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DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Carolina Elis Bertê

Xadrez: Um estudo sobre os seus benefícios para o desenvolvimento cognitivo

Santa Rosa – RS
2017
1
Xadrez: Um estudo sobre os seu benefícios para o desenvolvimento cognitivo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na


UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL – Unijuí, como requisito básico
para a conclusão do Curso de Educação Física
Licenciatura.

Orientador (a): Ms. Cléia Inês Rigon Dorneles

Santa Rosa – RS
2017

2
Vejo que viajas constantemente. Quando estiveres só quando te sentires
um estrangeiro no mundo, joga xadrez. Este jogo erguerá teu espírito e será
teu conselheiro na guerra. (Aristóteles, em uma carta para seu discípulo
Alexandre Magno).

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RESUMO
Este estudo é um trabalho para conclusão de curso de educação física licença em
Licenciatura pela Unijuí - campus Santa Rosa – RS, da acadêmica Carolina Elis
Bertê. O estudo se trata de um pesquisa descritiva em relação ao desenvolvimento
cognitivo de alunos dos anos iniciais do ensino Fundamental, através da pratica do
jogo xadrez, uma análise a respeito dele, no ambiente escola, buscando destacar se
há um desenvolvimento significativo no cognitivo de quem se torna praticante, e
através dos resultados manifestar ou não, justificativas plausíveis para sua
implementação no ambiente escolar. Esta pesquisa verificou aspectos do cognitivo
tais como: paciência, raciocínio lógico, concentração de alunos da escola Paul Harris
da cidade de Santa Rosa – RS, participantes do projeto de xadrez que é
desenvolvido pela professora Mônica, onde os resultados obtidos mostram os
benefícios do porque se inserir o xadrez nas aulas de educação física.
Palavras- chave: xadrez escolar, pesquisa, desenvolvimento cognitivo.

ABSTRACT
This study is a work for completion of undergraduate physical education degree in
Unijuí - campus Santa Rosa - RS, the academic Carolina Elis Bertê. The study is a
descriptive research in relation to the cognitive development of students from the first
years of elementary school through the practice of the game chess, an analysis
about him in the school environment, seeking to highlight if there is a significant
development in the cognitive of whom becomes practitioner, and through the results
manifest or not, plausible justifications for its implementation in the school
environment. This research verified cognitive aspects such as: patience, logical
reasoning, concentration of students of the Paul Harris School of the city of Santa
Rosa - RS, participants in the chess project that is developed by Mônica, where the
results obtained show the benefits of why if you insert chess in physical education
classes.
Key words: school chess, research, cognitive development.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 7

OBJETIVO.................................................................................................................................. 9

Objetivo geral ........................................................................................................................ 9

Objetivo específico ............................................................................................................... 9

CAPITULO 1 ............................................................................................................................ 10

REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................... 10

O xadrez enquanto jogo ..................................................................................................... 10

Há quem pertence o ensino do xadrez? .......................................................................... 12

A implementação do xadrez nas aulas de educação física........................................... 14

Formas de ensinar o xadrez nas aulas de educação física........................................... 16

XXXI Olimpíada das escolas municipais ......................................................................... 17

CAPITULO 2 ............................................................................................................................ 19

METODOLOGIA ...................................................................................................................... 19

Tipo de pesquisa................................................................................................................. 19

População e amostra.......................................................................................................... 19

Instrumento das coletas de dados ................................................................................... 19

Desenvolvimento dos procedimentos metodológicos da pesquisa ............................ 19

Ética da pesquisa................................................................................................................ 20

Análise dos dados .............................................................................................................. 20

CAPITULO 3 ............................................................................................................................ 21

RESULTADOS OBTIDOS ....................................................................................................... 21

Entrevista com a professora do projeto de xadrez ........................................................ 21

Questionário aplicado aos alunos .................................................................................... 22

Observações feitas pela pesquisadora............................................................................ 28

PONTOS ANALISADOS DAS OLIMPÍADAS MUNICIPAIS NA MODALIDADE XADREZ .. 29

CONCLUSÃO........................................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 32

ANEXOS ................................................................................................................................... 34

5
Anexo 1 ................................................................................................................................ 35

Anexo 2 ................................................................................................................................ 37

Anexo 3 ................................................................................................................................ 38

Anexo 4 ................................................................................................................................ 41

APÊNDICES ............................................................................................................................. 45

Apêndice 1............................................................................................................................... 46

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INTRODUÇÃO

O xadrez é um jogo de tabuleiro que tem um valor histórico imensurável, um


dos jogos de mesa mais antigos, além de ser um bom passatempo ele também é
considerado esporte, jogo, e pode ser utilizado como ferramenta no ensino
aprendizagem. Estudiosos como Sá (2007) e Rezende (2002; 2007) acreditam que a
inclusão do xadrez como ferramenta possibilita alargar as capacidades intelectuais
de seus praticantes, como autocontrole, paciência, confiança, noção de espaço e
tempo, ele também estimula as capacidades intelectuais, valores éticos e morais de
quem é adepto.

O xadrez não deviria aparecer somente como solução para as aulas de


educação física em dias de chuva (em algumas escolas onde a quadra fica
interditada em dias chuvosos), ele deveria estar inserido no plano de ensino, onde o
professor destinaria uma quantia x de aulas para ensinar esse esporte/ jogo.

Uma justificativa para tal iniciativa pode ser encontrada nos Parâmetros
Curriculares Nacionais - PCNs (1997, p. 48) onde apontam que

[...] por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se
repetem, mas aprendem a lidar com os símbolos e a pensar por analogia
(jogo simbólico) os significados das coisas passam a ser imaginados por
elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtores de linguagem
criadores de convenções capacitando-se para se submeterem a regras e
darem explicações.

Para Kamii (1990, p.47) “as crianças que são encorajadas a tomar decisões
são encorajadas a pensar”, com isso pode-se entender que a criança ao jogar, está
fazendo mais do que simplesmente jogar, ela está desenvolvendo seu cognitivo,
adquirindo novos conhecimentos, o jogo de xadrez é um bom exemplo, pois nele o
praticante tem que estar concentrado, para poder criar estratégias de ataque e
defesa em relação ao adversário, afim de realizar o “xeque-mate” (ataque decisivo
ao rei, peça mais importante do jogo de xadrez, em que não há qualquer
possibilidade de fuga ou defesa, o que implica o término da partida com a
consequente derrota do jogador atacado. – Google1).

1
https://www.google.com.br/search?q=xaque+mate&oq=xaque+mate+&aqs=chrome..69i57j0l5.4169j0j7&sour
ceid=chrome&ie=UTF-8#q=xeque+mate+significado. Acessado em 15/05/2017

7
Xeque-mate (em persa ‫شاه مات‬, significando o rei está morto), ou simplesmente
mate, é uma expressão usada no enxadrismo para designar o lance que põe fim a
partida, quando o Rei atacado por uma ou mais peças adversárias não pode
permanecer na casa em que está, movimentar-se para outra ou ser defendido por
outra peça. – Wikipédia2) antes que o adversário o realize.

Sendo assim o aluno precisa estar atento a todos os possíveis movimentos do


seu adversário, além de conseguir formar estratégias para alcançar o objetivo do
jogo, captura o rei antes que o seu seja.

Martins (2003, p. 1) nos traz uma gama de autores que apontam algumas das
principais vantagens da pratica desse jogo.

A pratica desse jogo como suporte pedagógico valoriza a imaginação


(DIAKOV, 1926), a criatividade (TIAKHOMIROV, 1970), auxilia na gerência
de atividades e processos de autonomia, atenção e memória (BINET, 1894),
socialização (VIGOSTSKI, 1933), organização e fluência do pensamento
(GROOT, 1946) e desenvolvimento da inteligência (ROSS, 1984), além de
contribuir para a percepção de regras e esquemas, flexibilização do
pensamento e estruturação de esquemas de ação (o que implica em aceitar
pontos de vista diferentes, tomar decisões e saber das consequências
destas decisões).

Com base nas vantagens citadas acima esse artigo tem como finalidade fazer
uma análise a respeito do jogo de xadrez, no ambiente escola, buscando destacar
se há um desenvolvimento significativo no cognitivo de quem se torna praticante, e
através dos resultados manifestar ou não, justificativas plausíveis para sua
implementação no ambiente escolar, mais precisamente nas aulas de Educação
Física, para o desenvolvimento cognitivo, de estudantes do Ensino Fundamental,
anos iniciais. O estudo foi organizado em três capítulos. O primeiro capítulo,
apresentaremos uma investigação teórica sobre os benefícios da prática do xadrez
para o cognitivo. O capítulo dois apresenta os resultados de dados e suas devidas
analises. No capítulo três, considerações finais, referência e anexos.

Está pesquisa vem por curiosidade em verificar se realmente a pratica do jogo


xadrez traz benefícios significativos para o cognitivo das crianças que praticam o
mesmo. Este estudo tem como justificativa analisar se a pratica do esporte/ jogo
xadrez, realmente desenvolve o cognitivo de seus praticantes, Laureiro aponta que:

2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Xeque-mate. Acesso em 15/05/2017

8
O ensino e a prática do xadrez têm relevante importância pedagógica,
na medida em que tal procedimento implica, entre outros, no exercício da
sociabilidade, do raciocínio analítico e sintético, da memória, da
autoconfiança e da organização metódica e estratégica do estudo. O
jogador de xadrez, constantemente exposto a situações em que precisa
efetivamente olhar, avaliar e entender a realidade pode mais facilmente,
aprender a planejar adequada e equilibradamente, a aceitar pontos de vista
diversos, a discutir questionários e compreender limites e valores
estabelecidos e a vivenciar a riqueza das experiências de flexibilidade e
reversibilidade de pensamentos e posturas.

Desse modo este estudo quer verificar se os alunos participantes da


pesquisa, tem um aumento no rendimento escolar.

Então pergunta-se: A prática do xadrez, ajuda a melhorar o rendimento


escolar, concentração, paciência, comportamento de estudantes do Ensino
Fundamental?

Hipótese: Com a pratica do xadrez, os alunos terão melhora na concentração,


no raciocínio lógico, desse modo, consequentemente terão melhoria nas notas
escolares.

