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A ECONOMIA 

BRASILEIRA
INDICADORES ECONÔMICOS

GERAIS
  

A GEOGRAFIA

ÁREA

Na atualidade, o Brasil possui a 5ª extensão territorial mundial. Entretanto,


quando se pensa em território com áreas geográficas contínuas, o Brasil ocupa
a 4ª posição mundial. 

Os EUA detêm territórios separados de sua área original, que foram agregados
ao longo do tempo, como o Alasca (depois do Canadá) e o Havaí
(Arquipélago do Oceano Pacífico).
Mapa-Mundi de 1999.

AS 10 MAIORES
ÁREAS GEOGRÁFICAS
MUNDIAIS
EM KM

LUGAR PAÍS KM
1º Rússia 17.075.200
2º Canadá 9.984.670
3º Estados Unidos 9.631.418
4º China  9.596.960
5º Brasil 8.511.965
6º Austrália 7.686.850 
7º Índia 3.287.590
8º Argentina 2.766.890
9º Cazaquistão 2.717.300
10º Sudão 2.505.810
POPULAÇÃO 

Em julho de 2009, estimava-se que o Brasil possuía a 5ª maior população


mundial, estando na mesma posição que ocupa com sua área geográfica. O
mundo possuiria à época algo por volta de 7 bilhões de habitantes.

Tal ocupação do Brasil é coerente com o tamanho, sem mostrar as


discrepâncias que ocorrem em outros países, como pode ser visto em
Densidade Demográfica mais abaixo.

AS 10 MAIORES
POPULAÇÕES
JULHO 2004 / 2005 / 2006

LUGAR PAÍS JUL 2004 JUL 2005 JUL 2006


1º China 1.298.847.624 1.306.313.812 1.313.973.713
2º Índia 1.065.070.607 1.080.264.388 1.095.351.995
3º Estados Unidos 293.027.571 295.734.134 298.444.215
4º Indonésia  238.452.952 241.973.879 245.452.739
5º Brasil 184.101.109 186.112.794 188.078.227
6º Paquistão 159.196.336  162.419.946 165.803.560
7º Bangladesh 141.340.476 144.319.628 147.365.352
8º Rússia 143.782.338 143.420.309 142.893.540
9º Nigéria 137.253.133 128.765.768 131.859.731

A Rússia foi ultrapassada por Bangladesh, tendo redução de habitantes. 


A Nigéria também teve redução em 2005 (AIDS ?). O Japão mostrava ter
se estabilizado.A China podia ter de fato mais de 1,8 bilhão.

AS 10 MAIORES
POPULAÇÕES
JULHO 2007 / 2008 / 2009
LUGAR PAÍS JUL 2007 JUL 2008 JUL 2009
1º China 1.321.851.888 1.330.044.544 1.338.612.968
2º Índia 1.129.866.154 1.147.995.904 1.160.079.217
3º Estados Unidos 301.139.947 303.824.640 307.212.123
4º Indonésia  234.693.997 237.512.352 240.271.522
5º Brasil 190.010.647 196.342.592 198.739.269
6º Paquistão 164.741.924 172.800.048 176.242.949
7º Bangladesh 150.448.339 153.546.896 156.050.883
8º Nigéria 135.031.164 146.255.312 149.229.090
9º Rússia 141.377.752 140.702.096 140.041.247
10º Japão 127.433.494 127.288.416 127.078.679

Os países com redução populacional em 2009 foram Rússia e Japão. 


Em 2008, a Rússia desceu para a 9ª posição. 
A China podia ter de fato quase 2 bilhões de habitantes..

DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Estima-se que o Brasil esteja bem colocado na 9ª posição em termos de


densidade populacional entre as 10 maiores populações mundiais (vide quadro
acima).

O país possuía em 2009 somente 23,3 habitantes por km2, mostrando que
ainda existia uma vasta extensão de terra a ser colonizada, como no caso do
Centro-Oeste, que continuava a despontar como um dos celeiros da
agricultura mundial moderna. 

Entretanto, é necessário apontar algumas sérias discrepâncias de densidade


populacional que ocorrem em muitos países do mundo atual. 

Pelo quadro abaixo, vê-se que 5 países, Bangladesh, Índia, Japão, Paquistão e


Nigéria, têm problemas de densidade maiores que a China, a 6ª colocada.
Desses 6 países, somente Índia e China possuem territórios gigantescos, o 7º e
o 4º do mundo, respectivamente.

Um país pequeno como a Indonésia, com 1.919.440 km2, em 16º lugar, tem a


4ª maior população, com 240,3 milhões de habitantes.

Um país ainda menor como a Japão, com 377.835  km2, em impressionante


61º lugar em território, tem a 10ª maior população, com 127,1 milhões de
habitantes.

Paquistão com 803.940 km2, em 35º, tem 176,2 milhões de


habitantes. Nigéria com 923.768 km2, em 32º, tem 149,2
milhões.Bangladesh com apenas minguados 144.000 km2,
em 93ª, tem impressionantes 156,1 milhões de habitantes,
em franco crescimento, o que já é um terrível problema
humanitário.

Enquanto isso, um país gigante como a Austrália, com 7.686.850 km2, em 6º


lugar, tem a 54ª maior população, com apenas 21,3 milhões de habitantes. Já o
Canadá, com 9.984.670 km2, em 2º lugar, tem a 37ª maior população, com
33,5 milhões de habitantes.

É interessante notar que a maioria dos países superpopulosos são muçulmanos


- Bangladesh, Paquistão, Nigéria e Indonésia - enquanto essas 2 áreas
gigantescas - Austrália e Canadá - pouquíssimo povoadas, são países da
comunidade britânica recentemente colonizados, frente aos outros, milenares.

Nesse mundo superpopulado, Estados Unidos, Brasil e, especialmente, Rússia,


encontram-se em situações mais confortáveis para as suas populações. O
problema russo é que grande parte de seu território é quase inabitável, sendo a
Sibéria a área mais conhecida.

AS MAIORES
DENSIDADES POPULACIONAIS 
DAS 10 MAIORES POPULAÇÕES
JULHO 2009

LUGAR PAÍS DENSI POPULAÇÃO LU ÁREA LU


DADE GAR KM GAR
1º Bangladesh 1.083,7 156.050.883 7º 144.000 93º
2º Índia 354,7 1.166.079.217 2º 3.287.590 7º
3º Japão 336,3 127.078.679 10º 377.835 61º
4º Paquistão 219,2 176.242.949 6º 803.940 35º
5º Nigéria 161,4 149.229.090 8º 923.768 32º
6º China 139,9 1.338.612.968 1º 9.596.960 4º
7º Indonésia 125,2 240.271.522 4º 1.919.440 16º
8º Estados Unidos 31,9 307.212.123 3º 9.631.418 3º
9º Brasil 23,3 198.739.269 5º 8.511.965 5º
10º Rússia 8,2 140.041.247 9º 17.075.200 1º

A densidade da Índia ultrapassou a do Japão em 2007. Cresceram com 


mais força Paquistão, Nigéria e Indonésia. Caíram Japão e Rússia.

PRODUTO INTERNO BRUTO - PPP

A única forma justa de cálculo do Produto Interno Bruto - PIB (GDP - Gross
Domestic Product), de um país é através da Paridade de Poder de Compra -
PPC (PPP - Purchasing Power Parity).

Este mede quanto uma determinada moeda pode comprar


em termos internacionais (normalmente em dólar),
corrigindo as diferenças de preço de um país para outro e
permitindo que se chegue mais perto de números realistas.

Adotado pelas Nações Unidas em 2003, o PIB/PPP tornou-se


consenso em todo o mundo atual e passou a ser adotado por
instituições que vão do Banco Mundial à CIA, em seu "The
World Fact Book" (NOTA), fonte do governo dos Estados Unidos.

O PIB sintetiza a riqueza e produção nacionais em um ano. Calculado pelo


método do PPP, o Brasil encontrava-se em 9º lugar no mundo desde 2003,
apenas superado por : EUA, China, Japão, Índia, Alemanha, Rússia, Reino
Unido e França. A Itália já teria ficado em 10º lugar em 2008.

Em 2008, o PIB do Brasil pelo método de Paridade de Poder de


Compra ficou em US$ 1,977 trilhão, permanecendo na posição de9ª maior
economia mundial, segundo o Banco Mundial. Segundo a CIA, a posição
seria a mesma, mas o PIB estaria em US$ 1,998 trilhão.

Por estes dois quadros abaixo, entende-se melhor porque China, Índia e Brasil
são hoje expoentes necessários a uma real e justa representação da riqueza
mundial junto ao G-8. O mesmo aplica-se ao Conselho de Segurança da ONU
no caso de Índia e Brasil, pois a China já é um país membro.

AS 10 MAIORES ECONOMIAS 
MUNDIAIS - 2008
PELO BANCO MUNDIAL
PIB (GDP) / PPP
US$ TRILHÕES

LUGAR PAÍS 2008


1º Estados Unidos 14,204
2º China 7,903
3º Japão 4,355
4º Índia 3,388
5º Alemanha 2,925
6º Rússia 2,288
7º Reino Unido 2,176
8º França 2,112
9º Brasil 1,977
10º Itália 1,727

Tabela baseada em dados do Banco Mundial de 2008.


PIB mundial em US$ 69,698 trilhões.

AS 10 MAIORES ECONOMIAS 
MUNDIAIS - 2008
PELA CIA
PIB (GDP) / PPP
US$ TRILHÕES

LUGAR PAÍS 2008


1º Estados Unidos 14,940
2º China 7,992
3º Japão 4,340
4º Índia 3,304
5º Alemanha 2,925
6º Rússia 2,271
7º Reino Unido 2,236
8º França 2,133
9º Brasil 1,998
10º Itália 1,827

PIB (GDP) / PPP da CIA - The World Fact Book 2011.


Dados do BRASIL.

PRODUTO INTERNO BRUTO - NOMINAL

A partir da conversão NOMINAL das taxas oficiais de câmbio, costumava-se


calcular o Produto Interno Bruto (PIB ou GDP - Gross Domestic Product) das
nações. 

Entretanto, para o objetivo de comparar-se economias com realidades


totalmente diferentes, tal método vem caindo em desuso por não refletir a
realidade sobre a situação dentro de cada país.

Portanto, para as comparações entre nações, somente é utilizado hoje o


método conhecido como Paridade de Poder de Compra (PPP- Purchasing
Power Parity), já descrito acima. 

Somente a título de comparação entre esses dois índices - NOMINAL e PPP,


e porque é necessário calcular a dimensão do Orçamento de Defesa (DEFESA
BR) em relação ao PIB, utiliza-se tal índice NOMINAL aqui.

Até 1998, o Brasil ainda ocupava a 8ª posição, com PIB NOMINAL de US$
788 bilhões, mas foi largamente ultrapassado por Canadá e Espanha em 1999,
México em 2001 e Coréia do Sul em 2002, passando assim a ser a 12ª maior
economia mundial, devido à mencionada expressiva desvalorização de sua
moeda em 1999 e à então recessão continuada. 

Em 2003, o Brasil foi ultrapassado pela Índia, Holanda e Austrália, caindo


mais três posições no ranking mundial, atingindo o inédito 15º lugar mundial,
com US$ 493 bilhões.

Iniciando um movimento de reversão e ascensão, o PIB brasileiro já em 2004


atingia US$ 605 bilhões, devido à progressiva desvalorização do Dólar e ao
crescimento da economia, de 4,9%. Com isso, o país recuperou 3 posições,
passando Índia, Coréia do Sul e Holanda, e voltando à 12ª posição.

De fato, a situação mostrou-se tão conjuntural que a cotação do Dólar médio


anual caindo para R$ 2,43 em 2005 fez o PIB voltar à 10ª posição mundial. 

Pois em 2005, com um crescimento de apenas 3,2 %, o Brasil atingiu um PIB


de quase US$ 800 bilhões (como previsto peloECONOMIA BR), com exatos
US$ 797 bilhões, praticamente voltando a 1998. Foi R$ 1,937 trilhão a um
câmbio médio de R$ 2,43. 

Ultrapassou México e Austrália. A Holanda sumiu do mapa dos 15 maiores. A


Rússia acompanhou o crescimento do Brasil bem de perto.

Em fevereiro de 2006, o PIB brasileiro atingiu R$ 1,975 trilhão, o que em


Dólar a R$ 2,10 à época já significara um avanço para US$ 940 bilhões.

Entretanto, em março de 2007, o IBGE  


anunciou nova metodologia para o 
cálculo do PIB NOMINAL do Brasil 
que veio a mudar a história, tendo 
havido uma revisão dos números 
para cima entre 2002 e 2005. 

Com isso, o crescimento do PIB de 2005 aumentou de


2,3% para 2,9%. O de 2004, aumentou de 4,9 % para
5,7%; o de 2003 foi recalculado de 0,5 % para 1,1%; e o
de 2002 saiu de 1,9% para 2,7 %. Tendo como base o ano
de 2000, verificou-se que o PIB de 2005 obteve um
aumento de 10,9% sobre o cálculo anterior.

Assim, o PIB de 2005, que era tido como de R$ 1,937 trilhão
ou US$ 797 bilhões a um câmbio médio de R$ 2,43, passou a ser de R$
2,147.944 trilhões ou US$ 884 bilhões (US$ 883.928 bilhões), verificando-se
o referido aumento de 10,9 %.

Já o PIB NOMINAL de 2006 foi de R$ 2,322.818 trilhões e US$ 1,067 (US$


1,066.687 trilhão ao Dólar médio de R$ 2,1776). Frente ao PIB mundial de
US$ 47,915 trilhões, o Brasil participou com apenas 2,2%. 

Dentro das 10 maiores economias mundiais em


2006, que
concentravam 70% da riqueza mundial e com PIB total de
US$ 33,152 trilhões, o Brasil tinha somente 3,2% de
participação.

Em 11 de março de 2008, o IBGE anunciou que o PIB


NOMINAL do Brasil tinha crescido 5,7% em 2007,
somando R$ 2,562 trilhões, com 100% de acerto para a
previsão feita pelo ECONOMIA BR em julho de 2007. O
PIB atingiu US$ 1,314 trilhão, com um dólar médio de R$ 1,95.
Em 2008, o PIB NOMINAL cresceu 5,1%, somando R$
2,9 trilhões, atingindo US$ 1,554 trilhão, com um dólar médio de R$
1,86. Segundo o Banco Mundial, este PIB chegou a US$ 1,613 trilhão (ver
quadro abaixo).

Para 2009, o ECONOMIA BR já previa em agosto daquele ano que ele
permaneceria no mesmo patamar, a US$ 1,570 trilhão, com um dólar médio
de R$ 2,00. 

Já 2010 foi um ano de crescimento com forte valorização do real frente ao


dólar e PIB bem mais forte. A previsão do ECONOMIA BR, em agosto de
2010, era de um PIB de US$ 2 trilhões com Dólar médio a R$ 1,75.

Em 2010, o PIB NOMINAL cresceu 7,5%, atingindo um valor


próximo a US$ 2,024 trilhões, que é o anunciado no Fact Book da CIA. 

NOVOS NÚMEROS PARA O 


PIB NOMINAL BRASILEIRO
R$ TRILHÕES E US$ TRILHÕES
2000 a 2011

ANO R$ TRI US$ TRI


2000 1,179.482 -
2001 1,302.136 -
2002 1,477.822 -
2003 1,699.648 0,493
2004 1,941.498 0,665
2005 2,147.943 0,884
2006 2,322.818 1,067
2007 2,562.300 1,314
2008 2,889.719 1,554
2009 3,140.000 1,570
2010 3,500.000 2,024
2011 * - 2,200

O ECONOMIA BR previu em agosto de 2010 


PIB (com dólar médio de R$ 1,75) de US$ 2 trilhões 
para o ano e deu US$ 2,024 trilhões.
(*) Previsão do ECONOMIA BR em janeiro de 2011, 
com dólar médio do ano a R$ 1,60, de PIB de 
US$ 2,2 trilhões com crescimento de 7%.

DÓLAR MÉDIO ANUAL


2004 a 2011

ANO R$ VAR. %
2004 2,92 -
2005 2,43 - 16,8%
2006 2,16 - 11,1%
2007 1,95 - 9,7%
2008 1,90 - 2,6%
2009 2,00 + 5,3%
2010 1,76 - 12%
2011 * 1,60 - 9,0%

O ECONOMIA BR previu 1,75 em agosto de 2010, e deu 1,760.


(*) Previsão do ECONOMIA BR em janeiro de 2011.

De acordo com o Banco Mundial, o Brasil fechou o ano de 2008 como a 8ª


maior economia mundial, com US$ 1,613 trilhão (ver quadro abaixo). Com
seu melhor crescimento da economia, o Brasil ultrapassou Rússia e Espanha,
vindo a retomar seu histórico lugar de 8ª maior economia mundial. 

Em seguida, a partir de 2010, deverá rumar para tomar os lugares de outros 4


países europeus (Itália, Reino Unido, França e Alemanha), juntamente com a
China, um outro BRIC de futuro incontestável.

Um estudo do Banco de Investimentos Goldman Sachs conhecido como


"Sonhando com os BRICs" e divulgado em outubro de 2003 prevê que o
Brasil estará entre as 5 maiores potências mundiais em 2050.
Já a revista britânica The Economist, uma das mais
influentes do mundo, publicou em dezembro de 2009 um
especial, mostrando que o país pode chegar ao posto de
quinta maior economia do mundo na década de 2011-
2020, ultrapassando Itália, Reino Unido e França. 

O ECONOMIA BR prevê que o Brasil esteja entre as 5 maiores economias


mundiais antes de 2015 e entre as 3 primeiras ante de 2030.

CRESCIMENTO % DO PIB 
DOS BRICS ENTRE 2005 E 2011

PAÍS 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011


China 10,1 11,0 11,5 9,0 8,7 10,3 8,5
Índia 7,1 10,0 10,0 8,0 5,0 9,7 8,0
Rússia 6,4 10,0 9,0 7,0 - 7,9 5,3 4,0
Brasil 3,2 4,0 5,7 5,1 0,0 7,5 7,0*

(*) Previsão do ECONOMIA BR 


em janeiro de 2011.

AS 15 MAIORES ECONOMIAS 
MUNDIAIS ENTRE 2003 E 2007
PIB NOMINAL
US$ BILHÕES

LUGAR PAÍS 2007 2006 2005 2004 2003


1º Estados Unidos 13,840 13,262 12,760 11,757  10,857
2º Japão 4,384 4,464 4,960 4,780 4,291
3º Alemanha 3,322 2,890 2,600 2,734 2,386
4º China 3,251 2,554 2,230 1,543 1,381
5º Reino Unido 2,773 2,358 2,280 2,113 1,752
6º França 2,560 2,227 2,112 2,026 1,732
7º Itália 2,105 1,841 1,735 1,669 1,459
8º Espanha 1,439 1,217 1,046 971 819
9º Canadá 1,432 1,273 1,047 957 851
10º Brasil 1,314 1,067 884 665 493
11º Rússia 1,290 975 765 535 419
12º Índia 1,099 854 753 594 510
13º Coréia do Sul 957 877 727 582 521
14º Austrália 909 744 650 622 508
15º México 893 811 757 649 612

Dados do IBGE.
Valor do PIB de cada país convertido em 
dólar, compensada a projeção de inflação.

PIB do Brasil já com a nova metodologia 


do  IBGE anunciada em março de 2007.

AS 10 MAIORES ECONOMIAS 
MUNDIAIS - 2008
PELO BANCO MUNDIAL
PIB NOMINAL
US$ TRILHÕES

LUGAR PAÍS 2008


1º Estados Unidos 14,204
2º Japão 4,909
3º China 4,326
4º Alemanha 3,653
5º França 2,853
6º Reino Unido 2,646
7º Itália 2,293
8º Brasil 1,613
9º Rússia 1,608
10º Espanha 1,604

Tabela baseada em dados do Banco Mundial de 2008.

