de determinados tipos de
exercitação física, em contrapartida, os argumentos se tornam discutíveis
conforme eles pretendem se basear em uma política conservadora, em que há a
responsabilização dos indivíduos pelo seu próprio adoecimento, desconsiderando
a dinâmica sistêmica que influencia o processo saúde-doença.
Não há dúvida de que o campo de intervenção denominado educação
física na saúde, especialmente nos serviços de atenção básica, está sofrendo
grande ampliação. Isso institucionaliza os conteúdos e as ações da educação
física no que diz respeito à promoção da saúde, sugerindo um processo de
mudança nos moldes de executar o trabalho em saúde e maior articulação com
esse campo de atuação. Desse modo, é importante reconstruir caminhos,
relacionando a formação profissional e os processos de intervenção em saúde.
Os saberes e as práticas de saúde são conhecimentos que se cruzam e partilham
experiências. Tal complexidade transporta o trabalho em saúde para o combate
dos desafios e da busca por soluções (FREITAS et al., 2013).
Entende-se a promoção da saúde como as estratégias de produção social
de saúde, sendo articulada com políticas públicas que possam influenciar a
qualidade de vida da comunidade. Observa-se uma inconsistência assistencial
relativa aos cuidados fornecidos pela área da saúde pública à população, uma
vez que existe uma considerável demanda destinada às doenças crônicas, com
um aspecto de atenção atribuído, sobretudo, às condições agudas. Nesse cenário
se revela a relevância da implantação de práticas direcionadas para a promoção
da saúde. O impacto causado por essa situação em uma ampla perspectiva
vinculada às práticas de atividade física poderá refletir nos custos do Sistema
Único de Saúde (SUS), no que se refere às enfermidades e mortes possíveis de
serem evitadas, melhorando a qualidade de vida das pessoas (MORETTI et al.,
2009).
De acordo com Ferreita et al. (2011), apesar da promoção da saúde ser
vista por alguns autores como uma ideia com a capacidade inata de contribuir
12

para diversas mudanças sociais, o que prevalece no campo da promoção da


atividade física é a abordagem conservadora e comportamentalista. Para o autor,
a promoção da saúde classifica o sedentarismo como um “vilão”, apoiando
estratégias que focam em transformações comportamentais individuais como a
maneira de redução do risco de uma enfermidade, independentemente dos
condicionantes sociais, econômicos e culturais.
Os fatores de mudança dos principais modelos de atenção em saúde,
visando à priorização de medidas de promoção e prevenção, e evitando medidas
curativas tradicionais, requerem do profissional de educação física determinadas
competências para o completo entendimento da organização e o funcionamento
dos sistemas e serviços de saúde. Sem dúvida, esse profissional deve atuar na
expansão dos programas de promoção da saúde e da atividade física (GUARDA
et al., 2014).
No cenário exposto, é relevante frisar que o termo “qualidade de vida” vem
sendo empregado constantemente pelas pessoas na atualidade, em diversas
situações. Possivelmente, isso representa fatores importantes para a vida
cotidiana dos indivíduos e da sociedade, pois estão geralmente associados ao
modo de alimentação, ao transporte, à segurança, ao urbanismo, e outros.
Analisando de forma básica, é aceitável que os aspectos, apesar de distintos,
tenham a capacidade de melhorar a qualidade de vida de um indivíduo ou de uma
comunidade. O estudo da qualidade de vida também é um dos objetivos de
alguns grupos científicos, os quais produzem cada vez mais trabalhos acerca do
tema (SANTOS e SIMÕES, 2012).
É crescente a quantidade de pessoas e instituições que procuram
informações a respeito de meios de conseguirem hábitos saudáveis, seja na
alimentação, no combate ao estresse e, principalmente, a prática de atividade
física. Diversos aspectos favorecem essa busca, como, por exemplo, o progresso
nos estudos científicos e tratamentos, bem como no crescimento do gasto com os
seguros de saúde. Além disso, deve-se considerar que as pessoas estão mais
bem informadas sobre a promoção da própria saúde. Apesar de várias pessoas
possuírem consciência dos riscos que o uso de tabaco propicia à saúde, da
relevância de uma alimentação balanceada e da necessidade do uso de
preservativo nas relações sexuais, ainda há negligência a alguns fatores de risco,
13

