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Pontes de Concreto Armado - TCC
Pontes de Concreto Armado - TCC
Brasília
2014
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Brasília
2014
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Banca Examinadora
_______________________________
Eng.º Civil: Henrique de Paula Faria, M.Sc.
Orientador
_______________________________
Eng.ª Civil: Rosana Duarte Fernandes Dutra.
Examinadora Interna
_______________________________
Eng.º Civil: Edimarques Pereira Magalhães.
Examinador Externo, DNIT
4
Agradecimentos*
À Deus, sempre em primeiro lugar, criador de todas as coisas e que nos deu a
oportunidade e o dom da vida.
A minha mãe, meu maior exemplo de força e fé, que me mostrou que mesmo no
momento mais difícil de nossas vidas a nossa união e amor iriam fazer a diferença
para nos tornar mais fortes e dignos das promessas de Cristo.
Ao meu PAI! Meu exemplo, meu herói, meu eterno professor e melhor amigo. A ele
que me ensinou e me mostrou a profissão mais encantadora e gratificante, por mais
trabalhosa que fosse. Me mostrou os encantos, os desafios e que me deu o primeiro
apoio quando eu decidi traçar esse longo caminho para me tornar uma engenheira.
Meu irmão que em todas as nossas diferenças me mostra o quanto somos parecidos.
Me ensina a dar valor a cada detalhe e a respeitar aquilo que já conquistamos. Me faz
levantar todos os dias e me tornar uma pessoa cada vez melhor.
Ao meu querido Tio Pedro, que diante da perda do meu pai, fez questão de se tornar
presente em cada passo dado por mim, me acompanhando como um anjo da guarda,
me mostrando os bons e maus caminhos a se seguir.
Aos meus antigos companheiros de classe da saudosa UnB, que mesmo quando eu
decidi mudar de curso não me abandonaram e hoje fazem questão de estarem cada
dia mais presentes no meu dia a dia.
Ao meu querido grupo, aos meus queridos meninos do UniCEUB (Luiz Philippe Arena,
Pablo Magalhães, Gabriel Cardoso, Felipe Maranhão, William Santiago, Noel Hatem,
Klaus Frantz, Darley). Por todos os momentos que passamos juntos, por todas as
noites que passamos em claro, seja estudando ou brigando mesmo. Por trabalhos
5
feitos de qualquer jeito ou por aquele estresse acumulado nas provas no final do
semestre. Chega de estudo e que venham as obras!
RESUMO
Um dos grandes desafios do homem é chegar aonde ninguém jamais chegou, ligando
destinos diferentes não importando os obstáculos a serem transpostos, como rio,
mares ou até mesmo os mais profundos vales. Porém as estruturas para se
ultrapassar esses desafios devem ser muito bem projetadas garantindo a segurança
não só daqueles que utilizam essas obras mas também daqueles que possam viver
perto delas. As obras de pontes rodoviárias estão presentes no mundo desde os
tempos antigos, desde a época da ascensão de Roma na conquista de novos
territórios quanto nos dias atuais buscando diminuir a distância entre países e até
mesmo continentes. Neste trabalho de conclusão de curso buscamos identificar os
esforços aplicados a esse tipo de obra e o cálculo para a sua construção com um
correto dimensionamento e total segurança. Seguindo as normas padronizadas pela
a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para obras rodoviárias e a
utilização de softwares para uma maior precisão dos esforços obtidos, a partir das
cargas aplicadas a estrutura, visa-se projetar uma ponte simples para a travessia de
veículos e pedestres no Brasil. Nesse projeto aplicou-se todos os conhecimentos
obtidos ao longo do curso de engenharia civil, não somente na área de cálculo
estrutural, mas também em áreas relacionadas aos solos e hidrológicas.
