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Universidade São Judas Tadeu

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física

Fatores Associados ao Nível de Atividade Física de Adolescentes e Pais


de Alto Nível Socioeconômico de São Bernardo do Campo

Roberta Luksevicius Rica

São Paulo

2014
Universidade São Judas Tadeu
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física

Fatores Associados ao Nível de Atividade Física de Adolescentes e Pais


de Alto Nível Socioeconômico de São Bernardo do Campo

Roberta Luksevicius Rica

Dissertação apresentada ao Programa de Pós


Graduação em Educação Física da Universidade
São Judas Tadeu como requisito para obtenção
do título de Mestre em Educação Física
Linha de Pesquisa: Promoção e Prevenção em
Saúde
Orientador: Prof. Dr. Aylton Figueira Junior

São Paulo

2014
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que contribuíram para que esta dissertação fosse
realizada. Primeiramente a minha família querida, que sempre me apoiou em todas as
decisões, e principalmente ter acreditado que eu conseguiria realizar os meus sonhos.
Aos meus pais Sonia Maria Luksevicius e Sergio Rica por terem deixado de fazer
muitas coisas na vida para que eu tivesse uma educação de qualidade. Pais podem
ter certeza que deu certo! A minha irmã e meu cunhado, Debora Luksevicius Rica e
Bruno Damasio por serem sempre tão carinhosos e preocupados comigo.

Aos meus primos (Beto, Rogério e Laura), tio (Zeca), tias (Sonia e Marlene) e
amigos verdadeiros pela paciência e pela ausência por esses dois anos, e pelo apoio
de sempre.

Aos meus amigos de trabalho, pela ajuda nas horas de congressos e viagens e
paciência pela minha falta de paciência. Aos meus amigos de mestrado, por aguentar
a piada alheia durante os estudos e pela batalha em conjunto.

Ao meu querido orientador Aylton Figueira Junior, primeiro pela paciência com
uma aluna tão hiperativa e ansiosa, sei que os outros alunos não são assim tão
agitados como eu, e principalmente pelo conhecimento adquirido.

E principalmente ao meu marido e Danilo Bocalini, pela contribuição, apoio e


entendimento aos ataques de fúria.

Amo muito todos vocês!


DEDICATÓRIA

Dedico essa dissertação ao meu


marido Danilo Sales Bocalini,
aos meus pais Sonia Maria
Luksevicius e Sergio Rica e a
minha amiga e irmã Debora
Luksevicius Rica.
LISTA DE ABREVIAÇÕES

ABC – São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul

AF- Atividade física

EF- Educação física

FEFISA - Faculdade de Educação Física de Santo André

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMC - Índice de massa corpórea

IPAQ- Questionário Internacional de Nível de Atividade Física

IPC- Índice de Potencial de Consumo

PENSE- Pesquisa Nacional sobre a Saúde dos Estudantes

PIB- Produto Interno Bruto

PROESP- Projeto Esporte Brasil

SBC- São Bernardo do Campo

TAS- Tempo de atividade física semanal

TSS- Tempo semanal sentado

TV- Televisão

UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo

USJT- Universidade São Judas Tadeu

USP- Universidade de São Paulo

WHO- Organização Mundial da Saúde


LISTA DE ANEXOS

Anexo1: Quadro 1: Artigos utilizados na construção da


dissertação

Anexo 2: Questionário aplicado aos adolescentes

Anexo 3: Questionário aplicado aos pais

Anexo 4: Termo de assentimento livre e esclarecido- adolescentes

Anexo 5: Termo de consentimento livre e esclarecido – pais

Anexo 6: Termo de autorização para participação do adolescente

Anexo 7: Aprovação no Comitê de Ética

Anexo 8: Carta de autorização para a realização do estudo


LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Fatores de aderência para atividade física

Quadro 2: Comparação de características de São Bernardo do Campo


com o Colégio Arbos.
LISTA DE TABELA

Tabela 1: Característica da residência da amostra

Tabela 2: Características das atividades físicas de adolescentes de


ambos os sexos

Tabela 3: Percepções pessoais dos adolescentes sobre amigos e irmãos

Tabela 4: Acesso a equipamentos eletrônicos dos adolescentes

Tabela 5: Atividades ativas e sedentárias realizadas durante a semana


por adolescentes

Tabela 6: Hábitos alimentares de adolescentes de ambos os sexos

Tabela 7: Barreiras para a prática de atividade de adolescentes de


ambos os sexo

Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física

Tabela 9: Características amostrais da análise 4

Tabela 10: Atividades semanais relativas à atividade física de pais e


filhos

Tabela 11: Hábitos alimentares de pais e filhos


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Representação adaptada do modelo ecológico de Figueira


Junior (2009)
RESUMO
Resumo

O presente estudo teve como objetivo descrever os fatores associados ao nível de


atividade física de pais e filhos adolescentes de ambos os sexos e de alto nível
socioeconômico residentes em São Bernardo do Campo. Participaram dessa
investigação 186 pessoas, sendo 93 adolescentes de 13 a 17 anos estudantes de um
colégio particular em São Bernardo do Campo/SP e seus respectivos pais e/ou
responsáveis, de alto índice socioeconômico. Foi aplicado um questionário com
perguntas relacionadas ao comportamento perante a atividade física para os
adolescentes e seus pais. O nível de atividade física foi mensurado pelo questionário
Internacional de Atividade Física (IPAQ versão curta 8). Foram classificados ativos os
adolescentes que realizavam mais de 300 minutos de atividade física por semana, e
para os adultos 150 minutos de atividades semanais ativas. A presente dissertação foi
dividida em 4 análises, sendo seu objetivo especifico. A primeira analise foi descrever
os fatores associados ao comportamento, em relação ao nível de atividade física de
adolescentes de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico. A segunda foi
descrever as barreiras para a prática de atividade física. A terceira descrever as
percepções sobre a aula de Educação Física e a quarta descrever os fatores
associados ao comportamento, em relação ao nível de atividade física de
adolescentes e seus respectivos pais ou responsáveis. Os resultados indicam que
50,5% da amostra de adolescente é ativa, porém houve diferença entre os sexos,
onde os meninos, 56,52% eram ativos, e entre as meninas, 44,7%. Todos os alunos
possuíam acesso à internet, porém 92% das meninas inativas utilizam o tablet para
pesquisar na internet e apenas 14% das ativas o utilizam. Sobre as atividades
realizadas durante a semana, independentemente ao nível de atividade física, os
meninos praticam mais esporte e as meninas mais a academia. As meninas inativas
apresentam mais barreiras do que qualquer outro grupo. Adicionalmente 67% das
meninas ativas não gostam de realizar esporte com os pais e apenas 5% não gostam
de fazer com a mãe, porém, 61% não realiza esta atividade. Para os inativos, a
preguiça é a barreira mais citada para não praticar atividade física. A maioria dos
adolescentes se sente estimulados pelos seus professores de Educação Física e mais
de 92% gostam de realizar EF. Sobre os comportamentos de pais e filhos, há uma
associação direta entre a prática de atividades físicas organizadas dos filhos e o nível
de atividades físicas dos pais. Já para os inativos, percebemos um hábito alimentar
mais parecido de pais e filhos.

Palavras Chave: Adolescente, Atividade Física, Fatores Associados.


SÚMARIO

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 11

1.1 A construção conceitual: meu processo de formação 11

1.2. Estrutura e organização do estudo 12

1.3 Justificativa 12

1.4 Objeto e Objetivo do Estudo 13

1.4.1 Objeto de estudo 13

1.4.2 Objetivo Geral 13

1.4.3 Objetivos Específicos 13

1.5. Hipóteses 14

CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA 16

2.1- Critérios utilizados na construção da revisão de literatura 16

2.2- Entendendo o adolescente 16

2.3- Atividade física e seus efeitos na adolescência 17

2.4- Fatores associados ao nível de atividade física de adolescentes 21

2.4.1 - Fatores biológicos e nível de atividade física 21

2.4.2 - Fatores sociais e nível de atividade física 24

2.4.3 - Fatores comportamentais e nível de atividade física 31

CAPITULO III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 37

3.1- Modelo experimental 37


3.2- Local da pesquisa 37

3.3-Desenvolvimento da pesquisa 38

3.4 Características amostrais 39

3.4.1-Critérios de Inclusão 39

3.4.2- Critérios de Exclusão 39

3.5- Métodos e instrumentos de avaliação 41

3.5.1 - Procedimentos de cálculos 41

3.6- Análise estatística 42

CAPITULO IV - RESULTADOS E DISCUSSAO DOS ESTUDOS 43

4.1- análise 1: Descrever os fatores associados ao comportamento de 43


adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

4.2- análise 2: Descrever as barreiras da prática de atividade física de 51


adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

4.3- análise 3: Descrever as percepções de adolescentes de ambos os sexos 55


sobre a aula de Educação Física em relação ao nível de atividade física

4.4- análise 4: Descrever os fatores associados entre o comportamento de 58


adolescentes e de seus pais ou responsáveis em relação ao nível de atividade
física

CAPITULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 64

5.1- Considerações Finais 64

5.2- Limitações do estudo 65

5.3- Referências 66

5.4- Anexos 74
11

AM CAPITULO I – INTRODUÇÃO

1.1 - A CONSTRUÇÃO CONCEITUAL: MEU PROCESSO DE FORMAÇÃO


Para entender esta pesquisa é preciso relatar um pouco da minha história.
Desde criança gostei muito de esportes. Fui atleta federada de vôlei dos 10 aos 13
anos e dos 13 aos 17 em basquete. Pela minha experiência esportiva, no Ensino
Médio fui convidada pela coordenadora do colégio em que estudava a assistir e
auxiliar nas aulas de escolinha de esportes para crianças de 6 a 10 anos.
Por conta dos três anos em que assisti aula de esporte, em 2000 entrei na
faculdade FEFISA (Faculdade de Educação Física de Santo André) em São Paulo, no
curso de Educação Física. Na faculdade, tive a oportunidade de voltar a jogar, estagiar
em academias, clubes, escolas e trabalhei em diversos lugares. Ao mesmo tempo,
continuei com as aulas no mesmo colégio, onde estou até hoje, trabalhando com
crianças de várias as idades. Mas o meu principal foco sempre foi trabalhar com
adolescentes.
Em 2006, trabalhando em uma academia, conheci meu marido Danilo Sales
Bocalini, também profissional de Educação Física. Naquele momento ele fazia
mestrado na área de fisiologia cardíaca no Departamento de Medicina da UNIFESP.
Namoramos e casamos em 2010, quando ele estava no doutorado. Meu convívio com
o Danilo fez com que eu entendesse mais de pesquisa, e principalmente, fez com que
eu enxergasse a profissão de Educação Física de outra maneira, pois a minha
experiência era totalmente aplicada. Como estava em contato com os trabalhos
científicos do Danilo e fui tendo mais curiosidades, resolvi voltar a estudar. Em 2011
entrei no curso de pós-graduação na Faculdade de Medicina da USP, no curso de
Fisiologia do Exercício. Neste curso, obtive mais informações e acesso a artigos
científicos.
Ao mesmo tempo, enquanto trabalhava no mesmo colégio, eu percebi que a
cada ano os alunos estavam menos dispostos a participar das aulas de Educação
Física.
No inicio da minha prática profissional, a aula de Educação Física era a mais
esperada da manhã inteira, mas atualmente os alunos não queriam mais fazer. E esta
era uma realidade em outras aulas, mesmo sendo ministradas por outros professores,
e até em outros colégios. Interessantemente, desde 2000, temos realizado avaliações
físicas com os alunos, duas vezes por ano. Percebi que o peso e as dobras cutâneas
estavam maiores. Assim, duvidas começaram a surgir. A equipe do Departamento de
12

Educação Física decidiu se reunir. Conversamos, mudamos o plano de aula,


mudamos as estratégias, até a estrutura da aula. Mas os resultados não mudavam.
Frequentemente os alunos não queriam ir para aula, trazendo atestados médicos, de
trabalho, ou até mesmo não comparecendo a aula.
Conversando com o Danilo sobre meus questionamentos, ele me incentivou (e
mostrou o caminho) o caminho da pesquisa, saber como eu poderia solucionar minhas
inquietações, e assim ajudar na minha prática profissional. Ingressei no programa de
mestrado na Universidade São Judas Tadeu, vinculando-me ao Grupo de Estudos de
Promoção da Saúde e Atividade Física, iniciando o programa de mestrado, com foco
no estudo do comportamento de adolescentes em relação ao nível de atividade física,
para conseguir unir a prática da minha profissão à teoria.

1.2- ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO


Este estudo está organizado em capítulos, sendo que:
O Capítulo 1 apresenta o tema desenvolvido, bem como justificativa, objeto e o
objetivo do trabalho. O Capítulo 2 traz a revisão bibliográfica sobre estudos dos
adolescentes, a atividade física e seus efeitos na adolescência e os fatores associados
ao nível de atividade física como: biológicos, sociais e comportamentais.
Os procedimentos metodológicos estão descritos no Capítulo 3, que apresenta
o perfil amostral, instrumentos de avaliação e análise estatística empregada.
Os resultados são apresentados em forma de tabelas no Capítulo 4, bem
como descrição e discussão das tendências encontradas.
No Capítulo 5 descrevemos as considerações finais e limitações do estudo.

1.3- JUSTIFICATIVA
A transição epidemiológica, nutricional e demográfica, além do avanço
tecnológico, tem alterado a característica do movimento humano, associado ao estilo
de vida populacional. Este processo impacta os indicadores epidemiológicos
relacionados à saúde populacional, independentemente da idade. Com o aumento da
prevalência das doenças crônicas, inúmeros estudos com propostas preventivas foram
realizados, buscando aumentar o nível de atividade física. Na adolescência é
importante estabelecer quais as possíveis relações para o nível de atividade física e
ressaltar que, dentre todos os fatores associados ao nível de atividade física, o papel
dos pais, parece interferir de modo decisivo no comportamento dos filhos, embora
ainda não se tenha estabelecido todas as relações possíveis. Assim, este projeto
pretende contribuir com o diagnóstico dos fatores associados ao nível de atividade
13

física de adolescentes de alto nível socioeconômico de um colégio particular da cidade


de São Bernardo do Campo.
O estudo das características dos comportamentos relacionados à atividade física
em adolescentes pode ter uma maior compreensão sobre o assunto, propiciando um
melhor direcionamento das ações dos programas de promoção da saúde. Alberto et al
(2013) demonstraram em uma revisão sistemática de 2005 a 2011 sobre nível de
atividade física em adolescentes no Brasil, que 81% dos artigos publicados foram de
2009 a 2011, evidenciando o quanto a pesquisa sobre adolescente é atual e nova em
publicações.
Além disso, a associação entre o nível de atividade física e indicadores
socioeconômicos em adolescentes ainda são conflitantes (FARIAS JUNIOR, 2008). Há
diversos estudos (MINATTO 2014; MELLO et al, 2010; SANTOS et al, 2010)
realizados com populações com baixo nível socioeconômico, entretanto para nosso
conhecimento, pesquisas relacionando apenas a adolescentes com um alto nível
socioeconômico ainda é escasso.

1.4- OBJETO E OBJETIVO DO ESTUDO

1.4.1 -Objeto de estudo


O objeto do presente estudo foi à análise dos fatores associados ao nível de
atividade física de adolescentes e de seus respectivos pais, residentes em região
urbana.

1.4.2 -Objetivo geral


Descrever os fatores associados ao nível de atividade física de pais e filhos
adolescentes de ambos os sexos e de alto nível socioeconômico residentes em São
Bernardo do Campo.

1.4.3 - Objetivos específicos


Os objetivos específicos no presente estudo estão divididos em diferentes
análises, considerando o nível de atividade física de adolescentes de alto nível
socioeconômico:
1- ANÁLISE 1: Descrever os fatores associados ao comportamento de adolescentes
de ambos os sexos;

2- ANÁLISE 2: Descrever as barreiras da prática de atividade física de adolescentes


de ambos os sexos;
14

3- ANÁLISE 3: Descrever as percepções de adolescentes de ambos os sexos sobre a


aula de Educação Física;

4- ANÁLISE 4: Descrever os fatores associados entre o comportamento de


adolescentes e de seus pais ou responsáveis.

1.5- HIPÓTESES
Apesar da reconhecida importância da atividade física na saúde, muitos
adolescentes não conseguem atingir a recomendação do nível suficiente de atividade
física. Aumentar o movimento corporal na população jovem tem representado uma das
prioridades em saúde pública. Portanto, identificar os fatores que contribuem com o
aumento do nível de atividade física permitirá elaborar programas de promoção da
saúde para esse grupo populacional, buscando os maiores benefícios de um estilo de
vida fisicamente ativo. Sendo assim, as hipóteses do presente estudo são:

1) Hipótese da análise 1:
 Para atingir a recomendação semanal do nível de atividade física, os
adolescentes praticam esportes, caminhada e frequentam a academia;
 Os adolescentes fisicamente ativos possuem melhor hábito alimentar
do que os adolescentes insuficientemente ativos;
 Os adolescentes possuem aparelhos eletrônicos com acesso a internet,
para serem utilizados a qualquer momento, por quanto tempo quiser,
sem restrição de pais e ou responsáveis;
 As meninas ativas frequentam programas de exercício em academia e
caminham mais que o grupo insuficientemente ativo;
 Os adolescentes insuficientemente ativos utilizam mais equipamentos
eletrônicos que os ativos;
 Os meninos ativos praticam esporte, por isso conseguem atingir a
recomendação do nível de atividade física semanal.

2) Hipóteses da análise 2:
 As meninas reportarão possuir mais barreiras para não realizar
atividade física do que os meninos, independentemente do nível de
atividade física;
 Os adolescentes inativos dizem possuir mais barreiras pessoais para
não praticar atividade física;
15

 A influência social é um estimulo a prática de atividade física para os


adolescentes ativos;
 A preocupação com o aspecto físico não deverá ser uma barreira
reportada pelos adolescentes insuficientemente ativos;
 A falta de local apropriado para a prática de atividade física será mais
citada por adolescentes insuficientemente ativos.

3) Hipóteses da análise 3:
 Os adolescentes inativos consideram a aula de Educação Física menos
importante do que os ativos;
 Os adolescentes inativos gostam menos da aula de Educação Física;
 Os adolescentes inativos gostam menos de praticar esportes do que os
ativos;
 Os adolescentes ativos realizariam a Educação Física mesmo que não
fossem obrigados;
 Os adolescentes ativos se sentem mais estimulados pelos pais e
professores que os insuficientemente ativos;
 As meninas gostam menos de participar da aula de Educação Física
que os meninos, independentemente do nível de atividade física.

4) Hipóteses da análise 4:
 Os pais e filhos ativos possuem hábitos alimentares semelhantes;
 Os pais e filhos ativos possuem melhores hábitos alimentares;
 Os pais e filhos insuficientemente ativos possuem hábitos alimentares
semelhantes;
 As atividades relacionadas à prática de atividade física que os pais
realizam, não influenciam no nível de atividade física dos filhos;
 Os adolescentes ativos praticam mais exercícios com os pais do que os
adolescentes insuficientemente ativos.
16

CAPITULO II: REVISAO DA LITERATURA

2.1- CRITÉRIOS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DA REVISAO DE LITERATURA

A revisão de literatura foi realizada nas bases de dados Lilacs, Scielo, Science
Direct e PubMed, com os descritores adolescente e nível de atividade física em língua
inglesa e portuguesa, sendo associadas a descritores adicionais como: atividade
física, determinantes da atividade física, pais, sono, hábitos alimentares,
sedentarismo, nível socioeconômico, promoção de saúde, nível educacional,
deslocamento, ambiente, obesidade, videogame, atividades sedentárias.
Os critérios nas buscas foram: a) periódicos científicos indexados; b) textos
completos publicados nos respectivos periódicos; c) ano de publicação.
Os critérios para escolhas dos periódicos seguiram os seguintes pontos:
1)corpo editorial composto por profissional da aérea; 2)revisores científicos para os
artigos. Os textos selecionados seguiram os seguintes critérios: 1)palavras chaves no
titulo e resumo; 2)artigos originais; 3)artigos com descrição metodológica detalhada;
4)artigos com descrição amostral delineando os critérios de inclusão e exclusão;
5)descrição da forma de análise, compatível com os propósitos do estudo. O período
de avaliação dos artigos foi entre 2012 e 2014.
Foram encontrados 1.633.262 artigos com a palavra adolescentes. Os números
de artigos científicos encontrados em cada base de dados com a palavra adolescente
e juntamente com as palavras-chave citada acima, podem ser encontrada no anexo 1.
A cada vez que houve uma procura nas bases de dados, foi realizada a
avaliação do titulo dos artigos encontrados. Se houvesse compatibilidade do titulo com
a presente dissertação, foi feita a leitura do resumo. Após este processo, 347 artigos
foram considerados elegíveis. Com a leitura na integra dos artigos, se houvesse
resultados interessantes, amostra representativa, metodologia concordante e que
acrescentassem a esta dissertação, o artigo foi utilizado. Ao final, foram utilizados 105
artigos para a construção desta dissertação.

