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INFORMAÇÕES PESSOAIS
Autorizo que o presente artigo científico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu
da FCV – Faculdade Cidade Verde, como requisito parcial para obtenção do certificado de
Especialista em Pedagogia do Esporte e aprovado pelos professores responsáveis pela
orientação e sua aprovação, seja utilizado para pesquisas acadêmicas de outros participantes
deste ou de outros cursos, afim de aprimorar o ambiente acadêmico e a discussão entorno das
temáticas aqui propostas.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Como é sabido, as discussões a respeito do jogo e seu valor pedagógico no
âmbito da Educação Física Escolar vem sendo debatido há tempos. Basta analisar documentos
como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN – Brasil, 1998) e outros documentos
orientadores das redes estaduais e municipais do país que debatem sobre o jogo como um
instrumento pedagógico e enaltecem seu valor educativo para o desenvolvimento motor,
cognitivo e social da criança ou do adolescente. No entanto, tais diretrizes não evidenciam
como isso pode ser feito, de um modo que transponha a simples prática com o jogo, ou seja,
que envolva um processo de investigação, resolução de problemas, raciocínio lógico-
matemático, raciocínio abdutivo, intervenções pedagógicas por parte do docente, entre outras
habilidades e competências.
próprio e em seguida, o coloca em prática contra seu adversário, embora às vezes, suas
decisões sejam aleatórias.
Com isso, a partir das pesquisas de Grando (2000), Moura (1992) e Grillo
(2009), pode-se definir, então, o “jogo como um problema dinâmico”. Sendo assim, o jogo
propícia aos alunos resolver problemas, investigar, conjecturar e criar estratégias. Analisando
e refletindo acerca do jogo e de seus elementos, bem como de suas possibilidades, desde que,
trabalhado pedagogicamente na perspectiva da Resolução de Problemas.
“problema que ‘dispara’ para a construção do conceito, mas que transcende a isso,
na medida em que desencadeia esse processo de forma lúdica, dinâmica, desafiadora
e, portanto, mais motivante ao aluno. Ambos, o jogo e a resolução de problemas, se
apresentam impregnados de conteúdo em ação e que, psicologicamente, envolvem o
pensar, o estruturar-se cognitivamente a partir do conflito gerado pela situação-
problema (p. 3)”.
torna-se popular pela Europa passando a ser praticado em locais como os cafés e lugares com
grande concentração de pessoas, que jogavam para se distraírem e também na intenção de
apostar (SHENK, 2007). O jogo de tabuleiro xadrez passa a ser praticado em locais bastante
frequentados como exemplo o café de la Régence localizado em Paris (CASTRO, 1994). O
xadrez era praticado por homens viajantes que viveram na época dos descobrimentos, tudo
indica que um desses viajantes conhecido por descobrir o Brasil no caso Pedro Álvares Cabral
era um exímio apreciador e praticante do xadrez europeu e que tanto ele como outros
navegantes daqueles tempos trouxeram o xadrez para terras americanas (KLEIN, 2003).
O xadrez com sua presença nas aulas de Educação Física por meio de situações
criadas pelo professor se apresenta como um estimulador de alguns elementos cognitivos,
através da sua prática o jogo xadrez exige do aluno concentração e raciocínio lógico
contribuindo para o desenvolvimento de ambos (PEREIRA et alli, 2013). Por possibilitar
desenvolvimento de múltiplas capacidades de grande importância para aqueles que o praticam
o xadrez é avaliado como um instrumento que auxilia na educação (PUJOL et alli, 2015). Ao
ser introduzido na sala de aula, pode auxiliar no desenvolvimento da autoconfiança e no
desenvolvimento cognitivo, isto ocorre porque os alunos têm a oportunidade de conhecer e
praticar o jogo de xadrez, e acontecendo isto os estudantes avançam gradativamente em suas
habilidades melhorando suas estratégias e raciocínios (ANGÉLICO et alli, 2010). Ao
perceber que são capazes de exercer uma atividade desta natureza os alunos podem de modo
paralelo progredir em outras disciplinas escolares (idem, 2010).