por meio da prática de hábitos ou adoção de estilo de vida que não contribuem
com a saúde plena (VILARTA e BOCCALETTO, 2008).
Tendo como base o exposto, é inevitável considerar as duas dimensões da
promoção de saúde: a conceitual e a metodológica. A primeira agrupa princípios,
premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoção de saúde, a
segunda refere-se às práticas, planos de ação, estratégias, formas de intervenção
e instrumental. Assim, para Sícoli e Nascimento (2003), a promoção de saúde em
suas dimensões foi inspirada por novas perspectivas do mundo contemporâneo, e
estendeu seus pilares referenciais, assumindo a saúde como produção social, e
valorizando de forma intensa as condicionantes e determinantes sociais e
econômicas, possibilitando a instigação do comprometimento político e o incentivo
às transformações socioculturais.
No setor da saúde, diversas pesquisas conseguem conectar várias práticas
corporais (incluindo atividade física e prática esportiva) com aspectos que são
positivamente associados ao aumento da qualidade de vida. Contudo, não é
sempre que as relações entre essas práticas e a qualidade de vida são claras e
precisas. Apesar disso, deve-se considerar que a sociedade necessita da
contribuição dos profissionais da área de educação física, por meio da geração de
conhecimento acerca do tema, ou pela da própria atuação profissional (SANTOS
e SIMÕES, 2012).
Os programas que possuam a finalidade primordial a transformações de
hábitos e rotinas por intermédio de medidas de ensino/aprendizagem,
especificamente da área de educação física, podem ser definidos como
programas de educação em saúde. Dessa forma, para Florindo (1998):

A promoção em saúde, além de incluir a educação em saúde em suas


ações, refere-se a mudanças muito mais amplas de ordem estrutural,
que incluem ações políticas e econômicas, que dificilmente acontecem
nas ações de educação em saúde (FLORINDO, 1998, p. 86).

Assim, vale frisar que as diretrizes curriculares de educação física


estabelecem a formação profissional direcionada à compreensão da conjuntura
de uma comunidade, das pessoas e da sociedade, podendo interferir
profissionalmente dentro de sua especialidade acadêmica, proporcionando a
adoção de hábitos saudáveis. Destarte, o objetivo de intervenção do educador
14

físico, é a prevenção, a promoção, a proteção e a reabilitação da saúde no


cenário de uma comunidade ou de um indivíduo. O profissional precisa estar
qualificado para exercer suas funções em uma equipe multidisciplinar, lidando
com atividades de gestão e com políticas de saúde, bem como em ações de
diagnóstico, planejamento e intervenção no que se refere às práticas corporais e
atividades físicas. Para que seja mais eficiente, o profissional de educação física
deve participar das mudanças científicas da área da saúde, garantindo a
contribuição de suas práticas intervencionistas (SCABAR et al., 2012).
Nesse mesmo aspecto, Coutinho (2011) afirma que é fundamental que o
profissional de educação física atuando na promoção de saúde busque direcionar
sua formação e seus conhecimentos a partir do pilar da integralidade,
incorporando meios que possibilitem as medidas de promoção da saúde e
prevenção de patologias, sem excluir as ações curativas. O autor destaca, ainda,
que as competências desse profissional devem ser expressas por algumas
habilidades, dentre elas o planejamento e aplicação de programas de exercícios,
além da avaliação e prescrição de exercícios fundamentados em informações
vinculadas aos aspectos morfológicos e fisiológicos da aptidão física, e educar a
população a respeito da importância da prática frequente de atividades físicas.
Assim, a inserção do profissional de educação física nos programas de
promoção da saúde é extremamente favorável. E, para diversos autores
(MIRANDA et al., 2007; COUTINHO, 2011; GUARDA et al., 2014), a contribuição
do profissional é essencial para uma mudança de hábitos e fixação cultural da
atividade física como uma rotina que vise a manutenção da qualidade de vida.

3.2 ATIVIDADE FÍSICA

A relação entre a prática de atividade física e qualidade de vida vem sendo


discutida amplamente. Contudo, somente nas últimas décadas foi possível
comprovar que a falta de atividade física é um fator de risco para o aparecimento
de patologias crônicas e não transmissíveis. Nesse sentido, o sedentarismo e a
escassez de atividades físicas estão vinculados a várias doenças, como
hipertensão, diabetes, obesidade, entre outras. Estimular a realização de
atividades físicas é, portanto, uma preocupação internacional de saúde. As
15

pesquisas a respeito de fatores de risco para essas patologias podem alertar a


população em geral, bem como os acadêmicos e profissionais para a relevância
da implementação de programas de prevenção, que inclua a prática de exercícios
físicos. Levando em consideração o impacto causado pela intervenção do
profissional de educação física, independente do setor de atuação, é
imprescindível que esse profissional adote um modo de vida compatível com sua
prática de trabalho. Dessa forma, os acadêmicos desse curso devem estar nesse
ritmo desde seu processo formativo (AMORIM e DIAS, 2011).
Para embasamento dessa discussão é importante considerar o conceito de
atividade física. A Resolução nº 046 de 2002 do Conselho Federal de Educação
Física (CONFEF) que dispõe sobre a intervenção do profissional de educação
física, assim define:

Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, que


resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado
pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de
comportamento inerente ao ser humano com características biológicas e
sócio-culturais. No âmbito da Intervenção do Profissional de Educação
Física, a atividade física compreende a totalidade de movimentos
corporais, executados no contexto de diversas práticas: ginásticas,
exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais,
danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação,
lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga,
exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras
práticas corporais (CONFEF, 2002).