2.2- ENTENDENDO O ADOLESCENTE


Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta,
caracterizado pelo desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. A
adolescência se inicia com mudanças corporais da puberdade e termina quando o
indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade (TANNER, 1962). No Brasil,
o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069, de 1990, considera criança a
17

pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a adolescência como a faixa etária
de 12 a 18 anos de idade (BRASIL, 1990).
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010 (IBGE) diz que
a população brasileira corresponde a 211.032.714 pessoas, sendo que 9% são
adolescentes (17.264.333 indivíduos).
Estudos (CHAD 2009; OKELY, 2011) demonstram que é nesta faixa etária que
comportamentos adquiridos podem ser transferidos à idade adulta. Dessa forma, ao
analisar estes comportamentos, é possível compreender e melhorar as condições do
estilo de vida da população (PITANGA, 2010), para poder criar estratégias de combate
contra hábitos considerados não saudáveis (FLORINDO 2006; TASSITANO et al,
2007; GOMES et al, 2009).
A Organização Mundial de Saúde (WHO, 2010), diz que a inatividade física tem
sido apontada como o quarto principal fator de risco para mortalidade global (6% das
mortes no mundo), por conta disso, as organizações científicas e médicas declararam
a inatividade física como um dos maiores problemas de Saúde Pública das cidades
(SEABRA et al, 2008). Um estudo que relata a inatividade física no Brasil foi realizado
em Pelotas, Rio Grande do Sul, onde Gonçalves et al (2007) detectou que de 4.452
adolescentes de 12 anos, 48,7% dos meninos e 67,5% das meninas eram sedentários.
Assim, maiores níveis de prática de atividade física parece ser um fator
determinante da saúde, podendo melhorar a qualidade vida (PITANGA, 2010).

2.3- ATIVIDADE FÍSICA E SEUS EFEITOS NA ADOLESCÊNCIA


A Organização Mundial da Saúde (WHO, 2010), apresenta que saúde é um
estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de
doenças ou incapacidades. A saúde pode ser resultante das condições de
alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde. A saúde positiva
se associa à capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano,
enquanto a saúde negativa associa-se a morbidade (PITANGA, 2010).
Diversos benefícios para a saúde são resultantes da prática de atividade física
regular, dentre eles:
 Melhora: funções cardiovasculares, metabólicas e musculoesqueléticas,
 Controle: metabólico, hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e
dislipidemias (BLAIR, 1997; GOMES et al, 2009; GUEDES, 2010);
 Benefícios psicológicos: como contribuição para o controle da
ansiedade, depressão (ROCHA et al, 2011)
18

Além destes, Pitanga (2010) ressalta outros benefícios que podem ser
esperados com a prática de atividade física:
 Sistema osteomioarticular: retarda o processo de osteoporose,
lombalgia e aumenta o tônus muscular, amplitude articular, força e
resistência muscular;
 Sistema imunológico: aumenta a resistência a infecções e proteção
contra o câncer;
 Hábitos: auxilia a prática de hábitos mais saudáveis, tornando-se mais
fácil a interrupção do tabagismo, consumo de bebidas e abandonos de
drogas;
 Desempenho: melhor desempenho no trabalho, escola, lazer, mental e
capacidade intelectual.
A atividade física é um fenômeno complexo que envolve aspectos
multifatoriais, como significados e valores pessoais (ALVARES, 2010), embora a
definição clássica se associe a qualquer movimento corporal produzido pelos
músculos esqueléticos promovendo gasto de energia (CASPERSEN, POWELL,
CHRISTENSON, 1985). Assim, todas as formas de movimento humano passaram a
ter importância na contribuição do aumento do gasto calórico diário total, considerando
as atividades realizadas no trabalho, tempo livre, deslocamento e nas tarefas diárias,
ampliando a forma de análise, extrapolando o âmbito do exercício físico. Portanto a
atividade física como: jogos, lutas, danças, esportes e deslocamentos devem ser
considerados (PITANGA, 2010).
Para a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2010), para ocorrer à melhora
da aptidão cardiorrespiratória e muscular, saúde óssea, cardiovascular e metabólica,
adotou-se o total de 300 minutos semanais de atividades físicas, com intensidade de
moderada a vigorosa, como referência para pessoas de 5 a 17 anos. Dessa forma,
são considerados insuficientemente ativos aqueles jovens que não acumulam um
mínimo de 300 minutos/semana.
Para que haja o cumprimento desta recomendação, devemos destacar que o
movimento humano pode ser associado a fatores como: a) Pessoais: as relações e
estrutura familiar, conhecimento sobre a importância de uma vida ativa, percepção
corporal de autoimagem, autoestima e autoeficácia, tipo de trabalho, percepção do
tempo livre, relações sociais com amigos, professores, experiências positivas nas
atividades físicas, dentre outros e b) Ambientais: local de moradia e a proximidade
com o mercado, padaria, escola, local de trabalho, áreas que permitem o lazer ativo
como praças, calçadas ou vias de acesso que não imponham dificuldades de
deslocamento, dentre outros (WHO, 2010).
19

Em 2007, Ceschini et al adaptaram o modelo de indicadores que podem trazer


interferências no nível de atividade física em adolescentes como segue:
QUADRO 1: Fatores de aderência para atividade física
FATORES INTERFERÊNCIA EXPLICAÇÃO

Biológicos

Reduz a participação com


Idade Relacionado
o aumento da idade

Meninos são mais ativos


Sexo Relacionado
que meninas

Parece que a adiposidade


Possivelmente
Composição Corporal interfere negativamente
relacionado
na participação

Social

Parece influenciar em
Influência dos pais Possivelmente relacionado
idades menores

Influência dos professores Possivelmente relacionado Não há evidências

Parece haver relação em


Influência dos amigos Possivelmente relacionado
idades mais avançadas

Psicossociais

Conhecimento sobre saúde Não há relação Não há evidências

Pessoas com maior nível


Conhecimento sobre se de conhecimento são
Relacionado
exercitar regularmente ativas
independente da idade

Pessoas com maior nível


de conhecimento sobre
Conhecimento sobre como como se tornarem ativas
Relacionado
tornar ativo podem mudar o estilo de
vida e superar as
barreiras

A percepção das barreiras


pode interferir
Barreiras para a atividade
Relacionado significativamente na
física
adoção de estilo de vida
ativo

Intenção em ser ativo Relacionado A intenção e as


expectativas podem
20

ajudar em um estilo de
vida ativo

O fato de a pessoa ter


Atitudes sobre atividade atitudes inconstantes no
Pouco relacionado
física estilo vida ativo não
garante sua aderência

A possibilidade de
envolver-se em
programas de atividade
Autoeficácia Relacionado
física e executá-los esta
relacionada ao sucesso
do programa

Não determinante pode


Personalidade Possivelmente relacionado
ter relação

Ambientes

Em função da
disponibilidade de tempo,
os dias de semana e os
Dias da semana Possivelmente relacionado
compromissos pessoais
favorecem um estilo de
vida ativo

Não é o caso de regiões


tropicais como Brasil, mas
Estações do ano Relacionado pode ser um fator
conhecido como uma
barreira ambiental

Em função das
características de higiene,
facilidade e segurança,
Local Relacionado
estacionamento e
equipamentos poderá
haver maior aderência.

Pela participação de
profissionais que
Programas organizados Relacionado
desenvolvem as
atividades

Aspecto colocado entre os


Hábitos assistir televisão e fatores de estilo de vida
Possivelmente relacionado
jogar no vídeo game

Adaptado de CESCHINI et al (2007)


21

É fato que aspectos demográfico-biológicos (idade, sexo, nível


socioeconômico), psicológicos (motivação) e socioculturais (família e pares)
influenciam nos hábitos de atividade física em adolescentes (SEABRA, 2008).
O Council on Sports Medicine (2006) apresentou que durante a infância e a
adolescência, deveriam: A) participar das aulas de educação física regularmente; B)
serem incentivados pela família, em especial, pelos pais para a prática de atividade
física; C) fazerem atividade física na natureza e em parques; D) saber os critérios de
aptidão física da saúde e comparar com valores padrão-referência.
Estudos (ALVES et al 2005; TASSITANO et al, 2007; NETTO OLIVEIRA, 2010;
OKELY, 2011) indicam que a idade escolar é o momento propício para intervenções
sociais na melhora de hábitos saudáveis contra a inatividade física. Hábitos iniciados
na infância ou adolescência tornam-se mais estáveis na vida adulta e, portanto, mais
difíceis de modificar. Dados encontrados na literatura (FIGUEIRA JUNIOR et al, 2000,
ALVES et al, 2005; CESCHINI et al, 2007; ALVARES et al, 2010; COELHO, 2012)
mostram que há uma grande probabilidade do nível de atividade física adotada
durante a adolescência ser transferido para a idade adulta. Dessa forma, as políticas
públicas de promoção de atividade física devem ser enfatizadas no aumento e
manutenção do estilo de vida ativo ao longo da vida (PITANGA, 2010).

2.4- FATORES ASSOCIADOS AO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE


ADOLESCENTES
Diversos fatores são responsáveis pela prática de atividade física em
adolescentes. Estes fatores também influenciam o cumprimento da realização da
quantidade de minutos de atividade física semanal recomendada pela Organização
Mundial de Saúde (WHO, 2010). Segundo a OMS, para ocorrer à melhora da aptidão
cardiorrespiratória e muscular, saúde óssea, cardiovascular e metabólica, adotou-se o
total de 300 minutos semanais de atividades físicas, com intensidade de moderada a
vigorosa, como referência para pessoas de 5 a 17 anos. Dessa forma, são
considerados insuficientemente ativos aqueles jovens que não acumulam um mínimo
de 300 minutos/semana.
Segue a análise de alguns fatores que podem influenciar esta prática. Foram
analisados fatores biológicos, sociais e comportamentais.

2.4.1- FATORES BIOLÓGICOS E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA


Segundo Carron et al (2003), os fatores biológicos não podem ser alterados.
Guedes e Guedes (1997) apresentam que durante as duas primeiras décadas da vida,
a principal atividade do organismo humano é crescer e desenvolver, sendo que esses
22

fenômenos ocorrem simultaneamente, a velocidade está associada ao nível


maturacional e as experiências vivenciadas.
Há uma diferença entre crescimento e desenvolvimento. Por definição
crescimento são alterações quantitativas, enquanto desenvolvimento engloba tanto as
transformações qualitativas com quantitativas (SILVA et al, 2005).
Sobre o crescimento de crianças e adolescentes, a Organização Mundial de
Saúde (WHO, 2006) desenvolveu gráficos com um conjunto de curvas a partir de um
acompanhamento mundial, respeitando a análise pela diversidade étnica, condições
de vida, hábitos e aspectos ambientais. Um estudo realizado por Silva et al (2010)
comparou as curvas da Organização Mundial de Saúde com curvas de crescimento de
adolescentes no Brasil. Foi constatado que a curva brasileira é muito semelhante as
curvas internacionais de países desenvolvidos.
No livro intitulado crescimento, composição corporal e desempenho motor de
crianças e adolescentes de Guedes e Guedes (1997), os autores descreveram um
pouco da curva de crescimento dos adolescentes brasileiros destacando as diferenças
entre os sexos. Sobre a estatura, os autores observaram que as meninas possuem um
comportamento linear e crescente dos 7 aos 10 anos de idade, já nos meninos, este
comportamento vai de 7 a 11 anos. A partir deste ponto há um decréscimo do
aumento da estatura até chegar a uma espécie de platô próximo aos 14 anos nas
moças e 17 nos meninos, onde não há mais o aumento da estatura. As curvas de
homens e mulheres se cruzam em dois momentos: aos 7 e aos 10 anos, que as
meninas se tornam mais altas. Sendo assim, para a medida de estatura, os dois sexos
apresentam valores similares dos 7 aos 14 anos de idade, e somente a partir dos 15
anos as diferenças intersexuais podem ser significantes. Em um estudo, Silva et al
(2010) comparou os sexos em relação à estatura e observaram os valores
estatisticamente superiores para o masculino nas idades: 7 e 13 a 17 anos, e, para o
feminino, nas idades de 10 a 12 anos, além de identificar que a partir dos 10 anos de
idade, a estatura começa a diferir entre os sexos. Tais diferenças estão relacionadas
ao início da adolescência, acompanhada pelo período do estirão de crescimento que
ocorre mais cedo no sexo feminino.
Quando unimos a idade e nível de atividade física, apesar de algumas
divergências de acordo com o tipo e a intensidade da atividade realizada, existe uma
maioridade sobre a diminuição da atividade física com o avanço da idade em ambos
os sexos (SEABRA, 2008), mas mais estudos são necessários para entender como e
porque acontece essa mudança (CHAD et al, 2009; MINANO et al, 2011).
O peso corporal também é um determinante biológico que varia conforme o
passar da idade. Guedes e Guedes (1997) sugerem um maior aumento do peso
23

corporal a partir dos 16 anos de idade. Os mesmos autores, afirmam que para o IMC
(índice de massa corpórea) não há diferença significativa dos 7 aos 17 anos de idade,
sugerindo que moças e rapazes numa mesma faixa etária apresentam valores médios
do IMC bastante semelhantes. A despeito das análises de diferentes faixas etárias do
mesmo sexo, os autores observaram que há resultados similares da estatura e peso
corporal. Guedes (2010), em um estudo com adolescentes realizado em Montes
Claros, Minas Gerais, constatou que entre as moças, as prevalências de sobrepeso e
obesidade foram de 19,7% e 4,8%, respectivamente, enquanto entre os rapazes,
14,7% e 2,8%. Este estudo foi realizado com pessoas do Brasil inteiro, que extraiu
dados do Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) e constatou que o IMC de
adolescentes e crianças brasileiras diferiu nas idades de 10, 12, 13, 14, 15 e 16 anos,
nas quais o sexo feminino apresentou valores superiores aos do masculino.
Quando pensamos em nível de atividade física e sexo, muitos estudos
demonstram que os meninos são mais ativos do que as meninas durante a
adolescência (SEABRA et al, 2008, MINANO et al, 2011 e CHAD et al, 2009), e o
declino durante a adolescência do nível de atividade física é menor nos meninos do
que nas meninas (CHAD et al, 2009). As diferenças registradas entre sexos estão
intimamente ligada ao tipo e a intensidade da atividade física realizada, mas as razões
ainda não são claras. Uma das hipóteses é que a idéia de corpo que está associada
ao esporte de alto rendimento não se enquadra muito bem nos modelos que as
meninas seguem como um corpo bonito (SEABRA, 2008).
Há também uma diferença quando relacionamos sexo, idade e aptidão física,
pois em um estudo com 383 adolescentes de 10 a 15 anos, Farias et al (2010)
demonstrou que os valores foram maiores nos meninos em relação as meninas para
resistência muscular e aptidão cardiorrespiratória e apenas menor para flexibilidade.
Meninos são mais ativos do que meninas adolescentes, por isso este é um
grupo que precisa de maior atenção na realização de programa para promoção de
atividade física. Em resposta a esta necessidade, estudos sobre a promoção exclusiva
para meninas e que atenda exclusivamente suas necessidades, estão cada vez mais
comuns. Estas necessidades são relatadas por elas, como a preferência de fazer
atividade física só com as meninas (evitando as comparações e comentários que
acontecem nas atividades físicas entre homens e mulheres), maior atenção dos
professores e menos problemas com sua autoimagem (MINANO et al, 2011).
Em outro estudo (OKELY, 2011), quando as meninas foram questionadas
sobre exercício físico, elas gostariam de: a) ter a oportunidade de escolher o que
querem praticar como atividades não convencionais (yoga, defesa pessoal e dança),
b) participar das atividades com os amigos, c) possuir professores com conhecimento
24

e motivados para incentivar as meninas a praticarem esportes, d) poder usar roupas


modernas na prática de atividade, e) comportamento mais cooperativos dos meninos,
f) ter uma atividade mais intensa para que dure menos tempo. A percepção da falta de
energia e o desânimo foram, significativamente, maiores no grupo feminino. As
meninas despendem de 5% do seu tempo em atividades moderada/vigorosa e 60% do
seu tempo em atividade sedentárias.
Algo que acontece nas meninas e nos meninos adolescentes é a maturação
biológica. Por definição, maturação biológica são a sucessivas modificações que se
processam em um determinado tecido, sistema e função, ate que sua forma final seja
alcançada, portanto é o amadurecimento (GUEDES, GUEDES, 1997). Para Gallahue
et al (2005) maturação é o conjunto de alterações qualitativas que capacitam o
indivíduo a progredir para níveis mais elevados de funcionamento das funções
corporais.
Características do processo de maturação biológica:
 Geneticamente determinado;
 Leva o ser humano ao estado adulto;
 Promove alterações funcionais;
 A ordem dos eventos é de forma sequencial e ordenada;
 O ritmo dos eventos pode variar: precoce, normal e tardio (Silva et al,
2008).
Durante a maturação biológica ocorre a maturação sexual. A adolescência é a
fase em que acontece esta maturação, que marca o início e o fim da adolescência
(HEALD, 1985). Para determinação do estágio de maturação sexual, há o método
proposto por Tanner (1962), onde são descritos cinco estágios de desenvolvimento da
genitália e da pilosidade pubiana nos rapazes e desenvolvimento mamário e
pilosidade pubiana para meninas.
Em um estudo sobre maturação sexual e atividade física (SEABRA et al, 2001),
meninos que praticavam uma atividade física direcionada e dirigida (futebol), possuíam
um estado maturacional mais avançado do que os não praticavam nenhum tipo de
atividade física. Este fato pode explicar as diferenças que meninos que praticam
exercício possuem uma maior altura e maior peso. No estudo, também foi detectado
que os meninos que praticavam futebol possuíam melhor força de membros inferiores,
resistência aeróbica, na força média, na agilidade e na velocidade.

2.4.2 - FATORES SOCIAIS E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA


O suporte social emerge como um importante e consistente determinante da
atividade física de adolescentes (SEABRA, 2008). Neste capitulo, foram associados ao
25

nível de atividade física do adolescente, fatores sociais como influência da família,


escola e nível socioeconômico.
A família possui influência no envolvimento e participação de adolescentes em
comportamentos saudáveis, existindo uma associação entre a atividade desenvolvida
pelos pais e a dos seus filhos (SEABRA, 2008). Em um estudo sobre a relação da
família com atividade física, Edwardson e Gorely (2010) citam que os pais deveriam
criar estratégias com o intuito de serem mais ativos juntos. Rocha et al (2011),
apresenta que momentos de lazer com a família fazem com que os adolescentes
sejam fisicamente mais ativos. Os pais que incentivaram seus filhos a praticarem
exercícios nos momentos de lazer em conjunto com os demais membros da família
constrói um comportamento que favorece o aumento do nível de atividades física dos
filhos (ROCHA et al, 2011). Edwardson e Gorely (2010) evidenciaram que:
a) Mães proporcionaram aos seus filhos um comportamento mais sedentário do
que os pais;
b) Meninos gostam mais de atividades esportivas e são mais incentivados pelos
pais a participar de eventos esportivos que as meninas;
c) Nível educacional dos pais, principalmente o da mãe, tem relação na maior
ocorrência de sobrepeso e obesidade de escolares, o autor sugere que a educação
materna é um fator de risco para a obesidade dos filhos.
Outra informação sobre a influência da família é em um estudo de Mello et al
(2005), que demonstrou que as crianças que têm até um irmão apresentaram maiores
chances de excesso de peso. Seabra (2008) identificou através de uma revisão de
literatura que ter irmão mais velho que possui um estilo de vida ativo, é possibilitar que
estes funcionem como modelos positivos na aquisição de hábitos de atividades físicas
por parte dos mais novos. Porém o autor ressalta que é necessário compreender se a
influência dos pais e/ou dos amigos na prática de atividades físicas tende a ser
semelhante nas diferentes fases de crescimento e desenvolvimento dos adolescentes.
Enquanto na infância, a família é o primeiro agente na transmissão de valores,
comportamentos e normas; a entrada na adolescência leva a desenvolver um sentido
de autonomia e de independência que os motiva a distanciarem-se de seus pais. Há
uma alteração de valores, que conduz a uma transferência das influências da família
para amigos (SEABRA, 2008), sendo o apoio oferecido por eles uma importante
ferramenta para a adoção e manutenção de um comportamento fisicamente ativo
(FERMINO, 2010; GONÇALVES et al, 2007). Atividades realizadas em grupo
contribuem no aumento do nível de atividade física dos adolescentes no tempo livre.
O ambiente escolar é outro fator social a ser estudado na promoção de um
estilo de vida ativo por parte dos adolescentes. A participação e a importância da
26

escola como agente de intervenção para a prática de atividade física têm sido
ressaltadas (FIGUEIRA JUNIOR, 2009; LIMA et al, 2010), sofrendo diversas
influências positivas e/ou negativas que poderão condicionar os seus hábitos futuros a
prática de atividade física (SEABRA et al, 2008). Porém, entre 1992 e 2003, a
participação dos alunos nas aulas de educação física decresceu de 41,6% para 28,4%
(FIGUEIRA JUNIOR, 2009).
No sentido de promover aumento do nível de atividade física diária, as aulas de
educação física poderiam contribuir positivamente no estímulo de adolescentes a
participar de atividades físicas prazerosa, fazendo com que tenham um estilo de vida
ativo pelo maior número de anos. A qualidade e intensidade da aula de educação
física escolar esta relacionado com a prática de um estilo de vida saudável de adulto
(TRUDEAU e SHEPHARD, 2005).

A oportunidade da prática de atividade física que a escola oferece é uma forma


importante de promoção de saúde aos jovens para que realizem mais práticas
corporais, aumentando o nível de atividade física da vida diária (CHAD et al 2009).
Vivências de atividades gímnicas no contexto escolar, possibilitam ao adolescente
conhecer seu corpo, suas possibilidades de movimento e por consequências seus
limites corporais, permitindo a compreensão e o domínio de seus movimentos,
auxiliando no desenvolvimento de sua expressão e comunicação corporal
(GARANHANI, 2010).