Wikipedia - List of Countries by GDP - Nominal


Wikipedia - List of Countries by Future GDP Estimates - Nominal
A crise espanhola permitiu que o Brasil se firmasse na
oitava posição entre as maiores economias do mundo entre
2009 e 2010. Com base em números oficiais, o jornal
econômico espanhol Expansion revelou em agosto de
2010 que o ranking das maiores economias foi bastante
modificado com a crise global nos últimos anos.

A China ultrapassou o Japão e tornou-se a segunda maior


economia do mundo. Já o Brasil superou a Espanha e
passou a ser a oitava potência, em termos de PIB
Nominal. 

Com base nos números do primeiro semestre de 2010, o


PIB brasileiro seria de US$ 1,8 trilhão, ante US$ 1,5
trilhão da Espanha. 

Segundo o jornal, a Espanha chegou a ficar na sétima


posição em 2007, quando ainda vivia um boom
econômico. Mas, com 20% de desemprego, um déficit
colossal e uma economia estagnada, perdeu posições.

Já dados do FMI, organizados por Alex Agostini,


economista-chefe da Austin Rating, indicam que a
ultrapassagem da Espanha pelo Brasil teria acontecido
ainda em 2009. 
Mas a persistência da crise nos países ricos e a rápida
recuperação dos emergentes, como o Brasil, fizeram com
que a diferença entre os dois países disparasse em 2010.

Brasil em 8º lugar em 2009, segundo o FMI.

Em 2009, segundo os dados do FMI, o Brasil, com PIB de


US$ 1,57 trilhão, estava na oitava posição do ranking, mas
colado na Espanha, que era a nona colocada, com US$
1,46 trilhão. 

Já a projeção do FMI para 2010 jogava o PIB brasileiro


para US$ 1,91 trilhão, bem acima do US$ 1,56 trilhão
previsto para a Espanha. Já a Previsão do ECONOMIA BR,
prevendo dólar médio de 2010 a R$ 1,75, era de um PIB de US$ 2
trilhões para o ano.  
Em 2010, o PIB NOMINAL cresceu 7,5%, atingindo um valor
próximo a US$ 2,024 trilhões, e com dólar médio de R$ 1,76.

RENDA PER CAPITA

O Brasil teve em 2009 uma Renda Per Capita (por cabeça) de US$ 8.220, e
atingiu o valor de US$ 10.900 em 2010, de acordo com a CIA

Entre 2003 e 2010, por volta de 1000 milhões de pessoas


integravam a classe C, a chamada nova classe média,
sendo que então quase 30 milhões deram um salto para
ela, movimentando toda a economia, e especialmente no
Nordeste.

Para Marcio Pochmann, presidente do Instituto de


Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), dada a experiência
histórica, só tem sentido sermos a quinta maior economia
do mundo, se formos a quinta melhor sociedade, afirma.
Ser a quinta economia com o grau de exclusão maior ou
igual ao que temos atualmente é algo muito louvável
somente para os que se beneficiaram do país.

As previsões apontam que a classe média brasileira, que


em 2003 representava 37% da população (66 milhões de
habitantes), crescerá até 2014 para 56% (113 milhões). Por
outro lado, a classe E cairá de 28% (49 milhões) para 8%
(16 milhões). 
Os cidadãos com melhores condições de renda (classe A)
passarão de 8% (13 milhões) para 16% (31 milhões) e a
classe D será reduzida de 27% (47 milhões) em 2003 para
20% (40 milhões) em 2014.

FORÇA DE TRABALHO

A Força de Trabalho no Brasil seria a 5ª maior em 2008, segundo o "The


World Fact Book 2009" da CIA, com 93,7 milhões de trabalhadores. 

Em anos anteriores, somente consideravam nossa Força de Trabalho em 45%


da população. O ECONOMIA BR precisou reajustar o quadro para 50%,
decisão que demonstra ter sido acertada, visto que foi acompanhada pelos
últimos Fact Books, de algum modo. Em 2007, estava em 52%

A CIA não parece computar a parcela da Força de Trabalho informal, tendo


havido somente um cômputo cartorial, com carteiras de trabalho assinadas.
Desde 2005, o trabalho melhorava, mas vindo a recuar em 2009.

FORÇA DE TRABALHO EM 2008


MILHÕES DE TRABALHADORES

LUGAR PAÍS FORÇA  POPULAÇÃO % FORÇA


1º China 807,3  1.330,0 61 %
2º Índia 523,5 1.148,0 46 %
3º Estados Unidos 154,3 303,8 51 %
4º Indonésia 112,0 237,5 47 %
5º Brasil 93,7 196,3 48 %
6º Rússia 75,7 140,7 54 %
7º  Bangladesh 70,9 153,5 46 %
8º Japão 66,5 127,2 52 %
9º Nigéria 51,0 146,2 35 %
10º Paquistão 50,6 172,8 29 %
Cálculo Baseado na Força de Trabalho da CIA - The World Fact Book 2011. 
Estranhamente, segundo esta fonte, somente a Força de Trabalho do Brasil 
foi reduzida frente ao ano anterior (em 6 milhões de trabalhadores e 
percentual de 52 para 48). Até mesmo populações em declínio 
tiveram aumento de Força para a CIA, como Rússia e Japão.

DÍVIDA EXTERNA

A Dívida Externa mundial em 2003 era de US$ 2 trilhões, enquanto que em


2005 chegava a estrondosos US$ 38,5 trilhões, devido ao até então crédito
barato e farto. 

Nesse campo, o Brasil conseguia antes ter destaque absoluto de acordo com o
CIA Fact Book de 2003, perdendo apenas para os EUA, e sem ter mostrado
qualquer alavancagem em sua economia para ter tamanho débito
internacional. 

Entretanto, a partir do Fact Book de 2004, houve uma profunda mudança de


atores, amplamente benéfica ao Brasil. De 2003 para 2004, o país caiu de 2º
para 6º colocado.

A posição do Brasil é conhecida e sua dívida vem diminuindo nos últimos


anos por causa da recuperação econômica. O país procura atrair hoje IED e
remessas de imigrantes, como maiores fontes de financiamento, conforme
visto no próximo item. 

Segundo o Fact Book de 2003, o país mais endividado eram os EUA, cujos
números abaixo referem-se a 2001. Portugal, Austrália e China surgiam logo
após os EUA e o Brasil como os maiores devedores mundiais.

CIA FACT BOOK 2003


AS 10 MAIORES DÍVIDAS 
EXTERNAS MUNDIAIS
  US$ BILHÕES - 2003
LUGAR PAÍS 2003
1º Estados Unidos 1.400,0
2º Brasil 223,6
3º Portugal 211,7
4º Austrália  193,0
5º China 184,0
6º Rússia 165,4
7º México 159,3
8º Argentina 142,0
9º Turquia  141,3
10º Coréia do Sul 134,9

Dívida Externa da CIA - The World Fact Book 2003.

Já segundo o CIA Fact Book de 2004, houve uma mudança bastante radical
no ranking dos principais países endividados, tendo o Brasil caído para 6º
lugar e sido explosivamente ultrapassado por Itália, Espanha, Portugal e até
mesmo Austrália como os maiores devedores mundiais. 

Assim, já estava criado o Grupo dos PIIGS (incluindo a Irlanda do Norte), o


qual ficaria conhecido pelo mundo com a crise da União Europeia, a partir de
2010

Com o CIA Fact Book de 2005, viu-se uma mudança ainda mais radical
no ranking dos principais países endividados externamente, tendo o Brasil
caído para 13º lugar. Foi ultrapassado por enorme lista de países, sendo que
muitos nem constavam entre os 10 mais endividados em 2003 e 2004.

Na época, a dívida de US$ 7,107 trilhões (na versão anterior em US$ 4,71
trilhões) do Reino Unido, seria quase uma impossibilidade se não fosse
verdade.

Uma lenta mudança ocorria na economia mundial e a União Europeia


encontrava-se em 2009 no limiar de uma profunda crise econômica (junto
com os EUA, em que o jogo de dívidas, orçamentos deficitários e reservas
ditaria o ritmo e os maiores perdedores nos anos que se seguiriam.

O Fact Book de 2006 veio registrar o Brasil distante em 2005, já na 23ª


posição mundial, corrigida pelo ECONOMIA BR para a justa 24ª posição,
pelos dados disponíveis. Em 2006, o país já se encontrava em 27º lugar, com
uma dívida próxima a US$ 172 bilhões, significando apenas 11 % de seu PIB
por PPP. 

A dívida externa do Brasil fechou 2007 com US$ 197,7 bilhões, mas em 2008,
as reservas já cobriam em muito este patamar (ver quadro abaixo). A dívida
externa fechou 2008 com US$ 262,9 bilhões, com um expressivo crescimento
devido à crise mundial, mas bastante distante de países agora problemáticos e
antes tidos como insuspeitos, até mesmo como o Japão e a União Europeia
inteira.

Estes países antes insuspeitos estão entrando com muita força nesta
preocupante relação em muito pouco tempo, em que a grande maioria importa
petróleo, mas alguns até o produzem. 

Com toda a crise, o crédito mundial ainda parecia estar farto e barato. Porém,
o alarme soou na União Europeia em 2010, acomeçar pela Grécia e se
estendendo aos outros PIIGS, além de passar a ameaçar economias como a do
Reino Unido e França.

A dívida externa do Brasil fechou 2010 com US$ 255,7 bilhões, com novo
crescimento devido à crise mundial, mas procurando manter-se distante de
maiores problemas.

CIA FACT BOOK 2009


AS 10 MAIORES DÍVIDAS 
EXTERNAS MUNDIAIS E SUAS
PARTICIPAÇÕES NO PIB (GDP) / PPP
  US$ BILHÕES - 2008
LUGAR PAÍS DÍVIDA PIB DÍVIDA / PIB
1º Estados Unidos 13.750,0 14.940,0 87 %
2º Reino Unido 9.041,0 2.236,0 + 304 %
3º Alemanha 5.158,0 2.925,0 + 76 %
4º França 4.935,0 2.133,0 + 131 %
5º Holanda 2.461,0 673,5 + 265 %
6º Irlanda 2.356,0 189,0 + 11.466 %
7º Itália 2.328,0 1.827,0 + 27 %
8º Espanha 2.317,0 1.402,0 + 65 %
9º Japão 2.231,0 4.340,0 51 %
10º Luxemburgo 2.020,0 39,5 + 50.140 %
27º Brasil 262,9 * 1.998,0 13 %

* A CIA estimava o Brasil em 2004 erradamente com US$ 219,8 bilhões, 


e em 2005 com US$ 211,4 bilhões. De 2003 para 2004, o país caiu de 2º 
para 6º colocado. Já em 2005, desceu para a 13ª e, no mesmo ano, 
para a  excelente 24ª posição mundial. Em 2006, foi para o 27º 
lugar e, em 2007, para o 26º lugar com US$ 230,3 bilhões. 
Em 2008, voltou para o 27º  lugar, com 262,9 bilhões.

Sabe-se que ao final de 2004 a Dívida Externa do Brasil caiu para U$ 203
bilhões e em 2005 para US$ 183,2 bilhões.

Somente em abril de 2006, a dívida externa já tinha baixado para US$


161,862 bilhões, segundo levantamento do Banco Central. O estoque de
dívida teve redução de US$ 6,395 bilhões em relação a março. A redução de
3,8% deveu-se aos pagamentos de US$ 6,459 bilhões em bônus do tipo
Bradies e US$ 113 milhões ao Clube de Paris – grupo de bancos. 

O Risco Brasil (índice Embi+ do JP Morgan) caiu para 400 pontos em


dezembro de 2004 e 303 pontos em 2005. Chegou a 2006 com apenas 193
pontos, recorde de baixa batido em 28 de dezembro. Em maio de 2007, já
girava na faixa de 150 pontos, abaixo da média dos países emergentes. 

Encerrou 2010 aos 180 pontos, 6,25% menor que o de 2009. Veja abaixo a
evolução da dívida externa desde 1980.
DÍVIDA EXTERNA DO BRASIL
1980 a 2011

ANO DÍIDA EXTERNA RESERVAS


US$ BILHÕES US$ BILHÕES
1980 54 9,6
1990 96 9,4
1994 120 38
1996 142 60
1998 242 44
1999 241 42
2000 236 33
2002 228 36
2003 235 49
2004 203 53
2005 183 53,8
2006 172,5 85,8
2007 197,7 180,3
2008 200,0 207,0
2009 198,2 239,0
2010 255,7 290,9
2011 * 240,0 390,0
(*) Previsões do ECONOMIA BR em janeiro de 2011.

Wikipedia - List of Countries by External Debt

Após ter pago antecipadamente suas dívidas com o Fundo


Monetário Internacional (FMI) e o Clube de Paris,
mudando seu perfil de devedor para credor, ainda em
2007. 

Depois disso, o Brasil passou a vislumbrar entrar como


sócio pleno de 2 associações de credores internacionais : o
referido Clube de Paris e a Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 
O Clube é uma entidade informal onde se reúnem os
governos credores. Desde 1983, o montante de dívida
renegociada nessa entidade alcança US$ 504 bilhões. De
seus 19 membros, só a Rússia não faz parte da OCDE,
espécie de clube das Nações ricas.

Os outros são EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido,


França, Canadá, Áustria, Austrália, Bélgica, Dinamarca,
Finlândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Espanha,
Suécia e Suíça. 

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO - IED

Em 2005, os números do Investimento Estrangeiro Direto (IED) no


Brasil eram de parcos US$ 15,066 bilhões (menos 17,1% sobre 2004).

Porém, já em 2006, o IED brasileiro cresceu para US$ 18,782 bilhões,


números 24,7% melhores que os de 2005, talvez já prenunciando uma
retomada de investimentos devido ao então aguardado investment grade para
o país em 2008. 

Em 2007, entraram US$ 34,616 bilhões,  O Brasil só perdeu para a


Holanda naquele ano, na classificação de país que mais
crescimento teve no IED, com um crescimento de 84%
sobre o ano anterior (US$ 18,782 bilhões). 

Enquanto isso, o IED na China era de US$ 67 bilhões. O IED


na China seguiu crescendo, mesmo com a lei fiscal de 1º
de janeiro de 2008, a qual aumentou de 15% para 25% os
impostos das empresas estrangeiras, enquanto reduziu de
33% para 25% a carga fiscal sobre as empresas chinesas. 

Já em 2008, no Brasil, houve um impressionante salto,


tendo o IED alcançado US$ 45,06 bilhões, sendo o maior
valor desde 1947, quando começou a série histórica do
BC. 

Só em dezembro de 2008 esses investimentos ficaram em


US$ 8,117 bilhões, sendo que em dezembro de 2007
ficaram em apenas US$ 886 milhões. O recorde anterior
em investimento estrangeiro direto, que era o ano de 2007,
já havia sido batido no acumulado até o mês de outubro de
2008, que ficara em torno de US$ 34,7 bilhões.

Houve uma forte reversão em 2009, por conta da crise


econômica mundial e da especulação permitida com
capitais externos em Bolsa de Valores e em juros, sempre
a curto prazo. A partir daí, esses valores bateram recordes
históricos, enquanto o IED minguou.

Em 2009, o Brasil atraiu um IED de US$ 25,967 bilhões,


que foi 42,4% inferior ao doa ano anterior. 

Em 2010, a melhora foi animadora, atingindo US$ 48,462


bilhões, representando um aumento de 87%, ainda maior
que a diferença entre 2007 e 2006 (84%). O problema é
quantificar os investimentos produtivos ou financeiros,
especulativos atrás de ganhos com a maior taxa de juros
do mundo (5,5% reais).

Enquanto isso, a China atingia US$ 101 bilhões, ou o


dobro do país das "commodities". Pior, apenas o pequeno
território de Hong Kong recebeu US$ 62 bilhões no
período, ou 28% a mais que o Brasil.

INVESTIMENTOS 
ESTRANGEIROS 
DIRETOS NO BRASIL
2000 a 2011

ANO US$ BILHÕES % PIB


2000 32,779 5,44
2001 22,457 4,41
2002 16,590 -3,61
2003 10,144 2,00
2004 18,166 3,01
2005 15,066 1,91
2006 18,782 1,91
2007 34,616 2,77
2008 45,060 3,36
2009 25,967 1,68
2010 48,462 2,33
2011 * 60,000 2,75

(*) Previsões de ECONOMIA BR em janeiro de 2011.

O Brasil possuía um estoque de IED de US$ 201,283 bilhões em 2005,


segundo a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento
(UNCTAD). 
ESTOQUE TOTAL DE
INVESTIMENTOS 
ESTRANGEIROS 
DIRETOS NO BRASIL
1980 a 2005

ANO US$ BILHÕES


1980 17,480
1990 37,243
2000 103,015
2004 161,259
2005 201,283

Em 2000, o volume de IED mundial foi de US$ 1,3 trilhão. Em seguida,


vieram o desaquecimento da economia americana, os ataques terroristas, a
Guerra no Iraque e as devastadoras fraudes contábeis de grandes empresas
americanas. E isso era só o começo dos problemas.

O IED para os países em desenvolvimento aumentaram em 41 % em 2004,


para US$ 233 bilhões. Para os países desenvolvidos, diminuiu em 14 %, para
US$ 380 bilhões. Para os primeiros, foram 36 % de todo o IED do mundo em
2004.

O estoque de investimentos estrangeiros dos EUA era de US$ 1,4 trilhão. O


da China já era de US$ 443 bilhões, sendo que recebeu US$ 53 bilhões só em
2002. A China só perdia então para os EUA, Grã-Bretanha (com 639) e
Alemanha (452). O Brasil já ocupava em 2005 o 7º lugar na lista. Em 1990,
detinha apenas US$ 37 bilhões.

ATIVO EXTERNO BRASILEIRO - AEB


O Brasil aumentou no primeiro semestre de 2010 seu estoque de
investimentos - produtivos ou de natureza estritamente financeira - no
exterior. 

Esse movimento ocorreu por causa da elevação dos investimentos brasileiros


diretos no exterior (IBD), promovida pelas empresas nacionais, e pela política
de acumulação de reservas seguida pelo Banco Central.

A ampliação do volume de bens e direitos brasileiros no exterior significa que


aumentou a capacidade de o país gerar dólares no futuro, em um horizonte de
médio e longo prazos. Isso porque as reservas internacionais produzirão
receitas de juros e o IBD vai gerar remessas maiores de lucros e dividendos
das filiais de empresas brasileiras que estão no exterior para suas matrizes
aqui.

O chamado ativo externo brasileiro atingiu até o primeiro semestre de 2010 o


total de US$ 514,30 bilhões, volume 7,3% maior que os US$ 479,22 bilhões
verificados no fim de 2009. As reservas internacionais deram a maior
contribuição, com elevação de 6,1%, para US$ 253,11 bilhões. Já o IBD subiu
5,5%, para US$ 166,29 bilhões.

RESERVAS MONETÁRIAS

As reservas monetárias internacionais líquidas do Brasil


em 2005 eram de apenas US$ 53,8 bilhões. Mas o país
entrou em 2006 sem mais qualquer dívida com o FMI. Já
em 2009, passou a ser cerdor do FMI, com um empréstimo
de US$ 10 bilhões.

Em julho de 2006 as reservas eram de US$ 64,379 bilhões,


pela primeira vez ultrapassando a dívida pública externa
da União (sem incluir as estatais, que chegava a US$
63,284 bilhões). Fecharam 2006 em US$ 85,839 bilhões. 
O Brasil já encontrava-se em julho de 2007 na  entre as
maiores reservas monetárias do mundo inteiro, com um
total de US$ 150 bilhões, valor alcançado no dia 11
daquele mês. Fechou 2007 já com US$ 180,334
bilhões. Aqui, o Brasil começava a demonstrar ser
também um BRIC.

Durante o ano de 2008, o Brasil ganhou uma posição,


passando a ter as 6ªs maiores reservas mundiais.

AS 10 MAIORES RESERVAS 
MONETÁRIAS MUNDIAIS 
  US$ BILHÕES - DEZEMBRO 2008 

LUGAR PAÍS RESERVAS


1º China 2.000,000
2º Japão 977,700
3º Rússia 435,400
4º Taiwan 280,680
5º Índia 245,857
6º Brasil 207,539
7º Coreia do Sul 200,500
8º Cingapura 168,802
9º Hong Kong 160,557
10º Argélia 149,806

Reservas Monetárias da CIA - The World Fact Book.