O estudo de Hoffman e Harris (2002) indica alguns possíveis conceitos


desse mesmo termo, classificando-os conforme sua amplitude. Segundo os
autores, a definição mais exclusiva é assim descrita: "movimento voluntário
intencionalmente realizado com propósitos específicos, e requer quantidade
substancial de energia". E a definição mais inclusiva seria: "todos os movimentos
voluntários e involuntários realizados pelo homem". Dentro dessa perspectiva de
variação terminológica, Santos (2009) acrescenta que a definição que venha a ser
escolhida deve possibilitar que os meios de mensuração sejam construídos
adequadamente, e que os resultados permitam correlações, propiciando um
avanço acerca do conhecimento dessa temática.
Historicamente, no processo de construção da humanidade, o ser humano
dependia de sua força, velocidade e resistência para conseguir sobreviver
16

diariamente. As constantes migrações na pré-história em busca de abrigo


proporcionava a prática de intensas caminhadas. Nesse percurso, era necessário
lutar, correr e saltar, ou seja, a atividade física foi fator imprescindível nessa
época. Com o passar do tempo, já na Grécia antiga, a atividade física era
praticada como “a arte do corpo nu” em ginásticas, com finalidade de utilizar as
habilidades adquiridas em guerras ou como gladiadores. Na Idade Média, havia
disputas entre cavaleiros e jogos equestres. Todos esses eventos impulsionou o
surgimento de várias metodologias de exercícios físicos elaborados por diferentes
pesquisadores da área (PITANGA, 2002; CAPINUSSÚ, 2005).
No Brasil, programas referentes à prática de atividades físicas estão
embasados em práticas médicas, as quais buscava construir o indivíduo
considerado saudável, abrangendo boa postura e adequada aparência física.
Ainda de acordo com Pitanga (2002), o estado novo (década de 1930) foi
responsável pelo surgimento da tendência militar nos programas de atividade
física em escolas, favorecendo o processo de eugenia da raça. Na década
seguinte, influenciado pelo discurso liberal, a educação física adentrou na área
pedagógica. A partir dos anos de 1970, tem início a tendência esportiva na
educação física, tendo como base a formação de equipes desportivas para
competição. Para o autor, o vínculo dessa área com a saúde não chegou a ser
prioridade no contexto da educação física nacional.
Esse cenário foi modificado, no entanto, com o aumento relevante das
denominadas doenças crônicas não-transmissíveis, apresentadas anteriormente.
Assim, houve a valorização da promoção da saúde dos cursos de graduação e
profissionais que tratam desse assunto. É possível afirmar que, nos últimos anos,
se observou um considerável incremento na quantidade de publicações
relacionando atividade física e saúde, até mesmo no Brasil. Atualmente,
pesquisas apontam que a prática moderada de atividades físicas, realizadas
contínua ou cumulativamente, por cerca de meia hora ou mais por dia podem ser
suficientes para gerar benefícios para a saúde das pessoas. Com base nesses
dados, o aconselhamento é a inclusão dessas atividades em cinco ou mais dias
da semana. Tornando-se habitual, a atividade física significa uma importante
característica do estilo de vida com a capacidade de interferir positivamente na
saúde da população (NAHAS e GARCIA, 2010).
17

Vale ressaltar, dessa forma, que a recente transformação no perfil de saúde


das pessoas tem exigido uma transformação no modo de organização e oferta
dos serviços de saúde para que se concretize o acesso e os cuidados referentes
à situação atual de adoecimento e mortalidade por doenças crônicas,
principalmente pelo sedentarismo, como o excesso de peso e obesidade. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2003), a prática de atividade
física regular reduz o risco de mortes prematuras, doenças cardíacas, alguns
tipos de câncer e diabetes tipo II. Além disso, influencia na prevenção do ganho
de peso, reduzindo assim o risco de obesidade, favorece a prevenção ou redução
da osteoporose, proporciona bem-estar, diminui o estresse, a ansiedade e a
depressão. Em crianças e jovens, a atividade física articula-se com as ações para
uma dieta saudável, desestimula o uso do tabaco, do álcool e outras drogas,
reduzindo a violência e propiciando a integração social.
Atualmente, vigora no Brasil, desde 2006, a Política Nacional de Promoção
da Saúde (PNPS) no âmbito do Sistema Único de Saúde. Essa política tem a
finalidade de promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos
à saúde. Nesse sentido, de acordo com o Ministério da Saúde, o programa de
prioridades da saúde pública atribui maior destaque às práticas corporais e
atividades físicas, comprovadamente um fator de proteção à saúde, que contribui
para a redução dos riscos à saúde e elevando a qualidade de vida das pessoas.
Assim, é extremamente importante a valorização dos espaços públicos de
convivência e de produção de saúde, bem como o direito ao lazer e a inclusão
social levando em consideração a relevância epidemiológica da prática de
atividade física (BRASIL, 2013).
Como mencionado anteriormente a atividade física é inversamente
relacionada com a morbidade e mortalidade relacionado a várias doenças
crônicas. Nesse aspecto, uma grande questão para estudiosos da área refere-se
à quantidade de atividade física necessária para a promoção de benefícios à
saúde, capaz de evitar a morte prematura. Não é requerido altos níveis de
atividade física para que a sua prática auxilie a saúde e o bem-estar físico e
mental (OLIVEIRA et al., 2005).
No contexto de acadêmicos de educação física, existem diversos estudos
que relacionam o nível de atividade física nesse curso. O trabalho de Pinho e
18

