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Cláudio Ferreira

Cláudio Ferreira 26/05/2019 1

OBJETIVOS DO CURSO

Fundamentar os conceitos relativos aos


transitórios eletricos que ocorrem no
Sistema Elétrico de Potência, e em
particular, analisar detalhadamente os
transitórios eletromagnéticos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 2

EMENTA BÁSICA

Simulação e Análise de Transitórios


Eletromagnéticos em Sistemas Elétricos
de Potência utilizando o ATPDraw
Cláudio Ferreira 26/05/2019 3

TÓPICOS DO CURSO
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

 1 - Conceituação
C it ã
- Interpretação física dos transitórios elétricos
- Sobretensões e sobrecorrentes
- Métodos de determinação
- Ferramentas de análise
- Programas de transitórios eletromagnéticos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 4

TÓPICOS DO CURSO
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

 1 - Conceituação
C it ã
 2 - Introdução ao ATP e ATPDraw
- Programa ATP
- Estrutura modelos
Estrutura, modelos, limitações e abrangência do ATP
- Programa ATPDraw
- Aplicações práticas para ilustrar os programas ATP e ATPDraw
- Dicas e sugestões
Cláudio Ferreira 26/05/2019 5

TÓPICOS DO CURSO

 1 - Conceituação
C it ã
 2 - Introdução ao ATP e ATPDraw
 3 - Energização de Transformadores,
R t
Reatores e Linhas
Li h d
de Transmissão
T i ã
Cláudio Ferreira 26/05/2019 6

TÓPICOS DO CURSO
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

 1 - Conceituação
C it ã
 2 - Introdução ao ATP e ATPDraw
 3 - Energização de Transformadores,
R t
Reatores e Linhas
Li h d
de T
Transmissão
i ã
- Conceitos básicos de linhas de transmissão
- Ondas viajantes em linhas de transmissão de energia
- Análise no domínio da freqüência em linhas de transmissão de
energia
g
- Representação de linhas de transmissão de energia para
estudos de transitórios eletromagnéticos
- Modelos de linhas de transmissão no programa ATP
- Cálculo de transitórios eletromagnéticos em linhas de
transmissão
Cláudio Ferreira 26/05/2019 7

TÓPICOS DO CURSO
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

 1 - Conceituação
C it ã
 2 - Introdução ao ATP e ATPDraw
 3 - Energização de Transformadores,
R t
Reatores e Linhas
Li h d
de Transmissão
T i ã
- Análise de transitórios elétricos em transformadores e reatores
- Obtenção da curva de saturação de transformadores e reatores
- Energização de transformadores (e reatores)
- Desligamento de reatores (e transformadores)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 8

TÓPICOS DO CURSO
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

 1 - Conceituação
C it ã
 2 - Introdução ao ATP e ATPDraw
 3 - Energização de Transformadores,
R t
Reatores e Linhas
Li h d
de Transmissão
T i ã
 4 - Manobra de Banco de Capacitores
- Análise de transitórios elétricos em banco de capacitores
- Energização
g ç do p
primeiro banco de capacitores
p
- Energização do enésimo banco de capacitores
- Ampliação de tensão em banco de capacitores
- Reacendimento de arco em abertura de banco de capacitores
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TÓPICOS DO CURSO
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

 1 - Conceituação
C it ã
 2 - Introdução ao ATP e ATPDraw
 3 - Energização de Transformadores,
R t
Reatores e Linhas
Li h d
de Transmissão
T i ã
 4 - Manobra de Banco de Capacitores
 5 - Religamento Automático de Linhas de
Transmissão
i ã
- Religamento monopolar de linhas de transmissão
- Religamento tripolar de linhas de transmissão
- Análise estatística no chaveamento de linhas de transmissão
Cláudio Ferreira 26/05/2019 10

OBSERVAÇÕES

 Os
O estudos
t d de
d transitórios
t itó i elétricos
lét i
(eletromecânicos ou eletromagnéticos)
em Sistemas
Si t Elétricos
Elét i de
d Potência
P tê i estão tã
relacionados ao comportamento deste
sistema
i t após
ó a ocorrência
ê i ded distúrbios
di tú bi
e são de extrema importância, pois são
nesses momentos t que os componentest
do Sistema de Potência estão sujeitos a
sobrecorrentes
b t e sobretensões
b t õ
Cláudio Ferreira 26/05/2019 11

OBSERVAÇÕES

 Por
P estat razão
ã são
ã importantes
i t t na
implementação e operação dos Sistemas
Elét i
Elétricos de
d Potência
P tê i e estão
tã definidos
d fi id
no Submódulo 23.3 dos Procedimentos
d R
de Reded ddo O
Operador
d N
Nacional
i l do
d
Sistema Elétrico (ONS)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 12

OBSERVAÇÕES

 Alguns
Al estudos
t d de
d transitórios:
t itó i
-------------------------------------------------
- Estabilidade eletromecânica (transitória e dinâmica)
------------------------------
- Estabilidade a pequenos sinais
- Energização de linhas de transmissão
- Energização de transformadores, capacitores e reatores
------------------
- Rejeição de carga
------------------
- Ferrorresonância
- Religamento
li tripolar
i l e monopolar
l
- Curto-circuito
--------------------------------------------
- Tensão de Restabelecimento Transitória (
(TRT))
- Abertura de linhas de transmissão em vazio
Cláudio Ferreira 26/05/2019 13

OBSERVAÇÕES

 Alguns
Al estudos
t d de
d transitórios:
t itó i
---------------------------
- Extinção de arco secundário
----------------------------------------
- Descargas atmosféricas diretas e indiretas
- Análise de cabos subterrâneos e subaquáticos
--------------------
- Assimetria de faltas
------------------------------
- Abertura em oposição de fases
-----------------------------------------
- Manobras de seccionadoras de aterramento
---------------------------
- Coordenação
C d ã de
d iisolamento
l
--------------------
- Transitórios em GIS
- etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 14

OBSERVAÇÕES

 O curso não
ã pretende
t d esgotar
t todos
t d os
aspectos relacionados aos transitórios
elétricos
lét i e eletromagnéticos
l t éti que
ocorrem no Sistema Elétrico de Potência,
o que seria
i impossível,
i í l mas fornecer
f ao
participante um roteiro para estudos
nesta
t área.
á
Cláudio Ferreira 26/05/2019 15

OBSERVAÇÕES

 O programas ATP e ATPDraw


ATPD que serãoã
utilizados nas simulações de transitórios
elétricos
lét i e eletromagnéticos
l t éti no presentet
curso são ferramentas muito poderosas
e utilizadas
tili d para os mais
i variados
i d fins
fi
(desde especificação de equipamentos
até
té reprodução
d ã de d eventos)
t ) , sendo
d ded
aceitação mundial por sua comprovada
eficiência.
fi iê i
Cláudio Ferreira 26/05/2019 16

OBSERVAÇÕES

 Não
Nã se pretende
t d também
t bé no curso
abordar todas as potencialidades do ATP
e ATPDraw,
ATPD visto
i t que os mesmos sãoã
muito abrangentes e o conhecimento
t t l do
total d mesmo requer muitos
it anos de
d
dedicação e aplicação.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 17

OBSERVAÇÕES

 Espera-se
E que o participante
ti i t ao sairi do
d
curso, além do conceito teórico
adquirido,
d i id tenha
t h uma base b prática
áti
mínima para a utilização do ATP e
ATPD
ATPDraw podendo
d d continuarti e
aprofundar os seus conhecimentos
utilizando
tili d a documentação
d t ã própria
ó i do d
programa e artigos técnicos
di
disponibilizados
ibili d na literatura.
lit t
Cláudio Ferreira 26/05/2019 18

OBSERVAÇÕES

 Participantes
P ti i t devem
d ter:
t
- Conhecimento de circuitos elétricos
- Conhecimento de resolução de equações diferenciais
- Visão geral de um Sistema Elétrico de Potência

- BOM SENSO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 19

OBSERVAÇÕES

 Avaliação
A li ã
- Exercícios propostos durante as aulas e resolvidos pelos
participantes na própria
ó aula
- Prova quando da realização do próximo módulo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 20
Cláudio Ferreira 26/05/2019 21

As redes
A d elétricas
lét i estão
tã sujeitas
j it a diversos
di
fenômenos transitórios, além da ocorrência
d ttensão
da ã operativa,
ti envolvendo
l d variações
i õ
súbitas de corrente e tensão provocadas
por descargas atmosféricas,
atmosféricas faltas no
sistema ou manobra de chaves (disjuntores
e seccionadoras)

ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS


Cláudio Ferreira 26/05/2019 22

Várias são as anormalidades que causam estes


fenômenos transitórios e afetam a operação do
Sistema Elétrico de Potência,
Potência por exemplo:

 Sobretensão e subtensão
(relacionado ao excesso/falta de reativos, colapso de tensão)
(manobras no sistema, dinâmica e transitória)

 Faltas no sistema (curto-circuito e abertura de fases)


(descargas atmosféricas, abertura de chaves, linhas de transmissão)

Estão  Sobrecargas em equipamentos


relacionadas
(linhas de transmissão, cabos, transformadores)
entre
t sii

 Oscilação de potência
(perda de geração)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 23

Várias são as anormalidades que causam estes


fenômenos transitórios e afetam a operação do
Sistema Elétrico de Potência,
Potência por exemplo:

 Sobrefreqüência e subfreqüência
(excesso/falta de geração, entrada/saída de blocos de carga)

 Rejeição
R j i ã de
d carga
(sobrefreqüência, sobretensão)

 Existência de elementos não lineares


Estão (magnetização, ferroressonância, saturação)
relacionadas
(transformadores e reatores)
( )
entre
t sii
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A transição de um estado de equilíbrio para


outro no sistema elétrico, se faz via de
regra, de uma maneira instantânea, como:

 Estabelecimento (ligação) ou desligamento de uma


carga qualquer (resistiva, indutiva ou capacitiva),
através de manobras de chaves

 V
Variação
i ã brusca
b da
d configuração
fi ã do
d sistema,
i t por
exemplo, através de uma falta (curto-circuito)

 Descargas atmosféricas
Cláudio Ferreira 26/05/2019 25

A passagem de um estado de equilíbrio do


sistema para outro, não pode, por razões
físicas, acompanhar a imposição de
mudança feita no sistema de uma maneira
instantânea, mas sim através de estados
intermediários

TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS
Cláudio Ferreira 26/05/2019 26

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Todos os componentes do sistema elétrico possuem:


- Indutância (
(L)
)
distribuídas
di t ib íd em maior
i ou
- Capacitância (C)
menor quantidade
- Resistência (R)

 Indutância - L

A indutância é a característica de um circuito elétrico que se faz


presente pela oposição na partida, na parada, ou na variação da
corrente
t elétrica.
lét i

Em outras palavras, é a característica apresentada por um condutor


elétrico em se opor às variações da corrente que o atravessa.
atravessa
Cláudio Ferreira 26/05/2019 27

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Todos os componentes do sistema elétrico possuem:


- Indutância (
(L)
)
distribuídas
di t ib íd em maior
i ou
- Capacitância (C)
menor quantidade
- Resistência (R)

 Indutância - L
Capacitância - C
A capacitância ou capacidade é a propriedade que os componentes
elétricos têm de armazenar energia elétrica sob a forma de campo
eletrostático, sendo definida como a propriedade de um componente
elétrico
lét i em se opor a variação
i ã dad tensão.
t ã
Cláudio Ferreira 26/05/2019 28

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Todos os componentes do sistema elétrico possuem:


- Indutância (
(L)
)
distribuídas
di t ib íd em maior
i ou
- Capacitância (C)
menor quantidade
- Resistência (R)

 Indutância - L
Capacitância - C

Resistância - R
A resistência é a capacidade de um condutor qualquer se opor à
passagem de corrente elétrica pelo mesmo, quando existe uma
diferença de tensão aplicada sobre ele, representa a dificuldade que as
cargas elétricas encontram para se movimentarem através do condutor.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 29

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Todos os componentes do sistema elétrico possuem:


- Indutância (
(L)
)
distribuídas
di t ib íd em maior
i ou
- Capacitância (C)
menor quantidade
- Resistência (R)

 Indutância - L
Capacitância - C OU SEJA
Resistância - R
Cláudio Ferreira 26/05/2019 30

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Todos os componentes do sistema elétrico possuem:


- Indutância (
(L)
)
distribuídas
di t ib íd em maior
i ou
- Capacitância (C)
menor quantidade
- Resistência (R)

 L  armazena energia no campo magnético: WL  1 L i 2


2
C  armazena energia no campo elétrico: WC  1 C v 2
2
R  dissipa energia: WR  R i 2

 Em regime permanente, a energia armazenada:


- Circuito DC  constante
- Circuito AC  transferida ciclicamente entre L e C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 31

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Quando ocorre uma variação súbita no sistema, há


geralmente uma redistribuição de energia para
atingir uma nova condição de equilíbrio

 Para
P ocorrer uma variação
i ã dad energia
i armazenada:
d

Indutância (L) Capacitância (C)

necessário uma necessário uma


variação
ç de ç
variação de
corrente tensão
Cláudio Ferreira 26/05/2019 32

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

Indutância (L) Capacitância (C)

di (t ) dv (t )
v (t )  L i (t )  C
dt dt
variação instantânea de i variação instantânea de v
(tensão infinita) (corrente infinita)

IMPOSSÍVEL DE OCORRER NA PRÁTICA


Então:
corrente no circuito indutivo tensão no circuito capacitivo
energia armazenada no campo magnético energia armazenada no campo elétrico
fl
fluxo magnético
éti

NÃO PODEM VARIAR ABRUPTAMENTE


Cláudio Ferreira 26/05/2019 33

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Com isso a redistribuição de energia após uma


variação no estado do sistema leva um tempo finito

CONSTANTE DE TEMPO (  )
— tempo no qual já ocorreu (1 – 1/e) ~ 63,2% da variação do valor entre a condição inicial e o
novo regime permanente
— para efeitos práticos a resposta do sistema atinge o valor de regime permanente em cinco
constantes de tempo

L 2
RL :    RC :   RC  LC :  
R LC
Cláudio Ferreira 26/05/2019 34

INTERPRETAÇÃO FÍSICA DOS


TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

 Durante este tempo (ou em qualquer outro tempo):

PROCESSO GOVERNADO PELO PRINCÍPIO DA


CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

Wfornecido  Warmazenado  Wdissipado


Cláudio Ferreira 26/05/2019 35

ANÁLISE DOS TRANSITÓRIOS


ELÉTRICOS

 Os transitórios elétricos são iniciados quando ocorrem


variações súbitas nas condições do sistema elétrico

 Os transitórios elétricos podem ocorrer devido a uma


variedade de razões

 Os transitórios elétricos podem gerar:

- Sobretensões
Causadas por condições quase-estacionárias ou por fenômenos de alta
freqüência e curta duração
Ex: rejeição de carga, energização, descargas atmosféricas, surtos de
manobra
Cláudio Ferreira 26/05/2019 36

ANÁLISE DOS TRANSITÓRIOS


ELÉTRICOS

 Os transitórios elétricos são iniciados quando ocorrem


variações súbitas nas condições do sistema elétrico

 Os transitórios elétricos podem ocorrer devido a uma


variedade de razões

 Os transitórios elétricos podem gerar:

- Sobretensões

- Sobrecorrentes
Causadas por faltas nos sistema e geralmente apresentam poucas
componentes de alta freqüência
Cláudio Ferreira 26/05/2019 37

ANÁLISE DOS TRANSITÓRIOS


ELÉTRICOS

 Os transitórios elétricos são iniciados quando ocorrem


variações súbitas nas condições do sistema elétrico

 Os transitórios elétricos podem ocorrer devido a uma


variedade de razões

 Os transitórios elétricos podem gerar:

- Sobretensões

- Sobrecorrentes

- Formas de ondas anormais


Causadas
C d pela
l presença de
d elementos
l t não
ã lineares,
li tais
t i como
retificadores, conversores, HVDC, saturação de transformadores e
reatores, etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 38

ANÁLISE DOS TRANSITÓRIOS


ELÉTRICOS

 Os transitórios elétricos são iniciados quando ocorrem


variações súbitas nas condições do sistema elétrico

 Os transitórios elétricos podem ocorrer devido a uma


variedade de razões

 Os transitórios elétricos podem gerar:

- Sobretensões

- Sobrecorrentes

- Formas de ondas anormais

- Transitórios eletromecânicos
Fenômenos como ressonância subsíncrona, esforços no eixo, estudos
de longo termo, etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 39

ANÁLISE DOS TRANSITÓRIOS


ELÉTRICOS

 A formulação matemática de qualquer problema de


transitórios começa com o estabelecimento de
equações ou equações diferenciais que descrevem o
comportamento do sistema que se pretende analisar

 Para analisar os transitórios elétricos são necessários:


- Conhecimento do transitório para obter seu modelo
- Conhecimento do sistema elétrico
- Bons dados de modo a se obter modelos detalhados

- Desenvolver modelos matemáticos do sistema (RLC)

- Resolver equações diferenciais (série de equações


acopladas com restrições algébricas)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 40

ANÁLISE DOS TRANSITÓRIOS


ELÉTRICOS

 Os transitórios elétricos são caracterizados por


oscilações de alta freqüência e, às vezes, também por
grandes valores de tensão ou corrente, ocasionado
pelo efeito de sobreposição de oscilações

 As características físicas dos elementos da rede que


têm efeito decisivo no fenômeno transitório de
interesse devem ser modelados detalhadamente

 Os resultados dos estudos de transitórios elétricos são


importantes para:
- Especificar o valor nominal dos componentes e dos
dispositivos de proteção
- Estudar a coordenação entre ambos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 41

TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS TÍPICOS EM


SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

 Descargas Atmosféricas
- Quedas diretas – condutores (falha de blindagem)
- Quedas indiretas – pára-raios e torres (back flashover)
- Sobretensões induzidas

 Manobras na Rede
Reignição
- Energização e religamento de linhas e cabos
Restabelecimento do arco
- Energização de transformadores elétrico em um período de
tempo inferior a ¼ de ciclo

- Chavemento
h d
de capacitores
i e reatores após
ó a extinção
i ã da
d corrente

- Rejeição de carga Reacendimento ou


restrike
- Ferrorressonância Restabelecimento
R t b l i t do
d arco
elétrico em um período de
- Manobras de disjuntores, restrikes , etc tempo superior a ¼ de ciclo
após a extinção da corrente
Cláudio Ferreira 26/05/2019 42

TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS TÍPICOS EM


SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

 Faltas
- Faltas simétricas e assimétricas
- Eliminação de faltas
- Faltas terminais e quilométricas
- Oscilações torsionais
- Estabilidade transitória

 GIS (Subestações Isoladas a Gás)


- M
Manobras
b de
d disjuntores
di j t
- Faltas
- Transitórios muito rápidos (VFT)
- Coordenação de isolamento
Cláudio Ferreira 26/05/2019 43

TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS TÍPICOS EM


SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

Característica típica Tensão x Tempo para


isolamentos a Ar e SF6

 Isolamento
I l t a Ar
A  Isolamento
I l t a SF6
Cláudio Ferreira 26/05/2019 44

CARACTERIZAÇÃO
Ç DOS TRANSITÓRIOS
ELÉTRICOS

DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS
FALTAS

CHAVEAMENTOS
TRANSITÓRIOS
ELETROMECÂNICOS

RESSONÂNCIA SUBSÍNCRONA

ESTABILIDADE TRANSITÓRIA

ESTABILIDADE DINÂMICA DE LONGO TERMO

CORTE DE CARGA

10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10 -2 10-1 1 10 102 103 104 s


Cláudio Ferreira 26/05/2019 45

CARACTERIZAÇÃO
Ç DOS TRANSITÓRIOS
ELÉTRICOS

ENERGIZAÇÃO DE TRANSFORMADOR
FERRORRESSONÂNCIA

à DE CARGA
REJEIÇÃO

TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS
ELIMINAÇÃO DE FALTAS

ENERGIZAÇÃO DE LINHAS
TRANSITÓRIOS FALTAS
ELETROMECÂNICOSTRT - FALTAS TERMINAIS

RELIGAMENTO DE LINHAS

TRT - FALTAS EM LINHAS CURTAS

SURTOS ATMOSFÉRICOS
FALTAS EM SUBESTAÇÕES
DESCARGAS MÚLTIPLAS EM DISJUNTORES

FALTAS E ABERTURA EM GIS

DC 10-1 1 10 102 103 104 105 106 10 7 10 8 Hz


Cláudio Ferreira 26/05/2019 46

STRESSES NOS EQUIPAMENTOS CAUSADOS


PELOS TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

SOBRETENSÕES E/OU SOBRECORRENTES

STRESSES NOS EQUIPAMENTOS


Cláudio Ferreira 26/05/2019 47

SOBRETENSÕES

TENSÕES VARIÁVEIS COM O TEMPO, ENTRE UMA


FASE E A TERRA OU ENTRE FASES, CUJO VALOR
DE CRISTA É SUPERIOR AO VALOR DE CRISTA DA
TENSÃO MÁXIMA DE UM SISTEMA

CARACTERIZADAS POR UMA MAGNITUDE E UM


TEMPO DE DURAÇÃO
Ç

SOLICITAM O ISOLAMENTO, PODENDO PROVOCAR


A PERDA DA RIGIDEZ DIELÉTRICA DO ISOLANTE
Cláudio Ferreira 26/05/2019 48

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

CATEGORIA
(NORMA IEC 7-1)

 Tensão operativa ou contínua: tensão na freqüência


industrial, tendo um valor rms constante, continuamente
aplicada a qualquer par de terminais do sistema
Cláudio Ferreira 26/05/2019 49

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

CATEGORIA
(NORMA IEC 7-1)

 Tensão operativa ou contínua


 Sobretensão temporária: sobretensão na freqüência industrial
de duração relativamente longa
Cláudio Ferreira 26/05/2019 50

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

CATEGORIA
(NORMA IEC 7-1)

 Tensão operativa ou contínua


 Sobretensão temporária

 Sobretensão transitória: sobretensão de curta duração, de


alguns milissegundos ou menos, oscilatória ou não, e em geral
fortemente amortecida
Cláudio Ferreira 26/05/2019 51

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

CATEGORIA
(NORMA IEC 7-1)

 Tensão operativa ou contínua


 Sobretensão temporária

 Sobretensão transitória
• Sobretensão com frente de onda lenta: sobretensão transitória,
normalmente unidirecional, com tempo de frente de onda de
20 µs a 5000 µs e tempo de descida menor que 20 ms
Cláudio Ferreira 26/05/2019 52

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

CATEGORIA
(NORMA IEC 7-1)

 Tensão operativa ou contínua


 Sobretensão temporária

 Sobretensão transitória
• Sobretensão com frente de onda lenta
• Sobretensão com frente de onda rápida: sobretensão
transitória, normalmente unidirecional, com tempo de frente de
onda de 0,1 µs a 20 µs e tempo de descida menor que 300 µs
Cláudio Ferreira 26/05/2019 53

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

CATEGORIA
(NORMA IEC 7-1)

 Tensão operativa ou contínua


 Sobretensão temporária

 Sobretensão transitória
• Sobretensão com frente de onda lenta
• Sobretensão com frente de onda rápida

• Sobretensão com frente de onda muito rápida: sobretensão


transitória,, normalmente unidirecional,, com tempo
p de frente de
onda menor que 0,1 µs, duração menor que 3 ms e oscilações
superpostas com freqüência de 30 kHz a 100 MHz
Cláudio Ferreira 26/05/2019 54

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

CATEGORIA
(NORMA IEC 7-1)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 55

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

ORIGEM
LOCALIZAÇÃO

Externas Internas

Originadas fora do Originadas por eventos


sistema considerado dentro do sistema
Exemplo: descargas considerado
atmosféricas Exemplo: curto
curto-circuitos
circuitos e
manobras de disjuntores
Cláudio Ferreira 26/05/2019 56

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

TEMPO DE DURAÇÃO
GRAU DE AMORTECIMENTO

Atmosféricas

Sobretensão devido a uma descarga atmosférica, ou outra causa,


cuja forma de onda seja similar a uma onda de impulso
atmosférico
Duração muito curta, frente de onda muito rápida, tempo de
descida de 100 a 300 µs e amplitude máxima da ordem de 6 pu
Cláudio Ferreira 26/05/2019 57

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

TEMPO DE DURAÇÃO
GRAU DE AMORTECIMENTO

Atmosféricas Temporárias
ou Sustentadas

Sobretensão oscilatória, de duração relativamente longa e


fracamente amortecida ou não amortecida
Duração superior a dezenas de ms e amplitude normalmente
inferior a 1,5 pu
Geralmente causadas por manobras, faltas, fenômenos não
lineares, etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 58

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

TEMPO DE DURAÇÃO
GRAU DE AMORTECIMENTO

Atmosféricas Temporárias Manobra


ou Sustentadas

Devido à operação de um equipamento de manobra, falta ou


outra causa,
causa cuja forma de onda seja similar à onda de impulso
de manobra
Em geral fortemente amortecida, de curta duração com frente de
onda lenta
Exemplos: energização e religamento de linhas e aplicação e
abertura de faltas
Cláudio Ferreira 26/05/2019 59

SOBRETENSÕES
CLASSIFICAÇÃO

TEMPO DE DURAÇÃO
GRAU DE AMORTECIMENTO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 60

SOBRETENSÕES

AGORA É COM VOCÊS MEUS CAROS PARTICIPANTES

MÉTODOS E DISPOSITIVOS MAIS USADOS PARA


CONTROLE DE SOBRETENSÕES

 Disjuntores providos de resistores de pré-inserção ou de


dispositivos sincronizadores.

 Reatores em derivação.

 Pára-raios
Pá i e centelhadores.
t lh d

 Blindagem de linhas de transmissão e subestações contra


descargas atmosféricas.
é
Cláudio Ferreira 26/05/2019 61

SOBRECORRENTES

PODEM CAUSAR STRESSES TÉRMICOS E


MECÂNICOS NOS EQUIPAMENTOS

CLASSIFICAÇÃO PODE SER FEITA DE MANEIRA


ANÁLOGA A FEITA PARA AS SOBRETENSÕES

EXEMPLO TÍPICO SÃO AS CORRENTES DE CURTO-


CIRCUITO CAUSADAS POR FALTAS NO SISTEMA
ELÉTRICO DE POTÊNCIA

GERALMENTE SÃO CORRENTES NA FREQÜÊNCIA INDUSTRIAL


COM OSCILAÇÕES DE ALTA FREQÜÊNCIA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 62

SOBRECORRENTES

DE NOVO COM VOCÊS CAROS PARTICIPANTES

MÉTODOS E DISPOSITIVOS MAIS USADOS PARA


CONTROLE DE SOBRECORRENTES

 Mudança no arranjo da subestação.

 Reatores série.

 Seccionamento de barramentos.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 63

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES

 Por medidas do fenômeno em sistemas reais (campo)


- Só podem ser realizados após a implantação do sistema
- Permite aferir modelos para estudos futuros
- Possibilita
P ibilit o d
desenvolvimento
l i t e aprimoramento
i t dos
d
modelos

 Por análise ou medida em modelos (simulação)


- Si
Simulação
l ã analítica
líti
- Em algumas situações não são fáceis de serem
determinadas
Cláudio Ferreira 26/05/2019 64

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES POR
SIMULAÇÃO

 Está baseada em uma representação adequada dos


componentes do sistema elétrico de potência

 Os modelos dos componentes são obtidos usando


elementos básicos de circuitos:
- Representam geradores de potência e distúrbios
externos (por exemplo, descargas atmosféricas)
FONTE - Fonte de tensão (Equivalente de Thévenin)
- Modelos de máquinas
Cláudio Ferreira 26/05/2019 65

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES POR
SIMULAÇÃO

 Está baseada em uma representação adequada dos


componentes do sistema elétrico de potência

 Os modelos dos componentes são obtidos usando


elementos básicos de circuitos:

ELEMENTOS
+
PASSIVOS
- Podem ser lineares ou não lineares (tensão, corrente ou tempo)
- Parâmetros concentrados: resistência,
resistência reatância e capacitância
- Parâmetros distribuídos: linhas de transmissão
- Transformadores, etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 66

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES POR
SIMULAÇÃO

 Está baseada em uma representação adequada dos


componentes do sistema elétrico de potência

 Os modelos dos componentes são obtidos usando


elementos básicos de circuitos:

+ CHAVES

- Modificam a topologia da rede conectando ou desconectando componentes


- Podem representar faltas e curto-circuitos
- Podem ser dependentes de várias grandezas (tensão, corrente, tempo, etc)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 67

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES POR
SIMULAÇÃO

 Soluções analíticas manuais por sistema


transformadas de Laplace, análise de simples
com
autovalores, etc pequeno
número de
 Soluções analíticas manuais no domínio elementos

do tempo

 Simulações numéricas no domínio do tempo

métodos computacionais
Cláudio Ferreira 26/05/2019 68

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES POR
MÉTODOS COMPUTACIONAIS

 Por modelos analógicos - TNA (Analisador Transitório


de Redes)
- Analógico
g ou digital
g
- Modelo em escala reduzida, que refletem a resposta
elétrica dos equipamentos reais, embora geralmente
não
ã se pareçam fisicamente
fi i t
- Rápidos e caros
Cláudio Ferreira 26/05/2019 69

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES POR
MÉTODOS COMPUTACIONAIS

 Por modelos analógicos - TNA (Analisador Transitório


de Redes)

 Através de programas digitais


- Elementos do sistema modelados por grupos de equações
que definem
d fi as relações
l õ entre tensões
õ e correntes
- Computadores digitais convencionais
Cláudio Ferreira 26/05/2019 70

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DAS


SOBRETENSÕES E SOBRECORRENTES POR
MÉTODOS COMPUTACIONAIS

 Por modelos analógicos - TNA (Analisador Transitório


de Redes)

 Através de programas digitais

 Simuladores híbridos: técnicas analógicas e digitais


combinadas
- TNA híbrido,
híbrido modelo em escala com medidas e controles
digitais. Ex: representação de HVDC, FACTS, etc para
testar equipamentos de controle e proteção
- Simulador digital em tempo real baseado em computação
númerica usando múltiplos processadores
Cláudio Ferreira 26/05/2019 71

DETERMINAÇÃO DAS SOBRETENSÕES E


SOBRECORRENTES ATRAVÉS DE
SIMULAÇÕES EM COMPUTADORES DIGITAIS

 Simulam os transitórios no domínio do tempo

 Programas digitais para resolução de equações:


MATLAB, Mathematica, Maple, MathCAD, etc

 Programas digitais para resolução de circuitos


elétricos e eletrônicos: SPICE, Saber, Electronics
Workbench, etc

 Simuladores em tempo real de perturbações rápidas:


- RTDS,
RTDS TEQSIM
TEQSIM, Arène,
Arène UBC,
UBC etc
- Testes de relés, equipamentos de controle, HVDC, etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 72

DETERMINAÇÃO DAS SOBRETENSÕES E


SOBRECORRENTES ATRAVÉS DE
SIMULAÇÕES EM COMPUTADORES DIGITAIS

 Com relação aos distúrbios no Sistema Elétrico de


Potência:

- P
Programas digitais
di it i de
d estabilidade
t bilid d simulam
i l oscilações
il õ
eletromecânicas por alguns segundos, minutos ou um
tempo maior
• Equações diferenciais para geradores e turbinas
• Equações fasoriais para a rede
• Exemplos:
E l Anatem,
A t Transdir,
T di Eurostag,
E t Organon,
O etc
t
Cláudio Ferreira 26/05/2019 73

DETERMINAÇÃO DAS SOBRETENSÕES E


SOBRECORRENTES ATRAVÉS DE
SIMULAÇÕES EM COMPUTADORES DIGITAIS

 Com relação aos distúrbios no Sistema Elétrico de


Potência:

- P
Programas digitais
di it i de
d estabilidade
t bilid d simulam
i l oscilações
il õ
eletromecânicas por alguns segundos, minutos ou um
tempo maior

- Programas de transitórios eletromagnéticos simulam


transitórios rápidos
p de η
ηs,, µ
µs,, ms até alguns
g segundos
g
• Equações diferenciais ordinárias para elementos
concentrados L e C
• Equações diferenciais parciais para linhas de transmissão
com parâmetros distribuídos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 74

PROGRAMAS DE TRANSITÓRIOS
ELETROMAGNÉTICOS

 EMTP e suas versões:


- EMTP – BPA : não comercial,, g
gratuito em muitos p
países
- Microtran – UBC: comercial, University of British
Columbia, Herman Dommel e seu grupo
- DCG/EPRI EMTP ou EMTP96: comercial, distribuído
í pela
Hydro Quebec, normalmente referido como EMTP
- ATP: gratuito, mas requer licença, W.S.Meyer

 NETOMAC – Siemens: comercial

 Morgat and Arène – Eletricité de France: comercial

 PSCAD & EMTDC – Manitoba


M i b HVDC Research
R h Center:
C
comercial
Cláudio Ferreira 26/05/2019 75

PROGRAMAS DE TRANSITÓRIOS
ELETROMAGNÉTICOS

 PSIM – H.Jin: comercial, para simulação de eletrônica


de potência

 SABER: comercial, para simulação de eletrônica de


potência

 SPICE, PSPICE: comercial, ocasionalmente usado para


simulação
i l ã ded eletrônica
l t ô i de
d potência
tê i
Cláudio Ferreira
Cláudio Ferreira 26/05/2019 77

ATP
Alternative Transients Program

Programa digital para simular transitórios


eletromagnéticos, eletromecânicos e de
sistemas de controle em Sistemas
Elétricos de Potência polifásicos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 78

HISTÓRICO

 O EMTP (Electromagnetic Transients


Program) da Bonneville Power Administration
Program),
(BPA), foi desenvolvido por Hermann W.
Dommel na década de 60, com base no
t b lh d
trabalho de F
Frey e Alth
Althammer (B
(Brown B
Boveri,
i
Suiça), em Munique, Alemanha

 O artigo: “Digital Computer Solution of Eletromagnetic


Transients in Single- and Multiphase Networks”, IEEE
Transactions on Power Apparatus
pp and Systems,
y , PAS-88,,
april 1969, pág. 388-399, descreve a metodologia básica
do programa EMTP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 79

HISTÓRICO

 Appartir de 1973 Dommel foi p


para a Universidade de
British Columbia (UBC) e W.Scott Meyer assumiu a
coordenação do EMTP no BPA

 Em 1982, o Electric Power Research Institute (EPRI)


decidiu investir no programa EMTP e foi criado o
grupo dde d
desenvolvimento
l i t do
d EMTP (D
(Development
l t
Coordination Group - DCG), com a participação de
várias empresas, com a finalidade de melhorar os
modelos existentes, criar novos modelos e melhorar a
documentação existente

 O DCG depois de 2 anos de atividade lançou a versão


M39 e decidiu converte-la em propriedade exclusiva
de seus componentes,
componentes passando então a comercializa-
comercializa
la
Cláudio Ferreira 26/05/2019 80

HISTÓRICO

 Nesta época, Scott Meyer e Tsu-huei Liu não


aprovaram a comercialização do programa EMTP
proposto pelo DCG e EPRI se afastando do grupo

 Três anos depois, Scott Meyer lançou uma versão para


microcomputadores e computadores de grande porte,
baseada na versão M39
(pelas leis norte-americanas o EMTP havia se convertido
em objeto
bj t ded utilidade
tilid d pública,
úbli o que possibilitou
ibilit tal
t l
fato)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 81

HISTÓRICO

 Esta nova versão do EMTP foi enviada para a Bélgica,


onde foi instalado o Leuven EMTP Center (LEC) na KUL
(Katholieke Universteit Leuven), que assumiu o papel
de distribuidor mundial do programa
p g

 Esta versão foi denominada ATP (Alternative Transients


Program)

 O LEC centralizou a distribuição do programa a nível


mundial até o final de 1992 quando
quando, então,
então a BPA e Scott
Meyer decidiram novamente exercer a coordenação do
programa

Fonte: Curso básico sobre a utilização do ATP


Jorge Amon Filho – Marco Polo Pereira
site www.emtp.org
Cláudio Ferreira 26/05/2019 82

O PROGRAMA ATP

BASEADO NA APLICAÇÃO DA REGRA


TRAPEZOIDAL PARA CONVERTER
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE UMA REDE
ELÉTRICA EM EQUAÇÕES ALGÉBRICAS

CARACTERÍSTICAS
SIMPLICIDADE ROBUSTEZ
O circuito é reduzido em O método
é d trapezoidal
id l é
fontes de corrente e numericamente estável
resistências, para o qual além de ser uma rotina
a matriz Y é facilmente de integração robusta
construída
Cláudio Ferreira 26/05/2019 83

O PROGRAMA ATP

 O ATP permite a simulação de transitórios


eletromagnéticos
l é i em redes
d polifásicas,
lifá i com
configurações arbitrárias

 C
Como programa digital,
di it l não
ã permite
it obter
bt uma
solução contínua no tempo, por isso são calculados
valores a intervalos de tempo discretos

 O programa permite a representação de não-


linearidades,, elementos com pparâmetros
concentrados, elementos com parâmetros
distribuídos, chaves, transformadores, reatores, etc

 A documentação do ATP consiste basicamente de um


manual (ATP Rule-Book) e um livro (ATP Theory
B k) onde
Book), d estão
tã todas
t d as informações
i f õ sobre
b os
modelos disponíveis
Cláudio Ferreira 26/05/2019 84

O PROGRAMA ATP

 O ATP permite a simulação de transitórios


eletromecânicos
l â i e de
d sistemas
i dc
d

 Variáveis de controle são disponíveis se os mesmos


são modelados

 Existem várias rotinas de suporte para gerar modelos


de componentes do sistema elétrico
Cláudio Ferreira 26/05/2019 85

RESULTADOS OBTIDOS COM O ATP

 A resposta da rede elétrica no tempo é disponível


para tensões
õ d
de b
barras e de
d ramos, e para correntes
de ramos, através de uma tabela de valores ou de
gráficos (em arquivo)

 Os estudos estatísticos de transitórios têm os


resultados apresentados sob a forma de distribuições,
sendo fornecidos os valores médios e desvios padrão
e histogramas das grandezas especificadas

 Pode-se obter a solução em regime permanente,


sendo impressos todas as tensões de barras, fluxos
de p
potência e correntes nos ramos da rede em estudo

 Pode-se obter os valores de potência e energia em


determinados elementos da rede
Cláudio Ferreira 26/05/2019 86

ESTRUTURA GERAL DO ATP

ARQUIVO
Q DE GERAIS: PASSO DE
INTEGRAÇÃO,
à TEMPO DE
ENTRADA
 Obrigatórios SIMULAÇÃO, ETC
DADOS DE RAMOS,
FONTES CHAVES,
FONTES, CHAVES ETC
“INSTRUÇÕES”
INSTRUÇÃO EM BRANCO

OU
RESULTADOS: CORRENTE,
CORRENTE

CONJUNTO DE  Opcionais POTÊNCIA, ETC


COMENTÁRIOS
“INSTRUÇÕES”
Ç
 Complementares DEPENDENTE DAS
ANTERIORES

 Resultados impressos: xxx.LIS


ARQUIVOS DE
SAÍDA  Visualização gráfica: xxx.PL4
Cláudio Ferreira 26/05/2019 87

ESTRUTURA GERAL DO ATP

SIMULAÇÃO LINE CONSTANTS

CABLE CONSTANTS

SOLUÇÃO NO DOMÍNIO DO SEMLYEN SETUP


TEMPO E DA FREQÜÊNCIA
JMARTI SETUP

CABLE PARAMETERS

NODA SETUP

REPRESENTAÇÃO
ARMAFIT
ELÉTRICA DA REDE
BCTRAN

XFORMER

SATURA
Transient Linguagem de ROTINAS
Analysis of programação HYSDAT
Control
DE APOIO
Systems
ZNO FITTER
TACS MODELS
DATA BASE MODULE
Cláudio Ferreira 26/05/2019 88

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

 ATP foi desenvolvido a partir da versão M39 do EMTP

 Não é de domínio público, mas gratuito a qualquer


interessado, bastando assinar a Licença de Uso

 Apresenta um pacote de programas e rotinas de


suporte como ATPDraw
suporte, ATPDraw, TACS,
TACS MODELS,
MODELS etc

 Suporte de vários programas gráficos, como TPPLOT,


PCPLOT, GTPPLOT, PLOTXY, etc

 Op
programa
g TPPLOT abre arquivos
q COMTRADE

 Outros opções de plotagem de resultados: TOP e


MatLab para o qual exporta dados
Cláudio Ferreira 26/05/2019 89

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

 As versões mais utilizadas do EMTP foram: M21, M28,


M34 e M39

 A primeira versão do EMTP, no Brasil, foi instalada em


F
Furnas C
Centrais
t i Elét
Elétricas,
i em 1975

 O Comitê Latino Americano de Usuários do EMTP,


CLAUE, foi criado em 1983, em extensão aos serviços
já disponíveis no Comitê Brasileiro criado em 1977

 O CLAUE foi coordenado pelo Eng. Marco Polo Pereira,


Furnas, até 10/2002, sendo sua web-page
www furnas gov br/atp desativada nesta data
www.furnas.gov.br/atp

 A base do CLAUE passou para a Argentina,


coordenando
d d vários
á i comites
i d
da América
é i Latina,
i sendo
d
os mais ativos CBUE e CAUE
Cláudio Ferreira 26/05/2019 90

REVISÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Cada participante deve resolver e


entregar o

Exercício 1
Cláudio Ferreira 26/05/2019 91

Seja o circuito abaixo:

01
0,1 1 0 mH
1,0 H

100 V
40 0 F
40,0
60 Hz

onde a chave se encontra fechada a bastante


tempo e é dado um comando para abri-la.
Analisar a tensão
ã sobre o capacitor.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 92

ANÁLISE ANTES DA ABERTURA DA CHAVE

Tem-se o circuito:

0,1 1,0 mH

1
100 V
60 Hz

O que
isto
implica?
p

Obs: a tensão da fonte será considerado como valor de pico.