Mesmo com o agravamento da crise mundial no 4º


trimestre de 2008, o Brasil conseguiu mater suas reservas
monetárias. O BC precisava vender Dólares à vista no
mercado diversas vezes, mas ainda conseguiu aumentar as
reservas. O anos de 2008 fechou com US$ 208 bilhões em
reservas. 

Em 2 de dezembro de 2009, as reservas monetárias


brasileiras atingiram a inédita cifra de US$ 239,4 bilhões e
fecharam 2009 emUS$ 239 bilhões. 

A luta global pela defesa de suas economias em meio a


uma grave crise econômica mundial levou diversos países
a se desdobrarem no crescimento das somas de suas
reservas. 

Mesmo tendo evoluído durante o ano de 2009, o Brasil


perdeu três posições, passando a ter as 9ªs maiores
reservas monetárias mundiais.

AS 10 MAIORES RESERVAS 
MONETÁRIAS MUNDIAIS 
  US$ BILHÕES - NOVEMBRO 2009 

LUGAR PAÍS RESERVAS


1º China 2.273,000
2º Japão 1.052,600
3º Rússia 441,700
4º Arábia Saudita 395,467
5º Taiwan 347,190
6º Índia 287,374
7º Coreia do Sul 270,900
8º Hong Kong 240,100
9º Brasil 238,000
10º Alemanha 184,167

Reservas Monetárias da CIA - The World Fact Book.

Já em 2010, o Brasil reconquistou três posições, passando


a ter as 6ªs maiores reservas monetárias mundiais,
fechando o ano com US$ 290,9 bilhões.

AS 10 MAIORES RESERVAS 
MONETÁRIAS MUNDIAIS 
  US$ BILHÕES - DEZEMBRO 2010 

LUGAR PAÍS RESERVAS


1º China 2.622,000
2º Japão 1.040,000
3º Rússia 483,100
4º Arábia Saudita 456,200
5º Taiwan 382,800
6º Brasil 290,900
7º Índia 284,100
8º Coreia do Sul 274,600
9º Hong Kong 262,700
10º Cingapura 212,500

Reservas Monetárias da CIA - The World Fact Book 2011.

RESERVAS MONETÁRIAS 
INTERNACIONAIS LÍQUIDAS
DO BRASIL
2005 a 2011

ANO US$ BILHÕES


2005 53,8
2006 85,8
2007 180,3
2008 207,0
2009 239,0
2010 290,9
2011 * 390,0

(*) Previsão do ECONOMIA BR em janeiro de 2011.


Nossa previsão para 2009 era de US$ 240 bilhões.
Nossa previsão para 2010 era de US$ 300 bilhões.

Em 2011, quase 90% das reservas do país estavam


aplicadas em títulos do governo dos Estados Unidos -
considerados investimento seguro, mas de baixa
rentabilidade - bancos do exterior e no Fundo Monetário
Internacional (FMI). O Brasil estava entre as economias
com maior nível de reservas em moeda estrangeira,
segundo dados do FMI.

FONTES & LINKS

Obs : as informações desta fonte são dinâmicas, mudando continuamente.

Dívida Interna: perigo à vista


Autor: Waldir Serafim

A dívida interna do Brasil, que montava R$ 892,4 bilhões quando Lula assumiu o governo em

2003, atingiu em 2009 o montante de R$ 1,40 trilhão de reais e, segundo limites definidos

pelo próprio governo, poderá fechar 2010 em R$ 1,73 trilhão de reais, quase o dobro.

Crescimento de 94% em oito anos de governo.

Para 2010, segundo Plano Nacional de Financiamento do Tesouro Nacional, a necessidade


bruta de financiamento para a dívida interna será de R$ 359,7 bilhões (12% do PIB), sendo

R$ 280,0 bilhões para amortização do principal vencível em 2010 e R$ 79,7 bilhões somente

para pagamento dos juros (economistas independentes estimam que a conta de juros

passará de R$ 160,0 bilhões em 2010). Ou seja, mais uma vez, o governo, além de não

amortizar um centavo da dívida principal, também não vai pagar os juros. Vai ter que rolar o

principal e juros. E a dívida vai aumentar.

A dívida interna tem três origens: as despesas do governo no atendimento de suas funções

típicas, quais sejam, os gastos com saúde, educação, segurança, investimentos diversos em

infraestrutura, etc.. Quando esses gastos são maiores que a arrecadação tributária, o que é

recorrente no Brasil, cria-se um déficit operacional que, como acontece em qualquer

empresa ou família, terá que ser coberto por empréstimos, os quais o governo toma junto

aos bancos, já que está proibido, constitucionalmente, de emitir dinheiro para cobrir déficits

fiscais, como era feito no passado. A segunda origem são os gastos com os juros da dívida.

Sendo esses muito elevados no Brasil, paga-se um montante muito alto com juros e os que

não são pagos é capitalizado, aumentando ainda mais o montante da dívida. A terceira causa

decorre da política monetária e cambial do governo: para atrair capitais externos ou mesmo

para vender os títulos da dívida pública, o governo paga altas taxas de juros, bem maior do

que a paga no exterior, e com isso o giro da dívida também fica muito alto.

A gestão das finanças de um governo assemelha-se, em grande parte, a de uma família.

Quando faz um empréstimo para comprar uma casa para sua moradia, desde que as

prestações mensais caibam no seu orçamento familiar, é visto como uma atitude sensata.

Além de usufruir do conforto e segurança de uma casa própria, o que é um sonho de toda

família, depois de quitado o empréstimo restará o imóvel.  No entanto, se uma família

perdulária usa dinheiro do cheque especial para fazer uma festa, por exemplo, está, como se

diz na linguagem popular, almoçando o jantar. Passado o momento de euforia, além de boas

lembranças, só vai ficar dívidas, e muito pesadelo, nada mais.

No caso, o Brasil está mais assemelhado ao da família perdulária: gastamos demais,

irresponsavelmente, e entramos no cheque especial. Estamos pagando caro por isso.  Como

o governo não está conseguindo pagar a dívida no seu vencimento, e nem mesmo os juros,
ao recorrer aos bancos para refinanciar seus papagaios, está tendo de pagar um “spread”

(diferença entre a taxa básica de juros, Celic, e os juros efetivamente pagos) cada vez mais

alto (em 2008 no auge da crise, o governo chegou a pagar um “spread” de 3,5% além da

Celic). E isso, além de aumentar os encargos da dívida, é um entrave para a queda dos

juros, por parte do Banco Central.

O governo tornou-se refém dos bancos: precisa de dinheiro para rolar sua dívida e está

sendo coagido a pagar juros cada vez mais altos (veja os lucros dos bancos registrados em

seus balanços). Em 2009, em razão das altas taxas de juros pagas, o montante da dívida

cresceu 7,16% em relação ao ano anterior, mesmo o PIB não registrando qualquer

crescimento.

O problema da dívida interna não é somente o seu montante, que já está escapando do

controle, mas sim qual o destino que estamos dando a esses recursos. Como no caso da

família que pegou empréstimo para comprar uma casa própria, se o governo pega dinheiro

emprestado para aplicar em uma obra importante: estrada, usina hidroelétrica, etc. é

defensável. É perfeitamente justificável que se transfira para as gerações futuras parte do

compromisso assumido para a construção de obras que trarão benefício também no futuro.

Mas não é isso que está acontecendo no Brasil. O governo está gastando muito e mal. Tal

qual a família perdulária, estamos fazendo festas não obras. Estamos deixando para nossos

filhos e netos apenas dívidas, sem nenhum benefício a usufruir. Deixo para o prezado leitor,

se quiser, elencar as obras que serão deixadas por esse governo.  

Não tenho bola de cristal para adivinhar quem vai ser o próximo presidente da República: se

vai ser ele ou ela, mas posso, com segurança, afirmar, que seja quem for o eleito vai ter que

pisar no freio, logo no início do governo. Vai ter que arrumar a casa.

Waldir Serafim é economista em Mato Grosso

O conteúdo aqui publicado é de total responsabilidade de seu autor e não reflete

necessariamente a posição de Só Notícias


01. O que são?

São títulos de renda fixa pré ou pós fixados emitidos pelos governos federal, estadual e
municipal com o objetivo de captar recursos para complementação orçamentária e, no caso do
governo federal, também para a condução da política monetária. . [voltar ao topo]

02. Títulos Públicos Federais

O Banco Central e o Tesouro Nacional são os órgãos que emitem os títulos públicos federais.

O Banco Central já há algum tempo não vem emitindo títulos, deixando a cargo do Tesouro
Nacional esta missão.

Portanto, os títulos do Banco Central como o BBC - Bônus do Banco Central e LBC - Letras do
Banco Central têm sido pouco negociados com exceção de um tipo de NBC - Nota do Banco
Central. A cada título lançado há a definição de seu prazo e da correção que será adotada.

Dentre os títulos lançados pelo Tesouro os mais comuns são as Notas do Tesouro Nacional
(NTN), as Letras do Tesouro Nacional (LTN) e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT).

As NTN são títulos de longo prazo com taxas pós-fixadas emitidas por séries específicas com
prazos de até 30 anos. Já a LTN é um título de curto prazo com taxas prefixadas.

As LFT, por sua vez, são títulos de médio e longo prazo emitido com taxas pós-fixadas. Sua
rentabilidade está indexada à Taxa Selic, divulgada pelo Banco Central..[voltar ao topo]

03. Títulos públicos emitidos pelos estados e municípios: 

As Obrigações e Apólices Estaduais e Municipais são títulos emitidos pelos estados e


municípios - com autorização do Senado Federal -, que têm a finalidade de antecipar a receita
tributária do emitente. Normalmente, sua rentabilidade é prefixada ou indexada à Taxa
Referencial (TR) ou Taxa Selic.[voltar ao topo]

04. Como são negociados?

O mercado primário é formado pela primeira venda de um título, ou seja, seu lançamento no
mercado em leilões de taxa. O que significa que o Banco Central (BC) anuncia os volumes e
prazos de vencimento dos títulos que serão ofertados. Os investidores, através das instituições
financeiras, propõem as taxas pretendidas para aquisição e, no caso do BC as aceitar, o título
é emitido. As instituições financeiras autorizadas a participar dos leilões -“dealers”- fazem as
ofertas representando seus clientes, elas próprias ou outras instituições. 
Já o mercado secundário é formado através da revenda dos títulos comprados em leilões
primários entre instituições. A instituição que compra um papel em leilão primário não é
obrigada a carregar o papel até seu vencimento. É prática comum a venda destes títulos a
outras instituições, seja de forma definitiva ou através de operações compromissadas (venda
com recompra com prazo e preço previamente definidos).
[voltar ao topo]

05. TRIBUTAÇÃO

IOF 
Os saques realizados com prazos inferiores a 30 dias terão incidência do IOF sobre os
rendimentos auferidos conforme tabela abaixo: 
Dias de aplicação % IOF Dias de aplicação % IOF

1 96 16 46

2 93 17 43

3 90 18 40

4 86 19 36

5 83 20 33

6 80 21 30

7 76 22 26

8 73 23 23

9 70 24 20

10 66 25 16

11 63 26 13

12 60 27 10

13 56 28 6

14 53 29 3

15 50

IR
Os ganhos auferidos com títulos públicos são tributados à alíquota de 20%. O recolhimento dos
impostos na fonte fica a cargo da instituição pagadora. 
[voltar ao topo]

 uma forma de investimento que reune vários aplicadores, formando uma espécie de
condomínio, no qual as receitas e as despesas são divididas. O patrimônio é gerido por
especialistas - os administradores - e aplicado em títulos diversos ou em outros fundos,
buscando maximizar os retornos e diminuir os riscos dos investimentos. O dinheiro depositado
nos fundos é convertido em cotas. Os cotistas - pessoas que integram o fundo - são
proprietários de partes da carteira, proporcionais ao capital investido. A cota é atualizada
diariamente e o cálculo do saldo é feito multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor
da cota daquele dia. O dinheiro aplicado nos fundos é utilizado para a compra de títulos
diversos como por exemplo ações, títulos públicos, CDBs, etc. conforme a política de cada
fundo. [voltar ao topo]

02. POR QUE INVESTIR EM FUNDOS?

Uma das principais razões de se investir em fundos é a comodidade para o investidor, que
prefere deixar sob os cuidados de especialistas a gestão de seus recursos. As equipes de
gestores acompanham e analisam o mercado diariamente em busca de boas oportunidades de
investimento, o que muitas vezes o investidor não tem tempo nem condições de fazer. Em
virtude do volume de dinheiro que capta, o fundo consegue taxas mais vantajosas em várias
operações do que um pequeno e médio investidor individualmente conseguiria. Os fundos são
investimentos com alta liquidez, o que permite na grande maioria dos casos saques a qualquer
momento sem qualquer tipo de carência.[voltar ao topo]

03. OS FATORES QUE DETERMINAM A RENTABILIDADE ?

A rentabilidade de cada fundo é determinada pela estratégia de investimento adotada pelo


administrador que deve respeitar as características definidas no seu estatuto. Existem fundos
conservadores e fundos mais agressivos com graus de risco definidos de acordo com seu
objetivo. Se um fundo conseguir rentabilidade de 3% em um mês, todos os cotistas terão a
mesma valorização, independentemente do valor aplicado. As taxas e impostos têm grande
importância na rentabilidade do fundo, portanto, vale a pena ficar atento às taxas cobradas, que
variam de acordo com o fundo e com a instituição.[voltar ao topo]

04. QUEM ADMINISTRA OS FUNDOS?

Os administradores de fundos são as instituições financeiras responsáveis legais perante os


órgãos normativos e reguladores (Comissão de Valores Mobiliários - CVM e Banco Central)
além de determinar a política e o regulamento de cada fundo. Existe também a figura do gestor
de fundos que é responsável pela escolha dos papéis, avaliação dos cenários e montagem das
carteiras. No Brasil, existem administradores que realizam a gestão de seus fundos e que
também terceirizam esta gestão para asset managers independentes. Profissionais
especializados acompanham o mercado e procuram definir os melhores momentos de compra
e venda e quais ativos comporão a carteira do fundo. Cada fundo de investimento constitui-se
como uma pessoa jurídica própria, não se confundindo com a instituição gestora. O que
significa que o dinheiro aplicado num fundo está resguardado de qualquer eventual problema
financeiro que a administradora ou a gestora venha a ter. [voltar ao topo]

05. AS TAXAS COBRADAS?

Taxa de administração. A taxa de administração é a porcentagem cobrada sobre o valor total


da aplicação de cada cotista do fundo independentemente do resultado do mesmo. Será
recolhida diariamente uma parcela pelo administrador, que varia de fundo para fundo. É a
remuneração da instituição administradora pelo serviço de gestão e custódia dos recursos. O
regulamento do fundo deve prever quanto será o percentual cobrado relativo à taxa de
administração. Taxa de Performance Muitos fundos cobram uma taxa extra, além da taxa de
administração, sobre o que exceder o seu benchmark (seu parâmetro de comparação). O
benchmark muda de acordo com o tipo de fundo. Os Fundos de renda fixa normalmente
adotam o CDI ou o IGP-M como comparativo, os fundos cambiais usam como benchmark o
dólar e os fundos de renda 
variável costumam adotar o IBOVESPA. Sobre a rentabilidade obtida acima destes índices, é
aplicada uma taxa de performance, que pode variar de um fundo para outro. Por exemplo: Um
fundo de renda fixa que possui como meta o CDI, cobra uma taxa de 20% sobre a rentabilidade
que exceder o rendimento do CDI. Portanto, se o fundo render 30% no ano, e o CDI render
20%, sobre a diferença, no caso 10% será cobrada a taxa de performance. O que no caso,
será 2% fazendo com que o rendimento do fundo de 30% passe para 28% no ano, descontada
a taxa de performance. [voltar ao topo]

06. APLICAÇÕES E RESGATES

Cada fundo define o valor mínimo para a aplicação inicial e para os movimentos adicionais. Os
valores exigidos pelas administradoras de recursos de terceiros variam conforme sua política
de investimento, composição da carteira e público-alvo. Há fundos bem populares, que aceitam
aplicações iniciais a partir de R$ 100,00. Os prazos para movimentação dos fundos devem ser
divulgados, uma vez que diferem de acordo com o fundo e com a instituição. Para aplicação, o
padrão é considerar as cotas de D+0 ou D+1. Se for solicitada uma aplicação até o horário
permitido do dia que varia das 9.00 às 16.00 horas, a cota que valerá será a daquele dia (D+0)
ou a do dia útil seguinte (D+1). É importante notar que a data do pedido de resgate (que
costuma ser D+1) não necessariamente é igual à data em que o dinheiro estará disponível na
conta corrente (que pode ser D+0, D+1 ou D+3).[voltar ao topo]
07. ÓRGÃOS REGULADORES ?

O órgão regulador a que o fundo vai se submeter varia conforme a composição e política de
investimento da carteira. O Conselho Monetário Nacional (CMN), entidade superior do sistema
financeiro, autoriza a criação e o funcionamento dos fundos e delega à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) ou ao Banco Central (Bacen) a responsabilidade pelo controle e
acompanhamento da gestão. O Banco Central (Bacen) é o órgão executivo do sistema
financeiro. A entidade é responsável pela regulação e fiscalização dos fundos de investimento
de renda fixa. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão normativo do sistema
financeiro voltado basicamente para a fiscalização do mercado de ações e de debêntures. A
CVM está para os fundos de renda variável assim como o Bacen está para os de renda fixa. As
carteiras reguladas e fiscalizadas pela CVM devem ter, no mínimo, 51% dos recursos aplicados
em ações de companhias abertas registradas na própria entidade. Além disso, podem ser
constituídas sob a forma de condomínio aberto ou fechado, com prazo de duração determinado
ou indeterminado. [voltar ao topo]

08. AS CATEGORIAS DOS FUNDOS?

Os fundos de investimento podem ser classificados em duas grandes categorias: renda fixa e
renda variável. Renda Fixa Os fundos de renda fixa devem aplicar no mínimo 51% de seu
patrimônio em títulos de renda fixa que pagam juros pré ou pós-fixados. Estes fundos dividem-
se em: os FIFs e os FACs. Os FIFs - Fundos de Investimento Financeiro-investem seu
patrimônio diretamente em títulos diversos do mercado, como títulos públicos federais, CDBs e
debêntures, entre outros. Todo o patrimônio líquido dos FIFs pode ser alocado em títulos
públicos federais. De acordo com o Bacen, o investimento em ações e cotas de fundos de
ações não pode ultrapassar 49% do patrimônio líquido (PL). O percentual da carteira em títulos
emitidos por uma mesma pessoa jurídica, sociedades por ela controladas ou coligadas deve
ser igual ou menor a 10% do patrimônio. Aplicações em papéis de uma única instituição
financeira ou coligada não podem representar mais do que 20% dos recursos. Já os FACs -
Fundos de Aplicação em Cotas - aplicam seu patrimônio em cotas de diferentes tipos de FIFs,
em proporções variáveis. Os FACs, portanto, são fundos de fundos, o que significa que em vez
de aplicar diretamente em ativos, preferem aplicar em cotas de fundos diversos inclusive de
outras instituições. Os títulos de renda fixa mais comuns que compôem as carteiras dos fundos
são o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e os títulos públicos, como LTN e NBC, entre
outros. Os títulos com juros prefixados têm definido no momento do investimento o percentual
que será pago. Por exemplo: No caso de um CDB de 60 dias prefixado, o investidor saberá no
momento da aplicação, que será pago 3% de juros nesse período. Os títulos com juros pós-
fixados têm sua valorização atrelada a um indicador como, por exemplo, o DI (depósito
interbancário). Isso significa que o investidor não sabe, no momento da aplicação, quanto serão
os juros pagos ao final do período, pois eles irão depender da performance do indicador. [voltar
ao topo]

