Você está na página 1de 13

BANCO DE QUESTÕES – PORTUGUÊS 5.

O ANO

Domínio: Educação Literária


Conteúdo: Guiões de leitura das obras de leitura obrigatória

O príncipe nabo, de Ilse Losa

1. O príncipe nabo é um texto dramá tico. Refere as características deste tipo de texto.

2. Apresenta a estrutura externa da peça.

3. Identifica as personagens que intervêm no primeiro ato.

4. Menciona o espaço onde decorre a açã o.

5. Refere a preocupaçã o do Rei que está na origem do desenrolar de toda a açã o da peça.

6. Utilizando expressõ es textuais para comprovares as tuas afirmaçõ es, descreve a


princesa Beatriz.
6.1. Explica a reaçã o dos príncipes que visitaram o castelo, tendo em conta as
características da princesa que mencionaste anteriormente.

7. Na passagem do primeiro para o segundo ato há uma alteraçã o de cená rio.


7.1 Onde decorrre a açã o do segundo ato?
7.2 Qual foi o acontecimento que esteve na origem desta mudança de cená rio?

8. Enumera as personagens que intervêm neste ato, referindo as entradas e saídas de


personagens em relaçã o ao ato anterior.

9. Na passagem para o terceiro ato, o cená rio volta a alterar-se.


9.1 Refere o local onde decorre a açã o deste ato.
9.2 Que acontecimento motivou esta nova mudança de cená rio?

10. Qual é o papel do Bobo nesta peça?


10.1 Repara no seguinte excerto da ú ltima fala do Bobo:
«Esta histó ria acabou,
Sem dú vida que vos agradou.
Espero que penseis nela,
Na donzela rica e bela
Que, de tamanho desdém,
Ia ficando sem ninguém.
Mas a vida que amargou
De maior desgraça a salvou.»
Explica, por palavras tuas, este excerto da fala do Bobo.

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 1


11. Consideras que esta peça tem um final feliz? Justifica.

12. Escreve uma frase ou expressã o que concentre a moralidade desta peça de teatro.

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 2


O Rapaz de Bronze, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. Os gladíolos tinham uma atitude diferente em relaçã o à s tulipas e à flor do muguet.


Justifica esta afirmaçã o.
1.1 Comenta esta atitude dos gladíolos.

2. Identifica o que marca a diferença entre o Gladíolo e o Rapaz de Bronze.


2.1 Explica, por palavras tuas, o seguinte excerto do texto:
«– Ai Gladíolo – disse o Rapaz de Bronze –, pareces a Dona da Casa. Ela nã o sabe
passear no jardim, nem repara na brisa da tarde, nem olha para as estrelas da
noite. Só quer festas com muitas pessoas e muito barulho. Quando está sozinha,
murcha!»

3. Relaciona o excerto anterior com as seguintes frases.


a. Muitas vezes, não aproveitamos as coisas simples, mas maravilhosas da vida.
b. Em muitas situações, encontramo-nos sozinhos no meio de uma multidão.

4. Apresenta as diferentes posiçõ es das flores sobre o modo como vai decorrer a festa
(convidados, local, orquestra e ornamentaçã o).
4.1 A que conclusõ es chegaram?

5. Lê o seguinte diá logo entre algumas flores e o Rapaz de Bronze:


«– Todas as flores sã o bonitas – disse o Rapaz de Bronze.
– Mas há algumas flores que nã o sã o bem flores – disse o Gladíolo.
– Todas as flores sã o flores – respondeu o Rapaz de Bronze, muito zangado.
– Ah? O Tojo e a Urze também sã o flores? – perguntou a Begó nia.
– O Tojo e a Urze – disse o Rapaz de Bronze – sã o flores maravilhosas, porque todas as
flores sã o maravilhosas. Mas um Tojo e um Nardo sã o diferentes, e é por isso que o mundo
é tã o bonito.»
5.1 Qual foi o motivo desta discussã o?
5.2 Explica o modo como o conteú do da discussã o pode ser aplicado à s relaçõ es entre as
pessoas.

6. Classifica o narrador da histó ria, recorrendo a exemplos textuais para comprovares


as tuas afirmaçõ es.