OBJETIVO

Objetivo geral

Analisar de que maneira a prática do xadrez, utilizada nas aulas de Educação


Física auxilia a melhorar do cognitivo de estudantes do Ensino Fundamenta. Assim
verificar se realmente o xadrez, traz com a sua pratica benefícios os alunos que
praticam. Observando se a influência da pratica do xadrez, como facilitadora no
processo ensino aprendizagem.

Objetivo específico

• Descrever quais as mudanças de comportamento dos alunos que participa do


programa de Xadrez.

• Verificar na opinião alunos quais os benefícios que a pratica do xadrez trás


para sua vida escolar.

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CAPITULO 1

REVISÃO DE LITERATURA

O xadrez enquanto jogo

O Xadrez é um jogo tão antigo que, durante todos os anos de sua existência,
segundo Lasker (1999), várias são as lendas e mitos contadas a respeito da sua
origem, todas muito parecidas, uma das mais conhecidas sugere segundo o site Só
Xadrez3 que:

Havia uma pequena cidade chamada Taligana, na Índia, e o único filho do


poderoso rajá foi morto em uma sangrenta batalha. O rajá entrou em depressão e
nunca havia conseguido superar a perda do filho. O grande problema era que o rajá
não só estava morrendo aos poucos, como também estava se descuidando em
relação ao seu reino. Era uma questão de tempo até que o reino caísse totalmente.

Vendo a queda do reino, um brâmane chamado Lahur Sessa, certo dia foi até
o rei e lhe apresentou um tabuleiro contendo 64 quadrados, brancos e pretos, além
de diversas peças que representavam fielmente as tropas do seu exército, a
infantaria, a cavalaria, os carros de combate, os condutores de elefantes, o principal
vizir e o próprio rajá.

O sacerdote disse ao rajá que tal jogo poderia acalmar seu espírito e que sem
dúvida alguma, iria curar-se da depressão. De fato, tudo o que o brâmane disse
acontecera, o rajá voltou a governar seu reino, tirando o a crise de seu caminho. Era
inexplicável como aquilo tudo aconteceu, sendo um único tabuleiro com peças o
responsável por tirar a tristeza do rajá.

Como recompensa, o brâmane foi agraciado com a oportunidade de pedir o


que quisesse. Logo de primeira, ele recusou tal oferta, pois achava que não fosse
merecedor de tal proposta, mas mediante insistência do rajá, ele fez um simples
pedido. O brâmane pediu simplesmente um grão de trigo para a primeira casa do

3
http://www.soxadrez.com.br/conteudos/historia_xadrez/. Acesso em 15/05/2017

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tabuleiro, dois para a segunda, quatro para a terceira, oito para a quarta e assim
sucessivamente até a última casa.

O rajá chegou a achar graça, tamanha a ingenuidade do pedido. Entretanto, o


humilde pedido do brâmane não era tão humilde assim. Após fazerem vários
cálculos de quanto trigo eles teriam que dar para ele, descobriram que seria
necessário toda a safra do reino por incríveis dois mil anos para atender ao pedido
do sacerdote.

Impressionado com a inteligência do brâmane, o rajá o convidou para ser o


principal vizir (espécie de ministro, conselheiro do rajá) do reino, sendo perdoado por
Sessa de sua grande dívida em trigo. Na verdade, o que o brâmane apresentou para
o rajá não foi o jogo de xadrez, foi a chaturanga, uma das principais variantes do
jogo de xadrez moderno.”

Outra lenda sobre o seu surgimento diz de que:

Ares, o deus da guerra, teria criado um tabuleiro para testar suas táticas de
guerra (que eram bem limitadas, pois Ares nunca foi conhecido por ter tática nas
suas batalhas, ele era simplesmente agressivo, atacando sem precisão alguma na
maioria das vezes). Entretanto, cada peça do tabuleiro representava uma parte do
seu exército, e assim foi, até que Ares teve um filho com uma mortal, e passou para
ele os fundamentos do jogo. A partir de então, o jogo teria chegado ao conhecimento
dos mortais.

Também segundo o site Só Xadrez entre 1450 e 1850, o jogo começou a ter
mudanças visíveis em relação ao que conhecemos hoje em dia. Naquele período
diversas peças tinham movimentos que conhecemos atualmente, claro, todos esses
movimentos e peças tiveram como origem a Lenda da Chaturanga. O elefante (o
antecessor do moderno bispo) somente podia mover-se em saltos por duas casas
nas diagonais. O vizir (o antecessor da dama) somente uma casa nas diagonais.

Os peões não podiam andar duas casas em seu primeiro movimento e não
existia ainda o roque. Os peões somente podiam ser promovidos a vizir, que era a
peça mais fraca, depois do peão, em razão da sua limitada mobilidade. As regras do

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Xadrez que conhecemos hoje começaram a ser feitas em 1475, só não se sabe ao
certo onde ocorreu esse início. Alguns historiadores divergem entre Espanha e Itália.

Foi neste período que os peões ganharam a mobilidade que conhecemos


hoje em dia, que se resume em mover-se duas casas no seu primeiro movimento e
tomar outros peões en passant (é um movimento especial de captura do Peão no
jogo de xadrez), a regra foi adotada no século XV, em conjunto com a regra que
permitem aos peões o avanço de duas casas em seu primeiro movimento.

A regra previne o avanço de um peão por duas casas sem o risco de ser
capturada por outro peão. – Wikipédia4). Nessa época também foram definido os
novos movimentos dos bispos e da rainha, fazendo da rainha uma das peças mais
importante do jogo, sendo a única capaz de se movimentar para qualquer lado e
avançar ou recuar quantas casas quiser. Os movimento das demais peças,
juntamente com o resto das regras que englobam todo o Xadrez, só foram
formalmente modificadas no meio do século XIX, e tais regras se mantêm até hoje.

O autor Pimenta (2009, p.71) aponta que:

O xadrez é levado ao Ocidente com a invasão do Império Persa pelos


Árabes. A partir daí então, foram mudadas algumas peças, o jogo perde o
fator sorte e passa a depender tão somente dos conhecimentos de cada
jogador. As capacidades de memória, estratégia, combinação, tomada de
decisões e bom senso tornam-se elementos primordiais ao bom jogador de
xadrez. Surgem os primeiros campeões, o xadrez se expande cada vez
mais atingindo também o novo continente. Sua difusão só não é mais ampla
pela forte discriminação que há na época contra negros e mulheres.
Passam-se os séculos e o xadrez continua presente na sociedade, sempre
com seu aspecto dinâmico e realista.

Há quem pertence o ensino do xadrez?

Durante minhas pesquisa não encontrei nada que me apontasse há qual área
de ensino o xadrez pertence, contudo observei que esse ensino se faz bem
pressente nas áreas da matemática e da educação física. Os Parâmetros
Curriculares Nacionais - PCNs (1998), trazem o jogo como uma ferramenta para a
aprendizagem dos conhecimentos, pois através dos jogos os alunos vivenciam

4
https://pt.wikipedia.org/wiki/En_passant. Acesso em 15/05/2017

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situações que trazem os conceitos dentro do jogo, assim ao longo dessas vivências
os alunos vão adquirindo experiências que darão a possibilidade de
conceptualizações com maior abstração.
O Parâmetros Curriculares da Matemática (1998, p.48) trazem que o jogo é
um recurso que pode ser utilizado para o ensino da matemática:

Além de ser um objeto sociocultural em que a Matemática está presente, o


jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos
psicológicos básicos; supõe um “fazer sem obrigação externa e imposta”,
embora demande exigências, normas e controle.
No jogo, mediante a articulação entre o conhecido e o imaginado,
desenvolve-se o autoconhecimento — até onde se pode chegar — e o
conhecimento dos outros — o que se pode esperar e em que
circunstâncias.
Para crianças pequenas, os jogos são as ações que elas repetem
sistematicamente mas que possuem um sentido funcional (jogos de
exercício), isto é, são fonte de significados e, portanto, possibilitam
compreensão, geram satisfação, formam hábitos que se estruturam num
sistema. Essa repetição funcional também deve estar presente na atividade
escolar, pois é importante no sentido de ajudar a criança a perceber
regularidades.
Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se
repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia
(jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por
elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens,
criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e
dar explicações.
Além disso, passam a compreender e a utilizar convenções e regras que
serão empregadas no processo de ensino e aprendizagem. Essa
compreensão favorece sua integração num mundo social bastante
complexo e proporciona as primeiras aproximações com futuras
teorizações.
Em estágio mais avançado, as crianças aprendem a lidar com situações
mais complexas (jogos com regras) e passam a compreender que as regras
podem ser combinações arbitrárias que os jogadores definem; percebem
também que só podem jogar em função da jogada do outro (ou da jogada
anterior, se o jogo for solitário). Os jogos com regras têm um aspecto
importante, pois neles o fazer e o compreender constituem faces de uma
mesma moeda.
A participação em jogos de grupo também representa uma conquista
cognitiva, emocional, moral e social para a criança e um estímulo para o
desenvolvimento do seu raciocínio lógico.
Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles
provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que
os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e
avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto
curricular que se deseja desenvolver.

Nos Parâmetros Curriculares da área da Educação Física (1998, p.70) apontam que:
Os jogos podem ter uma flexibilidade maior nas regulamentações, que são
adaptadas em função das condições de espaço e material disponíveis, do
número de participantes, entre outros. São exercidos com um caráter
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competitivo, cooperativo ou recreativo em situações festivas,
comemorativas, de confraternização ou ainda no cotidiano, como simples
passatempo e diversão. Assim, incluem-se entre os jogos as brincadeiras
regionais, os jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua e as brincadeiras
infantis de modo geral.

Como podemos notar as duas áreas de ensino tem nos jogos um recurso para o
ensino dos seus conhecimentos, que através do lúdico trazem a realidade, pois com
o jogo desenvolvemos várias capacidades, estando diretamente ligado ao
desenvolvimento do aluno como cidadão em uma perspectiva social, criativa, afetiva,
histórica e cultural. Piaget (1976, p.100) aponta que os jogos são mais do que
passatempos ou momentos de entretenimento para as crianças, e sim que na
utilização deles acontece o enriquecimento do desenvolvimento intelectual.
O jogo é, portanto, sob as suas formas essenciais de exercício sensório-
motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria,
fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em
função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de
educação das crianças exigem que se forneça às crianças um material
conveniente, a fim de que, jogando elas cheguem a assimilar as realidades
intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.