Indica-se que na Educação Física escolar o jogo xadrez seja trabalhado por
meio de atividades pré-enxadrísticas, exercícios para preparação e jogos enxadrísticos, em
seguida é interessante adentrar no conteúdo teórico do jogo, deste modo é possível despertar o
interesse do aluno (TEIXEIRA et alli, 2014), caracterizando esse jogo como interessante
recurso educativo a mais para o professor, que pode ser trabalhado, sem preconceitos, para
ambos os sexos e diferentes idades (SPIES et alli 2011).
O jogo xadrez pode ser empregado pelo professor de Educação Física em três
situações: jogo, brincadeira e esporte sendo estudado e difundido através da cultura corporal
FACULDADE CIDADE VERDE – FCV
INSTITUO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO - IBF
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO PEDAGOGIA DO ESPORTE
MODALIDADE A DISTÂNCIA - EAD
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não necessitando que o professor possua conhecimentos aprofundados sobre o jogo basta
apenas vê-lo de forma educativa (RODRIGUES, 2010). Visto pelos professores de Educação
Física como flexível e intelectual, o xadrez pode ser aplicado em momentos de ensino e de
prática, ocorrendo assim o estímulo e a interação entre alunos (NETTO, 2009).
dos estudantes (SANTOS et alli, 2015). Nesse sentido, além da saúde física, torna-se
interessante também se preocupar com a saúde mental nas aulas de Educação Física escolar.
Dentre as variáveis cognitivas, alguns estudos têm demonstrado que a prática regular do
xadrez apresenta benefícios na memória, concentração e raciocínio lógico (PASSOS et alli,
2014; BORGES et alli, 2015).
o que está sendo dito e entender uma explicação ou orientação de uma atividade proposta em
sala de aula, desta forma os alunos conseguem refletir, pensar e assimilar o que está sendo
tratado, obtendo assim fortalecimento do seu conhecimento (BARBOSA et alli, 2011).
Observa-se que enquanto tratado como prática que instiga a mente o jogo
xadrez contribui para a melhoria da memória. Ao ser implantado na escola, o jogo xadrez
como ferramenta educacional colabora, de forma benéfica para o fortalecimento da mente dos
estudantes, a relação entre o jogo xadrez e aluno acontece quando o professor tem a iniciativa
de inserir o xadrez na instituição escolar.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. BIBLIOGRAFIA
ANGÉLICO, L. P., PORFÍRIO, L. C. “O jogo de xadrez modifica a escola: Por que se deve
aprender xadrez e tê-lo como eixo integrador no currículo escolar?”. In Diálogos Acadêmicos,
v.1, n. 1, p. 1-18, out./jan., 2010.
BORGES, L. S., LARA, L. M. “Saúde mental: Os benefícios do xadrez nas aulas de educação
física”. In Revista Saúde, Ponta Grossa, p. 1, mai., 2015.
EADE, J. Xadrez para leigos. 2° Edição. Rio de Janeiro: Alta Books, 2010.
HUIZINGA, J. Homo Ludens - o jogo como elemento da cultura. 5. ed. São Paulo
Perspectiva, 2008.
PEREIRA, P.S., LÔBO, W. S., SANTOS, S. S. Xadrez uma prática lúdica e suas
contribuições para o ensino da matemática. Sbem.web, Curitiba, jul. 2013. Disponível em:
<http://sbem.web1471.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/2769_1254_ID.pdf>. Acesso em: 27
abr. 2019.
SHENK, D. O jogo Imortal: O que o xadrez nos revela sobre a guerra, a arte, a ciência e o
cérebro humano. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
SILVA, C. F., LIRA, M. H. C. O Jogo de xadrez como recurso didático-pedagógico nas aulas
de educação física escolar. In: XI JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO –
JEPEX 2011 – UFRPE. 1-2., 2011, Recife.
SPIES, I., CITTON, G. “Prática do xadrez para alunos do segundo ano do ensino fundamental
de uma escola pública: Uma experiência positiva”. In FIEP BULLETIN, Caxias do Sul, v. 81,
p. 1-5, 2011.