A escola deve promover atividades que estimulem o movimento corporal,


observando as seguintes recomendações: a) As escolas devem permitir que os
estudantes participassem de pelo menos 30 minutos por dia de atividade
moderado/vigorosa durante o período escolar, incluindo o tempo nas aulas de
educação física, além de orientar a importância da atividade física fora da escola; b)
As escolas devem mostrar para as crianças e os pais, sobre o risco da inatividade
física; c) A escola deve acompanhar a qualidade das aulas de educação física
ministrada pelos profissionais; d) A escola deve promover atividades físicas que
somem pelo menos 150 minutos por semana no ensino fundamental e 225 minutos no
ensino médio; e) A escola deve promover atividades extracurriculares, como jogos,
programas de esportes entre os estudantes; f) Promover passeios de bicicleta, ou
caminhada, envolvendo a família e a comunidade, para estimular esta prática fora da
escola; g) Com o objetivo de melhorar a qualidade, é importante que as Universidades
de Educação Física revejam a formação profissional de seus estudantes (FIGUEIRA
JUNIOR, 2009).
27

Além disso, devemos lembrar que o grupo que há dentro das aulas é
heterogêneo. Portanto, é importante observar os adolescentes que sejam
insuficientemente ativos, com excesso de peso e outros problemas de saúde, na
aplicação de um conteúdo especifico para este grupo. Se as práticas em Educação
Física não for apenas tecnicista, e ser uma educação para a autonomia física, a área
poderá ser uma das possibilidades de educação para a saúde (CAMARA et al, 2007).
As campanhas de Promoção da Saúde enfatizam o estilo de vida fisicamente
ativo, como um acesso para a saúde. A relação entre a prática de exercícios físicos
regulares e a prevenção de doenças trouxe à Educação Física uma importância dentre
as intervenções em saúde pública: a prevenção do sedentarismo e, por consequência
o ganho em saúde (CAMARA et al, 2007). No Brasil (GONÇALVES et al, 2007), e em
diversos países de diferentes níveis de desenvolvimento socioeconômico (FARIAS
JUNIOR, 2007) há um interesse crescente na promoção de estilo de vida ativo, pelos
benefícios que ele traz para o individuo. A escola é um espaço privilegiado para o
repasse de informação a crianças e jovens sobre a importância da prática de atividade
física para promoção de uma vida com mais saúde, e tentar desenvolver o interesse
dos alunos pelas atividades, esportes e exercícios temas que são realizados nas aulas
de Educação Física (IBGE, 2012).
Para Boccaletto (2005), as escolas devem procurar tratar do tema “saúde”
considerando a abrangência que ele tem como o ambiente em que se vive exemplo:
bem-estar, condição do trabalho, desenvolvimento social e econômico, condições e
estilo de vida, e o direito de cidadania. Desta maneira, para tratar de promoção da
saúde na escola devemos ter programas abrangentes, tentando incluir a todos
(CYRINO e PEREIRA, 1999). Devemos sempre lembrar as diferenças que há de
escola para escola como: tamanho, classe social, localização geográfica, experiência
dos professores e cultura. Se não forem utilizadas estas diferenças, podemos causar
uma intervenção errada na prática de atividade física. O importante é saber que cada
escola tem sua particularidade e que elas devem ser utilizadas para promover
atividade física na escola (OKELY, 2011).

De acordo com Boccaletto (2007) são motivos na promoção da saúde na


escola:
 A saúde e a educação são fundamentais para o desenvolvimento social e
econômico;
 A participação integral das crianças e jovens nas atividades escolares só é
possível na medida em que estiverem saudáveis, atentos e seguros;
28

 A escola é local onde a maioria da população de 5 a 14 anos de idade passa


boa parte de seu tempo;
 O ambiente escolar é propício para realizar programas de saúde e educação
considerando que é local que muitas pessoas aprendem, trabalham, cuidam e
respeitam uns aos outros;
 Os escolares se encontram em uma faixa etária com baixo coeficiente de
mortalidade e morbidade quando comparando a outras;
 Esta é uma boa fase para a aquisição de novos conhecimentos, capacidades,
habilidades, valores e comportamentos determinantes na saúde. É um período
que deve dar oportunidade para experimentar coisas novas, podendo ter riscos
na aquisição de comportamentos inadequados na saúde se não acompanhado
da melhor forma.
Dessa forma a aula de educação física e a prática de atividade física, poderão
ser aplicadas pelo professor de forma dinâmica, a escola deve ter a intenção de
promover a saúde estimulando à autonomia.
Um fato a ser lembrado na promoção de saúde e incentivo a prática de
atividade física, é que meninos são mais ativos do que meninas adolescentes, por isso
este é um grupo que precisa de maior atenção para realização de programa para
promoção de atividade física (MINANO et al 2011). Em New South Wales na Austrália,
foi criado um programa especifico para mulheres, chamado Girls in Sport, que atendia
meninas do 8° e 9° ano em 2010, dando suporte e encorajamento para a prática de
esporte, educação física, recreação e atividades no tempo livre. O estudo indica
também que além das horas obrigatórias de educação física é necessário promover
outras atividades fora do horário curricular para aumentar a quantidade de horas de
atividade física. Essas atividades podem ser esportes competitivos, esportes
recreativos ou atividades de academia (OKELY, 2011).
Outro dado é o nível de atividade física que cai durante o ano letivo. Em um
estudo realizado por Chad et al (2009), os autores analisaram o nível de atividade
física de adolescentes através de questionários e acelerômetros durante dez meses
em um ano escolar de uma pequena cidade do Canadá. Os autores perceberam que o
nível de atividade física cai significativamente com o passar do ano letivo e quanto
mais velho o estudante, mais o nível de atividade física cai. Mas diminui menos nos
meninos do que para as meninas. A atividade física moderada e vigorosa são as que
mais sofreram queda. Segundo os autores, a escola pode contribuir criando
oportunidade para que adolescentes façam mais atividade física no ambiente escolar,
de maneira mais agradável para cada faixa etária e sexo, como maior flexibilidade nas
atividades e melhor estrutura para a prática de atividade física. Foi detectado no
29

estudo que pessoas no início da adolescência gostam mais de praticar atividade física
do que os mais velhos.

A promoção da prática de atividade física na escola depende da estrutura que


possui. No Brasil, há colégios particulares, municipais, estaduais e federais. Além
desta divisão, o espaço físico e os materiais disponíveis são diferentes em cada tipo
de escola que são essenciais na melhor execução e estimulação da realização de
exercícios. Geralmente, os adolescentes que possuem maior estrutura e organização
na prática de atividades e exercícios físicos estudam em colégios particulares, que há
a necessidade de realizar o pagamento da mensalidade, não sendo possível para
todas as pessoas.
A PENSE (Pesquisa Nacional sobre a Saúde dos Estudantes, 2012), realizada
pelo IBGE, levantou a disponibilidade de alguns espaços e equipamentos destinados
para a prática de esportes e atividade física. A quadra de esportes é disponível para
79,4% dos escolares, sendo em uma proporção maior na rede privada (93,4%) do que
na pública (76,4%). O pátio da escola é utilizado para a atividade física, com instrutor,
para 52,2% dos escolares, numa proporção de 59,7% na rede privada e 50,6% na
rede pública. A pista de corrida e/ou atletismo é oferecida para apenas 1,9% dos
estudantes, nas proporções de 5,9% na rede privada e de 1,0% na pública. A piscina
também é pouco disponibilizada para os estudantes (6,7%), sendo muito diferenciada
a oferta para os alunos da rede privada (35,3%) em relação à oferta para os da escola
pública (0,7%).
Embora, apesar de possuir menor estrutura de apoio às atividades físicas, é a
escola pública que mais oferece atividade esportiva aos alunos, fora do horário regular
de funcionamento da escola. Cerca de 61,5% dos escolares da escola pública contam
com esse recurso, contra 38,3% da privada. Porém, ao considerar as atividades
esportivas que são pagas fora do horário regular escola, este dado se inverte, com a
rede privada oferecendo este serviço a 83,6% dos alunos (IBGE, 2012).
No entanto, a prática de atividade física fora da escola foi relatada por 28,1%
dos alunos (MELLO et al, 2010). Sluijs et al. (2007), apresentaram uma meta-análise
da efetividade de programas de intervenção de atividade física em crianças e
adolescentes. Os estudos avaliados mostraram a intervenção com a participação da
escola, família e comunidade. Alguns estudos apresentados pelos autores fizeram à
avaliação do programa de intervenção nos três fatores juntos e outros separadamente
em cada um dos grupos. Os resultados sugerem que as intervenções que envolveram
multicomponentes (escola, família, comunidade) parecem ser mais eficazes que
modelos com intervenção em um único componente.
30

O nível socioeconômico é outro fator que mais tem sido referenciado na


literatura como modulador da prática de atividade física (SEABRA, 2008). A
associação entre o nível de atividade física e indicadores socioeconômicos em
adolescentes ainda são obscuros e conflitantes (FARIAS JUNIOR, 2009) e não
permitem identificar com clareza o sentido e a magnitude da associação entre o nível
socioeconômico e a atividade física (SEABRA, 2008).
A principal razão para esta divergência nos resultados pode ser explicada no
modo como o nível socioeconômico tem sido avaliado. Na literatura, Seabra (2008)
observou estudos que avaliaram pelo rendimento familiar ou pela formação acadêmica
da família e até pela atividade ocupacional de cada membro da família.
Alguns estudos relacionando nível socioeconômico e atividade física em
adolescentes deve ser destacado. Minatto (2014) publicou um estudo com 1.531
meninos de 6 a 17 anos de Cascavel (Paraná), estimando a prevalência de
adiposidade corporal elevada e sua associação com a aptidão musculoesquelética,
por nível econômico. Os resultados demonstram que os meninos de nível econômico
alto apresentaram valores superiores nas variáveis analisadas: resistência, potência
muscular de membros inferiores, e valores inferiores para flexibilidade e agilidade. A
resistência abdominal não diferiu entre os grupos de nível socioeconômico. Ademais,
em ambos os níveis econômicos, a adiposidade corporal elevada associou-se aos
baixos níveis de resistência abdominal e potencia muscular de membros inferiores. A
prevalência de adiposidade corporal elevada foi de 30,4% em toda a amostra, sendo
maior nos meninos de nível econômico alto (33,4%) em comparação aqueles de nível
econômico baixo (28,3%). Matsudo et al (2002) verificaram que 42,9% dos
adolescentes da rede de escolas particulares de São Paulo apresentaram níveis de
atividade física abaixo do recomendado para melhora da saúde. Netto Oliveira et al
(2010) analisou que houve uma prevalência de excesso de peso significativamente
maior entre as crianças brasileiras de famílias economicamente mais favorecidas em
relação às de menor renda, que pode estar relacionado com o baixo nível de atividade
física.
Entretanto, outros estudos (OESHLSCHLAEGER et al 2004; TERRES et al
2006; SEABRA, 2008; GOMES et al, 2009; FLAUSINO et al, 2012) dizem que
adolescentes com um nível socioeconômico maior possuem mais oportunidades e
espaços físicos adequados para a prática de exercícios físicos, sendo assim, o nível
de atividade física tende a ser maior. Possivelmente, as pessoas de nível
socioeconômico alto teriam melhores condições de acesso a programas de atividade
física, facilitando um comportamento mais ativo (GOMES et al, 2009) e dinheiro para
financiar uma mensalidade ou uma taxa para a prática (SEABRA, 2008). Foi
31

demonstrado em um estudo (HALLAL et al, 2006), que a prática de atividade física no


tempo do lazer foi seis vezes maior entre as mães de nível A do que entre no nível E.
A mesma tendência foi mais frequente entre os meninos, de nível socioeconômico
alto, filhos de mães ativas e com menor IMC. Em compensação Coelho (2012)
observou que não houve diferença significativa entre renda familiar, escolaridade dos
pais, consumo alimentar e IMC.
Os fatores socioeconômicos exercem papel fundamental no desenvolvimento
físico, psicológico e social de crianças e adolescentes. As desigualdades
socioeconômicas são importantes determinantes sociais da saúde nesta população.
Isso porque são as condições econômica, cultural, biológica e ambiental, onde os
indivíduos e grupos familiares estão inseridos, que determinam a situação de saúde
(IBGE, 2012).
A prevalência de adolescentes fisicamente ativos em função de indicadores
socioeconômicos representam informações importantes no planejamento, implantação
e avaliação dos programas de incentivo a prática de atividade física, tentando
modificar os fatores que interferem nas escolhas dos adolescentes em relação a
atividades físicas (FARIAS JUNIOR, 2009).

2.4.3 - FATORES COMPORTAMENTAIS E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA


O comportamento de escolares é facilmente identificado, em especial em
adolescentes. Nelson e Gordon-Larsen (2006) mostraram que:
 Adolescentes fazem as próprias opções, muitas vezes contrárias ao determinado
pelos membros da família, escola, transgredindo o comportamento esperado;
 Adolescentes fazem atividades que testam internamente suas capacidades de
controle sobre elas;
 Adolescentes buscam atividades desafiadoras, como videogames, filmes de
ações, a “radicalidade” do skate, bicicleta;
 Adolescentes passam a ter comportamentos que necessitam de aceitação dos
amigos. Nesse contexto, a atividade física e o esporte podem contribuir na melhora
da autoestima, autoeficácia.
Sobre os aspectos comportamentais que os adolescentes possuem e sua
relação com a atividade física, Figueira Junior (2009) diz que o modelo que poderia
explicar melhor esta relação, seria a partir da análise do comportamento como objeto
central de estudo.
32

FIGURA 1. Representação adaptada do modelo ecológico de Figueira Junior (2009).

O Modelo Ecológico poderia sustentar a análise da atividade física e seus


fatores determinantes a partir da centralização do fenômeno. O fato de o indivíduo ter
um estilo de vida insuficientemente ativo, não é necessariamente uma opção pessoal,
mas o resultado de outras forças, como os aspectos socioculturais e ambientais, que
já está estabelecido em nossa sociedade, sendo difícil esta modificação (FIGUEIRA
JUNIOR, 2009).
A melhoria de alguns comportamentos habituais em adolescentes está
diretamente relacionado com a prática de atividade física. Os mais citados são: a
melhora da frequência diária as aulas, redução dos conflitos familiares (FIGUEIRA
JUNIOR, 2009), melhora da autoestima, ajuda no bem-estar, na socialização e ajuda a
evitar os distúrbios comportamentais comuns nesta fase (COELHO, 2012). Há também
uma redução nos comportamentos de risco como álcool e drogas, aumentando assim
a responsabilidade individual (NELSON e GORDON-LARSEN, 2006; FIGUEIRA
33

JUNIOR, 2009). Nelson e Gordon-larsen (2006) demonstraram que adolescentes com


família em situação de risco, apresentaram maior nível de inatividade física e hábito de
fumar, usar álcool, drogas (maconha e cocaína), se associando a atos de vandalismo,
menor autoestima e além de dormir menos que os indivíduos ativos.
Porém, apesar de todo o conhecimento sobre os benefícios que a atividade
física traz, pouco se tem investido na promoção de um estilo de vida ativo específico
dos adolescentes (FARIAS et al, 2010) sendo que os programas de promoção da
atividade física são pouco efetivo para realizar alguma mudança comportamental. Tem
sido amplamente descrito que a melhoria desses programas está em um melhor
conhecimento sobre os fatores que influenciam os hábitos de atividade física dos
jovens (FARIAS JUNIOR, 2009).
Okely (2011) detectou que apenas 22% de meninas adolescentes acham a
atividade física importante. Sallis, Prochaska, e Taylor, (2000) demonstram que há a
relação da atividade física com a sua intensidade, duração e tipo, sendo que o
significado que aquela atividade traz, e a percepção do movimento corporal, têm um
fator decisório na aderência em um programa de exercício.
Para demonstrar a complexidade da análise do sedentarismo em adolescentes,
e a quantidade de fatores que a influência, um estudo realizado em Pelotas (HALLAL,
2006) constatou que o sedentarismo esteve associado ao: 1) sexo feminino, 2) alto
nível socioeconômico, 3) estudar em escola particular e 4) tempo diário assistindo à
televisão. Outro dado que comprova a complexidade do comportamento pelo nível de
atividade física dos adolescentes é um estudo que mostra que a prevalência de
sedentarismo total nos meninos foi maior nos seguintes grupos: 1) filhos de mães com
mais idade, 2) nível socioeconômico alto, 3) mães que não trabalham fora de casa,
4)adolescentes que não trabalhavam e não participavam das tarefas domésticas, 5)
jovens brancos ou indígenas e 6) pessoas que não encontravam amigos com
frequência.
O conhecimento sobre as atividades realizadas no tempo livre incentiva à prática
de atividades físicas na população. (ROCHA et al, 2011; GONÇALVES, et al, 2007). O
comportamento sedentário é frequente ocorrer no tempo livre em atividades como:
assistir TV, hábitos de leitura, utilizar microcomputador, jogos de videogame, dentre
outros (TRUDEAU e SHEPHARD, 2005; ENES e SLATER, 2010; CESCHINI et al,
2009). Foi detectado que só 50% dos adolescentes eram suficientemente ativos no
tempo de lazer (MONTEIRO et al, 2008), e que 75% do tempo diário do adolescente
são compostos por horas de sono e sentado (GIUGLIANO e CARNEIRO, 2004).
Ceschini et al (2009) diz que a interferência dos meios de comunicação verbais,
escritos e principalmente visuais, no dia a- dia da criança e do adolescente, como
34

videogame e televisão, acabam atraindo mais a atenção deste público do que realizar
atividade física.
Figueira Junior (2000) demonstra que a realização destas atividades não tem
sido considerada como determinante, mas sim o tempo excessivo atribuído a elas. Há
uma relação entre número de horas diárias assistindo à televisão, sedentarismo e
atividade física (HALLAL et al, 2006). Estudos demonstraram que permanecer mais de
duas horas diárias sentado, está associado à maior prevalência de inatividade física
em adolescentes (CESCHINI et al, 2009), além do menor consumo de legumes e
frutas se comparados aos adolescentes que despendiam menos tempo sentados
(ENES e SLATER, 2010). Segundo Mello, Fernandez e Tufik (2010), uma das formas
de ajudar a controlar o tempo de atividades sedentárias é evitar a instalação de
televisão no quarto dos adolescentes, pois os resultados de seu estudo demonstraram
que pessoas que possuíam a TV no quarto são mais sedentárias do que as que não
possuem. Coelho (2012) demonstrou que 88,4% dos escolares de Ouro Preto, Minas
Gerais, permaneciam mais de 2 horas diárias em atividades sedentárias, como tempo
gasto em assistir televisão, jogar videogame e usar o computador. Monteiro et al.
(2007) relatou que 69,7% de indivíduos que residem em São Paulo assistiam televisão
por longos períodos no seu tempo diário (média de 209 minutos).
No entanto, em um estudo controverso a essa perspectiva, diz que quanto
maior o número de horas jogando vídeo game maior é o nível de atividade física de
crianças e adolescentes (HALLAL et al, 2006). Uma das possíveis hipóteses dada pelo
autor foi que grande parte dos jogos utilizados pelos adolescentes são de lutas e
esportes, o que poderia servir como estímulo à prática de atividade física.
Toda ferramenta que se propõe a melhorar o nível de atividade física da
população deve ser investigada, mesmo que seja realizada em casa ou ambientes
fechados (SOUZA et al, 2013), como o vídeo game interativo, que poderia minimizar o
efeito da inatividade física infantil em ambiente doméstico (RAUBER et al, 2013). O
vídeo game interativo é uma atividade que não traz todos os benefícios que as
brincadeiras ativas realizadas com outras crianças e em ambientes externos, porém
mostrou ser melhor para a saúde cardiovascular do que assistir TV (RAUBER et al,
2013). Em estudo realizado por Souza et al (2012) foi analisada a resposta
cardiovascular em adolescentes que jogaram Nintendo Wii®. Foram considerados os
exercícios realizados em intensidade leve e moderada (jogo de basquetebol), que
possibilitou melhorar e manter a aptidão cardiorrespiratória dos participantes. Portanto,
o vídeo game interativo é uma alternativa que pode contribuir com a redução do
sedentarismo infantil no ambiente doméstico, e minimizar a incidência de doenças a
ele relacionadas (RAUBER et al, 2013).
35

Outro fator que deve ser considerado na hora de estudar os comportamentos


relacionados à atividade física são os hábitos alimentares. Somado a inatividade física,
a ingestão de alimentos inadequados vem contribuindo para o excesso de gordura
corporal nos adolescentes (ARRUDA e LOPES, 2007). O excesso de peso está
relacionado tanto a quantidade de alimento quanto à composição e qualidade da dieta
(OLIVEIRA, 2004).
Mudanças nos padrões alimentares, como o consumo de guloseimas (bolachas
recheadas, salgadinhos, doces) e refrigerantes, explicam em parte, o contínuo
aumento da obesidade em adolescentes (COELHO, 2012). Além do aumento do
consumo de refeições fora de casa, de bebidas adicionadas de açúcar e porções de
alimentos cada vez maiores (ENES e SLATER, 2010). O estado nutricional também
vem sendo categorizado pelo nível socioeconômico, Fortes et al (2013) verificaram
que adolescentes da rede de escolas particulares de São Paulo apresentaram pior
qualidade alimentar quando comparados aos da rede pública.
Como grande parte do dia o adolescente passa no ambiente escolar, entender
como funciona a alimentação neste ambiente é de extrema importância. O governo
federal determinou as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas
escolas em âmbito nacional, que define a promoção da alimentação saudável como a
restrição ao comércio no ambiente escolar de alimentos e preparações com altos
teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e o incentivo ao consumo
de frutas, legumes e verduras (BRASIL, 2006). Este incentivo deve ser realizado
através das cantinas que se localizam dentro da escola, e geralmente, é o único lugar
disponível para a compra o alimento dentro do âmbito escolar. Cerca de metade dos
escolares estudavam em escolas com cantina. A presença de cantinas foi maior para
os estudantes de escolas privadas (94,8%) que estudantes da rede pública (39,4%)
(IBGE, 2012).
Para os adolescentes, a alimentação deve ser quantitativamente e
qualitativamente adequada para atender às especificas necessidades nutricionais
nesse período da vida (CHIARELLI, 2011). Os adolescentes podem ser considerados
um grupo de risco nutricional, pois há um aumento nas necessidades energéticas e de
nutrientes para atender o crescimento (ENES e SLATER, 2010). É importante
desenvolver hábitos de alimentação saudável entre crianças e adolescentes para sua
manutenção na vida adulta e consequente redução de risco de doenças crônicas e
obesidade (WHO, 2005).
Segundo estudo realizado por Chiarelli et al (2011) em Blumenau, com 10.933
adolescentes, de ambos os gêneros, matriculados em escolas da rede municipal,
detectou que há um excesso de consumo de ácidos graxos saturados pelos
36

adolescentes. O autor ainda recomenda que seja feita uma promoção de educação
nutricional entre jovens para garantir uma ingestão adequada de nutrientes. O
consumo adequado de frutas, legumes e verduras têm sido apontados como um fator
protetor para a ocorrência de obesidade (ENES e SLATER, 2010).
A influência dos pais e amigos sobre os hábitos alimentares nesta fase é de
extrema importância. È comum que nesta fase o adolescente seja pressionado por
parentes a perder peso e investir em sua aparência física, podendo fazer com que
esses jovens iniciem hábitos alimentares ainda mais inadequados (FORTES et al,
2013). Enes e Slater (2010) chamam a atenção da importância da consolidação de
hábitos alimentares e de estilo de vida saudáveis na adolescência. Segundo os
autores, é nessa fase que esses hábitos são estabelecidos e muitas vezes mantidos
na vida adulta, portanto estudos com a relação de alimentos saudáveis e níveis de
atividade física devem ser mais realizados (COELHO, 2012).
37

CAPITULO III - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1- MODELO EXPERIMENTAL DO ESTUDO

Este estudo é caracterizado como observacional, de análise transversal e


descritivo, o qual associa os diferentes fatores do comportamento ao nível de atividade
física.