Piaget divide o desenvolvimento intelectual em 4 fases sendo elas: Sensório motor,


pré-operatório, operações concretas e operações formais. Na primeira fases a
criança utiliza de sensações para se comunicar com o meio, na segunda a criança já
começa a utilizar da linguagem e fantasia para interagir, na terceira é onde a criança
começa a utilizar o pensamento lógico, é nessa fase que devemos dar o máximo de
estímulos para a criança desenvolver o cognitivo no fim desse período ela sabe
raciocinar sobre perguntas hipotéticas simples, e resolver problemas, assim na
quarta fase já adolescente, ele já consegue ter pensamentos lógicos, articular ideias.
Para que na fase adulta, consigam lidar com as diferentes situações conseguindo
lidar com a realidade da sociedade. Com Isso o Xadrez se torna uma ferramenta
adequada para proporcionar a criança estímulos que ajudem a desenvolver as
capacidades esperadas na terceira face do desenvolvimento intelectual.

A implementação do xadrez nas aulas de educação física

O xadrez é um jogo/esporte fantástico, pois nele assim como nas outras áreas
do conhecimento da Educação Física, existem valores por trás, como valores

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morais, éticos, ele também proporciona que seu praticante desenvolva o cognitivo
pois no jogo, é preciso refletir sobre a sua jogada e no que ela resultará, assim tendo
que formar estratégias na busca da melhor jogada para capturar o rei adversário ou
obter o maior número de peças (caso o jogo seja jogado por tempo).

A implementação do xadrez no ambiente escolar é defendida por estudiosos como


Silva (2004, p.22) que aponta:

[...] o xadrez merece crédito, porque ensina às crianças o mais importante


na solução de um problema, que é saber olhar e entender a realidade que
se apresenta. [...]. Em uma época na qual os conhecimentos nos
ultrapassam em quantidade e a vida é efêmera, uma das melhores lições
que a criança pode aprender na escola é como organizar seu pensamento,
e acreditamos que essa valiosa lição pode ser obtida mediante o estudo e a
xadrez. [...]

Piaget (1971, p.30) nos mostra vantagens em se utilizar de jogos como


ferramentas para o ensino aprendizagem pois entre elas se encontram:

O jogo é um impulso natural da criança funcionando assim como um


grande motivador; [...] A criança através do jogo obtém, prazer e realiza um
esforço espontâneo e voluntário para atingir o objetivo do jogo; [...] O jogo
mobiliza esquemas mentais: estimula o pensamento, ordenação de tempo e
espaço.

Com o uso do xadrez o professor, proporciona ao aluno meios de desenvolver


o pensamento lógico, a criatividade, a tomada de decisão, a concentração também o
aumento da autoestima e confiança.
Carvalho (1992, p.14) afirma que:

Desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental


importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que
está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir
coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real
valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.

Assim como na vida adulta onde precisa-se estar a todo momento tomado
decisões que acarretaram em resultados bons ou ruins, no xadrez acontece do
mesmo jeito, pois durante o jogo deve-se estar concentrados para fazer a melhor
jogada possível, onde deve-se estar ligados nos movimentos, mas também buscar
decifrar o movimento do adversário, para assim conseguir alcançar o cheque mate
antes que ele chegue.

O jogo só vem a agregar benefícios no ensino aprendizagem de quem pratica,


ele deveria ser desenvolvido desde os anos iniciais, de forma lúdica, proporcionando
ao aluno o conhecimento sobre a história, movimentos das peças, funcionalidade do
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jogo, já nos anos finais, proporcionaria em forma de esporte através de competições
proporcionando outros estímulos para que o aluno não abandone a pratica desse
jogo/esporte tão rico.

Formas de ensinar o xadrez nas aulas de educação física

O xadrez é um esporte/ jogo que pode ser praticado em qualquer lugar e de


diversas formas tais como: tabuleiro de mesa, xadrez humano, através de aplicativos
online e off-line. Cada uma dessas formas traz sua característica, por exemplo o
xadrez humano, onde os alunos se tornam as peças, nos jogos computadorizados o
aluno joga contra uma inteligência artificial ou no caso de estar conectado a uma
rede, tem a possibilidade de jogar com qualquer pessoa do mundo. Por ter várias
possibilidades de ser jogado, o xadrez é relativamente uma ferramenta de baixo
custo quanto material (tabuleiro e peças), assim podendo ser adquirido com
facilidade, pelas escolas, tendo a possibilidade do mesmo ser confeccionado pelos
alunos. Estas formas de ensino vieram das leituras e entendimentos feitos pela
acadêmica que através das suas pesquisas entendeu o ensino do xadrez das três
formas que serão explicadas abaixo.

O ensino do xadrez, pode ser desenvolvido de três formas:

• Xadrez Lúdico: Utilizado com enfoque apenas para o lazer e a diversão. Essa
forma de ensinar xadrez deve ser implementada nas séries inicias, do Ensino
Fundamental.

• Xadrez Técnico: Utilizado na preparação do aluno para competições, a fim de


conseguir vitórias em campeonatos individuais e coletivos. Essa segunda
forma de ensino deve ser implementada nas séries finais Ensino
Fundamental.

• Xadrez Pedagógico: Utilizado de forma a desenvolver habilidades, nas quais


o estudante tenha dificuldades e que compromete o seu desempenho escolar.
E a terceira forma de ensino deve estar presente tanto nas séries iniciais
quanto finais do Ensino Fundamental. Como podemos notar a diversas
maneiras e jeitos de se desenvolver o ensino do xadrez no ambiente escolar,

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vem do professor (a), saber qual forma se encaixa melhor a sua realidade, da
sua escola.

XXXI Olimpíada das escolas municipais

As Olimpíadas são uma iniciativa da prefeitura da cidade de Santa Rosa,


realizada pela Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de
Desenvolvimento da Cultura e Esportes. As Olimpíadas Municipais são realizadas
anualmente, sendo disputadas em duas categorias Mirim e Infantil, nas seguintes
modalidades: Voleibol, Handebol, atletismo, mini rústica, futsal, futebol de campo,
basquete e xadrez, em ambos os sexos (masculino e feminino).

Em relação a como será realizado a disputa do xadrez o regulamento (2017, p. 4)


traz que:

Art. 29º - A escola poderá inscrever 03 atletas e a disputa será por equipe.
Parágrafo Único: Se por ventura uma escola se apresentar com somente 02
atletas e a outra com 03 atletas a disputa já começa 1 x 0. Será regido pelas
regras em vigor na Federação Gaúcha de Xadrez, pelo que dispuser este
regulamento. A casa inferior direita do tabuleiro deve ser branca; As peças
brancas sempre iniciam a partida; Forma de disputa: Será vedada ao
professor a interferência do mesmo junto à arbitragem durante a
competição. O tempo de jogo, em todas as etapas, será de vinte minutos
(20) por partida. Caso a partida não termine no tempo estipulado, ocorrera a
contagem de pontos. De acordo com a relação do valor de peças abaixo.
Vencendo quem obtiver o maior número de pontos. Contagem de pontos:
Valor das Peças: Rainha 9, Torre 5, bispo 3 e meio, cavalo 3, peão 1

As Olimpíadas Municipais contemplam o total de 13 escolas da rede municipal


sendo elas:

Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Raul Oliveira – Vila Cruzeiro do


Sul;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias – Vila Jardim;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Expedicionário Weber – Vila Santos;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Marques do Herval – Vila Balneária;


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Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Glória – Vila Glória;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima – Bairro Sulina;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Paul Harris – Vila Beatriz;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Speroni – Vila Speroni;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Princesa Isabel – Candeia Baixa;

Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Franc. Xavier Giordani – Bairro


Planalto;

Escola Municipal de Ensino Fundamental 15 de Novembro – Linha 15 de Novembro;


Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Rita – Centro;
Escola Municipal de Ensino Fundamental São José – Rincão dos Rocha.

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CAPITULO 2

METODOLOGIA

Tipo de pesquisa

Este estudo tem como base uma pesquisa descritiva de campo, visando
alcançar os objetivos que foram propostos. De acordo com Gil (2008), as pesquisas
descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma
população, fenômeno ou de uma experiência, e pôr fim a pesquisa de campo
participativa procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente
realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado, para
captar as explicações e interpretações que ocorre naquela realidade.

População e amostra

A população escolhida para o devido estudo, foram estudantes do Ensino


Fundamental, que participem do projeto de Xadrez da Escola Municipal de 1º Grau
Paul Harris, da cidade de Santa Rosa – RS, como idade entre 12 à 13 anos.

Instrumento das coletas de dados

• Entrevista com a professora do projeto de xadrez


• Questionário aos alunos que participantes do projeto;
• Foram realizadas dois tipos de observações: A primeira foi observações
do comportamento dos alunos durante a pratica do xadrez, e a segunda
foi observações do comportamento dos alunos durante competição.

Desenvolvimento dos procedimentos metodológicos da pesquisa

Como primeiro passo foi aplicada um questionário aos alunos e entrevista a


professora do projeto de xadrez, seguidos da análise desses dados, após o fim
desses primeiras ações a pesquisadora observara o número máximo de 3 aulas do
projeto de xadrez, antes da competição Municipal que tem o xadrez como uma das
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modalidades oferecidas. Ao fim da coleta dos dados foi feita uma análise, desse
dados e de todas as observações. Sendo transcritas a fim de se chegar a uma
conclusão sobre o ensino do xadrez, comparando com os apontamentos segundo a
literaturas relacionadas ao tema da pesquisa.

Ética da pesquisa

As entrevistas serão transcrita e posteriormente analisada mediante as


informações que você forneceu. O anonimato estás assegurado e suas
informações/relatos serão tratados com sigilo absoluto, como também, nenhum
constrangimento moral decorrente dela.

Análise dos dados

Os dados do questionário foram transcritos em gráficos seguidos de analises.


