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BOA VISTA, RR
2020
SARA BRENDA DE SOUSA JESUS
BOA VISTA, RR
2020
Dados Internacionais de Catalogação Na Publicação (CIP)
Biblioteca Central da Universidade Federal de Roraima
52 f. : il.
CDU – 616-022.1(811)
_______________________________________________
Prof.ª Dr.ª Raquel Voges Caldart
Orientadora/Curso de Enfermagem-UFRR
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Prof.ª Dr.ª Jackeline da Costa Maciel
Curso de Enfermagem-UFRR
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Prof.º Dr. Jaime Louzada
Curso de Enfermagem-UFRR
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida, por minha saúde e por
ser meu guia e ter me ajudado durante toda a minha trajetória neste curso.
Obrigada, meu Deus!
Agradeço aos meus pais, Ana Rodrigues e Breno Beserra, por serem meu
porto seguro, por toda dedicação e educação que me proporcionaram. Agradeço
por sempre acreditarem em mim, no meu potencial e por sempre me incentivarem
aos estudos. Essa conquista é para vocês!
Ao meu querido irmão, Miguel Sousa, um presente de Deus! Obrigada por
trazer alegria e paz a minha vida, obrigada principalmente por entender os meus
momentos de ausência em seu crescimento devido aos estudos. Você foi o maior
motivo por eu ter escolhido esta profissão, Deus sabe.
Às amizades que o curso me proporcionou, que sempre estiveram comigo
durante os 5 anos e tornaram esse tempo especial, através de boas risadas,
conversas e conselhos. Amigos de graduação e agora de profissão, sou grata pela
amizade de cada um de vocês, Dhuly Santos, Lucas Gacema, Juliana Dueñas,
Kimberli Silva, Leydnara Brasil e Rayana Barreto.
À minha professora e orientadora, Profª Dr. Raquel Caldart, grata por ter
acolhido minha ideia e ter ajudado a molda-la tão bem. Agradeço pela paciência,
compreensão, disponibilidade e orientação no decorrer da elaboração desta
monografia. Agradeço também à minha co-orientadora Enfª Me. Fernanda
Zambonin, pelas sugestões, conselhos e esclarecimentos. Sinto-me privilegiada
em ter duas grandes profissionais ao meu lado nesta monografia.
Aos professores do curso de enfermagem da Universidade Federal de
Roraima, agradeço por todo esforço, dedicação e conhecimento repassado ao
longo do curso, vocês foram peças fundamentais para minha formação pessoal e
profissional.
RESUMO
Hospital infections are considered an important public health problem in the world,
in view of their high rates of morbidity and mortality and high health care costs. The
present study sought to analyze the occurrence of nosocomial infection in the
emergency department of a teaching hospital in Roraima from December 2019 to
February 2020. This is a cross-sectional, descriptive study with a quantitative
approach. The study population consisted of patients admitted to the emergency
room at that institution, patients with a hospital stay of more than 48 hours were
included and those with infectious diseases as a cause of admission, except AIDS,
and with a previous diagnosis of nosocomial infection were excluded. The data were
tabulated in the Microsoft Excel® program and analyzed using the SPSS version
20.0 statistical program. 113 patients participated in the study, of which 23% (n =
26) were diagnosed with nosocomial infection. Of the patients with hospital infection,
there was an excess of cases of infection among female patients (57.7%; n = 15),
the mean age of the patients was 53.49 ± 19.2 years. The average hospital stay was
22 days (quartiles = 4.75-41.25) and there was a concentration of patients with a
hospital stay longer than 15 days (30.8%; n = 8). As for the causes of admission, the
most frequent were diseases of the respiratory and circulatory systems. Regarding
the clinical outcome, there was an excess of cases that died (53.8%; n = 14). The
main invasive devices were peripheral venous access (84.6%; n = 22), delayed
bladder catheter (80.8%; n = 21) and mechanical ventilation (65.4%; n = 17).