3.2 - LOCAL DA PESQUISA


A pesquisa foi realizada com adolescentes e seus respectivos pais, estudantes de
um colégio particular (Colégio Arbos) na cidade de São Bernardo do Campo,
localizado na grande São Paulo, região metropolitana.
A cidade de São Bernardo do Campo é a cidade com o 11° PIB Nacional (SEADE;
IBGE, 2010), encontra-se na 15a posição no ranking nacional do Índice de Potencial
de Consumo (IPC), e na 4ª posição no ranking estadual. É o maior rendimento mensal
de trabalhadores formais do grande ABC (São Bernardo do Campo, Santo André e
São Caetano do Sul) com R$ 2.324,02 e um dos municípios mais populosos da região
metropolitana de São Paulo, tendo em 2010 de 765 mil habitantes, representando
1,9% da população paulista.

O Colégio Arbos possui alunos de alto nível socioeconômico tendo a


mensalidade ao redor de R$1.590,00, sendo 2,33 salários mínimos (Ensino
Fundamental 2) e R$ 1.880,00, sendo 2,75 salários mínimos (Ensino Médio) no
momento da pesquisa. Em 2013, o colégio possuía 60 professores e 715 alunos do
Ensino Infantil ao Ensino Médio, com 253 alunos na faixa etária do estudo.
No Ensino Fundamental 2, as aulas totalizam 5h30 diárias , somando 27h30 por
semana. As aulas de Educação Física ocorreram uma vez por semana, com duração
de 1h40. O Ensino Médio totaliza 34h30 semanais entre aulas no período matutino e
vespertino (duas vezes na semana). A Educação Física é obrigatória, realizada após o
horário de aula, uma vez na semana, com duração de 50 minutos.
Após o horário de aula, eram oferecidos treinamentos de basquete, vôlei, futsal,
natação, handebol, ginástica artística e judô, ministrados por professores
especialistas. A infraestrutura é composta por duas quadras, mini campo de futebol,
piscina, auditório e sala de judô. Segue abaixo um quadro comparando as
características de São Bernardo do Campo e do Colégio Arbos.
38

QUADRO 2: Características de São Bernardo do Campo e Colégio Arbos.

São Bernardo Colégio


Características %
do Campo Arbos

253 0,3
População de 10 a 17 anos 93.800
(13 a 17 anos)

Colégios particulares Ensino Fundamental 51 1 2

Colégios particulares Ensino Médio 27 1 4

Matriculas no Ensino Fundamental particular 17.939 169 1

Matrículas no Ensino Médio particular 5841 84 1,4

Número de famílias com renda mensal 13.700 93 1


superior a 20 salários mínimos (participantes
do estudo)

Domicílios com computador com acesso a 130.822 93 0,08


internet (participantes
do estudo)

Fontes: IBGE (2010); www.saobernardo.sp.gov.br; www.emec.mec.gov.br;


www.arbos.com.br

3.3- DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA


Uma carta de apresentação foi entregue ao diretor do Colégio, juntamente com
o projeto de pesquisa e informações referentes aos objetivos do estudo, metodologia,
tratamento e análise das informações. A realização da pesquisa foi aprovada pelo
diretor (anexo 8), sendo acordada a apresentação dos resultados para a comunidade
escolar, após conclusão do estudo.
Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas
Tadeu (n°212.655/2013) baseado nas normas de Resolução 466/12 versão 2012
(anexo 7), foi iniciada a pesquisa com a distribuição dos questionários aos
adolescentes (anexo 2) juntamente com o questionário dos pais (anexo 3).
O estudo era para ser realizado nas três cidades do ABC, onde o colégio Arbos
possui unidades. Como orientação da instituição, os questionários foram entregues
nas mãos dos coordenadores de Educação Física de cada unidade, onde ocorreu um
treinamento de como deveria ser realizada a distribuição dos questionários para os
alunos de Santo André e São Caetano. Na unidade de São Bernardo havia a
permissão de passar nas salas de aula para a distribuição dos questionários e a
39

explicação foi realizada pela pesquisadora. Como não obtivemos uma devolução
suficiente em Santo André e São Caetano, a pesquisa foi realizada apenas em São
Bernardo do Campo (SBC).
Os alunos levaram o questionário para casa para preencher juntamente com
seus pais no final de setembro (2013) e devolvidos em novembro de 2013. Os alunos
colocavam o questionário em uma caixa escura no departamento de Educação Física
e o TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexos 4, 5 e 6) em outra
caixa para que não houvesse o reconhecimento do respondente. Na época havia 253
alunos que estudavam nesta faixa etária, foram devolvidos 93 resultando em 36,75%.

3.4 - CARACTERÍSTICAS AMOSTRAIS


O presente estudo foi realizado com uma amostra de conveniência com 186
pessoas, sendo 93 adolescentes e seus 93 respectivos pais ou responsáveis. Os
adolescentes foram selecionados e por consequência os respectivos pais.

3.4.1 - CRITÉRIOS DE INCLUSÃO


Os critérios de inclusão dos adolescentes e dos respectivos pais foram os
seguintes:
1) Estudantes do Colégio Arbos de São Bernardo do Campo;
2) Indivíduos de ambos os sexos entre 13 e 17 anos;
3) Responder que havia uma renda familiar acima de R$15.000,00 (acima de 22
salários mínimos);

3.4.2 - CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO


Foram excluídos questionários em que:
1) O adolescente não estava com a idade determinada na data da avaliação;
2) Não ser morador da cidade de São Bernardo do Campo do Estado de São
Paulo;
3) Não ter respondido corretamente todas as questões do questionário.

As perguntas sobre o nível socioeconômico como característica da residência e


equipamentos eletrônicos foram respondidas apenas pelos pais.
A tabela abaixo demonstra as características da residência e equipamentos
eletrônicos da população estudada:
40

TABELA 1: Característica da residência da amostra.

Características Número %
Casa com quintal 47 50,5
Casa sem quintal 2 2,2
Apartamento com área de lazer 31 33,4
Apartamento sem área de lazer 12 12,9
Sitio chácara ou fazenda 1 1
Considera sua casa
Grande 37 40
Média 49 52,6
Pequena 7 7,4
O adolescente tem TV no quarto
Sim 61 65,5
Não 32 34,5
O adolescente tem computador no quarto
Sim 54 58
Não 39 42
O adolescente tem tablet no quarto
Sim 28 30
Não 65 70
m ± dp
m 2 da residência 164,2 ± 81,2
Quantidade de quartos 3,1 ± 0,7
Banheiros 3,1 ± 1,2
Aparelhos conectados a internet 5,6 ± 2,8
Computadores 2,3 ± 1,1
Celulares 3,4 ± 1,1
Tablets 0,9 ± 0,9
Aparelhos de Televisão 3,2 ± 1,2
Pessoas que possuem renda mensal 1,7 ± 0,8
Empregadas com salário mensal 0,5 ± 0,7
Carros na residência 1,7 ± 0,7
Ano de fabricação dos carros 2012 ± 0,6
Número de pessoas que vivem na casa
Crianças 1,3 ± 1
Adultos 2,3 ± 0,9
Idosos 0,1 ± 1
m, média; dp, desvio padrão
41

3.5- MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO


Segundo Alberto et al (2013) é comum que pesquisadores utilizem questionário
para avaliar o nível de atividade física em adolescentes no Brasil, na definição de
frequência, tipo e intensidade. Como recomendado por Chagas (2000), na formulação
de perguntas em um questionário, deve-se tomar o cuidado para que o significado da
pergunta seja o mesmo para o pesquisador e o respondente, evitando erro de
medição. Segundo o mesmo autor, não existe uma metodologia padrão no projeto da
construção de um questionário, mas existem recomendações de diversos autores para
que não haja problema de interpretação.
No presente estudo foram desenvolvidos dois questionários, um para o
adolescente e outro para os pais, com questões abertas e fechadas, divididos em 6
partes: 1- Responda sobre você ; 2- Responda sobre sua escola (adolescente) ou
sobre seu trabalho (pai); 3- Responda sobre seu tempo livre; 4- Responda sobre seus
hábitos alimentares; 5-Responda sobre sua casa (apenas para os pais); 6- Responda
sobre sua saúde, tendo como base o questionário utilizado por Figueira Junior (2000).
O questionário foi elaborado a partir de lacunas observadas nos levantamentos
epidemiológicos entre adolescentes, associados a fatores que influenciam o nível de
atividade física.
Para determinar o nível de atividade física dos adolescentes e dos pais, foi
aplicado o Questionário Internacional de Nível de Atividade Física (IPAQ- versão curta
8) com perguntas relacionadas a atividade física realizada última semana. O IPAQ
contém perguntas referentes à frequência semanal e a duração de cada sessão de
atividade física. O instrumento contém questões relacionadas à frequência de dias por
semana e à duração (tempo por dia) da realização de atividades físicas moderadas,
vigorosas e da caminhada. Foi validado por Craig et al (2003) em 12 países, sendo
validado para a realidade brasileira (MATSUDO et al, 2002) e Guedes et al (2006)
para adolescentes.

3.5.1- PROCEDIMENTOS DE CÁLCULOS


Para calcular o escore geral de atividade física semanal em minutos, a frequência
de cada intensidade de atividade física (moderada, vigorosa e caminhada) foi
multiplicada pela respectiva duração da sessão em minutos por dia. Dessa forma, foi
obtida a quantidade de minutos semanais praticados para cada intensidade de
atividade física. Em seguida, foi realizada a somatória dos minutos semanais de
atividade física vigorosa, moderada e caminhada para gerar o escore geral de
atividade física em minutos por semana.
42

A classificação do nível de atividade física considerou o tempo de atividades


físicas realizadas na última semana, sendo que para os pais foi considerado ativo
quem realizou mais de 150 minutos de atividade física, e para os adolescentes foram
considerados:
 Ativos: os indivíduos que acumularam pelo menos 300 minutos em atividades
moderadas, vigorosas e caminhada e,
 Inativos: quando o tempo total em atividades físicas foi inferior a 150 minutos
semanais, seguindo recomendação da atividade física para adolescentes
(STRONG et al, 2005; JANSSEN, 2007).
Para todas as análises foi categorizado como ativo os adolescentes que
cumpriram mais de 300 minutos semanais e de 150 minutos para os pais.

3.6- ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foi utilizado à análise descritiva através da frequência das respostas e os


respectivos cálculos das proporções, média aritmética (m) e desvio padrão (dp) para
descrever as características das variáveis de natureza quantitativa. Com o intuito de
associar as variáveis de atividade física de forma quantitativa dos adolescentes e seus
respectivos pais foi utilizado o teste de distribuição de normalidade Kolmogorov-
Smirnov. Em função dos elevados valores de desvio padrão, foi adotado a distribuição
não-paramétrica das variáveis e, portanto, foi utilizado o teste U de Mann-Whitney.

As prevalências de atividade e inatividade física foram calculadas para as


categorias de cada variável independente. O nível de significância entre as proporções
foi avaliado por meio do teste qui-quadrado para heterogeneidade ou para tendência
linear e, quando necessário, através do teste Exato de Fisher.

A comparação entre médias aritméticas foi realizada pelo teste t de Student para
as amostras. O nível de significância adotado foi de p<0,05 para todos os testes. Os
cálculos foram realizados através do software GraphPad Prisma.
43

CAPITULO IV - RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS ESTUDOS

O capítulo 4 foi dividido em 4 objetivos específicos, sendo realizado através de análises:

4.1- ANÁLISE 1: Descrever os fatores associados ao comportamento de


adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

A análise 1 teve como objetivo descrever os fatores associados ao


comportamento de adolescentes de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico em
relação ao nível de atividade física.

O diagnóstico inicial demonstrou a análise dos comportamentos por sexo,


dividindo-os pelo nível de atividade física em ativo (acumula mais de 300 minutos de
atividades física por semana) e inativo (acumula menos de 300 minutos semanal de
atividades físicas). A tabela 2 demonstra as características deste grupo:

TABELA 2: Características das atividades físicas de adolescentes de ambos os sexos

FEMININO MASCULINO
Ativo Inativo Ativo Inativo
(n: 21) (n: 26) (n: 26) (n: 20)
Idade (anos) 15 ± 1 15 ± 1 0,6591 14 ±1 14 ± 1 0,5356
TAF (horas) 14,4 ± 3 2,3 ± 0,2 <0,0001* 10,1 ± 1,1 2,4 ± 0,3 <0,0001*
TSS (horas) 11,1 ± 1 11 ± 1,8 0,8134 12,2 ± 1,2 9 ± 1,8 0,1323
Horas sono 7±1 7±1 0,5157 8±1 8±1 0,9819
TAF: Tempo de atividade física semanal; TSS: Tempo semanal sentado.
*p<0,05

Encontramos que 47 adolescentes (50,5%) eram ativos independentemente do


sexo. Diferente deste resultado, dados da PENSE (2012), apontaram que 30,1% dos
escolares eram ativos, e 29,1% dos alunos das escolas privadas eram ativos.

Em nossa análise, os ativos representaram 56,52% dos meninos e 44,7% das


meninas. Dados nacionais (IBGE, 2012), demonstraram que dos ativos 39,1% eram
homens e 21,8% mulheres. Outros dados da literatura são consistentes com o
presente estudo e sustentam a afirmação de que os adolescentes do sexo masculino
são mais ativos do que o feminino, como os dados de Fermino et al (2010) e Lemos et
al (2010). Farias Junior et al (2014) analisou 2.361 adolescentes de João Pessoa-PB,
e demonstrou que 53% dos meninos e 47% das meninas eram ativas. Farias Junior et
al (2014) afirmam que os meninos recebem mais apoio para a prática de atividade
física.
44

Houve diferença estatística apenas para o tempo de atividade física semanal


(TAF), para os meninos e para as meninas. Em compensação, o tempo semanal
sentado (TSS) foi similar entre os grupos, independentemente do nível de atividade
física.
A tabela 3 demonstra a percepção dos adolescentes sobre o peso e forma
física dos amigos e irmãos. Houve diferença significante nos resultados das meninas
ativas se acharem mais ativas que seus irmãos e os meninos ativos acharem que o
peso de seus irmão é mais saudável do que os inativos.

TABELA 3: Percepções pessoais dos adolescentes sobre amigos e irmãos

FEMININO MASCULINO
Ativo Inativo Ativo Inativo
% (n) % (n) % (n) % (n)
Possui irmãos, brinca com eles
Sim 67(12) 58 (11) 0,5824 52 (11) 69(9) 0,332
Não 33 (6) 42 (8) 48 (10) 31 (4)
Considera que seus irmãos estão
Peso saudável 78(14) 71(13) 0,5218 95(20) --- <0,001*
Acima do peso 22(4) 29 (6) 5 (1) 100 (13)
Comparando com seus amigos, você se considera
Mais ativo 52(11) 23 (6) 0,1105 46 (12) 30 (6) 0,4248
Menos ativo 10 (2) 19 (5) --- 20 (4)
Tão ativo 38(8) 58 (15) 54 (14) 50 (10)
Comparando com amigos, você se considera em
Melhor forma 57(12) 35(9) 0,2660 31 (8) 20 (4) 0,9935
Pior forma 14 (3) 15 (4) 15 (4) 15 (3)
Tão em forma 29 (6) 50 (13) 54(14) 65 (13)
Comparando com irmãos, você se considera
Mais ativo 72 (13) 35 (6) 0,0470* 57(12) 54 (7) 0,8256
Menos ativo 16 (3) 42 (8) 5 (1) 23 (3)
Tão ativo 12 (2) 23 (5) 38 (8) 23(3)
Comparando com irmãos, você se considera em
Melhor forma 44 (8) 26 (5) 0,3358 37 (7) 38 (5) 0,9981
Pior forma 12 (2) 26 (5) 10 (2) 16 (2)
Tão em forma 44 (8) 48 (9) 53 (12) 46 (6)
*p<0,05

Sobre a percepção da forma física dos amigos, apontamos que 54% dos
meninos ativos se consideravam tão ativos quanto seus amigos e 31% se consideram
mais ativos. Dados de Correia (2013) afirmam que, se a amizade entre os meninos for
recíproca, é provável que os dois possam ser ativos. O mesmo autor encontrou
semelhanças entre amigos adolescentes portugueses no tempo sedentário diário, auto
reportado no questionário IPAQ, onde 65% dos meninos inativos consideram que
45

possuem a mesma forma física de seus amigos. Segundo Coledam et al (2014), os


escolares que possuem a percepção de ser tão ou mais ativo que os amigos, possuem
1,66 a 8,17 vezes de praticar Educação Física. Farias Junior et al (2014) afirmam que
a prática de atividade física dos amigos se associou de forma direta e significativa com
o nível de atividade física dos adolescentes de ambos os sexos. Acordando, Fermino
et al (2010) diz que o apoio social dos amigos esteve associada com o maior
engajamento na prática de AF .
A tabela 4 é sobre o acesso e a utilização de aparelhos eletrônicos pelos
adolescentes. A única diferença estatística nos resultados desta tabela foi para a
utilização do tablet para acessar a internet, tanto para os ativos, quanto nos inativos.
Podemos perceber uma tendência que os adolescentes (independentemente do nível
de atividade física) possuem diversos aparelhos eletrônicos no quarto, porém não
possuem restrição dos pais no tempo de nenhum destes aparelhos.
46

TABELA 4: Acesso a equipamentos eletrônicos dos adolescentes.

FEMININO MASCULINO
Ativo Inativo Ativo Inativo
% (n) % (n) % (n) %(n)
Acessa a internet
Sim 100 (21) 100 (26) 100 (26) 100 (20)
Não --- ---- --- ---
De onde acessa a internet
Celular 76 (16) 96 (25) 0,7649 65(17) 55 (9) 0,5897
Computador 95(20) 88 (23) 84 (22) 5 (19)
Tablet 38 (8) 46 (12) 57 (15) 50 (10)
Usa tecnologia antes de dormir
Sim 81 (17) 77 (20) 0,7372 46 (12) 60 (14) 0,1186
Não 19 (4) 23(6) 54 (14) 30 (6)
Possui TV no quarto
Sim 57 (12) 69 (18) 0,3912 69 (18) 65 (13) 0,6103
Não 43 (9) 31(8) 31 (8) 35 (7)
Possui computador no quarto
Sim 71 (15) 69 (18) 0,8699 31(8) 65 (13) 0,1590
Não 29 (6) 31 (8) 69 (18) 35 (7)
Possui tablet no quarto
Sim 14 (3) 27 (7) 0,2926 46 (12) 30 (6) 0,1133
Não 86 (18) 73 (19) 54 (14) 70 (14)
Possui restrição de tempo para: Utilização de computador
Sim 14 (3) 15 (4) 0,9162 23 (6) 30 (6) 0,1603
Não 86 (18) 85 (22) 77 (20) 70 (14)
Utilização de TV
Sim 10(2) 8 (2) 0,8230 8 (2) 15 (3) 0,5875
Não 90 (19) 92 (24) 92(24) 85 (17)
Utilização de celular
Sim 19 (4) 4(1) 0,0929 --- 10 (2) 0,2107
Não 81 (17) 96(25) 100 (26) 90 (18)
Utilização de tablet
Sim 14 (3) 4(1) 0,2023 11(3) 10 (2) 0,9065
Não 86 (18) 96(25) 89 (23) 90 (18)
Faço trabalho da escola no computador
Sim 95 (20) 92 (24) 0,6828 77 (20) 95 (19) 0,0906
Não 5 (1) 8 (2) 23 (6) 5 (1)
Utilizo tablet para acessar internet
Sim 33 (7) 42 (11) 0,0034* 61 (16) 40 (8) 0,0022*
Não 67 (14) 58(15) 39(10) 60 (12)
Utilizo celular para acessar a internet
Sim 67 (14) 88(23) 0,0695 65 (17) 60 (12) 0,7076
Não 33 (7) 12 (3) 35 (9) 40 (8)
*p<0,05
47

Ao analisar os resultados, nosso estudo demonstrou que 100% dos alunos


possuíam acesso à internet. Dados do IBGE (2012) mostraram que 93,5% dos
escolares da rede privada possuem este acesso. Uma variável estudada foi sobre a
utilização do tablet para acesso a internet onde 92% das meninas inativas e 14% das
ativas utilizam este recurso. Como esta tecnologia ainda é nova, não existe trabalhos
que relacionem a utilização do tablet e nível de atividade física.
Apesar de não ter disponível o tempo que o adolescente permanece com os
equipamentos eletrônicos, este estudo demonstra que de 85 a 90% dos adolescentes
não possuem restrição para assistir TV, mas 65% a possui dentro do quarto. Sobre o
computador, 59% dos adolescentes o possuem no quarto e 30% o tablet. Ilha (2004)
mostrou que quanto maior o tempo na frente de aparelhos eletrônicos, maior o
acúmulo de gordura corporal e inatividade física dos adolescentes. No País, em 2012,
o hábito de assistir a duas horas ou mais de televisão, num dia de semana comum, foi
relatado por 78% dos estudantes (IBGE, 2012). Os percentuais observados entre os
adolescentes das escolas privada foram 77,5% do sexo feminino e 78,2% do
masculino. Os adolescentes da Região Sudeste apresentaram a maior frequência no
hábito de assistir duas horas ou mais por dia de televisão (80,2%). No estudo de
Fermino et al (2010), 30% permanecem mais de 4 horas assistindo TV por dia e 22,7%
ficam no computador.
Na tabela 5, encontramos os resultados relacionados ao comportamento frente
à atividade física que o adolescente tem durante a semana. Houve diferença nos
seguintes quesitos: meninas inativas não saem de casa para andar de bicicleta ou
patins e nem ir para a academia, mas saem mais para dançar.