ABSTRACT
One of the biggest challenges of the men is to get further, where anybody else did,
connecting different destinations no matter what obstacles they have to overcome, like
a river, the ocean or even the deepest valleys. However, the structures to overcome
those challenges must be very well design, ensuring the safety not only of those who
use this kind of buildings but also of those who live close to them. The highway bridges
are present in the world since the old times, since the rise of Rome in the conquest of
new territories or in the now days when people try to decrease the distance between
countries or even continents. Following the standardized norms by ABNT (Brazilian
Association of Technical Standards) to highway constructions and using a software to
get a better precision of the results applied to the structure, we wanted to design a
bridge for vehicles and people to cross. In this project, we developed all the knowledge
that we got all this years studying civil engineering not only in calculation but also in
geotechnical and hydrology.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 16
2. OBJETIVOS.................................................................................................................. 18
3.4.1 Conceitos.......................................................................................................................28
4. METODOLOGIA.................................................................................................................33
ANEXO I .................................................................................................................................57
ANEXO II ................................................................................................................................58
ANEXO III................................................................................................................................59
10
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE EQUAÇÕES
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 5 – Resultados obtidos para cada seção no esforço cortante da carga móvel..........53
ÍNDICE DE SIMBOLOS
ɣc..............................................................................................Densidade do concreto.
φ................................................................................................Coeficiente de impacto.
q.....................................................................................Carga permanente distribuída.
v.....................................................................................Volume para carga distribuída.
G.................................................................................Carga permanente concentrada.
V.................................................................................Volume para carga concentrada.
Q............................................................................................................Carga aplicada.
Ra..................................................Linha de influência pela reação gerada no ponto A.
Rb..................................................Linha de influência pela reação gerada no ponto B.
Fa.......................................Força aplicada aos aparelhos de apoio geradoras de atrito.
µ.....................................................................................................Coeficiente de atrito.
S...........................................................................................Área da seção transversal.
P..................................................................................................................Força peso.
g.........................................................................................................Carga distribuída.
Gr.....................................................................................Carga distribuída da barreira.
ɣasfalto......................................................................................Peso específico do asfalto.
ɣa............................................................................................Peso específico do aterro.
Mq..................................................................................Esforços seccionais momento.
Vq.....................................................................................Esforços seccionais cortante.
M+.....................................................................................................Momento máximo.
M-.......................................................................................................Momento mínimo.
V+.......................................................................................................Cortante máximo.
V-.........................................................................................................Cortante mínimo.
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ÍNDICE DE ABREVIAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
O projeto de uma obra de arte como uma ponte ou viaduto em concreto armado
possui o seu início pela definição da sua finalidade e necessidade, buscando a
transposição de obstáculos dando continuidade à via em que possui um fluxo de
veículos. Para a completa realização do seu projeto são exigidos conhecimentos em
diversas áreas da engenharia civil como hidrologia (para a determinação da seção de
vazão e enchente máxima caso a obra seja de uma ponte), geotecnia, topografia,
projeto de estradas, materiais construtivos e fundações. Durante a realização de
cálculos das cargas e suas respectivas distribuições, são obrigatórios conhecimentos
das disciplinas relacionadas a sistemas estruturais como mecânica dos sólidos,
isostática, teoria das estruturas e concreto armado.
Segundo MARCHETTI (2008), denomina-se Ponte a obra destinada a permitir
a transposição de obstáculos podendo ser rios ou braços de mar. Denomina-se
Viaduto quando o obstáculo transposto é um vale ou outra via.
A obra de arte pode ser dividida em três partes: a superestrutura, que
corresponde a laje e as vigas; a mesoestrutura, que são os pilares, aparelhos de apoio
e encontros; e a infraestrutura, que representa a fundação.
As solicitações são provocadas pelas cargas permanentes e cargas móveis.
Segundo MARCHETTI as cargas permanentes são representadas pelo próprio peso
dos elementos estruturais que estão permanentemente fixos à estrutura da ponte, tais
como guarda-corpo, guarda-rodas, defensas, passeio, pavimentação, postes de
iluminação, trilhos e lastros, podendo ainda ser de dois tipos: concentradas ou
distribuídas. Já as cargas móveis provem do fluxo de veículos e é normatizada pela
NBR 7188 (2013).