7. Por que motivo maior parte da açã o decorre durante a noite?

8. Identifica o local onde decorre a açã o.

9. Caracteriza os gladíolos, os buxo, as camélias, as tulipas e a flor do muguet.

10. Refere as personagens principais que intervêm no conto.

11. Caracteriza física e psicologiamente o Rapaz de Bronze e Florinda.

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 3


O pássaro da cabeça – e mais versos para crianças,
de Manuel António Pina

«A Ana quer»
1. Neste poema é expresso um desejo da Ana.
1.1 De que desejo se trata?
1.2 Justifica esse desejo da Ana, utilizando expressõ es textuais para comprovares as
tuas afirmaçõ es.
2. Explica, por palavras tuas, o sentido do vocá bulo «desnascer».

«Era uma vez»


3. Compara a leitura da Ana com a leitura da Sara.
3.1 Indica o que motiva cada um dos dois tipos de leitura.

«A sopa de letras»
4. Inicialmente, o menino referido no poema nã o gostava de sopa de letras. Justifica.
4.1 Essa situaçã o, contudo, alterou-se. O que originou essa alteraçã o?
5. Explica a utilizaçã o da palavra «sabor» na expressã o «mas ele queria lá sabor!»,
relacionando-a com o conteú do do poema.

«Coisas que não há que há»


6. Menciona o que entristece o poeta.
7. Enumera as «coisas bonitas que nã o há » referidas no texto.

«A cabeça no ar»
8. Explica o título do poema, relacionando-o com o seu conteú do.
9. O que significa a expressã o «estar em qualquer sítio só a estar»?

«Basta imaginar»
10. A mensagem deste poema reforça o poder da imaginaçã o. Explica porquê.
10.1 Transcreve um verso que comprove esta afirmaçã o.

«O pássaro da cabeça»
11. Neste texto, o recurso expressivo predominante é a personificaçã o. Transcreve um
verso que comprove esta afirmaçã o.
12. Qual é a funçã o do pá ssaro da cabeça?

«O aviador interior»
13. Explica, por palavras tuas, os seguintes versos:
«Quando a cabeça se move
e o resto do corpo nã o?»

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 4


14. Procura no texto uma comparaçã o, destacando o seu valor expressivo.

«Não desfazendo»
15. Explica, por palavras tuas, os dois primeiros versos do poema.
16. Identifica a fase da vida em que se encontra o poeta, justificando a tua resposta com
expressõ es textuais.

«A canção dos adultos»


17. Expõ e a forma como o poeta encara o crescimento humano.
18. Apresenta o modo como vê os adultos.

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 5


A viúva e o papagaio, de Virginia Wolf

1. A senhora Gage recebeu uma carta informando-a acerca da morte do seu irmã o
Joseph e da herança que este lhe deixava. Como reagiu à notícia?

2. À chegada à casa que o irmã o lhe deixara, em Rodmell, a viú va conhece o papagaio
James.
2.1 Que tipo de frases dizia o papagaio?
2.2 Que compromisso assume a senhora Gage para com o pá ssaro?

3. A herança do irmã o da senhora Gage nã o era aquilo que inicialmente parecia. Como
reagiu a viú va?

4. Na noite do incêndio em casa da senhora Ford, a viú va nã o conseguia dormir e


pensava no papagaio.
4.1 Quem a surpreendeu à janela?
4.2 O que decidiu a senhora Gage fazer?
4.3 O que te parece que essa atitude da viú va revela acerca dela?

5. Afinal, a aparente desgraça do incêndio constituía uma grande e agradá vel descoberta
para a senhora Gage.
5.1 O que é que a viú va veio a descobrir sob a casa?

6. Depois da morte da senhora Gage, o narrador relata alguns acontecimentos


estranhos.
6.1 O que aconteceu ao papagaio James?
6.2 O que se passava nas ruínas da casa da senhora Gage?

7. Apó s o conto, o livro apresenta ainda o epílogo.


7.1 O que explica esse texto?

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 6


A vida mágica da Sementinha, de Alves Redol

1. A Sementinha, temendo ser comida pelo Rouxinol, arranjou razõ es para o convencer
a nã o a comer e conseguiu.
1.1 Como caracterizas a Sementinha, tendo em conta a sua atitude?