09. OS GRUPOS DE FUNDOS DE RENDA FIXA ?

Existem diversos tipos de fundos de renda fixa uns mais conservadores com baixo nível de
risco e outros mais arrojados. Os fundos de renda fixa mais arrojados mesclam em sua
composição ativos de renda fixa e de renda variável ou operações com derivativos (mercado
futuro). A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID) desenvolveu uma
classificação para os fundos procurando identificar mais claramente as diferentes famílias de
acordo o perfil de risco, potencial de retorno e metas do investimento. A idéia é separar os
fundos principalmente de acordo com seu grau de risco e obrigar as instituições
administradoras a seguir mais de perto o objetivo de cada fundo, buscando evitar que o
investidor compre \"gato por lebre\". A classificação adotada pela ANBID dividiu os fundos de
renda fixa em 3 grandes grupos: referenciados, não referenciados e genéricos. 1. Fundos
Referenciados Fundos referenciados são aqueles que adotam uma administração passiva, ou
seja, o fundo busca replicar a performance de determinado indicador. Os fundos referenciados
devem ser compostos por no mínimo 95% de ativos de renda fixa que acompanham o
desempenho de um único indicador escolhido pelo administrador, como o CDI ou o dólar. Pelo
menos 80% da sua carteira deve ser aplicada em títulos públicos federais ou ainda títulos de
empresas privadas, que apresentem baixo risco de crédito. Estes fundos não podem possuir
uma posição que comprometa seu patrimônio em operações futuras, evitando possibilidades de
perdas. Fazem parte deste grupo: Fundos DI Estão totalmente atrelados à variação do
Certificado de Depósito Interbancário (CDI) no prazo de um dia. A indexação é feita por meio
de derivativos financeiros, como swap de taxas. São fundos que acompanham a taxa de juros,
sendo indicados para cenários cuja expectativa é de alta da taxa de juros. Fundos Cambiais
Buscam proteger a moeda nacional contra eventuais desvalorizações. Aplicam em títulos de
renda fixa corrigidos pelo dólar, como NTN- C (Notas do Tesouro Nacional Cambiais) e export
notes. Instrumentos de derivativos como swap de dólar também são permitidos. Além de
acompanhar a variação do dólar, o capital é rentabilizado com uma taxa de juros. É indicado
para quem possui dívidas em dólar ou quem acredita na desvalorização da nossa moeda. 2.
Fundos Não Referenciados. São fundos considerados conservadores e/ou moderados, e que
não precisam seguir nenhum referencial ou indicador. Neste tipo de fundo é possível
diversificar a carteira em títulos prefixados e pós-fixados com diferentes indexadores. Estes
fundos deverão ser compostos com no mínimo 80% de títulos públicos federais, ou títulos de
empresas privadas que apresentem baixo risco. Fazem parte desta categoria: » Fundos de
Renda Fixa Tradicionais Aplicam em ativos de renda fixa prefixados e pós-fixados. Tais
carteiras não possuem uma estratégia de investimento claramente definida, o que dificulta
mensurar os riscos envolvidos na aplicação. A rentabilidade varia de acordo com os humores
do mercado e a estratégia usada pelo administrador. 3. Fundos Genéricos São fundos que
podem apresentar risco moderado ou agressivo, uma vez que possuem total liberdade na
composição da carteira, podendo aplicar até 49% de seu patrimônio em ações além de aceitar
operações de derivativos. Em virtude do risco existente nestes fundos, informações como a
política de investimentos, taxas, classificação, etc, devem ser destacadas para que o investidor
entenda exatamente em que tipo de fundo está aplicando. Fazem parte desta categoria:
Fundos Derivativos Aplicam em ativos de renda fixa pré ou pós-fixados e assume posições em
derivativos, incrementando a rentabilidade por meio de contratos no mercado de futuros,
opções e operações no mercado a termo. Em função das estratégias arrojadas, os valores das
cotas podem sofrer fortes impactos, acarretando, inclusive, perda do patrimônio. Os fundos
derivativos recebem a classificação "FIFs Livres". Fundos Multiportfólio São aqueles que tem
sua carteira diversificada entre títulos e operações de renda fixa e aplicações em renda
variável, podendo atuar também no mercado de derivativos. Fundo de Investimento no Exterior
- Fiex. Foi criado como alternativa de investimento em moeda estrangeira. Deve investir no
mínimo 80% da carteira em títulos da dívida externa brasileira, também conhecidos como
bradies e até 20% em qualquer título de crédito negociado no mercado internacional, com o
limite de concentração máximo de 10% em títulos de um mesmo emitente. Os títulos são
mantidos em custódia no exterior em nome do fundo e pode alternativamente, ter no máximo,
10% do seu patrimônio, isolada ou cumulativamente, em conta de depósito no exterior ou no
país, em nome do fundo e aindarealizar operações em mercado organizados de derivativos no
exterior, exclusivamente para fins de hedge. É um fundo aberto formado por cotas sem
carência para resgate, caracterizado como de renda fixa, embora com volatilidade de renda
variável. [voltar ao topo]

10.OS GRUPOS DE FUNDOS DE RENDA VARIÁVEL ?

Os fundos de renda variável devem ter no mínimo 51% de sua carteira aplicada em títulos de
renda variável como ações, além de também poderem operar no mercado futuro. Estes fundos
portanto, estão sujeitos a fortes oscilações em sua rentabilidade, possuem alto risco,
possibilidade de altos retornos e também de eventuais perdas. São conhecidos popularmente
como Fundos de Ações e são chamados oficialmente de FITVM - Fundos de Investimento em
Títulos e Valores Mobiliários. Os fundos de renda variável podem ser divididos em três grupos:
fundos passivos, fundos ativos e setoriais. O FITVM pode aplicar seu patrimônio em: - ações de
emissão de companhias com registro na CVM; valores mobiliários cuja distribuição tenha sido
objeto de registro na CVM; - certificados ou recibos de depósitos de valores mobiliários,
regulados pelo CMN ou pela CVM; títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional ou do BC;
títulos de renda fixa de emissão de instituições financeiras; cotas de FIF, cotas de FAC e cotas
de FIEX; operações com derivativos, envolvendo contratos referenciados em títulos e valores
mobiliários, realizadas em pregão ou em sistema eletrônico que atenda as mesmas condições
dos sistemas competitivos administrados por bolsas;operações de empréstimos de ações, na
forma regulada pela CVM e - operações compromissadas de acordo com a regulamentação do
CMN, limitadas a 5% do PL do fundo. Os fundos passivos têm como objetivo seguir um
indexador como o Ibovespa ou qualquer outro. Na prática, um fundo passivo de Ibovespa vai
compor sua carteira com base na carteira do Ibovespa e aguardar os resultados. Já os fundos
ativos buscam superar a rentabilidade de seu indexador. Para isto é necessário ter uma
estratégia agressiva na composição da carteira, usando em alguns casos operações no
mercado futuro. Os fundos setoriais por sua vez possuem como estratégia investir em ações de
determinado setor como telecomunicações, energia, bancos e tecnologia. [voltar ao topo]

11- TRIBUTAÇÃO IR ?

Imposto de renda 20% é a alíquota aplicada nos ganhos obtidos com fundos de renda fixa, já
os ganhos com fundos de renda variável são tributados em 10%. Para a Receita Federal um
fundo só pode ser tributado em 10% se possuir no mínimo 67% de seu patrimônio aplicado em
títulos de renda variável como ações. IOF - Imposto sobre operações financeiras Apenas os
fundos de renda fixa estão sujeitos à cobrança de IOF. Saques realizados com prazos
inferiores a 30 dias terão incidência do IOF sobre os rendimentos auferidos. [voltar ao topo]

12- ANÁLISE DE DESEMPENHO

Transparência É obrigação dos administradores de recursos fornecerem todo o tipo de


informação relevante para o cotista sobre a política de investimento do fundos, os riscos
envolvidos e os principais direitos e responsabilidades dos investidores e dos gestores. O
prospecto e o regulamento do Fundo são os instrumentos básicos de informação no momento
inicial do investimento. Porém, durante o período de permanência do investidor no fundo ele
deve ser informado sobre todas as mudanças importantes, seja na equipe de gestores ou no
estatuto do fundo. A utilização do correio eletrônico (e-mail) como meio de comunicação entre o
administrador de fundos e os cotistas é uma das principais ino!
vações nas regras dos fundos. Benchmark Benchmark é um indicador que dá a referência de
performance que cada fundo busca acompanhar. Os fundos de Renda Fixa costumam ter como
ponto de referência o CDI ( Certificado de Depósito Interbancário ). A meta é sempre obter
resultados iguais ou superiores à taxa do CDI, como mostra o exemplo a seguir: O Fundo XYZ
obteve em 1998 rentabilidade igual a 36,16%, enquanto o CDI rendeu 28,61% . Portanto se o
objetivo do fundo era render 110% do CDI, ele superou seus objetivos e rendeu na verdade
126% em relação a taxa do CDI. Já em 1999, por exemplo o Fundo XYZ rendeu apenas
22,56% enquanto o CDI teve retorno de 25,26% . O Fundo não atingiu seu objetivo pois rendeu
na verdade apenas 89% comparada à taxa do CDI. Já os fundos de Renda Variável possuem
como principal benchmark o Índice Bovespa. Os fundos de ações buscam alcançar
rentabilidade anual igual ou maior que o IBOVESPA, dependendo do perfil e composição do
fundo. Volatilidade A volatili!
dade vem a ser a dispersão positiva ou negativa em relação à média das rentabilidades diárias.
Mais especificamente seria a média dos desvios padrões . Um investimento com alta
volatilidade deve ser considerado como de maior risco. Já os investimentos com baixa
volatilidade possuem uma performance mais estável e, portanto, com um comportamento mais
previsível, sua performance não surpreende o investidor. Risco e retorno Retorno e risco são
duas variáveis que andam juntas no mundo dos investimentos. Quanto maior a possibilidade de
retorno maiores os riscos envolvidos. Por exemplo, fundos que investem mais do que seu
patrimônio no mercado futuro e que podem ter alta rentabilidade em certos períodos, trazem
consigo um alto risco e a possibilidade de rendimentos negativos durante algum período. Já os
fundos mais conservadores procuram garantir mais segurança aos seus investidores e portanto
rentabilidades menores. Análise de Risco Antes de investir em um fundo é importante avaliar!
os riscos envolvidos na aplicação. Conhecer o tipo de investimento, a volatilidade das cotas e
os índices de risco do fundo é fundamental para a escolha consciente do investidor. Outros
aspectos que devem ser analisados pelo investidor são: a instituição que faz a gestão e a
administração do fundo, o agente custodiante (instituição que faz a custódia dos títulos do
fundo) bem como a empresa que faz auditoria dos fundos. Alavancagem Um conceito
importante a ser explorado é o de Alavancagem. A alavancagem ocorre quando o gestor
assume obrigações maiores do que o patrimônio do fundo caso as operações previstas dêem
errado. O regulamento de cada fundo preceitua quanto é o limite de alavancagem de cada
fundo. Por isso, é importante sempre ler no regulamento quanto é este limite para se conhecer
o campo de atuação do gestor. Há gestores que alavancam mais de três vezes o patrimônio do
fundo. Para os fundos de renda variável há um limite estabelecido pela CVM (Comissão de
Valores Mo!
biliários) de 100% de alavancagem sobre o patrimônio. Risco de Crédito É a avaliação da
capacidade do emissor de cada papel em honrar a obrigação assumida no título. Por exemplo,
se um CDB compuser a carteira do fundo, é fato relevante saber se o Banco emissor está
pagando suas contas, adimplento no mercado, em suma a saúde financeira da instituição.
Índice de Sharpe O índice de Sharpe, criado por William Sharpe, é um indicador que permite
avaliar a relação entre o retorno e o risco dos fundos. Ele deve ser usado para comparar
fundos de uma mesma categoria. O índice de Sharpe é definido pela seguinte equação:
( Retorno Fundo - Retorno Livre de Risco) IS = ---------------------------------------------- Desvio
Padrão do Retorno do Fundo O Retorno do Fundo menos o Retorno Livre de risco é definido
como prêmio que o investidor tem pelo risco que se dispôs a assumir. Quanto maior este
prêmio, maior o Sharpe, quanto menor o desvio padrão, será maior o Sharpe. Histórico do
Fundo e do!
Gestor Embora rentabilidade passada não seja garantia de rentabilidade futura, a evolução do
valor das cotas do fundo é um bom parâmetro para se tomar como base na escolha de um
fundo de investimento. Porém, é importante saber se a política de gestão praticada, o gestor e
o procedimentos de análises atuais são os mesmos que garantiram aquela rentabilidade
passada. [voltar ao topo] 

13- OUTROS FUNDOS

1. Fundo Capital Garantido Tem como meta proteger o capital principal investido. Investe uma
pequena parcela do patrimônio em renda variável, buscando uma rentabilidade maior do que a
dos demais fundos de renda fixa, porém, sem colocar em risco o valor principal. Se o mercado
de renda variável alcançar bom desempenho este fundo renderá mais do que os fundos que só
investem em renda fixa. Caso o mercado de renda variável não apresente bons resultados, o
investidor não perde seu capital como aconteceria se ele tivesse aplicado num fundo de ações,
ele terá garantido o capital inicial investido. Por exempl!
o: Um fundo investe 98% de seu patrimônio em títulos de renda fixa prefixado, com este
rendimento ele garante uma rentabilidade que cobrirá os 2% restante do patrimônio do fundo.
Os outros 2% o administrador investe em títulos de renda variável ou no mercado futuro,
buscando maior rentabilidade. Caso, haja perda total nos investimentos de renda variável ele
tem garantido os 100% do patrimônio do fundo. Na pior das hipóteses este fundo não perde. 2.
Fundos Off Shore São carteiras que aplicam recursos disponíveis no exterior em ativos
brasileiros e que têm a sua sede formalmente localizada no exterior. 3. Fundos Private Equity
São fundos fechados que compram participações minoritárias em empresas privadas. Esses
fundos não podem investir em empresas de capital fechado. Por esta razão esta razão as
empresas interessadas em receber esses investimentos devem abrir o capital ou fazer a
chamadaabertura técnica\" (registro na CVM e emissão de ações que são compradas pelo
fundos). Os objetivos dos fundos private equity são capitalizar a empresa, definir uma
estratégia de crescimento, valorizar as ações e vender com lucro esta participação. O horizonte
da aplicação varia de três a oito anos. Fontes de consulta: Mercado Financeiro, Produtos e
Serviços - Eduardo Fortuna Banco Central do Brasil Comissão de Valores Mobiliários. [voltar ao
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01. Quando surgiu a Unidade do Sistema Monetário Brasileiro nos padrões atuais?

Isso se deu no século XIX quando a Casa da Moeda, naquela época situada no Estado da
Bahia, imprimiu as primeiras cédulas.[voltar ao topo]

02. Por que houve alteração nas moedas?

No sentido de adaptá-las às circunstâncias econômicas do país, especialmente a partir de 1964


quando se intensificou o processo inflacionário. [voltar ao topo]

03. Qual a moeda no período entre 01/11/1942 a 12/02/1967 ?


A moeda era o Cruzeiro, seu símbolo Cr$. Sua paridade (relação) com moeda anterior era
1.000 réis = 1,00 cruzeiro (1 conto de réis = 1.000 cruzeiros). A fração do cruzeiro denominada
"centavo" foi extinta a partir de 1/12/64. A fundamentação legal da alteração da moeda veio
pelo Decreto-Lei n.º 4.791, de 05.10.42 Lei n.º 4.511, de 1.12.64. [voltar ao topo]

04. Qual a moeda no período entre 13/02/1967 a 14/05/1970 ?

A moeda era o Cruzeiro Novo, seu símbolo NCr$. Sua paridade (relação) com moeda anterior
era 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzeiro novo . A fundamentação legal da alteração da moeda veio
pelo Decreto-Lei n.º 1, de 13,11,65 Resolução do Banco Central n.º 47, de 13.02.67. [voltar ao
topo]

05. Qual a moeda no período entre 15/05/1970 a 27/02/1986 ?

A moeda era o Cruzeiro, seu símbolo Cr$. Sua paridade (relação) com moeda anterior era 1,00
cruzeiro novo = 1,00 cruzeiro. A fração do cruzeiro denominada "centavo" foi extinta a partir de
16/08/84. A fundamentação legal da alteração da moeda veio da Resolução do Banco Central
n.º 144, de 31.03.70 Lei n.º 7.214, de 15.08.84. [voltar ao topo]

06. Qual a moeda no período entre 28/02/1986 a 15/01/1989 ?

A moeda era o Cruzado, seu símbolo Cz$. Sua paridade (relação) com moeda anterior era
1.000 cruzeiros = 1,00 cruzado. A fundamentação legal da alteração da moeda veio pelo
Decreto-Lei n.º 2.283, de 27.02.86. [voltar ao topo]

07. Qual a moeda no período entre 16/01/1989 a 15/03/1990 ?

A moeda era o Cruzado Novo, seu símbolo NCz$. Sua paridade (relação) com moeda anterior
era 1.000 cruzados = 1,00 cruzado novo. A fundamentação legal da alteração da moeda veio
pela Medida Provisória n.º 32, de 15.01.89, convertida na Lei n.º 7.730, de 31.01.89. [voltar ao
topo]

08. Qual a moeda no período entre 16/03/1990 a 31/07/1993 ?

A moeda era o Cruzeiro, seu símbolo Cr$. Sua paridade (relação) com moeda anterior era 1,00
cruzado novo = 1,00 cruzeiro. A fundamentação legal da alteração da moeda veio pela Medida
Provisória n.º 168, de 15.03.90, convertida na Lei n.º 8.024, de 12.04.90. [voltar ao topo]

09. Qual a moeda no período entre 01/08/1993 30/06/1994 ?

A moeda era o Cruzeiro Real, seu símbolo CR$. Sua paridade (relação) com moeda anterior
era 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzeiro real. A fundamentação legal da alteração da moeda veio
pela Medida Provisória n.º 336, de 28.07.93, convertida na Lei n.º 8.697, de 27.08.93, e
Resolução do banco Central n.º 2.010, de 18.07.93. [voltar ao topo]

10. Qual a moeda no período desde 01/07/1994 (até nossos dias) ?

A moeda é o Real, seu símbolo R$. A paridade entre o Real e o Cruzeiro Real, a partir de
1/07/94, é igual à paridade entre URV (Unidade Real de Valor) e cruzeiro real fixada pelo
Banco Central do Brasil para o dia 30.06.94 ( CR$ 2.750,00). Diante disso, a conversão de
cruzeiros reais deve ser feita mediante a divisão no valor em CR$ pelo valor da URV de CR$
2.750,00. Exemplificando: CR$ 2.750,00 dividido por CR$ 2.750,00 é igual a R$ 1,00 (um real).
Outro exemplo: CR$ 1.000.000,00 dividido por CR$ 2.750,00 é igual a R$ 363,63. Essa
mudança foi fundamentada nas Leis n.º 8.880, de 27.05.94, e 9.069 de 19.06.95. [voltar ao topo]
1. O que é CDB?

O certificado de depósito bancário (CDB) é o título de renda fixa emitido por instituições
financeiras. Os outros títulos de renda fixa privados são as letras de câmbio, as letras
hipotecárias, as debêntures e os commercial papers.

O CDB pode ser emitido por banco comercial, múltiplo ou de investimento junto aos seus
clientes pessoa física, jurídica ou outros bancos;funciona como um depósito a prazo efetuado
pelo cliente com a finalidade de criar reservas para que o banco possa fazer empréstimos.
Quando há muita procura por crédito no mercado, o banco poderá pagar juros mais altos pelo
CDB, tentando atrair mais investidores. Quando a procura por crédito é pouca, o banco
reduzirá o valor da taxa para desestimular a captação.

