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MORTALIDADE POR CANCER DE PULMÃO NO PERIODO DE 1990 – 2015 NO

BRASIL

BRUNA LOUHANYE FREIRE ARAÚJO

ALICIA SUZANA CAVALCANTI ALVES

BRENDA MARIA SOUZA TELES

RESUMO

Objetivo: avaliar os índices de mortalidade por câncer de pulmão no Brasil entre os anos de
1990-2015
Métodos: trata-se de uma pesquisa realizada em novembro de 2018 no atlas de mortalidade
por câncer do Instituto Nacional de Câncer(INCA) acessado pelo Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) com análise dos casos de mortalidade
no Brasil.
Resultados: Segundo o INCA estimam-se 18.740 casos novos de câncer de pulmão entre
homens e de 12.530 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores
correspondem a um risco estimado de 18,16 casos novos a cada 100 mil homens, sendo o
segundo tumor mais frequente; e com um risco estimado de 11,81 para cada 100 mil
mulheres.
Conclusões: Infere-se que o câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores
malignos. Dessa forma, é imprescindível a realização de políticas públicas para prevenção,
uma vez que o diagnóstico tardio diminui em grande parte as chances de cura.

Palavras-chave: câncer de pulmão; mortalidade; tumor maligno; prevenção.


1 INTRODUÇÃO

O Sistema Respiratório é formado por um conjunto de órgãos interconectados de


forma sinérgica. Este é responsável pelas trocas gasosas entre o organismo e o ambiente,
possibilitando que o processo respiratório nos seres humanos aconteça em conjunto com o
sistema circulatório ((ANDRADE FILHO, FERREIRA PEREIRA, 2015).
O pulmão é um órgão duplo, localizado no interior do tórax, e que juntamente com
outros órgãos, está protegido pela caixa torácica. Esse órgão possui forma cônica,
apresentando um ápice superior, uma base inferior e duas faces: costal e mediastinal. A base
está apoiada no diafragma, músculo estriado esquelético que separa o tórax do abdome,
conhecida também, por exercer essa função de separação, como face diafragmática. Na face
mediastinal os pulmões apresentam o hilo do pulmão, fenda responsável pela entrada e saída
dos brônquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a raiz do pulmão (ANDRADE
FILHO, FERREIRA PEREIRA, 2015).
O pulmão está diretamente ligado à traqueia por meio dos brônquios, que são tubos
ocos com diâmetros variáveis. Os brônquios lobares são ramificações dos principais e se
dirigem para cada lobo do pulmão, são dois no pulmão esquerdo e três no direito. Os
brônquios segmentares são originados dos brônquios lobares, sendo um total de dez em cada
pulmão. Os alvéolos também pertencem aos brônquios e são os responsáveis pelas trocas
gasosas, podem ser encontrados isolados ou em grupos, onde facilitam as trocas gasosas
((ANDRADE FILHO, FERREIRA PEREIRA, 2015).

O sistema respiratório tem como órgão essencial o pulmão, sendo este um órgão que
pode ser acometido por diversas doenças causadas por inúmeros fatos, portanto é preciso um
acompanhamento medico e exames de rotina para que sejam evitados problemas com este,
principalmente por não ser possível que seja substituído por transplante e, por mais que seja
um órgão duplo, não é possível a sobrevivência apenas com apenas um, como ocorre com os
rins. Uma das doenças mais prejudiciais e graves que acomete este órgão é o câncer.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2015, p.9):

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos,
podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se
rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis,
determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias
malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa
localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu
tecido original, raramente constituindo um risco de vida. Os diferentes tipos de
câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem
diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de
célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é
denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou
cartilagem é chamado de sarcoma. Outras características que diferenciam os
diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a
capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).

Ainda segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2015, p.9):


o câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando
aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. A última estimativa mundial
apontou incidência de 1,82 milhão de casos novos de câncer de pulmão para o ano
de 2012, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres. Em 90% dos casos
diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de
tabaco. No Brasil, foi responsável por 22.424 mortes em 2011. Altamente letal, a
sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13 e 21% em países
desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento. No fim do século
XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis.
Evidências na literatura mostram que pessoas que têm câncer de pulmão apresentam
risco aumentado para o aparecimento de outros cânceres de pulmão e que irmãos,
irmãs e filhos de pessoas que tiveram câncer de pulmão apresentam risco levemente
aumentado para o desenvolvimento desse câncer. Entretanto, é difícil estabelecer o
quanto desse maior risco decorre de fatores hereditários e o quanto é por conta do
hábito de fumar.