2. O Rouxinol, inicialmente preocupado e dedicado à Sementinha, acaba por se


apaixonar por ela.
2.1 De que modo demonstra os seus sentimentos pela Sementinha?
2.2 O que poderá representar este amor do Rouxinol por um ser diferente de si?

3. A Sementinha inicia uma nova viagem, desta vez no bico do Pardal.


3.1 Como terminou essa aventura? O que lhe aconteceu?

4. A Sementinha foi sofrendo sucessivas transformaçõ es.


4.1 Regista as nove fases pelas quais foi passando.
4.2 Quem a fez crer que podia vir a ser uma flor?
4.3 Por que razã o intervieram as raízes?
4.4 Que grande liçã o transmitem as raízes?

5. É uma Cegonha que mostra à Sementinha que o seu nome já nã o fazia sentido.
5.1 Que nome passa a chamar-lhe?
5.2 Por que motivo deixa a Sementinha de o ser?

6. As sementinhas recebem importantes ensinamentos, para que possam resistir à s


duras provas a que serã o sujeitas.
6.1 Por que razã o esse momento se assemelha a uma aula ou a um curso?
6.2 Qual das sementinhas se destaca perante as demais? Porquê?

7. A Asa de Corvo tem uma vida semelhante à da sua mã e, a Sementinha.


7.1 Como foi o casamento da Asa de Corvo?
7.2 Que tipo de casamento foi esse?
7.3 Que resultado teve?

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 7


A fada Oriana, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. No início da histó ria, o narrador detalha as açõ es das fadas boas e das fadas má s.
Seleciona, de entre as expressõ es do texto, as que correspondem à s açõ es das fadas
boas.
a. «fazem coisas boas»
b. «fazem coisas má s»
c. «regam as flores com orvalho»
d. «acendem o lume dos velhos»
e. «fazem secar as fontes»
f. «seguram pelo bibe as crianças que vã o cair ao rio»
g. «desencantam os jardins»
h. «atormentam os animais»
i. «inventam sonhos»
j. «apagam as fogueiras dos pastores»
k. «dançam no ar»
l. «roubam o dinheiro aos pobres»
m. «rasgam a roupa que está ao sol a secar»
n. «põ em moedas de oiro dentro dos sapatos dos pobres»
o. «encantam os jardins»
p. «arreliam as crianças»

2. Oriana prometeu à Rainha das Fadas que tomaria conta da floresta. A quem prestava
auxílio a fada Oriana?

3. Que objeto mudou Oriana de sítio em casa do Homem Muito Rico?


3.1 Como reagiu o Homem Muito Rico quando viu que o objeto tinha sido mudado de
lugar?

4. Depois de ter resolvido os problemas em casa do Homem Muito Rico, Oriana


regressou à floresta e dirigiu-se ao rio. Quem conheceu?

5. Encantada com a sua beleza, Oriana foi alimentando a sua vaidade, que crescia à
medida que a sua relaçã o com o peixe se estreitava.
5.1 Para tomar conta de si, o que desleixou Oriana?
5.2 De que forma castigou a Rainha das Fadas a fada Oriana?

6. Para reparar os erros que cometera, a fada Oriana percebeu que teria de encontrar o
filho desaparecido do moleiro.
6.1 Como tencionava a fada recuperar a confiança dos animais da floresta, de cuja ajuda
precisava?
6.2 Concordas com a atitude do peixe, perante o convite da fada Oriana? Porquê?

7. Oriana foi surpreendida pela Rainha das Fadas Má s.


7.1 Qual foi a proposta que ela apresentou à fada Oriana?
7.2 Por que razã o recusou a fada Oriana a proposta da Rainha das Fadas Má s?