Barbosa (2011), realizado em uma instituição de Porto Velho - RO indica que os


acadêmicos apresentaram níveis adequados de prática de atividade física em
todos os parâmetros, para ambos os sexos. Já no estudo de Silva (2011),
realizado em uma faculdade do Nordeste, observou-se que acadêmicos de
educação física do sexo feminino, com escolaridade materna maior que oito anos
e com alimentação inadequada foram os grupos com maiores chances de
apresentar níveis baixos de atividade física. Na pesquisa de Souza e Santos
(2012), realizada na Bahia, foi encontrado que os acadêmicos de educação física
do primeiro semestre possuem nível elevado de atividade física em comparação
com os acadêmicos do sétimo semestre, em que se manifesta alta prevalência de
sedentarismo. Amorim e Dias (2011) também encontraram bom nível de atividade
física em acadêmicos desse curso de graduação em uma faculdade de Santa
Catarina. Os autores afirmam, ainda, que esta é uma atitude adequada, pois
serão profissionais que incentivarão a população na prática de atividades físicas.
Todos os autores concordam que os estudantes do curso de educação
física precisam manter seus níveis de atividade física conforme as evidências
científicas. Isso é importante para o profissional que irá desenvolver atividades
nessa área, estimulando as pessoas à prática dessas atividades. Manter o corpo
saudável, nesse sentido, é essencial, assim como afirma Bielemann et al. (2007):

É importante que o profissional de Educação Física tenha um


comportamento exemplar em relação à prática de atividades,
especialmente se considerarmos que um de seus compromissos é
promover a adoção de hábitos saudáveis nos indivíduos de todas as
idades (BIELEMANN et al., 2007, p. 71).

Assim, ampliando a discussão para toda a população, com intuito de


aumentar sua participação em atividades físicas, é necessária uma intervenção
governamental e social, que inclua a construção de pistas de caminhada e de
ciclovias, além de aumentar o acesso ao lazer, reativando parques e praças.
Dessa maneira, para que essas transformações sejam observadas por sistemas
de monitoramento, é fundamental a participação dos vários setores organizados,
para que a promoção de ações de atividade física se concretize. Pesquisas
científicas nessa área auxiliam na compreensão do progresso da realização de
atividade física, referente a prevalência e aos fatores vinculados (BRASIL, 2013).
19

Nesse aspecto, é importante frisar que os profissionais de educação física


possuem a tarefa de intervir, visando incentivar a prática regular da atividade
física. Para que isso ocorra, é imprescindível o conhecimento no que diz respeito
aos componentes associados à saúde e qualidade de vida, de modo que a
estruturação de estratégias seja específica ao nível de cada faixa etária,
transmitindo e conscientizando dentro dessa temática e impactando diretamente o
estilo de vida das pessoas, além de contribuir ao seu bem-estar, qualidade de
vida e longevidade (OLIVEIRA et al., 2005).

3.3 SEDENTARISMO

Várias pesquisas epidemiológicas demonstraram que a prevalência do


sedentarismo está aumentando progressivamente, principalmente em países mais
desenvolvidos, sendo causado pelo estilo de vida contemporânea, favorecendo os
fatores de riscos para várias doenças (OLIVEIRA et al., 2005; PINHO e
BARBOSA, 2011). No Brasil, em pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, foi
constatada uma prevalência em torno de 15% de atividade física no lazer
(BRASIL, 2013).
Para Gualano e Tinucci (2011), a ambiente moderno sofreu drásticas
transformações. Após as revoluções industriais e tecnológicas, o alimento passou
a ser algo abundante e disponível praticamente a todo o momento. A atividade
física, crucial nos tempos antigos, como exposto anteriormente, é agora
considerada como algo dispensável. O ser humano, antes fisicamente ativo e
nômade, tornou-se sedentário. Esses autores defendem que o conjunto genético
da espécie humana foi selecionado em um ambiente diferente do atual, pois a
atividade física era essencial para a sobrevivência.
O comportamento sedentário pode ser definido como atividades que não
aumentam consideravelmente o gasto energético e que se caracterizam por
hábitos como assistir televisão, utilização de computador (notebook, tablet,
smartphone, etc.), ou o tempo que se passa sentados no trabalho ou durante o
deslocamento em carro ou ônibus. Uma unidade fundamental para a
compreensão do comportamento sedentário é o MET (equivalente metabólico),
que representa a taxa metabólica de uma pessoa em repouso absoluto
(RAVAGNANI et al., 2013; MIELKE, 2012).
20