São dois os tipos de CDBs; os pós-fixados e os préfixado:

CDB PÓS-FIXADO

O CDB pós-fixado varia de acordo com um índice que pode ser a TR, TJLP, TBF ou um índice
de inflação, como o IGP-DI ou o IGP-M. O investidor só conhecerá a valorização de seu
rendimento à medida que o índice escolhido for sendo valorizado. O investimento em CDB pós-
fixado é uma boa alternativa quando os juros começam a subir, isto porque com um CDB pós-
fixado, o rendimento obtido acompanha a curva dos juros. No caso do CDB pós-fixado o
investidor negocia com a instituição o percentual de juros a ser pago (que varia conforme o
valor do investimento) além da valorização do índice determinado.

CDB PREFIXADO

No CDB prefixado, no momento da aplicação o investidor já conhece o percentual de


valorização nominal de seu investimento. Portanto, quando a perspectiva é de queda da taxa
de juros, a modalidade mais indicada é a prefixada. [voltar ao topo]

02. Qual é a rentabilidade do CDB?

Como o CDB é uma aplicação com remuneração negociada, as instituições financeiras


concedem taxas melhores de acordo com o volume do investimento, ou seja, quanto maior o
investimento, maior a chance de conseguir taxas melhores. Assim, é importante negociar bem
a taxa e ficar atento às diferentes ofertas. [voltar ao topo]

03. E quais são as garantias desse investimento?

O Fundo Garantidor de Crédito garante um valor de até R$ 20.000 por instituição bancária na
qual o investidor aplicou seu dinheiro, independentemente do valor total aplicado e das
diferentes formas de depósito e aplicação. Ou seja, se você tiver R$ 20.000 em CDBs e R$
5.000 em conta corrente e mais R$ 3.000 na caderneta de poupança em uma mesma
instituição bancária, no caso do banco quebrar, você receberá no máximo R$ 20.000. Acima
disso, as garantias podem ser dadas pelo banco captador de recursos. Também é preciso
explicar que as garantias são dadas ao investidor direto. [voltar ao topo]

04.E eu posso fazer retiradas antecipadas?

O CDB pode ser negociado antes do seu vencimento. Neste caso o valor de resgate deverá ser
negociado com o comprador do título (uma vez que para resgatar antecipadamente você
deverá vender o título para o banco ou outra instituição).[voltar ao topo]

05. E quais são as tributações?

CPMF
O CDB não tem reaplicação ou renovação automática. Quando vence, o dinheiro vai para o
conta corrente e é necessário uma solicitação para nova aplicação, incidindo CPMF de 0,30%
no momento da saída do dinheiro da conta-corrente. IOF: Os saques realizados com prazos
inferiores a 30 dias terão incidência do IOF sobre os rendimentos auferidos. O porcentual varia
de acordo com o número de dias.

Veja a tabela:

Dias de aplicação % IOF Dias de aplicação % IOF


1 96 16 46
2 93 17 43
3 90 18 40
4 86 19 36
5 83 20 33
6 80 21 30
7 76 22 26
8 73 23 23
9 70 24 20
10 66 25 16
11 63 26 13
12 60 27 10
13 56 28 6
14 53 29 3
15 50    

IR: Os ganhos auferidos com títulos privados de renda fixa são tributados com alíquota de 20%,
cabendo à instituição pagadora dos rendimentos o seu recolhimento na fonte.

RDB

O RDB é um recibo de depósito bancário (RDB), que tem as mesmas características de um


CDB, com a diferença de que não admite negociação antes de seu vencimento. Porém, pode
ser rescindido em caráter excepcional desde que com acordo da instituição depositária. Neste
caso só pode ser devolvido o principal, isto é, sem os juros. [voltar ao topo]

01. O que é taxa de juros?

É o preço do dinheiro. Dinheiro é uma mercadoria com outra qualquer. Tomemos o exemplo de
uma geladeira. O preço varia em função da lei da oferta e da procura. Quanto maior a
quantidade de geladeira no mercado, menos o consumidor pagará por ele. Com o dinheiro é a
mesma coisa. Quanto mais dinheiro os bancos têm para oferecer aos seus clientes, menos
eles cobram pelo empréstimo. E o preço que os bancos cobram é a taxa de juros. Os bancos
precisam captar recursos no mercado para poder emprestar. Para atrair esse capital eles
remuneram os clientes que depositam seu rico dinheirinho. E adivinhe com o se chama essa
remuneração: taxa de juros. Portanto, por definição, o que o banco lucra é a diferença entre a
taxa de juros paga ao depositante e a taxa cobrada de quem pega um empréstimo. É o
chamado spread. [voltar ao topo]

02. O que é Selic ?


É o preço do dinheiro. Dinheiro é uma mercadoria com outra qualquer. Tomemos o exemplo de
uma geladeira. O preço varia em função da lei da oferta e da procura. Quanto maior a
quantidade de geladeira no mercado, menos o consumidor pagará por ele. Com o dinheiro é a
mesma coisa. Quanto mais dinheiro os bancos têm para oferecer aos seus clientes, menos
eles cobram pelo empréstimo. E o preço que os bancos cobram é a taxa de juros. Os bancos
precisam captar recursos no mercado para poder emprestar. Para atrair esse capital eles
remuneram os clientes que depositam seu rico dinheirinho. E adivinhe com o se chama essa
remuneração: taxa de juros. Portanto, por definição, o que o banco lucra é a diferença entre a
taxa de juros paga ao depositante e a taxa cobrada de quem pega um empréstimo. É o
chamado spread. [voltar ao topo]

03. Então o que é a Taxa Selic?

A economia tem diversas taxas de juros. Uma delas é a Taxa Referencial, a famosa TR que
remunera, entre outras coisas, os depósitos da caderneta de poupança. A taxa Selic é o
resultado da média diária das negociações dos títulos públicos federais. Por exemplo, num
determinado dia foram realizadas duas operações com títulos públicos. A primeira pagou uma
taxa de 16% ao ano. A segunda pagou mais: 16,2% ao ano. A taxa Selic neste dia será de
16,1% ao ano. [voltar ao topo]

04.Por que as taxas do cheque especial e dos empréstimos são tão altas?

Porque há o spread bancário entre a taxa Selic e a taxa cobrada pelos bancos. Também
existem outros fatores que impactam a taxa cobrada pelos bancos: o recolhimento compulsório,
que é o valor que os bancos têm que recolher aos cofres do banco central no fim de cada dia; o
Imposto sobre Operações Financeiras ( IOF), a Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF) ou o imposto do cheque; o nível de inadimplência; os custos bancários e a
margem de lucro.[voltar ao topo]

05. O que é o Copom?

Comitê de Política Monetária do Banco Central, instituído em 20 de junho de 1996 com o


objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. Sua criação
buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório. [voltar ao topo]

06. Por que as taxas de juros americanas influem nas taxas brasileira ?

O Brasil depende de capitais externos para financiar sua divida. Nossa taxa de juros terá que
ser sempre maior do que a americana para atrair esses capitais na praça. [voltar ao topo]

07. O que é viés?

Tendência, direção. Indica o que pode acontecer entre uma reunião e outra do Comitê de
Política Monetária. (Copom). Na prática o viés dá poderes ao presidente do Banco Central (BC)
fixar, antes da próxima reunião do Copom, um novo valor para a taxa Selic no sentido do viés.
Tipos de viés:. de baixa - O presidente do BC pode mover a taxa para baixo. de alta- O
presidente do BC pode mover a taxa para cima a qualquer momento. Neutro ou sem viéis- A
taxa permanece a mesma até a próxima reunião . volta ao topo

08. O que influencia o Copom na hora de fixar a taxa Selic?

Fatores externos e os internos. No âmbito internacional, leva-se em conta o nível de


instabilidade/estabilidade, principalmente das economias emergentes (Argentina, Chile, China,
Índia, países do Sudeste Asiático, entre outros), e da economia dos Estados Unidos. No fórum
interno, são avaliados essencialmente os indicadores de preço, que mostram uma fotografia do
comportamento da inflação no passado. Mas o Copom, na verdade, tem como principal
preocupação, o comportamento futuro da inflação. Por isso, os integrantes do comitê também
avaliam o comportamento de itens que podem impactar a trajetória da inflação no futuro. Como
por exemplo o preço do barril do petróleo, tarifas públicas, períodos de safra e entressafra,
entre outros. O Copom também pode levar em conta na hora de fixar a taxa Selic o nível de
consumo da sociedade. Em outras palavras, se as pessoas estiverem indo as compras com
muito furor, o BC pode elevar a taxa básica de juros para conter o consumo e estimular a
poupança. Como? Simples: com taxas de juros mais altas, os crediários também ficam mais
pesados na hora de pagar. E ao mesmo tempo, a remuneração das aplicações financeiras,
ficam mais atraentes. volta ao topo

01. Atualmente qual a situação do Brasil frente a dívida externa?

Hoje no Brasil muitos analistas vendem a idéia de que o problema da dívida externa foi
resolvido a partir do acordo fechado com o FMI. Mas ao contrário do que muitos pensam, o
comprometimento do gasto público e cada vez maior e o monitoramento do FMI é total sobre o
Brasil.

Dessa maneira, o comprometimento de recursos no país para sustentar a política de


favorecimento do capital financeiro internacional, do governo FHC, limita a capacidade de
produção e liquida qualquer possibilidade de resgate da dívida externa brasileira.

Isso sem falar no endividamento público interno, que já passa dos R$ 500 bilhões, ou seja,
50% do PIB nacional.

Vivemos em um modelo incompatível com a realidade brasileira, e esse modelo traz


conseqüências diretas à sociedade e ao país.[voltar ao topo]

02. O endividamento externo do país é, realmente um "mal necessário"?

Essa história de dívida externa vem de longe. E temos que considerar vários fatores que nos
levaram a acreditar que o endividamento externo seria a solução. Uma prática considerada
como a "morfina imprescindível".

O Brasil sempre foi vítima de uma política do fraco contra o rico, e com uma crescente
desvalorização de nossas exportações, enquanto os preços das importações continuavam
estáveis. Dessa maneira sempre houve um grande déficit na balança comercial brasileira e o
governo sempre optou pela solução mais fácil: o financiamento externo, não só para tampar
buracos, como também para conseguir a rolagem da dívida . [voltar ao topo]

03.A dívida externa é o montante de dinheiro que o governo deve ?

Não. A dívida externa pertence, em sua maior parte, à grandes empresas privadas do que ao
próprio governo. Isso porque 60,1% dessa dívida, ou US$ 139,2 bilhões, é do setor privado.

E, do total dessa dívida do setor privado, cerca de 83,5% correspondem a dívidas de médio e
longo prazos, que vencem ao longo dos anos. Apenas 16,5% da dívida privada constituem
dívidas de curto prazo e, dessa parcela, a maior parte corresponde a linhas de crédito para o
financiamentos do comércio exterior, renovadas periodicamente.

Os outros US$ 204,4 bilhões têm prazo superior a um ano e, nesse caso, são empréstimos
para investimentos, no setor privado, ou para o governo federal, para rolar a dívida. É por meio
de empréstimos também que o governo recebe os recursos do Banco Mundial e do Banco
Interamericano de Desenvolvimento, para financiar projetos sociais. iça. [voltar ao topo]

04.Qual é o atual perfil da dívida brasileira ?

O perfil atual da dívida externa brasileira mudou bastante da década de 80 para cá. Naqueles
anos o grande devedor era o setor público. Em dezembro de 1980, por exemplo, 69% dos US$
53,8 bilhões que o país devia eram responsabilidade do governo federal. Em 1985, esse
percentual era de 82% .
Hoje o setor público não-financeiro (governo federal, estados, municípios) responde por US$
92,2 bolhões, ou seja 39,8% da dívida externa bruta. Considerando-se a dívida externa líquida
do setor público, ou seja, deduzindo-se da dívida bruta as reservas internacionais do Banco
Central do Brasil ( US$ 28,6 bilhões em 31 de maio de 2000), a dívida cai para US$ 63,6
bilhões. Valor em torno de 10 % do PIB.[voltar ao topo]

05. Quais são os prazos de pagamento para divida brasileira?

A dívida externa brasileira vem sendo refinanciada em prazos e condições favoráveis. O


Tesouro Nacional realizou em agosto, para se ter uma idéia, uma inédita emissão internacional
de bônus no valor superior a US$ 5 bilhões. Terá um prazo de 40 anos para pagar. A emissão
desses bônus foi com o propósito de troca-los por títulos mais antigos e com prazo de
vencimento e custos menores para o país.

A dívida de curto prazo do setor público, até um ano para pagar, é relativamente pequena e
corresponde 4% do total da dívida pública. Toda essa dívida de curto prazo se refere a linhas
de financiamento de importação da Petrobrás, também renovadas periodicamente os. [voltar ao
topo]

06.E se parássemos de pagar a dívidas, o que aconteceria ?

Se for considerado inadimplente o Brasil perderia crédito no exterior, pagaria mais caro por
qualquer empréstimo e haveria também graande fuga de capitais para outros lugares, o que
reduziria a quantidade de recursos disponíveis para o país.

É exatamente assim que ocorre com as pessoas que não honram os seus compromissos.
Ficará com o nome sujo na praça os.[voltar ao topo]

01. O que é câmbio? 

Câmbio é toda operação em que há troca de moeda nacional por moeda estrangeira ou vice-
versa. Por exemplo: a Receita te vende moeda estrangeira (recebe moeda nacional e lhe
entrega moeda estrangeira) quando você vai viajar para o exterior e precisa de dinheiro para
sua estada, suas compras, etc; a Receita compra de você moeda estrangeira (recebe a moeda
estrangeira e lhe entrega moeda nacional) quando você retorna da viagem ao exterior e ainda
possui algum dinheiro do país que você visitou, dinheiro que não será usado no Brasil. [voltar ao
topo]

02. Então qualquer pessoa pode comprar e vender moeda estrangeira?

No Brasil, toda operação de câmbio deve ser realizada por meio de contrato de câmbio, tendo
sempre, como uma das partes, uma instituição autorizada a operar em câmbio pelo Banco
Central, que comprará ou venderá a você a moeda estrangeira. Qualquer pessoa física ou
jurídica pode ir, então, a uma instituição autorizada, para comprar ou vender moeda. Deve ser
observada, porém, a regulamentação específica, que se encontra na Consolidação das Normas
Cambiais (CNC), para a perfeita identificação do tipo e do mercado a que se refere a operação
de câmbio. [voltar ao topo]

03. Que tipos de operações posso realizar no mercado de câmbio? 

Como regra geral, quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser
realizados no mercado de câmbio, devendo ser referentes a atividade lícita. Grande parte
dessas operações já se encontram descritas e especificadas nos regulamentos e normas
vigentes, e você não necessita de autorização prévia do Banco Central para realizá-las. Basta
você procurar uma instituição autorizada a contratar câmbio. As operações que não são
expressamente regulamentadas dependem de manifestação prévia do Banco Central. [voltar ao
topo]

04. Como pode ser definido o mercado de câmbio?


Chama-se mercado de câmbio o ambiente, abstrato, onde se realizam as operações de
câmbio, entre os agentes autorizados e entre estes e seus clientes. No Brasil, o mercado de
câmbio é dividido em dois segmentos, livre e flutuante, que são regulamentados e fiscalizados
pelo Banco Central. O mercado livre é também conhecido como "comercial" e o mercado
flutuante, como "turismo". À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado
paralelo, mercado negro, ou câmbio negro. Todos os negócios realizados nesse mercado, bem
como a posse de moeda estrangeira, sem origem justificada, são ilegais e sujeitam o cidadão
ou a empresa às penas da lei. [voltar ao topo]

05. Quais as operações que posso fazer no mercado de câmbio livre ou comercial?

No mercado livre você pode realizar as operações decorrentes de comércio exterior, ou seja,
de exportação e de importação. Neste mercado, também são realizadas as operações dos
governos, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como aquelas decorrentes de
transferências financeiras relativas a investimentos de estrangeiros no país, empréstimos a
residentes, pagamentos e recebimentos de serviços, entre outras. [voltar ao topo]

06. E no mercado flutuante, o que posso fazer? Só existem operações de turismo? 

Inicialmente, esclarecemos que o termo "turismo" é utilizado de forma inadequada, visto que
neste mercado, além das operações relativas à compra e venda de moeda estrangeira para o
turismo internacional, podem ser realizadas diversas transferências não relacionadas ao
turismo, tais como contribuições a entidades associativas, doações, heranças e legados,
aposentadorias e pensões, manutenção de residentes, e tratamento de saúde. É importante
ressaltar que não há limites de valor para a realização das operações previstas no regulamento
do mercado flutuante (capítulo 2 da CNC), nem para as compras a título de turismo, nem para
a realização de transferências unilaterais e pagamentos de serviços. [voltar ao topo]

07. O que é contrato de câmbio? Para que serve? 

O contrato de câmbio ou boleto é o instrumento por intermédio do qual se efetua a operação de


câmbio. Nele, constam necessariamente, dentre outras informações, a moeda estrangeira que
você está comprando ou vendendo, a taxa contratada, o valor correspondente em moeda
nacional, os nomes do comprador e do vendedor (e respectivas assinaturas). O contrato de
câmbio é o documento que formaliza a sua operação, ou seja, é o comprovante a ser
apresentado à fiscalização. [voltar ao topo]

08. Como posso saber se uma instituição está autorizada a operar em câmbio? 

Toda autorização é objeto de divulgação no Diário Oficial da União. Além disso, a transação do
PCAM 830 do SISBACEN, disponível ao público em geral, através do banco de dados de
consulta pública denominado INFBACEN, lista todas as instituições autorizadas nos dois
segmentos do mercado de câmbio. Em caso de dúvida, o cliente deve solicitar documentação
comprobatória da aprovação do Banco Central e/ou contatar a representação do Departamento
de Câmbio na praça ou região, ou ainda ligar para as Centrais de Atendimento do Banco
Central. [voltar ao topo]

09. O Real (R$) é comprado e vendido no exterior? 

A conversibilidade de qualquer moeda depende da confiança dos agentes na economia do país


emitente, aceitando-a como meio de pagamento, reserva de valor e unidade de referência. Não
há, do ponto de vista legal e regulamentar, qualquer impedimento a que o Real seja negociado
no exterior. [voltar ao topo]

10. Como posso saber sobre a taxa de câmbio? 

As taxas de câmbio praticadas no mercado brasileiro são publicadas nas páginas econômicas
dos principais jornais do País, tendo por fonte a transação PTAX 800, do SISBACEN. Tal fonte
está disponível ao público em geral, juntamente com outras de interesse público e não estão
protegidas por qualquer tipo de sigilo, bastando que você adote os procedimentos necessários
para acesso ao computador do Banco Central. [voltar ao topo]

11. O que é, então, taxa de câmbio? 

Taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações


(centavos) da moeda nacional. A moeda estrangeira mais negociada é o dólar dos Estados
Unidos, fazendo com que a cotação mais comumente utilizada seja a dessa moeda. Dessa
forma, quando dizemos, por exemplo, que a taxa de câmbio brasileira é 1,60 significa que um
dólar americano custa R$ 1,60. A taxa de câmbio reflete apenas um custo de uma moeda em
relação a outra, não agregando quaisquer custos operacionais incorridos pelos bancos para
realização do negócio. No seu conceito mais simples, a taxa de câmbio divide-se em taxa de
venda e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente
autorizado a operar pelo BC), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a
moeda estrangeira (a um importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço
que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por
exemplo). O intervalo entre a taxa de compra (a menor) e a de venda (a maior) representa o
ganho do banco com a negociação da moeda, e é conhecida como "spread". [voltar ao topo]

12. Existe alguma taxa de câmbio fixada pelo Banco Central? 

Tanto o mercado livre como o flutuante têm taxas de câmbio livremente pactuadas entre as
partes contratantes, ou seja, entre você e a instituição autorizada. [voltar ao topo] 

13. Existe alguma taxa de câmbio especial para comprar dólares para viagem ao exterior
com finalidade de estudo? 

Conforme mencionado anteriormente, as taxas de câmbio são livremente pactuadas entre o


cliente e a instituição de sua preferência, não existindo, portanto, regras do Banco Central para
que alguns tipos de operação tenham obrigatoriamente taxas de câmbio maiores ou
menores. [voltar ao topo]

14. O banco é obrigado a vender moeda em espécie? 

Não. A forma de entrega da moeda estrangeira depende da conveniência operacional do


banco. Normalmente, os bancos, por questões estratégicas de segurança (roubo e falsificação,
por exemplo) e administração de caixa, procuram operar com o mínimo possível de moeda em
espécie, preferindo negociar com cheques de viagem. A Cofidence não tem limitação quanto a
compra ou vendas de espécie, nem tão pouco em cheques de viagem. [voltar ao topo] 

15. As taxas podem ser diferentes para moeda em espécie e em cheque de viagem? 

As taxas de câmbio são livremente pactuadas entre as partes, cabendo lembrar que a
disponibilidade da moeda em espécie implica maiores custos e risco para o banco vendedor.
Portanto, as taxas podem ser diferentes. [voltar ao topo] 

16. Quanto um viajante pode comprar em moeda estrangeira para turismo no exterior? 

As normas cambiais não impõem limite para essa finalidade, cabendo à instituição financeira
zelar pela licitude da operação, particularmente no que se refere à origem da moeda nacional
utilizada no pagamento. [voltar ao topo] 

17. O que devo apresentar para comprar moeda estrangeira? 

Apenas seu documento de identificação, cabendo ressaltar que a compra deve ser feita por
você ou por um representante legal. Para os valores acima de US$ 3,000.00, o valor
correspondente em moeda nacional deve ser pago por cheque de sua emissão ou por débito
em sua conta corrente. Em alguns casos específicos, outros documentos relativos à operação
devem ser apresentados, como por exemplo, o de quitação dos impostos devidos a Receita
Federal. A relação desses documentos pode ser encontrada na CNC.[voltar ao topo] 
18. Quem compra moeda estrangeira fica obrigado a viajar ao exterior? 