A entrevista com a professora foi transcrita e discutida com a literatura relacionada
ao tema.

20
CAPITULO 3

RESULTADOS OBTIDOS

Entrevista com a professora do projeto de xadrez

Entrevista com 12 perguntas realizada no dia 13/09/2017, Professora Mônica,


52 anos de idade, nascida na cidade de Caibaté – RS, solteira, formada pela
Universidade Regional do Noroeste do estado do rio grande do Sul – Unijuí em
1991Graduação de Educação Física Plena e Pós em Atividade Física e Saúde em
2004. A professora Mônica Kliemann trabalha atualmente na Escola Municipal de 1º
Grau Paul Harris – Santa Rosa – RS, séries do ensino fundamental anos iniciais.

Em 2013 a Professora iniciou um Projeto de Xadrez na escola onde alunos das


escola tivessem a oportunidade de praticar o jogo a fim de sair para competições na
modalidade.

Durante a entrevista a professora foi questionada sobre a utilização do jogo de


xadrez na formação atitudinal da criança, onde ela coloca que:

Durante sua formação acadêmica nunca foi abordada a respeito do jogo de xadrez.
Ela coloca que, “sim, muito importante, penso que é uma geração muito dispersa,
com falta de atenção, e que o xadrez pode ajudar a melhorar isso”. Ela relata que
escutava muito os professores falarem da falta de atenção das crianças nas aulas,
como no xadrez isso é indispensável, desse modo ela achou conveniente introduzir
o jogo, em suas aulas. Através de oficinas, que é a forma que ela ensina o xadrez na
escola, inserindo de forma lúdica o conteúdo xadrez, contando histórias a respeito
do jogo para ir aguçando a curiosidade dos alunos, depois apresenta peça por peça
e suas funções no tabuleiro e importâncias no jogo. Ela também coloca que sempre
trabalhou em forma de oficina e desse modo nunca sentiu rejeição quando a pratica
pois quem participa da oficina são seus alunos da Educação Física e os alunos que
já foram da Educação física. Desse modo só tem na oficina os que realmente
gostam do jogo.

Quando questionada sobre pontos positivos que ela percebia nos alunos que
participam da oficina ela coloca que, “o respeito com o outro e o auto controle,

21
dependendo da idade (10, 11 anos), em meses já observo mudanças significativas”,
concentração são pontos que ela consegue ver nesses alunos.

Ao meu ponto de vista a iniciativa da professora, é algo fantástico, pois ao inserir o


xadrez em suas aulas, ela oportunizou esses alunos a uma pratica rica para
desenvolver capacidades mentais ao mesmo tempo que proporciona uma pratica
prazerosa. Segundo Luckesi (2008, p. 46),

Um educador, que se preocupe com que a sua prática profissional esteja


voltada para a transformação, não poderá agir inconscientemente ou
irrefletidamente. Cada passo de sua ação está marcado por uma decisão
clara e explícita do que se está fazendo e para onde possivelmente está se
encaminhando os resultados de sua ação. A avaliação, neste contexto, não
poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma atividade
racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a
favor da competência de todos para a participação democrática da vida
social.

O projeto de xadrez desenvolvido pela professora é aberto a todos os alunos que


queiram participar, apesar de ser voltado para competição, a professora busca
realizar as aulas voltadas para pratica pedagógica. Segundo a própria Mônica a
escola se destaca nas competições que participa, conseguindo sempre obter
premiações, o que de certo modo se torna algo motivacional para os alunos se
aperfeiçoem cada vez mais na pratica.

Questionário aplicado aos alunos

O questionário aplicado aos alunos continham perguntas relacionadas ao


comportamento, relações sociais, cognitivo e perguntas relacionadas a pratica do
xadrez. Nas perguntas das categorias de comportamento, relação social e cognitivo,
os alunos tinham entre três opções de respostas que foram baseadas de acordo
com o método da Escala de Likerti5, que por sua vez foi adaptado para esta
pesquisa como: Nunca, Raramente ou Frequente, onde nunca quer dizer que não
realiza, raramente que acontece de vez em quando e frequentemente realiza com
frequência, já nas perguntas relacionadas a prática do xadrez os alunos descrevem
as respostas.

5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_Likert acessado em 12/11/2017.

22
Nos gráficos abaixo veremos os resultados obtidos na pesquisa seguidos de
analises dos temas contidos no questionário.

No gráfico 1 temos os dados relacionados ao comportamento dos alunos.

As perguntas que fazem parte do gráfico relacionado a comportamento são: P1.


Pratica exercício físico fora da escola, P2. Tem hábito de fazer caminhada, P3. Você
se considera uma pessoa ansiosa, P4. Você é estressado, P5. Dorme bem à noite,
P12. Sou bem humorado e P13. Tenho menos energia que a maioria das pessoas.

De acordo com o Gráfico 1 conseguimos notar que estes alunos no geral são
crianças fisicamente ativas, mas que apesar da pouca idade já apresentam níveis de
estres e ansiedade.

No Gráfico 2 temos os resultado relacionados ao cognitivo dos alunos:

23
As perguntas que fazem parte do gráfico relacionado ao cognitivo são: P6. Tem um
bom desempenho escolar, P7. Tem boa concentração, P8. Aceita derrota com
facilidade, P9. Tem capacidade de memorizar histórias e P10. Faz cálculos sem usar
a calculadora com facilidade.

De acordo com o Gráfico 2 é possível afirmar que os alunos no geral conseguiram


mostrar resultados positivos quanto ao seu cognitivo.

Em relação à atenção, estão envolvidos complexos processos de ajuste


neuromuscular e de equilíbrio, regulações de tônus muscular, interpretação
de informações perceptivas, que são postos em ação sempre que
automatismos já construídos forem insuficientes para a execução de
determinado movimento ou sequencia deles (BRASIL, 1997, p. 35).

No gráfico 3 temos os resultado relacionados as relações sociais dos alunos:

As perguntas que fazem parte do gráfico relacionado as relações sociais são: P11.
Sinto-me inferior as pessoas que conheço e P14. Gosta de fazer amigos.

De acordo com o Gráfico 3 os alunos apresentam resultados de confiança mas que


ao mesmo tempo não são pessoas que buscam se relacionar fazer amizade com
pessoas diferentes.

As características individuais e as vivências anteriores do aluno ao


despertar com cada situação constituem o ponto de partida para o processo
de ensino e aprendizagem das práticas da cultura corporal. As formas de
compreender e relacionar-se com o próprio corpo, com o espaço e os
objetos, com os outros, a presença de deficiências físicas e perceptivas,
configuram um aluno real e não virtual, um indivíduo com características
próprias, que pode ter facilidade para aprender uma outra coisa, ter medo
disso ou vergonha daquilo ou ainda julgar-se capaz de realizar algo que, na
realidade, ainda não é (BRASIL, 1997, p. 37).
24
Nas questões relacionadas a pratica do xadrez, obtivemos os seguintes resultados:

Questão 1. Onde você conheceu a pratica do xadrez?

Respostas:

Em casa com familiares (irmã, irmão, prima);

“No computador quando não tinha internet”;

“No colégio quando estava na 5ª série com a professora Mônica”;

Na escola.

Questão 2. Como você iniciou no projeto de xadrez?

Respostas:

Na escola

Após ser convidado para jogar;

“Tinha na Educação Física e gostei”;

Foi convidado pela professora Mônica;

Convidado pela prima para praticar na escola;

Ficou interessado na pratica;

“Incentivado pela colega Carolina”.

Questão 3. Gosta de educação física?

Respostas:

A maioria dos alunos responderam que frequentemente gostam da educação física,


segue abaixo as argumentações:

Gosta as vezes dependa da atividade;

25
Gosta da modalidade basquete pois consegue se concentrar e criar estratégias;

Tudo;

Não gosta pois o professor é chato;

” Poder ter uma aula diferente com os amigos”;

Gosta quando o professor faz atividades diferentes.

Questão 4. Joga xadrez em outros lugares fora da escola?

Respostas:

A maioria dos alunos responderam que raramente jogam xadrez fora da escola,
segue abaixo as argumentações:

As vezes joga em casa contra familiares;

As vezes quando acaba a luz ou chove, não joga muito pois não tem com quem
jogar;

Não sente vontade de jogar fora da escola;

Não pratica fora da escola;

Joga umas 4 vezes por semana no computador;

“Apenas em ocasiões que encontra enxadrista, que não são muitos”.

Questão 5. Posso jogar muito xadrez e não me sinto cansado?

Respostas:

A maioria dos alunos responderam que raramente se sentem cansados com a


pratica do xadrez, segue abaixo as argumentações:

“Acha que muito tempo parado me deixa exausto”;

“Às vezes cansa de jogar muito no mesmo dia, pois requer muita concentração”;

26
Depois de um tempo se distrai;

Acha que é um passatempo;

“Porque é legal e fica sentado”;

Começa a perder a concentração depois da terceira partida;

Gosta de jogar, não vê o tempo passar;

Acha cansativo de jogar se estiver perdendo.

Questão 6. Você participa de alguma competição de xadrez? Se sim, qual(ais)?

Respostas:

Competição Municipal;

JERGS;

Competição feita na escola pela professora Mônica na aula de Educação Física;

Jogos da criança;

Questão 7. O que a pratica de xadrez significa na sua vida?

Respostas:

“Acho que me ajuda muito no raciocínio e outras coisas”;

“Acho o xadrez um passatempo”;

“Me dá paciência, concentração, e aumenta minha capacidade para criar


estratégias”;

Começou a praticar a pouco tempo, não sabe bem a importância que ele tem para a
sua vida;

“Me ajuda a me acalmar”.

27
De acordo com as respostas obtidas estes alunos conheceram a pratica do
xadrez na escola através da professora Mônica que lhes apresentou e ensinou a
jogar nas aulas de Educação Física, já alguns apontaram ter conhecido em casa
com familiares. Eles também colocam ter entrado para o grupo de xadrez pelo
convite da professora Mônica pois gostavam da pratica quando tinha na educação
física que era ministrada pela própria Mônica. Quando questionados sobre se
gostam das aulas de Educação Física a maioria diz gostar porem gosta quando é a
atividade que lhe mais agrada ou gosta de tudo que é proporcionado na aula, tem os
que apontam não gostar devido a não ter afinidade com o professor.