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 8


SOLUÇÕES

O príncipe nabo, de Ilse Losa

1. O texto dramá tico apresenta uma estrutura pró pria, porque é, normalmente, escrito para ser
representado e transformado num espetá culo teatral. Assim, apresenta as falas das personagens
(texto que é proferido pelos atores que assumem o papel de personagens numa representaçã o teatral)
e as didascá lias ou indicaçõ es cénicas (que fornecem informaçõ es sobre as personagens, o espaço, o
tempo, entre outros aspetos, e surgem graficamente apresentadas em itá lico e/ou entre parênteses).
2. A peça divide-se em três atos.
3. Aurora, Carolina, Lucas, Cozinheiro, Marechal da Corte, Mademoiselle, Rei, Princesa, príncipe Ali-Gato,
príncipe Partuk de Bonaco e príncipe Austero da Mailâ ndia, mú sico, damas de honor.
4. A açã o decorre no Castelo da Abundâ ncia.
5. O Rei está preocupado porque a princesa, sua filha, é exageradamente vaidosa e arrogante. Como nã o
escolhe marido, o Rei resolveu oferecê-la ao primeiro homem que entrasse no castelo. Uma vez que se
tratou de um mú sico, a Princesa acabou por casar com ele.
6. A princesa Beatriz é «jovem, afortunada e bela», mas também vaidosa, arrogante, trocista, altiva,
inconveniente e presunçosa («A princesa atira o embrulho com indiferença ostensiva para
Mademoiselle.»; «Lamento que a minha filha tenha sido tã o inconveniente.»; «… estou farto das tuas
zombarias e da tua vaidade…»; «Era, porém, um poço de arrogâ ncia.»; «Toda ela esplendor e
travessura,/ Desprezava, trocista e vaidosa,/ Os príncipes que vinham em sua procura.»).
6.1 Como a princesa era vaidosa, arrogante, trocista, altiva, inconveniente, presunçosa e desprezava os
príncipes, eles retiravam-se do castelo, ofendidos e desanimados.
7.1 A açã o do ato II decorre em casa do mú sico Antó nio.
7.2 O que esteve na origem desta mudança de cená rio foi o facto de o Rei ter dado a sua filha como esposa
ao mú sico.
8. Princesa, Antó nio, rapariga, rapaz, Bobo. Relativamente ao primeiro ato, entram a rapariga, o rapaz e o
Bobo e saem Aurora, Carolina, Lucas, Cozinheiro, Marechal da Corte, Mademoiselle, Rei, príncipe Ali-
Gato, príncipe Partuk de Bonaco e príncipe Austero da Mailâ ndia, damas de honor. A princesa e o
mú sico mantêm-se nos dois atos.
9.1 A açã o do ato III decorre «no castelo do príncipe Austero da Mailâ ndia».
9.2 O cená rio mudou, porque a Princesa vai para o castelo do príncipe Austero da Mailâ ndia para
trabalhar como ajudante de cozinha nos preparativos do seu casamento.
10. O papel do Bobo nesta peça é comentar as açõ es das personagens e animar a representaçã o
oferecendo-lhe um cará ter mais có mico.
10.1 Com as falas do Bobo, o leitor/espetador pode mais facilmente retirar conclusõ es (consegue
perceber melhor o que está certo e o que está errado para, posteriormente, poder aplicar estes
ensinamentos à sua vida pessoal).
11. A peça acaba por ter um final feliz, porque a princesa acaba por casar com o príncipe Nabo
(verdadeira identidade do mú sico Antó nio).
12. Resposta pessoal. SUGESTÃ O: Na vida, aprende-se com os erros.

O Rapaz de Bronze, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. Os gladíolos «amavam realmente» as tulipas, tendo por elas uma «admiraçã o sem limites». Em relaçã o
à s tulipas, «chegavam a ser subservientes e punham de parte a sua vaidade». Gostariam de ser tulipas,
«porque as tulipas sã o caras, raras e muito bem vestidas». Além disto, «as suas cores sã o ricas e
sumptuosas» e têm uma linhagem importante. Pelo contrá rio, os gladíolos detestavam a flor do
muguet, porque consideram que esta flor «finge que se quer esconder, finge que é simples e humilde,
finge que nã o quer que a vejam, mas depois transforma-se em perfume e espalha-se no jardim todo».
1.1 Resposta pessoal. SUGESTÃ O: Com esta atitude, os gladíolos mostram-se agarrados aos aspetos
materiais e visíveis, como sucede com muitas pessoas na nossa sociedade. Como as tulipas sã o mais
vistosas e descendem de uma «linhagem» mais importante, merecem a apreciaçã o do Gladíolo. Ao
invés, a flor do muguet, mesmo possuindo qualidades, como o seu maravilhoso perfume, nã o é tã o
visível, por ser rasteira. Logo, nã o tem a apreciaçã o positiva do Gladíolo. Esta atitude do Gladíolo