Cláudio Ferreira 26/05/2019 93

ANÁLISE ANTES DA ABERTURA DA CHAVE

Como o sistema opera em regime permanente senoidal:

0,1 j0,377

1
o
100 0 V

100 00
I 1   256,39  75,10 ( A )
0 1 j 0
0,1 0,377
377
Cláudio Ferreira 26/05/2019 94

ANÁLISE ANTES DA ABERTURA DA CHAVE

ou seja:

i1  2 5 6,3 9 c o s ( 3 7 7 t - 7 5,1 0 ) ( A )

que corresponde ao gráfico:

300,00

200,00
A)
ente i 1 (A

100,00

0,00
0 5 10 15 20
corre

-100,00

-200,00

-300,00
300 00

tempo (ms)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 95

ANÁLISE ANTES DA ABERTURA DA CHAVE

A chave irá abrir quando a corrente por ela passar por


zero:

t = 7,64 ms
300 00
300,00

200,00
v f (V) , i 1 (A)

100,00

0,00
0 5 10 15 20
-100,00

-200 00
-200,00

-300,00

tempo (ms)

Resultando em t = 7,64 ms após o comando para abri-la.


Cláudio Ferreira 26/05/2019 96

ANÁLISE APÓS A ABERTURA DA CHAVE

Iniciando a contagem do tempo, t = 0, a partir do instante


de abertura da chave , a tensão na fonte resulta em:
É necessário

v F  100 cos ( 377 t  165,1o ) ( V )


proceder
assim?

Analise
correspondendo ao circuito: este
ângulo

01
0,1 1,0 mH

2
40 0 F
40,0 VC
Cláudio Ferreira 26/05/2019 97

ANÁLISE APÓS A ABERTURA DA CHAVE

Equacionando por Laplace o circuito resulta em:

0,1 0,001 s Tem outras


maneiras de
equacionar?

2
(s)
106
VF (s) VC (s)
40 s

Lembrete:
s
cos( a t ) 
F( t )  a f ( s )
aF(
t
f( s) s2  a 2
 F( u ) du 
s a
F '( t )  s f ( s )  F( 0 ) 0
sen( a t ) 
s  a2
2
Cláudio Ferreira 26/05/2019 98

ANÁLISE APÓS A ABERTURA DA CHAVE

Aplicando a Segunda Lei de Kirchhoff, tem-se:

106
VF ( s )  ( 0,1  0,001 s  ) I2 ( s )
40s
Donde:

1000 s VF ( s )
I2 ( s )  2
s  100 s  25000000

A tensão no capacitor Vc(s), é dada por:


0,1 0,001 s

106 (s)
VC ( s )  I2 ( s )
2
106
VF (s)
( ) VC (s)
( )
40 s
40 s
Cláudio Ferreira 26/05/2019 99

ANÁLISE APÓS A ABERTURA DA CHAVE

A tensão na fonte, VF(s), é expressa por:

96,6376 s 9693,9063
VF ( s )   
s2  3772 s2  3772

Substituindo as expressões de I2 (s) e de VF (s) tem-se,


para VC (s):
( )

97,1509
97 1509 s 9804
9804,8805
8805 97,1509
97 1509 s 19519
19519,9736
9736
VC ( s )  - -  
s2  3772 s2  3772 s2  100 s  25000000 s2  100 s  25000000
Cláudio Ferreira 26/05/2019 100

ANÁLISE APÓS A ABERTURA DA CHAVE

Aplicando a antitransformada de Laplace obtem-se:

v C ( t )  - 100,5719 cos ( 377 t - 14,99o )  97,1952 e -50t cos ( 4999,75 t - 1,73o ) (V)

v CF ( t ) v CC ( t )
freqüência da fonte: coeficiente de
60 Hz amortecimento:
R 0,1
  =  50 s
2L 2 x 0, 001

freqüência do
circuito:
795,73 Hz
Porque
1 1
esta
diferença?
  =  5000 rd / s
LC 0, 001 x 40 x10 6
Cláudio Ferreira 26/05/2019 101

ANÁLISE APÓS A ABERTURA DA CHAVE

Resposta na Resposta na freqüência


freqüência da fonte natural do circuito

onente freq. nattural (V)


150,00 150,00

100,00 100,00
v c fundamental ((V)

50,00 50,00

0,00 0,00
0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30
-50,00 -50,00

-100,00
, -100,00
,

compo
-150,00 -150,00

tempo (ms) tempo (ms)

200,00

150,00
pacitor (V)

100,00
t = 8,57 ms

vC ( t )
50,00

0 00
0,00
tensão cap

0 5 10 15 20 25 30
-50,00

-100,00 Vmax = -194,70 (V)


-150,00

-200,00

tempo (ms)

vC ( t )   - 100,5719 cos ( 377 t - 180,13o )  142,4116 e -50t cos ( 4999,75 t - 32,02o ) U1 ( t  0,00764 ) (V) 
Cláudio Ferreira 26/05/2019 102

ANÁLISE APÓS A ABERTURA DA CHAVE


VR VL
Regime permanente:
01
0,1 j0
0,377
377
V F  100,00 165,10 ( V )

I  1,5166 255,01 ( A )

V R  0,1517 255,01 ( V ) VF -j 66,313 VC

V L  0,5718 345,01 ( V )

V C  100,565 165,01 ( V )

VC

VF 165,1o
255,0o
165,0o

O DIAGRAMA FASORIAL NÃO ESTÁ EM ESCALA


VR VL
Cláudio Ferreira 26/05/2019 103

REVISÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Resolver o

Exercício 1

utilizando o programa digital ATP


Cláudio Ferreira 26/05/2019 104

ANÁLISE COM O PROGRAMA ATP

 O programa ATP utiliza um arquivo de dados em


formato texto

Arquivo de dados  formato TEXTO

 Devido a estrutura de concepção do ATP o arquivo de


dados deve seguir um formato rigidamente pré-
estabelecido, onde os dados são alocados em posições
definidas resultando
definidas, res ltando em erros de processamento caso
não sejam seguidas

 O ATP possui uma crítica do arquivo de dados sendo


possível, muitas vezes, corrigi-los
g observando os
comentários presentes no arquivo de saída
Cláudio Ferreira 26/05/2019 105

ANÁLISE COM O PROGRAMA ATP

 O programa ATP utiliza um arquivo de dados em


formato texto

Arquivo de dados  formato TEXTO

 Este arquivo
q de dados p
pode ser criado em q
qualquer
q
editor (EDIT do MS-DOS, NOTEPAD, E, xxxxxx, etc),
desde que o mesmo seja produzido em formato ASCII
 T
Também
bé pode
d ser criado
i d através
t é de
d um editor
dit gráfico,
áfi
denominado ATPDraw

Digitar em Desenhar
editor de OU em editor
texto gráfico
Cláudio Ferreira 26/05/2019 106

ANÁLISE COM O PROGRAMA ATP

 O programa ATP utiliza um arquivo de dados em


formato texto

Arquivo de dados  formato TEXTO

Digitar em Desenhar
editor de OU em editor
texto gráfico

Arquivo de entrada:
xxxx.yyy
Cláudio Ferreira 26/05/2019 107
BEGIN NEW DATA CASE

ANÁLISE COM O PROGRAMA ATP


MISCELÂNEOS (duas ou três instruções)

TACS (Transient Analysis of Control Systems)


MODELS (GeneralMODELS
Purpose Simulation Tool)

DESCRIÇÃO RAMOS LINEARES, NÃO LINEARES,


TRANSFORMADORES E LINHAS DE TRANSMISSÃO
DO
INSTRUÇÃO EM BRANCO
ARQUIVO
CHAVES, DIODOS, TIRISTORES, ETC.

DE
INSTRUÇÃO EM BRANCO

ENTRADA FONTES DE EXCITAÇÃO


(TENSÃO CORRENTE E MÁQUINAS SÍNCRONAS)
(TENSÃO,

Arquivo de entrada: INSTRUÇÃO EM BRANCO

xxxx.yyy
CONDIÇÕES INICIAIS, NÓS CUJAS TENSÕES
SERÃO IMPRESSAS, FONTES PONTO A PONTO,
GRÁFICOS (em branco)

BEGIN NEW DATA CASE

INSTRUÇÃO EM BRANCO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 108

ANÁLISE COM O PROGRAMA ATP

Digitar em Desenhar
editor de OU em editor
texto gráfico

Arquivo de entrada:
xxxx.yyy

Arquivos de saída:
Programa
xxxx.LIS
ATP
xxxx.pl4
Cláudio Ferreira 26/05/2019 109

ANÁLISE COM O PROGRAMA ATP

Pode-se simular o arquivo com os dados no ATP das


seguintes maneiras:

 Acessando diretamente o programa ATP

 Utili
Utilizando
d o ATP-Launcher,
ATP L h ambiente
bi t
desenvolvido pelo Japanese ATP User
Group (JAUG)

 Através do pré-processador gráfico


ATPDraw que fornece acesso ao
programa ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 110

ANÁLISE COM O PROGRAMA ATP

Serão produzidos três arquivos de saída:

- arquivo com os resultados impressos:


• nome do
d arquivo
i de
d saída
íd fornecido
f id ou
• XXXX.LIS caso não seja fornecido

- arquivo para a visualização dos gráficos: XXXX.PL4

- arquivo com comentários gerais: XXXX.DBG

onde XXXX.YYY é o nome do arquivo de entrada com


os dados
Cláudio Ferreira 26/05/2019 111

ATPDraw

Pré-processador
P é d gráfico
áfi para o programa
ATP que permite a criação dos arquivos de
dados com base no circuito a ser simulado,
simulado
o qual é construído graficamente com os
modelos existentes no programa
p g
Cláudio Ferreira 26/05/2019 112

O PROGRAMA ATPDraw

 O ATPDraw cria o arquivo de entrada de dados para o


programa ATP
ATP, mas não é possível através deste
arquivo obter o circuito gráfico correspondente

 A utilização do ATPDraw facilita o trabalho do usuário


e reduz a incidência de erros nos arquivos de entrada
de dados

 Cada componente gráfico permite a inclusão dos


parâmetros correspondentes em janelas próprias que
ajustam os dados aos formatos de entrada requeridos
pelo ATP

 O ATPDraw é distribuido gratuitamente e seus direitos


pertencem a BPA (Bonneville Power Administration) e a
SINTEF Energy Research (Trondheim – Norway) –
www.ee.mtu.edu/atp/
Cláudio Ferreira 26/05/2019 113

O PROGRAMA ATPDraw

 Arquivo: xxxx.atp
 Arquivo texto
Make File as
 Formato ASCII
 Processar no ATP

 Arquivo: xxxx
xxxx.adp
adp
 Arquivo gráfico
 Formato não editável
Cláudio Ferreira 26/05/2019 114

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS NO


ATPDRAW
 Circuito a ser analisado com os dados:

0,1 1,0 mH

100 V
40,0 F
60 Hz
Cláudio Ferreira 26/05/2019 115

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS NO


ATPDRAW
 Iniciar o ATPDraw “clicando” no icone:

- Selecionar novo arquivo


Cláudio Ferreira 26/05/2019 116

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Novo arquivo:
Cláudio Ferreira 26/05/2019 117

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Botão direito do mouse


Cláudio Ferreira 26/05/2019 118

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Botão direito do mouse e “click” na área


do desenho
Cláudio Ferreira 26/05/2019 119

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Botão direito do mouse e “click” na área


do desenho

- Seleciona grupo com a seta do mouse


Cláudio Ferreira 26/05/2019 120

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Botão direito do mouse e “click” na área


do desenho

- Seleciona grupo com a seta do mouse

- Seleciona o componente
Cláudio Ferreira 26/05/2019 121

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Botão direito do mouse e “click” na área


do desenho

- Seleciona grupo com a seta do mouse

- Seleciona o componente e “click” no


mesmo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 122

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Botão direito do mouse e “click” na área


do desenho

- Seleciona grupo com a seta do mouse

- Seleciona o componente e “click” no


mesmo

- Mais um “click” o componente é


inserido no sistema
Cláudio Ferreira 26/05/2019 123

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Dois “click” no componente


permite a inserção dos dados
Cláudio Ferreira 26/05/2019 124

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Digite o valor 0.1


Cláudio Ferreira 26/05/2019 125

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir o resistor (0,1 Ω), o indutor (1 mH) e o capacitor (40 µF):

- Repita todo procedimento para


o indutor e o capacitor
Cláudio Ferreira 26/05/2019 126

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir a chave existente no circuito:

- Dois “click” no componente


permite a inserção dos dados
Cláudio Ferreira 26/05/2019 127

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Inserir a fonte de excitação:

- Dois “click” no componente


permite a inserção dos dados
Cláudio Ferreira 26/05/2019 128

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Circuito resultante no ATPDraw:

0,1 ohm 1 mH

100 V
40 uF
F
Cláudio Ferreira 26/05/2019 129

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Deve ser dado nome aos nós, de modo a facilitar a análise e


identificação das curvas de saída
í dos resultados:

0,1 1,0 mH
BAR-01 BAR-02

BAR-03

100 V
40,0
, F
60 H
Hz

 Observe que o circuito só tem um nó (BAR


(BAR-02)
02) mas para o ATP
toda conexão de dois componentes é considerado um nó
Cláudio Ferreira 26/05/2019 130

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 No ATPDraw:

- Com o botão direito do mouse dar um “click” sobre o nó e


inserir o nome desejado
- No
N ddesenho
h o nó
ó muda
d da
d cor vermelha
lh para a cor preta
t
- Se não for dado nome a algum nó o ATPDraw escolhe de acordo
com uma sistemática interna do mesmo: XXYYYY

BAR-01 0,1 ohm 1 mH BAR-02

XX0010

100 V
40 uF
Cláudio Ferreira 26/05/2019 131

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 Deve ser solicitado as grandezas de saída para a tabela e/ou


gráfico
á

0,1 ohm 1 mH
BAR-01 BAR-02

BAR-03

100 V
40 uF
Cláudio Ferreira 26/05/2019 132

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 No ATPDraw tem-se:

- Selecionar na aba superior a opção ATP e


dar um “click” com o botão esquerdo

- Selecionar a opção
pç Setting
g e dar um
“click” com o botão esquerdo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 133

MONTAGEM DO ARQUIVO DE DADOS

 No ATPDraw tem-se:

- Escolher o passo de integração: delta T


- Escolher o tempo de smulação: Tmax
Cláudio Ferreira 26/05/2019 134

SIMULAÇÃO NO PROGRAMA ATPDraw E ATP

 Simular o circuito no ATP através do ATPDraw (primeira maneira):

- Dar um “click” em run ATP


- O ATPDraw cria o arquivo ATP e processa
em seguida este arquivo no programa
ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 135

SIMULAÇÃO NO PROGRAMA ATPDraw E ATP

 Simular o circuito no ATP através do ATPDraw (segunda maneira):

- Dar um “click” em Make File As ...


- O ATPDraw cria o arquivo ATP e o usuário
pode escolher o nome do arquivo
- Dar um “click” em run ATP (file) e
escolher o nome do arquivo a ser
processado
Cláudio Ferreira 26/05/2019 136

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Serão produzidos três arquivos de saída:

- arquivo com os resultados impressos:


• nome do
d arquivo
i de
d saída
íd fornecido
f id ou
• XXXX.LIS caso não seja fornecido

- arquivo para a visualização dos gráficos: XXXX.PL4

- arquivo com comentários gerais: XXXX.DBG

onde XXXX.YYY é o nome do arquivo de entrada com


os dados

Obs: ocorre diferença entre os arquivos impressos através do


programa ATPDraw e ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 137

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO TEXTO xxxx.LIS
Alternative Transients Program (ATP), GNU Linux or DOS. All rights reserved by Can/Am user group of Portland, Oregon, USA.
Date (
(dd-mth-yy)
yy) and time of day
y (
(hh.mm.ss)
) = 27-Nov-12 23:53:24 Name of disk pplot file is caso2-0a.pl4
p
Consult the 860-page ATP Rule Book of the Can/Am EMTP User Group in Portland, Oregon, USA. Source code date is 19 December 2003.
Total size of LABCOM tables = 9872109 INTEGER words. 31 VARDIM List Sizes follow: 6002 10K 192K 900 420K 1200 15K
120K 2250 3800 720 1200 72800 510 90K 800 90 254 120K 100K 3K 15K 192K 120 30K 160K 600 210K 1K 19 200
--------------------------------------------------+--------------------------------------------------------------------------------
Descriptive interpretation of input data cards. | Input data card images are shown below, all 80 columns, character by character
0 1 2 3 4 5 6 7 8
012345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
--------------------------------------------------+--------------------------------------------------------------------------------
Comment card. NUMDCD = 1. |C data:CASO2-0A.ATP
Marker card preceding new EMTP data case. |BEGIN NEW DATA CASE
Comment card. NUMDCD = 3. |C DADOS
FORNECIDOS
Comment card. NUMDCD = 4. |C --------------------------------------------------------
Comment card. NUMDCD = 5. |C CASO TEORICO PARA UTILIZACAO DO ATP
Comment card.
Comment card.
DADOS
NUMDCD = 6.
NUMDCD = 7. 1 2 3 4 5
PELO USUÁRIO
|C --------------------------------------------------------
|C 6 7 8
Comment card. INTERPRETADOS
NUMDCD = 8. |C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890

PELO PROGRAMA
Comment card. NUMDCD = 9. |C
Comment card. NUMDCD = 10. |C Miscellaneous Data Card ....
Comment card. NUMDCD = 11. |C dT >< Tmax >< Xopt >< Copt >
Misc. data. 1.000E-05 3.000E-02 0.000E+00 | 1.E-5 .03
Misc. data. 500 1 1 1 1 0 0 1 0 0 | 500 1 1 1 1 0 0 1 0
Comment card. NUMDCD = 14. |C 1 2 3 4 5 6 7 8
Comment card. NUMDCD = 15. |C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
Comment card. NUMDCD = 16. |C
Comment card. NUMDCD = 17. |C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< L >< C >
Comment card. NUMDCD = 18. |C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< A >< B ><Leng><><>0
Comment card
card. NUMDCD = 19
19. |C Equivalente
Series R-L-C. 1.000E-01 1.000E-03 0.000E+00 | BAR-01BAR-02 .1 1. 0
Comment card. NUMDCD = 21. |C capacitancia
Series R-L-C. 0.000E+00 0.000E+00 4.000E-05 | BAR-02 40. 3
Blank card ending branches. IBR, NTOT = 2 3 |BLANK CARD ENDING BRANCHES
Comment card. NUMDCD = 24. |C < n 1>< n 2>< Tclose ><Top/Tde >< Ie ><Vf/CLOP >< type >
Comment card. NUMDCD = 25. |C Chave
S it h
Switch. -1.00E+00
1 00E 00 00.00E+00
00E 00 00.00E+00
00E 00 00.00E+00
00E 00 | BAR
BAR-02
02 -1.
1 .000
000 3
Blank card ending switches. KSWTCH = 1. |BLANK CARD ENDING SWITCHES
Comment card. NUMDCD = 28. |C < n 1><>< Ampl. >< Freq. ><Phase/T0>< A1 >< T1 >< TSTART >< TSTOP >
Comment card. NUMDCD = 29. |C Fonte
Source. 1.00E+02 6.00E+01 0.00E+00 -1.00E+00 |14BAR-01 0 100. 60. -1. 1.
Blank card ends electric sources. KCONST = 1 |BLANK CARD ENDS ELECTRIC NETWORK SOURCES
Cláudio Ferreira 26/05/2019 138

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO TEXTO xxxx.LIS

List of input elements that are connected to each node. Only the physical connections of multi-phase lines are shown (capacitive
and inductive coupling are ignored). Repeated entries indicate parallel connections. Switches are included, although sources
(including rotating machinery) are omitted -- except that U.M. usage produces extra, internally-defined nodes "UMXXXX".
--------------+------------------------------
From bus name | Names of all adjacent busses.

TABELA DE CORRESPONDE A
--------------+------------------------------
BAR-01 |BAR-02*
BAR-02 |TERRA *TERRA *BAR-01*
TERRA |BAR-02*BAR-02*
CONEXÕES TOPOLOGIA DA REDE
--------------+------------------------------
Cláudio Ferreira 26/05/2019 139

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO TEXTO xxxx.LIS

Sinusoidal steady-state phasor solution, branch by branch. All flows are away from a bus, and the real part, magnitude, or "P"
is printed above the imaginary part, the angle, or "Q". The first solution frequency = 6.00000000E+01 Hertz.
Bus K Phasor node voltage Phasor branch current Power flow Power loss
Bus M Rectangular Polar Rectangular Polar P and Q P and Q

BAR-01 100. 100. 65.73658022587 256.39145895655 3286.8290112935 3286.8290112935


0.0 0.0 -247.8210690117 -75.1439487 12391.053450583 12391.0534506

BAR-02 0.0 0.0 -65.73658022587 256.39145895655 0.0


0.0 0.0 247.82106901165 104.8560513 0.0
Output for steady-state phasor switch currents.
Node K
Node-K
BAR-02
Node-M
Node M I-real
I real
6.57365802E+01
I-imag
I imag
-2.47821069E+02
I-magn
I magn
2.56391459E+02
Degrees
-75.1439
Power
0.00000000E+00
FLUXO DE
Reactive
0.00000000E+00
POTÊNCIA EM
Solution at nodes with known voltage. Nodes that are shorted together by switches are shown as a group of names, with the printed
result applying to the composite group. The entry "MVA" is SQRT( P**2 + Q**2 ) in units of power, while "P.F." is REGIME
the
associated power factor.
Node Source node voltage Injected source current
PERMANENTE
Injected source power
name Rectangular Polar Rectangular Polar P and Q MVA and P
P.F.
F

BAR-02
TERRA 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

BAR-01 100. 100. 65.73658022587 256.39145895655 3286.8290112935 12819.572947828


0.0 0.0 -247.8210690117 -75.1439487 12391.053450583 0.2563915
Cláudio Ferreira 26/05/2019 140

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO TEXTO xxxx.LIS

TABULAÇÃO
Ç DAS
GRANDEZAS
Comment card.
Comment card.
KOMPAR > 0.
KOMPAR > 0.
|C
|C CARTAO DE SAIDA PARA TENSOES DE NO *
SOLICITADAS DURANTE
Comment card. KOMPAR > 0. |C NODE1 O TRANSITÓRIO
Card of names for time-step loop output. | BAR-01
Blank card ending requests for output variables. |BLANK CARD ENDING REQUESTS FOR OUTPUT VARIABLES

Column headings for the 5 EMTP output variables follow. These are divided among the 5 possible classes as follows ....
First 3 output variables are electric-network voltage differences (upper voltage minus lower voltage);
Next 2 output variables are branch currents (flowing from the upper node to the lower node); GRANDEZAS
Step Time BAR-02 BAR-02 BAR-01 BAR-02 BAR-02
TERRA TERRA TERRA TERRA SOLICITADAS
*** Phasor I(0) = 6.5736580E+01
6 5736580E+01 Switch "BAR-02"
BAR 02 to " " closed in the steady-state
steady state.
0 0.0 0.0 0.0 100. 65.7365802 0.0
500 .005 0.0 0.0 -30.901699 215.378013 0.0
*** Open switch "BAR-02" to " " after 7.65000000E-03 sec.
1000 .01 -22.909586 -22.909586 -80.901699 0.0 13.505626
1500 .015 119.553817 119.553817 80.9016994 0.0 11.9042736 VALORES
2000 .02 54.7600704 54.7600704 30.9016994 0.0 7.89143582
2500 .025
025 -87.484504
87 484504 -87.484504
87 484504 -100.
100 0
0.0
0 7
7.71598049
71598049 TABELADOS
% % % % % % Final time step, PLTFIL dumps plot data to ".PL4" disk file.
Done dumping plot points to C-like disk file.
3000 .03 36.8433881 36.8433881 30.9016994 0.0 7.68808718
Cláudio Ferreira 26/05/2019 141

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO TEXTO xxxx.LIS

Extrema of output variables follow. Order and column positioning are the same as for the preceding time-step loop output.
Variable maxima : 162.886737 162.886737 100. 256.391255 18.7044855
Times of maxima : .01645 .01645 0.0 .00348 .00859
Variable minima : -194.80435 -194.80435 -100. 0.0 -19.366631
Times of minima : .00828 .00828 .025 .00765 .00796

TABULAÇÃO DOS VALORES


MÁXIMOS DAS GRANDEZAS
SOLICITADAS DURANTE O
TRANSITÓRIO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 142

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO TEXTO xxxx.LIS
Blank card terminating all plot cards. |BLANK CARD TERMINATING ALL PLOT CARDS

Memory
y storage
g figures
g for the p
preceding,
g, now-completed
p data case. ------------------------------- Present Program
g
A value of "-9999" indicates that no figure is available. 27-Nov-12 23:53:24 figure limit (name)
Size List 1. Number of electric network nodes. 3 6000 (LBUS)
Size List 2. Number of electric network branches. 2 10000 (LBRNCH)
Size List 3. Number of data values in R, L, C tables. 2 192000 (LDATA)
Size List 4. Number of electric network sources. 1 900 (LEXCT)
Size List 5. Storage for [Y] and triangularized [Y]. No. times = 2 Factors = 2 4 420000 (LYMAT)
Size List 6
6. Number of entries in switch table
table. No
No. flops = 2 1 1200 (LSWTCH)
Size List 7. Number of distinct ALPHANUMERIC data names plus program SPY variables. 3 15000 (LSIZE7)
Size List 8. History points of distributed lines. 0 120000 (LPAST)
Size List 9. Number of nonlinear elements. 0 2250 (LNONL)
Size List 10. Points of nonlinear characteristics. 0 3800 (LCHAR)
Size List 11. Number of Type-59 S.M. outputs.
Size List 12. Total number of EMTP output variables.
INFORMAÇÕES 0
5
720 (LSMOUT)
1200 (LSIZ12)
Size List 13. Working space for batch/SPY
/ plotting. ADICIONAIS COMO
ADICIONAIS, -9999 72800 (LSIZ13)
Size List 14. S.M./U.M. connections to TACS.
Size List 15. Character storage in bytes for MODELS. NÚMERO DE -9999
-9999
510 (LBSTAC)
90000 (LCTACS)
Size List 16. Total number of Type-59 S.M. masses.
Size List 17. Number of Type-59 Synchronous machines.
COMPONENTES, 0
0
800 (LIMASS)
90 (LSYN)
Size List 18. Branch and switch power/energy outputs. MEMÓRIA ALOCADA, 0 254 (MAXPE)
Size List 19. Total floating-point TACS table space.
Size List 20. Non-copied recursive convolution data. TEMPO DE 23
0
120000 (LTACST)
100000 (LFSEM)
Size List 21. Total modal/phase [T] matrix storage.
Size List 22. Total recursive convolution history.
SIMULAÇÃO, ETC 0
0
3000 (LFD)
15000 (LHIST)
Size List 23. Giant vectors for renumbering, phasors. 2 192000 (LSIZ23)
Size List 24. Peak phases of compensation for data. 0 120 (LCOMP)
Size List 25. Total table space for all U.M usage. -9999 30000 (LSPCUM)
Size List 26
26. Square of max number of coupled phases
phases. 0 160000 (LSIZ26)
Size List 28. MODELS. Total work space is divided into INTEGER and REAL. 1st, REAL: -9999 210000 (LRTACS)
Second and last, statistics for INTEGER work space. 0 0 (LITACS)
Size List 29. RAM disk used by "TAPSAV" table saving (limit is "LABCOM" size LTLABL). -9999 1000 (LSIZ29)
Size List 30. Taku Noda frequency-dependent circuits. 0 19 (LSIZ30)
Timing figures characterizing central processor (CP) solution speed. ---------------------------- CP sec Wait sec Real sec
Data input time (through blank card ending branches) .... 0.000 0.000 0.000
N d renumbering
Node b i and
d phasor
h solution
l ti .... 0.000
0 000 0
0.000
000 0
0.000
000
After phasor solution, but before time-step loop .... 0.000 0.000 0.000
Integration of equations (time-step loop) .... 0.000 0.000 0.000
Plotting or STATISTICS termination overlays .... 0.000 0.000 0.000
---------------------------
Totals 0.000 0.000 0.000
Cláudio Ferreira 26/05/2019 143

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO GRÁFICO xxxx.PL4

 Vários programas gráficos “abrem” o arquivo


xxxx.PL4 e cada um tem características particulares
de apresentação dos resultados

 O programa gráfico PLOTXY é o mais utilizado e pode


ser acessado diretamente no diretório que se
encontra disponibilizado ou através do programa
ATPDraw
Cláudio Ferreira 26/05/2019 144

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIVO GRÁFICO xxxx.PL4

 Acesso do Plotxy
y através do ATPDraw:

- Dar um “click” em PlotXY


- O ATPDraw processa o programa PlotXY
com o arquivo gráfico correspondente ao
último caso processado
Cláudio Ferreira 26/05/2019 145

ANÁLISE DOS RESULTADOS


ARQUIV GRÁFICO xxxx.PL4
Cláudio Ferreira 26/05/2019 146

ANÁLISE DOS RESULTADOS


Cláudio Ferreira 26/05/2019 147

ANÁLISE DOS RESULTADOS


Cláudio Ferreira 26/05/2019 148

ANÁLISE DOS RESULTADOS

corrente na chave
300

200 [A]

250

[V]
200
150
150

100 100

50

50 0
0 5 10 15 20 25 [m s] 30
(f ile BASE. pl4; x -v ar t ) c : BAR -02-

-50
20
[ A]
15

-100
10

-150 0

-5
5

-200 -10

0 5 10 15 20 25 [m s ] 30 -15

(f ile BASE.pl4; x -v ar t) v :BAR -02- -20


0 5 10 15 20 25 [m s ] 30
(f ile BASE.pl4; x -v ar t ) c : BAR -02-

tensão no capacitor corrente no capacitor


Cláudio Ferreira 26/05/2019 149

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Regime permanente (após a abertura da chave):


VR VL

0,1 j 0,377

VF -j 66,313 VC

20
[A]
15

10

corrente 5

no 0

capacitor: -5

i2 -10
10

-15

-20
0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 [s] 0.20
(f ile Caso2-0b.pl4; x-v ar t) c:BAR-02-
1,5163 A
Cláudio Ferreira 26/05/2019 150

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Regime permanente (após a abertura da chave):


VR VL

0,1 j 0,377

VF -j 66,313 VC

26
[V]
22

18

tensão 14
no
10
resistor:
VR
6

-2
0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 [s] 0.20
(f ile Caso2-0b.pl4; x-v ar t) v :BAR-01-BAR-03
0,15163 V
Cláudio Ferreira 26/05/2019 151

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Regime permanente (após a abertura da chave):


VR VL

0,1 j 0,377

VF -j 66,313 VC

100
[V]
75

50

tensão 25

no 0

indutor: -25

VL -50
50

-75

-100
0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 [s] 0.20
(f ile Caso2-0b.pl4; x-v ar t) v :BAR-03-BAR-02
0,58071 V
Cláudio Ferreira 26/05/2019 152

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Regime permanente (após a abertura da chave):


VR VL

0,1 j 0,377

VF -j 66,313 VC

200
[V]
150

100

tensão 50

no 0

capacitor: -50

VC -100
100

-150

-200
0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 [s] 0.20
(f ile Caso2-0b.pl4; x-v ar t) v :BAR-02-
100,55 V
Cláudio Ferreira 26/05/2019 153

ANÁLISE DOS RESULTADOS

 Quando aparecer a seguinte mensagem ao se processar o Plotxy:

É porque ocorreu erro no processamento do arquivo ATP


Cláudio Ferreira 26/05/2019 154

ANÁLISE DOS RESULTADOS

 Observar no arquivo de saida, extensão .LIS, informações a respeito


do erro:
Comment card. NUMDCD = 8. |C dT >< Tmax >< Xopt >< Copt >
Misc. data. 1.000E-06 2.000E-01 0.000E+00 | 1.E-6 .2
Misc. data. 500 1 1 1 1 0 0 1 0 0 | 500 1 1 1 1 0 0 1 0
Comment card
card. NUMDCD = 11
11. |C 1 2 3 4 5 6 7 8
Comment card. NUMDCD = 12. |C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
Comment card. NUMDCD = 13. |C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< L >< C >
Comment card. NUMDCD = 14. |C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< A >< B ><Leng><><>0
Series R-L-C. 0.000E+00 0.000E+00 0.000E+00 | BAR-01BAR-03 2

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/
ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
You lose, fella. The EMTP logic has detected an error condition, and is now going to terminate program execution. The following
message summarizes the circumstances leading to this situation. Where an otherwise-unidentified data card is referred to, or where
the "last" card is mentioned, it is the most recently read card of the input data that is meant. The 80-column image of this card
is g
generally
y the last one p
printed out p
prior to this termination message.
g But p
possibly
y this last-read card has not y
yet been
displayed, so a copy follows:
" BAR-01BAR-03 2"
KILL code number Overlay number Nearby statement number
4 3 8383
KILL = 4. The last card is a series R-L-C branch having zero impedance. In fact, all three data fields (for R, L, and C) in
columns 27-44 were left blank or keyed with zeros. If the user really wants a short circuit, he should punch a very small value for
R and L
L. Or
Or, a permanently closed switch (e
(e.g.,
g a MEASURING switch) could be used
used, and this would in fact be better conditioned
numerically. Best of all numerically would be the combination of the two nodes into one, which would be a perfect short circuit.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/
ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/ERROR/
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

NO CASO O ERRO FOI UM RAMO COM IMPEDÂNCIA NULA


Cláudio Ferreira 26/05/2019 155

DICAS, SUGESTÕES, …

AS DICAS E SUGESTÕES A SEGUIR PODEM NÃO SER


SIGNIFICATIVAS AO SE UTILIZAR O PROGRAMA
GRÁFICO ATPD
ATPDraw (PROGRAMA PARA MONTAGEM
DE ARQUIVOS PARA O ATP), POR SEREM
INERENTES AO MESMO, MAS SEU CONHECIMENTO
FACILITA A LOCALIZAÇÃO
à DE ERROS E A
UTILIZAÇÃO DO PRÓPRIO ATP

OUTRAS DICAS E SUGESTÕES SERÃO


DISCUTIDAS NOS EXERCÍCIOS A SEREM
DESENVOLVIDOS NOS PRÓXIMOS ÍTENS POR
SEREM MAIS ESPECÍFICAS
Cláudio Ferreira 26/05/2019 156

DICAS, SUGESTÕES, …

 Uma solução de regime permanente é realizada antes


da simulação transitória para definir as condições
iniciais
Observação: quando se deseja que algum elemento já esteja
operando em regime permanente o tempo correspondente ao
seu “start” deve ser negativo. Caso entre com o valor zero, ele
será colocado em operação no início do transitório

 Os dados de entrada p
para cada modelo de elemento são
fornecidos em campos apropriados e definidos de
acordo com a precisão disponível
Observação: os dados podem ser fornecidos em formato livre,
livre
separados por vírgulas, segundo regras especiais
Cláudio Ferreira 26/05/2019 157

DICAS, SUGESTÕES, …

 Em muitos modelos existe a opção de nós de


referência, que são úteis quando os dados de um
elemento são idênticos aos dados de outro já
ingressado Neste caso basta indicar nas colunas
ingressado.
correspondentes (geralmente indicadas no manual
como BUS-3 e BUS-4) o par de nomes do elemento no
qual contém os dados a copiar
Cuidado: se existe dois elementos em paralelo (com mesmo
nome dos nós terminais) com dados distintos, ao se fazer a
referência
f ê i a um deles
d l em outra instrução,
i ã o ATP não ã
distingue e irá copiar os dados do primeiro elemento que
encontrar. Uma saída é inverter os nomes dos nós terminais
dos elementos em pa paralelo,
alelo que
q e não alte
altera
a a topologia,
topologia e
possibilita o ATP reconhecer o elemento
Cláudio Ferreira 26/05/2019 158

DICAS, SUGESTÕES, …

 A relação entre o tempo de trânsito em uma linha de


transmissão () e o passo de tempo para integração
numérica (DELTAT) deve ter um valor razoável, que
depende do sistema em particular,
particular mas em geral entre
10 e 10000. Valores menores que 1 não são permitidos
Observações:
- Se  < DELTAT, ou seja, relação menor que 1, a linha pode
ser representada por parâmetros RLC concentrados
- Se  >> DELTAT,, ou seja,
j , relação
ç muito g
grande,, p
pode não
ser necessário representar a linha com parâmetros
distribuídos, visto que o 2 pode ser maior que o tempo de
simulação, podendo representar a linha por uma
resistência concentrada de valor igual a sua impedância
característica
- É conveniente q que a relação
ç /DELTAT sejaj um número
inteiro
Cláudio Ferreira 26/05/2019 159

DICAS, SUGESTÕES, …

 Ao se modelar um transformador trifásico com um dos


seus enrolamentos em triângulo e em vazio, resultará
em uma indefinição matemática da tensão nos nós
deste enrolamento que estão isolados da terra.
terra O ATP
imprimirá uma advertência de que o subsistema está
desconectado (“disconnected subnetwork”) e
conectará um dos nós a terra
Observações:
- Se não interessa os valores das g
grandezas do enrolamento
aberto, não é necessário nenhum procedimento
- Para preservar o balanço entre as fases do enrolamento
em triângulo pode
pode-se
se colocar no mesmo capacitâncias
parasitas. Um valor normalmente usado é de 3 F, ou seja,
1,13 mho. Tambem é utilzado um resistor de 1 MΩ
Exemplo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 160

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO SUBSISTEMA DESCONECTADO

Seja energizar o transformador de três enrolamentos:

TRANSFORMADOR

EQUIVALENTE

CARGA

Circuito para o ATP:


SUBE TRANSFORMADOR
EQUI

EQUIVALENTE
PRIM SECU

TERC
Cláudio Ferreira 26/05/2019 161

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO SUBSISTEMA DESCONECTADO

Resultados:
+++/// Caution. Disconnected subnetwork. During the Y-matrix elimination for phasor voltages, a near-zero diagonal element
for node "TERC-B" exists just prior to reciprocation. Statistics follow: Original ABS(Ykk) = 9.90853262E+00,
questionable value = 1.77782485E-15, tolerance ratio TOLMAT = 1.00000000E-08 . The node in question might be
connected to other nodes, forming a subnetwork, but that subnetwork has no, or only very weak, paths to ground or
to any other known voltage node of the steady-state network. The solution voltages for this isolated subnetwork
will now be set to zero, as the solution continues.

mensagem no arquivo de saída

tensão na fase A do tensão na fase A do tensão nas fases B


secundário terciário e C do terciário
SECU-A TERC-A TERC-B e TERC-C
250.0 70 25.00

[V] [V]
*10 -36
187.5 18.75

40
125.0 12 50
12.50

62.5 6.25
10

0.0 0.00

-20 -6.25
-62.5

-125.0 -12.50
-50

-187.5 -18.75

-250.0 -80 -25.00


0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10
[s] [s]
(f ile BASE-1A.pl4; x-v ar t) v :SECU-A (f ile BASE-1A.pl4; x-v ar t) v :TERC-A (f ile BASE-1A.pl4; x-v ar t) v :TERC-B v :TERC-C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 162