A tendência dos resultados demonstrou que os meninos praticam mais


esportes que as meninas e as meninas inativas realizam menos atividades ativas. A
caminhada é um exercício mais realizado pelas meninas ativas e elas possuem mais
prazer nessa atividade.
48

TABELA 5: Descrição das atividades realizadas pelos adolescentes durante a


semana.

FEMININO MASCULINO
Ativo Inativo Ativo Inativo
% (n) % (n) % (n) %(n)
Joga videogame
Sim 38 (8) 46 (12) 0,5785 81 (21) 80 (16) 0,948
Não 62 (13) 54 (14) 19 (5) 20 (4)
Ajudo nas atividades domesticas de casa
Sim 67 (14) 69 (18) 0,8513 54 (14) 40 (18) 0,3514
Não 33 (7) 30 (8) 46 (12) 60 (12)
Saio de casa para andar de bicicleta ou patins
Sim 5 (1) --- <0,0001* 15 (4) 10 (2) 0,5906
Não 95(20) 100 (26) 85 (22) 80 (18)
Jogo esporte com pessoas da minha idade
Sim 10 (2) 31(8) 0,0768 50 (13) 40 (8) 0,4997
Não 90 (19) 69 (18) 50(13) 60 (12)
Saio para dançar
Sim 38 (8) 33 (6) 0,2630 --- 5 (1) <0,0001*
Não 62 (13) 77 (20) 100 (26) 95 (19)
Saio de casa para ir a academia
Sim 48 (10) 8 (2) 0,0001* 15 (4) 10 (2) 0,5909
Não 52(11) 92(24) 85(22) 90(18)
Saio de casa para ir a lutas/yoga
Sim 19 (4) 4 (1) 0,0929 8 (2) 5 (1) 0,7139
Não 81 (17) 96 (25) 92 (24) 95 (19)
Saio para treinar esporte
Sim 29 (6) 31 (8) 0,8699 77 (20) 60 (12) 0,2162
Não 71(15) 69 (18) 33 (6) 40 (8)
Realizo caminhada para me deslocar
Sim 57(12) 42 (11) 0,3118 35 (9) 30 (7) 0,0923
Não 43 (9) 58(15) 65 (17) 70 (13)
Realizo caminhada por exercício
Sim 48 (10) 11 (3) 0,0001* 15 (4) 20 (4) 0,6822
Não 52 (11) 89 (23) 85 (22) 80 (16)
Realizo caminhada por lazer
Sim 38 (8) 19 (5) 0,0476* 11(3) 15 (3) 0,0476*
Não 62(13) 81 (21) 89 (23) 75 (17)
*p<0,05
Descobrimos que os meninos praticam mais esporte do que as meninas,
confirmando com as respostas do estudo de Hardman et al (2013) que mostrou em
seu estudo com 4.207 adolescentes os meninos preferem realizar atividades de lazer
fisicamente ativa, sendo que a atividade mais citada foi o esporte (25%). Quando não
feita à divisão por sexo, os autores relatam que 58,5% dos adolescentes relatam que
49

gostam de realizar atividades sedentárias como jogar computador e vídeo game nas
atividades de lazer. No nosso estudo, percebemos que esta é uma característica mais
comum entre os meninos onde 80% dos meninos ativos e inativos jogam vídeo game.
No presente estudo, os adolescentes praticavam mais atividades físicas e
esportivas do que as meninas (65,6% para os homens e 38,2% para as mulheres).
Concordando com este estudo, Azevedo Junior, Araujo e Pereira (2006)
demonstraram que a prática do futebol (53,1%) e do voleibol (29,1%) era a atividade
mais praticada pelos meninos.
As meninas reportaram praticar mais atividades físicas em academia. A dança
é uma atividade mais frequente do que para os meninos. Para Azevedo Junior, Araujo
e Pereira (2006), voleibol e a dança são as atividades mais praticadas e atividades
como a ginástica de academia e a musculação tiveram um considerável aumento na
preferência dos jovens, independentemente do sexo.
Os resultados sobre os hábitos alimentares dos adolescentes foram descritos
na tabela 6. Foi perguntado aos adolescentes se consumiam: fast food, frutas,
legumes, vegetais, frituras, carne vermelha, frango, peixe, refrigerante, suco
industrializado, café, salgadinhos fritos e se alimentam fora de casa.
50

TABELA 6: Hábitos alimentares de adolescentes de ambos os sexos

FEMININO MASCULINO
Ativo Inativo Ativo Inativo
% (n) % (n) % (n) % (n)
Você come em fast food pelo menos uma vez na semana
Sim 62(13) 54 (14) 0,5785 35 (9) 50 (10) 0,2935
Não 38 (8) 46 (12) 65 (17) 50 (10)
Você come refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana
Sim 95(20) 92 (24) 0,6828 85 (22) 75 (15) 0,4151
Não 5 (1) 8 (2) 15 (4) 25 (5)
Você come frutas
Sim 95 (20) 88 (23) 0,4078 88 (23) 80 (16) 0,4283
Não 5 (1) 12 (3) 12 (3) 20 (4)
Você come legumes
Sim 86(18) 88 (22) 0,9162 65(17) 60 (12) 0,7076
Não 14 (3) 12 (4) 45(9) 40 (8)
Você come vegetais
Sim 86 (18) 81(21) 0,6538 69 (18) 60 (12) 0,5897
Não 14 (3) 19 (5) 31 (8) 40 (8)
Você come frituras
Sim 71 (15) 73 (19) 0,9000 81 (21) 90 (18) 0,3876
Não 29 (6) 27 (7) 19 (5) 10 (2)
Você come carne vermelha
Sim 86 (18) 77 (20) 0,4463 96 (25) 95 (19) 0,8491
Não 14 (3) 23 (6) 4 (1) 5 (1)
Você come frango
Sim 100 (21) 88 (23) 0,1077 96 (25) 95 (19) 0,8491
Não --- 11 (3) 4 (1) 5 (1)
Você come peixe
Sim 81 (17) 81 (21) 0,9873 96 (25) 90 (18) 0,4020
Não 19 (4) 19 (5) 4 (1) 10 (2)
Você bebe refrigerante
Sim 43 (9) 65 (17) 0,1225 77 (20) 90 (18) 0,1034
Não 57 (12) 35 (9) 33 (6) 10 (2)
Você bebe sucos industrializados
Sim 71 (15) 85 (22) 0,2721 35 (9) 30 (6) 0,7406
Não 29 (6) 15 (4) 65 (17) 70 (14)
Você bebe café
Sim 5(1) 50 (13) 0,0007* 81 (21) 65 (15) 0,6382
Não 95 (20) 50 (13) 19 (5) 25 (5)
Você come salgadinhos fritos
Sim 33(7) 50 (13) 0,2506 38 (10) 55 (11) 0,2643
Não 67 (14) 50 (13) 62(16) 45 (9)
*p<0,05
51

Sobre os hábitos alimentares, no presente estudo não houve diferenças


estatísticas, apenas as meninas inativas consomem mais café do que as ativas.
Seguindo uma tendência, nossos resultados demonstram que os inativos responderam
consumir mais alimentos não saudáveis como: 65% das meninas e 90% dos inativos
consomem refrigerante, 85% das meninas e 30% dos meninos consomem salgadinhos
fritos e 86% das meninas e 90% dos meninos consomem frituras. Segundo o dado do
IBGE (2012), os marcadores de alimentação não saudável mais referido pelos
escolares foi o consumo de refrigerante.
A conclusão da análise 1 foi:
• Meninos são mais ativos que meninas;
• Os inativos não ficam mais tempo sentado;
• Os adolescentes se consideram tão em forma e tão ativo quanto seus amigos e
irmãos, sugerindo que pessoas do mesmo nível de atividade física convivem juntos;
• As meninas ativas frequentam mais a academia e os meninos ativos praticam
mais esportes;
• Não houve diferença entre os hábitos alimentares de ativos e inativos.

4.2- ANÁLISE 2: Descrever as barreiras da prática de atividade física de


adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

O objetivo da análise 2 foi descrever as barreiras para prática de atividade


física de adolescentes de ambos os sexos de alto nível socioeconômico, em relação
ao nível de atividade física. As barreiras referem-se a obstáculos percebidos pelo
indivíduo que podem reduzir seu engajamento em comportamentos saudáveis (SILVA
et al, 2010). A investigação das barreiras é importante na perspectiva de identificar os
fatores que possam ser modificados, além de direcionar de forma mais específica à
atuação de programas de promoção da atividade física com o objetivo de combater os
elevados índices de sedentarismo nesta população (CESCHINI e FIGUEIRA JUNIOR,
2007).

Para identificar as barreiras, foi perguntado aos adolescentes: se sentem


preocupados com seu aspecto físico, se possuem falta de: interesse, autodisciplina,
tempo, energia, companheirismo, diversão, estímulo, local, equipamento,
conhecimento e segurança na vizinha, além de medo de lesão, dores e falta de boa
saúde, demonstrados na tabela 7. Os resultados evidenciaram que houve diferenças
no comportamento dos adolescentes ativos e inativos.
52

TABELA 7: Barreiras para a prática de atividade de adolescentes de ambos os sexo

FEMININO MASCULINO
Ativo Inativo Ativo Inativo
%(n) %(n) %(n) %(n)
Sinto preocupação com meu aspecto físico
Sim 24 (5) 54(14) 0,9334 4 (1) 45 (9) 0,0008*
Não 76 (16) 46 (12) 96 (25) 55 (11)
Falta de interesse pelo exercício/esporte
Sim 10 (2) 54 (14) 0,0014* 15 (4) 20 (4) 0,6822
Não 90(19) 46 (12) 85 (22) 80 (16)
Falta de autodisciplina para fazer exercício/esporte
Sim 24 (5) 54 (14) 0,0370* 15 (4) 30 (6) 0,2335
Não 76 (16) 46 (12) 85 (22) 60 (14)
Falta de tempo para fazer exercício/esporte
Sim 48 (10) 73 (14) 0,5421 46 (12) 45 (9) 0,9379
Não 52(11) 27 (7) 54 (14) 55 (11)
Falta de energia para fazer exercício/esporte
Sim 14 (3) 58 (15) 0,0023* 15 (4) 45 (9) 0,0270*
Não 86(18) 42 (11) 85 (22) 55 (11)
Sinto preguiça de fazer exercício/esporte
Sim 19 (4) 62 (16) 0,0034* 4 (1) 40 (8) 0,0022*
Não 81 (17) 38 (10) 96 (25) 60 (12)
Falta de companhia de amigos para fazer exercício/esporte
Sim 38 (8) 50 (13) 0,4144 38 (10) 20 (4) 0,1773
Não 62 (13) 50 (13) 61 (16) 80 (16)
Falta de diversão fazendo exercício
Sim 19 (4) 35 (9) 0,2355 4 (1) 15 (3) 0,1832
Não 81 (17) 65 (17) 96 (25) 85 (17)
Desânimo para fazer exercício/esporte
Sim 5(1) 54 (14) 0,0003* --- 35 (7) 0,0011*
Não 95 (20) 46 (12) 100 (26) 65 (13)
Falta de estímulo de amigos para fazer exercício/esporte
Sim 29 (6) 54(5) 0,4521 4 (3) 25 (5) 0,2324
Não 71 (15) 46 (21) 96 (23) 75 (15)
Falta de estímulo dos pais para fazer exercício/esporte
Sim 14 (3) 54 (5) 0,6538 4 (1) 15 (3) 0,1832
Não 86 (18) 46 (21) 96 (25) 85 (17)
Medo de lesão
Sim --- --- 19 (5) 35 (7) 0,2273
Não 100 (21) 100 (26) 81 (21) 65 (13)
Falta de equipamento para fazer exercício/esporte
Sim --- 54 (5) 0,0335* 8 (2) 30 (6) 0,0478*
Não 100 (21) 46 (21) 92 (24) 70 (14)
53

Cont.
FEMININO MASCULINO
Ativas Inativas Ativos Inativos
Falta de local apropriado para fazer exercício/esporte
Sim 19 (4) 23 (6) 0,7372 35 (9) 20 (4) 0,2751
Não 81 (17) 77 (20) 65 (17) 80 (16)
Falta de conhecimento de como se exercitar
Sim 10 (2) 54 (5) 0,3527 19 (5) 15 (3) 0,7074
Não 90 (15) 46 (21) 81 (21) 85 (17)
Falta de boa saúde para fazer exercício/esporte
Sim 5 (1) 15 (4) 0,2403 19 (5) 10 (2) 0,3876
Não 95(20) 85(22) 81(21) 90(18)
Queixa de dores
Sim 19 (4) 35 (9) 0,2355 15 (4) 15 (3) 0,9713
Não 81 (17) 65(17) 85 (22) 85 (17)
Presença de lesão ou incapacidade
Sim 19 (4) 12 (3) 0,4722 19 (5) --- 0,0378*
Não 81 (17) 88 (23) 81 (21) 100 (20)
Pouca segurança na vizinhança
Sim 10 (2) 31 (8) 0,0768 15 (4) 20 (4) 0,6822
Não 90(19) 69 (18) 85 (22) 80 (16)
Falta de parques próximos de casa
Sim 14 (3) 39 (10) 0,0655 27(7) 35 (7) 0,5551
Não 86(18) 61 (16) 73 (19) 65 (13)
Falta de estímulo de parentes para fazer exercício/esporte
Sim 14 (3) 8 (2) 0,4661 8 (2) 15 (3) 0,4299
Não 86 (18) 92 (24) 92 (24) 85 (17)
Falta de planejamento das atividades
Sim 19 (4) 35 (9) 0,2355 19 (5) 45 (9) 0,0597
Não 81 (17) 65(17) 81(21) 65 (11)
Eu necessito repousar e relaxar no tempo vago
Sim 23,8 (5) 53,8 (14) 0,0370* 30,8 (8) 65 (13) 0,0209*
Não 76,2 (16) 46,2 (12) 69,2 (18) 35 (7)
Eu me sinto excluído pelos seus amigos na hora de jogar
Sim --- 15 (4) 0,0602 --- --- <0,0001*
Não 100 (21) 85(22) 100 (26) 100 (20)
Eu me sinto excluído pelos seus irmãos na hora de jogar
Sim 10 (2) 4 (1) 0,4963 5 (1) --- 0,3619
Não 90 (19) 96 (22) 95 (20) 100 (17)
Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com minha mãe ou madrasta
Sim 34 (7) 38 (10) 0,0349* 31 (8) 35 (7) 0,9998
Não 5 (1) 31 (8) 8 (2) 10 (2)
Não faço 61 (13) 31 (8) 61(16) 55 (11)
Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com meu pai ou padrasto
Sim 23 (5) 61 (16) <0,0001* 60 (15) 40 (8) <0,0001*
Não 67 (14) 31 (8) --- 10 (2)
Não faço 10(2) 8 (2) 40 (11) 50 (10)
54

Os resultados demonstraram que as meninas inativas apresentam mais


barreiras do que qualquer outro grupo de maneira similar ao estudo de Silva et al
(2008). Os adolescentes percebem barreiras de maneiras distintas de acordo com o
gênero, o que exige ações específicas para a promoção da AF para esta faixa etária
(SANTOS et al, 2010).

Apesar de a amostra fazer parte de um nível socioeconômico alto, os


adolescentes inativos acham que não possuem equipamentos ideais para realizar
esporte, sendo relatada por 54% das meninas e 30% dos meninos. Este fato não foi
considerado barreira para os ativos de ambos os sexos.

Os meninos ativos relataram possuir mais lesões. Uma das possibilidades para
este resultado é que pode ser causada pelo fato de realizar mais esporte, afinal dos
meninos ativos 31% fazem esporte (resultado encontrado na análise 1).

Adicionalmente 67% das meninas ativas não gostam de realizar esporte com
os pais e apenas 5% não gostam de fazer com a mãe, além de 61% não realiza esta
atividade. Farias Junior (2014), diz que a atividade física do pai se associa
positivamente com a do filho, e a da mãe com a da filha. Uma das explicações do
próprio autor neste achado é que adolescentes do sexo masculino normalmente
identificam-se mais com os pais e as suas práticas, enquanto que os do sexo feminino
com as das mães.
Por mais que percepção de falta de energia e o desânimo estejam
estatisticamente diferentes de ativos e inativos independentemente do sexo, as
respostas foram maiores no grupo feminino que o masculino.

No presente estudo, 75,5% afirmam ter conhecimento de como realizar uma


atividade. Em um estudo de Ceschini e Figueira Junior (2007) com jovens do ensino
médio de colégios particulares, os autores evidenciaram que a falta de conhecimento
de como se exercitar foi a resposta mais prevalente entre os adolescentes de ambos
os gêneros.

Outro achado neste estudo foi à diferença estatística no relato dos inativos
(homens e mulheres) terem desânimo, preguiça e falta de energia em praticar
esporte/exercício. A motivação, principalmente a interna (que não necessita apenas de
recompensas externas), parece ser a chave para um melhor envolvimento de crianças
e adolescentes em práticas de atividades físicas (COPETTI, NEUTZLING e SILVA,
2010). Para os inativos deste estudo, a preguiça é a barreira mais citada, sendo 62%
pelas meninas e 40% pelos meninos, concordando com os resultados em Curitiba-PR
55

de Silva et al (2010) onde 51,76% dos adolescentes inativos do seu estudo também
relataram a preguiça como maior barreira para a prática de atividade física. No estudo
de Pelotas-RS, Copetti, Neutzling e Silva (2010) relataram que 37,5% dos
adolescentes citaram a preguiça como sendo a segunda maior barreira. A preguiça
também foi a barreira mais citada no estudo de Santos et al (2010).
As barreiras sociais como incentivo dos amigos, do professor de educação
física e dos pais, assim como a falta de tempo não foram às respostas mais
prevalentes para esse estudo, similar aos resultados de Ceschini e Figueira Junior
(2007). A exclusão pelo irmão na hora de participar de AF foi à barreira menos citada
neste estudo. A companhia de alguém para a realização de AF contribui ao nível
mínimo de atividade física seja satisfatórios, Santos et al (2010) observaram em seu
estudo que a falta de companhia foi a barreira mais citada pelos meninos para não
realizar atividade física.
Copetti, Neutzling e Silva (2010) afirmam que mesmo possuindo associação
entre o sedentarismo no lazer e as barreiras, é importante demonstrar que variáveis
individuais são insuficientes para entender a complexidade de um fenômeno como a
prática de atividade física. Fermino et al (2010) demonstraram que ter percepção de
poucas barreiras, ser do sexo masculino e apresentar o apoio da família e dos amigos
estão diretamente relacionados a prática de AF.
A conclusão da análise dois foi:
• As barreiras mais citadas pelos adolescentes são as barreiras pessoais;
• Os adolescentes acham que não possuem equipamentos específicos para
praticar esportes, mesmo sendo de alto nível socioeconômico.

4.3 - ANÁLISE 3: Descrever as percepções de adolescentes de ambos os sexos


sobre a aula de Educação Física em relação ao nível de atividade física

A análise 3 descreveu as percepções adolescentes de ambos os sexos, de


alto nível socioeconômico sobre a aula de Educação Física, em relação ao nível de
atividade física. Foi analisada a quantidade de horas e vezes na semana de aulas de
EF, e as seguintes percepções sobre a aula: se sentem obrigados, gostam da aula e
das atividades oferecidas, se sentem bem, estímulos gerados e recebidos e sobre as
faltas.