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 9


representa as pessoas que apenas valorizam os aspetos materiais e o estatuto social em detrimento
das qualidades pessoais que nã o sã o imediatamente visíveis, por serem interiores.
2. O Gladíolo é mundano e quer ser como os homens. Pelo contrá rio, o Rapaz de Bronze nã o precisa de
festas para ficar feliz, pois basta-lhe o que a Natureza lhe oferece, como o orvalho, o sol, a brisa da
tarde ou a sombra da noite.
2.1 Este excerto mostra as semelhanças existentes entre o Gladíolo e os homens, que nã o conseguem
apreciar as coisas boas que a Natureza oferece e apenas ficam felizes no meio de muitas pessoas e de
muito barulho.
3. a. O excerto mostra que, muitas vezes, canalizamos a nossa preocupaçã o para aspetos fú teis da vida e
esquecemos coisas maravilhosas e que estã o ao nosso alcance, como certos fenó menos naturais.
b. As pessoas mundanas apenas estã o felizes no meio de muita gente, no entanto, acabam por nã o
estabelecer verdadeiras relaçõ es humanas nem conseguir estar bem consigo pró prias.
4. Relativamente aos convidados, o Gladíolo queria convidar quarenta famílias (espécies) de flores e a
Tulipa trinta e seis famílias. O Cravo, o Rapaz de Bronze e a Rosa consideravam que deviam ser
convidadas todas as flores. Quanto ao local, o Cravo propô s o jardim do Rapaz de Bronze, a Orquídea a
estufa, a Rosa o roseiral, o Gladíolo o ténis e o Cravo a Clareira dos Plátanos. No que toca à orquestra, a
Begó nia sugeriu que fosse constituída por rã s, a Rosa rouxinó is, o Cravo melros, moscardos e sapos-
tambores e o Gladíolo sugeriu que cantassem todos. Em relaçã o à ornamentaçã o, a Tulipa sugeriu que
se colocassem flores na jarra e o Rapaz de Bronze uma pessoa. O Gladíolo queria que essa pessoa fosse
a Dona da Casa, a Begó nia o dono e a Orquídea a filha da dona. O Rapaz de Bronze sugeriu que fosse a
filha do jardineiro (Florinda).
4.1 Todas as flores sã o convidadas para a festa. Esta é realizada na Clareira dos Plá tanos. Todos (rã s,
cucos, pica-paus, rouxinó is, melros, moscardos, sapos-tambores) cantam na orquestra. Florinda foi a
pessoa escolhida para enfeitar a jarra.
5.1 O motivo da discussã o é a consideraçã o (ou nã o) de todas as flores como bonitas e como flores. O
Rapaz de Bronze considera que todas as flores sã o bonitas e sã o flores. O Gladíolo, pelo contrá rio,
pensa que há algumas «que nã o sã o bem flores». A Begó nia também tem dú vidas se o Tojo e a Urze sã o
realmente flores.
5.2 Resposta pessoal. SUGESTÃ O: Esta discussã o pode ser aplicada à s relaçõ es entre as pessoas, porque,
também entre as pessoas, há aqueles que consideram que os seres humanos nã o sã o todos iguais e que
há alguns que sã o mais importantes do que outros.
6. O narrador é ausente. Exemplos textuais: «Era uma vez um jardim maravilhoso»; «Os gladíolos sã o
flores muito mundanas.»; «Os buxos riam baixinho e faziam troça.».
7. A maior parte da açã o decorre durante a noite, por ser uma altura em que os homens se encontram a
dormir, o que possibilita a vivência da magia e da fantasia. Durante o dia, a Dona da Casa e o jardineiro
mandam no jardim e as flores estã o presas à terra e nã o se mexem. À noite, é o Rapaz de Bronze que
manda no jardim. Assim, as flores ficam libertas e ganham outra vida.
8. A açã o decorre num «jardim maravilhoso».
9. Os gladíolos sã o muito mundanos, vaidosos, presumidos, pretensiosos, invejosos e apreciadores de
bens materiais. Os buxos têm uma voz suave, sã o verdes e nada invejosos. As camélias, flor sem
perfume, sã o sonhadoras e pouco mundanas. As tulipas sã o flores caras e de linhagem (descendem das
tulipas holandesas de um príncipe). Sã o elegantes e possuem cores ricas. A flor do muguet é
pequenina, mas com um perfume tã o forte que se espalha por todo o jardim.
10. O Gladíolo, o Rapaz de Bronze e Florinda.
11. O Rapaz de Bronze era uma está tua (que apenas ganhava vida durante a noite) linda e alta. Era
responsá vel, refletido, amigo, íntegro, justo e conciliador. Florinda era uma menina «parecida com
todas as flores». Tinha cabelos loiros, «olhos azuis», «mã os brancas e finas», «pele fresca e macia» e
«boca vermelha». «A Florinda tinha sete anos e era filha do jardineiro», além de ser adorada por todas
as plantas. Era simpá tica, encantadora, agradá vel, afá vel, alegre, divertida e sonhadora.

