Pessoas ricardino Lassadier de forma simples e direta através dos artigos do jornal voz de Nazaré apresenta a doutrina da igreja sobre os anjos e demônios
Pessoas ricardino Lassadier de forma simples e direta através dos artigos do jornal voz de Nazaré apresenta a doutrina da igreja sobre os anjos e demônios
Pessoas ricardino Lassadier de forma simples e direta através dos artigos do jornal voz de Nazaré apresenta a doutrina da igreja sobre os anjos e demônios
Olá, meu irmão e irmã. No último “Servindo à Verdade” falei sobre a
natureza dos anjos e sua missão, falei que a Escritura nomeia somente três desses seres, também comentei acerca da festa litúrgica que a Igreja dedica a eles (aos arcanjos e também aos anjos da guarda), falei brevemente que a missão dos anjos esta em colaborar para nossa salvação.
Também lembrei que há aqueles anjos que se empenham em nossa
perdição e é sobre esses que conversaremos. Como sempre nosso ponto de partida, bem como nosso eixo norteador será a Doutrina da Igreja centrada de modo privilegiado no Catecismo, visto termos nele uma bela síntese da Sagrada Tradição, da Sagrada Escritura e do Sagrado Magistério. Ao mesmo tempo e na medida do possível vou apresentando o pensamento de alguns autores respeitados que podem nos ajudar o entendimento. Desejei fazer essa observação por causa da natureza do assunto. Ou seja, há muita superstição e também muito ceticismo rondando o tema e por isso, torna-se mais urgente ainda nos deixarmos guiar pela sabedoria da Mãe Igreja.
Espero que você já tenha notado que não tenho pretensões de
originalidade, basta-me a fidelidade. Ou como diria um amigo querido (Reisemberg Rosa), basta-me ser “homem seta” de modo apontar para a Verdade presente plenamente na Igreja. Se, por acaso eu cometer algum deslize submeto-me inteiramente à correção da autoridade competente, no caso, o sr. Arcebispo. Vamos ao tema.
A Igreja crê, é dogma de fé a existência de Satanás. Ou seja, segundo
o ensinamento da Igreja Satanás é uma pessoa que livremente escolheu contra Deus. Nesse sentido, para a Igreja, o mal não é algo abstrato, uma força etérea. Ensina a Igreja: “Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios são anjos decaídos por terem recusado livremente a servir a Deus a seus desígnios. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus” (CIC, 414). Segundo esse ensinamento a o Diabo foi criado bom, mas ele decidiu ir contra o Sumo Bem que é Deus e ao tomar essa decisão ela tornou-se definitiva, irrevogável de modo que, o Diabo jamais se converterá.
Ele não pode equiparar-se a Deus então procura perverter aquela
criatura que foi feita imagem a semelhança de Deus: o homem. Explicando de outro modo: o Diabo e seus demônios não podem atingir a Deus, então procuram atingir o homem. Foi ele quem motivou a desobediência humana fazendo com que o pecado entrasse no mundo. O Diabo se revoltou contra Deus e quer fazer com que o homem também se revolte contra Deus: “Por trás da desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus e que, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado chamado Satanás ou Diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus... – Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa” (CIC, 391).
É correto dizer, portanto, que o pecado original cometido pelo
homem tem sua origem no pedado original do Diabo e de seus demônios. Para explicar isso costumo falar do pecado original originário e do pecado original originado. O pecado original originário é a revolta de Satanás em relação ao Senhor. O pecado original originado é a desobediência do homem em relação ao Senhor. O pecado original originado (o pecado do homem), foi motivado pelo pecado original originário (aquele cometido pelo Diabo e os seus). Queria, no entanto, ressaltar que essa explicação (sobre esses dois pecados), é minha e é um recurso meramente didático que pretende tão somente tornar esse assunto mais claro. Não é fundamental você aceitar ou se ater a esses conceitos, pois, até onde eu sei a Igreja não usa essa definição.
Mas objetivamente falando, qual teria sido o pecado original
originário? Que tipo de pecado foi esse? Como vimos anteriormente (cf. CIC, 391), foi um pecado de inveja. A inveja consiste no desejo em querer o que pertence ao outro, e ao mesmo tempo, privar o outro do que tem. Inveja é, em outras palavras, ficar infeliz com o bem e a felicidade do outro. Nesse sentido a pessoa invejosa é parasita da felicidade do outro. É verdade, o invejoso é um parasita espiritual, pois, a única coisa que alivia momentaneamente sua infelicidade é sugar a infelicidade do outro. Mas o diabo sabe que Deus não esta sujeito a esse engenho, logo, Satanás é infeliz por excelência.
Ele (o Diabo), por inveja, não se contentou em ser criatura, quis se
igualar a Deus. Depois teve inveja da condição na qual o homem foi criado, isto é, condição de plena amizade com Deus. Diz o CIC (392), acerca do pecado desses anjos pervertidos: “A Escritura fala do pecado desses anjos. Essa ‘queda’ consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: ‘E vós sereis como deuses’ (Gn 3,5). O Diabo é ‘pecador desde o princípio’ (1Jo 3,8), ‘pai da mentira’ (Jo 8,44)”. O Diabo, á perdido e pervertido por causa de sua inveja procura perder e perverte o homem semeando a inveja em seu coração. É como se Satanás dissesse: “vocês não precisam obedecer a Deus, Ele é um velhaco que lhes impõe certas normas, elas não dever ser seguidas. Vocês devem se libertar. Se vocês se libertarem das normas de Deus se tornaram deuses. O que é bem e o que é mal não precisa ser estabelecido por Deus. Vocês mesmos poder estabelecer, segundo, seus sentimento e pensamentos o que é bem e o que é mal” E acatando a tentação do Diabo, buscamos ser iguais a Deus mas no final das contas nos tornamos parecidos com Satanás.
Por enquanto ficamos por aqui. No próximo “Servindo à Verdade”
vamos refletir sobre a atividade do Diabo, sobre possessão...
Sigamos em frente buscando pensar com a Igreja no serviço da