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO SUBSISTEMA DESCONECTADO

Circuito para o EQUI


SUBE TRANSFORMADOR

ATP com a
solução para EQUIVALENTE
PRIM SECU
evitar o TERC
problema de 1,13 mho

subsistema
d
desconectado:
t d

tensão na fase A do tensão na fase A do tensão nas fases B


secundário terciário e C do terciário
SECU-A TERC-A TERC-B e TERC-C
250.0 15 15

[V] [V]
[V]
187.5
10 10

125.0

5 5
62.5

0.0 0 0

-62.5
-5 -5
5

-125.0

-10 -10
-187.5

-250.0 -15 -15


0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10
[s] [s]
(f ile BASE-1B.pl4; x-v ar t) v :SECU-A (f ile BASE-1B.pl4; x-v ar t) v :TERC-A (f ile BASE-1B.pl4; x-v ar t) v :TERC-B v :TERC-C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 163

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO SUBSISTEMA DESCONECTADO

Comparação dos resultados:


corrente na capacitância
parasita do terciário
250.0 0.20
[V] [mA]
187 5
187.5 0 15
0.15

tensão na fase 125.0 0.10

B do secundário 62.5
0.05

SECU-B 0.0
0.00

-62.5
-0.05

-125.0
125 0

vermelho - original
-0.10

-187.5

verde – com capacitor -250.0


-0.15

0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10 -0.20


BASE-1A.pl4: v :SECU-B 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10
BASE-1B.pl4: v :SECU-B (f ile BASE-1B.pl4; x-v ar t) c:TERC-A- c:TERC-B- c:TERC-C-

vermelho - original
tensão nas fases A, B e C do terciário: TERC-A, TERC-B e TERC-C verde – com capacitor

15 25.00 25.00
[V] [V]
[V]
18.75 18.75
10

12.50 12.50

5
6.25 6.25

0 0.00 0.00

-6.25 -6.25
-5
5

-12.50 -12.50

-10
-18.75 -18.75

-15 -25.00 -25.00


0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10
BASE-1A.pl4: v :TERC-A BASE-1A.pl4: v :TERC-B BASE-1A.pl4: v :TERC-C
BASE-1B.pl4: v :TERC-A BASE-1B.pl4: v :TERC-B BASE-1B.pl4: v :TERC-C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 164

DICAS, SUGESTÕES, …

 Quando houver a variação em degrau na corrente


através de um indutor ou na tensão através de um
capacitor a tensão nos terminais do indutor e a corrente
através do capacitor serão impulsos
Isto nos processos de integração numérica, devido ao
fato de trabalharem com valores discretos, causam
instabilidade ou oscilações
õ numéricas
é
As seguintes sugestões podem ser feitas para evitar
estes problemas:
- Adicionar elementos no circuito: por exemplo, modelar a
impedância do arco, incluir capacitância parasita, etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 165

DICAS, SUGESTÕES, …

 Quando houver a variação em degrau na corrente


através de um indutor ou na tensão através de um
capacitor a tensão nos terminais do indutor e a corrente
através do capacitor serão impulsos
Isto nos processos de integração numérica, devido ao
fato de trabalharem com valores discretos, causam
instabilidade ou oscilações
õ numéricas
é
As seguintes sugestões podem ser feitas para evitar
estes problemas:
- Introduzir um resistor de amortecimento no circuito:
• Colocar em paralelo com o indutor onde aparece oscilações
numéricas uma resistência fictícia de valor RL = 2L/DELTAT
• Colocar em série com o capacitor onde aparece oscilações
numéricas uma resistência fictícia de valor RC = 0,15DELTAT/2C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 166

DICAS, SUGESTÕES, …

 Quando houver a variação em degrau na corrente


através de um indutor ou na tensão através de um
capacitor a tensão nos terminais do indutor e a corrente
através do capacitor serão impulsos
Isto nos processos de integração numérica, devido ao
fato de trabalharem com valores discretos, causam
instabilidade ou oscilações
õ numéricas
é
As seguintes sugestões podem ser feitas para evitar
estes problemas:
- Utilizar circuitos amortecedores nas chaves (snubber): por
exemplo, muitos circuitos eletrônicos tem circuitos
passivos adicionados as chaves para limitar di/dt ou dv/dt
através do dispositivo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 167

DICAS, SUGESTÕES, …

 Quando houver a variação em degrau na corrente


através de um indutor ou na tensão através de um
capacitor a tensão nos terminais do indutor e a corrente
através do capacitor serão impulsos
Isto nos processos de integração numérica, devido ao
fato de trabalharem com valores discretos, causam
instabilidade ou oscilações
õ numéricas
é
As seguintes sugestões podem ser feitas para evitar
estes problemas:
- Reduzir o passo de integração (DELTAT): apesar de não
ser uma solução geral pode ajudar a reduzir as oscilações
numéricas dependendo da presença de resistências no
circuito, preferencialmente em paralelo com indutâncias e
em série com capacitâncias
Cláudio Ferreira 26/05/2019 168

DICAS, SUGESTÕES, …

 Quando houver a variação em degrau na corrente


através de um indutor ou na tensão através de um
capacitor a tensão nos terminais do indutor e a corrente
através do capacitor serão impulsos
Isto nos processos de integração numérica, devido ao
fato de trabalharem com valores discretos, causam
instabilidade ou oscilações
õ numéricas
é
As seguintes sugestões podem ser feitas para evitar
estes problemas:
- Utilizar a instrução AVERAGE OUPUT que remove ruídos
deste tipo, sem alterar o circuito e a solução matemática
do problema,
problema somente na impressão dos resultados,
resultados onde é
impresso um valor médio das variáveis
Cláudio Ferreira 26/05/2019 169

DICAS, SUGESTÕES, …

 Quando houver a variação em degrau na corrente


através de um indutor ou na tensão através de um
capacitor a tensão nos terminais do indutor e a corrente
através do capacitor serão impulsos
Isto nos processos de integração numérica, devido ao
fato de trabalharem com valores discretos, causam
instabilidade ou oscilações
õ numéricas
é
As seguintes sugestões podem ser feitas para evitar
estes problemas:
- Utilizar o CDA (Critical Damping Adjustement) proposto por
J.Lin e J.Marti no artigo: Implementation of the CDA
Procedure in the EMTP
EMTP, Trans
Trans. on Power System
System, 5
5,2,
2 394
394-
402, may 1990, que utiliza o método de Euler Regressivo e
a Integração Trapezoidal. Este método não está disponível
no ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 170

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

No circuito abaixo a chave fecha em t = 0 e abre logo


em seguida (quando a corrente passar por zero)

0,1 1,0 mH

100 V
40,0 F
60 Hz
Cláudio Ferreira 26/05/2019 171

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

Circuito para o ATP:

0,1 S 1,0 mH
BAR- 01 BAR- 02 BAR- 03

tclose = 0,0 s
topen = 0,0 s
100 V
40,0 µF
60 Hz
Cláudio Ferreira 26/05/2019 172

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO
Para entender o NUMÉRICA
que faz aparecer a
oscilação numérica,
Resultados:
. chave
seja na rede ao lado Zfonte
a abertura
b t da
d Resto do
circuito
chave.
corrente na chave fonte

20
[A]

16

12

tensão no nó 2 (BAR-02)
8

4
250.0
[V]
0
0 4 8 12 16 20
187.5
[ms]
(f ile BASE-2A.pl4; x-v ar t) c:BAR-02-BAR-03

125 0
125.0

tensão no capacitor (BAR-03) 62.5

0.0
200
[V]
-62.5
160

-125.0
120

-187.5
80

40
-250.0
0 Oscilação 4 8 12 16 [ms] 20

0
0 4 8 12 16 20
numérica
(f ile BASE-2A.pl4; x-v ar t) v :BAR-02

[ms]
(f ile BASE-2A.pl4; x-v ar t) v :BAR-03
Cláudio Ferreira 26/05/2019 173

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA
.
vL
chave
Zfonte
Resto do
– Seja a abertura da chave quando a corrente circuito
passar por zero (t0):
)
fonte

– Aplicando o método de Integração Trapezoidal


para obter a tensão VL no instante seguinte a
abertura
b d
da chave
h ( 0+∆t):
(t ∆ )
2L
VL (t0  t )   i (t0  t )  i (t0 )  VL (t0 )
t
t
i (t0  t )  i (t0 )  0 t0
 VL (t0  t )   Vmax
VL (t0 )   Vmax vL

– No instante posterior (t0+2∆t):


t0
2L t
VL (t0  2t )   i (t0  2t )  i (t0  t )  VL (t0  t )
t
i (t0  2t )  i (t0  t )  0
 VL (t0  2t )   Vmax
VL (t0  t )   Vmax
O que causa a
oscilação
ã numérica
é
– E assim suscessivamente, sempre alternando o é o passado
sinal: histórico da tensão
na indutância.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 174

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

– A utilização
ç de uma resistência (
(Rp) em p
paralelo com a indutância atenua as
oscilações conforme pode ser observado na expressão a seguir:
2L
Rp 
1 t
VL (t ) 
1 t
 i (t )  i (t  t )  V (t  t )
2L L 0
 Rp 
Rp 2L t

• Quando mais próximo de ∆t/2L for Rp menores serão as amplitudes e tempo de duração das
oscilações.

– O CDA troca o método de Integração Trapezoidal pelo método de Integração Back


Euler que não utiliza o passado histórico da tensão na indutância e com isso elimina
o termo que causa a oscilação numérica.
• Neste caso, para evitar alterações nas matrizes de rede do sistema o passo de integração ∆t
é dividido por 2.
• O método é aplicado por dois passos de integração (2.∆t/2) retornando ao método original.
• Nos resultados não é plotado a tensão na indutância no instante ∆t/2, onde aparece um
impulso, o que é esperado.

– A instrução AVERAGE OUTPUT calcula a média aritmética dos valores anteriores e


posteriores da grandeza em questão.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 175

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

Circuito para o ATP com uma das soluções para evitar


oscilações numéricas:

2L 2x00,001
001
R= = = 200
DELTAT 0,00001

0,1 1,0 mH
BAR- 01 BAR- 03

BAR- 0X BAR- 02
tclose = 0,0 s
100 V topen = 00,0
0s
40,0 F
60 Hz
Cláudio Ferreira 26/05/2019 176

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

Resultados:
corrente na chave
tensão no nó 2 (BAR-02)
20
[A]

16 200
[V]
12
150
8

100
4

0
0 4 8 12 16 20
50
[ms]
(f ile Base-2bx.pl4; x-v ar t) c:BAR-02-BAR-03

0
200
tensão no capacitor (BAR-03) -50
[V]
150

200 100
[V]
-100
160 0 4 50 8 12 16 [ms] 20
(f ile Base-2bx.pl4; x-v ar t) v :BAR-02
0
120

-50
80

-100
40 0.50 0.55 0.60 0.65 0.70 0.75 0.80 [ms] 0.85
Base-2bx.pl4: v :BAR-02
Base-2b.pl4: v :BAR-02

0
0 4 8 12 16 [ms] 20
vermelho - resistor de 200 ohms
(f ile Base-2bx.pl4; x-v ar t) v :BAR-03
verde - resistor 1800 ohms
Cláudio Ferreira 26/05/2019 177

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

Colocando
C l d a instrução
i t ã AVERAGE OUPUT no arquivo
i de
d
dados:

BEGIN NEW DATA CASE

AVERAGE OUTPUT
C ------------------------
C * CHAVEAMENTO DE CARGA *
C ------------------------
C
C 1 2 3 4 5 6 7 8
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
C
C DELTAT TMAX XOPT COPT EPSLIN TOLMAT TSTART
1.E-5 .02
C IOUT IPLOT IDOUBL KSSOUT MAXOUT IPUN MEMSAV ICAT NENERG IPRSUP
500 1 1 1 1 0 0 1 0
C
C Equivalente
.
.
.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 178

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

Resultados:
corrente na chave
tensão no nó 2 (BAR-02)
20
[A]

16 200

[V]
12

150
8

100
4

0
0 4 8 12 16 [ms] 20 50
(f ile BASE-2C.pl4; x-v ar t) c:BAR-02-BAR-03

tensão no capacitor (BAR-03)


-50

200
[V]
-100
160
0 4 8 12 16 [ms] 20
(f ile BASE-2C.pl4; x-v ar t) v :BAR-02
120

80

40

0
0 4 8 12 16 [ms] 20
(f ile BASE-2C.pl4; x-v ar t) v :BAR-03
Cláudio Ferreira 26/05/2019 179

DICAS, SUGESTÕES, …
EXEMPLO OSCILAÇÃO NUMÉRICA

Comparação: vermelho – original


verde / preto – com resistor 200 / 1800 ohms
azul – AVERAGE OUTPUT

tensão na chave tensão no nó 2 (BAR-02)


100
[V]
250.0
0
[V]
-100
187.5

-200
125.0

-300 62.5

-400 0.0
0 1 2 3 4 5 6 7 [ms] 8
Base-2a.pl4: v :BAR-02-BAR-03
base-2bx.pl4: v :BAR-02-BAR-03 -62.5
Base-2c.pl4: v :BAR-02-BAR-03

-125.0
125 0

-187.5

tensão no indutor -250.0


250.0
[V]
0 1
187.5 2 3 4 5 6 7 [ms] 8
120 Base 2a.pl4:
Base-2a pl4: v :BAR
:BAR-02
020
125
125.0
[V] base-2bx.pl4: v :BAR-02
62.5
80
Base-2c.pl4: v :BAR-02
0.0
40
-62.5
0 -125.0

-187.5
-40
-250.0
-80 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 [ms] 1.0
base-2a.pl4: v :BAR-02
base-2bx.pl4: v :BAR-02
-120
0 4 8 12 16 base-2c.pl4: v :BAR-02
[ms] 20
base-2a.pl4: v :BAR-0X-BAR-02 Base-2b.pl4: v :BAR-02
base-2bx.pl4: v :BAR-0X-BAR-02
base-2c.pl4: v :BAR-0X-BAR-02
Cláudio Ferreira 26/05/2019 180

Comparação:

400 300
[kV] [kV]

150
200

0 29,4 kHz
-150

-200
-300

-400 -450

-600
-600 17.0 17.5 18.0 18.5 19.0 [ms] 19.5
5 10 15 20 25 30 35 40 [ms] 45 (file teste-12-a.pl4; x-var t) v:LT-2C 0,53 ms
1,9 kHz
teste-12-a.pl4: v:LT-2C
teste-22-a.pl4: v:LT-2C 18,186 18,713

vermelho – original
verde – AVERAGE OUTPUT
Cláudio Ferreira 26/05/2019 181

DICAS, SUGESTÕES, …

 Com relação as chaves:


- Não se pode conectar chaves entre nós que as tensões são
conhecidas
- Com isso,
isso não se pode conectar chaves entre fontes de
tensão e fontes de tensão e a terra
- Se uma chave se conecta entre uma fonte de tensão e uma
fonte de corrente
corrente, então a fonte de corrente será ignorada
quando a chave estiver fechada
- Não pode ser constituído laço com chaves fechadas, neste
caso, deve-se
d colocar
l uma resistência
i tê i fictícia
fi tí i entre
t elas
l
- Caso se deseje que a chave esteja fechada em regime
permanente deve-se entrar com o tempo de fechamento da
chave
h negativo,
i ou seja,
j tclose < 0.0
00
- Caso se deseje que a chave não abra durante a simulação
basta entrar com o tempo de abertura maior que o de
simulação, ou seja, topen > TMAX
Cláudio Ferreira 26/05/2019 182

DICAS, SUGESTÕES, …

 Se o tempo de simulação,TMAX, for zero ou negativo, só


será realizado o cálculo do regime permanente

 A
As iinstruções
t õ que começam por “$” seguido
id de
d um
comando, tem a característica que podem ser colocadas
em qualquer lugar e ordem dentro do arquivo de dados e
tem a função de executar uma tarefa especial
Exemplo: $VINTAGE, $PUNCH, $INCLUDE, $UNITS, etc

 A instrução $VINTAGE, M, tem a finalidade de alterar o


formato de leitura de um determinado elemento,
aumentando a precisão dos parâmetros de entrada
Observação: M só pode ser 0 ou 1
Cláudio Ferreira 26/05/2019 183

DICAS, SUGESTÕES, …

 A instrução $PUNCH tem a finalidade de descarregar o


conteúdo correspondente aos parâmetros necessários à
modelagem de um determinado componente em um
arquivo a ser posteriormente utilizado na montagem do
arquivo,
caso completo
Exemplo: ao se processar o SATURATION com a opção
$PUNCH os dados
$PUNCH, d d d
da curva d
de saturação
t ã são
ã colocados
l d em
um arquivo

 A instrução $INCLUDE, tem a finalidade de acoplar ao


caso em estudo um determinado modelo, já criado
anteriormente
Cláudio Ferreira 26/05/2019 184

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …

É NECESSÁRIO
C SSÁ O UM CO
CONHECIMENTO
C O
GERAL DO TEMA A SER ANALISADO A
FIM DE DETERMINAR QUAL O MODELO
ADEQUADO DE CADA ELEMENTO PARA
UM ESTUDO EM PARTICULAR
Cláudio Ferreira 26/05/2019 185

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …

AS TENSÕES E CORRENTES SE
PROPAGAM AO LONGO DOS
CONDUTORES COM VELOCIDADE FINITA

OS COMPONENTES DEVEM SER


MODELADOS ATRAVÉS
É DE PARÂMETROS
Â
DISTRIBUÍDOS
OBSERVAÇÃO
QUANDO AS DIMENSÕES FÍSICAS DO COMPONENTE SÃO MENORES QUE O
COMPRIMENTO DE ONDA DAS FREQÜÊNCIAS
Ê ENVOLVIDAS NO
TRANSITÓRIO, O COMPONENTE PODE SER REPRESENTADA POR
PARÂMETROS CONCENTRADOS
Cláudio Ferreira 26/05/2019 186

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …

 A escolha do passo de tempo para integração numérica


(DELTAT) é bastante influenciada pelo fenômeno que
se está investigando:
- Si
Simulações
l õ envolvendo
l d altas
lt ffreqüências
üê i requerem
DELTAT pequenos (descargas atmosféricas  10 a 100 s)
- Fenomênos de baixa freqüência podem ser calculados com
DELTAT maiores
i (transitórios
( i ó i de
d manobra
b  25 a 100 s)
)

 DELTAT grandes podem acarretar a perda de partes


do fenômeno

 DELTAT muito pequenos podem acarretar um gasto


de tempo elevado na simulação e também grandes
arquivos de saida de resultados
Cláudio Ferreira 26/05/2019 187

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …


fmax  MÁXIMA
FREQÜÊNCIA
 DELTAT pode ser estimado pela expressão: ESPERADA NO
TRANSITÓRIO
1 1    TEMPO DE
D E L T AT  D E L T AT  e D E L T AT 
1 0 fm a x 2 fm a x 10 TRÂNSITO DA
LT DE MENOR
COMPRIMENTO
 Regra prática: DELTAT é suficientemente pequeno
se, ao dividí-lo
di idí l por 2,
2 os resultados
lt d permanecem
praticamente inalterados

 Observações:
- Em estudos a 60 Hz (T = 16,7 ms) sendo que somente
q
transitórios de baixa freqüência são observados,, DELTAT =
T/1000 = 16,7 µs é uma boa escolha
- Um dos DELTAT mais utilizados é de 1 µs
Cláudio Ferreira 26/05/2019 188

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …

 O tempo máximo de simulação (TMAX) também


depende do fenômeno que se está investigando, e em
algumas vezes dos próprios resultados obtidos
durante a realização dos estudos

 Tem-se normalmente p
para TMAX:
- Energização de linhas de transmissão  200 ms
- Estudos de descargas atmosféricas  20 s
Cláudio Ferreira 26/05/2019 189

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …

 A simulação de elementos individuais de uma rede


deve-se conseqüentemente corresponder à freqüência
do fenômeno transitório em particular

 O tamanho da rede a ser representada no estudo está


intimamente ligado com a freqüência do surto:
q anto mais rápido
quanto ápido o s
surto
to menor
meno o tamanho da rede
ede

 Classificação das faixas de freqüência pra modelagem


dos componentes do sistema:
Cláudio Ferreira 26/05/2019 190

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …

GRUPO I
OSCILAÇÕES DE BAIXA FREQÜÊNCIA
SOBRETENSÕES TEMPORÁRIAS
0 1 Hz - 3 kHz
0,1

GRUPO II
SURTOS DE FRENTE LENTA
SOBRETENSÕES DE CHAVEAMENTO
50 Hz - 20 kHz

GRUPO III
SURTOS DE FRENTE RÁPIDA
SOBRETENSÕES ATMOSFÉRICOS
10 kHz - 3 MHz

GRUPO IV
SURTOS DE FRENTE MUITO RÁPIDOS
SOBRETENSÕES DE RESTABELECIMENTO
100 kH
kHz - 50 MH
MHz

10-1 1 10 102 103 104 105 106 107 108 Hz


Cláudio Ferreira 26/05/2019 191

TENHA SEMPRE EM MENTE E NÃO ESQUEÇA …


Cláudio Ferreira 26/05/2019 192

APLICAÇÃO DO PROGRAMA ATPDraw

Cada participante deve resolver


(analiticamente e através do ATPDraw
para conferência) e entregar o

Exercício 2
Cláudio Ferreira 26/05/2019 193

Agora é com vocês


ê ...

t=0

20 kV 50 µ
µF 50 µ
µF

Obter a carga (q) e a energia armazenada (W) em cada um


dos capacitores após
ó o fechamento
f da chave.

Obs: utilize o ATPDraw e o ATP, com o capacitor já carregado


no instante inicial.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 194

Recordando:

a) Segunda Lei de Kirchhoff: a soma algébrica das tensões ao longo


de qualquer trajetória fechada é igual a zero

b) Tensão sobre o resistor: VR  R i

t2
c) Tensão sobre o capacitor: VC 1

C i dt
t1

d) Energia absorvida pelo elemento do circuito: dw  p d t  v i dt


t2

W  v (t ) i (t ) d t
t1
Cláudio Ferreira 26/05/2019 195

a) Antes do fechamento da chave – t < 0

q1a q2a
20 kV 50 µF 50 µF 0
W1a W2a

1 50  10 6  (20  103 )2
q a
1  C1V1  50  20  1 ( C ) W 1
a
 C1V1 
2
 10 ( kJ )
2 2
q2a  0 W2a  0

Carga armazenada no circuito: Energia armazenada no circuito:

q a  q1a  q2a  1 ( C ) W a  W1a  W2a  10 ( kJ )


Cláudio Ferreira 26/05/2019 196

b) Após o fechamento da chave – t > 0

q1d q2d
VF 50 µF 50 µF VF
W1d W2d

6 1 50  10 6 VF2
q d
1  C1VF  50  10 VF W 1
d
 C1VF 
2

2 2
q2d  C2VF  50  10 6 VF 1 50  106 VF2
W2d  C2VF 
2

2 2
Carga armazenada no circuito: Energia armazenada no circuito:

q d  q1d  q2d  100  10 6VF W d  W1d  W2d  50  106VF2


Cláudio Ferreira 26/05/2019 197

Conservação da carga:

q d  q a  1  100  106 VF  VF  10 (kV )

Carga
g armazenada em cada capacitor:
p

q1d  q2d  50  106 VF  0,5 (C )

Energia armazenada no circuito:

W d  50  10 6VF2  50  10 6 (104 )2  5 (kJ ) SHIT


Wa ≠ Wd  Não há conservação de energia HAPPENS WHEN
YOU IGNORE THE
ELECTRICAL
CONCEPTS
EXPLIQUE O QUE OCORRE
Cláudio Ferreira 26/05/2019 198

Observe que:

 Mesmo sem ocorrer dissipação


p ç de energia,
g , visto que
q não se têm elementos
resistivos no circuito, a energia não se conserva.

 ç
Devido à variação brusca de tensão que
q ocorre no segundo
g capacitor,
p , de 0
para V/2 (20 kV/2), ocorre uma corrente impulsiva no circuito.

 Esta corrente impulsiva coloca, instantaneamente, no segundo capacitor,


uma carga de 0,5 C e uma energia de 2,5 kJ em seu campo elétrico.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 199

Agora sejam os fatos:

 Como comentado a tensão nos terminais de uma capacitância


p e a corrente
que passa em uma indutância devem sempre permanecer finitas e com isso
a energia armazenada em qualquer elemento deve permanecer finita.

 Qualquer circuito que viola a afirmação acima para satisfazer as leis dos
elementos e de Kirchhoff é considerado insolúvel e na prática este circuito
seria um modelo extremamente infeliz para o dispositivo que se pretende
representar.

 A partir das Leis de Maxwell (teoria eletromagnética) pode-se analisar a


validade e limitação das leis de Kirchhoff no caso de correntes variáveis,
donde se chega a conclusão que as mesmas não são validas para as
situações onde o comprimento de onda da corrente de excitação for
comparável ao comprimento físico do circuito.

 Uma corrente impulsiva apresenta componentes de alta freqüência.


Cláudio Ferreira 26/05/2019 200

Agora sejam os fatos:

 Tem-se que:
q
c  f

onde, c é a velocidade de propagação, f a freqüência e λ o comprimento de


onda.

 Com isso aumentando a freqüência, diminui o comprimento de onda e se


este
t atingir
ti i as di
dimensões
õ d dos circuitos,
i it aT
Teoria
i ddos Ci
Circuitos
it d deixa
i d
de ser
adequado para a descrição dos fenômenos físicos envolvidos.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 201

Agora sejam os fatos:

 Vamos considerar no modelo do circuito uma resistência R q


qualquer
q e além
disso considerar de uma maneira geral os capacitores com capacitâncias C1 e
C2:
VR( t )
t=0
R

q0 i(t)
V C1 C2

 A corrente resulta em:


C1  C2
C C
q0  1 2 t q0  t C1 V  t V 
t
i (t )  e R
 e  e  e
R C1 R C1 R C1 R
Cláudio Ferreira 26/05/2019 202

Agora sejam os fatos:

 A energia
g dissipada
p no resistor será:

 

VR ( t ) i ( t ) d t   R  i ( t ) d t 
2
WR 
0 0
2

V  t  V2


2t
 R  e  d t   e 
dt 
0 R  R 0
V2  V2 
 
R 2


e  e 
0

R 2

V2 R V 2 C1 C2
 
R C1  C2 2 C1  C2
2
C1 C2
Observe que a energia dissipada independe de R.

Um resistor R de qualquer valor colocado no


modelo elimina o problema original.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 203

Agora sejam os fatos:

 Para os dados do exercício,, C1 = C2 = 50 μ


μF e V = 20 kV:

V 2 C1 C2 202 50  10 6  50  10 6
WR   6 6
 5 kJ
2 C1  C2 2 50  10  50  10

A energia dissipada é a energia que faltou no


cálculo inicial para fechar o balanço de energia.
Cláudio Ferreira
Cláudio Ferreira
Cláudio Ferreira 26/05/2019 206

PARTE 1

CONCEITOS BÁSICOS DE LINHAS DE


TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 207

UMA LINHA DE TRANSMISSÃO DE


ENERGIA É O ELEMENTO DO SISTEMA
ELÉTRICO CAPAZ DE CONDUZIR
ENERGIA ELÉTRICA DE UM PONTO A
OUTRO.

TRANSPORTAM A ENERGIA ELÉTRICA


COM TENSÕES ELEVADAS E BAIXA
FREQÜÊNCIA.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 208

LINHA AÉREA DE TRANSMISSÃO

A linha aérea de transmissão é formada por condutores


dependendo do nível de tensão
tensão, montados em apoios por
intermédio de peças isoladas que se designam por isoladores.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 209

CABO SUBTERRÂNEO OU SUBAQUÁTICO


DE TRANSMISSÃO

O cabo subterrâneo ou subaquático é constituído por


condutores isolados ao longo de todo o seu comprimento e
reunidos num invólucro comum convenientemente protegido.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 210

O termo LINHA DE TRANSMISSÃO, utilizado a partir deste ponto


nos desenvolvimentos a serem apresentados, corresponde tanto a
linhas aéreas de transmissão quanto a cabos subterrâneos ou
subaquáticos.

A análise dos fenômenos de propagação de ondas eletromagnéticas


em linhas de transmissão é de grande complexidade e dificuldade
devido a vários fatores
fatores, como característica do solo
solo, perfil do
terreno, configuração geométrica, efeito das estruturas, efeito
corona, etc., que nem sempre são conhecidos com precisão.

Por esta razão algumas hipóteses simplificadoras e que são factíveis


com o problema são adotadas, como consideração do solo plano e
h
homogêneo,
ê condutores
d t paralelos
l l entre
t si,i efeito
f it das
d estruturas
t t
desprezíveis, etc., que permitem uma análise suficiente para os
propósitos necessários.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 211

LINHA DE TRANSMISSÃO

A linha de transmissão básica é constituída de 2 condutores


retilíneos e paralelos sendo que as correntes fluem na direção do
comprimento da mesma.
I

V
I

V
Tensão e corrente 
funções genéricas no
tempo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 212

LINHA DE TRANSMISSÃO

Q
Quando as dimensões da rede são comparáveis
p ao comprimento
p de
onda dos sinais, é necessário considerar a variação destes ao longo
da rede.

A análise destas redes requer a utilização de elementos com


parâmetros
â distribuídos.
í

---
Cláudio Ferreira 26/05/2019 213

LINHA DE TRANSMISSÃO

Onde:

Resistência Indutância
(DEPENDE DO CABO) (DEPENDE DA GEOMETRIA)
R L

Estes parâmetros são


supostos distribuídos
C G uniformemente ao
longo de toda
extensão da linha de
Capacitância transmissão.
(DEPENDE DA GEOMETRIA)

Condutância
(REPRESENTA A CORRENTE DE FUGA NOS
ISOLADORES E NA ISOLAÇÃO DOS CABOS)

R resistência da linha de transmissão (Ohms/comprimento)


L indutância da linha de transmissão (Henry/comprimento)
( y/ p )
C capacitância da linha de transmissão (Farad/comprimento)
G condutância de dispersão da linha de transmissão (Siemens/comprimento)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 214

LINHA DE TRANSMISSÃO

Seja
j um trecho elementar da linha de transmissão:

I (x,t) I (x + ∆x,t)

V (x,t) V (x + ∆x,t)

I (x.t) R∆x L ∆x I (x + ∆x,t)

V (x,t) C ∆x G∆x V (x + ∆x,t)


Cláudio Ferreira 26/05/2019 215

LINHA DE TRANSMISSÃO

Aplicando
p a Lei de Kirchhoff das Tensões no circuito resulta:

 I ( x, t )
V ( x  x, t )  V ( x, t )  R x I ( x, t )  L x
t
V ( x  x, t )  V ( x, t )  I ( x, t )
  R I ( x, t )  L
x t

Aplicando a Lei de Kirchhoff das Correntes no circuito resulta:

 V ( x, t )
I ( x  x, t )  I ( x, t )  GxV ( x, t )  C x
t
I ( x  x, t )  I ( x, t )  V ( x, t )
  GV ( x, t )  C
x t
Cláudio Ferreira 26/05/2019 216

LINHA DE TRANSMISSÃO

Se ∆x  0:

V ( x, t )   
  R  L  I ( x, t ) (1)
x   t 

I ( x, t )   
  G  C  V ( x, t ) (2)
x  t 

Estas
E t equaçõesõ são
ã expressões
õ dad Lei
L i de
d Ohm,
Oh nos quais
i V e I são
ã
variáveis dependentes da distância x de um ponto da linha de
transmissão a um ponto de referência preestabelecido e de t, o
instante de tempo considerado.

Portanto deve-se procurar funções V(x,t) e I(x,t) capazes de


satisfazer as equações acima.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 217

LINHA DE TRANSMISSÃO

Derivando a pprimeira equação


q ç com relação
ç a x e a segunda
g com
relação a t e após algumas manipulações matemáticas resulta:

 2V ( x, t )   2 
  RG   RC  LG   LC 2  V ( x, t ) (3)
x 2  t t 

Derivando a primeira equação com relação a t e a segunda com


relação a x e após algumas manipulações matemáticas resulta:

 2I ( x, t )   2 
  RG   RC  LG   LC 2  I ( x, t ) (4)
x 2  t t 

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS GERAIS DA


LINHA DE TRANSMISSÃO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 218

LINHA DE TRANSMISSÃO

O fato de V(x,t) e I(x,t) obedecerem a mesma equação diferencial


não significa que elas sejam funções idênticas de x e t num
problema prático, pois as condições limites (condições de contorno)
não são,, em geral,
g , as mesmas para
p V e I.

A modelagem apresentada foi desenvolvida por Oliver Heaviside


que criou o modelo de linha de transmissão, e são baseadas nas
equações de Maxwell.

Elas recebem também o nome de EQUAÇÕES DAS ONDAS e


EQUAÇÕES
Õ DO TELEGRAFISTA.

De um modo geral, as ondas de tensão e corrente, ao deslocar na


li h d
linha de ttransmissão,
i ã iirão
ã sofrer
f distorção,
di t ã amortecimento
t i t e
defasagem através do tempo, dependendo dos valores de R, G, C e L.

A solução das equações (3) e (4) podem ser obtidas através de


métodos analíticos apenas em condições bem particulares.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 219

LINHA DE TRANSMISSÃO

Como já comentado, a solução das equações (3) e (4) são ondas de


tensão e corrente que são funções de duas variáveis, no caso (x, t).

V ( x, t ) I ( x, t )

Uma possível solução geral é a seguinte:

ek x h  t , x 

Fator de atenuação que Excitação imposta na linha de


ocorre devido a linha de transmissão, função do
transmissão apresentar tempo t e da distância x
perdas de energia
Cláudio Ferreira 26/05/2019 220

LINHA DE TRANSMISSÃO

Duas soluções possíveis para as equações (3) e (4) são do tipo:

 x  x
V ( x, t )  e  a x f  t   V ( x, t )  e  a x f  t  
 v  v

 x  x
I ( x, t )  e  a x g  t   I ( x, t )  e  a x g  t  
 v  v

no qual a e v são constantes a serem determinadas.

Substituindo V+(x,t), I+(x,t), V-(x,t) ou I-(x,t) nas equações (1) ou (2),


chega-se as seguintes relações:

1
a  RG R C  LG v 
LC
Solução da equação de
onda (solução dada por
D’Alembert ~ 1747)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 221

LINHA DE TRANSMISSÃO

A constante a é responsável pelo amortecimento ou atenuação


da onda que percorre a linha de transmissão e recebe o nome de
fator de atenuação, tendo como unidade neper/km.

Os módulos das tensões e correntes que percorrem a linha de


transmissão dependem
p deste fator.

O valor do fator de atenuação é diretamente relacionado com as


perdas de energia na linha de transmissão:

a  RG
Cláudio Ferreira 26/05/2019 222

LINHA DE TRANSMISSÃO

A constante v é a velocidade de propagação da onda na linha


de transmissão, e dado em unidade de comprimento/unidade de
tempo.

Apesar de
A d ser representada
t d como função
f ã da
d indutância
i d tâ i L e dad
capacitância C da linha de transmissão é função única e exclusiva
das propriedades magnéticas e elétricas do meio dielétrico que a
linha de transmissão
ã se encontra, podendo-se demonstrar:

1 1
v  
LC meio  meio

onde εmeio e μmeio são a p


permissividade elétrica e a p
permeabilidade
magnética do meio dielétrico respectivamente.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 223

LINHA DE TRANSMISSÃO

A velocidade de propagação corresponde a velocidade da luz no


meio dielétrico (cmeio) que se encontra a linha de transmissão:
c
v  cmeio 
R R

onde c é a velocidade da luz no vácuo,, εR e μR são a p


permissividade e
a permeabilidade relativa do meio dielétrico respectivamente.

Nos cabos ((subterrâneos e subaquáticos)


q ) a velocidade v é bem
menor que nas linhas aéreas.

Nas linhas de transmissão reais em qque o fluxo interno nos


condutores não são desprezíveis a velocidade v também é um pouco
menor.

As perdas (R e G) também reduzem a velocidade v.


Cláudio Ferreira 26/05/2019 224

LINHA DE TRANSMISSÃO

Além disso a seguinte relação deve ser satisfeita:

C L Linha sem
R C  LG  
G R distorção

Obs: caso não seja satisfeita a relação as funções escolhidas para V e I não são
soluções para o problema.
Constante de tempo do circuito série da Sincronização entre carga
LT  armazenamento de energia LR  CG e descarga da energia
magnética na parte indutiva da LT elétrica no circuito
L
LR  LR  CG Distorção no sinal
R transmitido

R L

Constante de tempo do
C circuito paralelo da LT 
C G CG  armazenamento de
G energia eletrostática na
parte capacitiva da LT
Cláudio Ferreira 26/05/2019 225

LINHA DE TRANSMISSÃO
Foi usado a tensão,
pode-se usar a
Seja um instante t1 e uma posição x1: corrente

 x   x 
V ( x1, t1 )  e  a x1 f  t1  1  V ( x1, t1 )  e  a x1 f  t1  1 
 v   v 

Seja agora uma posição x2 no instante t2 > t1, tal que:

V ( x2 , t 2 )  e  a ( x2  x1 ) V ( x1, t1 ) V ( x2 , t 2 )  e  a ( x2  x1 ) V ( x1, t1 )

 x2   x1   x2   x1 
f  t2    f  t1   f  t2    f  t1  
 v   v   v   v 

x2  x1  v  t 2  t1  x1  x2  v  t 2  t1 
Cláudio Ferreira 26/05/2019 226

LINHA DE TRANSMISSÃO

e-ax e-ax

v
v

x1 x2 x2 x1

v (t2 - t1) v (t2 - t1)

 x  x
V ( x, t )  e  a x f  t   V ( x, t )  e  ax f  t  
 v  v
Representação matemática de uma Representação matemática de uma
onda de tensão amortecida no sentido onda de tensão amortecida no sentido
da propagação que se propaga no da propagação que se propaga no
sentido x > 0,, sem distorção
ç sentido x < 0,, sem distorção
ç
Cláudio Ferreira 26/05/2019 227

LINHA DE TRANSMISSÃO

Se V+((x,t)
, ) e V-((x,t)
, ) são soluções
ç de (3)
( ) e ((4)) então V+((x,t)
, ) + V-((x,t)
,)
também é uma solução (o mesmo é válido para as correntes):

V ( x, t )  V ( x, t )  V ( x, t )

I ( x, t )  I ( x, t )  I ( x, t )

ONDA ONDA
INCIDENTE REFLETIDA

V+(x,t) I+(x,t)

V-(x,t) I-(x,t)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 228

LINHA DE TRANSMISSÃO

Levando V(x,t)
( , ) e I(x,t)
( , ) em (1)
( ) ou ((2)) resulta:

V ( x, t ) L
  Z0
I ( x, t ) C

V ( x, t ) L
    Z0
I ( x, t ) C

o de Z0 é denominado
onde de o ado de impedância
pedâ c a natural
atu a da linha
a de
transmissão ou impedância de surto da linha de transmissão.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 229

LINHA DE TRANSMISSÃO

O nome impedância
p para
p Z0 é indevido,, mas amplamente
p utilizado,,
visto que o conceito de indutância somente se aplica para ondas
senoidais.

A expressão de Z0 apresentada só é válida para linhas de


transmissão sem perdas ou sem distorção.

Z0 independe do comprimento da linha de transmissão, sendo


dependente somente do meio onde se encontra a linha e de suas
di
dimensões
õ geométricas.
ét i
Cláudio Ferreira 26/05/2019 230

PARTE 2

ONDAS VIAJANTES EM LINHAS DE


TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 231

Na maioria das aplicações práticas as considerações das perdas


elétricas nas linhas de transmissão levam apenas a complexidade na
solução das equações diferenciais representativas dos fenômenos
agregados, sem trazer informações adicionais importantes nos
fenômenos de interesse em engenharia elétrica.

O modelo
d l da
d linha
li h dde ttransmissão
i ã com R = G = 0 é suficiente
fi i t para
as análises pretendidas.

V ( x, t )  I ( x, t )
 L (5)
x t

I ( x, t )  V ( x, t )
 C (6)
x t
Cláudio Ferreira 26/05/2019 232

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

Todos os conceitos vistos anteriormente continuam válidos:

V ( x, t )  V ( x, t )  V ( x, t )

I ( x, t )  I ( x, t )  I ( x, t )

ONDA ONDA
INCIDENTE REFLETIDA

V+(x,t) I+(x,t)

V-(x,t) I-(x,t)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 233

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

Todos os conceitos vistos anteriormente continuam válidos:

V ( x, t ) L
  Z0
I ( x, t ) C
1 1
v  
LC meio  meio
V ( x, t ) L
    Z0
I ( x, t ) C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 234

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

Com isso as expressões


p de V(x,t)
( , ) e I(x,t),
( , ), resultam:

V ( x, t )  V ( x, t )  V ( x, t )

V ( x, t ) V ( x, t )
I ( x, t )  
Z0 Z0

Pode-se então generalizar:

 x  x
V ( x, t )  f  t    f  t   ou:
 v  v

 x  x  x  x
f  t   f  t   V ( x, t )  Z0 g   t    Z0 g   t  
 v  v
I ( x, t )  
v
 
v
Z0 Z0  x  x
I ( x, t )  g   t    g   t  
 v  v
Cláudio Ferreira 26/05/2019 235

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

Multiplicando
p a expressão
p de I(x,t)
( ,)p por Z0 e somando com V(x,t)
( , ) termo a
termo resulta:

 x
V ( x, t )  Z0 I ( x, t )  2 f  t  
 v

Desta expressão,
p , pode-se
p observar q
que:
x
t MANTIDO CONSTANTE
Pode também
subtrair as
v expressões que
chega a conclusão
semelhante

V ( x, t )  Z0 I ( x, t ) TAMBÉM
É SE MANTÉM
É CONSTANTE

Para um observador que se desloca com velocidade v, o valor acima


permanece constante.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 236

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

Seja
j uma linha de transmissão sem p perdas,, de comprimento
p ℓ
(finito), conectando uma fonte de tensão qualquer a uma carga
resistiva qualquer (Rcarga).