Assim, quando é representado o gasto de energia em MET, indica-se o


número de vezes pelo qual o metabolismo de repouso foi multiplicado durante
uma atividade. Dessa maneira, andar de bicicleta a quatro METs significa dizer
que houve um gasto calórico quatro vezes maior do que aquele do repouso. Logo,
o conceito de MET é empregado nas orientações gerais para a população
referente ao gasto energético das atividades. O MET é, portanto, uma medida de
intensidade de esforço (RAVAGNANI et al., 2013).
Nesse sentido, para Mielke (2012), é imprescindível frisar que a falta de
atividade física e o comportamento sedentário são conceitos diferentes. Pessoas
podem ser classificadas como fisicamente inativos quando não seguem as
orientações atuais de atividade física. O comportamento sedentário, por sua vez,
é dado pela proporção de tempo (no dia a dia) gasto em atividades de intensidade
menor que 1,5 MET, sobretudo quanto ao tempo sentado. Dessa forma, um
indivíduo pode ser fisicamente ativo, ao correr 40 minutos todos os dias, apesar
de passar grande parte do seu dia sentado, indicando um alto índice de
comportamento sedentário. É igualmente possível que uma pessoa não siga as
orientações de atividade física diária, realizando atividades leves na maior parte
do dia, e por outro lado gaste poucas horas diariamente em atividades com gasto
energético inferior a 1,5 MET. As recomendações atuais de atividade física
sugerem que um adulto acumule pelo menos 150 minutos de atividade física de
intensidade moderada a vigorosa por semana.
De acordo com Ferreira et al. (2012), o sedentarismo é considerado uma
doença, e a “Síndrome da Morte Sedentária” foi um termo atribuído à entidade
emergente das desordens ocasionadas pelo estilo de vida sedentário que, em
última instância, se relaciona à doenças crônicas que culminam uma mortalidade
elevada. Essa afirmação se baseia na ideia de doença como um estado do corpo
humano, de seus órgãos, tecidos e sistemas, em que suas funções estão de
alguma forma comprometida por fatores internos ou externos. Destarte, os
desequilíbrios acarretados pelo sedentarismo indicam sua justificativa para notá-lo
como uma patologia. Para os autores, considerando que o sedentarismo seja uma
doença, a atividade física é o seu remédio.
Nesse contexto, estudos indicam que no período da infância o sobrepeso e
a obesidade atingiram proporções epidêmicas em países desenvolvidos e em
21

desenvolvimento. A progressiva prevalência relacionada a problemas de saúde


atinge meninos e meninas indistintamente. Em crianças e adolescentes, os
principais fatores que corroboram para o excesso de peso corporal são os
comportamentos sedentários, como o tempo excessivo gasto em frente à
televisão ou ao computador, equipamentos tecnológicos, acessibilidade a
utensílios eletrônicos, além de deslocamentos menos ativos. Vale ressaltar que
algumas pesquisas epidemiológicas concluíram que as crianças que assistem à
televisão por períodos maiores que duas horas por dia apresentam maiores
chances de sobrepeso e/ou obesidade (SILVA et al., 2007).
Dados epidemiológicos importantes para estudos nessa temática também
podem ser coletados por meio do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios). Este é um programa nacional do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) que “obtém informações anuais sobre características
demográficas e socioeconômicas da população, como sexo, idade, educação,
trabalho e rendimento, e características dos domicílios, e, com periodicidade
variável, informações sobre migração, fecundidade, nupcialidade, entre outras,
tendo como unidade de coleta os domicílios. Temas específicos abrangendo
aspectos demográficos, sociais e econômicos também são investigados”1.
O estudo de Knuth et al (2011) apresentou os resultados de prática de
atividade física da PNAD em 2008, considerando a distribuição geográfica e as
principais características sociodemográficas. Os autores utilizaram as seguintes
variáveis em sua metodologia:
 Ativo no deslocamento: indivíduo empregado que costuma ir a pé ou de
bicicleta de casa para o trabalho, com trajeto de 30 minutos ou mais so-
mando a ida e a volta;
 Ativo no lazer: indivíduo que pratica atividades físicas leves ou moderadas
em 5 dias ou mais na semana por pelo menos 30 minutos e/ ou indivíduos
que praticam atividades físicas vigorosas em 3 dias ou mais na semana por
pelo menos 20 minutos;
 Inativos: indivíduo que relatou não praticar qualquer atividade física em to-
dos os domínios estudados (deslocamento para o trabalho, atividade labo-
ral, faxina no ambiente doméstico e atividades físicas de lazer);

1
Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=40.
Acesso em 27 de outubro de 2015.
22

 Hábito de assistir TV: indivíduo que assiste televisão, sentado por 3 horas
ou mais diariamente, fora do trabalho.