O pássaro da cabeça – e mais versos para crianças, de Manuel António Pina

«A Ana quer»
1.1 O desejo da Ana é «nunca ter saído/ da barriga da mã e».
1.2 A Ana tem este desejo, porque considera divertido estar dentro da barriga da mã e («na barriga
também/ era divertido») e porque gostava de ver a mã e por dentro («ver como a mã e é/ do lado que
nã o se vê»).
2. O vocá bulo «desnascer» significa voltar para dentro da barriga da mãe (depois de já ter nascido).

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 10


«Era uma vez»
3. «A Ana lê muito devagar», enquanto «a Sara acaba e começa outra vez».
3.1 «A Ana lê muito devagar», ou seja, faz uma leitura soletrada, sem apreciar verdadeiramente o
significado das palavras e aquilo que elas representam. «A Sara acaba e começa outra vez», porque
entra e aproveita o mundo das histó rias que a leitura lhe oferece.

«A sopa de letras»
4. Inicialmente, o menino referido no poema nã o gostava de sopa de letras, porque nã o era capaz de
apreciar a beleza das letras (que se juntam para constituir palavras) desta sopa.
4.1 Esta situaçã o alterou-se, porque um amigo «lhe ensinou a soletrar a sopa». Como «passou a ler a sopa
toda», passou também a saber apreciar a beleza das palavras que constituíam a sopa.
5. O poeta utiliza a palavra «sabor», mas o leitor é imediatamente conduzido a pensar na palavra «saber».
Como todo o poema é constituído em torno desta dualidade (o sabor e o saber), esta expressã o
mostra que o menino nã o gostava de sopa de letras (mas «queria lá sabor»), ou seja, nã o apreciava a
leitura (mas queria lá saber).

«Coisas que não há que há»


6. O que põ e o poeta triste é o facto de nã o existir «o que nã o existe».
7. Gente, bichos, livros por ler, feitos, pessoas, lembranças, sítios, invençõ es, países, paisagens, plantas,
jardins e outras coisas que nã o se conseguem imaginar.

«A cabeça no ar»
8. O título «A cabeça no ar» relaciona-se com o conteú do do poema, porque o assunto do mesmo versa
sobre as melhores coisas, ou seja, as que sã o feitas no ar.
9. Esta expressã o significa estar sem fazer nada nem pensar em nada, ou seja, limitar-se a existir.

«Basta imaginar»
10. A mensagem deste poema reforça o poder da imaginaçã o, porque basta imaginar as coisas para elas
existirem, ou seja, a imaginaçã o tem poder para fazer com que as coisas passem a existir.
10.1 «Basta imaginar».

«O pássaro da cabeça»
11. «Sou o pá ssaro que canta.»
12. A funçã o do pá ssaro é estar dentro da cabeça e determinar o que a pessoa pensa, sente ou imagina.