Em um determinado instante é injetado na entrada da linha de


transmissão uma onda de tensão de amplitude V = V+.
V
Junto com a onda de tensão surge uma onda de corrente I+ =
Z0
I+

V+

FONTE CARGA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 237

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

1
A ondas
As d V+ e I+ irão
i ã se deslocar
d l em direção
di ã a carga com v =
LC

Este deslocamento ocorre sem amortecimento na amplitude das


ondas V+ e I+ visto na haver perdas (R = G = 0).

Ao chegar no final da linha de transmissão,


transmissão a tensão V+ e a corrente I+
serão aplicadas na carga resultando na tensão Vcarga e na corrente Icarga.

I+

V+

FONTE v CARGA Icarga


Vcarga
Cláudio Ferreira 26/05/2019 238

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)


I+
V
Condição
ç de contorno no
final da linha de Icarga
Rcarga
transmissão / carga

Relação das ondas ?


de tensão e corrente V  V  Z0 I V  Vc arg a  Rc arg a Ic arg a
no final da Linha de
Transmissão Lei de Ohm

I+

V+

FONTE CARGA Icarga


Vcarga
Cláudio Ferreira 26/05/2019 239

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

De modo a respeitar
p as condições
ç de contorno surgirão
g ondas
refletidas, de acordo com a teoria já vista, resultando:

V  V  V I  I  I

Tem-se ainda:

V  Rc arg a  I

Substituindo na primeira equação e usando das relações de V e I na


linha de transmissão tem-se:

V V 
Rc arg a   I  I   Rc arg a        V  V
 Z0 Z0 

Desta expressão
D ã pode-se
d obter
b V- (onda
( d refletida)
fl id ) em função
f ã de
d V+
(onda incidente) e de modo semelhante I- em função de I+.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 240

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

Rc arg a  Z0
V  V  K RV V
Rc arg a  Z0

Z0  Rc arg a
I  I  K RI I
Z0  Rc arg a

onde KRV e KRI recebem o nome de coeficiente de reflexão da


tensão e da corrente na respectivamente.

Pode-se observar que a onda refletida depende do valor da


resistência da carga.

Se Rcarga = Z0 na existe onda refletida  linha de transmissão


casada.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 241

LINHA DE TRANSMISSÃO SEM PERDAS (R = G = 0)

A tensão e corrente na carga


g são dadas p
por:

Rc arg a  Z0 2 Rc arg a
Vc arg a  V  V  V  V  V  KTV V
Rc arg a  Z0 Rc arg a  Z0

Z0  Rc arg a 2 Z0
Ic arg a  I  I  I  I  I  KTI I
Z0  Rc arg a Z0  Rc arg a

onde KTV e KTI recebem o nome de coeficiente de transmissão da


tensão e da corrente respectivamente.

Cabe observar que estes coeficientes se referem a carga e se


trocar Rcarga por Rgerador se obtêm os respectivos coeficientes
relativos a fonte.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 242

MÉTODO DE BERGERON OU DAS CARACTERÍSTICAS

O MÉTODO DAS CARACTERÍSTICAS também chamado de MÉTODO DE


BERGERON é baseado na solução de D’Alembert para ondas trafegantes.

Ele é utilizado para representar a linha de transmissão diretamente no domínio


do tempo.

Dommel utilizou este método combinado com o método numérico de


integração trapezoidal pra obter um algoritmo que fosse capza de simular
transitórios eletromagnéticos em redes cujos parâmetros são discretos ou
distribuidos.

Seja a linha de transmissão apresentada na figura abaixo, com tensão e


corrente em seus terminais (k) e (m).
ik im
x=0 LINHA DE TRANSMISSÃO X=

EMISSOR RECEPTOR
Z0

vk vm
Cláudio Ferreira 26/05/2019 243

MÉTODO DE BERGERON OU DAS CARACTERÍSTICAS

A tensão e corrente em qualquer ponto da linha de transmissão são dadas por:

v  v ( x, t ) i  i ( x, t )

A tensão e corrente nos terminais (k) e (m) da linha de transmissão são dadas por:

v k  v (0,
(0 t ) v m  v (, t )
i k  i (0, t ) i m  i (, t )

Como já visto a solução geral, em função do tempo, para a corrente e a tensão


na linha de transmissão são dadas por:

 x   x 
i ( x, t )  g1  x, t    g 2  x, t   (6) O termo x foi
acrescentado para
 v0   v0  facilitar a
compreensão
p da
 x   x  aplicação do
v ( x, t )  Z0 g1  x, t    Z0 g 2  x, t   (7) método.
 v0   v0 

onde g1 e g2 são funções que dependem das condições de contorno e v0 e Z0 já


foram definidos.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 244

MÉTODO DE BERGERON OU DAS CARACTERÍSTICAS

Se somente a resposta nos teminais (vk, ik, vm e im) são de interesse, pode-se
então aplicar o chamado método de Bergeron, desenvolvido a seguir.

Multiplicando (6) por Z0, somando com (7) e substituindo 2g1 por h1 para
simplificação, resulta:

 x
v ( x, t )  Z0 i ( x, t )  h1  0, t  
 v

C
Como já visto,
i t a expressão
ã acima
i se mantém
té constante
t t desde
d d que a função
f ã h1
seja mantida constante.

No terminal (k); convencionado como x = 0


0, e no instante t = 0,
0 tem
tem-se:
se:

v (0,0)  Z0 i (0,0)  h1 (0,0)


No terminal (m),
(m) a uma distância x = ℓ = v0τ, tem-se:

v (, )  Z0 i (, )  h1 (0,0) Por quê?

Em outras palavras, o valor de v(x,t) + Z0i(x,t) no ponto k e instante t – τ


reproduz-se integralmente no ponto m e instante t.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 245

MÉTODO DE BERGERON OU DAS CARACTERÍSTICAS

A afirmativa anterior pode ser visualizada na figura abaixo:


v(t – τ) + Z0 i(t – τ) V(τ) + Z0 i(τ)

vk LINHA DE TRANSMISSÃO vm
(k) Z0 (m)
ikm imk
Com isto pode-se relacionar a tensão e corrente entre os terminais (k) e (m)
com tempo de trânsito τ, resultando:
Observe o
sentido das
v k ( t  )  Z0 i km ( t  )  v m ( t )  Z0 i mk ( t ) (8) correntes na
    figura
ponto k ponto m

Repetindo o procedimento para uma onda que caminha do terminal (m) para o
terminal (k) têm-se:

v m ( t  )  Z0 i mk ( t  )  v k ( t )  Z0 i km ( t ) (9)
   
ponto m ponto k
Cláudio Ferreira 26/05/2019 246

MÉTODO DE BERGERON OU DAS CARACTERÍSTICAS

As expressões (8) e (9) podem ser rearranjadas, resultando:

vm ( t ) v ( t  ) v (t )
i mk ( t )   k  i km ( t  )  m  Im ( t   )
Z0 Z0 Z0
  
Im ( t   )

vk ( t ) v ( t  ) v (t )
i km ( t )   m  i mk ( t  )  k  Ik ( t   )
Z0 Z0 Z0
 
Ik ( t   )

As correntes Im(t - τ) e Ik(t - τ) correspondem a informações conhecidas no


passado (um τ) e que podem ser utilizadas no instante t.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 247

MÉTODO DE BERGERON OU DAS CARACTERÍSTICAS

A figura abaixo mostra o correspondente circuito equivalente que descreve a


linha de transmissão sem perdas.

(k) LINHA DE TRANSMISSÃO (m)

ikm(t) Z0 imk(t)

vk(t) Z0 Ik(t - ) Im(t - ) Z0 vm(t)

Topologicamente os terminais (k) e (m) não estão conectados e as condições


no outro terminal só é vista indiretamente e com um atraso τ através das
fontes de corrente equivalentes Ik e Im.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 248

DIAGRAMA DE TRELIÇAS OU DE LATTICE

O DIAGRAMA DE TRELIÇAS OU DE LATTICE foi proposto por Bewley em 1963 e


consiste em uma representação gráfica, adequada para o estudo de ondas
trafegantes e que facilita a manipulação das grandezas envolvidas.
envolvidas

O diagrama de treliças consiste em um diagrama espaço – tempo que facilita o


cálculo da forma das ondas incidentes, refletidas e refratadas (transmitidas)
em uma linha de transmissão, dando uma visão completa da história passada
de cada uma destas ondas.

O diagrama de treliças foi desenvolvido considerando a linha de transmissão


sem perdas, mas conhecendo-se também as funções de atenuação e distorção
das ondas trafegantes, seus efeitos também podem ser incluídos no mesmo.

Antes de apresentar o diagrama de treliças deve-se lembrar:


- As reflexões e refrações das ondas trafegantes nas linhas de transmissão são resultados de
descontinuidades no percurso da mesma.
- As descontinuidades podem sem causadas por mudança da característica da linha de transmissão,
de impedâncias nos seus terminais ou em ponto da mesma, curtos-circuitos ou abertura de
circuitos.
- Estas descontinuidades são representadas pelos coeficientes de reflexão e transmissão já
comentados e que obedecem as leis de Kirchhoff, satisfazem as equações diferenciais da linha de
transmissão, e estão de acordo com os princípios de conservação de energia.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 249

DIAGRAMA DE TRELIÇAS OU DE LATTICE

Seja uma linha de transmissão qualquer de comprimento  e impedância


de surto Z0.

(1) LINHA DE TRANSMISSÃO (2)

Z0

Suponha
p q
que a linha de transmissão seja
j excitada no terminal 1 p
por uma fonte
de tensão contínua VF com resistência interna R1 e que no terminal 2 exista
uma carga de resistência R2.

O coeficiente
fi i t d de reflexão
fl ã d de tensão
t ã nos tterminais
i i (1) e (2) são
ã dados
d d por:
R1  Z0 R2  Z0
1
K RV  KV 1  2
K RV  KV 2 
R1  Z0 R2  Z0
2 R1 2 R2
1
KTV  KT 1  2
KTV  KT 2 
R1  Z0 R2  Z0
Cláudio Ferreira 26/05/2019 250

DIAGRAMA DE TRELIÇAS OU DE LATTICE

No diagrama de treliças a distância entre os extremos da linha é representado


por uma linha horizontal e o tempo representado por duas linhas verticais.

(1) LINHA DE TRANSMISSÃO (2)

Z0
x 0 x x
t 0

t 

t  2

t t  3

Tem-se: t  4


v
t  5
v é velocidade
de propagação
da onda no
t  6
meio
Cláudio Ferreira 26/05/2019 251

DIAGRAMA DE TRELIÇAS OU DE LATTICE

Um surto de tensão de amplitude constante V começa a trafegar na linha em


direção a extemidade onde está a carga.

(1) LINHA DE TRANSMISSÃO (2)

Z0
A onda de tensão x x
x 0
em t = 0 no ponto
x = 0 é dada por:
t 0 Atingindo o ponto x = ℓ
V ocorre a descontinuidade
Z0 entre Z0 e R2, a onda
V  VF
R1  Z0 t trafegante é parcialmente
KV 2 V refletida para a linha e
parcialmente transmitida
t  2 para a carga.

Atingindo o KV 1 KV 2 V
ponto x = 0
ocorre a t  3
Todo processo se repete
descontinuidade KV 1 KV2 2 V
entre Z0 e R1, a
onda
d ttrafegante
f t t  4
é parcialmente KV21 KV2 2 V
refletida para a
linha e t  5
parcialmente
KV21 KV3 2 V
transmitida para
a fonte.
t  6
Cláudio Ferreira 26/05/2019 252

DIAGRAMA DE TRELIÇAS OU DE LATTICE

O valor da tensão no início e no fim da linha de transmissão pode ser obtido


somando a tensão que chega ao respectivo terminal com o valor da tensão anterior.

(1) LINHA DE TRANSMISSÃO (2)

Z0

x 0 x x O comportamento
da tensão nos
t 0
terminais x = 0 e
V 0 x = ℓ irão
depender da
t V relação entre Z0,
KV 2 V R1 e R2.
No presente caso
t  2 KT 2 V tem-se R1 > Z0 e
KV 1 KV 2 V R2 > Z0.
V 1 KT 1 KV 2 
t t  3
KV 1 KV2 2 V

t  4 KT 2 V 1 KV 1 KV 2 
KV21 KV2 2 V
V 1 KT 1 KV 2 
K Kt  K52
T1 V1 V2  KV21 KV3 2 V
KT 2 V  1 KV 1 KV 2 
t  6 KV21 KV2 2 
Cláudio Ferreira 26/05/2019 253

DIAGRAMA DE TRELIÇAS OU DE LATTICE

A tensão no início e no final da linha de transmissão são dadas pelas expressões


abaixo, quando o tempo t cresce em passos de 2  :
A cada t = 2 
Vx  0  V  KT 1KV 2V  KT 1KV 1KV2 2V  KT 1KV21KV3 2V   aumenta um
termo nas
Vx    KT 2V  KT 2 KV 1KV 2V  KT 2 KV21KV2 2V   expressões ao
lado.

Quando t  ∞ as tensões no início e no final da linha de transmissão resultam:

R2
Vx  0  Vx    VF
R1  R2

A partir das duas


expressões iniciais
demonstre a expressão
fi l?
final?
PERGUNTA DE PROVA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 254

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

Este método gráfico foi proposto por Bergeron, em 1937, na publicação, M. L.


Bergeron, “Propagation d'ondes le long des lignes electriques: Methode graphique”,
Bull Soc.
Bull. Soc Fr
Fr. Elec.,
Elec vol.
vol 7,
7 pp.
pp 979
979-1004
1004, sendo sua teoria baseada no método das
características.

Para ilustrar o método a análise a seguir será limitada ao caso mais simples, que
corresponde a uma linha de transmissão sem perdas alimentada por uma fonte de
corrente contínua suprindo uma carga puramente resistiva.

A extensão do método para linhas de transmissão com perdas e para cargas


indutivas/capacitivas, cargas não lineares e variantes no tempo é possível, embora
seja mais complexo.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 255

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

Seja uma fonte de tensão contínua com tensão interna VG e resistência R1


alimentando uma carga resistiva com resistência R2 através de uma linha de
transmissão sem perdas e impedância de surto Z0.
(1) LINHA DE TRANSMISSÃO (2)

Z0
R1
V1 V2 R2

VF

A equação característica do gerador (V1) e da carga (V2) são:

V1  VF  R1  I

V2  R2  I
Cláudio Ferreira 26/05/2019 256

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

As características do gerador e da carga podem ser colocadas em um diagrama


cartesiano V x I:
V

V2
P
V1

I
O ponto P, interseção das características do gerador e da carga, corresponde ao
ponto de operação (tensão e corrente) do circuito em regime permanente (t  ∞):

R2 VF
VP  VF IP 
R1  R2 R1  R2
Em regime permanente, o indutância e a capacitância da linha de transmissão resultam em um curto-circuito e
um circuito aberto, respectivamente e o ponto (1) = ponto (2) = ponto P.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 257

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

No instante t = 0 a fonte “enxerga” a linha de transmissão como uma impedância Z0:

VLT  Z0  ILT
A interseção da característica da LT com a característica da fonte resulta no ponto A.

V VA
A
V2
P
V1

I
A tensão e corrente no ponto A correspondem a tensão e corrente geradas em t = 0
e que irão “viajar” em direção a carga, com velocidade v:

Z0 VF VA 1
VA  VF IA   v 
R1  Z0 R1  Z0 Z0 LC
Cláudio Ferreira 26/05/2019 258

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

Seja agora a reta com declividade –Z0 que parte do ponto A que tem a seguinte
expressão:

V   Z0  I  2VA
V VA
A
O ponto B representa a
V2
P tensão e a corrente na
carga para t =  .
V1

A interseção desta reta com a característica da carga (V2) resulta no ponto B, com
tensão e corrente dados por:

2 R2
2R 2VA
2V
VB  VA  KTV
2
VA IB   KTI2 I A
R2  Z0 R2  Z0
Cláudio Ferreira 26/05/2019 259

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

Seja agora a reta com declividade Z0 que parte do ponto B que tem a seguinte
expressão:

V  Z0  I  2 K RV
2
VA
V VA
A
O ponto C representa a
C V2
P tensão e a corrente na
f t para t = 2 .
fonte
V1

I
A interseção desta reta com a característica da fonte (V1) resulta no ponto C, com
tensão e corrente dados por:


Vc  1  KTV
1
 K RV
2
VA IC  1 K 1
TI  K RV
2
IA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 260

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

Continuando com o mesmo procedimento pode-se determinar a evolução da tensão


e da corrente nos terminais da fonte e da carga, resultando no ponto P em regime
permanente.
permanente

V VA
A
C E V2
GP

V1
F
D
B

C
Compare os valores
l d
da ttensão
ã nos pontos
t A,A B,
B C,
C D,
D …, com os valores
l da
d tensão
t ã
no final da linha de transmissão obtidos pelo método de Lattice.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 261

MÉTODO GRÁFICO DE BERGERON

Sejam as seguintes situações:

Z0 > R L Z0 < R L
V2
V V

V2

V1 V1

I I

A onda de tensão caminha para A onda de tensão caminha para


a carga sempre aumentando a carga aumentando e
seu valor até atingir o regime diminuindo seu valor até atingir
permanente.
p g
o regime p
permanente.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 262

PARTE 3

ANÁLISE NO DOMÍNIO DA
FREQÜÊNCIA EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 263

Nas análises de sistemas elétricos é de interesse conhecer o seu


comportamento tanto a impulsos como tensões e correntes
senoidais visto ser este tipo de excitação utilizada comercialmente
senoidais,
nos sistemas elétricos.

Quando
Q d ondas
d periódicas
iódi são
ã aplicadas
li d em um sistema
i t elétrico
lét i
ocorrem transitórios (como já discutido), que amortece ao longo do
tempo, no entanto a excitação forçada permanece, sendo a resposta
em regime permanente.

Uma onda senoidal é uma onda periódica.

Com o decorrer do Restam


R t as tensões
t õ e
tempo os transitórios correntes de regime
são amortecidos e permanente
extintos. senoidal.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 264

A análise de sistemas elétricos lineares excitados por fontes de


tensão e corrente senoidais em regime permanente tem a vantagem
da utilização da técnica fasorial.
fasorial

Com isso o sistema de equações diferenciais de derivadas parciais é


t
transformado
f d em um sistema
i t de
d equações
õ algébricas
l éb i ordinárias,
di á i
sendo fáceis de serem resolvidas.

Considerando uma linha de transmissão excitada por corrente


alternada de freqüência constante, pode-se definir a tensão v e a
corrente i como funções senoidais do tempo

v  Vx sen (t )

i  I x sen (t  )

As grandezas
A d v e i são
ã representáveis
tá i pelos
l fasores
f V e I,
I
respectivamente, ficando sua dependência de x e t implícita.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 265

As equações gerais da linhas de transmissão (3) e (4) podem ser


escritas da seguinte forma:

d 2Vx  d d2  
  RG   RC  LG   LC 2  Vx (5)
dx 2  dt dt 
d 2 Ix  d d2  
  RG   RC  LG   LC 2  I x (6)
dx 2  dt dt 

Lembrando a definição:

d
 j
dt
Cláudio Ferreira 26/05/2019 266

As equações gerais da linhas de transmissão (5) e (6) podem ser


facilmente transformadas em:

d 2Vx
 R  j L   G  j C Vx  z y Vx (7)
dx 2
d 2 Ix
2
 R  j L   G  j C  Ix  z y Ix (8)
dx

As equações (7) e (8) são as equações gerais das linhas de


transmissão de corrente alternada senoidais em regime
permanente.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 267

    j    
zy R  j L G  j C 

avanço na fase
f

função de propagação amortecimento


ou constante de propagação

z R  j L
Zc   impedância característica
y G  j C

Do equacionamento se obtém os modelos de linha longa, média e


curta
t dda li
linha
h dde ttransmissão
i ã e ttambém
bé os modelos
d l PI e T.
T
Cláudio Ferreira 26/05/2019 268

PARTE 4

REPRESENTAÇÃO DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO DE ENERGIA PARA
ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS
ELETROMAGNÉTICOS
Cláudio Ferreira 26/05/2019 269

A modelagem e análise dos fenômenos envolvidos na propagação de ondas em


uma linha de transmissão é complexa devido ao grande número de hipóteses
que devem ser consideradas na obtenção dos parâmetros
parâmetros, R,
R L,
L C e G e dos
respectivos modelos, podendo-se citar:
 Solo e suas características
 Configuração geométrica da linha de transmissão
 Perfil do terreno
 Efeito corona
 Características magnéticas
q
 Influência da freqüência
 etc

Os modelos básicos para a representação de linhas de transmissão, em programas


para análise de transitórios, são os modelos a PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS e a
PARÂMETROS CONCENTRADOS

Estes modelos não consideram a dependência da frequência dos parâmetros


longitudinais (R e L) na análise de transitórios eletromagnéticos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 270

Portanto, quanto a natureza dos parâmetros das linhas de transmissão tem-se:

PARÂMETROS
OS PARÂMETROS
OS
DISTRIBUÍDOS CONCENTRADOS

R L
v i
  L  Ri
x t
C G C G
i v 2 2 2 2
  C  Gv
x t
Modelo PI
O modelo T não é normalmente
usado pois aumenta um nó na
rede

R resistência da linha de transmissão


L indutância da linha de transmissão
C capacitância da linha de transmissão
G condutância de dispersão da linha de transmissão
Cláudio Ferreira 26/05/2019 271

Portanto, quanto a natureza dos parâmetros das linhas de transmissão tem-se:

PARÂMETROS
OS PARÂMETROS
OS
DISTRIBUÍDOS CONCENTRADOS

 Caso se deseje a tensão no meio da  Modelo no domínio da freqüência (fasores).


(fasores)
linha de transmissão ou em outro ponto
 LTs curtas LTs médias LTs longas
qualquer deve-se dividir a mesma em
dois segmentos (com mesmo Z0 para (< 80 km) (80 km – 240 km) ( > 240 km)

evitar reflexões).
) R + jjωL R + jωL,1/jωC
j , j R + jjωL,1/jωC
, j
(+ correção
 O tempo de trânsito deve ser maior que
o passo de integração, sendo ideal entre hiperbólica)
10 e 1000 vezes e tendo uma relação  São inadequados para modelar transitórios,
inteira
inteira. mas podem
d ser usados
d para LTs
LT curtas
t ou
 Se R (total) > 0,1Z0 dividir a linha de para transitórios rápidos.
transmissão em segmentos.  Pode ser usado em situações onde o passo de
integração é maior que o tempo de trânsito.
 Em análises de transitórios, representar a
linha de transmissão por vários PIs.

E t modelos
Estes d l resultam
lt em respostas
t simplificadas,
i lifi d que podem
d ser usados
d em partes
t dod sistema
i t elétrico
lét i
afastadas da região onde se necessita maior detalhe
Cláudio Ferreira 26/05/2019 272

Resumindo:

PARÂMETROS
DISTRIBUÍDOS  CONSTANTES

 DEPENDENTES DA
FREQÜÊNCIA
Ê
LINHAS DE
TRANSMISSÃO
OU
 Regime
PARÂMETROS
CABOS CONCENTRADOS  CALCULADOS
permanente
 Si
Simulações
l õ
PARA UMA transitórias
FREQÜÊNCIA próximas das
calculadas os
p
parâmetros
Cláudio Ferreira 26/05/2019 273

Ao representar por parâmetros concentrados a quantidade de seções


necessárias depende do grau de distorção que pode ser admitido ao estudo a
ser realizado
se ea ado  mais
a s seções  menor
e o distorção.
d sto ção

Na prática, a determinação da quantidade de seções da linha de transmissão


depende da experiência do usuário é usual se adotar uma seção de linha a
cada 15 ou 30 km.

A representação por parâmetros distribuídos pode ser efetuada com ou sem


variação dos parâmetros com a freqüência.

A linha de transmissão modelada por parâmetros distribuídos e freqüência


constante podem ser do tipo “sem distorção” ou do tipo “com distorção”:
– Sem distorção  resistência desprezada e apenas L e C da linha representados.
– Com distorção  resistência da linha de transmissão é adicionada sendo 25% em cada
extremidade e 50% no meio.
Obs: alterar a impedância de surto para seu valor sem perdas acrescido de R/4.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 274

PARTE 5

MODELOS DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO NO PROGRAMA ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 275

No programa ATP existem vários modelos para linhas de transmissão e cabos


subterrâneos que podem ser utilizados nas simulações e análises de
transitórios eletromagnéticos

Os p
primeiros modelos usados no EMTP foram circuitos PI´s em cascata

Depois
p os modelos foram desenvolvidos levando em conta os fenômenos físicos
que ocorrem na transmissão em linhas de transmissão, como as ondas
viajantes (inicialmente em linhas monofásicas, sem perdas), depois as perdas
elétricas e a consideração de linhas de transmissão polifásicas

O fenômenos
Os f ô onde
d a dependência
d dê i dad frequência
f ê i não
ã poded ser ignorado
i d
levaram ao desenvolvimento de modelos com esta dependência
Cláudio Ferreira 26/05/2019 276

Os seguintes modelos estão disponíveis no programa ATP

Independentes da freqüência Dependentes da freqüência


- Bergeron - Marti
- PI - Noda
- Semylen

Para cada um destes modelos existem subrotinas disponíveis no ATP para


obtenção dos respectivos parâmetros numéricos

O arquivo de dados para utilização nestas subrotinas tem formato específico e


com regras para seu preenchimento

O arquivo de saída das subrotinas tem a denominação genérica xxxx.PCH para


inclusão no arquivo de dados do programa ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 277

Pode-se montar o arquivo de dados para utilização com as subrotinas de


obtenção dos parâmetros das seguintes maneiras:

- Montando diretamente o arquivo em formato texto ASCII


- Utilizando o programa auxiliar denominado LCC.EXE (diretório do
programa ATP)

- Diretamente no programa ATPDRAW através do


componente Lines/cables LCC
Cláudio Ferreira 26/05/2019 278

Pode-se incluir o arquivo de saída xxxx.PCH no programa ATPDraw


diretamente
Cláudio Ferreira 26/05/2019 279

Para a obtenção dos parâmetros normalmente as seguintes informações são


requisitadas:

- Tipo de empreendimento (linha aérea ou cabo)


- Configuração da torre (linha aérea)
- Configuração do sistema de cabos (único, múltiplo, enterrado, etc)
- Número de fases
- Tipos dos
d condutores
d ed
dimensões
õ
- Composição do feixe de subcondutores e dimensões
- Se a linha de transmissão é transposta ou não
- Resistividade do solo na região
- Freqüências
eqüê c as para
pa a as quais
qua s se deseja obter
ob e os parâmetros
pa â e os
- Quais parâmetros se deseja obter
Cláudio Ferreira 26/05/2019 280

SUBROTINA LINE CONSTANTS

No ATP existem duas subrotinas capazes de calcular os parâmetros das linhas


de transmissão sem correção com a freqüência, que são a LINE CONSTANTS e
a CABLE PARAMETERS (evolução da CABLE CONSTANTS):

- A LINE CONSTANTS calcula somente parâmetros de linhas de transmissão


- A CABLE PARAMETERS (A (Ametami)
t i) permite
it ttambém
bé o cálculo
ál l d dos modelos
d l d de
cabos aéreos e subterrâneos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 281

SUBROTINA LINE CONSTANTS

A subrotina LINE CONSTANTS utiliza a fórmula de Carson para a terra


homogênea, sendo que esta fórmula se baseia em condutores perfeitamente
h i
horizontais
t i acima
i d
do solo.
l C Como iisso não
ã ocorre, uma vez que o sistema
i t possuii
a forma de uma catenária, deve-se usar a altura média do condutor ao solo
dado por:

1 2
Vmedio  Vtorre  Vmeio vao

Vtorre
Vmeio vão 3 3

Vtorre Vmeio vão


Altura do Altura do condutor no meio
condutor na torre do vão,, sendo o ponto
p mais
baixo do condutor
Pode ser utilizado a altura
mínima do condutor ao
solo obtido de norma ABNT
NB 182
Cláudio Ferreira 26/05/2019 282

SUBROTINA LINE CONSTANTS

O efeito pelicular ou efeito skin e o fenômeno que ocorre devido a distribuição


não uniforme da densidade de corrente através do condutor em situações que o
mesmo é atravessado p por correntes alternadas,, sendo a densidade de corrente
maior na periferia do condutor. Este efeito acarreta aumento na resistência e
diminuição da reatância interna do condutor. Para se levar em conta este efeito
na rotina LINE CONSTANTS é usado o flag SKIN. Tem-se:

 Se SKIN = 0 o efeito skin não será incluído, neste caso deve-se utilizar a
resistência do cabo em corrente alternada
 Para condutores tubulares SKIN = T/D, onde:
Dcabo
T = espessura do condutor tubular
Daço
D = diâmetro externo do condutor

Dcabo  Daco
T  
2
D  Dcabo

 Para condutores sólidos SKIN = 0.5


 Quando SKIN ≠ 0 deve-se utilizar a resistência do cabo em corrente contínua
Cláudio Ferreira 26/05/2019 283

LCC.EXE – PROGRAMA AUXILIAR

‒ Constant Parameter – KCLee ou Clark, utilizado para calcular as matrizes de


resistências, indutâncias e capacitâncias, em componentes de fase ou
simétricas, de qualquer configuração de condutores aéreos, para qualquer
freqüência entre 0,0001 Hz e 500 kHz

‒ PI Circuits – utilizado para obtenção:

• pi-nominal
pi nominal para uma LT curta, para simulação de transitórios

• pi-equivalente para uma LT longa, para simulação em regime permanente

‒ J.Marti – utilizado para obtenção dos parâmetros da LT variando com a


freqüência
Cláudio Ferreira 26/05/2019 284

LCC.EXE – PROGRAMA AUXILIAR

‒ Single Frequency Output – utilizado para calcular as matrizes de impedância ou


susceptância/capacitância:

• para o conjunto total de cabos da LT, sem nenhuma redução, incluindo


todos os cabos físicos (fases e pára-raios)

• Para o conjunto de fases da LT, depois da eliminação do bundle e dos


pára-raios

• Em componentes simétricas,
é para o conjunto de fases
f da LT, depois da
eliminação do bundle e dos pára-raios

‒ Mutual Coupled Output – caso especial do single frequency output e utilizado


para calcular o acoplamento existente entre, por exemplo, o cabo pára-raios e
um cabo de comunicação

‒ Log. Frequency Output – utilizado para obtenção das resistências, indutâncias e


capacitâncias para uma faixa de freqüência pré-estabelecida, com valores
espaçados
d d de fforma logarítimica
l í
Cláudio Ferreira 26/05/2019 285

PROGRAMA ATPDraw – Line/Cables LCC

‒ Bergeron – parâmetros constantes, KCLee ou Clark, parâmetros distribuídos e


invariantes na freqüência

‒ PI – PI equivalente e nominal, linhas curtas, invariantes na freqüência

‒ JMarti – modelo dependente da freqüência, com matrizes de transformação


contantes

‒ Noda – modelo com parâmetros dependente da freqüência

‒ Semlyen
y – modelo com p
parâmetros dependente
p da freqüência
q
Cláudio Ferreira 26/05/2019 286

EXEMPLO

A figura abaixo mostra uma torre típica de uma linha de transmissão em 230 kV,
que apresenta os seguintes dados:

2.7 m 2.7 m
a) Cabos condutores: Bluejay, 1113 MCM, 45 x 7
b)) Cabos p
pára-raios: Partridge,
g , 267 MCM,, 26 x 7
2.5 m
c) Feixe simples
d) Linha transposta
6m
e) Resistividade do solo na região: 1000 ohms.m 2.9 m

6m
Pede se obter:
Pede-se
1.4 m
a) Parâmetros R, L e C da linha de 3m
transmissão
b) Matrizes de fase e de seqüência das
impedâncias e susceptâncias 24.5 m

c)) R
Repita
i os iitens a)) e b) considerando
id d a LT
não transposta
Cláudio Ferreira 26/05/2019 287

EXEMPLO

De um catálogo de cabos obtém-se:

- Cabo Bluejay: - Cabo Partridge:


rca = 0,06333
0 06333  /km rca = 0
0,05944
05944 /km
diâmetro = 3,1953 cm diâmetro = 1,5646 cm
RMG = 1,2680
, cm RMG = 0,6614
, cm
diâmetro alma de aço = 0.7990 cm diâmetro alma de aço = 0,6010 cm
rcc = 0,05269  /km rcc = 0,21988 /km
Cláudio Ferreira 26/05/2019 288

EXEMPLO

BEGIN NEW DATA CASE


LINE CONSTANTS
C
C ---------------------------------------------------------
C * PARAMETROS DE LINHA DE TRANSMISSAO *
C ---------------------------------------------------------
C CIRCUITO : DUPLO
C TORRE : TIPO S (SUSPENSAO)
C CABOS : BLUEJAY (1113 MCM - 45 x 7)
C PARA-RAIOS : PARTRIDGE (267 MCM - 26 x 7)
C COND/FASE : 1
C ---------------------------------------------------------
C
METRIC
C
C T/D resist. GMR(cm) diam(cm) l(m) hc(m) hcmv(m) dsc(cm)ang(gr) nsc
C *****
*****--------**--------********--------********--------********------
** ******** ******** ******** **
C
1 0.00 .06333 2 1.2680 3.1953 -3.60 24.50 7.30
2 0.00 .06333 2 1.2680 3.1953 -3.60 30.50 13.30
3 0.00 .06333 2 1.2680 3.1953 -3.60 36.50 19.30
1 0.00 .06333 2 1.2680 3.1953 3.60 24.50 7.30
2 0.00 .06333 2 1.2680 3.1953 3.60 30.50 13.30
3 0.00 .06333 2 1.2680 3.1953 3.60 36.50 19.30
0 0.00 .25944 2 0.6614 1.5646 -2.70 42.00 24.80
0 0.00 .25944 2 0.6614 1.5646 2.70 42.00 24.80
BLANK CARD TO TERMINATE CONDUCTORS
C iseg idec ipun
C rsolo freq fcar icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
C ******----------********** ------ ****** -******** ----*-***---***--
1000. 60. 1
BLANK CARD TO TERMINATE FREQUENCY CARDS
BLANK CARD TO TERMINATE LINE CONSTANTS
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK CARD TO TERMINATE ATP EXECUTION
Cláudio Ferreira 26/05/2019 289

EXEMPLO

1 2 3 4 5 6 7 8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 01 2 3 4 5 6 7 8 9 0

I M M
I U I I I
C O
D P P
IPIPR S U
T
RHO FREQ FCAR ICPR IZPR A DIST D
E E N U
P A
GA C T N
L L

RHO (F8.2)
(F8 2) - Resistividade homogênea do solo segundo ICPR ((6I1)) - Impressão de matrizes dos
Carson (ohm.m) ou (ohm.milha) parâmetros das capacitâncias – em
conjunto com ICAP
FREQ (F10.2) - Freqüência para o cálculo dos parâmetros
(Hz) 30 = C-1 ou (ωC)-1 33 = C ou ωC

FCAR (F10
(F10.6)
6) - Nú 31 = CE-11 ou (ωCE)-11 34 = CE ou ωCE
Número de
d termos
t na correção
ã de
d Carson
C
0 = sem correção “blank” = máxima correção 33 = CS -1 ou (ωCS )-1 35 = CS ou ωCS

DIST (F8.3) - Comprimento da LT sob análise em m ou IZPR (6I1) - Impressão de matrizes de


milhas impedâncias série ou suas inversas

ISEG (I1) - Cabos pára-raios contínuos = 0 ou 37 = Z 40 = Z-1


segmentados = 1 38 = ZE 41 = ZE-1
MUTUAL (I1) - Circuitos de comunicação em paralelo com a 39 = ZS 42 = ZS-1
LT ICAP ((I1)) - Impressão das matrizes de
IDEC (I3) - Número de décadas para cálculo dos capacitâncias = 1 ou susceptâncias
parâmetros (0 = freqüência constante) =0
IPNT (I3) - Número de pontos por década IPIPR (4I1) - Impressão de matrizes PI
IPUN (I3) equivalentes
q
- IImpressão
ã dos
d parâmetros
â t PI equivalentes
i l t =
44 54 = Y 56 = Z

MODAL (I2) 55 = YS 57 = ZS
- LT transposta = 0 ou “blank”, 1 = não
transposta
Cláudio Ferreira 26/05/2019 290

EXEMPLO

C iseg idec ipun


C rsolo freq fcar icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
C ******----------********** ------ ****** -******** ----*-***---***--
1000. 60. 1 11 11 1 1 0

Capacitance matrix, in units of [farads/kmeter ] for the system of equivalent phase conductors.
Rows and columns proceed in the same order as the sorted input. PARTE DO
1 1.454109E-08 ARQUIVO
2 -3.702827E-09 1.481872E-08 *.LIS
3 -1.507990E-09 -3.760655E-09 1.456010E-08
Capacitance matrix, in units of [farads/kmeter ] for symmetrical components of the equivalent phase conductor
Rows proceed in the sequence (0, 1, 2), (0, 1, 2), etc.; columns proceed in the sequence (0, 2, 1), (0, 2, 1), etc.
0 8.658987E-09
0.000000E+00
1 3.356437E-10 -8.196027E-10
LT
-5.589387E-10 -1.341846E-09
TRANSPOSTA
2 3.356437E-10
5.589387E-10
1.763046E-08 -8.196027E-10
1.372805E-25 1.341846E-09
Z00
Impedance matrix, in units of [ohms/kmeter ] for the system of equivalent phase conductors.
Rows and columns proceed in the same order as the sorted input.
1 8.019524E-02 Z10 Z12
4.902727E-01
2 4.996884E-02 8.336857E-02

3
2.334384E-01
5.220878E-02
4.598059E-01
5.439337E-02 8.943195E-02
Z20 Z22 Z21
1.696316E-01 1.934191E-01 4.087620E-01
Impedance matrix, in units of [ohms/kmeter ] for symmetrical components of the equivalent phase conductor
Rows proceed in the sequence (0, 1, 2), (0, 1, 2), etc.; columns proceed in the sequence (0, 2, 1), (0, 2, 1), etc.
0 1.887126E-01
8.506063E-01
1 -3.632441E-02 -2.196911E-02
1.897126E-02 1.370948E-02
2 2.998469E-02 3.214159E-02 2.223852E-02
2.376518E-02
2.376518E 02 2.541172E-01
2.541172E 01 1.279524E-02
1.279524E 02
Sequence Surge impedance Attenuation velocity Wavelength Resistance Reactance Susceptance
magnitude(ohm) angle(degr.) db/km km/sec km ohm/km ohm/km mho/km
Zero : 5.16633E+02 -6.25442E+00 1.59586E-03 2.24876E+05 3.74794E+03 1.88713E-01 8.50606E-01 3.26436E-06
Positive: 1.96310E+02 -3.60434E+00 7.12474E-04 2.89503E+05 4.82505E+03 3.21416E-02 2.54117E-01 6.64653E-06
Cláudio Ferreira 26/05/2019 291

EXEMPLO

C iseg idec ipun


C rsolo freq fcar icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
C ******----------********** ------ ****** -******** ----*-***---***--
1000. 60. 1 1 0 1

Matriz Transformação Modal (COL 71-72)


LT NÃO
TRANSPOSTA 0, -2, blank  parte real
MODAL = 1 (recomendado para simulação transitória)
-9  parte real e imaginária
(recomendado para cálculos de regime permanente)
-1  será definida pelo usuário

Modal parameters at frequency FREQ = 6


6.00000000E+01
00000000E+01 Hz
Mode Resistance Reactance Susceptance The surge impedance in units of [ohms] Lossless and actual Attenuation
ohms/km ohms/km s/km real imag lossless velocity in [km/sec] nepers/km
1 1.756032E-01 8.279378E-01 3.386486E-06 4.971943E+02 -5.214671E+01 4.944521E+02 2.251426E+05 2.239008E+05 1.765941E-04
2 3.696389E-02 2.780410E-01 5.956889E-06 2.165199E+02 -1.432948E+01 2.160452E+02 2.929321E+05 2.922899E+05 8.535910E-05
3 3.176995E-02 2.291973E-01 7.185678E-06 1.790220E+02 -1.234845E+01 1.785957E+02 2.937599E+05 2.930602E+05 8.873195E-05

Eigenvector matrix [Ti] for current transformation: I-phase = [Ti]*I-mode. First the real part, row by row:
7.630287071870840E-01-6.722291376118229E-01-3.123949942296870E-01
4.754124041082574E-01 1.825228009075534E-01 8.113684541218175E-01
4.379157887407280E-01 7.174910547836305E-01-4.940552592941461E-01
Finally, the imaginary part, row by row:
LT NÃO
0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00
0 000000000000000E+00 0
0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00
000000000000000E+00 0
0.000000000000000E+00
000000000000000E+00
TRANSPOSTA
0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00
PARTE DO
Z-surge in the phase domain. Resistance and the imaginary part of [Ti] are ignored. ARQUIVO
3.163977708918202E+02
1.170459991048106E+02 2.971554297011070E+02 *.LIS
8.739627519948093E+01 1.070205996266459E+02 2.878156131161960E+02
Cláudio Ferreira 26/05/2019 292

EXEMPLO

BEGIN NEW DATA CASE


. CIRCUITO PI NOMINAL
.
(EQUIVALENTE DE LINHA CURTA)
“LIMPAR” O METRIC
PODE SER USADO PARA
ARQUIVO
Q $ERASE
C FENÔMENOS TRANSITÓRIOS
NOME DAS C ------******------******------******
BARRAS BRANCH BAR-1ABAR-2ABAR-1BBAR-2BBAR-1CBAR-2C
C
.
.
C iseg idec ipun
C rsolo freq fcar icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
C ******----------********** ------ ****** -******** ----*-***---***--
PARÂMETROS
GRAVAR EM 1000. 60. 1 1 0 44
PI NOMINAL
ARQUIVO $PUNCH
BLANK CARD TO TERMINATE FREQUENCY CARDS IPUN = 44
*.PCH

C BLANK CARD TO TERMINATE CONDUCTORS


C C iseg idec ipun PARTE DO
USA C C rsolo
C C ******
freq fcar
******----------**********
icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
********** ------ ****** -********
******** ----*-***---***--
* *** *** ARQUIVO
PRECISÃO C 1000.
$VINTAGE, 1
60. 1 1 0 44
*.PCH
DUPLA $UNITS, 60., 60.
1BAR-1ABAR-2A 8.01952438E-02 4.90272745E-01 5.48186225E+00
2BAR-1BBAR-2B 4.99688420E-02 2.33438432E-01 -1.39593291E+00
8.33685701E-02 4.59805885E-01 5.58652395E+00
3BAR-1CBAR-2C 5.22087776E-02 1.69631567E-01 -5.68498749E-01
5.43933731E-02 1.93419138E-01 -1.41773348E+00
8.94319509E-02 4.08762019E-01 5.48902766E+00
$VINTAGE, -1,
$UNITS, -1., -1., { Restore values that existed b4 preceding $UNITS
=========< End of LUNIT7 punched cards as flushed by $PUNCH request >=======

A LINHA DE TRANSMISSÃO É
REPRESENTADA COMO NÃO R ωL ωC
TRANSPOSTA (Ω) (Ω) ICAP = 0 – (µmho)
ICAP = 1 – (µF)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 293

EXEMPLO

C iseg idec ipun


C rsolo freq fcar icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
C ******----------********** ------ ****** -******** ----*-***---***--
1000. 60. 1 1 10

PARÂMETROS
PI EQUIVALENTE
IPIPR

Long-line equivalent matrices for line length = 1.00000000E+00 kilometers follow.