Não há menção específica da regulamentação a esse assunto. No entanto, o pressuposto da


norma é que a compra tenha por fim custear viagem de turismo ao exterior, sendo ainda
vedada a propriedade de moeda estrangeira como forma de poupança. [voltar ao topo] 

19. Sou obrigado a vender a um banco brasileiro a moeda estrangeira restante? 

A regulamentação em vigor não impõe tal condição, cabendo ressaltar que é vedada a
utilização de moeda estrangeira como meio de pagamento ou reserva de valor no País,
devendo ser a mesma sempre negociada em instituição autorizada. Cabe observar também a
legislação fiscal aplicável, que exige a declaração de eventuais valores da espécie. [voltar ao topo]

20. Qual é o papel do Banco Central no mercado de câmbio? 

Por lei, compete ao Banco Central o monopólio sobre toda moeda estrangeira transacionada no
mercado de câmbio. Na prática, o Banco Central autoriza bancos e outras instituições a operar
nesse mercado e estabelece as regras a serem observadas por todos. Além disso, compete ao
BC fiscalizar esse mercado, podendo punir dirigentes e instituições, mediante multas,
suspensões e outras sanções previstas em lei. Até janeiro de 1999, vigorava o regime de
bandas cambiais, em que o Banco Central estabelecia faixas de flutuação para o dólar dos
Estados Unidos. A partir daquele mês, por meio do Comunicado nº 6.565, o Banco Central
permitiu ao mercado estabelecer livremente a taxa de câmbio, podendo, no entanto, intervir de
forma ocasional e limitada, objetivando conter movimentos desordenados das taxas
praticadas. [voltar ao topo] 

21. Como o Banco Central fiscaliza o mercado de câmbio? 

O Banco Central monitora o mercado de câmbio diariamente, por amostragem, através da


seleção de operações a partir de todo o universo de instituições e negócios do dia. O BC atua
também diretamente no controle cambial do comércio exterior, cobrando o ingresso da moeda
estrangeira para os respectivos embarques de exportação e a comprovação da internação da
mercadoria relativa aos pagamentos efetuados a título de importação. [voltar ao topo] 01. Quem
deveria investir na caderneta de poupança? 

O pequeno investidor, que está começando o processo de poupança e se sente mais seguro
aplicando num investimento que lhe seja mais familiar. [voltar ao topo]

02. O que é preciso para abrir uma caderneta? 

É preciso apenas apresentar documentos de praxe como CPF, RG, comprovante de endereço.
É possível inclusive abrir uma caderneta em nome de terceiros, como crianças. Neste caso,
uma pessoa maior fica responsável pela poupança. [voltar ao topo]

03. Qual o valor mínimo que preciso investir para começar? 

O valor mínimo da aplicação em poupança é determinado pelos bancos e varia de acordo com
a instituição bancária. Mas normalmente são valores pequenos, acessíveis ao pequeno
investidor. [voltar ao topo]

04. Posso retirar meu dinheiro a qualquer hora? 

Sim, a aplicação em poupança tem muita liquidez. Entretanto, os investimentos em poupança


se rentabilizam em aniversários a cada 30 dias. Assim, se o investidor retirar parte do dinheiro
aplicado em prazo inferior a este, perderá a rentabilidade do período.[voltar ao topo]

05. Como funciona a rentabilidade da poupança? 

A remuneração mensal da poupança é de 0,5% + TR (Taxa Referencial). A correção é


diferenciada para cada dia, de acordo com a quantidade de dias úteis no mês e a oscilação da
TR. [voltar ao topo]

06. Quais os tributos que incidem sobre a poupança? 

Pessoas físicas e jurídicas não-tributadas não pagam imposto de renda. Pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real pagam imposto no ato da declaração de rendimentos. [voltar ao
topo]

07. Quais as garantias do investimento em poupança? 

Os recursos depositados são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em até R$ 20
mil. Vale dizer que este é o valor total da garantia oferecida ao conjunto de aplicações
financeiras e saldo em conta corrente que o investidor tiver em cada banco. Por exemplo: se há
R$ 30 mil em poupança e R$ 10 mil em CDB no banco X, o valor coberto pelo FGC será de no
máximo R$ 20 mil.[voltar ao topo]

08. Quais as vantagens da aplicação? 

É possível depositar pequenas quantias sem abrir mão da liquidez. O investidor não paga IR,
nem taxas de administração. [voltar ao topo]

09. Quais as desvantagens da aplicação? 

Normalmente, o rendimento oferecido pela caderneta tem sido inferior a outras modalidades de
investimento de renda fixa, como fundos. [voltar ao topo]

10. Quem define as regras da poupança? 

O Banco Central. Mais informações podem ser encontradas no site da instituição:


www.bc.gov.br [voltar ao topo]

1. Como surgiu a discussão sobre a correção das contas do FGTS?

Toda a discussão surgiu após o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer, em


31/08/2000, a 33 trabalhadores do Rio Grande do Sul o direito à correção dos saldos
do FGTS de janeiro de 1989 (Plano Verão) e de abril de 1990 (Plano Collor I). Em
virtude dessa decisão do STF, o presidente Fernando Henrique Cardoso estendeu a
todos os trabalhadores, mesmo àqueles que não ingressaram com pedido em juízo, o
direito à correção, o que atende a uma reivindicação da CUT e da Força
Sindical. [voltar ao topo]

02. Quem tem direito a receber o reajuste?

Todos os trabalhadores da iniciativa privada e que tinham conta (ativa ou inativa) do


FGTS em janeiro de 1989 e/ou em abril de 1990. Aqueles que usaram o FGTS para
quitar e/ou abater prestação de imóvel ou sacaram o FGTS na aposentadoria também
tem direito a receber uma vez que deveriam ter recebido um valor maior. Quem usou
o FGTS para comprar ações da Petrobras ou pediu demissão e por isso não sacou o
FGTS, tem direito, mas nesse caso o valor será somado ao saldo existente na sua
conta. [voltar ao topo]

03. Como ficam aqueles que foram demitidos sem justa causa e sacaram o
FGTS?

Estes tem direito de reajuste inclusive sobre os 40% da multa rescisória uma vez que
receberam um valor menor, mas o valor relativo a multa deve ser pago pela empresa.
Se a empresa ainda estiver em atividade, o ex-empregado deve entrar em contato e
pedir a diferença. Em caso de recusa no pagamento ou se a empresa não existir mais
(encerramento/falência, etc), você poderá tentar um acordo, via sindicato, ou procurar
orientação do mesmo para recorrer à Justiça. [voltar ao topo]
04. Quem não tem direito ao reajuste?

Quem começou a trabalhar após janeiro de 89 não tem direito ao expurgo de 16,65%;
quem começou após abril de 90, não tem direito ao de 44,8%. [voltar ao topo]

05. É necessário entrar na justiça para receber a correção?

Não. Por hora é melhor aguardar, o direito de reajuste já foi concedido a todos
(conforme colocado na questão 1) e assim, se você contratar um advogado, pode
acabar perdendo dinheiro. Porém, o governo pretende apresentar uma definição
somente após a publicação do acórdão do STJ, que deverá acontecer apenas após
as eleições, mas pode demorar ainda mais. A Advocacia Geral da União (AGU)
pretende, de posse de um relatório da Tendências Consultoria Integrada, mostrar
divergências entre os índices que o STJ já mandou conceder e aqueles que
realmente foram expurgados das contas. Em vez de 16,65% para o plano Verão, o
governo quer pagar 12,9%. No caso do plano Collor 1, a estratégia é reduzir a
correção de 44,8% para 38,2%. Além disso o governo quer ganhar tempo para
estudar uma outra alternativa que seria a baixar uma medida provisória reduzindo o
prazo de prescrição para recorrer à justiça. O ponto chave, para o governo, é que isso
implicaria em abrir mão do cobrança às empresas que estão em débito com o FGTS
há 25 anos. [voltar ao topo]

06. Como faço para pedir a correção do FGTS na justiça?

A primeira providência a tomar é tirar uma cópia autenticada do RG, CPF, carteira
profissional e extratos da conta do FGTS da época em que ocorreram as perdas. O
problema é que algumas contas podem não ter sido abertas na Caixa Econômica
Federal, que é atual administradora das contas. Só depois de 1992 que a Caixa
passou a administrar o FGTS. Para saber em que banco o FGTS era depositado, o
interessado deve procurar na carteira de trabalho a anotação sobre a abertura da
conta, normalmente feita na parte de Anotações Gerais. Depois disso, procure o
sindicato da sua categoria profissional e peça para o departamento jurídico da
entidade abrir a ação. Essa é a forma mais econômica. O sindicato abre o processo
sem cobrar nada. Mas se o sindicato não prestar esse serviço, a saída é procurar um
advogado de confiança e pedir a abertura de uma ação e em vez de abrir uma ação
individual, sai mais barato formar grupos em processos com 10 pessoas, por
exemplo. Depois de ajuizada, o trabalhador tem de aguardar a decisão da Justiça,
que pode demorar anos. [voltar ao topo]

07. Quanto cada trabalhador deve receber?

O saldo existente na conta em janeiro de 1989 deve ser corrigido em 16,65%, que é a
diferença em relação ao percentual que deveria ter sido aplicado (42,72%). O saldo
existente na conta em abril de 1990 deve ser corrigido em 44,80%, uma variação
correspondente à UFIR, uma vez que o governo não creditou nenhuma correção
apenas o juro de 0,246627%. E segundo o especialista em Direito Civil, Ageu de
Holanda Alves de Brito, o trabalhador tem direito aos índices expurgados do FGTS, e
ainda correção monetária a partir da irregularidade, juros de mora a partir da abertura
do processo de 6% ao ano mais TR (Taxa Referencial) e juros de 3% ao ano mais TR
a partir da data da diferença nos depósitos. [voltar ao topo]

08. Qual foi a perda para o trabalhador?

Segundo cálculos feitos por Mário Alberto Avelino, consultor especializado em FGTS,
para cada Cz$ 1.000 (mil cruzados) em 1º de dezembro de 88, o trabalhador perdeu
R$ 3,39 até 10 de agosto deste ano. Nesse caso, está sendo considerado que o
trabalhador está na mesma empresa desde aquela época. E para cada Cr$ 1.000 (mil
cruzeiros) em 1º de abril de 90, o trabalhador perdeu R$ 18,50 também até 10 de
agosto deste ano. Nesse caso, está sendo considerado que o trabalhador tem direito
apenas ao último expurgo. [voltar ao topo]

09. Como faço o cálculo de quanto devo receber?

Para encontrar o valor expurgado de seu FGTS até janeiro/2001, siga os seguintes
passos:

Passo 1: Multiplique o valor do saldo de seu FGTS em 01/12/1988 em moeda da


época, isto é, em Cruzados (Cz$) por 0,001209 A = saldo em 01/12/1988 vezes
0,001209

Passo 2: Multiplique o valor do saldo de seu FGTS em 01/04/1990 em moeda da


época, isto é, em Cruzeiros (Cr$) por 0,018859 B = saldo em 01/04/1990 vezes
0,018859

Passo 3: Some os resultados dos Passos 1 e 2 Resultado = A mais B

Exemplo: Saldo em 01/12/1988 = Cz$ 40.425,00 Saldo em 01/04/1990 = Cr$ 3.674,06


A = 40.425,00 X 0,001209 que é igual a 48,86 B = 3.674,06 X 0,018859 que é igual a
69,29 Resultado = A + B que é igual a 118,16 O valor expurgado neste exemplo é de
R$ 118,16. [voltar ao topo] 

10. Qual o montante da dívida com os trabalhadores?

Cerca de R$ 35,3 bilhões, ou algo como 3,6% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse
seria o valor máximo que o governo teria de desembolsar imediatamente caso tivesse
de pagar os expurgos do FGTS a todos os trabalhadores que tinham conta em janeiro
de 89 ou em abril de 90. Esse cálculo leva em consideração dois fatores: 85% das
contas tiveram saques nos últimos dez anos, e o impacto potencial de R$ 41,58
bilhões que a CEF teria se todos eles ganhassem o direito aos expurgos. Esse valor
de R$ 41,58 bilhões foi estimado pelo economista Ernesto Moreira Guedes Filho,
sócio da Tendências Consultoria Integrada. Para chegar aos R$ 41,58 bilhões,
Guedes partiu do saldo das contas existentes nos planos Verão (NCz$ 11,106
bilhões) e Collor 1 (Cr$ 1,486 trilhão). Os valores foram atualizados com a correção
do FGTS, inclusive os expurgos determinados pelo STF, até agosto deste ano. [voltar
ao topo]

11. De onde virão os recursos para pagar a dívida com os trabalhadores?

O dinheiro pode sair do bolso do trabalhador, o ministro do Trabalho, Francisco


Dornelles, acha que a dívida é do FGTS e, portanto deve ser paga com recursos do
mesmo. Além disso o governo pode criar um novo imposto conforme está previsto nas
próprias regras do FGTS, que é regulamentado pela lei nº 8.036, de 11 de maio de
1990. O quarto parágrafo da lei diz: "O saldo das contas vinculadas é garantido pelo
Governo Federal, podendo ser instituído seguro especial para esse fim". O tesoureiro
da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Vaccari Netto, disse que a conta da
dívida dos expurgos tem de sair do caixa da União. "Quem está devendo é o governo
e não os trabalhadores com conta no FGTS." A Caixa Econômica Federal diz que é
apenas administradora do Fundo e que, portanto, seus recursos não devem ser
utilizados. [voltar ao topo]

12. Como a dívida pode ser paga?

Especula-se que o governo:


1. Creditará o valor nas contas ainda ativas (que não foram sacadas);
2. Cederá ações de estatais privatizáveis;
3. Pagará em dinheiro para os que foram demitidos sem justa causa. Isso se dará
parceladamente. [voltar ao topo]

13. Quanto tempo isso pode levar?

Segundo o governo, a resolução da questão do ponto de vista geral será encerrada


pelo STJ. A previsão é que isso aconteça em breve. A execução de cada processo,
no entanto, pode levar anos, ou seja, os pagamentos não serão imediatos. [voltar ao topo]
 

. Como é definida a renda do país ? 

O produto interno bruto é tudo que se produz no país. O resultado dessa produção é traduzido
em valores monetários (dinheiro). Esse dinheiro é distribuído entre as pessoas. O detentor do
capital recebe juros; o detentor das propriedades recebe aluguéis; o detentor da tecnologia
recebe royalties; o detentor da capacidade empresarial recebe lucros e o detentor do trabalho
recebe salários.[voltar ao topo]

02. Como essa renda é distribuída entre as pessoas? 

Veja que, se o bolo é um só, se alguém fica com mais, outros ficam com menos. O assalariado,
que é a maioria, fica com a menor parte do bolo. Portanto, é o elo mais fraco dessa corrente.
No Brasil, pela forte concentração de renda, os 10% mais ricos ficam com cerca de 90% da
renda nacional. [voltar ao topo]

03. De quanto estamos falando? 

O PIB brasileiro é estimado em R$ 1 trilhão. [voltar ao topo]

04. Como é definido o salário? 

Temos uma legislação que define o salário mínimo, e os acordos coletivos definem os pisos
das categorias. Também nos acordos coletivos são definidas as formas de reajustes,
benefícios, etc. [voltar ao topo]

05. Mas como aumentar o salário ? 

Capacitação, promoção dentro da empresa, política da empresa, versatilidade,


responsabilidade do cargo, enfim, o seu desempenho e a política salarial da empresa
permitirão crescimento interno e natural melhoria na remuneração. [voltar ao topo]

06. Como é gasto o salário ? 

As pessoas têm necessidades ilimitadas e os produtos (também a renda) são escassos. É


preciso escolher em que gastar. 