Pneumonia associated with mechanical ventilation (42.3%; n = 11) and urinary tract
infection (26.9%; n = 7) were the most prevalent infections in the sector. Sepsis and
septic shock were identified in 10.6% (n = 12) and 4.4% (n = 5) of patients with
nosocomial infection, respectively. This study aggregates information about
nosocomial infection in the local context, especially in the emergency sector.
Keywords: Hospital Infection. Lenght of hospital stay. Invasive devices. Urinary tract
infection. Pneumonia associated with mechanical ventilation.
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................12
1.2 OBJETIVO........................................................................................................ 13
1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................ 14
2 REFERENCIAL TEMÁTICO................................................................................16
3 METODOLOGIA.................................................................................................. 25
4 RESULTADO E DISCUSSÃO............................................................................. 29
REFERÊNCIAS ......................................................................................................43
APÊNDICE .............................................................................................................50
ANEXOS ................................................................ ................................................49
12
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVO
1.3 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEMÁTICO
certificou-se que 166 pacientes apresentaram IH, sendo que destes 10,75%
relacionavam-se à ITU (DATTA et al., 2014). Reforçando os dados, na União
Europeia, foram relatados 1.395 casos de ITU no ano de 2016, sendo que 99,3%
dos casos estavam relacionados ao uso de SVD (ECDC, 2018).
São vários os fatores de risco para o desenvolvimento de ITU-AC, no
entanto, o principal fator corresponde ao elevado tempo de permanência da SVD
(CHENOWETH; SAINT, 2013). Nesse aspecto, o estudo de Campos et al. (2016)
relatou a maior prevalência de ITU nos pacientes que permaneceram com SVD por
um tempo médio de 10 dias, em comparação com aqueles que permaneceram com
o dispositivo por um período médio de 5 dias, o estudo também indicou que
pacientes que tem a assepsia realizada com água e sabão possuem 5,01 vezes
mais chances de desenvolver ITU do que aqueles que utilizam iodo povidona (PVP-
I) e soro fisiológico.
Além disso, também merece destaque a ausência de indicação para uso de
SVD, contribuindo para o acontecimento da ITU, conforme o estudo de Barbosa,
Mota e Oliveira (2019), 80% dos pacientes que apresentaram ITU não possuíam
indicação para o uso. Outros fatores de risco relacionam-se ao sexo feminino,
devido a presença de alterações anatômicas, menopausa, multiparidade e idade
avançada (CAVALCANTE; BRAQUEHAIS; BEZERRA, 2017).
A PAVM pode ser precoce, quando ocorre até o quarto dia de VM ou tardia,
quando se inicia após o quinto dia de VM. Sua ocorrência se dá principalmente
devido à aspiração de secreções da orofaringe que se acumulam acima do
balonete, mas também pode ocorrer devido ao condensado formado no circuito do
ventilador proveniente do umidificador ou à colonização de bactérias no conteúdo
gástrico (SBPT, 2007).
Em se tratando de diagnóstico, Dalmora et al. (2013) ressaltam que atenção
deve ser dada a associação de achados clínicos, radiológicos e microbiológicos.
Para a Anvisa o diagnóstico radiológico de PAVM deve atender alguns critérios,
como: paciente possuir doença cardíaca ou pulmonar de base, caso não apresente
é aceitável uma radiografia de tórax com alterações indicando displasia pulmonar
desconforto respiratório agudo, edema pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), além disso apresentar duas ou mais radiografias de tórax com
achados de infiltração, opacificação ou cavitação; apresentar ao menos leucopenia
ou leucocitose, febre ou alteração no nível de consciência, no caso de pacientes
com >70 anos; apresentar pelo menos um quadro de secreção purulenta, piora na
troca gasosa, apresentação de roncos ou estertores à ausculta pulmonar ou ter
tosse, dispneia ou taquicardia e apresentar cultura ou hemocultura positiva
(BRASIL, 2017b).