O objetivo desse estudo é identificar a mortalidade por câncer de pulmão no período


de 1990 a 2015 no Brasil.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa documental realizada no período de outubro de 2018 no atlas


de mortalidade por câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA) acessado pelo
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) com análise dos casos
de mortalidade no Brasil no período de 5 anos.
O presente estudo foi desenvolvido no período de novembro de 2018 e integra as
atividades do Eixo Práticas Investigativas em Saúde do Curso de Medicina das Faculdades
Integradas de Patos – FIP.

3 RESULTADOS

O câncer de pulmão, segunda causa de óbito por neoplasias, em 2015, para ambos os
sexos, exibiu taxa de mortalidade mais alta em homens do que em mulheres. As maiores taxas
foram observadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas para homens, e no
Amazonas, Rio Grande do Sul e Acre para mulheres. Embora tenha sido verificada redução
acentuada da mortalidade de 1990 para 2015 em homens no Brasil (-12,0%) e nos estados do
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, houve aumento acentuado no Ceará e na
Paraíba; enquanto, em mulheres, houve aumento no país e nos estados do Ceará, Rio Grande
do Norte e Bahia (figuras 1 e 2).

Figura 1: Taxa padronizada de mortalidade de câncer em homens.

Figura 2: Taxa padronizada de mortalidade de câncer em mulheres.

Ele é o segundo em incidência, após o câncer de próstata, no sexo masculino. Já, no


sexo feminino, é o terceiro, após o câncer colorretal e o da mama. É o câncer que mais leva a
óbito, com cento e cinquenta e oito mil e setecentas (158.700) mortes nos Estados Unidos, em
1996, independente do sexo. Quando todos os casos são considerados, aproximadamente 13 a
15% sobrevivem num período de cinco (5) anos. É o único câncer cuja incidência de morte
tem aumentado progressivamente, a despeito da melhora e da maior agressividade terapêutica
nos últimos anos.
No Brasil, nos faltam melhores dados estatísticos, principalmente nas regiões mais
pobres. Segundo a incidência de distribuição de óbitos na cidade de São Paulo, a neoplasia,
em geral, ocupa a segunda posição com 16,2%, sendo ultrapassada, apenas, pelas doenças do
aparelho circulatório.
Uma característica própria deste câncer de incidência alta de mortalidade é a sua
causa, que é o hábito de fumar, o qual entretanto, possibilita uma ação profilática concreta e
com bons resultados, que é o combate ao tabagismo. No nosso meio, começamos a observar
esta tendência, que esperamos se intensifique nos próximos anos, vencendo os interesses
econômicos que insistem em manter, entre as pessoas, o hábito de fumar.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fica evidente que o câncer de pulmão é mais incidente em tabagistas, sendo necessária
a maior disseminação de informações para com a população sobre os riscos decorrentes do
fumo. Além disso, é importante que haja maior engajamento das equipes de saúde visando um
número maior de diagnósticos precoces, com investimentos em exames para detecção do
tumor em seu estágio inicial, afim dediminuir os casos de mortalidade decorrentes dessa
neoplasia e aumentar os índices de cura, tendo em vista a maior eficácia do tratamento quando
comparado aos diagnósticos tardios.

REFERÊNCIAS

BARBOSA IR, SOUZA DL, BERNAL MM, CCC I. Cancer mortality in Brazil: Temporal
Trends and Predictions for the Year, 2030. Medicine (Baltimore) 2015 Apr; 94(16): e746.

CÂNCER: O que é o câncer?. Disponível em:


<http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322>. Acessoem: 25 out. 2018.

FERLAY J; SOERJOMATARAM I; DIKSHIT R; ESER S; MATHERS C; REBELO M et al.


Cancer incidence and mortality worldwide: sources, methods and major patterns in
GLOBOCAN, 2012. Int J Cancer 2015 Mar 1; 136(5): E359-86. 

FITZMAURICE C; DICKER D; PAIN A; HAMAVID H; MORADI-LAKEH M et al. Global


Burden of Disease Cancer Collaboration. The Global BurdenofCancer, 2013. JAMA Oncol
2015 Jul; 1(4): 505-27

PESSOA DE ANDRADE FILHO; ELÁDIO; FERREIRA PEREIRA; FRANCISCO


CARLOS. Anatomia Geral. 1. ed. Sobral: [s.n.], 2015. 365 p. Disponível em:
<http://md.intaead.com.br/geral/anatomia-geral/pdf/anatomia-geral.pdf>. Acesso em: 26 out.
2018.

TIPOS de câncer: Câncer de pulmão. Disponível em:


<http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pulmao/>. Acesso em:
25 out. 2018.

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