Primeiramente, atendem-se as necessidades fisiológicas (comer, vestir, dormir, etc.). Depois,


tendo renda, busca-se segurança, viver em um grupo social, investir em auto-estima, entre
outros. Veja que será sempre uma decisão importante: escolher entre as várias alternativas de
produtos e serviços disponíveis. Aumentando a renda, ultrapassa-se a linha da sobrevivência,
começa a ser necessário muito controle. [voltar ao topo]

07. Quais são os itens que "comem" os salários ? 

A inflação, mesmo sob controle, retira boa parte do poder aquisitivo do salário. Os encargos
sociais (previdência), o imposto de renda na fonte, a falta de emprego (recessão) são algumas
das causas da redução do salário. Devemos lembrar ainda que os impostos embutidos no
consumo (ICMS, IPI, PIS/COFINS, etc.) acabam onerando o preço dos produtos, fazendo com
que paguemos um preço muito caro nos mesmos. [voltar ao topo]

08. O que mais "come" o salário ? 

Pagamos muitos impostos e não temos a contraprestação em termos de serviços por parte do
Estado. Somos obrigados a contratar particularmente: planos de saúde, escola particular,
previdência privada. Também devemos considerar o alto custo dos remédios, moradia,
etc. [voltar ao topo]

09. O que leva as pessoas a exagerar nos gastos ? 

A mídia promove muito os produtos e as pessoas se deixam levar (agregam tecnologia, tipo
celular, TV a cabo e gastamos mais). Também o "status" é perigoso (é comum querermos
imitar os outros). Muitos consomem por fuga (problemas psicológicos), outros por
compensação. Outros ainda querem oferecer aos filhos tudo que não tiveram na infância.
Nesses casos, sem disciplina, não há renda que suporte. [voltar ao topo]

10. Quando o gasto é exagerado, o que as pessoas normalmente fazem? 

Começam a se endividar. Estouram o limite do cheque especial e do cartão de crédito, por


exemplo. Os juros estão muito salgados. Variam entre 8% e 12%. Não há renda que agüente,
afinal os salários não estão tendo reajuste. [voltar ao topo]

11. E os crediários e cheques pré-datados? 

Essas são outras armadilhas. As pessoas normalmente olham somente o valor da prestação,
se esquecendo dos juros ali colocados. Chegam a pagar de 1,5 a 2 vezes o valor do bem.
Também a facilidade de pagar com cheque pré-datado acaba levando o consumidor ao
descontrole. Sem disciplina, o endividamento é irreversível. [voltar ao topo]

12. Quando a pessoa perdeu o controle e está gastando mais que recebe de renda, o que
fazer? 

Precisa ver se há como aumentar a renda. Cursos de aperfeiçoamento, de idiomas, entre


outros. Também, tendo condições, pode ter outra jornada de trabalho. [voltar ao topo]

13. E do lado das despesas ? 

Planejar e controlar. Essas são as palavras chaves. Monte um fluxo de caixa. Coloque em uma
coluna as receitas (renda) e na outra as despesas. Faça um pequeno plano de contas (aluguel,
empregada doméstica, combustível, TV a Cabo, mensalidade escolar, IPVA, IPTU, energia,
água, etc.). Estabeleça metas de redução. Veja o peso de cada uma das despesas e ataque as
mais significativas. [voltar ao topo]

14. O que mais posso fazer ? 

Elimine o supérfluo, corte o status, devolva o cartão de crédito (ou só use o tempo sem
financiamento). Evite cheque pré-datado e crediário (guarde dinheiro e compre à vista). [voltar ao
topo]

15. E a família ? 

Abra o jogo com todos. Democratize o orçamento familiar. Crie cumplicidade com a
esposa/marido e filhos. A tendência é que todos ajudem a economizar e se isso acontecer
rapidamente, os problemas financeiros serão resolvidos. [voltar ao topo]

16. O que faço com o cheque especial? 

Transforme em crédito ao consumidor. Parcele em 12 ou 18 vezes o limite e você pagará por


mês menos do que paga de juros. Depois desse período, estará livre da dívida. Se não tiver
recursos, contrate um bom advogado e tente uma renegociação. [voltar ao topo]

17. Devo vender algum bem ? 

Se for necessário, sim. É melhor eliminar a dívida que cresce com juros de 10% ao mês do que
ficar com bens que não se valorizam. Depois você os compra novamente. [voltar ao topo]

18. Qual a dica final ? 

Planeje seus gastos. Aperfeiçoe-se para aumentar a renda. Se tem dívida, renegocie dentro de
suas possibilidades. 
Democratize o orçamento familiar e crie controles e metas. Lembre-se: o que vale não é o
status e sim a qualidade de vida. [volt

01. Como é feito o cálculo de índices de preços como o IGP-M e o IPC?

Cada Instituto tem sua própria metodologia para definir o cálculo da inflação. O IPC da FIPE é
definido na cidade de São Paulo e é o mais tracional indicador de evolução de custo de vida
das famílias paulistanas. O início da série é de 1939. É calculado a partir de coleta de preços
para uma faixa de renda familiar entre 1 e 20 salários mínimos. 340 produtos compõem a
ponderação do índice. A estrutura de ponderação é a seguinte: Alimentação (30,8075%);
Habitação (26,5159%); Transportes (12,9684%); Despesas Pessoais (12,5199%); Vestuário
(8,6580%); Saúde (4,5814%); Educação (3,9484%). Os preços são coletados por
quadrissemanas, mas o índice final refere-se ao chamado mês fechado, comparando-se com
idêntico período do mês anterior.

O IGP-M é apurado pela Fundação Getúlio Vargas. É apurado entre o dia 21 de um mês e o
dia 20 do mês seguinte. É calculado com uma ponderação três outros índices: 60% IPA (indice
de preços no atacado); 30% do IPC (índice de preços ao consumidor) e 10% do INCC (índice
nacional da construção civil). [voltar ao topo]

02. Estes números que governo divulga são confiáveis? Eles refletem a realidade?

Todos os índices são confiáveis, todavia representam médias, e com tais devem ser
analisados. [voltar ao topo]

03. Por que os preços parecem aumentar mais do que demonstram estes índices?

Exatamente porque a inflação é média de preços. Isoladamente uma pessoa pode sentir um
peso maior no aumento de preços do que outra. Por exemplo: o aumento do preço de cigarro
tem um peso no orçamento da pessoa que fuma, mas não necessariamente em quem não
fuma. Mas esse preço é ponderado com outros produtos, que podem eventualmente ter
baixado. Se em um período aumenta o preço da carne, mas cai o preço da batata, por
exemplo, o índice, considerando as devidas ponderações, pode indicar aumento ou queda de
preços médios no mercado.

Em resumo: a sensação de aumento de preços acima da inflação divulgada é mais sentida por
quem consome, naquele período, mais produtos que observaram maior aumento de preços.
Mas vale a média ponderada de preços. [voltar ao topo]

04. Como os aumentos nos preços dos combustíves afetam os índices de inflação?

Os combustíveis são componentes importantes na formação dos preços dos produtos. Um


aumento no preço dos combustíveis impacta toda a cadeia produtiva. Mas isso não quer dizer
que todos que tiveram aumentos de custos conseguirão repassar esses aumentos aos seus
preços (é uma tendência, mas não um fato). Isso dependerá das condições de oferta e
demanda no mercado.
O governo quando eleva o preço dos combustíveis simula o impacto que isso pode ocorrer nos
índices de inflação. Estima-se que um aumento na ordem de 10% nos combustíveis, gera um
impacto geral na inflação, na ordem de 0,7 ponto percentual. [voltar ao topo]

05. Como a inflação interfere na taxa oficial de juros, a Selic, hoje em 17% ao ano?

O Banco Central define as chamadas taxas nominais (sem descontar a inflação), mas de olho
nas taxas reais (descontada a inflação). A meta é chegarmos em torno de 10% ao ano de taxa
real (hoje estamos em 12%). Mas é importante colocar que os juros fazem parte da política
monetária do país.

A escola monetarista entende que o controle eficiente da expansão da moeda auxilia no


combate a inflação. Isso quer dizer: juros altos mantém recursos aplicados (não vão para o
consumo), torna o crédito caro e portanto, segura a demanda, evitando altas nos preços. A
inflação é um dos componentes para fixação da taxa de juros futura. [voltar ao topo]

06. Com o reajuste das tarifas públicas, corremos o risco de ver a inflação disparar?

Não. Novamente o governo simulou o impacto desses reajustes. Vivemos hoje uma
insuficiência de demanda, portanto, mesmo que os empresários queiram repassar o aumento
de custos aos preços, não encontrarão quem compre, portanto, esses aumentos deverão ser
absorvidos pelas empresas (diminuindo suas margens de lucro). [voltar ao topo]

07. Na sua opinião, o governo conseguirá atingir as metas inflacionárias combinadas


com o FMI?

Sim, todos os indicadores econômicos caminham nesse sentido. Vale destacar mais uma vez
que o governo trabalha com metas futuras de inflação, desta forma, simula antes o que irá
ocorrer. Isso lhe permite traçar cenários e utilizar ou não políticas econômicas recessivas para
esse controle. [voltar ao topo]

08. Por que a deflação, o processo contrário ao de inflação, é visto como um mau sinal?

As empresas e empresários são motivados a produzir em função da possibilidade de aumento


de lucro. Ora, se os preços estão em queda é porque não há forte demanda, se não há forte
demanda, não há geração de vendas, portanto, o lucro esperado não será alcançado. Desta
forma, em persistindo quedas acentuadas de preços, a atividade produtiva é desestimulada.
Mas vale destacar que a deflação é indesejada se persistir por muitos meses. Um mês,
isoladamente, principalmente quando se sai de um processo inflacionário, não causa grandes
problemas à economia. [voltar ao topo]

 - Elaboração da Viabilidade Econômica de Projetos 

O Economista verifica se a elaboração de um determinado projeto é ou não viável. Ele deverá


assinar como reponsável técnico por todo projeto de investimento. Desta forma, o economista
é responsável pelo estudo de mercado e comercialização, estudos de custos e receitas, de
tamanho ou escala do projeto.

Também faz parte da função dele avaliar as fontes financeiras, a análise da localização do
projeto, a estruturação do fluxo de caixa e da capacidade de pagamento, além da apuração
dos índices econômico-financeiros, dentre eles, margem de lucro, rentabilidade sob
investimentos e receita. Os projetos podem ser : final (é mais amplo); e viabilidade (é uma
espécie de pré-projeto) ou ainda para financiamento.

 
2 - Economia de Empresas 
Nas empresas, o economista pode desenvolver estudos e análises em duas áreas :
macroeconomia (aspectos gerais da economia que afetam a empresa) e microeconomia
(questões específicas da empresa). No que diz respeito ao que acontece dentro da empresa
e com o setor específico da economia ao qual ela pertence, o economista está apto a
desenvolver trabalhos relacionados ao planejamento estratégico, departamento financeiro,
estudo de mercados, conjuntura econômica e ambiente de negócios, custos e orçamentos
empresariais. Ele ainda analisa o desenvolvimento sócio-econômico e gestão empresarial.

 
3 - Orientação Financeira 

Está entre as funções do economista neste setor averiguar os investimentos mais rentáveis
bem como os tipos de aplicações que podem ser feitos. A ele compete observar as
perspectivas de mercado, tanto de produtos quanto de serviços. O profissional de Economia
trabalha também neste campo com investimentos fiscais e financeiros por investimentos e
com análise de negócios financeiros. Ele contribui na elaboração de orçamentos, receitas e
despesas, na projeção de resultados, sejam presentes ou futuros.
Cabe ao economista ainda atuar na orientação sobre fontes de financiamentos e na avaliação
das taxas de retornos das organizações, tanto do ponto de vista econômico quanto social.
Este serviço pode ser prestado diretamente e também via empresas, cooperativas ou
entidades.

 
4 - Mercado Financeiro

O Economista atua em bancos, corretoras, seguros, distribuidores e no mercado financeiro


das empresas. Nos bancos, ele acompanha a conjuntura econômica, realiza estudos de
mercado para identificar novos clientes e avalia a concorrência, o planejamento e a
programação empresarial frente aos planos econômicos. No setor financeiro, ele elabora e
acompanha fluxos de caixa, orçamentos de investimentos e de despesas correntes, propõe e
analisa projetos e ainda mantém contato com órgãos públicos para informá-los sobre
questões relativas à empresa.

O Economista está apto a trabalhar com mercado de títulos e valores imobiliários, que
abrange corretoras e distribuidoras, agentes autônomos de investimento, corretores e
autônomos de empresas de participação. Já no leasing ele trabalha em atividades financeiras
típicas, para definir a vida útil dos bens e o perfil para a realização dos financiamentos.

 
5 - Consultoria e Assessoria

O Economista presta assessoria e consultoria em questões como gestão e análise


econômicas, planejamento estratégico, estudos e pesquisas de mercado, projetos e
organização. O profissional de Economia trabalha ainda com estudos e análises de macro e
microeconomias, economia externas e interna, preços/custos, tarifas e mercados financeiros,
dentre outros.

A vontade das pessoas de terem seu próprio negócio e as vantagens da terceirização para as
empresas e órgãos provocaram o aumento na prestação de serviços de consultoria e
assessoria. Neste setor, as atividades dos economistas podem ser classificadas como
esporádicas, diárias e mensais.

 
6 - Assessoria de Projetos Agroindustriais/Agrobusiness
Análises de competitividade, oportunidades, agroindustriais, definição de custos e preços,
mercados de manufaturados (indústria), produção agrícola, preços nacionais e internacionais,
concorrência, nichos de mercado, desempenho de bolsas de mercadorias, situação de
colheitas, demandas por commodities no Brasil e no resto do mundo são algumas das
atividades da assessoria dos economistas nestes setores. 

O economista está atento a questões como o desempenho do agrobusiness, das bolsas de


mercadorias, situação das colheitas e demanda por commodities no Brasil e no resto do
mundo. Este profissional tem sido muito procurado para acompanhar a conjuntura do País e
desenvolver estudos e projetos setoriais para agroindústrias e agrobusiness.

 
7 - Desenvolvimento de Projetos de Infra-estrutura

O trabalho nesta área consiste na elaboração de estudos, implantação de produtos, pré-


diagnóstico de gestão empresarial e avaliação da relação entre cliente e empresa. Ele avalia
os projetos nas áreas de transportes, energia, armazenagem, concessões, telecomunicações
e também trabalhos no setor social, como hospitais, escolas, saneamento, habitação e lazer.
Ou seja, implantar, expandir, melhorar e modernizar a infra-estrutura econômica e social de
uma determinada área geográfica competem a este profissional.

Na maioria da vezes, estes projetos estão vinculados a planos e programas de


desenvolvimento econômico. São atividades deste profissional fazer contatos e formular
estratégias para investidores e com operadores tecnológicos, analisar os concorrentes e suas
estratégias, fazer os orçamentos das atividades pré-licitatórias, preparar os documentos para
a proposta, bem como sugerir modelos de participação de cada investidor

 
8 - Orientação em Comércio Exterior

Com uma visão da globalização pela qual passa hoje a economia mundial, o economista está
apto a atender os pré-requisitos para o exercício desta atividade. O profissional nesta área
trabalha tanto para o governo quanto para empresas privadas, como exportadoras, bancos,
indústrias, dentre outras.

Entre as funções dele estão diagnosticar as economias de outros países, traçar gráficos
comparativos com a situação brasileira, identificar áreas para investimentos e comércio,
descobrir oportunidades de investimentos que passam desapercebidas, dar consultoria às
empresas estrangeiras sobre o processo de privatização brasileiro, avaliar condições para o
estabelecimento de joint ventures no exterior e outros.

O economista é, nesta área, um pesquisador de mercado. Alguns dos pré-requisitos que este
profissional tem são formação cultural sólida, com ênfase em História Contemporânea e
Geografia, domínio da língua inglesa, conhecimentos de recursos de informática, visão ampla
de mercado para aferir cotações de preços, custos, câmbios, além de ter de ficar atento ao
mercado de ações das principais bolsas mundiais. Ele ainda desenvolve uma percepção
aguçada para entender o lado econômico que se esconde nas sombras das decisões
políticas.

 
9 - Elaboração de Estudos Mercadológicos 

Ao Economista compete elaborar estudos de mercado e de comercialização. No primeiro


caso, ele vai dimensionar a oferta e procura dos bens e serviços em determinada área
geográfica, identificando os potenciais consumidores e a existência ou não de demanda para
estes bens e serviços em questão. Já no segundo caso, o economista vai analisar e propor
as formas e condições mais rentáveis para que o bem ou serviço analisado chegue até o
consumidor final pelo menor preço possível.

 
10 - Orçamentos

Ainda são poucos os profissionais que escolhem este ramo da economia. Um dos motivos é a
falsa idéia, difundida muitas vezes por quem atua na área, de que este é um trabalho
extremamente complexo. É importante que quem opte por fazer orçamentos se empenhe em
popularizar esta atividade que, na verdade, é simples.

Em nível de governo, o trabalho do economista consiste em elaborar, executar e fazer o


acompanhamento físico e financeiro do orçamento. Ele acompanha ainda a elaboração do
Plano Plurianual de Investimentos (OPI), a Lei Orçamentária (LO), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e o Plano Anual de Trabalho (PAT). O orçamento empresarial também
faz parte do setor de atuação do economista. O profissional detalha os gastos/custos a serem
feitos com serviços e produtos, bem como especifica os investimentos a serem aplicados ao
longo de um determinado período. Este trabalho do economista possibilita a definição de
valor/preço, o que contribui para o bom resultado econômico-financeiro da empresa.

 
11 - Professor

Os economistas estão aptos a lecionar disciplinas na área econômico-financeira, relativas à


sua grade curricular do curso de graduação ou de pós-graduação. O campo de trabalho está
representado pelas instituições de ensino superior existentes e aquelas que venham a ser
criadas em função da demanda de mercado. Este é um setor que está crescendo por causa
da implantação de novas faculdades. Pré-requisitos : curso superior de Bacharel em Ciências
Econômicas, registro no CORECON e cursos de especialização e aperfeiçoamento. Afinidade
com a especialidade escolhida para lecionar, desenvolvimento do poder de expressão verbal
e escrita, clareza e objetividade.

 
12 - Perícia

O economista está gabaritado a fazer perícia, ou seja, constatar minuciosamente a natureza


técnico-científica dos fatos e operar as prováveis causas que deram origem às questões de
natureza econômica ou financeira. Nesta área, o economista desenvolve atividades de
cálculo em processos judiciais, tanto através de nomeação pela autoridade judiciária quanto
requisitado pelas partes como assistente técnico.Os profissionais de economia têm tido uma
maior atuação junto a Justiça Trabalhista, mas em qualquer âmbito do Poder Judiciário o seu
trabalho é solicitado para embasar ações que requeiram cálculos de atualização econômico-
financeiros.

 
13 - Arbitragem

No arbitramento, o profissional de Economia indica a solução técnica que possibilita resolver


controvérsias de natureza econômica ou conflitos de quaisquer ordem que envolvam bens
patrimoniais disponíveis. Com a arbitragem, que é um mecanismo alternativo à Justiça, o
economista pode solucionar impasses a um custo reduzido e de forma bem menos
burocrática do que o sistema judiciário estatal.

 
14 - Setor Público

A necessidade do setor público de atuar sempre com uma visão macroeconômica concentra
grande parte dos economistas nesta área. Isto, tanto em nível federal quanto estadual e
municipal. Assim, no setor público o trabalho do economista exige grande responsabilidade,
pois cada análise econômica provoca também impactos político e social no País. Cinco áreas
merecem destaque: são elas : planejamento, orçamento, financiamento, análise da
conjuntura econômica e assessoria geral.

Os economistas atuam na formulação de diretrizes, análise das consequências de cada


decisão político-econômica e no planejamento para desenvolver projetos futuros para sua
concretização. Esfera federal : A maior parte dos economistas está nos ministérios da
Fazenda e do Planejamento, no Banco Central e nas áreas de economia dos ministérios
setoriais, das autarquias e empresas públicas mistas. Para conquistar a vaga, o profissional
precisa estar bem informado sobre tudo que acontece na economia do País. O trabalho é
sugerir medidas, apurar resultados e avaliar índices. Esfera estadual e municipal : o
economista desenvolve trabalhos, principalmente, nas secretarias de Planejamento,
Finanças/Fazenda, nos bancos estatais e nas secretarias e órgãos setoriais. Nas demais
áreas, ele avalia a conveniência de financiamentos e identifica as melhores oportunidades de
investimentos.

 
15 - Análise de Conjuntura Econômica e Pesquisas

Este é outro campo de atuação que é desenvolvido por economista. Isto porque aborda os
grandes agregados econômicos que explicam o funcionamento da economia, seus cenários e
suas tendências. Dentre estes, a renda nacional. os produtos internos bruto e líquido, os
agentes econômicos, as demandas e ofertas globais, os investimentos e a formação da
poupança nacional. Os trabalhos podem ser desenvolvidos das seguintes formas: análise de
infomações demográficas e sócio-econômicas, estudos setoriais globais e planejamentos
urbano e regional. É fundamental ainda saber definir metodologias e orientar na aplicação
das mesmas. Estudos sobre competitividade setorial, potenciais de mercado, finanças
públicas, políticas monetária e social também estão presentes no trabalho deste profissional.

16 - Entidades

Neste setor o economista pode atuar em sindicatos, associações, federações, confederações,


conselhos e outras entidades, tanto de empregados como de empregadores. Nesse caso, a
atividade do profissional de Economia vai ajudar na orientação política da instituição, o que
faz com que esta atividade seja bastante significativo nas entidades de classe.

Como a maioria dos sindicatos ainda é carente de banco de dados, biblioteca e centros de
documentação, este é um campo de trabalho em potencial. Âmbito macroeconômico: O
economista tem a função de dimensionar e interpretar a atividade do setor no qual trabalha
dentro do contexto produtivo. A intenção é fornecer às lideranças estudos voltados para a
valorização das empresas associadas a essas atividades dentro do cenário econômico do
País.

Ele também elabora documentos a serem encaminhados à classe política e subsidia


pronunciamentos da diretoria da entidade em seminários ou na imprensa. Âmbito
microeconômico : Aqui o economista orienta empresas sobre os reflexos de medidas
econômicas nos negócios. Entre suas atividades estão a sugestão de formas mais
adequadas de gerenciamento e a implantação de programas de controle de qualidade dos
produtos.