As crianças mostram que não tem o hábito de jogar com frequência fora da
escola, só em algumas ocasiões como dias de chuva, quando estão sem internet ou
somente em competições, em um dos casos o aluno aponta que não sente vontade
de jogar fora da escola. Nas respostas acima também vemos que os alunos gostam
da pratica mas se cansam fácil principalmente se estão perdendo já outros adoram
jogar e não se cansam pois não sentem o tempo passar. Todos os alunos do projeto
de xadrez já participaram de alguma competição da modalidade.

Os alunos também foram questionados se eles viam no xadrez algum


significado para a sua vida e as respostas são fantásticas, pois eles conseguem
apontar benefícios que a pratica traz, ao seu dia a dia como conseguir se concentrar
melhor, ter mais atenção, vê no xadrez uma ferramenta para se acalmar, “o Xadrez
desenvolve também a memória a imaginação e a capacidade de concentração e
favorece o raciocínio lógico, desenvolve a vontade e habilidade do jogador a melhor
analise e tomada de decisão” (MANZANO e VILA, 2002, p13).

Observações feitas pela pesquisadora

Através da tabela 1, que se encontra no apêndice 3, a pesquisadora observou


os seguintes aspectos: Os alunos durante as aulas do Projeto de xadrez mostraram
ter boa concentração, paciência para esperar o adversário realizar a sua jogada,
conseguiam realizar movimentos combinados, criando estratégias para que um
movimento favoreça o movimento seguinte, calma para realizar jogadas, buscando

28
fazer o movimento com a peça certa, mantendo atenção na jogada do adversário
tentando desvendar a sua estratégia, a fim de conseguir o xeque-mate.

Nas poucas aulas que observei e conversei com eles, consegui notar
personalidades diferentes nestes alunos, como, crianças fechadas, os
conversadores, os elétricos, pórem na hora de sentar e praticar o xadrez vi nessas
mesmas crianças comportamentos parecidos, a concentração, atenção necessária
para solucionar problemas que o adversário colocava com suas jogadas, a vontade
de vencer, a humildade na vitória e o respeito na derrota.

As aulas do Projeto duram cerca de 60 minutos onde nesse período se faz a


pratica do xadrez na maioria das aulas, em conversa com a professora do Projeto
ela relata que tenta diversificar as aulas colocando outros jogos, intercalando com o
xadrez, a fim dos alunos não ficarem entediados, assim quando voltam com o
xadrez os alunos conseguem jogar com mais vontade e disposição.

Algo que me chamou atenção foi que nas aulas que observei, estes alunos
estavam jogando com os mesmos adversários, o que na minha opinião não é algo
muito produtivo, apesar dos alunos estarem exercitando seu cognitivo, eles
poderiam estar exercitando muito mais, pois jogar com a mesma pessoa faz com
que com o tempo conseguimos saber ou até mesmo prever as jogadas, devido a
conhecer o “jeito” de jogar do adversário. Assim jogar com o máximo de pessoas
diferentes faz com que tenhamos que pensar mais para desvendar o adversário,
segundo Tirado e Silva:

Aprender a jogar xadrez assemelha-se à aprendizagem de leitura, em que


partimos do micro (vogais e consoantes) para chegarmos ao macro
(palavras, frases e textos). Em xadrez o processo de aprendizagem é
semelhante, pois aprendemos a mover as peças para depois fazê-las
cooperar entre si e então atingir o objetivo: o xeque-mate. (Tirado e Silva,
1995, p.48)

PONTOS ANALISADOS DAS OLIMPÍADAS MUNICIPAIS NA MODALIDADE


XADREZ

A implementação da modalidade xadrez nas Olimpíadas aconteceu no ano de


2013 aproximadamente, desde lá a modalidade se mantem firme e forte. É

29
fascinante ver tantas crianças praticando esse esporte/ jogo, na modalidade xadrez
podem participar 3 adolescentes por modalidade (mirim e infantil) de cada escola.

Um ponto positivo que consegui perceber no campeonato era o entusiasmos


das crianças, a vontade de começar o jogo, ver eles trocando jogadas, conversando
sobre movimentos das peças, a alegria de quem vencia com respeito ao adversário
que havia derrotado, a ansiedade de saber se os companheiros de equipe tinham
vencido, a vontade de contar como o joga tinha ocorrido, de compartilhar os
melhores momentos da partida, ao mesmo tempo da tristeza ao saber da derrota.

Por outro lado um dos pontos que achei negativo da competição, é o fato dos
jogos serem disputados por equipes, para a equipe se classificar, ela precisava ter
duas vitorias por rodada, ou seja, dois adolescentes teriam que ganhar, o que torna
injusto, já que o xadrez é uma modalidade individual, onde apenas o seu esforço
deveria valer. É você contra o adversário! Devido a disputa ser disputada por
equipes ouve muitas vitorias por W.O., pois muitas crianças inscritas faltaram,
acontecendo de algumas equipes ficarem sem jogar, sendo classificadas, indo jogar
apenas nas finais.

Outro ponto negativo foi a conversa paralela feita pelos professores e alunos
que não estavam jogando ou já tinham terminado as suas disputas, pois o ambiente
escolhido para a realização do evento era pequeno, assim quem estava jogando
ficava a menos de três à quatro metros de quem estava sentado. Como sugestão ao
para as próximas Olimpíadas, seja arrumar um local com dois ambientes assim
desse modo quem estiver jogando vai estar separado dos que não estão.

30
CONCLUSÃO

Como conclusão para esta pesquisa, gostaria de falar o quanto foi motivador,
estimulante e desafiador realizar a mesma, do quanto ela me deixou mais animada e
com vontade de continuar investigando os benefícios dessa pratica. O xadrez fez por
muito tempo parte da minha vida como um jogo maravilhoso para passar o tempo e
agora faz parte da minha vida como profissional, posso afirmar que farei uso dessa
ferramenta incrível na minha vida profissional, agora como pesquisadora e no futuro
implementando a pratica dele nas minhas aulas, como professora de Educação
Física.

Concluo que o jogo de xadrez possibilita a formação moral do aluno levando-o


a prática de valores positivos, desenvolvimento de capacidades e reflexão para a
formação e interiorização de condutas que o aluno poderá vivenciar em seu dia a
dia. O jogo de xadrez é um recurso completo, interdisciplinar que através dele sendo
conseguimos desenvolver todas as capacidades citadas acima no presente estudo.
O profissional de Educação Física que optar por ensinar o conteúdo xadrez,
encontrará nesse jogo uma ferramenta estimulante e prazerosa para suas aulas,
além de estar desenvolvendo o pensar na criança, fazendo com que ela desenvolva
capacidade importantes para outras modalidades esportivas.

31
REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais:


Matemática. Brasília: SEF/MEC, 1997.

BRASIL Parâmetros Curriculares Nacionais – Educação Física. Brasília:


MEC/SEF,1997.

CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que
brinca. Vol. 1 e 2. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2008.

http://www.soxadrez.com.br/conteudos/historia_xadrez/ acessado em 15 de maio de


2017.

KAMII, Constance. A criança e o número: Implicações educacionais da teoria de


Piaget para a atuação com escolares de 4 a 6 anos. Campinas, SP: Papirus,
1990.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 3ªed.


São Paulo: Atlas, 1991.

LASKER, Edward. História do xadrez. 2 ed. São Paulo: IBASA,1999.

LOUREIRO, Luiz. Xadrez. Disponível em: <


http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/66.pdf acessado em 15 de novembro
2015.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: Estudos e


proposições. 19. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

MANZANO, A L. e VILA, J S. Iniciação ao Xadrez: Tradução Abrão Aspis 6a Ed.


Porto Alegre: Artmed 2002.

PIAGET, J. A epistemologia genética. Petrópolis: Vozes, 1971.

32
PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. Trad. Lindoso DA, Ribeiro da Silva RM. Rio de
Janeiro: Forense Universitária;1976.

REZENDE, S. O que é o xadrez escolar? Disponível em:


http://br.geocities.com/xadrezap/pagina/xadrez_na_escola.htm#sylvio Acessado em
15 de novembro de 2015.

REZENDE, S. Xadrez na escola: uma abordagem didática para principiantes.


Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2002.

SÁ, A. V. M. O xadrez e a educação: experiências de ensino enxadrístico em


meios escolar, pré-escolar e extraescolar. Universidade de Brasília. Disponível
em: < http://www.cxs.hpg.ig.com.br/oxadrez >.

SILVA, W. “Processos Cognitivos no Jogo de Xadrez”. Dissertação de Mestrado


em Educação, Universidade Federal do Paraná, 2004.

TIRADO, Augusto C. S. B.; SILVA, Wilson da. Meu primeiro livro de xadrez: curso
para escolares. Curitiba: Ed. Gráfica Expoente, 1995.

33
ANEXOS

Anexo 1 – Tabela de observações

Anexo 2 – Ética da pesquisa e autorização para os pais;

Anexo 3 – Entrevista com a professora do projeto;

Anexo 4 – Questionário aplicado aos alunos.

34
Anexo 1
Tabela de observação
Comportamentos Com que frequência realiza os comportamentos
observados durante a
partida de xadrez (treinos)
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4
Data Data Data Data
___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___

Às vezes
Às vezes

Às vezes

Às vezes
Realiza

Realiza

Realiza

Realiza

Realiza

Realiza
Realiza

Realiza
Realiza
Realiza

Realiza

Realiza
Nunca

Nunca

Nunca

Nunca
Fornece um número de
movimentos num
determinado tempo.
Após encontrar um lance,
procurar outro melhor.
Partindo de uma posição a
princípio igual, direcionar
para uma conclusão
brilhante (combinação).
O resultado indica quem
tinha o melhor plano.
Aceita derrota com
facilidade
Tem boa concentração
Dentre as várias
possibilidades, escolher
uma única, sem ajuda
externa.
Um movimento deve ser
consequência lógica do
anterior e deve apresentar
o seguinte.
Tem paciência para
esperar a jogada do
adversário (sem ficar
35
apressando ele).
Utiliza jogas ensaiadas.
Fica-se concentrado e
imóvel na cadeira.