No desenvolvimento desse trabalho de conclusão de curso para os cálculos
usaremos softwares que nos auxiliem no cálculo dessas cargas e na obtenção de
gráficos de forças cortantes e momentos fletores. Para isso utilizaremos o FTOOL,
para análise estrutural e obtenção dos diagramas. Durante a realização desses
17
2. OBJETIVO
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Pontes
Segundo PFEIL (1979), sob o ponto de vista funcional elas podem ser divididas
em três partes principais: infraestrutura, mesoestrutura e superestrutura.
Ainda segundo PFEIL, a superestrutura é composta por lajes e vigas principais
e secundárias, é o elemento de suporte imediato do estrado, que constitui a parte útil
da obra, sob o ponto de vista de sua finalidade.
Segundo MASON (1977), a superestrutura recebe diretamente as cargas do
tráfego. Caracteriza as vigas principais como longarinas e as transversais como
transversinas. O tabuleiro e o sistema principal de vigas funcionam de forma integrada.
ponto mais alto da superfície de rolamento da via (gabarito), e no caso de uma ferrovia
será medida até o topo dos trilhos;
espaciais baseadas nas normas alemãs, enquanto as cargas reais são caminhões e
carretas com dimensões e pesos fixados em uma regulamentação específica
denominada lei da balança.
Pela norma NBR – 7188 para os trens-tipo em pontes rodoviárias podem ser
divididos em 3 classes:
De acordo com a revisão dessa norma realizada no ano de 2013 a carga móvel
rodoviária padrão TB-450 é definida por um veículo tipo de 450 kN com 6 rodas
P=75kN, 3 eixos de carga afastados entre si de 1,5m. Com área de ocupação de 18
m², circundado por uma carga uniformemente distribuída constante p=5kN/m².
Segundo PFEIL, a carga móvel, também conhecida como carga útil, pode se
localizar em posições variáveis sobre o tabuleiro da ponte. Para isso, o veículo deve
ser orientado no sentido do tráfego e ter sua posição variada longitudinalmente (seção
mais solicitada) e transversalmente (viga mais solicitada). No dimensionamento,
considera-se todas essas posições pelo método da linha de influência para gerar uma
combinação de cargas. O veículo, além do peso, ainda possui as cargas geradas pelo
impacto vertical e lateral. O impacto é considerado através de um acréscimo
percentual na carga.
3.4.1 Conceitos
linha correspondente.
29
Pela norma 7188 (2012) as cargas móveis verticais características devem ser
majoradas para o dimensionamento de todos os elementos estruturais pelo
Coeficiente de Impacto Vertical (CIV), obtendo-se os valores (Q) e (q) para o
dimensionamento dos elementos estruturais.
20
CIV = 1+ 1,06 * ( 𝐿𝑖𝑣+50 ) para estruturas com vão entre 10,0 e 200,0m.
Onde:
Liv é o vão em metros para o cálculo CIV conforme o tipo da estrutura, sendo:
L é o vão em metros.
Segundo MARCHETTI o atrito nos apoios é um esforço que deve ser levado
em conta no cálculo dos aparelhos de apoio, pilares e encontros. Seu efeito é
geralmente considerado apenas da infraestrutura da ponte. Segundo a NBR 7187,
deve-se considerar as seguintes forças de atrito nos aparelhos de apoio:
32
4 METODOLOGIA DE TRABALHO
0,18 0,27
Pingadeira 0,40 0,09 m 2
2
0,18 0,38
Balanço 1,60 0,448 m 2
2
0,25 0,38
Mísula 0,85 0,268 m 2
2
0,18 0,27
Pingadeira 0,40 0,09 m 2
2
0,18 0,38
Balanço 1,60 0,448 m 2
2
0,25 0,38
Mísula 0,85 0,268 m 2
2
Vão:
g l Vão S Vão c
Apoios:
g l Apoio S Apoio c
Transversinas Intermediárias:
P
4,20 0,25 1,67 25 21,92 kN
2
Transversinas de Apoio
P
3,60 0,25 1,67 25 18,79 kN
2
Realizamos também o cálculo para a viga principal que varia a sua espessura
ao longo de toda a estrutura. Para simplificar os cálculos, reduzem-se as cargas
distribuídas (triangulares), referentes aos acréscimos da espessura da alma da viga,
em cargas concentradas aplicadas nos centros de gravidade dos alargamentos (no
caso a 1/3 do comprimento, por a carga ser triangular). Além da carga triangular
referente ao alargamento em si, também transformamos em carga concentrada, a
diferença de cargas distribuídas existente na região onde a viga tem a espessura
constante de 70 cm.