The cascading of 2**0 equal section of length 1.00000000E+00 kilometers each was involved in this calculation.
Transfer impedance matrix, in units of [ohms] for symmetrical components of the equivalent phase conductor
Rows proceed in the sequence (0, 1, 2), (0, 1, 2), etc.; columns proceed in the sequence (0, 2, 1), (0, 2, 1), etc.
0 1.887126E-01
8.506063E-01 PARTE DO
1 -3.632441E-02 -2.196911E-02
1.897126E-02 1.370948E-02
ARQUIVO
2 2.998469E-02 3.214159E-02 2.223852E-02
*.LIS
2.376518E-02 2.541172E-01 1.279524E-02
Half of the shunt impedance matrix, in units of [ohms] for symmetrical components of the equivalent phase conductor
Rows proceed in the sequence (0, 1, 2), (0, 1, 2), etc.; columns proceed in the sequence (0, 2, 1), (0, 2, 1), etc.
The sum of the two equal shunt admittances at both terminals, or its inverse, printed to conform to the EMTP input format.
0 0.000000E+00
-3.079132E+05
1 8.932871E+03 1.122750E+04
5.434738E+03 -6.887163E+03
2 -8.932871E+03 -1.356545E-12 -1.122750E+04
5.434738E+03 -1.520159E+05 -6.887163E+03

CIRCUITO PI EQUIVALENTE
(EQUIVALENTE DE LINHA LONGA)
DESCREVE AS CONDIÇÕES DE REGIME PERMANENTE NOS
TERMINAIS DA LT
NÃO PODE SER USADO PARA FENÔMENOS TRANSITÓRIOS
NÃO GERA ARQUIVOS *.PCH
Cláudio Ferreira 26/05/2019 294

EXEMPLO

BEGIN NEW DATA CASE


.
.
“LIMPAR” O METRIC
ARQUIVO $ERASE LT NÃO
C
NOME DAS C ------******------******------****** TRANSPOSTA
BARRAS BRANCH BAR-1ABAR-2ABAR-1BBAR-2BBAR-1CBAR-2C CHAVE PARA
C
. LT NÃO
. TRANSPOSTA
C iseg idec ipun
C rsolo freq fcar icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
C ******----------********** ------ ****** -******** ----*-***---***--
GRAVAR EM 1000. 60. 1 1 0 1
ARQUIVO
Q $PUNCH
BLANK CARD TO TERMINATE FREQUENCY CARDS
*.PCH
Matriz Transformacão Modal (COL 71-72)

C BLANK CARD TO TERMINATE CONDUCTORS


C C iseg
g idec ipun
p PARTE DO
C C rsolo freq fcar icpr izpr icap dist ipip mutualipnt modal
C C ******----------********** ------ ****** -******** ----*-***---***-- ARQUIVO
USA MAIOR C 1000. 60. 1 1 0 1
C The transformation matrix was calculated at 6.00000000E+01 Hz. *.PCH
PRECISÃO $VINTAGE, 1
-1BAR-1ABAR-2A 1.75603E-01 4.94452E+02 2.25143E+05-1.00000E+00 1 3
-2BAR-1BBAR-2B 3.69639E-02 2.16045E+02 2.92932E+05-1.00000E+00 1 3
-3BAR-1CBAR-2C 3.17699E-02 1.78596E+02 2.93760E+05-1.00000E+00 1 3
$VINTAGE,
, 0
0.76302871 -0.67222914 -0.31239499
0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.47541240 0.18252280 0.81136845
0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.43791579 0.71749105 -0.49405526
0.00000000 0.00000000 0.00000000

R ZC v
MATRIX DE TRANSFORMAÇÃO MODAL (Ω) (Ω) (comp/s)
(SÓ TEM A PARTE REAL)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 295

PARTE 6

CÁLCULO E ANÁLISE DE
TRANSITÓRIOS
ELETROMAGNÉTICOS
É EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 296

Neste item serão feitas aplicações práticas envolvendo linhas


de transmissão no que se refere aos transitórios
eletromagnéticos
l t éti que ocorrem na mesma devido
d id as ondas
d
trafegantes que aparecem quando da ocorrência de uma
perturbação qualquer.

O enfoque destas aplicações é a consolidação das formulações


e técnicas descritas nos itens anteriores.

Cabe observar que na última parte deste curso serão discutidas


situações que envolvem a linha de transmissão dentro de um
contexto maior, ou seja, no Sistema Elétrico de Potência.

Em cada aplicação será feito um pequeno comentário a


respeito do problema, seguido de sua resolução e análise dos
resultados obtidos.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 297

Serão analisados os seguintes casos:

- Caso 1 – Análise
á de tensão no topo da torre (descargas indiretas)
– Diagrama de Lattice

- Caso 2 – Energização de linha de transmissão – Diagrama de


Bergeron

- Caso 3 – Ondas trafegantes quando da energização de linhas de


transmissão
i ã

- Caso 4 – Ondas trafegantes quando da energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais

- Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


Cláudio Ferreira 26/05/2019 298

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Comentários Gerais)

Conforme já comentado, a incidência de uma descargas atmosféricas em


uma linha de transmissão pode ser:
- Queda direta:
• descarga
g atmosférica atinge
g diretamente um dos cabos condutores ((falha de blindagem);
g );

• praticamente eliminados pelo dimensionamento adequado da localização dos cabos pára-


raios com relação aos cabos condutores;

• p
produzem as maiores sobretensões para
p uma dada corrente de raio.

- Queda indireta:
• descarga atmosférica atinge torres ou cabos pára-raios
pára raios  indução nos cabos condutores;

• efeitos praticamente impossíveis de serem eliminados;

• tratamento estatístico uma vez que envolve um grande número de variáveis aleatórias.

- Meio do vão:

• descarga atmosférica atinge o cabo pára-raios nessa região da linha;

• ocorrência do rompimento do isolamento ao longo do vão por indução dos cabos condutores.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 299

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Comentários Gerais)

Quando ocorre a incidência de uma descargas atmosféricas no topo da


torre de uma linhas de transmissão resulta:
Ocorre uma propagação de ondas trafegantes,
Iraio com transmissões e reflexões nos pontos onde
há uma mudança da impedância de surto do
sistema

VT VT
VT

ZT
VT  Iraio
2ZT
1
ZPR

 VT é modificada por reflexões na base da torre e por reflexões nas torres adjacentes;
 é induzido nos condutores de fase uma onda de tensão de mesma polaridade e k (fator de
acoplamento, dependente das capacitâncias dos cabos) vezes a tensão VT, o que acarreta nas
cadeias de isoladores um diferença de tensão (1 – k)VT;
 o valor da resistência de pé-de-torre influi significativamente no desenvolvimento de VT pois
sendo menor que ZT, o coeficiente de reflexão no pé da torre é negativo, causando uma
redução em VT em um pequeno intervalo de tempo (altura da torre).
Cláudio Ferreira 26/05/2019 300

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Comentários Gerais)

Modelo equivalente para obtenção da tensão no topo da torre:

Icorrente de raio

Z CR

Zpr Z pr

ZT ZT ZT

R R R

Quanto maior o tempo para a onda atingir o seu valor máximo, ou menores forem os
comprimentos dos vãos, maior será a quantidade de torres que se deve representar
Cláudio Ferreira 26/05/2019 301

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Comentários Gerais)

Como sabido, o conceito de onda refletida e transmitida ocorre quando


há uma mudança na impedância de surto do sistema:

Vi - onda de tensão incidente;


Vr  K r Vi Vr - onda de corrente incidente;
Ir   K r Ii Vr - onda de tensão refletida;
Ir - onda de corrente refletida;
Vt  K tv Vi
Vt - onda de tensão transmitida;
It   K ti Ii It - onda de corrente transmitida.

onde:

Z2  Z1
Kr 
Z1  Z2
2 Z2 Kr - coeficiente de reflexão;
K tv  Ktv - coeficiente de transmissão p
para a tensão;;
Z1  Z2
Kti - coeficiente de transmissão para a corrente;
2 Z1 Z1 - impedância de surto do lado da onda incidente;
K ti 
Z1  Z2 Z2 - impedância de surto do lado da onda transmitida.

K tv  1  K r
K ti  1  K r
Cláudio Ferreira 26/05/2019 302

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Suponha que uma descarga atmosférica atinja o topo da torre de uma


linha de transmissão
transmissão. Obter a tensão no topo da mesma:
a) Através do diagrama de Lattice;
b) Através do ATPDraw e ATP;

São fornecidos:

• Dados da descarga atmosférica: • Dados da linha de transmissão:

I (kA)
(k )
Zpr = 400 ohms

= 300 m
50 hT = 30 m ZT = 150 ohms

1 t ( s) R = 20 ohms
Cláudio Ferreira 26/05/2019 303

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Cálculos iniciais:

 300 m
 PR    1 s
c 300 m  s
h 30 m
T  T  0 1 s
 0,1
c 300 m  s

Só é necessário representar as torres adjacentes:


Icorrente de raio

1 2 3

Zpr = 400 ohms Zpr = 400 ohms

= 300 m = 300 m
ZT = 150 ohms ZT = 150 ohms ZT = 150 ohms

R = 20 ohms R = 20 ohms R = 20 ohms


Cláudio Ferreira 26/05/2019 304

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Obtenção dos coeficientes de transmissão e reflexão:

ZT ZPR 150  400


 ZPR  400
ZT  ZPR 150  400
K1     0,57
ZT ZPR 150  400
 ZPR  400
ZT  ZPR 150  400

ZT ZPR 150  400


2 2
ZT  ZPR 150  400
K2    0,43
0 43
ZT ZPR 150  400
 ZPR  400
ZT  ZPR 150  400

R  ZT 20  150
K3     0,76
R  ZT 20  150
K1- coeficiente de reflexão nas torres 1, 2 e 3 para ondas trafegando
ZPR 400 nos cabos pára-raios;
 ZT  150
K4  2  2  0,14 K2 - coeficiente de transmissão na torre 2 para ondas trafegando nos
ZPR 400 cabos pára-raios;
 ZT  150
2 2 K3 - coeficiente de reflexão no pé da torre 2;
K4 - coeficiente de reflexão, na torre 2, das ondas que chegam do pé
ZPR 400
2 2 da torre 2;
K5  2  2  1,14 K5 - coeficiente de transmissão, na torre 2, das ondas que chegam do
ZPR 400 pé
é da torre 2.
 ZT  150
2 2
Cláudio Ferreira 26/05/2019 305

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Observe que:

 Ao atingir a torre 2, a onda de corrente de raio I gera uma onda de tensão VT


que caminha em direção à terra e pelos cabos pára-raios em direção as torres
1 e 3:
ZPR 400
ZT 150
VT  2 I  2 I  85,71 I (kV)
ZPR 400
ZT  150 
2 2

 A onda de corrente de raio cresce na razão de 50 kA/μs, até atingir o seu


valor máximo e constante de 50 kA após 1 μs, e a onda de tensão cresce da
mesma maneira:
TCVT  85,71  50  4.285,50 (kV/  s)

 A tensão no topo da torre VT crescerá de zero até 857,10


857 10 kV em 0,2
0 2 μs,
s
quando a onda refletida na base da torre 2 retorna e diminui o seu valor:
- esta onda de tensão, que chega, é transmitida às torres 1 e 3 e refletida em direção
à base da torre 2;
- a cada 0,2 μs chega uma onda de tensão refletida na base da torre 2 e a cada 2 μs
chega uma onda de tensão refletida nas torres 1 e 3.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 306

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Diagrama de Lattice:
VRpetorre 2  K 3 VItopotorre 2
VTtopotorre 2  K 5 VIpetorre 2
VRtopo torre 2  K 4 VIpetorre 2

VRtorre13  K1 VItorre 2

Reflexão nas torres 1


1, 2 e 3 para ondas
trafegando nos cabos pára-raios.
VRtorre 2  K 2 VItorre13
Transmissão na torre 2 para ondas
trafegando nos cabos pára-raios.

Reflexão no pé da torre 2.

Reflexão na torre 2 das ondas que


chegam do pé da torre 2.

Transmissão na torre 2 das ondas


que chegam do pé da torre 2.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 307

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Em um gráfico VT resulta:
Cláudio Ferreira 26/05/2019 308

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Em um gráfico VT resulta:
Cláudio Ferreira 26/05/2019 309

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Circuito para o ATPraw/ATP:

Ipr = 50.000
50 000 A
tsubida = 1 s
TORRE1 TORRE3
TORRE2
Zpr = 400 ohms Zpr = 400 ohms
pr = 1 s pr = 1 s

ZT = 150 ohms ZT = 150 ohms ZT = 150 ohms


T = 0,1 s T = 0,1
, s T = 0,1
, s

R = 20 ohms R = 20 ohms R = 20 ohms


Cláudio Ferreira 26/05/2019 310

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

Parâmetros para análise no ATPDraw/ATP:

 Descarga atmosférica:  Cabos pára-raios:


Modelo: tipo 12 (função rampa, monofásica). Modelo: Distributed Parameters (Clarke) – Monofásica.
Parâmetros: Parâmetros:
I (kA)

Iraio  50.000 A 50 ZPR  400 


tsubida  1  s  300 m
 PR    1 s
c 300 m  s
1 t ( s)

 Torres:  Resistência de pé-de-torre:


Modelo: Distributed Parameters (Clarke) – Monofásica. Modelo: elemento RLC concentrado.
Parâmetros:
R  20 
ZT  150 
hT 30 m
T   , s
 0,1
c 300 m  s
Cláudio Ferreira 26/05/2019 311

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

1.517,916 kV
1,6
[MV]
1,4

1,2

1,0

0,8

0,6
,

0,4

0,2

0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 [us] 3,0
(f ile Exer_1a.pl4; x-v ar t) v :TORRE2

TENSÃO NO TOPO DA TORRE 2


Column headings for the 3 EMTP output variables follow. These are divided among the 5 possible classes as follows ....
First 3 output variables are electric-network voltage differences (upper voltage minus lower voltage);
Step Time TORRE1 TORRE2 TORRE3

Extrema of output variables follow. Order and column positioning are the same as for the preceding time-step loop output.
Variable maxima : 467532.468 .1517916E7 467532.468
Times of maxima : .12E-5 .1E-5 .12E-5
Variable minima : -247265.35 0.0 -247265.35
Times of minima : .22E-5 0.0 .22E-5
Cláudio Ferreira 26/05/2019 312

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

1,6
[MV] Porque a
1,4 diferença?
1,2 PERGUNTA
DE PROVA
1,0

0,8

0,6
,

0,4

0,2

0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 [us] 3,0
(f ile Exer_1a.pl4; x-v ar t) v :TORRE2

TENSÃO NO TOPO DA TORRE 2


vermelho  ATP
preto  diagrama Lattice
Cláudio Ferreira 26/05/2019 313

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

500 500
[kV] [kV]
400 400

300 300

200 200

100 100

0 0

-100 -100

-200 -200

-300 -300
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 [us] 3,0 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 [us] 3,0
(f ile Exer_1a.pl4; x-v ar t) v :TORRE1 (f ile Exer_1a.pl4; x-v ar t) v :TORRE3

TENSÃO NO TOPO DA TORRE 1 TENSÃO NO TOPO DA TORRE 3


Cláudio Ferreira 26/05/2019 314

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

2,2
[MV]
1,8

1,4

1,0

0,6

0,2

-0,2
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 [us] 3,0
exer_1a.pl4: v :TORRE2
exer_1b1.pl4: v :TORRE2
exer_1b2.pl4: v :TORRE2

TENSÃO NO TOPO DA TORRE 2


vermelho  RATER = 20 Ω
verde  RATER = 40 Ω
azul  RATER = 10 Ω

INFLUÊNCIA DA RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO


Cláudio Ferreira 26/05/2019 315

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

1,6
[MV]
1,4

1,2

1,0

0,8

0,6

04
0,4

0,2

0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 [us] 3,0
exer_1a.pl4: v :TORRE2
exer_1c1.pl4: v :TORRE2
exer_1c2.pl4: v :TORRE2

TENSÃO NO TOPO DA TORRE 2


vermelho  hT = 30 m
verde  hT = 33 m
azul  hT = 27 m

INFLUÊNCIA DA ALTURA DA TORRE


Cláudio Ferreira 26/05/2019 316

Caso 1 – Análise da Tensão no Topo da Torre – Diagrama de Lattice


(Aplicação)

2,2
[MV]
1,8

1,4

1,0

0,6

0,2

-0,2
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 [us] 3,0
exer_1a.pl4: v :TORRE2
exer_1d1.pl4: v :TORRE2
exer_1d2.pl4: v :TORRE2

TENSÃO NO TOPO DA TORRE 2


vermelho  tsubida = 1 s
verde  tsubida = 2 s
azul  tsubida = 0,5 s

INFLUÊNCIA DO TEMPO DE SUBIDA DA ONDA DE RAIO


Cláudio Ferreira 26/05/2019 317

Caso 2 – Energização linha de transmissão – Diagrama de Bergeron


(Aplicação)

Um surto de tensão de frente 10 kV e longa duração atinge a primeira


torre de uma linha de transmissão de impedância de surto 400 Ω.

Utilizando o diagrama de Bergeron obtenha o comportamento da
tensão no terminal desta linha nas seguintes condições:
a) Linha aberta na sua extremidade.
b) Linha com curto franco na sua extremidade.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 318

Caso 2 – Energização linha de transmissão – Diagrama de Bergeron


(Aplicação)

Para a linha de trasmissão com terminação aberta, tem-se as seguintes


equações características do início (V1) e no final da mesma (I2):
V1  10 ( kV ) I2  0
Característica no final da LT:
I2 = 0
Característica no início da LT:
V1 = 10 kV
v (kV) Todo processo se repete
indefinidamente e não amortece
20 pois não tem resistência no
sistema.
A tensão no final da LT oscila
entre 0 e 20 kV e a tensão no
início da LT se mantém em 10 kV.

10
Ponto inicial

20 25 i (A)
Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 319

Caso 2 – Energização linha de transmissão – Diagrama de Bergeron


(Aplicação)

Para a linha de trasmissão com terminação em curto, tem-se as seguintes


equações características do início (V1) e no final da mesma (V2):
V1  10 ( kV ) V2  0

Todo processo se repete


Característica no início da LT: indefinidamente e não amortece
V1 = 10 kV pois não tem resistência no
sistema.
A tensão no início
í e no final da LT
se mantêm em 10 kV e 0 e a
v (kV) corrente cresce indefinidamente
Ponto inicial em saltos de 205 A.

10

25
20
i (A)
Característica no final da LT:
V2 = 0

Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 320

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

Seja a linha de transmissão monofásica apresentada na figura abaixo,


com R = 0,1904 /km, L = 1,3184 mH/km e C = 8,7638 ηF/km.

LINHA DE TRANSMISSÃO

R L
R, L, C

FONTE
Cláudio Ferreira 26/05/2019 321

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

Determinar a tensão e a corrente transitórias


ó no início
í e no fim da linha de
transmissão para as seguintes situações:

a) Linha com 100 km de comprimento excitado por uma fonte de tensão contínua de
100 kV. Simular por 4 ms.
1) Desprezando as perdas.
2) Sem desprezar as perdas.
perdas
b) Linha com 100 km de comprimento excitado por uma fonte de tensão senoidal de
100 kV de pico e freqüência de 60 Hz. Simular por 30 ms.
1) Considerando a LT já energizada em regime permanente.
2) Energizando a LT em t = 0.
c) Linha com ½ comprimento de onda,
onda excitado por uma fonte de tensão senoidal de
100 kV pico, freqüência de 60 Hz, desprezando as perdas e considerando a LT
sendo energizada em t = 0. Simular por 100 ms.
d) Linha com ¼ de comprimento de onda, excitado por uma fonte de tensão senoidal
de 100 kV pico, freqüência de 60 Hz, desprezando as perdas e considerando a LT
sendo energizada em t = 0. Simular por 100 ms.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 322

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

Cálculos iniciais:

 Linha de Transmissão:
Modelo: Distributed Parameters (Clarke), monofásica

Tem-se: R = 0,1904 /km


L=1
1,3184
3184 mH/km
H/k
C = 8,7638 ηF/km
Logo:

L 1,3184 x 103 Linhas aéreas Cabos subterrâneos


Z0   9
 387,86 (  )
C 8,7638
, x 10 300 a 500 Ω 30 a 80 Ω

1 1
v    294.189,858 ( km/s )
3 9
LC 1,3184 x 10 x 8,7638 x 10
Linhas aéreas Cabos subterrâneos
≈ 250 a 300 m/µs 150 m/µs
Cláudio Ferreira 26/05/2019 323

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

FONTE TLT
AUX1 LINHA DE TRANSMISSÃO AUX2

t close Zc = 387,86
387 86 - ttrânsito = 0,34
0 34 ms measuring
switch
V = 100 kV R=0

FONTE
AUX1 LINHA DE TRANSMISSÃO AUX2 TLT

t close Zc = 387,86
, - ttrânsito = 0,34
, ms measuring
switch
it h
V = 100 kV
f = 60 Hz
R = 0,1904 /km
Cláudio Ferreira 26/05/2019 324

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

387 86 ohm
387.86 ohm- 3.4
3 4 ms
FONTE TLT
AUX1 AUX2
100 kV
NÓ 1 NÓ 2  0 – resistência
LC LC
concentrada
R DISTRIBUÍDO
Í R DISTRIBUÍDO
Í R
4 2 4
TERRA
 1 = sem distorção
R G

L C
Rserie G
ATP :   0.5 R
L C

 100
ttransito
ˆ    0,34
, ( ms )
v 294.189,858
294 189 858

Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 325

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

250 300
[kV] [A]

200
200

100
150

100
-100

50
-200

0 -300
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 [ms] 4.0 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 [ms] 4.0
(f ile Ex1-03a.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-03a.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

V 100000
I    257,82
257 82 ( A )
ZC 387,86

Item a1
Cláudio Ferreira 26/05/2019 326

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

250 300
[kV] [A]

200
200

100
150

100
-100

50
-200

0 -300
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 [ms] 4.0 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 [ms] 4.0
(f ile Ex1-03b.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-03b.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

A TENSÃO NO FINAL DA LT DUPLICA V 100000


I    257,82
257 82 ( A )
MAS VAI AMORTECENDO AO LONGO DO ZC 387,86

TEMPO ATINGINDO EM REGIME


PERMANENTE O VALOR DE 100 kV Item a2
Cláudio Ferreira 26/05/2019 327

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

387 86ohm - 3
387.86ohm 3.4
4 ms

100 kV

NÓ 1 NÓ 2  0 – resistência
LC LC
concentrada
R DISTRIBUÍDO
Í R DISTRIBUÍDO
Í R
4 2 4
TERRA
 1 = sem distorção
R G

L C
Rserie G
ATP :   0.5 R
L C

 100
ttransito
ˆ    0,34
, ( ms )
v 294.189,858
294 189 858

Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 328

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

120 40
[A]
[kV]
30
80

20

40
10

0 0

-10
-40

-20

-80
-30

-120 -40
0 5 10 15 20 25 [ms] 30 0 5 10 15 20 25 [ms] 30
(f ile Ex1-03b1.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-03b1.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

NESTE CASO NÃO OCORRE


TRANSITÓRIO POIS O SISTEMA SE
ENCONTRA EM REGIME PERMANENTE
Item b1
Cláudio Ferreira 26/05/2019 329

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

200 300
[kV]
[A]
150
200

100

100
50

0 0

-50
-100

-100

-200
-150

-200 -300
0 5 10 15 20 25 [ms] 30 0 5 10 15 20 25 [ms] 30
(f ile Ex1-03b2.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-03b2.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

DURANTE O TRANSITÓRIO AS ONDAS


DE TENSÃO E CORRENTE SE REFLETEM
E AMORTECEM AO LONGO DO TEMPO
DEVIDO A RESISTÊNCIA Item b2
Cláudio Ferreira 26/05/2019 330

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

Representando a linha de transmissão por parâmetros concentrados


(PI EQUIVALENTE)
/BRANCH
C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< L >< C >
POR SOMENTE UM CIRCUITO PI C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< A >< B ><Leng><><>0
1 AUX1 AUX2 19.04131.84.87638
/SWITCH

R L,
R, L C R = 19
19,04
04 
L = 131,84 mH
FONTE TLT
AUX1 AUX2 C = 876,38 ηF
100 kV

cada PI: R = 1,904 


POR 10 CIRCUITOS PIs L = 13,184 mH
C = 87,638 ηF

PI 1 PI 2 PI 3 PI 4 PI 5 PI 6 PI 7 PI 8 PI 9 PI 10
FONTE
AUX1 A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 AUX2 TLT
100 kV
Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 331

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)
PARA REGIME PERMANENTE
120 NÃO APRESENTA DIFERENÇA
[kV]
REPRESENTAR POR
80
PARÂMETROS
40
CONCENTRADOS OU
0 DISTRIBUÍDOS

-40
R j L
-80 FONTE TLT

-120
-j 2 -j 2
0 5 10 15 20 25 [ms] 30
EX1-03B1.pl4: v :TLT
EX1-03B3.pl4: v :TLT C C
EX1-03B5.pl4: v :TLT

TENSÃO NO FIM DA LT
vermelho  parâmetros distribuídos 2
verde  parâmetros concentrados (1 PI) j
VTLT  VFONTE C  100,827  0,18o (kV)
azul  p
parâmetros concentrados ((10 PIs)) 2
R  j L  j
4000
[V] C
3000

2000

1000
TENSÃO 0
vermelho  TLT -1000

verde  FONTE -2000


DIFERENÇA ANGULAR ENTRE AS TENSÕES
-3000
-0,18o = 0,083 ms
-4000
4.10 4.12
(f ile EX1-03B1.pl4; x-v ar t) v :TLT
4.14
v :AUX1
4.16 4.18 [ms] 4.20 Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 332

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

250.0 50
[kV] [kV]
187.5
0
125.0
-50
50
62.5

0.0 -100

-62.5
-150
-125.0
125 0
-200
-187.5

-250.0 -250
0 5 10 15 20 25 [ms] 30 6.5 7.0 7.5 8.0 8.5 9.0 9.5 [ms] 10.0
EX1-03B2.pl4: v :TLT EX1-03B2.pl4: v :TLT
EX1-03B4.pl4: v :TLT EX1-03B4.pl4: v :TLT
EX1-03B6.pl4: v :TLT EX1-03B6.pl4: v :TLT

PARA REGIME TRANSITÓRIO OCORREM


TENSÃO NO FIM DA LT
vermelho
lh  parâmetros
â t di
distribuídos
t ib íd DIFERENÇAS ENTRE REPRESENTAR A
verde  parâmetros concentrados (1 PI) LT POR PARÂMETROS CONCENTRADOS
azul  parâmetros concentrados (10 PIs)
OU DISTRIBUÍDOS
QUANTO MAIOR A QUANTIDADE DE PIs
NA REPRESENTAÇÃO DA LT MAIS
EXATA É A RESPOSTA
Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 333

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

10 6 90
[V]
10 5 60

10 4 30

10 3 0

10 2 -30

10 1 -60

10 0 -90
0 440 880 1320 1760 [s] 2200 0 440 880 1320 1760 [s] 2200
Ex1-06e1.pl4: v :AUX1 Ex1-06b11.pl4: v :AUX1
ex1-06e4.pl4:
p v :AUX1 ex1-06b31.pl4:
p v :AUX1
ex1-06e6.pl4: v :AUX1 ex1-06b51.pl4: v :AUX1

MÓDULO DA IMPEDÂNCIA VISTA ÂNGULO DA IMPEDÂNCIA VISTA


DO INÍCIO DA LT EM FUNÇÃO DA DO INÍCIO DA LT EM FUNÇÃO
FREQÜÊNCIA – Z(w) DA FREQÜÊNCIA
vermelho  parâmetros distribuídos vermelho  parâmetros distribuídos
verde  parâmetros concentrados (1 PI) verde  parâmetros concentrados (1 PI)
azul  parâmetros concentrados (10 PIs) azul  parâmetros concentrados (10 PIs)

Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 334

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

200 300
[kV]
[A]
150
200

100

100
50

0 0

-50
-100

-100

-200
-150

-200 -300
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10
(f ile Ex1-03c.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-03c.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT


 1 1
ttransito
ˆ   2    8,333 ( ms )
v f 2f 2  60
Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 335

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

10 6 90
[V]
10 5
60

10 4
30

10 3
0
10 2

-30
10 1

-60
10 0

10 -1 -90
0 400 800 1200 1600 [s] 2000 0 400 800 1200 1600 [s] 2000
(f ile Ex1-06c1.pl4; x-v ar t) v :AUX1 (f ile Ex1-06c1.pl4; x-v ar t) v :AUX1

MÓDULO DA IMPEDÂNCIA VISTA


DO INÍCIO
Í DA LT EM FUNÇÃO
à DA
FREQÜÊNCIA – Z(w)

Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 336

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

2.500 6000
[MV]
[A]
1.875
4000

1.250

2000
0.625

0.000 0

-0 625
-0.625
-2000

-1.250

-4000
-1.875

-2.500 -6000
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10
(f ile Ex1-03d.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-03d.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT


 1 1
ttransito
ˆ   4    4,167 ( ms )
v f 4f 4  60
Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 337

Caso 3 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão
(Aplicação)

10 6 90
[V]
10 5
60

10 4
30

10 3
0
10 2

-30
10 1

-60
10 0

10 -1 -90
0 400 800 1200 1600 [s] 2000 0 400 800 1200 1600 [s] 2000
(f ile ex1-06d1.pl4; x-v ar t) v :AUX1 (f ile ex1-06d1.pl4; x-v ar t) v :AUX1

MÓDULO DA IMPEDÂNCIA VISTA


DO INÍCIO
Í DA LT EM FUNÇÃO
à DA
FREQÜÊNCIA – Z(w)


 1 1
ttransito
ˆ   4    4,167 ( ms )
v f 4f 4  60
Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 338

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

Seja uma linha de transmissão, com R = 0,1904 /km, L = 1,3184


mH/km e C = 8,7638 ηF/km, de 100 km de comprimento, excitada por
uma ffonte
t de
d tensão
t ã senoidal
id l trifásica
t ifá i ded 138 kV,
kV 60 Hz.
H Determinar
D t i a
tensão e a corrente transitórias no início e no fim da linha de
transmissão para as seguintes situações:
a) Na ocorrência de um curto-circuito em seus terminais.
b) Na energização de uma carga resistiva igual a sua impedância característica.
c) Na energização de um capacitor de 380 Mvar (muito elevado).
d) Na energização de um reator de 3,146 Mvar.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 339

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

387.86 ohm - 3.4 ms

138 kV

Representação do curto-circuito:
Modelo: chave tempo controlada, fechando em t = 0

Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 340

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

120 2500
[A]
[kV]
1875
80

1250

40
625

0 0

-625
-40

-1250

-80
-1875

-120 -2500
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(f ile Ex1-04a.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :AUX2 (f ile Ex1-04a.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 341

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

3000

[A]

2000

1000

ZSERIE
  R  (  L )    53,22 (  )
2 2

VFONTE 112.677
112 677
ICURTO    2.117,0 (A) -1000
ZSERIE
 53,22
-2000

-3000
0 4 8 12 16 [ms] 20
(f ile Ex1-04a.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -

Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 342

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

387.86ohm - 3.
4 ms

138 kV Zc

Representação da carga resistiva


M d l ramo RLC monofásico
Modelo: fá i

R  ZC  387,86 (  )

Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 343

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

120 300

[kV] [A]

80 200

40 100

0 0

-40 -100

-80 -200

-120 -300
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(f ile Ex1-04b.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-04b.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 344

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

125
TEMPO DE TRÂNSITO DA
[kV] diferença
100 0,34 ms ONDA DE TENSÃO NA LINHA
DE TRANSMISSÃO.
75
NÃO OCORRE REFLEXÃO
50 (LT CASADA).
25

0
166660 .016666 106589.282 112676.996 277.072213 274.813804
166670 .016667 106594.344 112676.999 277.071588 274.826855
-25
166680 .016668 106599.391 112676.986 277.070923 274.839868
 t  0,01699  0,01667  0,332 (ms )
-50 169980 .016998
016998 107434
107434.276
276 111799
111799.124
124 274
274.704328
704328 276
276.992409
992409
4.0 9.2 14.4 19.6 24.8 [ms] 30.0 169990 .016999 107434.282 111793.824 274.690668 276.992425
(f ile Ex1-04b.pl4; x-v ar t) v :TLT v :AUX1 170000 .017 107434.273 111788.508 274.676969 276.992402

Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 345

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

387 86 h - 3
387.86ohm 3.
4 ms

138 kV 48 98
48.98

Representação do capacitor
Modelo: ramo RLC monofásico

V2 QC 380
QC   V2 C  C    52,9291 (μF )
XC V 
2
138  2    60
2

Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 346

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

350.0 6000
[kV]
[A]
262.5
4000

175.0

2000
87.5

0.0 0

-87 5
-87.5
-2000

-175.0

-4000
-262.5

-350.0 -6000
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(f ile Ex1-04c1.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-04c1.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

VFONTE 112.677
112 677 SITUAÇÃO DE RESSONÂNCIA.
ILT    5.917,9 (A)
R 19,04 A CORRENTE FICA LIMITADA
PELA RESISTÊNCIA DO
CIRCUITO Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 347

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

50.0
[kA]
37.5

25.0

12.5

0.0

-12 5
-12.5 R = 0  CORRENTE CRESCENTE
-25.0

-37.5

-50.0
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(f ile Ex1-04c2.pl4; x-v ar t) c:AUX2 -TLT

Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 348

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
10 5 (Aplicação)

10 4

10 3
IMPEDÂNCIA VISTA DO INÍCIO
10 2
DA LT EM FUNÇÃO DA
FREQÜÊNCIA – Z(w)
10 1

10 0
0 400
00 800 1200
00 1600
600 [s] 2000
000
(f ile Ex3-04ce1.pl4; x-v ar t) v :AUX1

OCORRE UM PICO DE
RESSONÂNCIA PRÓXIMO A 60 Hz
90
[V]
R = 0  Z(w) ≈ 0
60
10 6

30 10 5

10 4
0
10 3

-30 10 2

10 1
-60
10 0

-90 10 -1
0 400
(f ile Ex3-04ce1.pl4; x-v ar t) v :AUX1
800 1200 1600 [s] 2000 0 400
(f ile ex3-04ce2.pl4; x-v ar t) v :AUX1
800 1200
Item c
1600 [s] 2000
Cláudio Ferreira 26/05/2019 349

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

387 86 h - 3
387.86ohm 3.
4 ms

138 kV 3 15MV
3.15MV

Representação do reator
Modelo: ramo RLC monofásico

V2 V2 V2 1382
QR    L    16.057,1 ( mH)
XL L  QR 2    60  3,146

Item d
Cláudio Ferreira 26/05/2019 350

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

300 300
[kV] [A]

200
200

100
100

0
-100

-100
-200

-200 -300
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT (f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT

TENSÃO CORRENTE
vermelho  início da LT vermelho  início da LT
verde  fim da LT verde  fim da LT

Item d
Cláudio Ferreira 26/05/2019 351

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de


transmissão com carga em seus terminais
(Aplicação)

200
[kV]
150

100
TENSÃO
à NO INÍCIO
Í DA
50
LINHA DE TRANSMISSÃO
0
IGUAL A TENSÃO NO FIM 
-50 NÃO CIRCULA CORRENTE EM
-100
REGIME NA LT.
LT 100% COMPENSADA EM
-150
SEU EXTREMO FINAL.
-200
60 64 68 72 76 [ms] 80
(f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT

Item d
Cláudio Ferreira 26/05/2019 352
300

Caso 4 – Ondas trafegantes durante a energização de linhas de [kV]

200

transmissão com carga em seus terminais 100


300

[A]

300
0
(Aplicação) 200

[A]
100
200
-100
0
100
VAUX1 = VAUX2
-200 -100

IREATOR
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
0
(f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) v :AUX1 v :TLT
-200
-100

IFONTE LT ILT  0


-300
-200 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) c:AUX2 -TLT

-300
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1
TLT
AUX1 AUX2
FONTE
LINHA DE TRANSMISSÃO
IREATOR
ISHUNT 1 ISHUNT 2

300

 IFONTE LT   ISHUNT 1


[A]

200

ILT  0   100

 IREATOR  ISHUNT 2  IFONTE LT   IREATOR 0

-100

200

VAUX 1  VAUX 2  ISHUNT 1  ISHUNT 2


[A]

150 -200

100

50
-300
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
0
(f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT
-50

Item d
-100

-150
0.07 0.08 0.09 0.10 0.11 [s] 0.12
(f ile Ex1-04d2.pl4; x-v ar t) c:FONTE -AUX1 c:AUX2 -TLT
factors: 1 1 -1
offsets: 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00
Cláudio Ferreira 26/05/2019 353

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Comentários Gerais)

 Faltas fase-terra
fase terra acarretam elevação de tensão nas fases sãs,
sãs cujo valor
depende principalmente do grau de aterramento do sistema no ponto em
defeito.