Estima-se que a PAVM acomete de 9 a 27% dos pacientes em VM, sendo
2,1-10,7 casos a cada 1.000 dias de VM (BARSANTI; WOELTJE, 2009). Kock et al.
(2017) evidenciaram uma incidência de 31,8% casos de PAVM, perfazendo uma
taxa de infecção de 24 casos a cada 1.000 dias.
Quanto aos fatores de risco, verificou-se em um estudo de coorte realizado
durante 2 anos em uma UTI em Santa Catarina que dos 59 pacientes que faziam
uso de VM, 25,4% foram acometidos por PAVM, possuindo um tempo médio de 5,4
dias para ocorrência da doença, entendendo-se que há um maior risco de
desenvolvimento dessa pneumonia até o 5º dia de VM (SILVA et al., 2011).
Ademais, outros fatores de risco referem-se à idade >60 anos, posição supina do
paciente, reintubação, sedação, presença de SNG e falha de múltiplos órgãos
(BARSANTI; WOELTJE, 2009), presença de DPOC, traumas, cirurgias e doenças
neurológicas (SBPT, 2007).
23
3 METODOLOGIA
acordo com o caso e; vermelha 2, que comporta 5 leitos destinados aos pacientes
que necessitam de estabilização e que já se encontram em regime de internação.
Anexo a área vermelha, tem-se ainda uma sala de reanimação com 4 leitos,
designada aos pacientes que possuem alto risco de parada cardiorrespiratória ou
que estão em processo de ressuscitação cardiopulmonar. A área amarela funciona
como uma unidade semi-intensiva, conta com 10 leitos e presta assistência aos
pacientes críticos e semicríticos que já iniciaram o tratamento de estabilização e
aguardam vagas na UTI. O presente estudo restringiu-se às áreas vermelha 2 e
amarela, visto que são as áreas em que estão os pacientes em regime de
internação, totalizando 15 leitos.
Esta pesquisa faz parte de um projeto maior o qual foi submetido e aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade
Federal de Roraima, sob o parecer no 1.476.575.
Vale ressaltar que a pesquisa também possui autorização emitida pelo
núcleo de pesquisa da instituição que sediou o estudo. A pesquisadora assume o
compromisso de manter o sigilo de todas as informações, bem como a privacidade
de seus conteúdos e somente empregar os dados para os objetivos propostos.
29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
uma identidade sociocultural que foi construída entre os homens, a qual os fazem
acreditar serem resistentes a enfermidades, sendo esta geralmente vista como um
sinal de fragilidade no âmbito da masculinidade, assim, raramente os homens
procuram os serviços de saúde de baixa complexidade, procurando os serviços
apenas quando estão com dor e possivelmente com a saúde já prejudicada
(SCHWARZ, 2012; CARNEIRO et al., 2016).
al., 2009; OLIVEIRA; KOVNER; SILVA, 2010; OLIVEIRA et al., 2014; PEREIRA et
al., 2016).
Figueiredo (2012) enfatiza que quanto maior o tempo de internação, maior o
manejo dos pacientes pelos profissionais de saúde, sendo estes geralmente
submetidos a procedimentos invasivos e utilização de antimicrobianos e drogas
imunossupressoras, favorecendo o declínio da imunidade e aumentando a
colonização. A doença de base por sua vez também favorece a ocorrência de IH,
desequilibrando os mecanismos de defesa contra infecções e consequentemente
ocasionando deficiências imunológicas (NOGUEIRA et al., 2009).
Ressalta-se que o serviço de saúde sofre um impacto direto com longo
período de internação associado a IH, pois este está diretamente relacionado com
a maior utilização de antibioticoterapia, realização de procedimentos invasivos e
exames, aumentando significativamente os custos hospitalares (IZAIAS et al.,
2014).