Os resultados obtidos na pesquisa de Knuth et al (2011) indicaram a


prevalência de pessoas ativas no lazer igual a 10,5% da população, exatamente o
mesmo valor para indivíduos classificados como ativos no deslocamento. Além
disso, cerca de 20% da população afirmou não praticar nenhuma atividade física,
no trabalho, no lazer, no deslocamento ou domicílio. Quanto ao hábito de assistir
televisão, 35,7% afirmou adotar essa prática por, no mínimo, 3 horas por dia. Os
dados desse estudo contribuem para os dados de outros estudos.
Outro sistema de obtenção desse tipo de informação é o VIGITEL
(Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito
Telefônico). O objetivo desse programa é medir a prevalência de fatores de risco e
proteção para doenças não transmissíveis na população brasileira e subsidiar
ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. A população monitorada
envolveu 40.853 entrevistas com adultos com mais de 18 anos residentes nas
capitais dos 26 estados e DF, por meio de inquérito telefônico. Esse levantamento
constatou que o excesso de peso é maior entre os homens. Além disso, foi
observado que 52,5% dos brasileiros estão acima do peso e 17,9% da população
está obesa. Em relação à escolaridade, o estudo aponta que a prevalência de
excesso de peso e obesidade aumenta quanto menor é a escolaridade do
indivíduo. Foi encontrado que a capital com menor índice de obesidade é a cidade
de Florianópolis (SC), e São Luís (MA) a capital com menor percentual de
indivíduos com excesso de peso (BRASIL, 2014).
Uma contrapartida importante para inibir o crescimento do sedentarismo,
assim como afirma o Ministério da Saúde, é a implantação de programas que
promovam a atividade física nas escolas, para que o comportamento sedentário
seja eliminado desde a fase inicial do desenvolvimento humano (BRASIL, 2013).
Além dos dados institucionais do Ministério da Saúde, diversas outras
pesquisas tem mostrado que o sedentarismo está aumentando na população
brasileira. O trabalho de Hallal et al. (2006), por exemplo, analisa a prevalência de
sedentarismo em adolescentes de 10 a 12 anos de idade e os possíveis fatores
associados. O estudo detectou uma prevalência de sedentarismo no sexo
23

masculino de 49%, e no sexo feminino foi encontrado o percentual de 67%. Os


autores concluíram que foi alta a prevalência de sedentarismo nessa população, e
afirmam também que medidas eficazes de combate ao sedentarismo na
adolescência são imprescindíveis. Ressaltam, ainda, que o sedentarismo nessa
fase da vida pode ocasionar inatividade física na idade adulta.
Em outra pesquisa foi analisada a percepção do sedentarismo em
adolescentes grávidas em um município do estado do Amazonas (ANDRADE et
al., 2010). Os autores frisam que o Ministério da Saúde considera o sedentarismo
mais frequente em mulheres, idosos, pessoas incapacitadas e de baixo nível
socioeconômico, com a tendência de diminuir progressivamente o nível de
atividade física a partir da adolescência. Nesse sentido, o resultado da pesquisa
está de acordo com esses dados, pois 75% das grávidas se classificam como
sedentárias, e a maioria possui renda familiar menor que 2 salários mínimos.
Dentro do cenário dos estudantes de educação física, Staino et al. 2010,
pesquisou o comportamento sedentário em uma faculdade de Belo Horizonte
(MG). Os autores concluíram que a prevalência de acadêmicos ativos na
população pesquisada foi alta. O sexo masculino mostrou níveis mais altos de
comportamento ativo e a prática frequente de atividade física independentemente
do comportamento sedentário.
Muitos estudos mostram, ainda, que o comportamento sedentário está
associado a um aumento do risco de mortalidade por qualquer causa,
independentemente da existência de atividade física moderada e vigorosa. As
evidências indicam uma relação de dose/resposta entre o tempo sentado e a taxa
de mortalidade, estando presente em todos os grupos com variados níveis de
atividade física. Os indivíduos que possuem um modo de vida baseado no
sedentarismo e, concomitantemente, despende muito tempo sentado, apresenta
uma taxa de mortalidade mais elevada (SARDINHA e MAGALHÃES, 2012).

4. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

4.1 AMOSTRA
24

Segundo Barbetta (2002), a definição de população se dá pelo conjunto


dos elementos que se deseja estudar. A amostra total deste estudo foi composta
por 51 acadêmicos de todos os períodos do curso a de ambos os gêneros, sendo
53% masculino e 47% feminino, com idade entre 18 e 37 anos, matriculados em
um curso de Educação Física de uma universidade pública da cidade de Porto
Velho. Todos os participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livre
e esclarecido, o qual continha informações sobre os objetivos e processo
metodológico da pesquisa.

4.2 PROCEDIMENTOS

Realizou-se um estudo transversal, descritivo e quantitativo. Boente; Braga


(2004) caracteriza a pesquisa descritiva quando há um levantamento de dados e
o porquê desses dados. Segundo Richardson (1989), este método caracteriza-se
pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações,
quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais
simples até as mais complexas.
A coleta de dados foi realizada em outubro de 2015 utilizando a versão curta
do Questionário Internacional de Atividade Física – (IPAQ). O questionário aborda
a quantidade de dias e minutos das atividades físicas realizadas como atividades
de lazer, ocupacionais, locomoção e trabalho doméstico. Foi utilizada para
identificar tempo gasto com atividade física. Um escore de atividade física em
minutos por semana foi construído, considerando a semana habitual, somando os
minutos despendidos em caminhada e atividades de intensidade moderada, com
os minutos despendidos em atividades de intensidade vigorosa. O escore foi
utilizado para classificar o nível de atividade física do estudante. O
comportamento sedentário foi determinado pelo tempo em horas frente à tela
(assistindo televisão, usando computador ou jogando videogame). Duas variáveis
relativas à exposição a comportamento sedentário foram consideradas nas
análises, uma refletindo a conduta do estudante nos dias da semana e a outra
refletindo os finais de semana.
25

Para classificar o nível de atividade física foi utilizado o consenso entre o


CELAFISCS e o Center for Disease Control and Prevention (CDC), considerando
os critérios de frequência e duração em quatro categorias.

1. Muito ativo: aquele que cumpre a recomendação: a) Vigorosa: ≥ cinco dias


na semana e ≥ 30 minutos por sessão e/ou; b) Vigorosa: ≥ três dias na se-
mana e ≥ 20 minutos por sessão + Moderada e/ou Caminhada ≥ cinco dias
na semana e ≥ 30 minutos por sessão.

2. Ativo: aquele que cumpre a recomendação: a) Vigorosa: ≥ três dias na se-


mana e ≥ 20 minutos por sessão e/ou; b) Moderada ou Caminhada: ≥ cinco
dias na semana e ≥ 30 minutos por sessão e/ou; c) A soma de qualquer ati-
vidade: ≥ cinco dias na semana e ≥ 150 minutos por semana (vigorosa
+moderada+caminhada).

3. Irregularmente ativo: aquele que pratica atividade física, mas insuficiente


para ser classificado como ativo por não cumprir as recomendações quanto
à frequência e duração.

4. Sedentário: aquele que não referiu praticar nenhuma atividade física por
pelo menos dez minutos contínuos durante a semana.

4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Na análise dos dados foram empregados procedimentos de estatística


descritiva e quantitativa. Foi realizado o teste F para avaliar a equivalência das
variâncias e o teste T para avaliar as diferenças entre as médias.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O gráfico 1 demonstra o quão ativo é o grupo feminino ficando este com 37,5%
para muito ativo e 33,3% para ativo, 12,5% para insuficiente ativo e 16,6%
sedentário. Podendo ser considerada na totalidade como ativo.

Gráfico 1- representação gráfica do nível de atividade física do gênero feminino.


27

incidência nas classificações Ativo e Sedentário quando comparados com o sexo


masculino.
No entanto, a aplicação do teste-t para avaliar a diferença entre as médias,
mostrou que não há diferença significativa (t > 0,05) entre os grupos masculino e
feminino dos estudantes de Educação Física, indicando que a quantidade de
indivíduos ativos fisicamente é semelhante em ambos.

Gráfico 3- representação gráfica da classificação do nível de atividade física por


gênero em alunos do curso de Educação Física.

12
Sedentário 7,4
16,6

20
Insuf.A vo 25,9
12,5
Grupo Fem
21 Grupo Masc
A vo 11,1 Total
33,3

47
Muit.a vo 55,5
37,5

0 10 20 30 40 50 60

Em relação ao comportamento sedentário analisado, observa-se no gráfico


4, o tempo médio despendido de horas sentado durante um final de semana e um
dia de semana. Foi identificado que os acadêmicos do sexo masculino gastam em
média cerca de 8,32 horas/dia em atividades sedentárias e as do sexo feminino
gastam cerca de 6,30 horas/dia em que houve uma diferença significativa entre
os sexos, favorável ao feminino. Não foram encontradas diferenças significativas
entre os sexos no tempo médio despendido durante um final de semana. Bassilio
(2010) afirma que ficar sentado por muito tempo pode acarretar sérios riscos a
saúde, como a redução do gasto metabólico resultando a obesidade e má postura
que leva o aparecimento de doenças na coluna.
28

Grafico 4 – representação gráfica do tempo gasto sentado durante um dia de


semana e um final de semana por gênero.