 As sobretensões são normalmente dadas em função da relação k = X0/X1


• para k < 3 e R0/X1 < 1 o sistema é dito aterrado e as sobretensões nas fases sãs
não
ã ultrapassam
lt 1,4
1 4 a 1,5
1 5 pu.
• para sistemas com neutro isolado, por exemplo, uma carga não aterrada suprida
pelo ∆ de um transformador, as sobretensões nas fases sãs podem atingir 1,73 pu.
• para R << X tem-se:

k2  k  1
fsobretensao
  3
k2

 A forma de onda das sobretensões associada ao fenômeno acima é, em geral,


senoidal a freqüência industrial,
industrial não amortecida,
amortecida persistindo por muito ciclos,
ciclos
até que a falta seja removida.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 354

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

A figura abaixo mostra uma linha de transmissão trifásica que interliga


dois Sistemas Elétricos de Potência em 500 kV.
kV

EQUIVALENTE 1
LT 500 kV EQUIVALENTE 2
Sistema Elétrico Sistema Elétrico
de Potência 1 de Potência 2

A linha de transmissão tem 161 km de extensão e seus parâmetros são:

− Seqüência positiva: R = 0,0255 /km, X = 0,328 /km e C = 4,884 ηF/km.


− Seqüência zero: R = 0,279 /km, X = 1,255 /km e C = 2,640 ηF/km.

Os parâmetros dos equivalentes dos sistemas de 500 kV são:

− Equivalente
q 1: R0 = 0,455
, ,, X0 = 18,494
,  , R1 = 0,876
, ,, X1 = 40,491
, .
− Equivalente 2: R0 = 0,186 , X0 = 11,512 , R1 = 2,341 , X1 = 25,725 .
Cláudio Ferreira 26/05/2019 355

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

Considere o sistema operando em uma situação no qual a tensão


interna dos equivalentes seja dada por:
− Equivalente 1: tensão de 544,344 kV com 12 graus.
− Equivalente 2: tensão de 537,789
537 789 kV com zero graus.
graus

Obter:
a) Curto-circuito monofásico franco em um ponto de 70% da linha de
transmissão.
b) Curto
Curto-circuito
circuito monofásico franco em um ponto de 70% da linha de
transmissão representando a mesma pelo modelo de parâmetros
concentrados, desprezando as capacitâncias.
c) Idem ao item b) considerando os equivalentes 1 e 2 como não
aterrados.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 356

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

Parâmetros da rede de acordo com o modelo adotado:

a) LT – Parâmetros distribuídos: trecho 1 = 112,7 (km) – trecho 2 = 48,3 (km)

 r1  0,0255 (  / km )  r0  0,279 (  / km )
 
seq.   x1  0,328 (  / km ) seq. 0  x 0  1,255 (  / km )
 c  4,884 ( F / km )  c  2,640 ( F / km )
 1  0

b) LT – Parâmetros concentrados:
trecho 1  112,7 ( km ) trecho 2  48,3 ( km )

 R  2,87385 (  )  R  1,23165 (  )
seq.   1 seq.   1
 X1  36,9656 (  )  X1  15,8424 (  )
 R  31,4433 (  )  R  13,3308 (  )
seq. 0  0 seq. 0  0
 X0  141,4385 (  )  X0  60,6165 (  )

c) Sistema não-aterrado:
X0equiv1  X0equiv 2  
Cláudio Ferreira 26/05/2019 357

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

Equiv1 LT - T1 LT - T2 Equiv2
VEQ2-
VEQ1-
EQV1- LTR1
LTR1- LTRF
LTRF- LTR2
LTR2- EQV2
EQV2-
Vequiv1 Vequiv2
Cláudio Ferreira 26/05/2019 358

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

600 15
[kV] [kA]

10
340

5
80

-180
-5

-440
-10

-700 -15
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15 0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15
(f ile Exe1-08a.pl4; x-v ar t) v :LTRF-A v :LTRF-B v :LTRF-C (f ile Exe1-08a.pl4; x-v ar t) c:LTRF-A-

TENSÃO NO PONTO DE FALTA CORRENTE DE FALTA


vermelho  fase em falta (a)
verde, azul  fases sãs (b e c)

Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 359

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

9.0 1200
[kA] [A]

800
5.2

400

1.4

-2.4
-400
400

-6.2 -800

-1200
-10.0 0 10 20 30 40 [ms] 50
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15 (f ile Exe1-08a.pl4; x-v ar t) c:EQV1-B-LTR1-B c:EQV1-C-LTR1-C c:EQV2-B-LTR2-B
(f ile Exe1-08a.pl4; x-v ar t) c:EQV1-A-LTR1-A c:EQV2-A-LTR2-A c:EQV2-C-LTR2-C

CORRENTES – FASE DEFEITUOSA CORRENTES – FASES SÃS


Ã
vermelho  LTR1-A vermelho, verde  LTR1-B e LTR1-C
verde  LTR2-A azul, lilás  LTR2-B e LTR2-C

Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 360

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

14
15
[kA]
[kA]
12
10

10
5

8
0

6
-5
5

4
-10

2
1 2 3 4 5 6 7 8 -15
[ms]
0 5 10 15 20 25 [ms] 30
(f ile Exe1-08a.pl4; x-v ar t) c:LTRF-A- c:EQV1-A-LTR1-A+c:EQV2-A-LTR2-A
(f ile Exe1-08a.pl4; x-v ar t) c:LTRF-A- c:EQV1-A-LTR1-A+c:EQV2-A-LTR2-A

Por que a soma das


15
contribuições das [kA]
correntes para o curto- 10

circuito provenientes
circuito,
dos equivalentes, não 5

reproduziu a corrente
0
de falta?
-5
PERGUNTA DE PROVA
-10

-15
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15
(f ile Exe1-08a.pl4; x-v ar t) c:LTRF-A- c:EQV1-A-LTR1-A+c:EQV2-A-LTR2-A

CORRENTES NA FASE EM DEFEITO


vermelho  falta
verde  soma das contribuições de LTR1-A e LTR2-A Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 361

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

600

[kV]
Vc 502,7
400   1,140
Vequiv
q 2  540 3
200

TENSÃO NO PONTO DE FALTA


0 vermelho  fase em falta (a)
verde, azul  fases sãs (b e c)
-200

-400

-600
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15
(f ile Exe1-08b.pl4; x-v ar t) v :LTRF-A v :LTRF-B v :LTRF-C

equivalente : trecho 1 // trecho 2


R0
 0,351
 R  1,970 (  ) X1
seq.   1
 X1  27,059 (  ) fsobretensao
  1,125
X0
 1,837
1 837
 R  9,501 (  ) X1
seq. 0  0
 X0  49,711 (  )
Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 362

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

15 15
[kA] [kA]

10 10

5 5

0
0

-5
5
-5

-10
-10

-15
-15 0 5 10 15 20 [ms] 25
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15 Exe1-08b.pl4: c:LTRF-A-
(f ile Exe1-08b.pl4; x-v ar t) c:LTRF-A- EXE1-08A.pl4: c:LTRF-A-

CORRENTE DE FALTA
vermelho  parâmetros concentrados
verde  parâmetros distribuídos

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS COM PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS


E CONCENTRADOS
Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 363

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

1 7 ( pu )
1,7
800 800
[kV] [kV]
600 600

400 400

200
200

0
0

-200
-200

-400
-400

-600
-600
-800
-800 0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15 Exe1-08c.pl4: v :LTRF-B
(f ile Exe1-08c.pl4; x-v ar t) v :LTRF-A v :LTRF-B v :LTRF-C EXE1-08B.pl4: v :LTRF-B

TENSÃO NO PONTO DE FALTA


vermelho  fase em falta (a) vermelho  sistema não aterrado
verde, azul  fases sãs (b e c) verde  sistema aterrado

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS COM RELAÇÃO AO ATERRAMENTO


DO SISTEMA
Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 364

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

3 15

[A] [kA]

2 10

1 5

0
0

-5
5
-1

-10
-2

-15
-3 0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15 Exe1-08c.pl4: c:LTRF-A-
(f ile Exe1-08c.pl4; x-v ar t) c:LTRF-A- EXE1-08B.pl4: c:LTRF-A-

CORRENTE DE FALTA
vermelho  sistema não aterrado
verde  sistema aterrado

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS COM RELAÇÃO AO ATERRAMENTO


DO SISTEMA
Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 365

Caso 5 – Curto-circuito em linhas de transmissão


(Aplicação)

600 800
[kV]
[kV]
600
400

400

200
200

0 0

-200
200
-200

-400

-400
-600

-600 -800
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15 0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 [s] 0.15
(f ile Exe1
Exe1-08b.pl4;
08b pl4; xx-v
v ar t) v :LTRF-A
:LTRF A v :LTRF-B
:LTRF B v :LTRF-C
:LTRF C (f ile Exe1
Exe1-08c.pl4;
08c pl4; xx-v
v ar t) v :LTRF-A
:LTRF A v :LTRF-B
:LTRF B v :LTRF-C
:LTRF C

Item b Item c
No item b observa
observa-se
se que sobretensões máximas
nas fases sãs atingiram valores diferentes e no item
c iguais. Em quais situações isto ocorre, ou seja, em
quais situações as sobretensões são iguais nas
duas fases sãs, para um defeito monofásico?
PERGUNTA DE PROVA
Cláudio Ferreira 26/05/2019 366
Cláudio Ferreira 26/05/2019 367

PARTE 1

CONCEITOS BÁSICOS DE
TRANSFORMADORES E REATORES
Cláudio Ferreira 26/05/2019 368

 A resposta de um transformador a um surto de tensãoã é bastante


complexa. A incidência de um impulso de tensão em um dos terminais
do transformador (por ex. primário) dá origem a fenômenos
transitórios que serão aplicados aos equipamentos situados no outro
lado do transfomador (secundário). Isto é denominado surto
transferido.

 Um modelo geral para representar o transformador em estudos de


transitórios eletromagnéticos é muito difícil, tendo modelos válidos
dentro de uma faixa de freqüência.

 Isto posto pode-se definir:


- Modelo do transformador para estudos em freqüência industrial.
- Modelos do transformador para estudos em altas freqüências.

 Além disso os modelos podem ser:


- Sem transferência de surtos (por exemplo, transformadores a vazio).
- Com transferência de surto de um enrolamento para outro.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 369

 Modelo para estudos em freqüência


ê industrial:

- São considerados os efeitos das resistências e da dispersão do fluxo


magnético dos enrolamentos e da corrente de excitação.
- Os valores de R1, X1, R2 e X2 são obtidos dos ensaios em curto-circuito e
Rm e Xm dos ensaios a vazio.
- Não apropriado para estudos de transferência de surtos entre
enrolamentos por não considerar os acoplamentos capacitivos.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 370

 Modelos para estudos de altas freqüências:


ê
- Em altas freqüências o transformador de potência comporta-se como uma
complexa
co p e a rede
ede capacitiva,
capac a, consistindo
co s s do de capacitâncias
capac â c as série
sé e (entre
(e e espiras
esp as
e bobinas) e paralelo (em relação ao núcleo e ao tanque que são
aterrados), além de indutâncias (próprias e mútuas) e resistências.
- Nos estudos de altas freqüências o modelo computacional do
transformador é determinante e depende significativamente da faixa de
freqüência associada ao evento transitório sob análise.
- O modelo
d l ttradicional
di i l consiste
i t em representar
t o transformador
t f d através
t é de
d
uma capacitância concentrada para a terra.
- Um modelo mais preciso, consiste em montar uma rede de capacitâncias
concentradas o que exige o conhecimento das capacitâncias externas e
internas envolvendo o transformador.
CAB

CAT CBT
Cláudio Ferreira 26/05/2019 371

 Modelos para estudos de altas freqüências:


ê
- O transformador pode ser também representado através de um modelo no
qual se considera
qua co s de a o comportamento
co po a e o da impedância
pedâ c a (amplitude
(a p ude e fase)
ase) de
entrada do transformador com a freqüência, que é comumente
denominado de modelo caixa preta (“black box model”) que é obtido a
partir de medições da resposta em freqüência do transformador.

 Muitos modelos tem sido propostos para a representação de


transformadores com relação
ç a transferência de surtos entre
enrolamentos e cada um tem suas particularidades (aspectos
construtivos, potência e distribuição, etc), sendo uns mais complexos
e outros menos e são encontrados na literatura a respeito.
respeito

 O CIGRÉ através do Working Group 33.02, no artigo “Guidelines for


representation
p of network elements when calculation transients”,,
propõe alguns modelos de transformadores monofásicos de dois
enrolamentos, para certas faixas de freqüência, onde são observadas
as necessidades de se analisar a transferência de surtos de um
enrolamento para outro.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 372

Guidelines for representation of network elements when calculation transients – Cigre


Cláudio Ferreira 26/05/2019 373

Guidelines for representation of network elements when calculation transients – Cigre


Cláudio Ferreira 26/05/2019 374

 A representação
ã da saturação
ã do transformador é necessário
á para
freqüências na faixa até 20 kHz (Grupos I e II) nos estudos de
energização ou em situações onde pode ocorrer sobretensões na
freqüência fundamental, como rejeição de carga ou chaveamento a
vazio de linhas longas e cabos.

 A dependência das perdas ativas no transformador com a freqüência


pode causar grande influência nas oscilações nos transitórios dos
Grupos I e II.

 O circuito equivalente para levar em conta esta dependência é feito


com a montagem em série de vários circuitos RL paralelos.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 375

 Exemplo de curva de Z(ω) do transformador:

Transformador N/S 302352 (Marimbondo)


1,E+05 100

75

1,E+04
50

ms)
25

Impedância (ohm

Ângulo (graus)
)
1,E+03

1,E+02
-25

-50
1,E+01

-75

1,E+00 -100
1,E+01 1,E+02 1,E+03 1,E+04 1,E+05 1,E+06
Freqüência (Hz)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 376

 Dados típicos
í – impedância:
â

Electrical Transients in Power Systems – Second Edition – Allan Greenwood


Cláudio Ferreira 26/05/2019 377

 Dados típicos
í – corrente de magnetização:
ã

Electrical Transients in Power Systems – Second Edition – Allan Greenwood


Cláudio Ferreira 26/05/2019 378

 Dados típicos
í – capacitância
â enrolamento-terra:

Electrical Transients in Power Systems – Second Edition – Allan Greenwood


Cláudio Ferreira 26/05/2019 379

 Dados típicos
í – capacitância
â bucha-terra:

Electrical Transients in Power Systems – Second Edition – Allan Greenwood


Cláudio Ferreira 26/05/2019 380

 Dados típicos
í – resistência:
ê

Electrical Transients in Power Systems – Second Edition – Allan Greenwood


Cláudio Ferreira 26/05/2019 381

 Os reatores podem ser representados de modo similar ao


transformador, somente com uma indutância única no lugar das
indutâncias do transformador (própria e de magnetização).

 A modelagem dos efeitos da saturação e da dependência com a


freqüência é feito de maneira análoga ao transformador.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 382

 Tipos:

- Com núcleo magnético:


• Similares aos transformadores em vazio;
• Característica de saturação similar à de um transformador de potência, porém
com o “joelho” da curva de saturação mais elevado;
• Fator de qualidade elevado, da ordem de 250 a 300;
• Capacitância comparável com a de transformadores de potência semelhante.

- Com núcleo de ar:


• Mais próximos aos transformadores em curto;
• Capacitâncias menores que a de transformadores de potência semelhante
devido a ausência de núcleo;

• Valor razoável para sua capacitância é de 75 – 150 pF para um modelo π do


reator;
• Freqüência natural elevada.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 383

 Transformadores de instrumentos:

- Transformador de potencial:
• Tipo indutivo (acoplamento entre primário e secundário) ou divisor de potencial
capacitivo;
• Opera quase sem carga (pequena carga no secundário).

- Transformador de corrente:
• Geralmente tipo indutivo com núcleo de ferro;
• Opera quase sob condições de curto-circuito (carga de baixa impedância).

 Os transformadores de instrumentos podem ser desprezados em


quase todos os estudos transitórios.

- Transformadores de potencial indutivos podem ser envolvidos em


fenomenos de ferrorressonância em subestações (modelar o núcleo de
ferro, saturação e perdas).
- P
Para ttransitórios
itó i d de alta
lt ffreqüência
üê i a capacitância
itâ i d de surto
t e indutância
i d tâ i dod
transformador de corrente deve ser levada em conta nas análises.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 384

Guidelines for representation of network elements when calculation transients – Cigre


Cláudio Ferreira 26/05/2019 385

 Dados típicos
í – capacitância:
â

Electrical Transients in Power Systems – Second Edition – Allan Greenwood

- Transformadores de potencial indutivos e transformadores de corrente:


cerca de 500 pF;
- Transformadores de potencial capacitivos cerca de 1.000 pF.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 386

PARTE 2

ENERGIZAÇÃO E DESENERGIZAÇÃO
DE TRANSFORMADORES (E
REATORES)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 387

 Quando da energização de um transformador, geralmente não há cargas ou


outros elementos conectados no secundário do mesmo e o circuito
corresponde somente ao enrolamento primário e a característica de
saturação.
R1 L1

i0 Xm
V1

 Aplicando a Segunda Lei de Kirchhoff no circuito acima tem-se:

d i0 d
V1  R1 i 0  L1  N1
dt dt

Queda de Queda de fcem


tensão na tensão devido induzida
resistência do ao fluxo de no
primário dispersão no primário
primário
Cláudio Ferreira 26/05/2019 388

 Para solução desta equação diferencial tem-se a relação existente entre o


fluxo Φ e a corrente a vazio i0 que é uma relação não-linear dado pelo ciclo
de histerese (curva de magnetização ou de saturação).
saturação)

 A região até o “joelho” corresponde a região em Tensão


B (T)
joelho curva de
saturação
(Wb)
regime permanente,
permanente e o transformador se
comporta como elemento essencialmente linear, reatância
laço de
resultando na reatância Xm. histerese
núcleo de ar
Xm

 Na região
ã acima do
d “joelho”
“ lh ” os níveis
í d
de fl
fluxo H (Ae/m)
saturam o núcleo e o fluxo é obrigado a fechar
pelo ar. A reatância é chamada de reatância do Corrente

núcleo de ar (reatância saturada).


saturada) A corrente
contêm um número elevado de harmônicas.

 O “joelho”
joelho se situa entre 1,1
1 1 e 1,25
1 25 pu e na falta de informações sobre a
curva de magnetização de algum transformador pode-se adotar 20% como
reatância do núcleo de ar, pois, dificilmente, o valor real será mais baixo.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 389

 A corrente transitória de magnetização é conhecida como corrente de inrush,


e seu efeito é momentaneamente causar uma queda de tensão alimentadora.

 Nos primeiros ciclos após a energização a corrente de inrush apresenta picos


muito superiores a corrente nominal do transformador.

 Ao passar do tempo os picos vão decrescendo até atingir seu valor em


regime permanente (na faixa de 0,5 a 2% de sua corrente nominal).

 O valor inicial da corrente inrush depende principalmente do ponto na onda


de tensão no qual se deu a energização.

 Influem também a magnitude e a polaridade do magnetismo residual que


ficou no núcleo após a última abertura, a saturação do núcleo e a impedância
do sistema.
sistema

 O magnetismo ou fluxo residual é o fluxo que permanece no núcleo


magnético do transformador quando o mesmo é desligado do sistema
elétrico, o qual depende da característica de magnetização e das oscilações
entre as capacitâncias e as indutâncias do transformador.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 390

 Na primeira vez que o transformador é energizado não existe fluxo residual,


mas sempre irá ocorrer em todas as demais energizações.

 A situação que apresenta a maior corrente de inrush é quando o


transformador é energizado no instante que a tensão passa por zero (fluxo
magnético no seu valor máximo negativo) e o fluxo residual no
transformador esteja em seu valor máximo positivo.

 Na energização
g ç de transformadores é usual a operação
p ç na região
g acima do
“joelho”, notadamente a energização com o secundário em vazio ou
eliminação de defeitos.

 Por esta razão podem aparecer sobretensões elevadas com forte conteúdo de
harmônicos e baixo amortecimento.

 Estas sobretensões dependem de uma série de fatores, por exemplo:


instantes de fechamento dos contatos do disjuntor, fluxo residual, tensão
antes do fechamento do disjuntor, potência do transformador e configuração
da rede elétrica.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 391

 Devido às características já descritas das sobretensões, quando da realização


de simulações, cuidados especiais devem ser tomados com relação ao
sistema elétrico (comparar o sistema elétrico completo e o sistema elétrico
modelado para o estudo, com relação a resposta harmônica dos dois
sistemas da barra onde a manobra será realizada).

 As sobretensões provocadas por energização de transformadores são


caracterizadas como sendo sobretensões de manobra e por esta razão a
g
modelagem dos componentes
p da rede elétrica deve ser feita na faixa de
centenas de Hz a poucos kHz.

 Manobras de transformadores em vazio,, motores,, reatores e transformadores


com reatores ligados ao terciário acarretam sobretensões nos terminais do
equipamento desconectado em virtude da transformação da energia
magnética armazenada no circuito indutivo em energia eletrostática
transferida para as capacitâncias do circuito (usualmente pequenas e
formadas principalmente pelas capacitâncias das buchas e ligações para a
terra).
Cláudio Ferreira 26/05/2019 392

 Modelos dos componentes do Sistema Elétrico para o estudo de energização


de transformadores:

- Transformadores: impedâncias de dispersão dos enrolamentos e suas


conexões, curva de saturação e fluxo residual.

- Linhas de transmissão: parâmetros distribuídos, variando ou não com a


q
freqüência ((não é essencial).
)

- Pára-raios: elementos não-lineares com característica tensão/corrente


apropriada para surtos de manobra (correntes do tipo 45/90, 30/60 ou 1
ms).

- Disjuntores: chaves estatísticas, eventuais resistores de pré-inserção e


sistemas de sincronismo.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 393

PARTE 3

CURVA DE SATURAÇÃO E HISTERESE


DE TRANSFORMADORES (E
REATORES)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 394

 Antes de iniciar devemos relembrar:

SI
Símbolo Nome (Sistema Internacional)
CGS

 Fluxo magnético Weber


(Wb)
Vs
V.s Maxwell
(Mw)

Indução magnética
B Tesla Wb Gauss
Densidade de fluxo magnético
(T) m2 (G)
Campo magnético

Intensidade de campo magnético


H Força do campo magnético A Praoersted Oersted
m (pOe) (Oe)
Campo magnetizante

Eu também
lembro ... Sistema Meio material Ar

SI B  0 ( H  M ) B  0 H M - magnetização de um material na presença


de um campo magnético
μ0 = 4B10-7 (H.m) - permeabilidade magnética
CGS B  H  4 M B  H do vácuo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 395

 Histerese:
A curva de saturaçãoã
B (T) curva de é o lugar geométrico
Tensão joelho
(Wb) saturação dos vértices dos ciclos
de histerese
Na região superior ao
reatância “joelho” a corrente de
laço
aço de núcleo de ar
histerese excitação aumenta
muito rapidamente

H (Ae/m) ç
Nesta condição o
enlace de fluxo se
processa pelo ar,
Corrente sendo conhecida a
relação Ψ x i nesta
região como
“reatância de núcleo
d ar””
de
Cláudio Ferreira 26/05/2019 396

 Tem-se que: VRMS , IRMS


( valores eficazes )

0
, i
ˆ
( valores ins tan taneos )

Ou seja:
2 θ0 θ1 i0 i1 i

θ0
θ1 2V
 

R
Regra d
da integração
i t ã
2  trapezoidal
i   de modo
 recursivo
Cláudio Ferreira 26/05/2019 397

PARTE 4

MODELOS DE ELEMENTOS
INDUTIVOS NO PROGRAMA ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 398

 No ATPDraw/ATP têm-se
ê os seguintes modelos de transformadores:

- Ideais (trifásico e monofásico).

- Modelados através de um circuito com resistências, indutâncias,


. transformadores ideais, indutâncias saturáveis e capacitâncias
(t
(transformador
f d saturável
t á l trifásico
t ifá i e monofásico,
fá i de
d múltiplos
últi l enrolamentos).
l t )

- Modelados através de matriz linear utilizando dados do teste a


. vazio e curto
curto-circuito
circuito na freqüência nominal (BCTRAN, XFORMER).

 No ATP pode-se representar o ramo magnetizante através dos


seguintes modelos:

- Type-98 pseudo-nonlinear inductance


(subcomponente do Saturable Transformer).
- Type-93 true-nonlinear inductance (método de compensação).
- Type-96 pseudo-nonlinear hysteretic inductor.
- Type-93/98
T 93/98 non-linear
li currentt dependent
d d t inductor
i d t with
ith hysteresis
h t i
(hysterese hevia).
Cláudio Ferreira 26/05/2019 399

 No ATPDraw/ATP têm-se
ê os seguintes modelos de transformadores:

- Tipo 18 – transformador ideal (fonte);


- XFORMER, BCTRAN, TRELEG (elementos acoplados, matriz de impedâncias);
- Modelo Saturable transformer component (STC):

transformadores monofásicos ou
bancos, núcleo envolvente (shell type)
baixa relutância de seqüência zero
- Parâmetros: Seq. Zero = Seq. Positiva. núcleo envolvido (core type) VLV2
R 
- Indução nas três fases independentes. elevada relutância de seqüência zero 0 3 L0
Cláudio Ferreira 26/05/2019 400

PARTE 5

SIMULAÇÃO E ANÁLISE DE
TRANSITÓRIOS
ELETROMAGNÉTICOS
É EM
TRANSFORMADORES E REATORES
Cláudio Ferreira 26/05/2019 401

Neste item serão feitas aplicações práticas envolvendo


chaveamento de transformadores e reatores no que se refere
aos transitórios
t itó i eletromagnéticos
l t éti que ocorrem nos mesmos
devido a estas situações operativas.

O enfoque destas aplicações é a consolidação das formulações


e técnicas descritas nos itens anteriores.

Serão analisados os seguintes


g casos:

- Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

- Caso 2 – Manobra de energização de transformadores

- Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação


Cláudio Ferreira 26/05/2019 402

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Seja um transformador trifásico de 3 enrolamentos, constituído de 3


b n o monofásicos,
bancos monofá i o de potência
potên i 750/750/30 MVA e tensão
ten ão
550/246,8/14,8 kV, ligado em Yat/Yat/Delta. Os dados de sua curva de
saturação são:
1,40
a) Joelho = 1,25 pu. 1,20
1,00
b) Reatância
eatâ c a do núcleo
úc eo de ar
a = 57,5%.
5 ,5%
0,80

V (pu)
c) Corrente de magnetização = 0,1% 0,60
da corrente nominal. 0,40
0 20
0,20
d) Curva de saturação:
0,00
0,000 0,030 0,060 0,090 0,120 0,150
I (pu)

Obter a curva de saturação (Φ x i) e a curva de histerese (Φ x i) deste


transformador através dos programas ATPDraw e ATP. Conferir alguns
pontos com cálculos
á analíticos.
í
Cláudio Ferreira 26/05/2019 403

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

 No ATP existem duas subrotinas básicas para obter a característica


fluxo corrente de elementos não lineares:
fluxo-corrente

- A SATURA que fornece a curva de saturação fluxo-corrente para pares de


valores eficazes de tensão e corrente fornecidos, a histerese é ignorada,
sendo sua palavra chave SATURATION.
- A HYSDAT que fornece a a curva de histerese fluxo-corrente para
elementos que apresentam magnetismo residual
residual, sendo sua palavra chave
HYSTERESIS.

 No ATPDraw pode-se
pode se fornecer diretamente os pares tensão-corrente
tensão corrente
quando especifica o componente magnético e a conversão para
fluxo-corrente é feita automaticamente ao se gerar o arquivo *.atp.

 Outra rotina para utilização da curva de histerese é a HYSTERESE


HEVIA (através de curvas dada pela tangente hiperbólica) – Type
93 – Rule
R le Book página
págin 5J-1.
5J 1
Cláudio Ferreira 26/05/2019 404

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Do gráfico fornecido pode-se obter:

Representando a curva de
I (pu) V (pu)
saturação no enrolamento
0 000000
0,000000 0 00
0,00 de mais alta tensão
tensão, tem-se:
0,001312 1,00
S3F  750 ( MVA )
0,001980 1,05
V3F  550 ( kV )
0,002939 1,10
0,004803 1,15
Sendo a representação por fase:
0,008650 1,20
S3F 750
,
0,016445 1,25
, S    250 ( MVA )
3 3
0,049500 1,28 V3F 550
V    317,54 ( kV )
0,125000 1,32 3 3
Cláudio Ferreira 26/05/2019 405

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Arquivo para obtenção da curva i x Ψ:

 Através do ATPDraw:  Através de arquivo diretamente


Fornecer no modelo do no ATP:
transformador os pares tensão- BEGIN NEW DATA CASE
SATURATION

corrente em valores reais e a C


C -----------------------------------------------------------
C * CURVA DE SATURACAO DE TRANSFORMADOR

conversão para fluxo-corrente é C


C
550/246.8/14.8 kV - Yat/Yat/D
1 UNIDADE - 750/750/30 MVA

feita automaticamente ao se gerar


C ----------------------------------------------------------
C
GRAVAR EM 60.0 317.54 250.00 0 0

ARQUIVO
o arquivo *.atp.
0.001312 1.0000
0.001980 1.0500
*.PCH 0.002939
0.004803
1.1000
1.1500
0.008650 1.2000
0.016445 1.2500
0 049500
0.049500 1
1.2800
2800
0.125000 1.3200
9999
$PUNCH
BLANK CARD TO TERMINATE ALL "SATURATION" DATA CASES
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK CARD TO TERMINATE ATP EXECUTION

MODELO DO
TRANSFORMADOR

INDICAÇÃO QUE OS
DADOS SERÃO VALORES
REAIS (A x V)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 406

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Derived saturation curve gives peak current as a function of flux :

CURVA DE SATURAÇÃO
Row Current [amp] Flux [volt-sec]
1 0.0000000000 0.0000000000
1800
2 1.4607987921 1191.1935126355
3 3.5775197404 1250.7531882673 1350

o (V.s)
4 5.1475434327 1310.3128638991
5 9
9.1492580170
1492580170 1369
1369.8725395309
8725395309 900

Fluxo
6 17.2723618069 1429.4322151626
450
7 33.7754624258 1488.9918907944
8 130.1567155209 1524.7276961735 0
9 291.3056400676 1572.3754366789 0 75 150 225 300

9999 i (A)

Next, check the derived curve by independent reverse computation. Assuming sinusoidal voltage (flux) at the level
of each point,
rms current is found numerically. This curve should be equal to the original I-V points inputted.
Row Current in P.U. Voltage in P.U.
2 0.00131200 1.00000000
3 0.00198000 1.05000000
4 0.00293900 1.10000000
5 0.00480300 1.15000000
6 0.00865000 1.20000000
7 0.01644500 1.25000000
8 0.04950000 1.28000000
9 0.12500000 1.32000000
Cláudio Ferreira 26/05/2019 407

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Derived characteristic for Type-96 pseudo-nonlinear EMTP branch card follows.


Current Flux
-8.44387500E+00 -1.44519618E+03 CURVA DE HISTERESE
-1.05548438E+00 -1.36899492E+03
(HYSTERESE-HEVIA)
6.33290625E-01 -1.26126212E+03
1800
1.47767813E+00 -9.80981647E+02
2.84980781E+00 8.49600176E+02
900
4.43303438E+00 1.12112188E+03

o (V.s)
7.59948750E+00 1.28753841E+03
0

Fluxo
1.40379422E+01 1.40140235E+03 -25 0 25 50
3.37755000E+01 1.48899000E+03 -900
4.64413125E+01 1.49774876E+03
9999. -1800
1800
i (A)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 408

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Representando a curva por somente dois pontos:

Dados (pu): V0, V1, I0, I1


2 V0 VBASE
0  i0  2 I0 IBASE Obter (Vs, A): Φ0, Φ1, i0, i1

2 V1 VBASE
1  i1  i0  1 ( 1  0 )

1

x 12  y 1  z  0

 2 12     12
x   0    0   sen 2 0  2 0 1 cos 0 i
 2   2  4 i0 i1

   
y  2 i 0  0  0    1 cos 0   i 
  2   0  arctg  0 
 0 
02 12  sen 2 0      2
z   0    i 02   0   I1  
2  2  2  2 0  arcsen  0 
 1 

Referência: Transitórios Eletromagnéticos em Sistemas de Potência – Luiz Cera Zanetta Júnior – Edusp/2003
Cláudio Ferreira 26/05/2019 409

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Representando a curva por somente dois pontos:

V0  1,25 ( pu )  I0  0,016445 ( pu )

1
V1  1,32 ( pu )  I1  0,125000 ( pu )

2 V0 VBASE 2  1,25  317.540


0    1.488,99 ( V s )
 2    60

i0 i1 i 2 V1 VBASE 2  1,32  317.540


1    1.572,37 ( V s )
 2    60

250000000
i0  2 I0 IBASE  2  0,016445   18,31 ( A )
317540

i1  289,19 ( A )
x  1209,94 0  1,2436 rad

y  664,732
664 732 0  0,0123
0 0123 rad

z   14928,032 1  3,2486 rad


Cláudio Ferreira 26/05/2019 410

Caso 1 – Obtenção da curva de saturação de elementos saturáveis

Representando a curva por somente dois pontos:

V0  1,25 ( pu )  I0  0,016445 ( pu )

1
V1  1,32 ( pu )  I1  0,125000 ( pu )

0
BEGIN NEW DATA CASE
SATURATION
C
C -----------------------------------------------------------
C * CURVA DE SATURACAO DE TRANSFORMADOR

i0 i1 i C
C
550/246.8/14.8 kV - Yat/Yat/D
1 UNIDADE - 750/750/30 MVA
C CURVA COM DOIS PONTOS
C ----------------------------------------------------------
C
60.0 317.54 250.00 0 0
0.016445 1.2500
0.125000 1.3200
9999
BLANK CARD TO TERMINATE ALL "SATURATION"
SATURATION DATA CASES
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK CARD TO TERMINATE ATP EXECUTION

Derived saturation curve gives peak current as a function of flux :


R
Row C
Current
t [
[amp]
] Fl
Flux [
[volt-sec]
lt ]
1 0.0000000000 0.0000000000
2 18.3100885189 1488.9918907944
3 289.1815590486 1572.3754366789
9999
Cláudio Ferreira 26/05/2019 411

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Seja o Sistema Elétrico de Potência apresentado na figura abaixo, constituído de


um gerador
u ge ado G, um
u transformador
a s o ado elevador
e e ado TR1, uma
u a linhaa de transmissão
a s ssão LT e
um transformador de três enrolamentos TR2.

G TR1 TR2
LT
Cláudio Ferreira 26/05/2019 412

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

São dados:
a)) Gerador
G d G:G 13,8
13 8 kV,
kV 350 MVA,
MVA Xd” = 15
15,5%,
5% r = 0
0,14%,
14% X0 = 13,5%.
13 5%
b) Transformador elevador TR1: 13,8/525 kV, X = 13%, 378 MVA, /Yat, saturação
desprezada.
c) Linha de transmissão LT: 525 kV, 330 km, com parâmetros de seqüência
positiva: r = 0,0258 /km, x = 0,3263 /km, c = 13,52 nF/km e de seqüência
,
zero: r = 0,3880 /km,
/ , x = 1,3700
, /km
/ e c = 8,77
, nF/km.
/
d) Transformador TR2: trifásico, de 3 enrolamentos,
I (pu) V (pu)
constituído de 3 bancos monofásicos, de tensão
0,000000 0,00
550/246 8/14 8 kV,
550/246,8/14,8 kV potência de 750/750/30 MVA,
MVA
Yat/Yat/, resistência dos enrolamentos de 0,001312 1,00

0,446 , 0,169  e 0,00432 , reatância de 0,001980 1,05


dispersão na base de 750 MVA, altaalta-média
média = 0,002939 1,10
11,57%, média-baixa = 21,47% e alta-baixa = 0,004803 1,15
36,15%, perdas a vazio de 315 kW. 0,008650 1,20
0 016445
0,016445 1 25
1,25
0,049500 1,28
0,125000 1,32
Cláudio Ferreira 26/05/2019 413

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Considere o gerador G operando em vazio com tensão de 1,05 pu em seus


terminais e os tapes
p dos transformadores na p
posição
ç nominal. Simular a
energização do transformador TR2:

a) Energização desprezando a curva de saturação.


b) E
Energização
i ã representando
d a curva de
d saturação.
ã
c) Energização representando a curva de histerese.
d) Energização quando a tensão na fase a no extremo da LT passar por zero
diminuindo.
e) Energização quando a tensão na fase a no extremo da LT passar pelo seu
valor máximo.
f) Energização considerando o gerador G um barramento infinito.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 414

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP:

 Transformador TR1:
Modelo: Saturable Transformer Component (STC)
X = 13,0
13 0 %,
% 378 MVA,
MVA ∆-Y
∆ Yat
Metade da impedância é colocada no 13,8 kV e metade no 525 kV:

13,0
13 0 13 82
13,8
X13.8    0,09824 
2  100 378
3
2
 525 
13,0  
X 525    3
 47,39583 
2  100 378
3
Tensão dos enrolamentos:

13,8
, kV    13 8  13,8
V13.8 , kV
525
525 kV  Yat  V525   303,11 kV
3
Cláudio Ferreira 26/05/2019 415

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:
Modelo: Saturable Transformer Component (STC)
XA-M = 11,57
11 57 %
%, XM-B = 21,47
21 47 %,
% XB-A = 36,15
36 15 %,
% 750 MVA

 X A M  X B  A  X M B 11,57  36,15  21, 47


 X A    13,125 %
2 2

Equivalente  X M B  X AM  X B  A 21, 47  11,57  36,15
  XM     1,555 %
em estrela 2 2


 X B  X B  A  X M  B  X A  M  36,15
36 15  21
21, 47  11
11,57
57
 23,025 %
 2 2

13,125  550 
2
3
XA    52,93750
52 93750  não esquecer:
100 750 3
rA  0,446 
 
2

1,555 246,8 3
resultando: XM     1,26287  rM  0,169 
100 750 3 rB  0,00432 
23,025 14,8 
2

XB    0,20174 
100 750 3
Cláudio Ferreira 26/05/2019 416

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:
Tensão dos enrolamentos:

550
550 kV  Yat  V550   317,54 kV
3
246 8
246,8
246,8 kV  Yat  V246,8   124, 49 kV
3
14,8 kV    V14.8  14,8 kV
Cláudio Ferreira 26/05/2019 417

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:
Cláudio Ferreira 26/05/2019 418

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:
Ramo magnetizante: no saturable transformer o ramo é interno ao modelo e
representado no enrolamento primário.

I (ARMS) V (VRMS)
0,00000 0,00
I (pu) V (pu)
1,03293 317.542,65 0,000000 0,00
0,001312 1,00
1,55885 333.419,78
0,001980 1,05
2,31386 349.296,91 0,002939 1,10

3,78138 365.174,05
0,004803 1,15 x Rmag
0,008650 1,20

6,81011 381.051,18 0,016445 1,25


0,049500 1,28
12 94708
12,94708 396 928 31
396.928,31 0,125000 1,32

38,97114 406.454,59
98,41198 419.156,30

Alternativamente pode-se fornecer a curva i x Ψ


diretamente ou no arquivo *.pch através de $INCLUDE
Cláudio Ferreira 26/05/2019 419

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:
Ramo magnetizante: no saturable transformer o ramo é interno ao modelo e
representado no enrolamento primário.

Com as perdas a vazio pode-se obter Rmag:

 
2
x Rmag
Venr 
2
550 3
Rmag    960,317 k 
Wvazio 315 3
Cláudio Ferreira 26/05/2019 420

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:
Ramo magnetizante: no saturable transformer o ramo é interno ao modelo e
representado no enrolamento primário.

Obs: pode-se representar a curva de saturação externamente ao modelo através do elemento tipo 98 –
pseudo-nonlinear reactor.

curva de histerese representada externamente através do elemento tipo 96 – pseudo-nonlinear


hysteretic inductor.

nos casos acima Rmag deve ser representado como um ramo RLC a parte e lembrar que estes
elementos são monofásicos e portanto devem ser representados nas três fases (usar splitter no
ATPDraw.