«O aviador interior»
13. A cabeça consegue mover-se mesmo que o resto do corpo permaneça quieto. O poder do pensamento
é imenso. Através dele, o ser humano consegue fazer tudo o que desejar.
14. «Tã o maravilhoso/ como o de um matemá tico». Esta comparaçã o visa mostrar que o pensamento é
algo de maravilhoso, «tã o maravilhoso como o de um matemá tico»

«Não desfazendo»
15. Todas as coisas que existem no mundo têm um princípio, embora ele possa estar distante no tempo.
Assim, nada «nos cai do céu na cabeça». Por exemplo, a semente é lançada à terra, para, depois,
florescer, e o ser humano é criança, para, posteriormente, ser adulto.
16. O poeta encontra-se na idade adulta («Oh, que é feito do tempo da brincadeira/ em que nã o havia
nada que fazer?»).

«A canção dos adultos»


17. O poeta tem a sensaçã o de que nã o sã o as pessoas que crescem. Pelo contrá rio, sã o as coisas à sua
volta que mudam de tamanho.
18. Segundo o poeta, apesar de crescermos fisicamente, há aspetos da infância que vamos perdendo,
como o amor e a esperança. Quando nos tornamos adultos, há coisas que deixamos de compreender
(«Julgamos que somos grandes/ e já nem isso compreendemos!»).

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 11


A viúva e o papagaio, de Virginia Woolf

1. Se, ao ler o início da carta, a senhora Gage revelou alguma surpresa e até alguma dor pela notícia da
morte do seu irmã o Joseph («O meu querido irmã o Joseph morreu.»), depois de ler a enumeraçã o dos
bens que o irmã o lhe deixava como herança, a personagem «caiu de alegria».
2.1 O papagaio dizia frases estranhas como «Nã o estou em casa!».
2.2 A senhora Gage promete ao papagaio que tratará dele e que procurará fazê-lo feliz.
3. A senhora Gage ficou muito dececionada com o que o advogado lhe disse acerca da herança, ou seja,
que, afinal, o que iria receber nã o era exatamente o que se pensava, mas apenas a casa em mau estado
e o papagaio.
4.1 Foi o papagaio James quem surpreendeu a senhora Gage ao aparecer à janela.
4.2 A viú va decidiu seguir o papagaio.
4.3 A senhora Gage confiava completamente no papagaio e nos animais a que se dedicava. Apesar das
desilusõ es e das dificuldades, a viú va mantém-se fiel aos animais.
5.1 Sob a casa, e com a ajuda e a orientaçã o do papagaio James, a senhora Gage descobriu um grande
tesouro, três mil moedas de ouro.
6.1 Imediatamente apó s a morte da senhora Gage, o papagaio James proferiu a sua estranha frase «Nã o
estou em casa!» e morreu junto com a sua dona.
6.2 Há relatos de acontecimentos e de estranhas visõ es no local das ruínas da casa da viú va Gage,
nomeadamente a presença do papagaio a bicar o chã o e a presença de uma senhora idosa de avental
branco.
7.1 O epílogo explica que o conto foi uma colaboraçã o da escritora Virginia Woolf para o jornal que os
seus sobrinhos faziam quando eram jovens.