 
17 - Consultoria em Fusão, Aquisição e Incorporação de Empresas
Nestes três aspectos, o economista pode avaliar economicamente os empreendimentos,
compreendendo a análise dos ativos e passivos, da rentabilidade, das perspectivas de lucros
futuro. Outro ponto a ser analisado pelo profissional que trabalha com consultoria em
aquisição, fusão e incorporação é o fluxo de caixa da organização, proporcionando com isto,
uma capacidade de avaliação das empresas envolvidas. O mercado de trabalho é bem
promissor, mas é restrito aos economistas com esta especialidade.

 
18 - Recálculo de Contratos

A necessidade de se contratar um profissional com esta especialidade aumentou,


principalmente, nos últimos quatro anos, com a implantação do Plano Real. Os altos juros
praticados na economia e o sistema bancário criaram diversos tipos de taxas, seja nos
contratos de financiamento ou de empréstimos. Ë aí que entra o economista desta área, com
a função de analisar os contratos, que passaram a ter mais erros e cálculos equivocados.
Cabe a este profissional recalcular os contratos, seja para pessoas físicas ou jurídicas. Com
conhecimento já adquirido em matemática financeira, o economista deve realizar auditagem
de contas, conferir dados e estar apto para interpretar vários tipos de contratos, como
habitacional, comercial, empréstimos industriais e rurais, bancários, leasing. Outra função que
ele têm é revê contratos antigos,que foram firmados em outra conjuntura econômica.

 
19 - Diversas Assessorias Econômicas

Trabalhando com assessorias econômicas diversas, o economista analisa e propõe medidas


econômico-financeiras redirecionadas. Seja nas empresas, órgãos públicos ou outras
entidades, o profissional de Economia contribui para o aumento da participação no mercado e
para a melhora da rentabilidade. Entre as funções do economista neste setor estão a análise
de curto prazo sobre questões como o comportamento da taxas de câmbio e de juros, quais
os melhores investimentos no mercado financeiro, o custo do hot money e outros. Além de
todas estas ações, o trabalho neste campo também inclui a elaboração de boletins de
conjuntura, com textos que interpretam os fatos econômicos.

 
20 - Estudo e Orientação de Viabilidade Econômica de Novas Empresas

Neste trabalho, o economista faz o planejamento e reestruturação organizacional,


desenvolvimento de projetos de financiamentos, pareceres técnicos-judiciais, estudos de
viabilidade econômico-financeira de projetos em geral. A metodologia de trabalho deve ser,
em todos os campos de atuação, vivencial e participativa.Esta metodologia privilegia a
criação de situações empresariais corriqueiras de forma que as pessoas possam
experimentar as mais variadas ações sem, contudo, arriscar o futuro.

Outras funções do profissional que trabalha nesta área são : avaliação econômico-financeira
e assessoria em processos de aquisição, alienação e fusão de empresas; privatização;
reestruturação de passivos, identificando as estruturas financeiras e buscando as fontes de
recursos; definição de políticas de treinamento. O trabalho do economista neste campo
compreende também o acompanhamento mensal e constante às empresas-clientes, através
de relatórios de desempenho, onde se analisam as áreas de vendas, de produção, a origem e
aplicações de recursos do mês e no exercício, além da política de estoques, auditoria
financeira mensal, dentre outras avaliações. É através destas análises que a empresa-cliente
é assessorada e pode, então, planejar e fazer todos os ajustes necessários.

 
21 - Desenvolvimento e Planejamento Econômico
O economista estabelece objetivos e metas de crescimento econômico para provocar o
desenvolvimento sócio-econômico. Este é um processo de longo prazo, mas que vai gerar
mudanças estruturais nos campos econômico, social e político e até cultural. O profissional,
além de dar enfoque econômico, preocupa-se com os aspectos qualitativos, contribuindo para
a melhoria do padrão de vida da população.

No setor privado, o economista estabelece metas a serem alcançadas pela empresa e, desta
forma, medidas para implementar tais objetivos. Ou seja, ele elabora o planejamento
estratégico empresarial, através de estudos relacionados com a microeconomia. O trabalho
exige ainda que se conheça os ambientes internos e externos da empresa ou entidade. Entre
as áreas de atuação estão políticas tributária, agrária e agrícola, desenvolvimento rural e
comércio exterior fiscal.

 
22 - Criação de Projetos para Obtenção de Financiamentos

A função do economista neste setor consiste em elaborar trabalhos econômico-financeiros


visando obter recursos de médio e longo prazos junto a entidades financeiras nacionais ou
internacionais. Assim, a entidade pública ou privada pode implementar um novo
empreendimento, seja para produzir bens ou ofertar serviços.

Os projetos também podem ser de ampliação, modernização, relocalização ou criação de


novas linhas de produção em empreendimentos já existentes. Neste caso, o economista
trabalha com um roteiro já elaborado pelo órgão financiador. No entanto, ele continua
responsável pelos estudos econômico-financeiros, sendo que estes são elaborados conforme
roteiros fornecidos pela entidade financiadora. 

Conceito de Economia
Segundo Paul A. Samuelson e William D. Nordhaus, economia pode ser
definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam
os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os
distribuem entre os vários indivíduos. Nesta definição estão implícitas
duas questões fundamentais para a compreensão da economia: por um
lado a ideia de que os bens são escassos, ou seja, não existem em
quantidade suficiente para satisfazer plenamente todas as necessidades e
desejos humanos; por outro lado a ideia de que a sociedade deve utilizar
os recursos de que dispõe de uma forma eficiente, ou seja, deve procurar
formas de utilizar os seus recursos de forma a maximizar a satisfação das
suas necessidades.

Dito por outras palavras, a economia procura responder a três questões,


as quais constituem os três problemas de qualquer organização
económica: o quê, como e para quem:

- O que produzir e em que quantidades? Quais os produtos e serviços


deverão ser produzidos por forma a satisfazerem da melhor forma
possível as necessidades da sociedade?

- Como devem os bens ser produzidos? Que tecnologias e métodos de


produção utilizar? Que matérias primas deverão ser utilizados para
produzir determinado produto? Como maximizar a produção
tendo em conta os recursos disponíveis?

- Para quem são os bens produzidos? Como repartir pelos diferentes


agentes económicos os rendimentos disponíveis? Quem deverá
ganhar mais e quem deverá ganhar menos?

Da forma como as sociedades respondem as estas três questões resultam


diferentes sistemas de organização económica - nos dois extremos
podemos distinguir duas formas de organização económica alternativa:

- Economias centralizadas ou de direcção central - neste tipo de


economias as principais decisões quanto ao quê, ao como e ao para
quem devem ser produzidos os bens são tomadas pelo governo;

- Economias de mercado - nestas economias é o próprio mercado


(composto por quem oferece e por quem procura os bens) que
decide a resposta às três questões que constituem os problemas de
qualquer organização económica.

Contudo, na verdade não existem actualmente sociedades que se


encaixem em nenhum dos dois casos extremos expostos. De facto, todas
as sociedades actuais estão organizadas em economias mistas na medida
em que contém características quer das economias de mercado, quer das
economias de direcção central. Nas economias ocidentais, por exemplo, é
o mercado que determina o quê, o como e o para quem produzir mas os
governos desempenham papeis importantes como sejam a supervisão e
regulamentação das actividades económicas, a oferta de serviços públicos
ou a repartição dos recursos pelos agentes económicos.

Conceito de Mercado
Mercado é o “local” onde se encontram quem quer comprar e quem quer
vender e que, através de um processo de negociação, determinam o preço
e a quantidade do bem a ser transaccionado/trocado entre ambos. Se o
bem a ser transaccionado são camisas, então temos o mercado das
camisas. Se os intervenientes nesse mercado forem os trabalhadores que
querem vender o seu trabalho e as empresas que o querem adquirir,
então temos o mercado de trabalho e o preço a ser determinado é o
salário.

Em qualquer mercado uma das variáveis chave é o preço, o qual mede o


valor do bem em termos monetários. Funcionam como indicadores quer
para os compradores, quer para os vendedores: se os consumidores
querem mais de um bem, o seu preço aumenta; este aumento cria um
incentivo a quem quer vender para que aumenta a sua oferta. Desta
forma será restabelecido um equilíbrio de mercado. Por outro lado, se a
procura de determinado bem diminui, os vendedores têm incentivos a
reduzir os preço afim de reduzir os seus stocks; desta forma, com preços
mais baixos, mais compradores procurarão o bem. Novamente é assim
restabelecido o equilíbrio de mercado.

Em suma, os preços coordenam as decisões de quem quer vender e de


quem quer comprar. Uma subida dos preços contribui para a redução da
procura dirigida ao bem em causa; por outro lado constitui um incentivo
para que os vendedores desejem vender mais. Pelo contrário, uma
descida dos preços leva a um aumento das intenções de compra e em
simultâneo a uma redução das intenções de compra.

Determinantes da Procura
O próprio senso comum demonstra-nos que a quantidade procurada de
determinado bem depende do seu preço. De facto, quanto maior o preço
do bem, menor é a quantidade procurada desse mesmo bem. Da mesma
forma, quanto menor for o preço, maior será a quantidade procurada.

Contudo, o preço não é a única determinante da procura. Na verdade são


diversos os factores que contribuem para aumentar ou reduzir a procura
dirigida a determinado bem, nomeadamente:

- As preferências dos consumidores - as preferências (ou gostos)


representam uma grande variedade de influências culturais,
sociais, históricas; podem reflectir necessidades físicas ou
psicológicas permanentes ou temporárias e podem ser
influenciadas artificialmente, por exemplo através de técnicas
comerciais e de marketing;
- O rendimento médio dos consumidores - geralmente, quanto
maior o rendimento dos consumidores, maior será a procura
dirigida ao bem. Existem, contudo, determinado bens cujo
comportamento da procura é diferente quando o rendimento
aumenta: é o caso dos chamados bens inferiores cuja procura que
lhe é dirigida diminui quando o rendimento dos consumidores
aumenta (ex: margarina);
- A dimensão do mercado - quanto maior o número de
consumidores maior é a procura de bens. Se numa determinada
economia se registar um aumento repentino da população, é
natural que a procura dirigida à generalidade dos bens aumente
na mesma proporção;

Os preços dos bens relacionados - existem dois tipos de relacionamento


entre dois bens relacionados: ou são substitutos ou são complementares.
Dois bens são substitutos quando, através do seu consumo, é possível
satisfazer a mesma necessidade. São complementares quando, para
satisfazer determinada necessidade, for necessário consumir os dois bens
em simultâneo. É fácil assim de compreender que quando o preço de um
bem substituto aumenta a procura dirigida a esse mesmo bem diminui
sendo essa procura transferida para o seu substituto. Pelo contrário, se o
preço de um bem complementar aumentar, a procura dirigida a esse
mesmo bem diminui levando também a uma redução da procura dirigida
ao bem seu complementar.

Determinantes da Oferta
O principal objectivo dos produtores quando oferecem os seus produtos é
o de maximizarem os seus lucros. É portanto, natural que quanto mais
elevado o preço, maior será a quantidade que os produtores querem
vender. Pelo contrário, quanto mais baixo é o preço, menor a quantidade
de produtos que as empresas querem vender.

Além do preço, outro importante determinante da oferta são os custos de


produção. Quando os custos de produção baixam, torna-se mais lucrativo
produzir mais pelo que a oferta aumenta. Os principais factores que
determinam os custos de produção são os custos dos factores produtivos
e a tecnologia: quanto maior for o preço das matérias primas, da energia,
dos equipamentos ou do trabalho, maior serão os custos de produção; por
outro lado, quanto melhor forem as técnicas de produção e os processos
tecnológicos mais eficiente será a produção e, portanto, menores serão os
custos de produção.

Como determinante da oferta destacam-se ainda algumas influências


específicas como sejam as condições meteorológicas que influenciam a
agricultura, as pescas ou o turismo. As políticas governamentais, tais
como as políticas de regulamentação ambiental a política fiscal, entre
outras, que podem afectar os custos de produção e assim influenciar a
oferta.

Balança de Pagamentos
A par do crescimento das relações económicas entre os diferentes países
cresceu também a necessidade de efectuar o registo sistemático dessas
mesmas relações económicas de forma a que fosse possível conhecer a
situação económica de cada país relativamente aos seus parceiros
comerciais.

É na Balança de Pagamentos que são registados todos os movimentos


financeiros decorrentes das relações económicas ocorridas entre um
determinado país e o resto do mundo. É pois nesta balança que são
registadas as entradas de capitais motivadas pelas exportações de
mercadorias, as saídas de capitais associadas às importações de
mercadorias, as entradas de capitais motivadas pelos investimentos
realizados por agentes económicos estrangeiros, as entradas de capitais
associadas a subsídios ou a remessas de emigrantes, entre muitos outros
movimentos financeiros.

No caso das entradas de capitais ser superior às saídas dá-se uma


acumulação de ouro e de divisas estrangeiras. No caso contrário verifica-
se uma saída de ouro e de divisas estrangeiras.

De forma a melhor conhecer a Balança de Pagamentos, esta é


desagregada noutras balanças. A primeira desagregação da Balança de
Pagamentos é a divisão em Balança Básica ou Fundamental e Balança de
Financiamento. No caso da Balança de Financiamento, esta funciona
apenas como compensação dos saldos registados na Balança Básica pelo
que o estudo da Balança de Pagamentos recai geralmente apenas sobre a
Balança Básica.

Como vimos, a Balança de Financiamento representa apenas uma


compensação dos saldos da Balança Básica. Desta forma, é na Balança
Básica que são registados todos os movimentos financeiros de um país
com o exterior. Assim, a Balança de Financiamentos é não mais do que a
representação da acumulação de ouro e de divisas que se verifica quando
o saldo da Balança Básica é positivo (ou seja, quando as entradas de
capitais são superiores às saídas) ou da saída de ouro e divisas quando o
saldo da Balança Básica é negativo.

       1) Entrada de Capitais > Saída de Capitais => Saldo da Balança Básica é Positivo
<=> Acumulação de ouro e divisas

       2) Entrada de capitais < Saída de Capitais => Saldo da Balança Básica é Negativo
<=> Saída de ouro e divisas

Tal como a Balança de Pagamentos, a Balança Básica também é


desagregada noutras balanças, nomeadamente a Balança de Transacções
Correntes e a Balança de Capitais. Na Balança de Capitais são registados
os movimentos de capitais destinados a financiar as actividades
produtivas, nomeadamente as transferências de capital associadas à
realização de investimentos ou a empréstimos externos. Por exemplo, a
realização de um investimento no estrangeiro por uma empresa nacional
é registado como uma saída de capital na Balança de Capitais; da mesma
forma, um investimento de uma empresa estrangeira no nosso país é
registado na Balança de Capitais como uma entrada de capital.

Quanto à Balança de Transacções Correntes, regista os movimentos de


capitais que não sejam destinados a financiar as actividades produtivas.
Incluem-se nestes movimentos financeiros associados às importações e
exportações de mercadorias, à compra e venda de serviços, aos
rendimentos de capitais e às transferências unilaterais de capitais.

Dada a diversidade de rubricas que compõem a Balança de Transacções


Correntes esta também é desagregada noutras balanças, nomeadamente:

   - Balança Comercial
   - Balança de Serviços
   - Balança de Rendimentos de Capitais
   - Balança de Transferências Unilaterais

Na Balança Comercial são registados os valores das importações e das


exportações de mercadorias. No caso do valor das importações ser
superior ao valor das exportações, a saída de capitais é superior à entrada
de capitais pelo que o saldo da Balança Comercial é desfavorável diz-se
que se verifica um défice comercial. Pelo contrário, se o valor das
exportações for superior ao valor das importações a entrada de capitais é
superior à saída de capitais pelo que o saldo da Balança Comercial é
favorável, neste caso temos um superavite comercial.

Na Balança de Serviços são registados os fluxos financeiros relacionados


com a prestação de serviços entre países , um dos mais importantes
serviços , em especial no caso português, são as receitas com a actividade
turística. Dada a sua similaridade, muitas vezes é efectuada a junção
entre a Balança Comercial e a Balança de Serviços, resultando daí a
Balança de Bens e Serviços.

Na Balança de rendimentos de Capitais são registados os movimentos de


capitais relacionados com os pagamentos e recebimentos de juros
resultantes de empréstimos concedidos e obtidos e de lucros resultantes
de capitais investidos.

Na Balança de Transferências Unilaterais são registados as entradas e


saídas de valores sem contrapartidas reais associadas como sejam os
subsídios comunitários recebidos, as doações obtidas e concedidas e
as remessas dos emigrantes obtidas e concedidas.

Análise Económica dos Custos


 

A existência de custos é uma consequência directa da existência de


produção.

De facto, para produzir é necessário utilizar factores produtivos tais como


matérias-primas, equipamentos, energia, instalações, trabalho, entre
outros; dado que estes factores produtivos são escassos, as empresas para
os poderem utilizar têm de pagar um preço, ou seja, têm de incorrer em
custos.

Constitui tarefa das empresas procurarem métodos de produção


eficientes, ou seja, que permitam o máximo de produção ao mínimo
custo.

Custos Totais, Fixos e Variáveis

A primeira distinção que pode ser efectuada na análise económica dos


custos é entre custos totais, custos fixos e custos variáveis:
 Custo Total: representa a menor despesa total
necessária para atingir um determinado nível de
produção.
 Custo Fixo: representa a parte da despesa que não é
afectada pelo nível de produção, ou seja, o montante
de despesa que se verifica mesmo que o nível de
produção seja zero. Por exemplo, numa empresa de
explicações um dos custos fixos é a renda das
instalações pois o seu valor mantém-se mesmo que
não sejam dadas quaisquer explicações.
 Custo Variável: representa a parte das despesas que
variam com a produção, ou seja, que aumentam
quando o nível de produção aumenta e vice-versa.
Por exemplo, numa fábrica a despesa com matérias-
primas é um custo variável pois está directamente
relacionado com a quantidade produzida.

Por definição, os custos totais (CT) são o somatório de todos os custos


fixos (CF) com o somatório de todos os custos variáveis (CV):

Custos Médios

O custo médio (CM) resulta da divisão do custo total (CT) pela


quantidade produzida (Q)podendo ser entendido como custo unitário de
produção, ou seja, para um determinado nível de produção representa o
custo de cada unidade produzida sendo, por isso, muito utilizado nas
empresas que comparam com o preço de venda.

Da mesma forma que o custo total pode ser repartido por custo fixo e
custo variável, o custo médio também pode ser repartido em custo fixo
médio (CFM) e custo variável médio (CVM).

No caso do custo fixo médio este resulta da divisão do custo fixo pela
quantidade produzida (CFM=CF/Q). Dado que o custo fixo é constante,
à medida que o dividimos por quantidades maiores, obtemos valores
cada vez menores. Desta forma, quanto maior for a quantidade
produzida, menor é o custo fixo médio. No exemplo anterior da empresa
de explicações, se a produção for muito baixa o custo fixo médio é
elevado; pelo contrário, se a produção for elevada o custo fixo é repartido
por uma maior quantidade produzida, tornando o custo fixo médio mais
baixo.

Quanto ao custo variável médio, este resulta da divisão dos custo


variável pela quantidade produzida (CVM=CV/Q). Geralmente, os
custos variáveis médios são decrescentes quando o nível de produção é
baixo e crescentes quando o nível de produção é elevado.

Tal está directamente relacionado com o facto de que para níveis de


produção baixos existem ganhos de eficiência em aumentar a produção
mas, a partir de certo nível de produção a situação inverte-se perdendo-se
eficiência à medida que se aumenta a quantidade produzida.

Custo Marginal

O Custo Marginal (Cmg) representa o acréscimo de custo que se verifica


quando é produzida uma unidade adicional do bem. Por exemplo, numa
empresa que produza 100 computadores a um custo total de 50.000€ e
que ao passar a produzir 101 computadores o custo total passe a ser de
50.600€, o custo marginal é de 600€.

Estudos empíricos demonstraram que na maioria dos sectores de


actividade o custo marginal é decrescente quando o nível de produção é
baixo mas, a partir de determinado nível de produção, torna-se crescente.
Este comportamento do custo marginal está directamente relacionado
com a Lei das Produtividades Marginais Decrescentes segundo o qual,
aumentos sucessivos do factor produtivo resultam em acréscimos cada
vez menores de produção.

 
 

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