A diferença estatística encontrada foi que as meninas ativas se sentem bem


após as aulas, comparando com as meninas inativas; e os meninos ativos se sentem
estimulados pelos amigos para realizar a aula de Educação Física.
56

TABELA 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física

Feminino Masculino
Ativo Inativo Ativo Inativo
(n: 21) (n: 26) (n: 26) (n: 20)
Vezes por semana possui aula de EF
1 1 1 ± 0,2 1 ± 0,3 0,8029
Minutos de aula de Educação Física
73 ± 24 81 ± 26 0,5021 90 ± 27 90 ± 30 0,8854
Sou obrigado a fazer aulas de Educação Física
% (n) % (n) % (n) % (n)
Sim 52(11) 76 (19) 0,0939 42(11) 65 (13) 0,1267
Não 48 (10) 24 (6) 58 (15) 35 (7)
Eu não faria aulas de Educação Física se não fosse obrigado
Sim 19 (4) 8 (2) 0,2678 11,5 (3) 20 (4) 0,4283
Não 81 (17) 92 (23) 88,5 (23) 80 (80)
Eu gosto de fazer aulas de Educação Física
Sim 95(20) 92 (23) 0,6577 100 (26) 100 (20) <0,001*
Não 5 (1) 8 (2)
Eu acho que as aulas de Educação Física são importantes
Sim 90 (19) 88 (22) 0,7881 100 (26) 100 (20) <0,0001*
Não 10 (2) 12 (3) --- ---
Eu sou estimulado por meus pais para fazer as aulas de Educação Física
Sim 62(13) 64 (16) 0,8834 81 (21) 60 (12) 0,1209
Não 38 (8) 36 (9) 19 (5) 40 (8)
Eu sou estimulado pelos meus professores para fazer aula de Educação Física
Sim 66 (14) 72 (18) 0,6954 85 (22) 60 (12) 0,0505
Não 34 (7) 28 (7) 15 (4) 40 (8)
Eu sou estimulado pelos meus colegas para fazer aulas de Educação Física
Sim 24 (5) 16 (4) 0,506 61 (16) 30 (6) 0,0338
Não 76 (16) 84 (21) 29 (10) 70 (14)
Eu estimulo meus amigos para fazer aulas de Educação Física
Sim 62 (13) 52 (13) 0,4997 54 (14) 65 (13) 0,4463
Não 38 (8) 48 (12) 46 (12) 35 (7)
Eu sinto vontade de fazer as aulas de Educação Física
Sim 86(18) 72 (18) 0,2613 100 (26) 95 (19) 0,2490
Não 14 (3) 28 (7) --- 5 (1)
Eu me sinto bem depois de fazer as aulas de Educação Física
Sim 95 (20) 72 (18) 0,0383* 88 (23) 95 (19) 0,4353
Não 5 (1) 28 (7) 12(3) 5 (1)
Eu geralmente falto nas aulas de Educação Física
Sim 10(2) 4 (1) 0,4498 --- 5 (1) 0,2490
Não 19 (19) 96 (24) 100 (26) 95 (19)
Eu não gosto de fazer as aulas de Educação Física
Sim 5 (1) 8 (2) 0,6557 11 (3) 10 (2) 0,8680
Não 95 (20) 92 (23) 89 (23) 90 (18)
57

Cont.
FEMININO MASCULINO
Ativas Inativas Ativos Inativos
Eu faria as aulas de Educação Física mesmo se não fossem obrigatórias
Sim 95 (20) 92 (23) 0,6557 100 (26) 90 (18) 0,0992
Não 5 (1) 8 (2) --- 10 (2)
Eu acho que as aulas de Educação Física trazem benefícios para meu corpo
Sim 90 (19) 92 (23) 0,8550 100 (26) 100 (20) <0,0001*
Não 10 (2) 8 (2) --- ---
Gosto de praticar esportes individuais
Sim 90 (19) 88 (22) 0,7881 96 (25) 65 (13) 0,0057*
Não 10 (2) 12 (3) 4(1) 35 (7)
Gosto de praticar esportes coletivos?
Sim 90 (19) 80 (20) 0,3245 92 (24) 90 (18) 0,678
Não 10(2) 20 (5) 8 (2) 10 (2)
*p<0,05

Os resultados demonstram que todos adolescentes participam da aula de


Educação Física uma vez na semana, maior média encontrada na literatura
pesquisada, porém devemos lembrar que ela é obrigatória no colégio estudado. O
estudo de Coledam et al (2014) constatou que 78,4% dos adolescentes e 65,7% das
meninas realizavam aulas de EF. Dados do IBGE (2012) relatou que 81,7% dos
adolescentes praticaram aula de EF na semana anterior ao estudo. Segundo Hardman
et al (2013), o fato de participar de, pelo menos uma vez na semana da aula de EF,
aumenta em 73% para os meninos e 93% das meninas, as chances de gostar de fazer
AF, e ter prazer em praticar AF fora da escola. O autor ainda conclui que participar das
aulas de EF esta diretamente associada aos indicadores que expressam atitudes
positivas em relação à AF.

Todos os meninos do presente estudo gostam, acha importante e relatam que


traz benefícios para o corpo ao realizar aula de EF, concordando com os estudos de
Betti e Liz (2003) que a aula de EF é a disciplina que os escolares mais gostam, e o
estudo de Hardman et al (2010) que relata que os meninos foram mais propensos a
gostar e ter prazer em realizar EF.
Nosso estudo demonstra que mais de 90% dos meninos independentemente do
sexo e as meninas ativas gostam de praticar esportes coletivos. Porém, houve
diferença estatística na resposta dos meninos em gostar de esportes individuais
(ativos gostam mais do que inativos). Um estudo de Lovisolo (1995) demonstrou que
80% dos alunos gostavam das atividades desenvolvidas nas aulas de Educação
Física, inclusive a prática esportiva. Em um estudo de Betti e Liz (2003), a aula de
Educação Física é fortemente associada aos esportes e não considerada uma
58

disciplina importante. Estudo de Perfeito et al, (2008), os alunos relatavam que


gostariam de vivenciar outras atividades, diferente dos esportes.

Neste estudo pesquisamos a influência dos amigos, pais e professores a


estimularem os adolescentes a realizar aulas de Educação Física. Descobrimos uma
tendência a maioria dos adolescentes se sentirem estimulados pelos seus professores
de Educação Física, concordando com Perfeito et al, (2008) e diferentemente do
estudo de Henrique e Januario (2005), onde um terço dos escolares não se sentiam
estimulados. Os adolescentes deste estudo demonstraram uma tendência a se
sentirem estimulados pelos pais. O estudo de Lovisolo (1995) evidência que os pais/
responsáveis atribuíam pequena importância a Educação Física.

A influência dos amigos como agentes socializadores é abordada por Henrique e


Januario (2005) sob duas perspectivas, a primeira sobre a popularidade dentro do
grupo em função de como é percebido quando ele é habilidoso. A segunda é sobre
que as relações de amizades contribuem para um estilo de vida ativo. O incentivo dos
amigos pode explicar maior prevalência de atividade física e participação em aulas de
EF (COLEDAM, 2014). No presente estudo, apenas 61% dos meninos ativos se
sentem estimulados pelos amigos a realizarem aula de EF, tendência não encontrada
nos outros grupos. Porém, todos os grupos relatam estimular seus amigos a realizar
EF.

Outra tendência encontrada nos resultados foi sobre a obrigatoriedade nas aulas
de EF pelos adolescentes. No presente estudo, 80% dos adolescentes fariam aula de
EF mesmo se não fossem obrigadas, similar ao estudo de Betti e Liz (2003) onde
relataram que 70% das adolescentes também se envolveriam nas aulas de EF.
Portanto, a conclusão da análise 3 foi que os adolescentes:

• Se sentem bem;

• Acham importante e gostam das aulas de educação física.

• Os adolescentes se sentem estimulados pelos professores e estimulam seus


amigos a realizar Educação, mas não se sentem estimulados pelos seus
amigos.
59

4.4- ANÁLISE 4:

O objetivo da análise 4 foi descrever os fatores associados ao


comportamento, em relação ao nível de atividade física de adolescentes e seus
respectivos pais ou responsáveis de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico.

O grupo de pais ativos cumpriam 150 minutos semanais de atividade física e


de 300 para os adolescentes, e inativos os que não cumpriam este tempo. Nesta
análise, foram utilizadas as mesmas questões para pais e filhos.

A tabela 9 ratificou as características destes grupos, como sexo, idade e horas


de atividades físicas semanais (TAS).

TABELA 9: Características amostrais da análise 4.

Ativos Inativos
Pais Filhos Pais Filhos
(n: 29) (n: 29) (n: 20) (n: 20)
Idade (Anos) 47 ± 7 14 ± 1 44 ± 8 14 ± 1
TAS 651 ± 558 733 ± 709 92 ± 32 126 ± 69
Sexo dos pais que responderam o questionário
% (n) % (n)
Feminino 86,2 (25) 0,0001* 75 (15) 0,1908
Masculino 13,8 (4) 25 (5)
*p<0,05

No nosso estudo, 59% da amostra é ativa. Silva et al (2008), mostraram a


associação entre nível econômico e prática de atividades físicas dos pais e dos filhos.
Para os autores, mais da metade (52,4%) dos pais e (70,3%) filhos do nível econômico
A, foram considerados ativos.
Foi demonstrado que há uma diferença no tempo de atividade física semanal
(TAS) de pais e filhos, sendo que os filhos, independentemente do nível de AF
realizam mais atividade física. Houve diferença estatística para mães ou responsáveis
que responderam os questionários dos filhos ativos, demonstrando que as mães
responderam mais o questionário do que os pais, no grupo ativo.

Segundo Farias Junior (2014) afirma que a prática de atividade física do pai se
associa com a do filho, e da mãe com a da filha. Em nosso estudo, não houve esta
associação:
 Ativos: 86,2% eram mães e 34,5% dos adolescentes eram meninas,
 Inativos: 75% eram mães e 50% eram meninas.
60

A tabela 10 trouxe os resultados sobre as atividades realizadas pelos


adolescentes e pais durante a semana. Foram realizadas perguntas como utilização
de equipamentos eletrônicos (televisão, computador, tablet), se realizam atividades
físicas como caminhada, dança e esportes, e como vão ao trabalho ou escola.

TABELA 10: descrição das atividades realizadas pelos pais e filhos durante a
semana.

Ativos (n:29) Inativos (n:20)


Pais Filhos Pais Filhos
Assisto televisão
% (n) % (n) % (n) % (n)
Sim 97(28) 93 (27) 1 100 (20) 90 (18) 0,4872
Não 3 (1) 7 (2) -- 10 (2)
Utiliza o computador para trabalhar/estudar
Sim 55,2 (16) 82,2(25) 0,0195* 50 (10) 90(18) 0,0138*
Não 44,8 (13) 13,8(4) 50 (10) 10 (2)
Utiliza o tablet para pesquisar
Sim 21 (6) 38(11) 0,2483 20 (4) 30 (6) 0,7164
Não 79 (23) 62(18) 80 (16) 70 (14)
Jogo vídeo game
Sim 17 (5) 59 (17) 0,0025* 20(4) 65 (13) 0,009*
Não 83 (24) 41 (12) 80(16) 35 (7)
Ajudo nas atividades domésticas de casa
Sim 86 (25) 69 (20) 0,2070 75(15) 60 (12) 0,5006
Não 14 (4) 31 (9) 25(5) 40 (8)
Fico sentado/descansando
Sim 21 (6) 69 (20) 0,0005* 35(7) 70 (14) 0,0567
Não 79 (23) 31 (9) 65(13) 30 (6)
Saio de casa para ir a academia
Sim 24 (7) 34 (10) 0,5648 10(2) 10 (2) 1
Não 76 (22) 66 (19) 90(18) 90 (18)
Saio de casa para ir a lutas/yoga
Sim 7 (2) 10 (3) 1 5(1) --- 1
Não 93 (27) 90 (26) 95(19) 100 (20)
Saio para treinar esporte
Sim --- 62 (18) ≤0,0001* 15(3) 30 (6) 0,4506
Não 100 (29) 38 (11) 85(17) 70 (14)
Realizo caminhada para me deslocar
Sim 76 (22) 41 (12) 0,0156* 20(4) 30 (6) 0,7164
Não 24 (7) 59 (17) 80(16) 70 (14)
Realizo caminhada por exercício
Sim 52 (15) 31 (9) 0,1821 5(1) 25 (5) 0,1818
Não 48 (14) 69 (20) 95(19) 75 (15)
61

Realizo caminhada por lazer


Sim 38 (11) 14 (4) 0,0700 10(2) 15 (3) 1
Não 62 (18) 86 (25) 80(18) 85 (17)
Como vai para escola/trabalho
Carro 79 (23) 83 (24) 0,9832 85(17) 90 (18) 0,7943
Bicicleta --- --- --- ---
Ônibus 14 (4) 10 (3) 10 (2) 10 (2)
A pé 7 (2) 7 (2) 5 (1) ---
Como volta da escola/trabalho
Carro 79 (23) 66 (19) 0,1680 85(17) 95 (19) 0,6952
Bicicleta --- --- --- ---
Ônibus 14 (4) 17 (5) 10 (2) 5(1)
A pé 7 (2) 17 (5) 5 (1) ---
*p<0,05

Foi identificada diferença estatística na utilização de computador e vídeo game.


Os filhos utilizam mais estes equipamentos eletrônicos do que seus pais,
independentemente do nível de atividade física. Os pais ativos ficam mais sentados
descansando do que seus filhos.

Houve diferença estatística para os pais ativos que utilizam mais caminhadas
para se deslocar do que os filhos. Houve uma tendência nos resultados demonstrados
que os pais e filhos realizam atividades físicas diferentes durante a semana. Os filhos
ativos praticam mais esportes, e os pais caminham mais.

Em nosso estudo, para os pais ativos os filhos realizam estas atividades: 62%
praticam esportes; 10% lutas/yoga e 34% frequentam academia. Entretanto, para os
inativos os seguintes resultados foram observados as seguintes respostas: 30%
praticam esportes, 0% lutas/yoga e 10% academia. Relacionando com estes
resultados, Farias Junior (2014), relata que há uma associação direta e significativa
entre a prática de atividades físicas organizadas (esporte, lutas/yoga e frequentar
academia) dos filhos e o nível de atividades físicas dos pais.
Os resultados sobre os hábitos alimentares estão descritos na tabela 11.
62

TABELA 11: Hábitos alimentares de pais e filhos

Ativos (n:29) Inativos (n:20)


Pais Filhos Pais Filhos
% (n) % (n) % (n) % (n)
Você come em fast food pelo menos uma vez na semana?
Sim 17 (5) 90 (26) ≤0,001* 45(9) 45 (9) 1
Não 83(24) 10 (3) 55(11) 55 (11)
Você come refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana?
Sim 58 (17) 90(26) 0,0148* 80 (16) 90 (18) 0,6614
Não 42 (12) 10(3) 20 (4) 10 (2)
Você come doce?
Sim 86(25) 93 (27) 0,6701 80(16) 90 (18) 0,6614
Não 14 (4) 7 (2) 20(4) 10 (2)
Você come frutas?
Sim 100 (29) 93 (27) 0,4912 85(17) 95 (19) 0,6050
Não --- 7 (2) 15(3) 5 (1)
Você come legumes?
Sim 100 (29) 79 (23) 0,0235* 85(17) 80 (16) 1
Não --- 21(6) 15(3) 20 (4)
Você come vegetais?
Sim 100 (29) 83(24) 0,0518 90(18) 80 (16) 0,6614
Não --- 17 (5) 10(2) 20 (4)
Você come frituras?
Sim 59 (17) 72,(21) 0,4077 80(16) 80 (16) 1
Não 41 (12) 28 (8) 20 (4) 20 (4)
Você come carne vermelha?
Sim 79 (23) 93 (27) 0,2529 100(20) 85 (17) 0,2305
Não 21 (6) 7 (2) --- 15 (3)
Você come frango?
Sim 90 (26) 97 (28) 0,6115 95(19) 95 (19) 1
Não 10 (3) 3 (1) 5 (1) 5 (1)
Você come peixe?
Sim 96 (28) 83 (24) 0,1936 85 (17) 85 (17) 1
Não 4 (1) 17 (5) 15 (3) 15 (3)
Você bebe refrigerante?
Sim 45 (13) 62 (18) 0,2924 60 (12) 80 (16) 0,3008
Não 55 (16) 38 (11) 40 (8) 20 (4)
Você bebe sucos industrializados?
Sim 55 (16) 90(26) 0,0070* 85 (17) 85 (17) 1
Não 45 (13) 10(3) 15 (3) 15 (3)
Você bebe café?
Sim 76 (22) 21 (6) ≤0,001* 80 (18) 40 (8) 0,0022*
Não 24 (7) 79 (23) 20 (2) 60 (12)
Você come salgadinhos fritos?
Sim 20,7 (6) 21 (6) 1 55 (11) 50 (10) 1
Não 79,3 (23) 79 (23) 45 (9) 50 (10)
63

Houve diferença estatística nos hábitos alimentares de pais e filhos ativos para
comer em fast food, realizar refeição fora de casa, comer legumes, beber suco
industrializado e beber café. Em nosso estudo, houve maiores hábitos diferenciados
(diferenças estatísticas) para os pais e filhos ativos, diferentemente de Ilha (2004) que
não demonstrou associação dos hábitos alimentares dos pais com os filhos.
Encontramos uma maior tendência em comer fast food, realizar refeições fora
de casa, e tomar suco industrializado (que podem ser considerados menos saudáveis)
pelos filhos. Enquanto comer legumes é um hábito mais comum aos pais,
independentemente do nível de AF.
Já para os inativos, percebemos que o hábito alimentar é mais parecido de pais
e filhos, sendo que a única diferença que houve foi de tomar mais café pelos pais.
Segundo Ilha (2004) não há associação entre as variáveis de atividade física e
nutrição, confirmando que o papel dos pais é mais de apoiadores de como exemplos.
Os resultados encontrados apontam características que devem ser
consideradas por professores e pesquisadores, tanto na execução e aumento de
participação na aula de Educação Física, quanto na formulação de políticas publicas
para o incentivo a prática de AF. Podendo ser utilizado como proposta para futuras
pesquisas experimentais com o mesmo objetivo. Sugere-se que trabalhos futuros que
investiguem outros fatores para melhorar a qualidade e a participação de adolescentes
em atividades ativas, além de estudar adolescentes de outras regiões e de outro nível
socioeconômico.

A conclusão da análise 4 foi:


• Os adolescentes utilizam mais equipamentos eletrônicos que seus pais;
• Os adolescentes ficam mais sentados que seus pais;
• Os adolescentes praticam mais esportes que seus pais;
• Houve uma maior diferença entre hábitos alimentares entre pais e filhos ativos.
64

CAPITULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 - Considerações Finais

O presente estudo analisou os fatores associados ao comportamento, de


adolescentes de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico em relação ao nível
de atividade física; as barreiras dos adolescentes para a prática de atividade física; as
percepções dos adolescentes sobre a aula de Educação Física, e os fatores
associados ao comportamento, adolescentes e seus respectivos pais ou responsáveis
em relação ao nível de atividade física. Após a discussão, percebemos que as
hipóteses foram confirmadas.

Para demonstrar os resultados obtidos nas análises, utilizamos o modelo


ecológico como fundamentação teórica para identificar os fatores que influenciam no
nível de atividade física de adolescentes, mesmo tendo o comportamento como centro
do fenômeno. Circulamos os fatores que foram encontrados em nossa dissertação.
65

Percebemos que os fatores socioculturais e individuais foram os mais citados.


Os ambientais não foram amplamente analisados nesta dissertação por conta de
todos os participantes serem moradores de São Bernardo do campo. Outro dado
encontrado foi que os sujeitos considerados ativos realizam algum exercício
direcionado durante a semana.

Sobre o ambiente escolar foi possível compreender que este pode ser um
influenciador para o aumento do nível de atividade física. No primeiro momento dentro
da aula de EF, que pode contribuir com o aumento do nível de atividade física. Os
professores podem programar atividades pedagógicas prazerosas, lúdicas e que
promovam a participação de todos. O segundo momento é a promoção de atividades
que o adolescente tenha conhecimento mais profundo dos conceitos e benefícios de
um estilo de vida e nutrição saudável até sobre a prática de atividade física. Este
66

momento não deve ser de responsabilidade apenas dos professores de Educação


Física. Como se trata de um benefício para o ser humano, outras áreas de
conhecimento podem contribuir para a realização desta atividade.

Como fator social, a família é um dos maiores fatores influenciadores para a


realização de atividade física de adolescentes, podendo colaborar com o aumento do
nível de atividade física na vida diária além de incentivar a redução de tempo em
atividades sedentárias. Ainda a família pode incentivar a prática de atividades física no
tempo de lazer, permitindo que no tempo livre a família esteja junta em atividades ao
ar livre, jogando, brincando, correndo, aumentando assim, a interação entre os
membros da família.

Como intervenção prática desta dissertação, será realizada uma palestra


informativa dentro do colégio Arbos, para os pais dos alunos do Ensino Fundamental 2
e Ensino Médio, repassando as informações coletadas e os resultados obtidos com o
estudo, para que os pais consigam ter um maior conhecimento sobre os fatores
associados a atividade física de seus filhos, os benefícios que a atividade física traz
para a saúde e sugestões de como aumentá-lo.
Mediantes a análise dos resultados do presente estudo, recomenda-se
desenvolver programas de promoção da saúde dentro e fora do ambiente escolar, na
tentativa de contribuir para formação de percepções, atitudes e comportamentos mais
positivos à saúde para tentar contribuir para a adoção de um estilo de vida mais
saudável; e investigar o papel de outros fatores associados para a adoção de
comportamentos mais ativo como o ambiente, que poderão trazer benefícios na saúde
e a transferência para vida adulta.
Os próximos passos desta dissertação, será a publicação das análises 1, 2 e 4,
o cruzamento de novos dados; e a utilização de outras respostas do questionário.