(Io,Ψo) fornecido no ramo magnetizante corresponde ao valor da corrente (A) e do fluxo (V.s) em
regime permanente e servirá para definir o ponto de operação nesta situação. Como no início da
simulação o transformador se encontra desligado (fora de operação), o fornecimento ou não de
valores para (Io,Ψo) não altera os resultados obtidos.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 421

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:

CURVA DE
SATURAÇÃO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 422

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

Modelo do transformador no ATP

 Transformador TR2:

CURVA DE
HISTERESE BAR5-
Zg BAR1- BAR2- LT
BAR4-
Csing
Vg LT1- LT2- TR2
TR1
BAR3-

C <++++++> Cards punched by support routine on 04-Dec-12 10:18:21 <++++++>


C HYSTERESIS HEVIA 1 1.1 .04
C 98NODE1 NODE2 105000.0 60.0
C 1.46079879E+00 1.19119351E+03
C 3.57751974E+00 1.25075319E+03
C 5.14754343E+00 1.31031286E+03
C
C
9.14925802E+00 1.36987254E+03
1.72723618E+01 1.42943222E+03 Hyst-c Hyst-a
C 3.37754624E+01 1.48899189E+03
C 1.30156716E+02 1.52472770E+03
C 2.91305640E+02 1.57237544E+03
C 9999
C 96NODE1 NODE2 HEVIA HYSTER 3.57751974 1250.75319 162.9239638 3
Hyst-b
-3.32025957E+01 -1.48899189E+03
-1.61927088E+01 -1.42943222E+03
-8.24278389E+00 -1.36987254E+03
-4.38964208E+00 -1.31031286E+03
-2.93367087E+00 -1.25075319E+03
-9.04057565E-01 -1.19119351E+03
1.43243387E-01 0.00000000E+00
1.60404218E+00 1.19119351E+03
3.72076313E+00 1.25075319E+03
5.29078682E+00 1.31031286E+03
9.29250141E+00 1.36987254E+03
1.74156052E+01 1.42943222E+03
3.38470841E+01 1.48899189E+03
1.30156716E+02 1.52472770E+03
2.91305640E+02 1.57237544E+03
9999
Cláudio Ferreira 26/05/2019 423

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores


A energização será feita com uma tensão muito elevada nos terminais da linha de transmissão, o que não
acontece na realidade. Isto será feito para que ocorra correntes elevadas de magnetização.

800
[kV]
600

400

200

-200

-400

-600

-800
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2a1.pl4; x-v ar t) v :LT1-A v :LT1-B v :LT1-C

INÍCIO DA LINHA DE TRANSMISSÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DA LINHA DE TRANSMISSÃO ANTES DE ENERGIZAR O


TRANSFORMADOR
Cláudio Ferreira 26/05/2019 424

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores


A energização será feita com uma tensão muito elevada nos terminais da linha de transmissão, o que não
acontece na realidade. Isto será feito para que ocorra correntes elevadas de magnetização.

900
[kV]
600

300

-300

-600

-900
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2a1.pl4; x-v ar t) v :LT2-A v :LT2-B v :LT2-C

FINAL DA LINHA DE TRANSMISSÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DA LINHA DE TRANSMISSÃO ANTES DE ENERGIZAR O


TRANSFORMADOR
Cláudio Ferreira 26/05/2019 425

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores


A energização será feita com uma tensão muito elevada nos terminais da linha de transmissão, o que não
acontece na realidade. Isto será feito para que ocorra correntes elevadas de magnetização.

900 EFEITO FERRANTE

[kV]
600

300

-300

-600

-900
0 15 30 45 60 75 [ms] 90
(f ile Exer-2a1.pl4; x-v ar t) v :LT1-A v :LT2-A

TENSÃO FASE A DA LINHA DE TRANSMISSÃO


vermelho  início da linha de transmissão
verde  final da linha de transmissão

TENSÃO NOS TERMINAIS DA LINHA DE TRANSMISSÃO ANTES DE ENERGIZAR O


TRANSFORMADOR
Cláudio Ferreira 26/05/2019 426

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

900
[kV]
600

A
300
energização
foi feita após
20 ms de
0
regime
permanente.
-300

-600

-900
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2b1.pl4; x-v ar t) v :BAR3-A v :BAR3-B v :BAR3-C

PRIMÁRIO – 550 kV SEM


SATURAÇÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 427

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

400
[kV]
300

200
A
energização 100
foi feita após
20 ms de
0
regime
permanente.
-100

-200

-300

-400
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2b1.pl4; x-v ar t) v :BAR4-A v :BAR4-B v :BAR4-C

SECUNDÁRIO – 246,8 kV SEM


SATURAÇÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 428

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

25,00
25 00
[kV]
18,75

12,50
A
energização 6,25
foi feita após
20 ms de
0,00
regime
permanente.
-6,25

-12,50

-18,75

-25,00
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2b1.pl4; x-v ar t) v :BAR5-A v :BAR5-B v :BAR5-C

TERCIÁRIO – 14,8 kV SEM


SATURAÇÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item a
860
Cláudio Ferreira 26/05/2019 429
COINCIDÊNCIA DAS CURVAS
[kV]

820

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores 780

740

700

660
20 30 40 50 60 70 [ms] 80
(f ile exer-2b1.pl4; x-v ar t) v :BAR3-A v :BAR4-A
factors: 1 1 2,228
offsets: 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00

900 400
[kV ]
[kV]
300
600
200

300 100

0
0
-100

-300
-200

-600 -300

-400
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
-900 (f ile Exer-2b1.pl4; x-v ar t) v :BAR 3-A v :BAR 4-A
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25 fac tors: 1 0,449 1
(f ile Exer-2b1.pl4; x-v ar t) v :BAR3-A v :BAR4-A offsets: 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00

TENSÃO FASE A DO TRANSFORMADOR


vermelho  primário (550 kV)
verde  secundário (246,8 kV)
TENSÃO DO SECUNDÁRIO =
TENSÃO DO PRIMÁRIO x RELAÇÃO DE
TRANSFORMAÇÃO = 246.8/550

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item a
Cláudio Ferreira 26/05/2019 430

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

20
2,0
[MV]
1,5

1,0
A
energização 0,5
foi feita após
20 ms de
0,0
regime
permanente.
-0,5

-1,0

-1,5

-2,0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2b2.pl4; x-v ar t) v :BAR3-A v :BAR3-B v :BAR3-C

PRIMÁRIO – 550 kV COM


SATURAÇÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 431

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

800
[kV]
600

400
A
energização 200
foi feita após
20 ms de
0
regime
permanente.
-200

-400

-600

-800
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2b2.pl4; x-v ar t) v :BAR4-A v :BAR4-B v :BAR4-C

SECUNDÁRIO – 246,8 kV COM


SATURAÇÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 432

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

3000
[A]
2000
Inominal-TR2 =
A 1000
energização 1113 A
foi feita após 0
20 ms de
regime
permanente. -1000

-2000

-3000

-4000
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2b2.pl4; x-v ar t) c:TR2-A - c:TR2-B - c:TR2-C -

COM
SATURAÇÃO

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO iINRUSH) DO TRANSFORMADOR TR2


Item b
1,00
Cláudio Ferreira 26/05/2019 433
NÃO COINCIDÊNCIA DAS CURVAS
[MV]

0,78

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores 0,56

0,34

Porque a não
coincidência? 0,12

PERGUNTA DE PROVA -0,10


20 30 40 50 60 70 [ms] 80
(f ile Exer-2b2.pl4; x-v ar t) v :BAR3-A v :BAR4-A

1,0 1,0

[MV] [MV ]

0,5 0,5

0,0
0,0

-0,5
-0,5

-1,0
10
-1,0

-1,5
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
-1,5 (f ile Exer-2b2.pl4; x-v ar t) v :BAR 3-A v :BAR 4-A
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25 fac tors: 1 1 2,228
(f ile Exer-2b2.pl4; x-v ar t) v :BAR3-A v :BAR4-A offsets: 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00

TENSÃO FASE A DO TRANSFORMADOR


vermelho  primário (550 kV)
verde  secundário (246,8 kV)
TENSÃO DO SECUNDÁRIO =
TENSÃO DO PRIMÁRIO x RELAÇÃO DE
TRANSFORMAÇÃO = 246.8/550 COM
SATURAÇÃO

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 434

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

10
1,0
[MV]

0,5

A
energização 0,0
foi feita após
20 ms de
regime
-0,5
permanente.

-1,0

-1,5
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
Exer-2b2.pl4: v :BAR3-A
exer-2b1.pl4: v :BAR3-A

TENSÃO FASE A DO PRIMÁRIO DO TRANSFORMADOR


vermelho  sem representar a saturação
p
verde  representando a saturação
ç

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 435

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

3
[MV]
2

A
1
energização
foi feita após
20 ms de
0
regime
permanente.
-1

-2

-3
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2e3X.pl4; x-v ar t) v :BAR3-A v :BAR3-B v :BAR3-C

PRIMÁRIO – 550 kV COM


HISTERESE

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 436

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

12
1,2
[MV]

0,8

A
0,4
energização
foi feita após
20 ms de
0,0
regime
permanente.
-0,4

-0,8

-1,2
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2e3X.pl4; x-v ar t) v :BAR4-A v :BAR4-B v :BAR4-C

SECUNDÁRIO – 246,8 kV COM


HISTERESE

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 437

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

6000

[A]

4000

A
energização
foi feita após 2000
20 ms de
regime
permanente. 0

-2000
2000

-4000
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
(f ile Exer-2e3X.pl4; x-v ar t) c:BAR3-A- c:BAR3-B- c:BAR3-C-

COM
HISTERESE

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO iINRUSH) DO TRANSFORMADOR TR2


Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 438

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

15
1,5
[MV]
1,0

0,5
A
energização 0,0
foi feita após
20 ms de -0,5
regime
permanente. -1,0

-1,5

-2,0

-2,5
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
Exer-2e3X.pl4: v :BAR3-A
exer-2b2.pl4: v :BAR3-A

TENSÃO FASE A DO PRIMÁRIO DO TRANSFORMADOR


vermelho  representando a saturação
p
verde  representando a histerese

TENSÃO NOS TERMINAIS DO TRANSFORMADOR TR2


Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 439

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

4500
[A]
3750

3000
A
energização 2250
foi feita após
20 ms de 1500
regime
permanente. 750

-750

-1500
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
Exer-2e3X.pl4: c:BAR3-C-
exer-2b2.pl4: c:TR2-C -

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO FASE C DO TRANSFORMADOR


vermelho  representando a saturação
p
verde  representando a histerese

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO iINRUSH) DO TRANSFORMADOR TR2


Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 440

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

15
1,5
[MV]
1,0

0,5

0,0

-0,5

-1,0

-1,5
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile exer-2c1x.pl4; x-v ar t) v :LT2-A v :BAR3-A

TENSÃO NO
EXTREMO DA LT E energização
NA FASE a DO ocorrendo quando
PRIMÁRIO DO a tensão na fase a
TRANSFORMADOR passa por zero
TR2 t = 19,483 ms Item d
Cláudio Ferreira 26/05/2019 441

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

15
1,5
[MV]
1,0

0,5

0,0

-0,5

-1,0

-1,5

-2,0

-2,5
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exer-2c2x.pl4; x-v ar t) v :LT2-A v :BAR3-A

TENSÃO NO
EXTREMO DA LT E
NA FASE a DO energização ocorrendo
PRIMÁRIO DO quando a tensão na fase
TRANSFORMADOR a passa pelo máximo
TR2 t = 15,316 ms Item d
Cláudio Ferreira 26/05/2019 442

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

3000
[A]
2000

1000

-1000

-2000

Porque ? -3000
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
PERGUNTA Exer-2c2x.pl4: c:TR2-A -
DE PROVA exer-2c1x.pl4: c:TR2-A -

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO FASE A DO TRANSFORMADOR


vermelho  energizando quando a tensão passa por zero
g
verde  energizando quando
q a tensão passa
p p
pelo máximo

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO  ENERGIZAR QUANDO A TENSÃO PASSA POR ZERO É PIOR


Item d/e
Cláudio Ferreira 26/05/2019 443

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

10
1,0
[MV]

0,5

0,0

-0,5

-1,0

-1,5
0 4 8 12 16 [ms] 20
Exer-2f 3.pl4: v :LT2-A
exer-2b2.pl4: v :LT2-A

TENSÃO FASE A NO EXTREMO DA LINHA DE TRANSMISSÃO


ANTES DA ENERGIZAÇÃO DO TRANSFORMADOR TR2
vermelho  POTÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO 2260 MVA
verde  POTÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO INFINITA

Item f
Cláudio Ferreira 26/05/2019 444

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

10
1,0
[MV]

0,5

A
energização 0,0
foi feita após
20 ms de
regime
-0,5
permanente.

-1,0

-1,5
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
Exer-2f 3.pl4: v :BAR3-A
exer-2b2.pl4: v :BAR3-A

TENSÃO FASE A DO PRIMÁRIO DO TRANSFORMADOR TR2


vermelho  POTÊNCIA DE CURTO
CURTO-CIRCUITO
CIRCUITO 2260 MVA
verde  POTÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO INFINITA

Item f
Cláudio Ferreira 26/05/2019 445

Caso 2 – Manobras de energização de transformadores

500
[A]
0

-500
A
energização -1000
foi feita após
20 ms de -1500
regime
permanente. -2000

-2500

-3000

-3500
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 [s] 0,25
Exer-2f 3.pl4: c:TR2-A -
exer-2b2.pl4: c:TR2-A -

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO NA FASE A DO


TRANSFORMADOR TR2
vermelho  POTÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO 2260 MVA
verde  POTÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO INFINITA

Item f
Cláudio Ferreira 26/05/2019 446

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

Seja a subestação de 765 kV mostrada na figura abaixo, onde se pretende


desligar
des ga um
u banco
ba co de reatores.
ea o es Pede-se
ede se obter
ob e a tensão
e são e a corrente
co e e nos os terminais
e as
do reator, a corrente e tensão no disjuntor (câmara principal e auxiliar) e a
corrente e a energia dissipada nos pára-raios.

subestação
765 kV

Pára-raios Reator
Cláudio Ferreira 26/05/2019 447

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

São dados:
a)) Reator:
R t 300 M
Mvar, Yat, ffator
t ded qualidade
lid d 300,
300 curva de
d saturação:
t ã

i (A) Φ (V.s)
440,27 2.071,0
579,12 2.435,2
750,44 2.816,6

b) Disjuntor com resistor de abertura de 4000 , tempo de inserção de 15 ms e


corrente de corte de 80 A (câmara principal) e 10 A (câmara auxiliar) em
valores de pico.
c) Desprezar a dispersão entre os contatos do disjuntor.
d) Capacitância parasita do disjuntor para a terra: 0,01 F e entre os contatos
desprezível.
e) Equivalente de curto-circuito na subestação: R = 1,1025 , X = 55,125 , de
seqüência zero e R = 1,3965  e X = 69,825  de seqüência positiva.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 448

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

f) Pára-raios Zn0: ABB EXLIM T


Cláudio Ferreira 26/05/2019 449

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

Modelo do reator no ATP

Q = 330 Mvar, FQ = 300:

V2 7652
Q   XR   1.773,41 
XR 330

XR 1.773,41
FQ   Rperdas   5,9114 
Rperdas 300

Observação: o cálculo mais preciso seria:

V2 7652
S   ZR  2
Rperdas
d  X R2   1.773,41
1 773 41 
ZR 330

 FQ 2
 X R  ZR  1.773,400 
XR  FQ 2  1
FQ   
Rperdas  1.773,400
 Rperdas   5,9113 
 300
Cláudio Ferreira 26/05/2019 450

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

Modelo do reator no ATP

Modelo: elemento tipo 98 – pseudo-nonlinear reactor

3000

i (A)  (V.s) 2250

o (V.s)
440,27 2.071,0 1500

Fluxo
579,12 2.435,2 750

750,44 2.816,6 0
0 200 400 600 800
C orrente (Apico)

Observação: no ponto de regime permanente (io,Φ0):

 2.071
LR   LR   4,704 H  X R   LR  1.773,34 
i 440,27
Cláudio Ferreira 26/05/2019 451

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

Disj aux
R/ 2 R/ 2

DA1- DA2-
FONT- Equiv
REAT-
EQUI-
Vequiv Disj pri Rperdas
AUPR- REAM-
AUPR-A REAM-A
REAM A
Lreator

PODE SER MONTADO


TAMBÉM COM O
SPLITTER
Cláudio Ferreira 26/05/2019 452

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

900 400
[A]
[kV]
300
600
200

300
100

0 0

-100
-300
-200

-600
-300

-900 -400
0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exer-3a.pl4; x-var t) v:REAT-A v:REAT-B v:REAT-C (f ile Exer-3a.pl4; x-var t) c:REAT-A-REAM-A c:REAT-B-REAM-B c:REAT-C-REAM-C

TENSÃO
à NOS TERMINAIS DO REATOR CORRENTE ATRAVÉS
É DO REATOR

4,0 900
[A] [J]

750
-1,2

600
-6,4

450

-11,6
300

-16,8
150

-22,0 0
0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exer
Exer-3a.pl4;
3a pl4; xx-vv ar t) c:REAT-A-AUPR-A
c:REAT A AUPR A c:REAT B AUPR B
c:REAT-B-AUPR-B c:REAT B AUPR B
c:REAT-B-AUPR-B (f ile
il Exer-3a.pl4;
E 3 l4 x-var t)) e:AUPR-A-
AUPR A e:AUPR-B-
AUPR B e:AUPR-C-
AUPR C

CORRENTES NOS PÁRA-RAIOS ENERGIA DISSIPADA NOS


DE ZnO PÁRA-RAIOS DE ZnO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 453

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

1 ,0

[m A ]

0 ,6

0 ,2

- 0 ,2

- 0 ,6

- 1 ,0
10 15 20 25 30 35 40 45 [m s ] 50
( f ile E x e r - 3 a . p l4 ; x - v a r t ) c : R E A T -A -A U P R -A

700 2
[kV] CORRENTE PÁRA-RAIOS [A]
500
-2
300
-6
100

-100
100 -10
10

-300
-14
-500
-18
-700 INÍCIO ATUAÇÃO PÁRA-RAIOS

-900 -22
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ilile E
Exer-3a.pl4;
3 l4 x-v ar t) v :REAT-A
REAT A c:REAT-A-AUPR-A
REAT A AUPR A

Vermelho  tensão no pára-raios (fase a)


Verde  corrente no pára-raios (fase a)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 454

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

TENSÃO ATRAVÉS DO DISJUNTOR CORRENTE ATRAVÉS DO DISJUNTOR


1,00 150
[MV]
[A]
0,75
100
0,50

50
0,25

0,00 0

-0,25
0 25
-50
-0,50

-0,75 -100

-1,00
0 10 20 30 40 50 -150
[ms]
(f ile Exer-3a.pl4; x-var t) v:DA1-A -DA2-A v:DA1-B -DA2-B v:DA1-C -DA2-C
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exer-3a.pl4; x-var t) c:DA1-A -DA2-A c:DA1-B -DA2-B c:DA1-C -DA2-C

CONTATOS AUXILIARES
1,00 400
[MV] [A]
0,75 300

0,50 200

0,25 100

0 00
0,00 0

-0,25 -100

-0,50 -200

-0,75 -300

-1,00 -400
0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exer-3a.pl4; x-var t) v:EQUI-A-REAT-A v:EQUI-B-REAT-B v:EQUI-C-REAT-C (f ile Exer-3a.pl4; x-v ar t) c:EQUI-A-REAT-A c:EQUI-B-REAT-B c:EQUI-C-REAT-C

CONTATOS PRINCIPAIS
Cláudio Ferreira 26/05/2019 455

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

TENSÃO NO REATOR
700 900
900
[kV] [kV] [kV]
500 700
640
300 500

100 380 300

-100 100
120
-300 -100

-500 -300
-140
140
-700 -500

-900 -400 -700


0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
Exer-3az.pl4: v:REAT-A Exer-3az.pl4: v:REAT-B Exer-3az.pl4: v:REAT-C
exer-3a.pl4: v:REAT-A exer-3a.pl4: v:REAT-B exer-3a.pl4: v:REAT-C

fase a fase b fase c


Vermelho  sem corrente de corte
Verde  com corrente de corte (80 A e 10 A)

ENERGIA DISSIPADA NO CORRENTE NA FASE a


PÁRA-RAIO DE ZnO DA FASE a DO PÁRA-RAIOS DE ZnO
4,0 900
08
0,8 2
[J] [J] [mA] [A]
3,5
750 0,6
-2
3,0
0,4
600
2,5 -6
0,2

2,0 450
0,0 -10

1,5 -0,2
300 -14
14
1,0 -0,4
150 -18
0,5 -0,6

0,0 0 -0,8 -22


0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
Exer-3az.pl4: e:AUPR-A- Exer-3az.pl4: c:REAT-A-AUPR-A
exer-3a.pl4: e:AUPR-A- exer-3a.pl4: c:REAT-A-AUPR-A
Cláudio Ferreira 26/05/2019 456

Caso 3 – Manobra de abertura de reatores em derivação

TENSÃO NO REATOR
0,90 1,00 900
[MV] [MV] [kV]

0,52 600
0,62

300
0,14 0,24

0
-0,24
-0,14
-300

-0 62
-0,62
-0,52
-600

-1,00
0 10 20 30 40 [ms] 50 -0,90 -900
Exer-3b.pl4: v :REAT-A 0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
exer-3a.pl4: v :REAT-A Exer-3b.pl4: v :REAT-B Exer-3b.pl4: v:REAT-C
exer-3a.pl4: v:REAT-B exer-3a.pl4: v:REAT-C

fase a fase b fase c


Vermelho  sem resistor de abertura
Corrente de corte: 80 A e 10 A.
Verde  com resistor de abertura

ENERGIA DISSIPADA NO CORRENTE NA FASE a


PÁRA-RAIO DE ZnO DA FASE a DO PÁRA-RAIOS DE ZnO
20 50 2
[kJ] [A] [A]
0 -2
16

-50 -6
12

-100 -10

8
-150 -14

4
-200 -18

0 -250 -22
0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
Exer-3b.pl4: e:AUPR-A- Exer-3b.pl4: c:REAT-A-AUPR-A
exer-3a.pl4: e:AUPR-A- exer-3a.pl4: c:REAT-A-AUPR-A
Cláudio Ferreira
Cláudio Ferreira 26/05/2019 458

PARTE 1

CONCEITOS BÁSICOS DE
TRANSITÓRIOS EM ELEMENTOS
CAPACITIVOS EM DERIVAÇÃO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 459

 O chaveamento de elementos capacitivos em derivação introduz


transitórios de elevada freqüência, o qual devem ser analisados de
modo
d a avaliar
li seu impacto
i t nos demais
d i equipamentos
i t do
d sistema
i t
elétrico.

 Como
C exemplo
l pode-se
d citar:
it

- Chaveamento de bancos de capacitores.


- Operação
O ã de
d linhas
li h ded transmissão
i ã a vazio.
i
- Operação de sistemas de cabos subterrâneos a vazio.

 Tais transitórios normalmente estão associados à sobretensões,


devido à existência de grande quantidade de energia armazenada
nos campos elétricos desses elementos.
elementos
Cláudio Ferreira 26/05/2019 460

 O aterramento do neutro tem importância fundamental nos estudos


de transitórios, pois as análises dependerão de como o mesmo é
efetuado:
f t d
- Solidamente aterrados: as três fases são virtualmente independentes e
comportam-se
comportam se como três circuitos independentes se a própria impedância
do aterramento é desprezada e o acoplamento mútuo entre as fases é
omitido. Com isso uma análise monofásica do circuito pode se aplicada a
cada uma fases do circuito trifásico.
- Completamente isolados da terra ou aterrados através de uma impedância
qualquer: as análises envolvem as três fases e seus acoplamentos e
normalmente são mais complexos.

 As análises a seguir relativas aos principais transitórios


eletromagnéticos envolvendo elementos capacitivos serão feitos com
circuitos monofásicos elementares.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 461

 Para chaveamento de bancos de capacitores têm-se as seguintes


situações de análise:

- Energização de um banco isolado ou do primeiro banco.


- Energização de um banco com outro(s) já em operação na mesma
subestação (back-to-back).
(back to back)
- Curto-circuito próximo a banco de capacitores.
- Energização de um banco de capacitores com carga residual.
residual
- Reacendimento (restrike) do arco na abertura de um único banco de
capacitores (ou do último).
Cláudio Ferreira 26/05/2019 462

 Energização de um banco isolado:

- Tensões transitórias oscilatórias e elevadas que podem atingir:

VC  2Vmax Vmax – tensão máxima no barramento


Rs – resistência do sistema
com freqüência: Ls – indutância do sistema
1 C – capacitância do banco de capacitores
f 
2  Ls C RS LS

- Correntes não muito elevadas (Rs << Ls):


Vmax C

Vmax
IC max 
Ls
C

se Rs for pequeno a corrente é oscilatória amortecida (energização sem


resistor de pré-inserção no disjuntor);
se Rs for grande a corrente é aperiódica (energização com resistor de pré
pré-
inserção no disjuntor).
Cláudio Ferreira 26/05/2019 463

 Energização de um banco isolado:

- Magnitude e duração da tensão depende:


• da potência de curto-circuito da fonte (maior potência  menor sobretensão);
• das LTs locais (provoca amortecimento);
• da capacitância do sistema (reduz a impedância de surto do sistema);
• das características do disjuntor (controle do tempo de fechamento, resistor ou
indutor de pré-inserção).

- Fechamento próximo do zero de tensão resulta em menores transitórios.

- R
Resistor
i t dde pré-inserção
é i ã óti
ótimo = aproximadamente
i d t igual
i l a impedância
i dâ i ded
surto do sistema:
Ls Ls – indutância da fonte
R  C - capacitância do banco de capacitores
C

- A corrente de energização dos bancos de capacitores é denominada de


corrente inrush.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 464

 Energização de um banco com outro(s) já em operação na mesma


subestação (back-to-back):

- Fenômeno que ocorre quando já existem bancos de capacitores


energizados e será energizado um novo banco.

- O(s) banco(s) em operação irá(ão) se descarregar durante a energização


deste novo banco.

- Troca de energia entre os bancos de capacitores com pequena influência do


sistema, visto que a indutância entre os barramentos dos bancos de
p
capacitores são bem menores q que a indutância do sistema.

- Não ocorrem grandes variações de tensão.


Cláudio Ferreira 26/05/2019 465

 Energização de um banco com outro(s) já em operação na mesma


subestação (back-to-back): R L L S S cc

- Correntes elevadas: Vmax


L1 L

C1 C
VD max
Imax 
Leq VDmax – tensão máxima através do disjuntor
Ceq Rs, Ls – resistência e indutância do sistema
L, L1 – indutância própria dos bancos de capacitores
com freqüência: Lcc – indutância entre os bancos de capacitores
C, C1 – capacitância dos bancos de capacitores
1
f  C C1
2  Leq Ceq Leq  L  L1  Lcc Ceq 
C  C1

para (n – 1) bancos de capacitores iguais energizados e energizando mais


um banco idêntico:

n  1 VD max 1
Imax  e f 
n L 2  LC
C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 466

 Energização de um banco com outro(s) já em operação na mesma


subestação (back-to-back):

- Para limitar a corrente inrush utilizam-se reatores limitadores, cujo


tamanho pode ser estimado por:

VD max
Leq 
2  ( Imax  f )
onde I x f é obtido de normas.

- As normas (p.ex. ANSI C 37.06) fornecem valores de I (magnitude da


co ente inrush)
corrente in sh) x (limites da ffreqüência)
eqüência) para
pa a diversas
di e sas aplicações dos
disjuntores.

- Os reatores limitadores aumentam a indutância do sistema e limitam a


corrente (com o inverso da raiz quadrada dessa indutância) mas, por outro
lado, acarretam elevação da constante de tempo e redução no
ç
amortecimento das oscilações.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 467

 Curto-circuito próximo a bancos de capacitores:


Subestação
- Situação semelhante a de energização do primeiro
banco de capacitores, somente que o capacitor já
se encontra carregado e que a tensão de excitação
do circuito é nula.

- Para o curto-circuito no barramento da subestação, o valor máximo da


corrente de descarga do capacitor será, para R << L:
R L
Vmax
IC max 
L
C
C
com freqüência:
Vmax – tensão máxima no barramento
1
f  R, L – resistência e indutância equivalente do barramento
2  LC C – capacitância do banco de capacitores

para curto-circuito próximo ao banco de capacitores (R pequeno) a corrente


é oscilatória amortecida e para curto-circuito com alta resistência a corrente
é aperiódica.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 468

 Energização de um banco de capacitores com carga residual ou


reacendimento (restrike) do arco na abertura de um único banco
d capacitores
de it ((ou do
d último):
últi )

- Seja a abertura de um disjuntor isolando um banco de capacitores:


• Devido a defasagem entre a corrente e a tensão (90º), o capacitor se encontra
totalmente carregado quando o disjuntor opera;
• O capacitor isolado mantém sua carga e sua tensão;
• A tensão sobre o disjuntor atinge o dobro do valor de pico meio ciclo após a
interrupção da corrente.
VD ( t )
VC ( t )
sistema abertura do disjuntor

i(t)
Vmax sen t C VC ( t ) t
VDm ax

i(t)

desprezando a resistência do banco de capacitores


Cláudio Ferreira 26/05/2019 469

 Energização de um banco de capacitores com carga residual ou


reacendimento (restrike) do arco na abertura de um único banco
d capacitores
de it ((ou do
d último):
últi )

- Enquanto o disjuntor não estiver totalmente aberto existe grande


possibilidade de ocorrer um reacendimento (restrike).
(restrike)
- Suponha que o reacendimento ocorra quando a tensão atinja seu valor de
pico.
2Vmax

VC ( t )
sistema
abertura do disjuntor

reacendimento

Vmax sen t C - Vmax t

i(t)

desprezando a resistência do banco de capacitores


Cláudio Ferreira 26/05/2019 470

 Energização de um banco de capacitores com carga residual ou


reacendimento (restrike) do arco na abertura de um único banco
d capacitores
de it ((ou do
d último):
últi )

- Aplicando a Segunda Lei de Kirchhoff ao sistema (desprezando a resistência


do mesmo) tem-se:
tem se:

i (t ) LS
Vmax sen  t  VC ( t )  LS
t
i(t)
Vmax sen t C VC ( t )
e a tensão no capacitor resulta:
t
1
C 0
VC ( t )  VC ( 0 )  i ( t )d t
Cláudio Ferreira 26/05/2019 471

 Energização de um banco de capacitores com carga residual ou


reacendimento (restrike) do arco na abertura de um único banco
d capacitores
de it ((ou do
d último):
últi )

- Considerando que no período de estudo a tensão na fonte permanece


quase constante e igual seu valor máximo,
máximo tem-se:
tem se:
período de
VC ( t ) estudo

i (t )
t
1
  i ( t ) d t  Vmax  VC ( 0 )
abertura do disjuntor

LS
t C0 reacendimento

t
resultando:

i(t)
Vmax  VC ( 0 )
i (t )  sen  t
LS
C

VC ( t )  VC ( 0 )   Vmax  VC ( 0 )  (1  cos  t )
Cláudio Ferreira 26/05/2019 472

 Energização de um banco de capacitores com carga residual ou


reacendimento (restrike) do arco na abertura de um único banco
d capacitores
de it ((ou do
d último):
últi )

- A pior situação ocorre quando o capacitor se carrega com VC(0) = -Vmax e o


reacendimento acontece quando a tensão atinge seu valor máximo positivo
+Vmax:
VC ( t )   Vmax  2Vmax (1  cos  t )
resultando na tensão máxima sobre o capacitor de 3Vmax.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 473

 Energização de um banco de capacitores com carga residual ou


reacendimento (restrike) do arco na abertura de um único banco
d capacitores
de it ((ou do
d último):
últi )

- Quando a corrente de descarga passar por zero, nova abertura do


disjuntor ocorrerá deixando o capacitor carregado com uma tensão 3Vmax
e desta forma estarão restabelecidas as condições para a repetição do
processo de reacendimento do arco.

- Novas aberturas e reacedimentos consequentes levam à tensões máximas


no capacitor de -5Vmax, +7Vmax, -9Vmax, ... .

- Este processo poderia continuar indefinidamente


indefinidamente, mas na prática,
prática o
reacendimento nem sempre ocorre quando a tensão atinge seu valor
máximo e perdas (resistências), capacitâncias parasitas e falhas de
p
isolamento limitam a escalada da tensão resultante sobre o capacitor.

- Quando da energização de um banco de capacitores com carga residual o


fenômeno é semelhante e pode ser analisado da mesma maneira.
- Os bancos de capacitores normalmente dispõe de resistores em paralelo
para descarregá-los no período fora de operação.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 474

 Para operação a vazio de linhas de transmissão ou cabos subterrâneos


tem-se:

- Uma linha de transmissão ou cabo subterrâneo aberto em uma de suas


extremidades age como uma capacitância à freqüência fundamental
ç
causando elevação da tensão ao longo
g do sistema.
- As sobretensões resultantes de manobras de energização e religamento
dependem de diversas condições, podendo-se citar:
• Potência
ê de curto-circuito do sistema alimentador;
• Grau de compensação da linha de transmissão ou do cabo subterrâneo;
• Comprimento da linha de transmissão ou do cabo subterrâneo;
• Ponto da onda de tensão em que o disjuntor é fechado;
• Perdas elétricas da linha de transmissão ou do cabo subterrâneo;
• Grau
G d
de aterramento do
d sistema;
i
• Tensão de pré-manobra;
• Existência de resistor de pré-inserção no disjuntor (valor, tempo e dispersão);
• Valor da carga residual na linha de transmissão ou cabo subterrâneo no caso de
religamento.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 475

 Para operação a vazio de linhas de transmissão ou cabos subterrâneos


tem-se:

- Ao fechar o disjuntor tem-se ondas trafegando pela linha de transmissão ou


cabo subterrâneo, indo se refletir nos terminais abertos onde ocorrem as
maiores sobretensões.
- Em sistemas trifásicos devido ao acoplamento mútuo entre as fases e ao
fato dos pólos do disjuntor não se fecharem simultaneamente, é necessário
considerar um elevado número de manobras de modo a se ter diferentes
seqüências de fechamento do disjuntor obtendo um histograma (média,
desvio padrão) de sobretensões máximas (estudo estatístico).
- A manobra
b ded abertura
b t de
d uma lilinha
h dde transmissão
t i ã ou cabo
b subterrâneo
bt â
em vazio pode ser considerada, em princípio, equivalente à abertura de um
banco de capacitor, no que diz respeito às solicitações impostas ao disjuntor.
- As linhas de transmissão e os cabos subterrâneos são mantidos carregados,
com tensão máxima (carga residual), após a interrupção em cada fase.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 476

 Para operação a vazio de linhas de transmissão ou cabos subterrâneos


tem-se:

- Como os pólos do disjuntor não operam ao mesmo tempo, na abertura da


primeira fase ocorrerá uma elevação da tensão nesta fase, provocada pelo
p
acoplamento capacitivo
p com as fases ainda energizadas,
g , dependente
p da
relação C1/C0.
- Se a linha de transmissão ou cabo subterrâneo é religado antes da carga
residual ter sido drenada e os pólos do disjuntor fecharem quando a tensão
no sistema estiver com polaridade oposta ao da carga residual as
sobretensões podem atingir a 5Vmax.
- A
As conseqüências
üê i d de reacendimento
di t ttendem
d a ser mais
i críticas
íti para o caso
de linha de transmissão ou de cabo subterrâneo em vazio, devido às
reflexões das ondas trafegantes ao longo dos mesmos no processo de
equalização das tensões entre seus dois terminais.
terminais
Cláudio Ferreira 26/05/2019 477

 Manobras de bancos de capacitores podem amplificar as tensões


transitórias em bancos ou cabos localizados em outros pontos da rede.

- A magnitude da tensão transitória amplificada é dependente do:


• Tamanho do capacitor chaveado; L1
L2
sistema

• Impedância da fonte;
• Impedância entre os dois capacitores; f1 f2
C2

• Carga do sistema; C1
• Existência de outros bancos próximos.
1
- As condições básicas para que ocorram são: f1 
2  L1 C1
• C1 >> C2;
• f1  f2;
f2 
1
• L1 << L2. 2  L2 C2

- Controle do tempo de fechamento do disjuntor, resistor ou indutor de pré-


inserção podem ser usados para reduzir essas tensões.

- A amplificação de tensão pode causar excessiva dissipação de energia nos


pára-raios de proteção de bancos de capacitores de distribuição.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 478

 Na interrupção de correntes capacitivas, os reacendimentos (origem


dielétrica) são fenômenos mais críticos que as reignições (origem
té i )
térmica).

 Para controle das tensões em chaveamentos de elementos capacitivos


utiliza-se:
tili

- Resistores ou indutores de pré-inserção.


- Pára-raios
Pá i adicionais
di i i dde Z
ZnO
O jjunto
t ao b
banco de
d capacitores.
it
- Disjuntores livres de reacendimento (restrike free).

 Bancos de capacitores isolados podem aumentar a sobretensão


quando de sua abertura, mas não contribuem com correntes elevadas
no curto
curto-circuito.
circuito.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 479

 Parâmetros intrínsecos aos bancos de capacitores:


- Resistência decorrente das perdas dielétricas: normalmente especificadas da
ordem de 0,6 W/kvar. A partir de ensaios em capacitores passou a adotar
essa resistência como sendo de 0,355 Ω por capacitor de 200 kvar, 13,8 kV
a 75ºC, o que representa uma perda global da ordem de 0,44 W/kvar.
- Indutância intrínseca:
• Bancos abaixo de 46 kV  5 μH;
• Bancos
B acima
i de
d 46 kV  10 μH;
H
• Bancos de 345 kV  25 μH.
Referência: Transitórios Elétricos e Coordenação de Isolamento – UFF/Furnas
Cláudio Ferreira 26/05/2019 480

PARTE 2

MODELOS DE ELEMENTOS
CAPACITIVOS NO PROGRAMA ATP
Cláudio Ferreira 26/05/2019 481

Modelo do capacitor no ATP:

Representação monofásica – Branch Linear – Capacitor

V2 Q
Q   V 2 C  C 
Xc V2

onde
d Q é a potência
tê i reativa
ti monofasica
f i do d banco
b de
d capacitores
it eVa
tensão nominal fase-neutro do sistema elétrico.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 482

Modelos dos elementos do Sistema Elétrico no programa ATP:

Elemento Modelo Observação


Para ser computado o acoplamento entre
fases. Caso SCC3F  SCC1F e os bancos de
Rede Trifásica capacitores são ligados em Yat,
Yat a
representação monofásica é satisfatória.

Fonte Senoidal, tipo 14

Equivalente de Elemento RL acoplado Para representação monofásica utilizar o


curto-circuito 51,52,53 modelo de elementos concentrados.

Representar as impedâncias dos trechos de


barramentos entre os terminais do
IImpedância
dâ i ded Elemento
El t RL acoplado
l d
disjuntores e os do banco de capacitores,
barramento 51,52,53 R = 30 μΩ/m e L = 1μH/m (valores
típicos).

Chave simples
Disjuntor
tempo-controlada

∆t 50 μs
Deve ser suficiente para registrar o
Tmax 100 ms amortecimento das oscilações.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 483

PARTE 3

SIMULAÇÃO E ANÁLISE DE
TRANSITÓRIOS
ELETROMAGNÉTICOS
É EM
CAPACITORES EM DERIVAÇÃO
Cláudio Ferreira 26/05/2019 484

Neste item serão feitas aplicações práticas envolvendo


chaveamento de capacitores no que se refere aos transitórios
eletromagnéticos
l t éti que ocorrem nos mesmos devido
d id a estas
t
situações operativas.

O enfoque destas aplicações é a consolidação das formulações


e técnicas descritas nos itens anteriores.

Serão analisados os seguintes casos:

- Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores


a. Energização do primeiro banco de capacitores
b. Energização do enésimo banco de capacitores (back-to-back)
c. Amplificação de tensão em banco de capacitores

- Caso
C 2–R
Reacendimento
di t de
d arco em manobra
b d
de banco
b de
d
capacitores
Cláudio Ferreira 26/05/2019 485

Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores

Seja a subestação 765 kV mostrada na figura abaixo, tendo equivalente


de seqüência positiva, 1 3965  e X = 69
positiva R = 1,3965 825  e de seqüência
69,825
zero R = 1,1025  e X = 55,125 . Pede-se:

a) Energizar um banco de capacitores trifásico de 200 Mvar,


Mvar tensão
nominal de 765 kV, ligado em estrela aterrado. Plotar a tensão e a
corrente no banco de capacitores.

subestação
765 kV

Q
Cláudio Ferreira 26/05/2019 486

Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores

Seja a subestação 765 kV mostrada na figura abaixo, tendo equivalente


de seqüência positiva, 1 3965  e X = 69
positiva R = 1,3965 825  e de seqüência
69,825
zero R = 1,1025  e X = 55,125 . Pede-se:

b) Energizar um segundo banco de capacitores idêntico ao anterior


anterior. O
primeiro banco já se encontra energizado. A impedância dos
trechos de barramentos entre os terminais do primeiro banco de
capacitores e o segundo banco é de R = 0,0065
0 0065 Ω e X = 00,0840
0840 Ω Ω.
subestação
765 kV

Q Q
Cláudio Ferreira 26/05/2019 487

Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores

Seja a subestação 765 kV mostrada na figura abaixo, tendo equivalente


de seqüência positiva, 1 3965  e X = 69
positiva R = 1,3965 825  e de seqüência
69,825
zero R = 1,1025  e X = 55,125 . Pede-se:

c) Repetir o item a
a, considerando que na subestação se encontra
presente um outro banco de capacitores de 2 Mvar/34,5 kV, estrela
aterrado, no secundário de um transformador de 10 MVA, X =
11 93%
11,93%.
subestação
765 kV

34,5 kV

2 Mvar

Q
Cláudio Ferreira 26/05/2019 488

Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores

Modelo do banco de capacitores

 Itens a, b e c:
Modelo: ramo RLC trifásico, estrela aterrada.