38
L 1 /3 L 2 /3
Pret
Ptri Ptri
qapoio - qvão
q vão(g1)
L 1 =157,5 85 L2 =257,5
200 300
Ptri q apoio q vão
L
2
Pret q apoio q vão L
P 64,600 49,975
1,575
P 11,52 kN
2
Variação da seção Transversal da viga no vão:
P 64,600 49,975
2,575
P 18,83 kN
2
Variação da seção Transversal da viga no apoio:
P 64,600 49,975 0,85 P 12,43 kN
Parede Frontal:
9,00
Pa 0,30 2,20 25 74,25 kN
2
Dente de Apoio:
Viga Inferior:
40
9,00
Pb 0,25 0,25 25 7,03 kN
2
Aba da Cortina:
Barreiras:
Gr 5,80 kN / m
410
asfalto 24 KN / m 3
41
0,14 0,06
g pav 4,10 24 9,84 kN / m
2
Nas lajes de acesso para o efeito do cálculo admitimos que a laje de transição
funcione como biapoiada (apoiada no solo e no console da cortina).
p
p
apoio no terreno
4,0 m
apoio na cortina
P
4,0 8,16 0,30 25 61,20 kN
2 2
P
0,06 0,14 4,0 8,16 24 19,58 kN
2 2 2
Mg (KNm) Vg (KN)
S0esq -553,16
-1652,58
S0dir 649,22
S1 -498,93 499,16
S2 368,17 367,93
S3 972,81 236,70
S4 1314,99 105,47
S5esq -25,76
1394,70
S5dir -47,68
S6 1168,12 -178,91
S7 679,08 -310,14
S8 -72,43 -441,37
S9 -1086,39 -572,60
S10esq -722,66
-2386,92
S10dir 685,94
Simplificando o trem-tipo:
(6,0 3,0) 5
P 75 P 60 kN
6 40 940 280 40
60 kN / roda
5 kN / m²
1 x
1
4,60 6,40
x1 1,391
48
1 x
2
4,60 5,90
x 2 1,283
1 x
3
4,60 3,90
x3 0,848
Vq P ( x1 x2 x3 ) p ( A)
onde,
x1, x2, x3 = ordenadas das LI’s onde se encontram as cargas concentradas P
Seção S10
Seção S10
S0esq
0,00 -1898,59
S0dir
S1 1202,97 -1717,10
S2 2057,41 -1535,74
S3 2589,33 -1354,25
S4 2858,25 -1172,70
S5esq
2820,69 -991,46
S5dir
S6 2504,50 -917,21
S7 1943,66 -995,29
S8 1186,84 -1081,67
S9 546,71 -1443,05
S10esq
693,23 -2313,19
S10dir
S1 605,40 -71,01
S2 500,83 -119,76
S3 405,30 -197,13
S4 319,37 -279,46
S5esq
243,48 -365,65
S5dir
S6 178,02 -454,53
S7 145,11 -544,83
S8 135,96 -635,19
S9 131,04 -724,18
Tabela 5 – Resultados obtidos para cada seção no esforço cortante da carga móvel.
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Seção 10
Cálculo Ftool
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. NBR 7189. Cargas móveis para o projeto estrutural de obras ferroviárias.
1983
______. NBR 7187. Projeto e execução de pontes de concreto armado. 2002