36
Anexo 2
TERMO DE AUTORIZAÇÃO DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS PARA MENORES
DE IDADE

Este trabalho é parte dos estudos do Trabalho de Conclusão de Curso


a será apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade Regional
do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí - campus Santa Rosa,
requisito parcial para obtenção do grau de Licenciada e ou Bacharel em
Educação Física e tem como objetivo investigar desenvolvimento cognitivo
através da prática do jogo xadrez.
As entrevistas serão transcrita e posteriormente analisada mediante as
informações que você forneceu. O anonimato estás assegurado e suas
informações/relatos serão tratados com sigilo absoluto, como também,
nenhum constrangimento moral decorrente dela.
Como pesquisadora, assumo toda e qualquer responsabilidade no
decorrer da pesquisa e garanto-lhe que suas informações somente serão
utilizadas para o estudo acima mencionado. Se houver dúvidas quanto a sua
participação, poderá solicitar esclarecimentos.
Carolina Elis Bertê

Eu, ____________________________________________________________,
identidade nº ________________________, responsável pelo(a) estudante menor
de idade _________________________________________________, autorizo sua
participação na pesquisa para conclusão de curso da universitária Carolina Elis
Bertê.

______ de __________________________ 2017.

____________________________________________________
Assinatura dos pais ou responsável

37
Anexo 3

Esta pesquisa é parte dos estudos do Trabalho de Conclusão de Curso a será


apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí - campus Santa Rosa, requisito parcial para
obtenção do grau de Licenciada e ou Bacharel em Educação Física e tem como objetivo
investigar desenvolvimento cognitivo através da prática do jogo xadrez.
As entrevistas serão transcrita e posteriormente analisada mediante as informações
que você forneceu. O anonimato estás assegurado e suas informações/relatos serão
tratados com sigilo absoluto, como também, nenhum constrangimento moral decorrente
dela.
Como pesquisadora, assumo toda e qualquer responsabilidade no decorrer da
pesquisa e garanto-lhe que suas informações somente serão utilizadas para o estudo
acima mencionado. Se houver dúvidas quanto a sua participação, poderá solicitar
esclarecimentos.

___________________________________ _________________________________
Assinatura da pesquisadora Assinatura da entrevistada
Carolina Elis Bertê

Data da entrevista _____/_____/_____

Entrevista professora

I. Dados Pessoais:

1. Idade:________________________________________________________

2 . Local de nascimento:____________________________________________

3 - Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

4 . Estado Civil: ( ) Casado(a) ( ) Solteiro ( ) Separado ( ) Outro


Qual?__________________________________________________________

5 . Formação acadêmica e ano de conclusão (graduação e pós-graduação):__

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_____________________________________________________________

38
II. Dados Profissionais:

1 . Função(ões) desempenhada(s) no ensino:

2 . Nível em que atua:

3 . Número de crianças atendidas:

4 . Instituição em que trabalha: ( ) Pública ( ) Particular ( ) Não Governamental ( )


Outra, Qual?

III. Dados do projeto de xadrez:

1. Quando começou o projeto de xadrez?

2. Quem participa?

IIII. A utilização do jogo de xadrez na formação atitudinal da criança:

2. Você acredita ser importante trabalhar o ensino do Xadrez nas aulas Educação
Física no contexto educacional da atualidade? Se sim, como? Se não, por que?

3. O ensino do xadrez nos currículos escolares deveria ser de responsabilidade de


alguma área especifica do conhecimento?

4. como você inseriu o xadrez em suas aulas? Com que objetivo?

5- relate sobre a história deste projeto.

6- quais os aprendizados no ensino do xadrez mais pontuais que você destaca?

3. Você acredita ser possível utilizar o jogo de xadrez nas escolas para contribuir
para a formação atitudinal da criança? Se sim, como? Se não, por que?

7. Qual a diferença que você aponta no comportamento atitudinal nos alunos que
participam do projeto ante e depois dele? Com quanto tempo você conseguiu
perceber essas mudanças.

6. O conteúdo Xadrez possui o mesmo grau de relevância que as práticas esportivas


em suas aulas?
39
7. Durante sua formação acadêmica você teve alguma disciplina que abordasse o
conteúdo xadrez? Como os alunos reagem as aulas de xadrez?

8. Como você vê o interesse dos Educando em relação ao conteúdo do xadrez?

9. Há algum tipo de rejeição por parte dos Educandos em relação ao Xadrez? Qual?

10. De que forma trabalha o Xadrez?

11. Quais aspectos limitam você não abordar este o conteúdo do xadrez em suas
aulas?

40
Anexo 4

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA AOS ALUNOS

Data da Avaliação: ____/____/____

I. Dados pessoais:

Escola:________________________________________________________

Escolaridade:___________________________________________________

Idade:__________________________________________________________

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

II. Dados de comportamento:

1. Pratica exercício físico fora da escola?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

2. Tem habito de fazer caminhada?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

3. Você se considera uma pessoa ansiosa?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

4. Você é estressado?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

5. Dorme bem à noite?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

6. Tem um bom desempenho escolar?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

7. Tem boa concentração?

41
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

8. Aceita derrota com facilidade?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

9. Tem capacidade de memorizar histórias?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

10. Faz cálculos sem usar a calculadora com facilidade?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

14. Sinto-me inferior as pessoas que conheço?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

16. Sou bem humorado?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

17. Tenho menos energia que a maioria das pessoas?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

19. Gosta de fazer amigos?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

20. Tem espírito de autocontrole?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

III. dados sobre a prática no projeto de xadrez:

1. Onde você conheceu a pratica do xadrez?

Descreva.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

42
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2. Como você iniciou no projeto de xadrez?

Descreva.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3. Gosta de educação física?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

Descreva.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4. Joga xadrez em outros lugares fora da escola?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

Descreva.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

43
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5. Posso jogar muito xadrez e não me sinto cansado?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente

Descreva.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6. você participa de alguma competição de xadrez? Se sim, Qual(ais)?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

7. O que a pratica de xadrez significa na sua vida?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

44
APÊNDICES

Apêndice 1 – Regulamento ano 2017 das Olimpíadas Municipais.

45
Apêndice 1
XXXI OLIMPÍADA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS

SECRETÁRIAS MUNICIPAIS:
- PROFª. LIRESZIMERMAN FUER SMEJ
- RAFAEL RUFINO DA COSTA SDCE

COORDENADORES:
PROF.: - DPTO DE ESPORTES ELÓI BEDENDO
PROF.: - DPTO DE ESPORTES WARLEY DE CARVALHO
PROF.: - DPTO DE ESPORTES FÁBIO DE MOURA
PROF.: - DPTO DE ESPORTES REDENCIO WELTER
PROF(a)- DPTO DE ESPORTES ROSELI BESS
COMITÊ OLÍMPICO:
PRESIDENTE: PROF. – SMEL Elói Bedendo
SECRETÁRIOS: Prof. Fábio de Moura, Prof. Redêncio Welter Prof.Warley Carvalho, Prof André
Albino

01 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Raul Oliveira – Vila Cruzeiro do Sul
01 – Marlene Aguirre Massaia - Professora
02 – Suzana Maria Friedrich - Professor
02 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias – Vila Jardim
01 – Eva S. Britz – Professora
02 – Neiva P. da Silva – Diretora
03 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Expedicionário Weber – Vila Santos
01 – Marcio Mendel – Professor
02 – Antônio Érbice – Professor
04 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Marques do Herval – Vila Balneária
01 – Marlene Maria Servat – Professora
02 – Diego Servat - Professor
05 – Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Glória – Vila Glória
01 – William Horst Adam – Professor
02 – Amélia Schinwelski – Diretora
06 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima – Bairro Sulina
01 – Rúbia Shhaefer – Professora
02 – Mara Eloína Santosa – Professora
07 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Paul Harris – Vila Beatriz
01 – Pedro Imming – Professor
02 – Valter Neitzke – Professor
08 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Speroni – Vila Speroni
01 – Alvaro Perini – Professor
02 – Antonio Érbice - Professor
09 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Princesa Isabel – Candeia Baixa
01 – William Horst Adam – Professor
02 – Estela I d Wagner – Diretor
10 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Franc. Xavier Giordani – Bairro Planalto
01 – Ana Paula P. – Professora
02 – Silvana Correa da Silva – Professora
11 - Escola Municipal de Ensino Fundamental 15 de Novembro – Linha 15 de Novembro
01 – Marciane C Franck – Professora
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02 – Heitor Tem Catem – Diretor
12 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Rita – Centro
01 – Ieda Grisotti Cardoso – Diretora
02 – Santos V T Arruda - Professor
13 - Escola Municipal de Ensino Fundamental São José – Rincão dos Rocha
01 – Cleide Ewerlingi – Diretora
02 – Gabriela Raiter – Professora

REGULAMENTO GERAL

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Este Regulamento é o conjunto das disposições que regem as disputas da XXXI
OLIMPÍADA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE SANTA ROSA, realizada pela Secretaria
Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cultura e Esportes.
Art. 2º - A Olimpíada das Escolas Municipais de Santa Rosa será denominada neste regulamento
pela sigla O.E.M.
Art. 3º - A O.E.M. é aberta a todas as Escolas Municipais de Santa Rosa, e destinadas a atletas do
Ensino Fundamental que estejam matriculados e com freqüência de 75%. O aluno deve estar
freqüentando a escola até a data da Olimpíada.
PARÁGRAFO ÚNICO: A responsabilidade da freqüência e a veracidade da data de
nascimento do aluno, fica a cargo do (a) Diretor (a) da Escola.
Art. 4º - As Escolas Municipais que participarão das disputas da O.E.M. , serão consideradas
conhecedoras das regras esportivas e deste regulamento, e assim se submeterão sem
reserva alguma a todas as conseqüências que dele emanarem.
Art. 5º - O Comitê Olímpico será formado por dois professores representantes de cada escola e o
Comando Olímpico pela SMEJ e SMDCE.
PARÁGRAFO ÚNICO: é de responsabilidade do Comando Olímpico a organização da O. E.
M.
Art. 6º - Na O. E. M. serão disputadas duas categorias:
MIRIM: Atletas nascidos a partir de 2004, 2005...
INFANTIL: 2002, 2003.
Art. 7º - As modalidades disputadas na O. E. M. serão:
VOLEIBOL: Masculino e Feminino;
HANDEBOL: Masculino e Feminino;
ATLETISMO: Masculino e Feminino;
MINI RUSTICA: Masculino e Feminino;
FUTSAL: Masculino e Feminino;
FUTEBOL DE CAMPO: Masculino;
BASQUETE: Masculino e Feminino;
XADREZ: Masculino e Feminino.