A vida mágica da Sementinha, de Alves Redol

1.1 Perante a ideia de ser comida pelo Rouxinol, a Sementinha revelou a sua perspicá cia e a sua
inteligência, arranjando razõ es para levar o pá ssaro a nã o o fazer. Mostrou-se segura e esperta e
conseguiu o seu objetivo, tendo conquistado o pá ssaro.
2.1 O Rouxinol entoa cançõ es de forma emocionada e que os restantes pá ssaros nã o conseguem entender.
Alheia-se de tudo o que o rodeia e canta de forma apaixonada para a Sementinha.
2.2 O amor do Rouxinol em relaçã o à Sementinha demonstra que este sentimento, vivido em pleno e de
forma sincera, ignora qualquer diferença. É , no fundo, uma liçã o sobre o amor despreocupado com as
diferenças e com as convençõ es.
3.1 Sozinha no campo, a Sementinha sentia que precisava de ajuda, mas nã o conseguia encontrar quem a
pudesse ajudar. Resolveu, entã o, ficar à espera que a noite passasse e que, quando nascesse o dia,
pudesse resolver o seu problema. Pela manhã, reencontrou-se com os seus companheiros e pediu ao
Amarelo de Barba Preta que lhe contasse a sua histó ria.
4. Fase 1: O corpo enrugado da Sementinha tornou-se liso.
Fase 2: A Sementinha inchou muito.
Fase 3: O interior da Sementinha tornou-se num líquido leitoso e branco.
Fase 4: Surgiu-lhe uma cauda.
Fase 5: Surgiu-lhe uma outra cauda.
Fase 6: Surgiram-lhe muito mais caudas e a haste tornou-se mais forte e maior.
Fase 7: A Sementinha conseguiu libertar-se da Terra.
Fase 8: O corpo da Sementinha tornou-se uma cana cheia de nó s.
Fase 9: As raízes da Sementinha passaram a estar protegidas e ganharam pelos.
4.2 O Bicho de Conta fez crer à Sementinha que poderia vir a tornar-se uma flor.
4.3 As raízes tiveram de fazer ver à Sementinha que ela se tinha tornado um conjunto de elementos
dependentes entre si e que, para que estivessem bem, precisavam de trabalhar todos com o mesmo
fim.
4.4 As raízes mostram à Sementinha e também a nó s, leitores, que nã o devemos preocupar-nos apenas
connosco e que devemos ter consciência de que os nossos atos condicionam os outros.
5.1 A Cegonha passa a chamar Espiga à Sementinha.
5.2 A Sementinha estava transformada e agora já tinha espigas, que continham muitas sementes, pelo que
o seu nome original já nã o fazia sentido.

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 12


6.1 Esse é o momento em que as sementinhas sã o preparadas para as situaçõ es que irã o viver e sã o-lhes
dadas as necessá rias instruçõ es para saberem agir. A situaçã o narrada assemelha-se, portanto, a uma
situaçã o escolar de aula.
6.2 De entre todas as sementinhas, a Asa de Corvo é a que se destaca, por ser muito morena, como a mã e.
7.1 O casamento da Asa de Corvo foi feito pela mã o do homem, que selecionou o pó len amarelo que lhe
convinha, para obter o resultado que pretendia.
7.2 Foi um casamento de conveniência, ou seja, foi uma manipulaçã o feita em laborató rio.
7.3 Do casamento da Asa de Corvo surgiram novas sementes, nunca antes produzidas, que foram assunto
de notícias nos jornais e na rá dio.

A fada Oriana, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. a.; c.; d.; f.; i.; k.; n.; o.


2. A fada Oriana ajudava uma velha, a família do lenhador e a família do moleiro.
3. A pedido do espelho, Oriana mudou uma bailarina de Saxe de lugar.
3.1 O Homem Muito Rico ficou furioso com a mensagem de Oriana e com a mudança de lugar da bailarina
de Saxe.
4. Oriana conheceu o peixe Salomã o.
5.1 Oriana desleixou a floresta que se comprometera a proteger e, por isso, deixou também de ajudar
todos os que na floresta necessitavam dela.
5.2 A Rainha das Fadas repreendeu a fada Oriana, tirou-lhe as asas e a varinha de condã o.
6.1 Oriana precisava que os animais acreditassem que ela era uma fada, mesmo sem asas, e, para isso,
queria que o peixe, que considerava culpado dos seus erros, o confirmasse.
6.2 Resposta pessoal. SUGESTÕ ES: Concordo com a reaçã o do peixe, uma vez que, quando se faz algo por
outra pessoa, nã o devemos esperar receber nada em troca; portanto, o peixe fez bem em nã o ter
aparecido e em nã o ter ajudado Oriana. / Nã o concordo com a reaçã o do peixe, porque a fada Oriana
estava em apuros, queria reparar os seus erros e merecia o seu auxílio; além disso, se ela estava a
passar por tais dificuldades, isso devia-se à atitude do peixe.
7.1 A Rainha das Fadas Má s propô s a Oriana dar-lhe asas, com a condiçã o de ela obedecer à s suas ordens.
7.2 Oriana recusou a proposta da Rainha das Fadas Má s, porque queria ser boa e nã o estava disposta a ser
má apenas para voltar a ter asas.

Português 5.º ano | Banco de questõ es | © Raiz Editora 13

Você também pode gostar