5.2- Limitações do estudo

Considerando as limitações do estudo, apontamos que: a) a amostra de


conveniência pode demonstrar visão especifica, não permitindo ampliar aos demais
níveis populacionais; b) dinâmica na aplicação dos questionários, em que os
adolescentes e pais puderam responder em casa, fato que pode ter apresentado
alguma interferência, embora a orientação tenha sido para repostas individuais; c)
grande extensão do questionário.
67

5.3- Referências Bibliográficas

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75

5.4- ANEXOS

ANEXO 1: QUADRO 1: Artigos utilizados para a construção da dissertação

Descritores SCIENCE
SCIELO LILACS PUBMED
(número) DIRECT

Adolescente 2.000 61.681 1.558.166 11.415

Adolescente e atividade física 18 268 846 142

Adolescente e determinantes da atividade


-- 24 740 754
física

265 (sem a palavra


Adolescente, pais e atividade física 1 235 47
AF)

Adolescente e sono 28 12.213 14.493 1.126

Adolescente e hábitos alimentares -- 5.399 2.480 360

Adolescente e sedentarismo 21 721 2577 272

Adolescente e nível socioeconômico 1 29 1.266 528

Adolescente e promoção de saúde 3 10.801 13.975 818

Adolescente e nível educacional --- 2.342 16.520 1.870

Adolescente e deslocamento --- 2.769 6.969 32.425

72.630
(adolescente e
Adolescente, ambiente e atividade física --- 561 2.393
ambiente)
ambiente)

1.322 (adolescente
Adolescente, obesidade e atividade física 6 922 4.374
e obesidade)

212 (adolescente e
Adolescente, vídeo game e atividade física --- 5 243
vídeo game)

Adolescente e atividade sedentária --- 5 1.893 23


76

ANEXO 2: QUESTIONARIO DE ESTILO DE VIDA DE ADOLESCENTE

LEIA COM ATENÇÃO: A sua participação é muito importante nesta pesquisa.


Contamos com a sua colaboração para responder todas as perguntas. Caso tenha
duvidas chamar pelo professor de sala.
Agradecemos sinceramente sua participação.

1) RESPONDA SOBRE VOCÊ

1)Iniciais do seu nome: ___________

2)Colégio ARBOS unidade ( ) SBC ( ) SCS ( ) SA

3)Série_________ 4)Idade _______ 5) Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino

6)Em qual a cidade que você nasceu?_________________________

7)Em qual cidade você mora? _______________________

8)Quantos irmãos você tem? (considerar todos)


( ) sou filho único ( ) tenho irmãos - quantos ___________________

9)Na ordem de nascimento você é o:


( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º ( ) 4º ( ) outro

10)Você brinca com seus irmãos?


( ) sim onde? ____________ o que faz?___________________________
( ) não

11)Você considera que seus irmãos:


( ) estão abaixo do peso saudável
( ) possuem o peso saudável
( ) estão acima do peso
( ) estão muito acima do peso

12) Você, se comparando com seus amigos (da escola e de fora da escola), é: (marque uma
resposta só)
( ) fisicamente MAIS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as)
( ) fisicamente MENOS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as)
( ) fisicamente TÃO ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as)

13) Você, se comparando com seus amigos (da escola e de fora da escola), está : (marque
uma resposta só)
( ) em MELHOR forma que seus amigos (as)
( ) em PIOR forma que seus amigos (as)
( ) TÃO em forma que seus amigos (as)

14) Você, se comparando com seus irmãos você é: (marque uma resposta só)
( ) fisicamente MAIS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus irmãos
( ) fisicamente MENOS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus irmãos
( ) fisicamente TÃO ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus irmãos

15) Você, se comparando com seus irmãos você está : (marque uma resposta só)
( ) em MELHOR forma que seus irmãos
( ) em PIOR forma que seus irmãos
( ) TÃO em forma que seus irmãos

2) RESPONDA SOBRE SUA ESCOLA


77

16)Em geral, como você vai de sua casa para a escola?(escolha apenas uma)
( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé
( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos

17)Em geral, como você volta da escola para a sua casa? (escolha apenas uma)
( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé
( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos

18)Quanto tempo você passa por dia na escola ? _________ horas

19)Você já teve reprovação?


( ) Sim - Qual (quais) série foi(foram) ____________________
( ) Não

20)Você costuma ler revistas?


( ) não
( ) sim Quais? ______________, ______________, ______________,
Quantas por mês? _____

21)Você costuma ler livros/gibis que não sejam da escola?


( ) não
( ) sim Quais? ______________, ______________, ______________,
Quantos por mês? _____

22)Você costuma ler jornais?


( ) não
( ) sim Quais? ______________, ______________, ______________,
Quantos por mês? _____

23)Quanto tempo você tem de intervalo (recreio) por dia? _______ minutos

24)Em relação ao lanche que você come no intervalo, responda:


( ) trago de casa - o que?________________
( ) compro na escola - o que? __________________
( ) não como nada
( ) outros _________________

25)Em média, quanto você gasta por dia na cantina? R$ _____,00

26)No horário do intervalo (recreio) o que você costuma fazer?


(escreva as 3 atividades mais frequente que faz)

___________________- _____________________- _________________

27)Sobre as aulas de Educação Física responda abaixo:

Sim Não
Eu sou obrigado a fazer as aulas de Educação Física
Eu não faria aula de Educação Física se não fosse obrigado
Eu gosto de fazer aulas de Educação Física
Eu acho que as aulas de Educação Física são importantes
Eu sou estimulado por meus pais para fazer as aulas de Educação Física
Eu sou estimulado pelos meus professores para fazer aula de Educação Física
Eu sou estimulado pelos meus colegas para fazer aulas de Educação Física
Eu estimulo meus amigos para fazer aulas de Educação Física
Eu sinto vontade de fazer as aulas de Educação Física
Eu me sinto bem depois de fazer as aulas de Educação Física
Eu geralmente falto nas aulas de Educação Física
Eu não gosto de fazer as aulas de Educação Física
Eu faria as aulas de Educação Física mesmo se não fossem obrigatórias
78

Eu acho que as aulas de Educação Física trazem benefícios para meu corpo
Gosto de praticar esportes individuais
Gosto de praticar esportes coletivos

28)Quantos minutos têm as suas aulas de Educação Física? ___________ minutos

29)Quantas vezes na semana? ___________

30)Quais atividades que mais realiza nas aulas de Educação Física (cite 3 atividades)
________________ ________________ ______________

2) RESPONDA SOBRE SEU TEMPO LIVRE

31) Na sua casa, seus pais colocam regras? (por exemplo, tempo para assistir TV, horas para
estudar e etc..)
( ) não
( ) sim qual regra? ____________________________________________________

32) Você tem restrição de tempo dos seus pais para ficar usando:
Computador: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas
Televisão: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas
Celular: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas
Tablet: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas

33)Você acessa a internet?


( ) não
( ) sim - de onde? ( ) celular ( ) tablet ( ) computador

34)Que horas você costuma deitar para dormir? ______


Que horas você acorda? ______
TOTAL: _______ horas dormidas por noite.
Quando você vai deitar para dormir, utiliza celular, computador, assiste TV?
( ) sim ( ) não
O que faz antes de dormir?______________________

35)Você tem no seu quarto?


TV ( ) sim ( ) não
Computador ( ) sim ( ) não
Tablet ( ) sim ( ) não

36)Marque no quadro abaixo o tempo que você geralmente gasta fazendo as atividades abaixo
(CONSIDERE UM DIA INTEIRO DURANTE A SEMANA DE 2ª A 6ª FEIRA)

EM CASA - DURANTE A SEMANA

Quanto tempo Quantas


SIM NÃO (minutos/dia) vezes
na semana
Assisto televisão?
Faço trabalho de escola no
Computador?
Uso o computador para pesquisar?
Uso o computador para acessar a internet?
Uso tablet para pesquisar?
Uso o tablet para acessar a internet?
Uso celular para telefonar?
Uso o celular para acessar a internet?
Jogo no computador ou videogame?
Estudo/faço lição de casa?
79

Ajudo nas atividades de casa como


lavar ou arrumar a louça ou limpar a
casa (varrer, aspirar)?
Leio livros, jornais, gibi, que não estão
relacionados a escola?
Fico sentado ouvindo música /
Descansando?
Durmo após o horário de aula?
FORA DE CASA – DURANTE A SEMANA
Quantas
Quanto tempo
SIM NÃO vezes
(minutos/dia)
na semana
Saio de casa para andar de bicicleta
ou patins?
Saio de casa para levar o cachorro
para passear?
Jogo ou faço esporte na área de lazer
do prédio / casa?
Jogo ou faço esportes com pessoas da minha
idade no clube, parque e etc?
Saio de casa para encontrar com os
amigos ?
Saio de casa para ir ao shopping?
Saio de casa para dançar?
Saio de casa para ir à aula de inglês ou curso
de língua?
Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE A SEMANA


ATIVIDADES
Quantas
SIM NÃO Quanto tempo vezes
(HORAS)
na semana
Saio de casa para ir à academia?
Saio de casa para ir à aula de yoga /
lutas?
Saio de casa para ir treinar algum
esporte do clube / escola?
(escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?


Você realiza caminhada por exercício?
Você realiza caminhada por lazer?
1a. Em quantos dias de uma semana normal,
você realiza atividades VIGOROSAS por pelo
Não preencher

Não preencher

Não preencher

menos 10 minutos contínuos, como por


exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar
futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar
basquete, fazer serviços domésticos pesados
em casa, no quintal ou no jardim, carregar
pesos elevados ou qualquer atividade que fará
você suar BASTANTE ou aumentem MUlTO
sua respiração ou batimentos do coração.
1b. Nos dias em que você faz essas atividades
preencher

preencher

preencher

vigorosas por pelo menos 10 minutos


Não

Não

Não

contínuos, quanta tempo no total você gasta


fazendo essas atividades por dia?
80

2a. Em quantos dias de uma semana normal,


você realiza atividades MODERADAS por pelo
menos 10 minutos contínuos, como por

Não preencher

Não preencher

Não preencher
exemplo: pedalar leve na bicicleta, nadar,
dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar
vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer
serviços domésticos na casa, no quintal ou no
jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim,
ou qualquer atividade que fa9a você suar leve
ou aumentem moderadamente sua respira9ao
ou batimentos do coração (POR FAVOR NAO
INCLUA CAMINHADA)
2b. Nos dias em que você faz essas atividades

preencher

preencher

preencher
moderadas por pelo menos 10 minutos

Não

Não

Não
contínuos quanta tempo no total você gasta
fazendo essas atividades por dia?

3a. Em quantos dias de uma semana normal

preencher
preencher

preencher
você caminha por pelo menos 10 minutos
contínuos em casa ou no trabalho, como forma
Não

Não

Não
de transporte para ir de um lugar para outro,
por lazer, por prazer ou como forma de
exercício?
3b. Nos dias em que você caminha por pelo
preencher

preencher

preencher
menos 10 minutos contínuos quanta tempo no
Não

Não

Não
total você gasta caminhando por dia?

4a. Estas ultimas perguntas são em relação ao


tempo que você gasta sentado ao todo no
Não preencher

Não preencher

Não preencher
trabalho, em casa, na escola ou faculdade e
durante tempo livre. Isto inclui o tempo que
você gasta sentado no escrit6rio ou estudando,
fazendo lição de casa,visitando amigos, lendo
e sentado ou deitado assistindo televisão.
Quanto tempo por dia você fica sentado em um
dia da semana?
preencher

preencher

preencher

4b. Quanto tempo por dia você fica sentado em


Não

Não

Não

um dia de final de semana?

37)Marque no quadro abaixo o tempo que você gasta fazendo as atividades abaixo
(CONSIDERE UM DIA INTEIRO DURANTE O FINAL DE SEMANA - SÁBADO E DOMINGO):

EM CASA – DURANTE O FINAL DE SEMANA


Quanto tempo Quantas
SIM NÃO (horas/dia) vezes
na semana
Assisto televisão?
Faço trabalho de escola no
Computador?
Uso o computador para pesquisar?
Uso o computador para acessar a internet?
Uso tablet para pesquisar?
Uso o tablet para acessar a internet?
Uso celular para telefonar?
Uso o celular para acessar a internet?
81

Jogo no computador ou videogame?


Estudo/faço lição de casa?
Ajudo nas atividades em casa como
lavar ou arrumar a louça ou limpar a
casa (varrer, aspirar)?
Fico sentado ouvindo música /
descansando?
Leio livros, jornais, gibi, que não estão
relacionados a escola?
Durmo a tarde?
FORA DE CASA - DURANTE FINAL DE SEMANA
Quantas
Quanto tempo
SIM NÃO vezes
(minutos/dia)
na semana
Saio de casa para andar de bicicleta
ou patins?
Saio de casa para levar o cachorro
para passear?
Jogo ou faço esporte na área de lazer
do prédio / casa?
Jogo ou faço esportes com pessoas da
minha idade?
Saio de casa para encontrar com os
amigos ?
Saio de casa para ir ao shopping?
Saio de casa para dançar?
Saio de casa para ir à aula de inglês ou
curso de língua?
Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE O FINAL DE SEMANA


Quanto tempo Quantas
SIM NÃO (minutos/dia) vezes
na semana
Saio de casa para ir à academia?
Saio de casa para ir à aula de yoga /
lutas?
Saio de casa para ir treinar algum
esporte do clube / escola?
(escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?


1b. Nos dias em que você faz essas
preencher

preencher

preencher

atividades vigorosas por pelo menos 10


Não

Não

Não

minutos contínuos, quanta tempo no total


você gasta fazendo essas atividades por
dia?
82

2a. Em quantos dias de uma semana


normal, você realiza atividades
MODERADAS por pelo menos 10 minutos
contínuos, como por exemplo: pedalar leve

Não preencher

Não preencher

Não preencher
na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica
aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar
pesos leves, fazer serviços domésticos na
casa, no quintal ou no jardim como varrer,
aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer
atividade que fa9a você suar leve ou
aumentem moderadamente sua respira9ao
ou batimentos do coração (POR FAVOR
NAO INCLUA CAMINHADA)
2b. Nos dias em que você faz essas

preencher

preencher

preencher
atividades moderadas por pelo menos 10

Não

Não

Não
minutos contínuos quanta tempo no total
você gasta fazendo essas atividades por
dia?
3a. Em quantos dias de uma semana normal

preencher
preencher

preencher
você caminha por pelo menos 10 minutos
contínuos em casa ou no trabalho, como
Não

Não

Não
forma de transporte para ir de um lugar para
outro, por lazer, por prazer ou como forma
de exercício?
3b. Nos dias em que você caminha por pelo
preencher

preencher

preencher
menos 10 minutos contínuos quanta tempo
Não

Não

Não
no total você gasta caminhando por dia?

4a. Estas ultimas perguntas são em relação


ao tempo que você gasta sentado ao todo
Não preencher

Não preencher

Não preencher
no trabalho, em casa, na escola ou
faculdade e durante tempo livre. Isto inclui o
tempo que você gasta sentado no escrit6rio
ou estudando, fazendo lição de
casa,visitando amigos, lendo e sentado ou
deitado assistindo televisão.
Quanto tempo por dia você fica sentado em
um dia da semana?
preencher

preencher

preencher

4b. Quanto tempo por dia você fica sentado


Não

Não

Não

em um dia de final de semana?

38) Em sua opinião, quanto que as afirmações abaixo impedem que você faça atividade física
ou exercício. Leia e marque uma coluna por frase:
Quase Algumas Quase
Nunca
Nunca Vezes sempre
Sentir preocupação com meu aspecto físico
Falta de interesse pelo exercício/esporte
Falta de auto-disciplina para fazer
exercício/esporte
Falta de tempo para fazer exercício/esporte
Falta de energia para fazer exercício/esporte
Sinto preguiça de fazer exercício/esporte
Falta de companhia de amigos para fazer
exercício/esporte
83

Falta de diversão fazendo exercício


Desânimo para fazer exercício/esporte
Falta de estímulo de amigos para fazer
exercício/esporte
Falta de estímulo dos pais para fazer
exercício/esporte
Medo de lesão
Falta de equipamento para fazer exercício/esporte
Falta de local apropriado para fazer
exercício/esporte
Falta de conhecimento de como se exercitar
Falta de boa saúde para fazer exercício/esporte
Queixa de dores
Presença de lesão ou incapacidade
Pouca segurança na vizinhança
Falta de parques próximos de casa
Falta de estímulo de parentes para fazer
exercício/esporte
Falta de planejamento das atividades
Eu necessito repousar e relaxar no tempo vago
Eu me sinto excluído pelos seus amigos na hora
de jogar
Eu me sinto excluído pelos seus irmãos na hora
de jogar

39) Pense nas frases abaixo e marque uma resposta para cada pergunta

Não Não Sim Quantas


faço vezes
na
semana
Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com meu
pai ou padastro
Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com minha mãe ou
madrasta

Eu pratico esporte ou exercícios com meu


pai ou padrasto/ mãe madrasta
Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não
Quantas horas você trabalha por dia: ________
Quantos anos completos você estudou: _______
De forma geral sua saúde esta:
( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( )Ruim ( ) Péssima

4) RESPONDA SOBRE SEUS HÁBITOS ALIMENTARES


40) Pense nas frases abaixo e marque uma resposta para cada pergunta:
Quantos dias na semana?
Quantas
O que Todos os dias
Sim Não porções
come? 1 2 3 4 5 6 ou 1 ou mais
por dia?
vezes por dia
Você come em fast food pelo
menos uma vez na semana?
Você come refeições fora de
casa pelo menos uma vez na
semana?
Você come doces ?
Você come frutas ?
Você come legumes?
84

Você come vegetais?


Você come frituras?
Você come carne vermelha?
Você come frango?
Você come peixe?
Você bebe quantos copos de
água por dia?
Você bebe refrigerante?
Você bebe sucos
industrializados?
Você bebe café?
Você come enquanto assiste TV?
Você come salgadinhos fritos?
Qual?_____________

5) RESPONDA SOBRE SUA SAÚDE


41)Marque se algum membro de sua família tem algum desse problemas de saúde ou se você
identifica algum destes hábitos:
Pai / Padastro Mãe / Madastra Irmãos

Sim Não Não Sim Não Não Sim Não Não


sei sei sei
Está acima do peso
Obesidade (muito acima
do peso)
Sedentarismo
Hipertensão (pressão
alta)
Diabetes (açúcar no
sangue)
Colesterol alto
Doenças do coração
AVC (acidente vascular
cerebral)
Realizou alguma cirurgia
Câncer
Fuma
Bebe álcool
Faz exercício
Faz caminhada porque
gosta
Faz caminhada por
recomendação medica
85

ANEXO 3: QUESTIONARIO DE ESTILO DE VIDA DOS PAIS

LEIA COM ATENÇÃO: A sua participação é muito importante nesta pesquisa. Contamos com a sua
colaboração para responder todas as perguntas, pois seu filho(a) também respondeu!.
Agradecemos sinceramente sua participação.
Caso tenha alguma duvida, favor entrar em contato por email antes do preenchimento:
robertarica@hotmail.com ou prof.ayltonfigueira@usjt.br

1) RESPONDA SOBRE VOCÊ

1)Iniciais do seu nome:_________________________________ Sexo ( ) F ( )M

2)Iniciais do nome do seu (sua) filho (a) ___________________ Sexo ( ) F ( )M

3)Ele(a) estuda no Colégio ARBOS unidade ( ) SBC ( ) SCS ( ) SA

4)Série que seu filho(a) estuda _________

5) Sua Idade _______

6) Sua profissão _________________

7)Nível de escolaridade do chefe de família:


( )Ensino Fundamental
( )Ensino Médio
( )Ensino Superior
( )Pós graduação
( )Mestrado
( )Doutorado

8)Nível de escolaridade do cônjuge:


( )Ensino Fundamental
( )Ensino Médio
( )Ensino Superior
( )Pós graduação
( )Mestrado
( )Doutorado

9) Em qual a cidade que você nasceu?_________________________

10)Em qual cidade que mora? _______________________

11) Você já morou em outras cidades?


Sim ( ) Quais e ano____________________________
Não ( )

12)Qual o seu peso corporal atual? ______ (kg)


12.1)Qual o peso que você já teve e julga ser o mais saudável? ___kg ____ (ano)

13)Qual o peso atual do seu cônjuge? ______ (kg)


13.1)Qual o peso que você seu cônjuge já teve e julga ser o mais saudável? ___kg ____ (ano)

14)Qual a sua altura _______ (m)

2) RESPONDA SOBRE SEU TRABALHO

15)Em geral, como você vai da sua casa para seu trabalho?(escolha apenas uma)
( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé
( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos

16)Em geral, como você volta do seu trabalho para a sua casa? (escolha apenas uma)
( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé
( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos
86

17) Em uma semana típica, quantas horas você trabalha por dia? _________ horas

18)Você considera que seu trabalho é fisicamente ativo? (exemplo: carregar peso, andando e etc..) (
) não ( ) sim o que faz? ___________________________

19)Quantas horas por dia você permanece sentado no seu trabalho (em reunião, computador, etc)
________ horas

3) RESPONDA SOBRE SEU TEMPO LIVRE


20) Quantas horas dorme por noite? ________ horas

21)Costuma realizar viagens de finais de semana?


( ) sim para onde? ____________
( ) não

22) Você frequenta algum parque em sua hora de lazer nos dias de final de semana?
( ) sim ( ) não
Se sim, que atividades realiza? ____________, _____________, ______________.
Quanto tempo fica no parque? ______ horas
Faz alguma atividade com seu filho (a) ( )não ( )sim qual? _________________
Como vai até o parque? _____________________________

23)Marque no quadro abaixo o tempo que você geralmente gasta fazendo as atividades abaixo
(CONSIDERE UM DIA INTEIRO DURANTE A SEMANA DE 2ª A 6ª FEIRA)
EM CASA - DURANTE A SEMANA
Quanto tempo Quantas
SIM NÃO (minutos/dia) vezes
na semana
Assisto televisão?
Uso o computador em casa para uso pessoal?
Uso o computador em casa para trabalhar?
Uso o tablet em casa para acessar a internet?
Uso o celular em casa para acessar a internet?
Fico nas redes sociais?
Jogo no computador ou videogame?
Ajudo nas atividades de casa como lavar ou
arrumar a louça ou limpar a casa? (varrer,
aspirar)
Fico sentado ouvindo música/ descansando?
FORA DE CASA – DURANTE A SEMANA
ATIVIDADES Quantas
SIM NÃO Quanto tempo vezes
(minutos/dia) na semana
Saio de casa para levar o cachorro
para passear?
Saio de casa para encontrar com os
amigos para beber ou comer?
Saio de casa para ir ao shopping?
Saio de casa para ir à aula de inglês ou curso de
língua?
Saio de casa para me divertir?
Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE A SEMANA


ATIVIDADES
Quantas
Quanto tempo
SIM NÃO vezes
(HORAS)
na semana
Saio de casa para ir à academia?
Saio de casa para ir à aula de yoga /
lutas?
Saio de casa para ir treinar algum
esporte do clube / escola?
87

(escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?