Art. 8º - Para abertura da Olimpíada, as Escolas serão representadas por 2 alunos(a), que
conduzirão a bandeira da Escola e mais 11 alunos para o desfile devidamente fardados.
CAPÍTULO II
DO JURAMENTO

Art. 9º - “JURO COMPETIR COM VALOR E LEALDADE, NA OLIMPÍADA DAS ESCOLAS


MUNICIPAIS DE SANTA ROSA, PARA HONRA DE NOSSAS ESCOLAS E GLÓRIA DO
DESPORTO”.

CAPÍTULO III
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CATEGORIA MIRIM

Art. 10º - O atleta que participar da categoria mirim, poderá participar da categoria infantil em todas
as modalidades de quadra, campo e atletismo.

CAPÍTULO IV
DAS INSCRIÇÕES

Art. 11º - As inscrições das modalidades deverão ser fornecidas em ficha fornecida pelo Comitê
Olímpico, indicando as modalidades por categoria e o naipe que a Escola irá participar.
Art. 12º - Para todos os jogos os professores deverão fornecer a papeleta dos atletas constando
nome e sobrenome, não sendo necessário fazer ficha de inscrição.

CAPÍTULO V
DAS MODALIDADES

VOLEIBOL:
Art. 13º - O torneio de voleibol da O.E.M. será regido pelas regras da competição da Federação
Gaúcha de Voleibol, em vigor, salvo as restrições deste regulamento:
Art. 14º - As partidas de voleibol serão disputadas pelo critério: o melhor de 03 (três) sets até 25
pontos e se houver “tie break” até 15 pontos. Somente na final de cada categoria será até 25
pontos.
OBS.: A altura da rede de voleibol – 2,20m para a categoria mirim masculino e infantil feminino.
2, 32m para a categoria infantil masculino e 2,15 para a categoria mirim feminino.

HANDEBOL:
Art. 15º - O torneio de handebol da O.E.M. será regido pelas regras da competição da Federação
Gaúcha de Handebol, em vigor, salvo as restrições deste regulamento:
Art. 16º - Todas as partidas de handebol da O. E. M. na categoria Mirim Masculino e Feminino,
terão a duração de 20 (vinte) minutos, divididos em duas etapas de 10 minutos para cada
lado, com intervalo de 02 (dois) minutos entre as etapas. E na categoria Infantil Masculino e
Feminino 24min
(vinte e quatro minutos) divididos em 2 etapas de 12 minutos. Em caso de empate haverá uma
prorrogação de 05 (cinco) minutos. Persistindo o empate, serão cobrados 03 (três) tiros de sete
metros, cobrados por atletas diferentes e alternadamente. Se ainda persistir o empate, uma
penalidade para cada um até o desempate, podendo ser cobrado por qualquer um dos 07
(sete) jogadores que terminaram o jogo.
PARÁGRAFO ÚNICO: Cada equipe terá o direto de solicitar um tempo em cada etapa do jogo,
com parada de cronômetro e ainda, o tempo de exclusão, (2 minutos), será de 1 (um) minuto
na categoria mirim e 1 minuto e 30 segundos na categoria infantil.

FUTSAL:
Art. 17º - O torneio de Futsal da O. E. M. será regido pelas regras em vigor da Federação Gaúcha de
Futsal, salvo pelas restrições deste regulamento.
Art. 18º - Todas as partidas de Futsal Mirim Masculino e Feminino e infantil feminino terão a
duração de 20 (vinte) minutos, divididos em 02 (duas) tempos de 10 (dez) minutos para cada
lado, com intervalo de 02 (dois) minutos entre os tempos. O Infantil Masculino terá duração de
24 (vinte e quatro) minutos divididos em 02 (duas) etapas de 12 (doze) minutos com intervalo
de 02 (dois) minutos. Em caso de empate haverá uma prorrogação de 05 (cinco) minutos.
Continuando o empate, serão efetuadas 03 (três) penalidades máximas “cobradas por atletas
diferentes” e alternadamente. Se ainda persistir o empate será cobrado 01 (uma) penalidade
para cada lado, até o “desempate”, podendo ser cobrado por qualquer um dos jogadores
inscritos em súmula.
PARÁGRAFO ÚNICO: Cada equipe terá o direito de solicitar um tempo em cada etapa do
jogo, com parada de cronômetro. O TIRO LIVRE DIRETO será cobrado a partir da 5ª falta.

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FUTEBOL DE CAMPO:
Art. 19º - O torneio de Futebol de Campo da O.E.M. será regido pelas regras em vigor da FIFA,
ressalvando as restrições deste Regulamento.

Art. 20º - As partidas em todas as categorias terão duração de 30 (trinta)minutos, divididos em 02


(dois) tempos de 15 (quinze) minutos para cada lado, com 02 (dois) minutos de intervalo com
02 (dois) minutos de intervalo.

Art. 21º - Na Categoria Mirim o escanteio deverá ser executado na linha de fundo junto com a linha
de grande área e o tiro de meta será cobrado na linha da grande área. Será observado o
impedimento. A cobrança do lateral deverá ser realizada com as mãos.

Art. 22º - Nas partidas de futebol de campo, sempre que ocorrer empate durante o tempo de jogo, o
desempate far-se-á pela “cobrança” de 03 (três) penalidades máximas, cobradas por jogadores
diferentes e alternadamente. Persistindo o “empate”, uma penalidade para cada lado até o
“desempate”, podendo ser “cobrado” por qualquer um dos 11 (onze) jogadores que terminarem
o jogo.
Obs: Nenhum atleta poderá repetir cobrança de penalidade antes que todos da equipe tenham
cobrado.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Quando houver 02 (duas) partidas seguidas, dar-se-á um intervalo
de 10 (dez) minutos para descanso entre os jogos.
PARÁGRAFO SEGUNDO: O cartão amarelo não será cumulativo.
PARÁGRAFO TERCEIRO: Será permitido a cada Escola relacionar 18 (dezoito) atletas.
PARÁGRAFO QUARTO: Cada Escola poderá realizar até 07 (sete) substituições por jogo, não
sendo necessário parar o jogo.

BASQUETE:
Art. 23º - O torneio de basquete da O.E.M. será regido pelas regras da Federação Gaúcha de
Basquete, em vigor, salvo as restrições deste regulamento.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: A duração da partida Mirim Masculino, Feminino e Infantil
Feminino será de 02 (dois) tempos de 10 (dez) minutos corridos, parando somente no “lance
livre” e pedidos de tempo. Os jogos do Infantil masculino serão de 02 (dois) tempos de 12
(doze) minutos corridos, parando somente no “lance livre” e pedidos de tempos. Em caso de
empate no tempo normal de jogo haverá uma prorrogação de 05 (cinco) minutos. Se persistir o
empate 01 (um) lance livre para cada equipe, até que haja um vencedor.
PARÁGRAFO SEGUNDO: Na categoria mirim não será cobrado os três segundos no garrafão.

PARÁGRAFO TERCEIRO: Para todas as categorias, as faltas coletivas serão reduzidas no


limite de 04 faltas. (A partir da 5ª falta lance livre)

ATLETISMO:
Art. 24º - As provas de Atletismo da O.E.M. serão regidas pelas regras em vigor da Federação de
Atletismo, salvo as restrições deste regulamento.
PARÁGRAFO ÚNICO – A inscrição no atletismo deverá ser feita antecipadamente, em
formulário padrão fornecido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, podendo haver
alterações no dia da competição, sendo que cada Escola poderá inscrever 01 (um) atleta por
prova.
Art. 25º - Coincidindo mais de uma prova em que o atleta esteja inscrito, este deverá entrar em
contato com os árbitros das referidas provas e ao retornar irá continuar nas tentativas que
ainda restarem para ele.
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Art. 26º - O atleta mirim poderá participar de 03 (três) provas individuais e 02 (duas) coletivas
independente da categoria (mirim e Infantil somadas) e o atleta infantil poderá participar de 03
provas individuais e 01 coletiva.
PARÁGRAFO ÚNICO – Somente poderá participar um atleta de cada Escola em cada prova.
Art. 27º - As provas de atletismo masculino e feminino para as 02 (duas) categorias serão as
seguinte:
a) CATEGORIA MIRIM:
- Provas de Campo: Salto em altura, salto em distância, arremesso de pelota e
arremesso de peso. (3 kg)
- Provas de Pista: 50 metros, 150 metros, 600 metros e revezamento 4X50 metros.

b) CATEGORIA INFANTIL:
- Provas de Campo: Salto em altura, salto em distância, arremesso de peso (feminino
04kg e masculino 05kg).
- Provas de Pista: 100 metros, 400 metros, 800 metros e revezamento de 4X100
metros.

PARÁGRAFO ÚNICO – No Salto em Distância, na categoria mirim a área de impulsão será


livre e a regra da saída falha será considerada a regra antiga, ou seja, somente a partir da
segunda queimada o atleta poderá ser desclassificado.

Art. 28º - Será somada a pontuação por prova e no final quem obtiver o maior número de pontos será
o 1º colocado, somando na pontuação geral 65 (sessenta e cinco) pontos em cada categoria e
assim sucessivamente.