8,15
TGSDFS
9,45

Grupo Masc
Grupo Fem
6,3
TGSDS
8,32

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Gráfico 5 – representa a relação do nível de atividade física como o


comportamento sedentário.

10,13
Sedentário 4
2

9,16
Insuf. A vo 3
7
Grupo Masc.
8,35 Gupo fem.
A vo 8 Comp. Sedentário
3

8
Muit. A vo 9
15

0 2 4 6 8 10 12 14 16

No gráfico 5, verificam-se as proporções de acadêmicos classificados


quanto ao nível de atividade física em relação ao comportamento sedentário.
Katzmarzyk et al. (2009) recentemente demonstraram que o comportamento
29

sedentário pode prejudicar a saúde, independente da prática de atividade física.


Este achado provocou uma nova discussão da relação do nível de atividade física
com o comportamento sedentário. Considerando todo o grupo, o tempo médio
gasto com atividades sedentárias é maior em acadêmicos pertencentes à
categoria dos sedentários porem com pouca diferença para os classificados como
insuficiente ativo.

CONCLUSÃO

O presente estudo propôs classificar a amostra quanto aos parâmetros


referentes ao nível de atividade física e os hábitos sedentários para que possa
delinear a relação desse público com a atividade física.
De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, podemos
observar que os acadêmicos de ambos os gêneros representam nível de
atividade física elevada de indivíduos ativos e muito ativos. Tal situação pode
ocorrer do estímulo que existe para as atividades físicas, devido opção
profissional, aulas práticas de disciplinas ou por serem ou terem sido atletas e,
dessa forma, é muito mais provável de adotarem um estilo de vida ativo em
relação a população em geral, mesmo se comparados a indivíduos da mesma
idade.
Dessa forma, o estudo encontrou baixas prevalências de sedentarismo e
um número maior de acadêmicos ativos na Educação Física. Os participantes do
sexo masculino são mais ativos que as participantes do sexo feminino. É
importante que os profissionais de Educação Física tenham um comportamento
adequado em relação à prática de atividades, especialmente se considerarmos
que um de seus compromissos e objetivos é promover a adoção de hábitos
saudáveis nos indivíduos de todas as idades.
A respeito do quantitativo de horas gastas pelos escolares em hábitos
sedentários, este comportamento foi semelhante entre ambos os sexos.

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ANEXOS

ANEXO A. QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS.

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA –


VERSÃO CURTA -
Nome:_______________________________________________________
Data: ______/ _______ / ______ Idade : ______ Sexo: F ( ) M ( )
Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas
fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo
que está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que
tão ativos nós somos em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que
você gasta fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no
trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades
em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor, responda cada questão mesmo
que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação!
Para responder as questões lembre que:

atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar
MUITO mais forte que o normal
atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar UM
POUCO mais forte que o normal
35

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10 minutos
contínuos de cada vez.

1a Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou
no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de
exercício?
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou
caminhando por dia?
horas: ______ Minutos: _____

2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos
contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar
vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como
varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração ou
batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA)
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto
tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____

3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos
contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar
basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração.
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo
no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na escola ou
faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto
descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o
tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.

4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?
______horas ____minutos
4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?
______horas ____minutos

ANEXO B. TERMO DE CONSENTIMENTO.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA


NÚCLEO DE SAÚDE - NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu ___________________________________________, portador(a) do RG n.
___________, nascido(a) aos ___/___/___, tendo sido CONVIDADO pelo graduando
Álef Renan Ribeiro Torres a participar do projeto de pesquisa “NIVEL DE ATIVIDADE
FISICA E HÁBITOS SEDENTÁRIOS EM ACADEMICOS DO CURSO DE
EDUCAÇÃO FISCA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RÔNDONIA”, sobre a
36

orientação do Professor Dr. Ramon Nunez Cárdenas, compreendo que posso contribuir
neste estudo e que não me oferece risco de qualquer natureza. Estou ciente que o
pesquisador me entrevistará com objetivo de investigar sobre os motivos e a motivação da
minha prática de ginástica no Município de Porto Velho/RO.
Depois de completamente esclarecido, “a” pelo pesquisador ACEITO PARTICIPAR
DESTE ESTUDO, PODENDO INTERROMPER MINHA PARTICIPAÇÃO A
QUALQUER MOMENTO.

Porto Velho, RO _______2015.

Álef Renan Ribeiro Torres


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