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O MILAGRE QUE GEROU REVERÊNCIA


2 Samuel 6.1-9

Você já ouviu falar na palavra "reverência"? Uma das definições que o dicionário
Aurélio nos dá dessa palavra é: "Respeito, marcado pelo temor, às coisas sagradas".
Em outros tempos era mais fácil entender essa palavra, talvez porque houvesse maior
reverência dos filhos para com os pais.

A ideia de reverência não é muito forte em nossos dias. Mas, o fato de nossa
sociedade ter abandonado a prática da reverência pelas pessoas mais velhas, não
significa que isso aplica-se a Deus. Devemos tratá-lo com reverência que, na verdade,
implica em temor e que nos leva à obediência.

O acontecimento sobrenatural que estudaremos hoje mostra de modo bem claro que
Deus deve ser temido, reverenciado, obedecido, e que as consequências da
desobediência e da falta de temor podem ser terríveis.

Uzá sentiu isso "na pele". Por que Deus o teria matado de maneira tão fulminante?
Afinal de contas, ele agiu com a melhor das intenções. Ele tentou segurar a arca para
que ela não caísse. Podemos ver que Deus agiu de modo sobrenatural, causando a
morte instantânea de Uzá, por pelo menos dois motivos:

1 - PARA MOSTRAR A NECESSIDADE DE OBEDECÊ-LO


Após derrotar os filisteus, com quem estava a arca da Aliança, Davi tomou a iniciativa
de levá-la de volta para Jerusalém. No entanto, a arca foi transportada de modo
inadequado. A arca estava sendo levada em um carro novo (2Sm 6.3) puxado por
bois.

Qual o problema? O problema é que esse não era o modo que Deus havia estipulado
para que a arca fosse carregada.

Em Êxodo 25.12-14 lemos:

"Fundirás para ela quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos da
arca: duas argolas num lado dela e duas argolas noutro lado. Farás também
varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro; meterás os varais nas
argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a arca". O método
correto de transportar a arca da Aliança era segurando pelos varais que eram
passados pelas argolas da arca. Além disso, somente os sacerdotes podiam
carregar a arca, e nos ombros: "Mas aos filhos de Coate nada deu, porquanto a
seu cargo estava o santuário, que deviam levar aos ombros" (Nm 7.9).

Hoje, parece comum a ideia de que as pessoas podem servir a Deus do modo como
consideram mais conveniente. O que importa, dizem alguns, é fazer "de coração".

Será que o rei Davi não estava feliz pela vitória alcançada e por saber que o próprio
Deus o havia orientado para vencer? Será que ele não desejava levar a arca para
Jerusalém com a melhor das intenções? É claro que sim. Mas Davi falhou por não
observar o que Deus havia determinado.

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Não podemos brincar com Deus e imaginar que ele aceita qualquer coisa que
façamos. A sua Palavra traz orientações sobre o modo como devemos adorá-lo e
servi-lo e devemos fazer isso somente como Deus já prescreveu. A obediência a Deus
é algo importantíssimo e que não podemos deixar de lado. "Não vos enganeis: de
Deus não se zomba" (G16.7).

Quando queremos oferecer a Deus aquilo que consideramos melhor, sem levar em
conta o que a Bíblia nos ensina a respeito, nivelamos Deus ao nível humano e nos
esquecemos de que ele é o Senhor de toda a terra, o Rei dos Reis, o Criador do
universo.

Para que isso ficasse claro para Davi e para o seu povo, e para nós hoje, Deus agiu
de modo sobrenatural e feriu a Uzá que morreu por ter tocado na arca, o que também
não era permitido. Deus não estava sendo obedecido.

Se o transporte da arca tivesse sido feito do modo adequado, o incidente não teria
acontecido, pois não seriam bois a transportar a arca, mas os sacerdotes, e Uzá não
teria morrido. Devemos obedecer a Deus de modo integral. Temos que estar prontos a
fazer o que nos ensina a Bíblia, pois essa é a sua vontade e os servos de Deus
desejam fazer a vontade de Deus e não a sua própria.

2 - PARA MOSTRAR QUE DEVEMOS TEMÊ-LO


"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria"; é isso o que nos diz o Salmo 111,
verso 10. Deus também agiu de modo sobrenatural no caso do transporte da arca para
Jerusalém para que aprendamos a temê-lo.

Como não temer aquele que fulminou a Uzá por ter tocado na arca da Aliança? Como
não tremer diante dele. É ele quem inspira reverência e respeito.

Alguns estudiosos da Palavra de Deus acreditam que Davi tenha escrito o Salmo 15
logo após esse acontecimento e tem a morte de Uzá em sua mente quando diz:
"Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?"
(SI 15.1). O que condiz com o verso 9 de 2 Samuel 6: "Temeu Davi ao Senhor,
naquele dia, e disse: Como virá a mim a arca do Senhor?".

Davi temeu e esse temor também deve estar presente em nós. Mas a ideia de temor
também foi colocada de lado pela sociedade atual. Ouvimos expressões como:
"paizão" ou "o cara lá de cima" para referir-se a Deus. Isso demonstra completa falta
de reverência e temor e demonstra que quem usa essas expressões não conhece a
Deus de verdade.

Talvez alguns possam pensar que essas referências a temer a Deus sejam algo
presente somente no Antigo Testamento e que agora vivemos no "período da graça" e
não há mais necessidade de darmos tanta atenção a isso.

Essa é uma ideia enganosa. Veja o que diz o escritor aos Hebreus: "Por isso,
recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus
de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo
consumidor" (Hb 12.28,29).

Ele fala de reter a graça, mas também de servir a Deus com reverência e santo temor.

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O temor a Deus nos leva não a uma vida cristã de rituais sem sentido e por obrigação,
mas a um serviço frutífero e alegre que faz com que consideremos realmente a quem
servirmos. Aumenta nossa confiança nele e nos faz descansar na sua onipotência. Ele
é o nosso escudo, nossa fortaleza. Ele é a Rocha.

Aplicação
Costumamos pensar que Deus se agrada com qualquer coisa que façamos para ele,
desde de que o façamos "de coração". Vimos que não é bem assim que as coisas
funcionam. Devemos aprender a buscar obedecer a Deus sempre. Essa obediência é
demonstrada quando praticamos o que a sua Palavra nos ensina e não quando
fazemos algo para agradar a Deus segundo nossa própria vontade.

Temos também que cultivar o sentimento de temor a Deus. O escritor de Hebreus fala
de "santo temor". E isso o que Deus requer. Trata' se da necessidade reverenciá-lo
por aquilo que ele é, de temê-lo, pois ele é Poderoso. Temê-lo faz com que meditemos
mais em seus atributos, em suas características.

Coloque como propósito para sua vida cultivar o temor a Deus e obedecê-lo em tudo o
que nos ensina a Bíblia. Peça a Deus que o ajude a cumprir esse propósito, pois, diz
Jesus: "sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5).

AUTOR: MARCELO SMEETS

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