Mini-Rustica: Distância: Mirim Masculino (2km), Infantil Masculino (3km); Mirim e Infantil Feminino
(2km)

PARÁGRAFO ÚNICO: Na Mini Rústica o atleta deverá cruzar a linha de chegada com o número
e com o cartão de controle distribuído pela organização, caso contrário, estará sujeito a ser
desclassificado. Computar-se-á o número de pontos ao lugar obtido: para o 1º lugar : 1 ponto, 2º
lugar: 2 pontos e assim sucessivamente. Os atletas que não completarem o percurso receberão os
pontos correspondentes a classificação imediatamente após a do último atleta que completar o
percurso. Será campeã a equipe que somar o menor número de pontos respectivamente. A
premiação individual será realizada aos três primeiros colocados nos dois naipes, masculino e
feminino. Será realizada também a premiação geral por equipe das três primeiras equipes
classificadas. As equipes deverão ser formadas por cinco atletas, dos quais somente somarão pontos
os três primeiros que completarem a prova.

XADREZ
Art. 29º - A escola poderá inscrever 03 atletas e a disputa será por equipe..
Parágrafo Único:Se por ventura uma escola se apresentar com somente 02 atletas e a outra
com 03 atletas a disputa já comessa 1 x 0.
Será regido pelas regras em vigor na Federação Gaúcha de Xadrez, pelo que dispuser este
regulamento.
A casa inferior direita do tabuleiro deve ser branca; As peças brancas sempre iniciam a partida;
Forma de disputa: Será vedada ao professor a interferência do mesmo junto à arbitragem durante a
competição. O tempo de jogo, em todas as etapas, será de vinte minutos (20) por partida. Caso a
partida não termine no tempo estipulado, ocorrera a contagem de pontos. De acordo com a relação
do valor de peças abaixo. Vencendo quem obtiver o maior número de pontos.
Contagem de pontos:
Valor das Peças: Rainha 9, Torre 5 , bispo 3 e meio, cavalo 3, peão 1

CAPÍTULO VI
DOS ÁRBITROS
Art. 30º - O quadro de árbitros será contratado pela prefeitura, através de licitação.

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CAPÍTULO VII
DOS JOGOS

Art. 31º - O sistema de disputa será feito através de eliminatórias simples (exceto xadrez), sendo que
as equipes classificadas em primeiro e segundo lugares do ano anterior, em cada modalidade,
serão consideradas cabeças de chaves desta olimpíada. Haverá disputa de 3º lugar entre os
perdedores da semi-final.
Art. 32º - Os jogos terão início no horário fixado pelo Comitê Olímpico. A Escola que não se
apresentar dentro da quadra ou local da competição no horário previsto, será considerada
perdedora pelo não comparecimento (W.O.). Não haverá tolerância para atrasos.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Somente haverá uma “tolerância” de 15 (quinze) minutos, para o
início da 1º partida da rodada.
PARÁGRAFO SEGUNDO: O intervalo entre uma partida e outra é de no máximo 05 (cinco)
minutos e em caso de W.O. haverá tolerância de 10 (dez) minutos para que todos os inscritos
das equipes dos jogos seguintes entrem em quadra. No caso de 02 (dois) W.O., ou mais, será
dado o tempo normal de jogo.
PARÁGRADO TERCEIRO: Em caso de W.O. a escola estará eliminada da modalidade,
perdendo os pontos já obtidos na modalidade, passando os pontos para o classificado abaixo e
assim sucessivamente.
Art. 33º - Até 15 (quinze) minutos antes de iniciar a partida, o responsável pela equipe deverá
apresentar na mesa de inscrições a papeleta completa para efetuar as inscrições dos atletas
que participarão do jogo.
Art. 34º - No banco de reservas só poderão estar os atletas fardados, técnicos, comissão técnica e
professor responsável pela equipe, inscritos em súmula.
Obs: “SÓ PODERÃO JOGAR AS EQUIPES DEVIDAMENTE FARDADAS” (Camisetas da
mesma cor e numeradas e calção ou bermuda).
Art. 35º - A ordem dos jogos obedecerá o carnê elaborado pelo Comando Olímpico.
Art. 36º- É obrigatório a presença de um professor da escola para a realização da partida, sob pena
da equipe perder por W.O.
PARÁGRAFO ÚNICO: No caso do professor (treinador) ser expulso, o mesmo deverá ser
substituído no prazo máximo de 15 minutos.

CAPÍTULO VIII
CAMPEÕES OLÍMPICOS – PREMIAÇÃO E PONTUAÇÃO

Art. 37º - Os primeiros e segundos lugares de cada modalidade desportiva receberá 01 (um) troféu e
01 (um) jogo de medalhas e o terceiro lugar somente um jogo de medalhas.
Art. 38º - Na modalidade de atletismo receberá troféu a escola campeã em cada categoria e
medalhas aos atletas classificados em 1º, 2º e 3º lugares em cada prova.
PARÁGRAFO ÚNICO: Pontuação para a escolha da escola campeã em atletismo:

Provas Individuais: Provas Coletivas:


1º Lugar: 13 pontos.
2º Lugar: 08 pontos. 1º Lugar: 26 pontos.
3º Lugar: 05 pontos.
2º Lugar: 16 pontos.
4º Lugar: 03 pontos.
5º Lugar: 02 pontos. 3º Lugar: 10 pontos.
6º Lugar: 01 pontos.
4º Lugar: 06 pontos.

5º Lugar: 04 pontos.

6º Lugar: 02 pontos.

CAPÍTULO IX
TROFÉU GERAL DA O.E.M.

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Art. 39º - Para obter o troféu será feita a soma de todas as categorias, naipes e modalidades para
jogos de quadra, futebol de campo, atletismo, mini rústica e xadrez.
A pontuação será:
1º Lugar: 65 pontos.
2º Lugar: 40 pontos.
3º Lugar: 25 pontos.
4º Lugar: 15 pontos.
5º Lugar: 10 pontos.
6º Lugar: 05 pontos.

Art. 40º - Caso ocorrer empate na contagem dos pontos do atletismo e para o Troféu Geral, o
desempate far-se-á pelo seguinte critério: maior número de 1ºs lugares, maior número de 2ºs
lugares e assim sucessivamente.

CAPÍTULO XI
DAS TORCIDAS

Art. 41º - É de responsabilidade de cada escola a ornamentação do seu espaço no local dos jogos.
Art. 42º - Não será permitido as torcidas levarem baterias, tambores, papel picado e balões, com
exceção do Futebol de Campo.
PARÁGRAFO ÚNICO: Cada escola será responsável pela limpeza do espaço reservado para
a sua torcida.

CAPÍTULO XII
DO COMITÊ OLÍMPICO

Art. 43º - Será formado 01 (um) Comitê Olímpico, sendo das escolas que participam nas categorias
Mirim e Infantil.
Art. 44º - O Comitê Olímpico terá supremacia sobre particularidades vinculadas a Olimpíada e
autonomia na regência de sua administração interna, cabendo-lhe inclusive, a competência de
julgar casos anotados em súmula, as demais infrações ao presente Regulamento interno e as
Leis do Desporto, ouvido quando necessária a versão dos árbitros e equipes.
PARÁGRAFO ÚNICO: Cada escola terá direito a 01 (um) voto.
Art. 45º - Compete ao Presidente do Comitê Olímpico:
a) Convocar reuniões do Comitê;
b) Dirigir e orientar o trabalho do Comitê;
c) Representar o Comitê Olímpico e subscrever os documentos respectivos a sua investidura;
d) Deliberar sobre todos os documentos respectivos de sua investidura, bem como os
assuntos de seu cargo;
e) Fazer o relatório final e avaliação da O. E. M.
f) Repassar as decisões destes Comitês Olímpicos para o próximo Comitê de 2017.

CAPÍTULO XIII
ATLETAS E DISCIPLINA

Art. 46º - Os atletas deverão se apresentar uniformizados, sendo que as camisetas deverão ser com
números.

Art. 47º - Em todas as modalidades a EXPULSÃO, e, sua acumulação, dentro da mesma


modalidade, implicará em suspensão automática para a partida subsequente, obedecendo a
seguinte qualificação:
- 01 (uma) expulsão 01 (uma) partida
OBS: Os cartões amarelos não serão cumulativos nas modalidades de quadra.

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PARÁGRAFO PRIMEIRO: O cumprimento da suspensão automática é de responsabilidade de
cada escola, independente de comunicação oficial. Em caso de ser a última partida da
modalidade, o atleta deverá cumprir no lº jogo da próxima modalidade e na mesma categoria.
Caso o atleta jogar, a escola perderá os pontos na modalidade.
PARAGRAFO SEGUNDO: O atleta da categoria mirim que for expulso, deverá cumprir a sua
suspensão automática dentro da mesma categoria, não podendo atuar na categoria infantil
antes que tenha cumprido a suspensão.

Art. 48º - O atleta, dirigente da equipe, técnico, massagista, preparador físico e representante da
equipe, que constar em súmula como agressor físico ou moral aos adversários, aos árbitros,
fiscais de linha, mesários ou membros do Comitê Olímpico, antes, durante ou após os jogos,
será julgado e ouvido pelo Comitê Olímpico, podendo ser suspenso por até 01 (um) ano.

Art. 49º - A escola que tiver na sua apresentação atletas não matriculados na mesma, ou não
correspondendo a idade das categorias, ou ainda sem a freqüência estabelecida neste
regulamento, será desclassificada de toda a O.E.M .
PARÁGRAFO ÚNICO : A veracidade dos fatos deverá ser analisada pelo Comitê Olímpico.

Art. 50º - Os protestos referentes as competições poderão ser feitos até 01 (uma) hora após o
término da mesma, a qual se refere o protesto. O protesto deverá ser encaminhado ao
Presidente do Comitê Olímpico.
PARÁGRAFO ÚNICO: Só poderão encaminhar registro de protesto o capitão da equipe ou o
técnico, mediante o pagamento de uma taxa de 50,00 (Cinqüenta reais). Após o julgamento se
ganhar à causa, será devolvido o pagamento. O protesto poderá ser feito até 30 (trinta) minutos
antes do próximo jogo
da equipe sob suspeita de irregularidade, ou se envolver a referida escola o mesmo deverá ser
feito antes da próxima partida.

Art. 51º - Este regulamento entra em vigor após a divulgação, revogando-se as disposições em
contrário, podendo o mesmo ser readaptado ou modificado no próximo ano.

Santa Rosa, agosto de 2017

PROF ELÓI BEDENDO RAFAEL RUFINO DA


COSTA
Coordenador Secretário de Cultura e
Esporte

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