Você realiza caminhada por exercício?
Você realiza caminhada por lazer?
1a. Em quantos dias de uma semana normal,
você realiza atividades VIGOROSAS por pelo

Não preencher

Não preencher

Não preencher
menos 10 minutos contínuos, como por exemplo
correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol,
pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer
serviços domésticos pesados em casa, no quintal
ou no jardim, carregar pesos elevados ou
qualquer atividade que fará você suar
BASTANTE ou aumentem MUlTO sua respiração
ou batimentos do coração.
1b. Nos dias em que você faz essas atividades

preencher

preencher

preencher
vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos,

Não

Não

Não
quanta tempo no total você gasta fazendo essas
atividades por dia?

2a. Em quantos dias de uma semana normal,


você realiza atividades MODERADAS por pelo
menos 10 minutos contínuos, como por exemplo:
Não preencher

Não preencher

Não preencher
pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer
ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo,
carregar pesos leves, fazer serviços domésticos
na casa, no quintal ou no jardim como varrer,
aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade
que fa9a você suar leve ou aumentem
moderadamente sua respira9ao ou batimentos do
coração (POR FAVOR NAO INCLUA
CAMINHADA)
2b. Nos dias em que você faz essas atividades
preencher

preencher

preencher
moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos
Não

Não

Não
quanta tempo no total você gasta fazendo essas
atividades por dia?

3a. Em quantos dias de uma semana normal


preencher

preencher

preencher

você caminha por pelo menos 10 minutos


Não

Não

Não

contínuos em casa ou no trabalho, como forma


de transporte para ir de um lugar para outro, por
lazer, por prazer ou como forma de exercício?
3b. Nos dias em que você caminha por pelo
preencher

preencher

preencher

menos 10 minutos contínuos quanta tempo no


Não

Não

Não

total você gasta caminhando por dia?

4a. Estas ultimas perguntas são em relação ao


tempo que você gasta sentado ao todo no
Não preencher

Não preencher

Não preencher

trabalho, em casa, na escola ou faculdade e


durante tempo livre. Isto inclui o tempo que você
gasta sentado no escrit6rio ou estudando,
fazendo lição de casa,visitando amigos, lendo e
sentado ou deitado assistindo televisão.
Quanto tempo por dia você fica sentado em um
dia da semana?
88

preencher

preencher

preencher
4b. Quanto tempo por dia você fica sentado em

Não

Não

Não
um dia de final de semana?

24)Marque no quadro abaixo o tempo que você gasta fazendo as atividades abaixo (CONSIDERE
UM DIA INTEIRO DURANTE O FINAL DE SEMANA - SÁBADO E DOMINGO):

EM CASA - DURANTE O FINAL DE SEMANA


ATIVIDADES
Quantas
Quanto tempo
SIM NÃO vezes
(minutos/dia)
na semana
Assisto televisão?
Uso o computador em casa para uso pessoal?
Uso o computador em casa para uso trabalho?
Uso o tablet em casa para acessar a internet?
Uso o celular em casa para acessar a internet?
Fico nas redes sociais?
Jogo no computador ou videogame?
Ajudo nas atividades em casa como lavar ou
arrumar a louça ou limpar a casa? (varrer,
aspirar)
Fico sentado ouvindo música/descansando?
FORA DE CASA – DURANTE O FINAL DE SEMANA
ATIVIDADES Quantas
SIM NÃO Quanto tempo vezes
(minutos/dia) na semana
Saio de casa para levar o cachorro
para passear?
Jogo ou faço esportes com pessoas da minha
idade no clube, parque e etc?
Saio de casa para encontrar com os
amigos para beber ou comer?
Saio de casa para ir ao shopping?
Saio de casa para ir à aula de inglês ou curso de
língua?
Saio de casa para me divertir?
Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE O FINAL DE SEMANA


ATIVIDADES
Quantas
Quanto tempo
SIM NÃO vezes
(HORAS)
na semana
Saio de casa para ir à academia?
Saio de casa para ir à aula de yoga /
lutas?
Saio de casa para ir treinar algum
esporte do clube / escola?
(escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?


Você realiza caminhada por exercício?
Você realiza caminhada por lazer?
89

1a. Em quantos dias de uma semana normal,


você realiza atividades VIGOROSAS por pelo

Não preencher

Não preencher

Não preencher
menos 10 minutos contínuos, como por exemplo
correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol,
pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer
serviços domésticos pesados em casa, no quintal
ou no jardim, carregar pesos elevados ou
qualquer atividade que fará você suar
BASTANTE ou aumentem MUlTO sua respiração
ou batimentos do coração.
1b. Nos dias em que você faz essas atividades

preencher

preencher

preencher
vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos,

Não

Não

Não
quanta tempo no total você gasta fazendo essas
atividades por dia?

2a. Em quantos dias de uma semana normal,


você realiza atividades MODERADAS por pelo
menos 10 minutos contínuos, como por exemplo:

Não preencher
Não preencher

Não preencher
pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer
ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo,
carregar pesos leves, fazer serviços domésticos
na casa, no quintal ou no jardim como varrer,
aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade
que fa9a você suar leve ou aumentem
moderadamente sua respira9ao ou batimentos do
coração (POR FAVOR NAO INCLUA
CAMINHADA)
2b. Nos dias em que você faz essas atividades
preencher

preencher

preencher
moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos
Não

Não

Não
quanta tempo no total você gasta fazendo essas
atividades por dia?

3a. Em quantos dias de uma semana normal


preencher

preencher

preencher

você caminha por pelo menos 10 minutos


Não

Não

Não

contínuos em casa ou no trabalho, como forma


de transporte para ir de um lugar para outro, por
lazer, por prazer ou como forma de exercício?
3b. Nos dias em que você caminha por pelo
preencher

preencher

preencher
menos 10 minutos contínuos quanta tempo no
Não

Não

Não

total você gasta caminhando por dia?

4a. Estas ultimas perguntas são em relação ao


tempo que você gasta sentado ao todo no
Não preencher

Não preencher

Não preencher

trabalho, em casa, na escola ou faculdade e


durante tempo livre. Isto inclui o tempo que você
gasta sentado no escrit6rio ou estudando,
fazendo lição de casa,visitando amigos, lendo e
sentado ou deitado assistindo televisão.
Quanto tempo por dia você fica sentado em um
dia da semana?
preencher

preencher

preencher

4b. Quanto tempo por dia você fica sentado em


Não

Não

Não

um dia de final de semana?

Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não


Quantas horas você trabalha por dia: ________
Quantos anos completos você estudou: _______
De forma geral sua saúde esta:
90

( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( )Ruim ( ) Péssima

4) RESPONDA SOBRE SEUS HÁBITOS ALIMENTARES


25) Pense nas frases abaixo e marque uma resposta para cada pergunta:
Quantos dias na semana?
Quantas
O que Todos os dias
Sim Não porções por
come? 1 2 3 4 5 6 ou 1 ou mais
dia?
vezes por dia
Você come em fast food pelo
menos uma vez na semana?
Você come refeições fora de casa
pelo menos uma vez na semana?

Você come doces ?


Você come frutas ?
Você come legumes?
Você come vegetais?
Você come frituras?
Você come carne vermelha?
Você come frango?
Você come peixe?
Você bebe quantos copos de água
por dia?
Você bebe refrigerante?
Você bebe sucos industrializados?
Você bebe café?
Você come enquanto assiste TV?
Você come salgadinhos fritos?
Qual?_____________

26) Você Fuma? ( ) N ( ) S (marque a resposta mais apropriada para o seu caso)

27) Se algum dia fumou marque abaixo: ( se nunca fumou, PULE PARA A QUESTÃO N°29)
( ) Nunca Fumei
( ) Parei há menos de 6 meses
( ) Parei há menos de 1 ano
( ) Parei há menos de 2 anos
( ) Parei há mais de 2 anos

28) Há quanto tempo fuma ou fumou ? ____________


Quantos cigarros por dia você fuma ou fumou?
( ) Menos de 5 cigarros/dia
( ) Menos de 10 cigarros/dia
( ) De 10 a 20 cigarros /dia
( ) De 20 de 30 cigarros/dia
( ) Mais de 30 cigarros/dia

29) Você costuma ingerir qual tipo de bebida alcoólica abaixo:


Tipo de Durante a Durante o final
Copos Copos
bebida Não bebo semana de semana
(doses) (doses)
Cerveja
Cachaça
Vinho
Vodka
Whisky
Tequila
Outras
________
91

________

4) RESPONDA SOBRE SUA CASA


30) Em relação a sua moradia atual marque a que melhor representa onde você mora hoje:
( ) casa com quintal
( ) casa sem quintal
( ) apartamento com área de lazer esportivo
( ) apartamento sem área de lazer esportivo
( ) sítio, chácara ou fazenda

31) Quantos quartos tem?_______ Quantos banheiros? ______

32) Você acha sua casa/apartamento:


( ) grande ( ) média (o) ( ) pequena(o)

33) No último ano você morou em:


( ) casa com quintal
( ) casa sem quintal
( ) apartamento com área de lazer esportivo
( ) apartamento sem área de lazer esportivo
( ) sítio, chácara ou fazenda

34)Quantos metros tem sua casa/apartamento? ____________ metros

35)Quantos aparelhos eletrônicos que se conectam a internet tem na sua casa?(incluir celular,
tablet, computador, TV..) _____

36)Quantas aparelhos eletrônicos tem na sua casa?


Computador _____
Celular _________
Tablet__________
TV_____________

37)Há algum parque perto da sua casa? (considere perto 10 min de caminhada)
( ) sim ( ) não ( ) não sei

38)Quanto tempo leva para chegar nele a pé? ________ minutos.

39)Quantas pessoas moram na sua casa? ______ pessoas


______ crianças
______ adultos
______ idosos

40) quantas pessoas que moram na sua casa tem emprego remunerado?
______ pessoas

41)Qual é a renda media mensal da sua família?


( )R$0- R$1000,00
( )R$1.001- R$3000,00
( )R$3.001- R$5000,00
( )R$5.001- R$7.000,00
( )R$7.001- R$10.000,00
( )R$10.001- R$15.000,00
( )R$15.001- R$20.000,00
( ) acima de R$20.001,00

42)A família possui empregados com salário mensal? ( )nenhum ( )1 ( )2 ou mais

43)Quantos automóveis (exceto os utilizados para fretes ou outras atividades profissionais) sua
família possui? ( )nenhum ( )1 ( )2 ( )3 ou mais

44)Qual o ano de fabricação de seus carros?


92

Carro1:____ ano: ______ Moto1:____ ano: ______

Carro2:____ ano: ______ Moto 2:____ ano: ______

Carro 3:____ ano: _____ Moto 3:____ ano: _____

Outros:_____________________

5) RESPONDA SOBRE SUA SAÚDE


45) Você tem algum destes problemas de saúde?

Você Cônjuge

Sim Não Não sei Sim Não Não sei

Estou acima do peso


Obesidade (muito acima do peso)
Sedentarismo
Hipertensão (pressão alta)
Diabetes (açúcar no sangue)
Colesterol alto
Doenças do coração

46)Você considera sua saúde: ( )muito boa ( ) boa ( ) pode melhorar ( )ruim

47) Você considera a saúde do seu cônjuge:( )muito boa ( )boa ( )pode melhorar ( )ruim

48) Quando foi o ultimo checkup que realizou? Ano: _______

49) Você sabe o nível de:

Nível Seu O valor O valor cônjuge O valor O valor


esta acima esta normal esta acima esta normal
do normal do normal
Colesterol
Triglicérides
Glicose
50)Quantas horas dorme por dia? _____ horas

51)Você, se comparando com seus amigos (da mesma idade que você), é: (marque uma resposta
só)
( ) fisicamente MAIS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as)
( ) fisicamente MENOS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as)
( ) fisicamente TÃO ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as)

52) Você, se comparando com seus amigos (da mesma idade que você), está : (marque uma
resposta só)
( ) em MELHOR forma que seus amigos (as)
( ) em PIOR forma que seus amigos (as)
( ) TÃO em forma que seus amigos (as)

53) Você, se comparando com seus amigos (da mesma idade que você), está : (marque uma
resposta só)
( ) com a saúde MELHOR que a de seus amigos (as)
( ) com a saúde PIOR que a de seus amigos (as)
( ) com a MESMA saúde que seus amigos (as)
93

ANEXO 4: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO –


ADOLESCENTES

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO ADOLESCENTE


Eu______________________________________________________,RG__________
________________, apresento que fui contatado pelos pesquisadores Prof.Dr. Aylton Figueira
Junior e Profa. Roberta Luksevicius Rica, quem me elucidou os objetivos da pesquisa intitulada
“Relação entre nível de atividade física e adiposidade entre pais e filhos residentes em
região metropolitana da Cidade de São Paulo”. Fui esclarecido que o desenvolvimento da
pesquisa foi autorizado pela Direção do Colégio ARBOS. Fui selecionado por estar dentro das
características e faixa etária correspondente a pesquisa. A pesquisa determinará o meu nível
de atividade física através da aplicação de questionários. Os questionários serão com
perguntas abertas sobre o tempo diário e frequência semanal que eu me exercito e me
movimento, como forma de locomoção e transporte. Perguntas referentes ao meu habito
alimentar serão apresentadas, que através das respostas identificarão os hábitos de consumo
de alimentos, consumo semanal e diário de 7 classes de alimentos, tanto sozinho, como no
âmbito familiar. Para a avaliação do nível socioecomico, será apresentado um questionário
onde há questões sobre acúmulos de bens, moradia, quantidade de empregados e
escolaridade do chefe da família. Para determinar meu estilo de vida será apresentado 25
questões divididos em nove domínios. Realizarei uma avaliação antropométrica (peso e altura)
bem como testes de aptidão física (flexão de braço e tronco por 60 segundos e teste de
COOPER, percorrendo a maior distancia possível em 12 minutos). Assim, apresento que fui
esclarecido pelo pesquisador poderei interromper minha participação em qualquer etapa da
pesquisa, não havendo ônus ou penalidade se o fizer. Estou ciente que ao participar poderei
apresentar algum desconforto mínimo, pois responderei perguntas que se relacionam ao meu
estilo de vida. Porem ao concluir, saberei como os meus hábitos de vida se associam com a
minha saúde e com o meu comportamento, sendo esse fato, de grande beneficio na melhora e
conhecimento de nossa saúde. Os pesquisadores apresentaram que antes de iniciar a
avaliação, explicarão todos os procedimentos que serei submetido, momentos que de livre
escolha poderei concordar em continuar ou não a minha participação. Fui esclarecido que os
riscos de minha participação são mínimos, pois todos os instrumentos utilizados são
padronizados para aplicação de acordo com cada faixa etária. Ainda fui esclarecido que em
nenhum momento haverá divulgação nominal dos resultados, sendo esses utilizados para fins
científicos, como apresentação em congressos e publicação em revistas. Todos os dados
ficarão armazenados no Laboratório do Movimento Humano na Universidade São Judas
Tadeu, cito a Rua Taquari, 546, Móoca e caso tenha algum questionamento poderei contatar o
Comitê de Ética em Pesquisa São Paulo/SP CEP: 01366-000 (2799-1999 ramal 1665).
Portanto, por estar de acordo em participar assino duas vias com o pesquisador responsável,
com igual teor, ficando uma via em meu poder. São Paulo, ____/_____/2013.

____________________ ________________________

Assinatura do Participante Prof.Dr. Aylton Figueira Junior

__________________________

Profa. Roberta Luksevicius Rica


94

ANEXO 5: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - PAIS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DOS PAIS

Eu______________________________________________________,RG__________________________,
apresento que fui contatado pelos pesquisadores Prof.Dr. Aylton Figueira Junior e Profa.
Roberta Luksevicius Rica, que me elucidou os objetivos da pesquisa intitulada “Relação
entre nível de atividade física e adiposidade entre pais e filhos residentes em região
metropolitana da Cidade de São Paulo”. Fui esclarecido que o desenvolvimento da
pesquisa foi autorizado pela Direção do COLÉGIO ARBOS e que eu participarei porque meu
(minha) filho (a) foi selecionado para participar da pesquisa supra intitulada. A pesquisa
determinará o meu nível de atividade física através da aplicação de questionários. Os
questionários serão com perguntas abertas sobre o tempo diário e frequência semanal que
eu me exercito e me movimento como forma de locomoção e transporte. Perguntas
referentes ao meu habito alimentar serão apresentadas, que identificarão os hábitos de
consumo de alimentos, consumo semanal e diário de 7 classes de alimentos, tanto sozinho,
como no âmbito familiar. Para a avaliação do nível socioecomico, será apresentado um
questionário onde há questões sobre acúmulos de bens, moradia, quantidade de
empregados e escolaridade do chefe da família. Para determinar meu estilo de vida serão
apresentadas 25 questões divididos em nove domínios. Assim, apresento que fui
esclarecido pelo pesquisador poderei interromper minha participação em qualquer etapa
da pesquisa, não havendo ônus ou penalidade se o fizer. Estou ciente que ao participar
poderei apresentar algum desconforto mínimo, pois responderei perguntas que se
relacionam ao meu estilo de vida. Porém ao concluir, saberei como os meus hábitos se
associam com a minha saúde e com o comportamento de meu (minha) filho(a), sendo esse
fato de grande beneficio na melhora e conhecimento de nossa saúde. Os pesquisadores
apresentaram que antes de iniciar a avaliação, explicarão todos os procedimentos que
serei submetido, momentos que de livre escolha poderei concordar em continuar ou não a
minha participação. Fui esclarecido que os riscos de minha participação são mínimos, pois
todos os instrumentos utilizados são padronizados para aplicação. Ainda fui esclarecido
que em nenhum momento haverá divulgação nominal dos resultados, sendo esses
utilizados para fins científicos, como apresentação em congressos e publicação em
revistas. Todos os dados ficarão armazenados no Laboratório do Movimento Humano na
Universidade São Judas Tadeu, cito a Rua Taquari, 546, Móoca e caso tenha algum
questionamento poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa São Paulo/SP CEP:
01366-000 (2799-1999 ramal 1665). Portanto, por estar de acordo em participar assino
duas vias com o pesquisador responsável, com igual teor, ficando uma via em meu poder.
São Paulo, ____/_____/2013

___________________________________ _______________________________________

Assinatura do Participante Prof.Dr. Aylton Figueira Junior


95

ANEXO 6: TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA PARTICIPAÇÃO DO ADOLESCENTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

AUTORIZAÇÃO DO PAI DO ADOLESCENTE

Eu______________________________________________________,RG__________________________,
apresento que fui contatado pelos pesquisadores Prof.Dr. Aylton Figueira Junior e Profa.
Roberta Luksevicius Rica quem me elucidou os objetivos da pesquisa intitulada “Relação
entre nível de atividade física e adiposidade entre pais e filhos residentes em região
metropolitana da Cidade de São Paulo”. Fui esclarecido que o desenvolvimento da
pesquisa foi autorizado pela Direção do Colégio ARBOS e que meu (minha) filho (a) foi
selecionado para participar da pesquisa supra intitulada. A pesquisa determinará o nível
de atividade física de meu (minha) filho (a), através da aplicação de questionários. Os
questionários serão com perguntas abertas sobre o tempo diário e frequência semanal que
eu me exercito e me movimento como forma de locomoção e transporte. Perguntas
referentes ao habito alimentar serão apresentadas, que identificarão os hábitos de
consumo de alimentos, consumo semanal e diário de 7 classes de alimentos, tanto sozinho,
como no âmbito familiar. Para a avaliação do nível socioecomico, será apresentado um
questionário onde há questões sobre acúmulos de bens, moradia, quantidade de
empregados e escolaridade do chefe da família. Para determinar o estilo de vida de meu
(minha) filho (a) será apresentado 25 questões divididos em nove domínios. Meu (minha)
filho (a) irá realizar uma avaliação antropométrica (peso e altura) bem como testes de
aptidão física (flexão de braço e tronco por 60 segundos e teste de COOPER, percorrendo a
maior distancia possível em 12 minutos). Assim, apresento que será esclarecido pelo
pesquisador e onde meu (minha) filho (a) poderá interromper a participação em qualquer
etapa da pesquisa, não havendo ônus ou penalidade se o fizer. Estou ciente que ao
participar meu (minha) filho (a) poderá apresentar algum desconforto mínimo, pois
responderá perguntas que se relacionam ao seu estilo de vida. Porém ao concluir, saberei
como os hábitos do meu (minha) filho(a) se associam com a saúde e com o
comportamento dele (a), sendo esse fato, de grande beneficio na melhora e conhecimento
de nossa saúde. Ainda fui esclarecido que em nenhum momento haverá divulgação
nominal dos resultados, sendo esses utilizados para fins científicos, como apresentação em
congressos e publicação em revistas. Todos os dados ficarão armazenados no Laboratório
do Movimento Humano na Universidade São Judas Tadeu, cito a Rua Taquari, 546, Móoca e
caso tenha algum questionamento poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa São
Paulo/SP CEP: 01366-000 (2799-1999 ramal 1665). Portanto, por estar de acordo em
participar assino duas vias com o pesquisador responsável, com igual teor, ficando uma
via em meu poder.

São Paulo, ____/_____/2013.

_____________________________________ _______________________________________

Assinatura do Participante Prof.Dr. Aylton Figueira Junior

_____________________________________

Profa. Roberta Luksevicius Rica


96

ANEXO 7: APROVAÇÃO NO COMITÊ DE ÉTICA


97
98

ANEXO 8: CARTA DE AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DO ESTUDO

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