Outro ponto a considerar, diz respeito à identificação precoce de pacientes
com suspeita de infecção que estão sob maiores riscos de desenvolver desfechos
adversos, como a sepse, uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica. Para
tanto, tem-se disponíveis ferramentas para serem utilizadas à beira do leito, em
ambientes fora das UTIs, sendo o qSOFA ou quickSOFA uma delas. Este escore
utiliza como critérios a pressão sistólica (<100mmHg), a frequência respiratória
(>22mrpm) e a alteração do nível de consciência (ECG <15), cada uma dessas
variáveis contabiliza um ponto no escore, sendo assim varia de 0 a 3 pontos.
Pontuação maior ou igual a dois, indica maior risco de mortalidade ou permanência
prolongada na UTI, constituindo-se assim de um alerta para pacientes com maior
risco de prognóstico ruim (ISAEM, 2016; MACHADO et al., 2016).
Considerando essa avaliação de gravidade relacionada à infecção,
analisou-se a pontuação deste escore na admissão do paciente na emergência.
Dentre os pacientes que tiveram diagnóstico de infecção, 53,8% (n=14)
apresentaram uma pontuação ≥2 no qSOFA na admissão. Diante o exposto,
comprovado o alto risco de adquirir a sepse é de extrema importância a identificação
precoce do paciente, visto que a realização de um manejo adequado nas primeiras
horas após a identificação tem implicações significativas no prognóstico do paciente
(GOULART, 2018). Boechat e Boechat (2010) enfatizam que a abordagem precoce
36
Analisando o sítio das IHs, verifica-se que a PAVM foi a mais prevalente,
42,3% (n=11), concordando com os estudos de Oliveira et al. (2014), Menezes
(2019) e Frota et al. (2019), realizados em emergências, nesses estudos a PAVM
obteve um percentual de 52,4%, 22,3% e 23,8%, respectivamente. Esses
resultados sinalizam a elevada presença da PAVM no setor de emergência, mesmo
sendo esta infecção comumente encontrada em UTI (FINGER-JARDIM; BASSO,
2011).
De acordo com Rodrigues e Pereira (2016), pacientes que estão em uso de
VM, possuem uma incidência para infecção de 7 a 21 vezes maior do que o paciente
que não necessita desse procedimento. Esse fato explica-se devido à destruição da
barreira natural existente entre a orofaringe e traqueia quando o paciente é
intubado, ocasionando na eliminação do reflexo de tosse e causando o acúmulo de
secreções contaminadas acima do cuff, aumentando a colonização acima da árvore
traqueobrônquica e a consequente aspiração das secreções contaminadas para as
vias aéreas inferiores (SANTOS, 2016).
38
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
tipos de IH, bem como, a divulgação da repercussão que essa enfermidade traz ao
paciente, família, equipe de saúde e para o próprio hospital.
43
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed, São Paulo: Atlas, 2008.
220p.
IHI. Institute for healthcare improvement. Getting started kit: prevent ventilator-
associated pneumonia: how-to guide. Cambridge, MA. 2012.
JORGE, R. L. N. et al. Choque Séptico. Rev Med Minas Gerais, v. 26, n. 4, p. 09-
12, 2016.
SCHWARZ, E. et al. Política de saúde do homem. Rev Saúde Pública, n.46, v.Supl,
p.108-116, 2012.
49
WHO. World Health Organization. Health care without avoidable infections The
critical role of infection prevention and control. 2016. 16 p.
APÊNDICE
1- Características demográficas
Iniciais:_________ Sexo: ( )Fem ( )Masc DN: __/__/__ Idade: ____
Tratamento:
Presença de dispositivo invasivo: ( ) CVC, local: ___________________________
( ) AVP, local: ______________________________________________________
( ) cateter arterial, local: ______________________________________________
( ) Sonda gástrica ( ) Sonda enteral ( ) gastrostomia ( ) jejunostomia ( ) colostomia
( ) VMI, ( ) TOT ( ) TQT ( ) dreno torácico, tipo: ____________________________
( ) dreno abdominal, tipo: _____________________________________________
51
ANEXOS