V2 Q 200
Q   V 2 C  C  2
 2
 341,75  mho
Xc V 765

 Item c:
Modelo: Ramo RLC trifásico,, estrela aterrada.

V2 Qs 2
Qs   V 2 Cs  Cs    1.680,32  mho
Xs V2 52
34,5
34
Cláudio Ferreira 26/05/2019 489

Caso 1a – Energização do primeiro banco de capacitores

Equiv EQUI- Disj


Q CAP1-
FONT-
Fonte C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 490

Caso 1a – Energização do primeiro banco de capacitores

TENSÃO NO BANCO DE CAPACITORES

900 1,2
, 1,5
,
[kV] [MV] [MV]
600 0,8 1,0

300 0,4 0,5

0 0,0 0,0

-300
300 -0,4
04 -0,5
05

-600 -0,8 -1,0

-900 -1,2 -1,5


0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) v :CAP1-A (f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) v :CAP1-B (f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) v :CAP1-C

FASE a FASE b FASE c

1,5
[MV] VCmax faseC  1.245,859 kV
FASE c
1,0

0,5

0,0

-0,5
VCmax faseC  1,995 Vmax
-1,0
1,0

vermelho (fonte) verde (banco de capacitores)


-1,5
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) v :FONT-C v :CAP1-C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 491

Caso 1a – Energização do primeiro banco de capacitores


CORRENTE
O DE ENERGIZAÇÃO
ÃO DO
O BANCO
O DE CAPACITORES
O
700 1200 1600
[A] [A]
[A]
525 1200
800

350 800
400
175 400

0 0 0

-175 -400
-400
-350 -800

-800
-525 -1200

-700 -1200 -1600


0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) c:CAP1-A- (f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) c:CAP1-B- (f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) c:CAP1-C-

FASE a FASE b FASE c


1
t  0,0264
0 0264  0 0238  0
0,0238 0,0026
0026 s f   384,6
384 6 Hz Por que
t esta
diferença?

1800
[[A]]
ICmax faseC  1.561,85 A
1200

600

0
Vmax 624.619,88
-600 IC max    1.433,12
1 433 12 A
-1200
Ls 0,1722
-1800
FASE c C 9,065  10 7
18,0 22,4 26,8 31,2 35,6 [ms] 40,0
(f ile Exerc-4a.pl4; x-v ar t) c:CAP1-C-

1 1 Z1  Z p  Zm
f    402,81 Hz Z0  Z p  2 Z m
2  Ls C 2  0,1722  9,065  10 7
Cláudio Ferreira 26/05/2019 492

Caso 1a – Energização do primeiro banco de capacitores


1500
[A]
ICmax faseC  1.399 A
1000

500

-500

-1000

-1500
10 15 20 25 30 35 40 45 [ms] 50
(f ile Exerc-4a2.pl4; x-v ar t) c:CAPAC1-

V ((0)) 610.970,44
IC max    1.401,80
1 401 80 A
Ls 0,1722
C 9,065  10 7 INFLUÊNCIA DA RESISTÊNCIA
1500
[A]

2000 1000

1500 [A]
[A] 500

1000
1500
0
500
1000
-500
0

500 -1000
-500

1800
-1000
0 -1500
0,00
[A] 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10
[s]
(f ile Exerc-4a3.pl4; x-v ar t) c:CAPAC1-
-1500
10 15 20 25 30 35 40 45 [ms] 50 1120
(f ile Exerc-4a2.pl4; x-v ar t) c:CAPAC1- -500

+
440
-1000
-240
-1500
250,0
vermelho (soma) verde (banco de capacitores) -920
[A]
187,5
-2000
2000
10 15 20 25 30 35 40 45 [ms] 50
125,0 -1600
(f ile Exerc-4a2.pl4; x-v ar t) c:CAPAC1-+c:CAPAC2- c:CAPAC3- 10 15 20 25 30 35 40 45 [ms] 50
(f ile Exerc-4a3.pl4; x-v ar t) c:CAPAC1-+c:CAPAC2- c:CAPAC3-
62,5

0,0

-62,5

-125,0

-187,5

-250,0
10 15 20 25 30 35 40 45 [ms] 50
(f ile Exerc-4a2.pl4; x-v ar t) c:CAPAC2-
Cláudio Ferreira 26/05/2019 493

Caso 1b – Energização do enésimo banco de capacitores


TENSÃO NO BANCO DE CAPACITORES ENERGIZADO
900 1,2 1,5

[kV] [MV] [MV]

600 0,8 1,0

300 0,4 0,5

0 0,0 0,0

-300 -0,4 -0,5

-600 -0,8 -1,0

-900 -1,2 -1,5


0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4b.pl4; x-v ar t) v :CAP2-A (f ile Exerc-4b.pl4; x-v ar t) v :CAP2-B (f ile Exerc-4b.pl4; x-v ar t) v :CAP2-C

FASE a FASE b FASE c

1,5 12
[MV] [kA]
10
1,0 8

0,5 4

0,0 0

-0 5
-0,5 -4
4

-1,0 -8

-1,5 -12
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
Exerc-4b.pl4: v :CAP2-C Exerc-4b.pl4: c:CAP2-C-
exerc-4a.pl4: v :CAP1-C vermelho (primeiro banco) verde (segundo banco) exerc-4a.pl4: c:CAP1-C- vermelho (primeiro banco) verde (segundo banco)

CORRENTE ENERGIZAÇÃO DO
BANCO DE CAPACITORES
Cláudio Ferreira 26/05/2019 494

Caso 1c – Amplificação de tensão em banco de capacitores

TENSÃO NO BANCO DE CAPACITORES

900 12
1,2 15
1,5
[kV] [MV] [MV]

600 0,8 1,0

300 0,4 0,5

0 0,0 0,0

-300 -0,4 -0,5

-600 -0,8 -1,0

-900 -1,2 -1,5


0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) v :CAP1-A (f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) v :CAP1-B (f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) v :CAP1-C

FASE a FASE b FASE c

1,5
[MV] VCmax faseC  1.227,846 kV
1,0
FASE c
0,5

0,0

-0,5
VCmax faseC  1,966 Vmax
-1
1,0
0

vermelho (fonte) verde (banco de capacitores)


-1,5
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) v :CAP1-C v :FONT-C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 495

Caso 1c – Amplificação de tensão em banco de capacitores

TENSÃO NO SECUNDÁRIO DO TRANSFORMADOR


120 250,0 300
[kV] [kV] [kV]
187,5
80 200

125,0
40 100
62,5

0 0,0 0

-62,5
-40 -100

-125,0
-80 -200
-187,5

-120 -250,0 -300


0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) v :SECU-A (f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) v :SECU-B (f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) v :SECU-C

FASE a FASE b FASE c

Dever de casa:
VCmax faseC  292.490,84 kV
Calcule f1 (banco de
3000 capacitores) e f2
[A] (transformador)
( )p
para
2000
esta situação.
1000 VCmax faseC  10,4 Vmax
0

-1000

-2000

-3000 ICmax faseC  3.004,53 A


-4000
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4y .pl4; x-v ar t) c:SECU-C-

VCmax faseC  12,7 Ino min al


Cláudio Ferreira 26/05/2019 496

Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores

Influência da carga residual quando da energização de um banco de


capacitores

FASE
S C FASE
S C
700 700
[kV] [kV]
525 525

350 350

175 175

0 0

-175 -175

-350 -350

-525 -525

-700
700 -700
700
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4c.pl4; x-v ar t) v :CAP1-C (f ile Exerc-4c.pl4; x-v ar t) v :FONT-C

CAPACITOR FONTE

700
[kV]
525

350
PIOR
MOMENTO 175

PARA 0
ENERGIZAR O
-175
CAPACITOR
-350

-525

-700
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile Exerc-4c.pl4; x-v ar t) v :CAP1-C v :FONT-C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 497

Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores

Influência da carga residual quando da energização de um banco de


capacitores

1,80 3000

[MV] [A]

2000
1,12

1000
0,44

-0,24
-1000

-0,92
-2000

FASE C FASE C
-1,60 -3000
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
Exerc-4d.pl4: v :CAP1-C
Exerc-4a.pl4: v :CAP1-C
vermelho (sem carga) verde (com carga) Exerc-4d.pl4: c:CAP1-C-
Exerc-4a.pl4: c:CAP1-C-
vermelho (sem carga) verde (com carga)

INFLUÊNCIA DA CARGA RESIDUAL (FECHAMENTO ¼ CICLO APÓS ABERTURA)


abertura da fase c em 16,7 ms e fechamento em 20,867 ms (¼ ciclo)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 498

Caso 1 – Manobra de energização de banco de capacitores

Influência do resistor de fechamento

1,5 1600
[MV] [A]
1200
1,0
800
0,5
400

0,0 0

-400
-0,5
-800
-1,0
FASE C -1200
FASE C
-1,5 -1600
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
Exerc-4e.pl4: v :CAP1-C Exerc-4e.pl4: c:CAP1-C-
Exerc-4a.pl4: v :CAP1-C Exerc-4a.pl4: c:CAP1-C-

vermelho (sem resistor) verde (com resistor) vermelho (sem resistor) verde (com resistor)

INFLUÊNCIA DE RESISTOR DE FECHAMENTO (500 Ω)


Cláudio Ferreira 26/05/2019 499

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores

Considere um banco de capacitores trifásico de 17,8 Mvar que se encontra em


operação em uma subestação de 115 kV cuja reatância equivalente é de 8,31 Ω e
resistência desprezível. O banco está conectado em estrela solidamente aterrado.
ç
A tensão na subestação é de 1,065
, pu
p quando
q é dado um comando para
p a
abertura do disjuntor do banco de capacitores.

subestação
ç
115 kV
EQUIVALENTE
DO SISTEMA

Q = 17,8 Mvar
Cláudio Ferreira 26/05/2019 500

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores

Nesta situação pede


pede-se:
se:
a) Plotar a curva da tensão sobre o banco de capacitores;
b) Suponha que ocorra reacendimento do arco quando a tensão no disjuntor
atinja o dobro do valor de pico da tensão da fonte. Obter:
• Amplitude da corrente de arco;
• Freqüência da corrente de arco;
• As curvas de tensão e corrente no banco de capacitores.

c) Considere que após o reacendimento o disjuntor interrompa a corrente.


Plotar a curva de tensão sobre o banco de capacitores.
capacitores
d) Quando a tensão na fonte passa pelo seu valor máximo, novo reacendimento
de arco ocorre no disjuntor. Obter:
• Amplitude da corrente de arco;
• Freqüência da corrente de arco;
• As curvas de tensão e corrente no banco de capacitores.

e) Nova interrupção da corrente ocorre no disjuntor. Plotar a curva da tensão


sobre o banco de capacitores.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 501

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores

f) Novamente ocorre reacendimento do arco quando a tensão na fonte atinge


seu valor máximo. Obter:
• Amplitude da corrente de arco;
• Freqüência da corrente de arco;
• As curvas de tensão e corrente no banco de capacitores.

Faça uma análise monofásica do sistema e simule no ATP por 50 ms


ms. Verifique se
os resultados obtidos estão de acordo com a teoria.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 502

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores

BARR-A BARR-B BARR-C

100 kV 8,31 ohm 1346umho


Cláudio Ferreira 26/05/2019 503

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores
120
[kV]
80

40

-40

-80

VC  Vmax
-120
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2a.pl4; x-v ar t) v :BARR-C

120 0 - Vermelho:
V lh tensão
t ã no banco
b de
d capacitores.
it
[kV] [A]
- Verde: tensão na fonte.
80
-30
- Azul: corrente no disjuntor.
40
-60
60

-90
-40

-120
120
-80

-120 -150

Item a
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2a.pl4; x-v ar t) v :BARR-C v :BARR-A c:BARR-B-BARR-C
Cláudio Ferreira 26/05/2019 504

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores
350,0 350,0
[kV] [kV]
262,5 262,5

175,0 175,0

87,5 87,5

0,0 0,0

-87,5 -87,5

-175,0 -175,0

-262,5
VC  3Vmax -262,5

-350,0 -350,0
0 10 20 30 40 [ms] 50 0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2b.pl4; x-v ar t) v :BARR-C (f ile Exerc-2b.pl4; x-v ar t) v :BARR-C v :BARR-A v :BARR-B-BARR-C

- Vermelho: tensão no banco de capacitores.


capacitores
TENSÃO NO BANCO DE CAPACITORES
- Verde: tensão na fonte.
- Azul: tensão no disjuntor.

3000
[A]
2000
Vdisjuntor 2  100.000
IC max    2.545,4 A
1000
Ls 0,022
0 C 3,57  10 6
-1000

1 1
-2000 f    567,9 Hz
2  Ls C 2  0,022  3,57  10 6
-3000
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2b.pl4; x-v ar t) c:BARR-C-

CORRENTE NO BANCO DE CAPACITORES


Item b
Cláudio Ferreira 26/05/2019 505

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores
300 VC  3 Vmax
[kV]
225

150

75

-75

-150
150
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2c.pl4; x-v ar t) v :BARR-C

300 2600 - Vermelho: tensão no banco de capacitores.


[kV] [A]
2200 - Verde: tensão na fonte.
225
- Azul: corrente no disjuntor.
1800
150

1400
75
1000

0
600

-75
200

-150 -200
0 10
(f ile Exerc-2c.pl4; x-v ar t) v :BARR-C
20
v :BARR-A c:BARR-C-
30 40 [ms] 50
Item c
Cláudio Ferreira 26/05/2019 506

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores
500 500
[kV] [kV]
375 300

250 100

125
-100

0
-300
-125
-500
500
-250

VC  5Vmax
-700
-375

-900
-500 0 10 20 30 40 [ms] 50
0 10 20 30 40 [ms] 50 (f ile Exerc-2d.pl4; x-v ar t) v :BARR-C v :BARR-A v :BARR-B-BARR-C
(f ile Exerc-2d.pl4; x-v ar t) v :BARR-C
- Vermelho: tensão no banco de capacitores.
capacitores
TENSÃO NO BANCO DE CAPACITORES
- Verde: tensão na fonte.
- Azul: tensão no disjuntor (oscilação numérica).

6000
[A]
4000
Vdisjuntor 4  100.000
IC max    5.090,8 A
2000
Ls 0,022
0 C 3,57  10 6
-2000

1 1
-4000 f    567,9 Hz
2  Ls C 2  0,022  3,57  10 6
-6000
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2d.pl4; x-v ar t) c:BARR-C-

CORRENTE NO BANCO DE CAPACITORES


Item d
Cláudio Ferreira 26/05/2019 507

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores
300
[kV]
VC  5 Vmax
200

100

-100

-200

-300

-400

-500
500
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2e.pl4; x-v ar t) v :BARR-C

300 3000 - Vermelho: tensão no banco de capacitores.


[kV]
[A]
200 - Verde: tensão na fonte.
1500
100 - Azul: corrente no disjuntor.
0
0

-100 -1500

-200
-3000
-300
300
-4500
-400

-500 -6000
0 10
(f ile Exerc-2e.pl4; x-v ar t) v :BARR-C
20
v :BARR-A c:BARR-C-
30 40 [ms] 50
Item e
Cláudio Ferreira 26/05/2019 508

Caso 2 – Reacendimento de arco em manobra de banco de


capacitores
700 1,20
[kV]
[MV]
525
0,76
,
350

175 0,32

0
-0,12
-175

-350
VC  7Vmax -0,56

-525

-1,00
-700
0 10 20 30 40 [ms] 50
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2f .pl4; x-v ar t) v :BARR-C v :BARR-A v :BARR-B-BARR-C
(f ile Exerc-2f .pl4; x-v ar t) v :BARR-C

- Vermelho:
Ve melho tensão
ten ão no b
banco
n o de capacitores.
p ito e
TENSÃO NO BANCO DE CAPACITORES
- Verde: tensão na fonte.
- Azul: tensão no disjuntor (oscilação numérica).

8000
[A]
6000

Vdisjuntor 6  100.000
4000
IC max    7.636,1 A
2000 Ls 0,022
0 C 3,57  10 6
-2000

-4000 1 1
f    567,9 Hz
-6000
6000
2  Ls C 2  0,022  3,57  10 6
-8000
0 10 20 30 40 [ms] 50
(f ile Exerc-2f .pl4; x-v ar t) c:BARR-C-

CORRENTE NO BANCO DE CAPACITORES


Item f
Cláudio Ferreira
Cláudio Ferreira 26/05/2019 510

Comentários Gerais

 Os primeiros estudos a serem realizados são os estudos de


planejamento que visam definir a melhor alternativa de expansão da
rede de transmissão do sistema existente, observando sob o ponto de
vista técnico, econômico e socioambiental as diferentes alternativas
de expansão para cada área de atendimento do sistema de
transmissão de energia elétrica.

 O processo se inicia com uma fase preliminar de planejamento, em


que o novo empreendimento ou ampliação surge como a melhor
alternativa para equacionar uma necessidade do sistema, identificada
nos estudos de planejamento.

 Pode-se
ode se dividir
d d os estudos referentes
e e e tes a esta fase
ase em
e 4 etapas.
etapas
Cláudio Ferreira 26/05/2019 511

Comentários Gerais

 Na primeira etapa os estudos devem proceder a uma análise de


viabilidade técnico
técnico-econômica
econômica do empreendimento
empreendimento, demonstrando a
sua competitividade frente a outras alternativas e estabelecendo as
características básicas preliminares das instalações do
empreendimento bem como uma expectativa de seu custo,
empreendimento, custo baseado
em referências de custos modulares utilizadas no planejamento.

 As principais alternativas selecionadas com base nas análises


á de
viabilidade técnico-econômica também devem ser comparadas
considerando os aspectos socioambientais das alternativas, de
maneira integrada aos demais aspectos técnicos, ficando
demonstrado que estes aspectos não restringem nem oneram
significativamente
g as suas implantações.
p ç
Cláudio Ferreira 26/05/2019 512

Comentários Gerais

 De forma geral, os estudos a serem contemplados nesta etapa, para


a análise das alternativas são os seguintes:
• Estudos de fluxo de potência
• Estudos de estabilidade de tensão em regime
g p
permanente
• Estudos de energização em regime permanente
• Estudos de rejeição de carga em regime permanente
• Estudos
E d d de estabilidade
bilid d eletromecânica
l â i
• Estudos de curto-circuito
• Definição da compensação reativa série e em derivação
• Definição da utilização de religamento monopolar
• Definições específicas para subestações e equipamentos ( arranjo de barramento,
definição
ç das correntes nominais dos barramentos e equipamentos
q p dos vãos de
conexão das instalações de transmissão, análise das correntes de curto-circuito,
definição de tipo, potência e tensões nominais e derivações das unidades
transformadoras, análise de adequações das instalações existentes)
• Análise dos Aspectos Socioambientais
• Análise econômica
Cláudio Ferreira 26/05/2019 513

Comentários Gerais

 Em uma segunda etapa, a alternativa selecionada através dos


estudos de planejamento deverá ser objeto de detalhamento de suas
características técnicas e visa assegurar a viabilidade do mesmo sob
o ponto de vista técnico sem, no entanto, se constituir em um projeto
básico.
básico

 Os estudos relacionados a esta fase devem prover as informações


necessárias para estabelecer as características técnicas das novas
instalações de transmissão e as adequações das instalações
existentes.

 Neste sentido, os estudos devem abranger análise de transitórios


eletromagnéticos, bem como análises específicas referentes à
definição das características elétricas básicas de linhas de
transmissão, subestações, unidades transformadoras, compensações
de potência reativa série e em derivação (banco de capacitores série
e compensador
d estático).
táti )
Cláudio Ferreira 26/05/2019 514

Comentários Gerais

 De modo geral, os estudos a serem realizados nesta etapa de


detalhamento da alternativa de referência são os seguintes:
• Estudos específicos para linhas de transmissão:

- Definição do condutor econômico


- Análise do gradiente crítico visual

• Estudos de transitórios eletromagnéticos:

- Energização de linha de transmissão e/ou transformadores


- Religamento
g tripolar
p
- Rejeição de carga
- Extinção de arco secundário e religamento monopolar
- TRT
- Energização de capacitores e reatores
- Manobras de seccionadoras de aterramento
- etc
Cláudio Ferreira 26/05/2019 515

Comentários Gerais

 Além dos estudos das etapas anteriores, faz-se necessário:


• Terceira Etapa: prover, informações da viabilidade de execução da
obra do ponto de vista socioambiental.

• Quarta Etapa: requisitar aos concessionários de transmissão


proprietários das instalações que serão compartilhadas ou que
serão adjacentes a uma nova subestação o fornecimento das
características técnicas de suas instalações e requisitos necessários
para que o novo empreendimento venha a operar de forma
harmoniosa com o sistema circunvizinho.

 O objetivo da Segunda Etapa descrita anteriormente é o de fornecer


subsídios
b ídi referente
f t as obras
b do
d empreendimento.
di t

 Os resultados do estudo deverão posteriormente, ser complementado


por estudos
d por ocasião
iã de
d apresentação
ã dos
d projetos
j básicos
bá i e
especificação dos equipamentos associados.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 516

Energização
g ç de Linhas de Transmissão

 Energização de Linhas de Transmissão:

• As sobretensões resultantes de manobras de energização


dependem de algumas condições do sistema, como por exemplo:
- potência de curto-circuito
- grau de compensação da linha
- ponto da onda de tensão em que o disjuntor é fechado
- características e comprimento da linha
- tensão pré-manobra
- discrepância de fechamento entre os pólos do disjuntor
- carga residual da linha
- etc

• Devem ser simuladas no modo estatístico,


estatístico com um conjunto de
200 chaveamentos que ocorrem numa janela de no mínimo um
ciclo.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 517

Energização
g ç de Linhas de Transmissão

 Energização de Linhas de Transmissão:

• As condições, nas quais resultaram as solicitações mais severas no


modo estatístico devem ser reproduzidas no modo determinístico,
com um tempo
t d
de simulação
i l ã superior
i a 500 ms.

• Considerar condições de energização sem falta e sob defeito ao


longo da linha (por exemplo, em ¼, ½ e ¾ da LT) e nos terminais
remoto e energizado.

• Analisar as sobretensões resultantes (instantânea, transitória,


temporária e de regime) e a energia nos pára-raios situados nas
extremidades das linhas manobradas.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 518

Religamento
g Tripolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Tripolar de Linhas de Transmissão:

• As sobretensões resultantes de manobras de religamento tripolar


dependem de algumas condições do sistema, como por exemplo:
- potência de curto-circuito
- grau de compensação da linha
- ponto da onda de tensão em que o disjuntor é fechado
- características e comprimento da linha
- tensão pré-manobra
- discrepância de fechamento entre os pólos do disjuntor
- carga residual da linha
- etc

• Análise com e sem sucesso


sucesso, considerando que a manobra poderá
ser realizada a partir de qualquer extremidade da linha (terminal
líder):
- religamento com sucesso  considerando a extinção da falta
- religamento sem sucesso considera que o arco secundário não foi extinto, ou
seja, a permanência da falta
Cláudio Ferreira 26/05/2019 519

Religamento
g Tripolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Tripolar de Linhas de Transmissão:

• As manobras de religamento devem ser processadas segundo a


seguinte sequência de eventos:
- aplicação de defeito monofásico em um dos terminais ou ao longo da linha aos
20 ms;
- abertura tripolar do terminal em análise 100 ms após a incidência da falta;
- abertura da outra extremidade da linha por transferência
ê de disparo 20 ms após
ó
a abertura do primeiro terminal;
- eliminação do defeito (extinção do arco secundário), 4 ciclos após a abertura da
segunda extremidade;
- tempo morto de 500 ms (contado a partir da abertura do terminal líder);
- religamento estatístico da linha por um dos terminais (aquele que abriu em
primeiro lugar), com a simulação de 200 casos para cada manobra analisada.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 520

Religamento
g Tripolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Tripolar de Linhas de Transmissão:

• As condições, nas quais resultaram as solicitações mais severas no


modo estatístico devem ser reproduzidas no modo determinístico,
com um tempo
t d
de simulação
i l ã superior
i a 1 s.

• Analisar as sobretensões resultantes (instantânea, transitória,


temporária e de regime) e a energia nos pára-raios situados nas
extremidades das linhas manobradas.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 521

Rejeição
j ç de Carga
g

 Rejeição de Carga:

• Os estudos de rejeição de carga também identifica os piores casos


no que diz respeito às sobretensões de manobra.

• As sobretensões decorrentes da rejeição de carga são estudadas


sob dois aspectos:
- nos primeiros ciclos após a rejeição  sobretensões transitórias
- nos ciclos subsequentes  sobretensões sustentadas.

• As análises devem considerar as seguintes situações:


- rejeição de carga sem ocorrência de curto-circuito;
- rejeição
j i ã de
d carga seguida
id de
d curto-circuito,
t i it na ffase e no instante
i t t que ocorrer a
maior sobretensão, no terminal da abertura.

• O tempo de simulação deve ser em torno de 250 ms.


Cláudio Ferreira 26/05/2019 522

Rejeição
j ç de Carga
g

 Rejeição de Carga:

• Analisar as sobretensões resultantes (instantânea, transitória,


temporária e de regime) e a energia nos pára-raios situados nas
extremidades das linhas manobradas.
manobradas
Cláudio Ferreira 26/05/2019 523

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• Ao se proceder a abertura monopolar de uma linha de transmissão


em seus dois terminais, ainda continua a circular uma corrente
através
t é do
d ar ionizado
i i d (ponto
( t de
d defeito),
d f it ) denominada
d i d correntet de
d
arco secundário ou corrente residual, devido ao acoplamento
eletrostático e eletromagnético
g da fase defeituosa com as fases
energizadas.

• Para que se proceda ao religamento desta fase aberta (religamento


monopolar) com sucesso, a corrente de arco secundário deve se
situar abaixo de certos valores pré-estabelecidos.

• O valor da corrente de arco secundário depende dos parâmetros da


linha de transmissão envolvida na operação e dos reatores em
d i
derivação
ã porventura
t existente
i t t em seus terminais.
t i i
Cláudio Ferreira 26/05/2019 524

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• Os estudos de religamento monopolar visam definir as correntes


de arco secundário, bem como a tensão nas fases abertas.

• Aplicar defeitos monofásicos nas extremidades das linhas de


transmissão analisadas com eliminação a partir da abertura
monopolar do circuito sob defeito.
defeito

• Os defeitos monofásicos são aplicados com resistência típica de 50


ohms (a faixa indicada é de 50 a 500 ohms).
ohms)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 525

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• Para a avaliação do tempo morto necessário para o religamento


monopolar, deve ser utilizada a figura abaixo, que relaciona o
t
tempo morto,
t necessário
á i para extinção
ti ã do
d arco secundário
dá i com o
valor do da corrente de arco secundário após a abertura da linha
de transmissão.
 
2 ,0 0

1 ,7 5
1 ,,5 0

1 ,2 5
se g

1 ,0 0
0 ,7 5

0 ,5 0
0 ,2 5

0 ,0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Aef

Gráfico do tempo morto em função da corrente de arco secundário.


Cláudio Ferreira 26/05/2019 526

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• Caso o tempo morto resulte inferior a 500 ms, também para


avaliação do sucesso no religamento monopolar, o ponto
d t
determinado
i d pelol valor
l eficaz
fi do
d último
últi pico
i dad corrente
t de
d arco
secundário antes de sua extinção e a tensão de primeiro pico após
sua extinção,
ç deve estar situado na região
g de possível extinção
ç do
arco secundário do gráfico mostrado na figura abaixo.
kVpico
180

160

140

120
REGIÃO DE
100 PROVÁVEL
EXTINÇÃO DO
80 ARCO
60 SECUNDÁRIO

40

20

Aeficaz
10 20 30 40 50
Região provável de extinção do arco secundário para um tempo morto de até 500 ms
Cláudio Ferreira 26/05/2019 527

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• O procedimento a ser adotado é o seguinte:


- aplicação de defeito monofásico em um dos terminais da linha de transmissão
- abertura monopolar em 100 ms do terminal mais próximo do defeito
- abertura monopolar em 120 ms do terminal oposto
- avaliar o pico de corrente de arco no tempo correspondente ao religamento (o
últi
último pico
i mais i próximo
ó i d
deste
t ttempo)) e também
t bé o tempo
t de
d ocorrência
ê i deste
d t
pico
- extinguir a corrente de defeito neste tempo e observar o primeiro pico da tensão
que aparece entre a fase aberta e a terra
- aplicar o gráfico da figura anterior e verificar se ocorre a extinção do arco
secundário.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 528

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• Efetuar estudos em regime permanente, visando definir as


correntes de arco secundário, bem como a tensão na fase aberta
para faixa
f i de
d freqüência
f üê i de d 56 a 64 Hz
H (para
( sistemas
i t de
d 60 Hz),
H )
com o objetivo de identificar possíveis condições de ressonância na
fase aberta na faixa de freqüência operativa e confirmar o
atendimento dos critérios relativos à magnitude da corrente de
arco secundário já descrito.

• Caso não ocorra normalmente a extinção da corrente de arco


secundário pode-se utilizar métodos de mitigação desta corrente.

• No caso de linhas de transmissão compensada a utilização de uma


impedância no neutro do reator pode reduzir esta corrente de arco
secundário de modo a tornar possível o religamento.
religamento
Cláudio Ferreira 26/05/2019 529

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• O reator de neutro que reduz ao mínimo a tensão induzida na fase


aberta pode ser avaliado pela seguinte expressão:

LN 1  1 k 

L 3  h  (1  k) 
- C0  capacitância de seqüência zero da linha de transmissão
- C1  capacitância de seqüência positiva da linha de transmissão
- L  indutância por fase do reator da linha
- LN  indutãncia do reator de neutro

C0
- k 
C1
1
- h 
 L C1
2
Cláudio Ferreira 26/05/2019 530

Religamento
g Monopolar
p de Linhas de Transmissão

 Religamento Monopolar de Linhas de Transmissão:

• A condição de ressonância de uma linha de transmissão


compensada por reatores pode ser expressa por:

2k
h 
3

• Quanto mais perto do ponto de ressonância se encontrar o grau de


compensação (gc) maiores serão as sobretensões sustentadas na
fase aberta durante o religamento monopolar.

Qreatores
gc  t

QLT
Cláudio Ferreira 26/05/2019 531

Outras Considerações
ç com Relação
ç aos Estudos

 Outros estudos podem ser feitos:

• Energização de capacitores e reatores


• Curto-circuito
• Transitórios de TRT
• Abertura de Linhas de Transmissão em vazio
• Análise de cabos subterrâneos e subaquáticos
• Assimetria de faltas
• Abertura em oposição de fase
• Manobras de seccionadoras de aterramento
• Etc

 Nos estudos normalmente são consideradas condições


ç de rede
completa e rede alterada, com (n – 1) componentes em operação,
além de configuração da rede referente ao ano inicial e ano final.

 O defeito normalmente aplicado é o monofásico, por um tempo que


depende dos procedimentos de rede adotado.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 532

Outras Considerações
ç com Relação
ç aos Estudos

 Deve-se procurar ajustar as tensões pré-manobra em valores em


torno do máximo operativo admissível.
admissível

 O nível de carga adotado deve propiciar a verificação dos piores


efeitos relativos a manobra analisada.
analisada

 As manobras estatísticas devem ser simuladas com tempos de


fechamento do disjuntor descritos por distribuição gaussiana com
média uniformemente distribuída ao longo de um ciclo da senóide e
quatro a seis desvios-padrão correspondendo à máxima dispersão
entre pólos das três fases (pólo-spread).
(pólo spread)

 Nas análises estatísticas deve-se analisar o valor máximo, médio e


desvio padrão da grandeza desejada.
desejada

 Caso necessário e objetivo do estudo pode-se utilizar de mecanismos


de modo a minimizar as sobretensões, como sincronizadores,
resistores de pré-inserção, etc.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 533
Cláudio Ferreira 26/05/2019 534

Análise estatística de energização de linhas de transmissão

Seja o Sistema Elétrico de Potência apresentado na figura abaixo. Simular


estatisticamente
es a s ca e e a energização
e e g ação da linhaa de transmissão,
a s ssão, obtendo
ob e do a média
éd a e o
desvio padrão da tensão nos extremos da mesma. Para o pior caso estatístico
simular a energização da linha obtendo a forma da curva de onda da tensão em
seus extremos.

Gerador Transformador
Elevador Disjuntor
LT
(a ser energizada)
Cláudio Ferreira 26/05/2019 535

Análise estatística de energização de linhas de transmissão

Dados:

a) Gerador: 3 unidades, de 350 MVA, 13,8 kV, resistência da armadura = 4,5 m,
X”d = 16,98%, resistência de seqüência zero = 1,8 m, X0 = 6,8%.

b) Transformador elevador: 3 unidades,


unidades 13,8/525
13 8/525 kV,
kV X I (pu) V (pu)

= 13%, ∆-Yat, 378 MVA, com curva de saturação: 0,000000 0,00

c) Linha de transmissão: 525 kV, 330 km, com 0,001312 1,00

parâmetros de seqüência positiva: r = 0,0258 0,001980 1,05

/km, x = 0,3263 /km, C = 13, 52 nF/km e de 0,002939 1,10


seqüência zero: r = 0,4270 /km, x = 1,2580
0,004803 1,15
/km, C = 9,11 nF/km.
0,008650 1,20

c) Disjuntores: com resistor de pré-inserção de 400 , 0,016445 1,25

ficando inserido por 8 ms. O tempo de dispersão 0,049500 1,28


dos contatos auxiliares é de 2 ms e dos contatos
0,125000 1,32
principais pode ser considerado desprezível.
Cláudio Ferreira 26/05/2019 536

Análise estatística de energização de linhas de transmissão

Parâmetros da rede de acordo com o modelo adotado:

 Disjuntores:
Modelo: statistics switch e ramos RLC trifásicos.

AUXILIAR
tmaster = 10 ms
σmaster = 2 ms
gaussiana

R tmaster R
2 2
R
 200 
2

tslave
PRINCIPAL
tslave = 8 ms
σslave = 0 ms
gaussiana
Cláudio Ferreira 26/05/2019 537

Análise estatística de energização de linhas de transmissão

Circuito para o ATP:

R tmaster R
2 2
r1, x1, c1
X13,8 X525 r0, x0, c0
GERA-
LT-1
BAR-1 BAR-2 LT-2
r, X”d
r0, X0 tslave

VG
Cláudio Ferreira 26/05/2019 538

Análise estatística de energização de linhas de transmissão

Circuito no ATPDRAW:

Auxiliar

Rpré1 Rpré2

CHA-1 CHA-2
Trafo
ZGerador BAR-1 LT
GERA-
BAR-2
BAR 2 LT-1
LT 1 LT 2
LT-2
Vg
TRAF-

Principa
Cláudio Ferreira 26/05/2019 539

TABULAÇÃO
Ç ESTATÍSTICA

 A tabulação estatística compreende a média, desvio padrão e


variância
iâ i d das grandezas
d solicitadas,
li it d com dados
d d agrupados
d e
não agrupados de várias grandezas.
 As grandezas podem ser: tensão de nó,
nó tensão de ramo,
ramo
corrente de ramo, potência de ramo e energia de ramo.
 Instrução no arquivo de dados:
1 2 3
/STATISTICS 1 2 34 5 67 8901 2 34 5 67 89012 34 5 67 89 012 34 5 67 8
0 428660.7 LT-2A LT-2B LT-2C LT-1A LT-1B LT-1C ...
I2 E12.0 A6 A6 A6
BASE BAR1 BAR2 BAR3 ...
BLANK PLOT
BLANK STATISTICS
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK
0 - tensão de nó
-1
1 - tensão de ramo
em qualquer
posição no -2 - corrente de ramo
arquivo
-3 - potência de ramo
INSTRUÇÃO
OBRIGATÓRIA -4 - energia de ramo
(sem a mesma não Obs: as grandezas tabeladas deverão terem
serão gerados resultados sido referidas previamente quando da
estatísticos) entrada do ramo no arquivo
idem para a tensão do nó
Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão
Cláudio Ferreira 26/05/2019 540
Só serão gerados resultados se o
maior valor da grandeza em pu for
menor que 2.0 (pu)
TABULAÇÃO
Ç ESTATÍSTICA Valor “default”
default
no STARTUP

individual
 Saída no arquivo *.LIS: Resultados
conjunto
(maior valor em cada simulação)

NOME DO NÓ TENSÃO DE BASE


1 ) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Statistical distribution of peak voltage at node "LT-2A ". The base voltage for per unit printout is V-base = 4.28660700E+05
Interval voltage voltage in Frequency Cumulative Per cent
number in per unit physical units (density) frequency .GE. current value
35 1.7500000 7.50156225E+05 0 0 100.000000
36 1.8000000 7.71589260E+05 1 1 90.000000
37 1.8500000 7.93022295E+05 0 1 90.000000
38 1.9000000 8.14455330E+05 1 2 80.000000
39 1.9500000 8.35888365E+05 0 2 80.000000
40 2.0000000 8.57321400E+05 1 3 70.000000
41 2.0500000 8.78754435E+05 1 4 60.000000
42 2.1000000 9.00187470E+05 2 6 40.000000
43 2.1500000 9.21620505E+05 1 7 30.000000
44 2.2000000 9.43053540E+05 0 7 30.000000
45 2.2500000 9.64486575E+05 1 8 20.000000
46 2.3000000 9.85919610E+05 2 10 .000000
Summary of preceding table follows: Grouped data Ungrouped data
Mean = 2.07000000E+00 2.06932440E+00
Variance = 2.74722222E-02 2.80151933E-02
Standard deviation = 1.65747465E-01 1.67377398E-01

RESULTADOS
DADOS DADOS NÃO
Ã
JANELA PARA AGRUPADOS AGRUPADOS
OS DADOS
AGRUPADOS V da primeira fonte (tensão)
Se BASE = 0.0 
não é tabelado (demais grandezas)
0.05 pu
Valor “default”
no STARTUP
Se BASE > 0.0  Valor fornecido
Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão
Cláudio Ferreira 26/05/2019 541

TABULAÇÃO
Ç ESTATÍSTICA

 Alteração dos parâmetros para as grandezas tabuladas:


1 2 3 4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 01 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 01 2 3 4 5 6 7 8
STATISTICS DATA I8 F8.0 F8.0
MODTAB AINCR XMAXMX

Valor “default”
no STARTUP Tabulação Valor máximo
MODTAB = 3 1 – individual esperado
d em pu
2 – grupo (normalmente = 0.0
AINCR = 0.05 não altera o valor
3 – ambos
XMAXMX = 2.0 “default” = 2.0 (pu)

Passo V da primeira fonte (tensão)


(largura) Se BASE = 0.0 
0 do
intervalo
não é tabelado (demais grandezas)
em pu
AINCR
Se BASE > 0.0
0 0  Valor fornecido

Número de
intervalos entre
o valor máximo e BASE ignorada e o valor mínimo da
0 mínimo da
variável é utilizada
grandeza (passo
variável)
valor AINCR valor
mínimo máximo

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


Cláudio Ferreira BEGIN NEW DATA CASE 26/05/2019 542
C --------------------------------------------------------
C Generated by ATPDRAW novembro, sábado 27, 2004
C A Bonneville Power Administration program

PARA OBTER TABULAÇÃO ESTATÍSTICA C Programmed by H. K. Høidalen at SEfAS - NORWAY 1994-2001


C --------------------------------------------------------

ATRAVÉS DO ATPDraw
C dT >< Tmax >< Xopt >< Copt >
5.E-5 .1 60. 60.
500 1 0 0 0 0 0 0 10
1 0 0 0 1 0 1
C 1 2 3 4 5 6 7 8
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
/BRANCH
C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< L >< C >
C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< A >< B ><Leng><><>0
51GERA-ABAR-1A .0006 .0123
52GERA-BBAR-1B .0015 .0308
53GERA-CBAR-1C
TRANSFORMER TRAF
TRAF-A
A 0
2.3138853191 1364.469402
5.6668968437 1432.6928723
8.1538415932 1500.9163426
14.491261837 1569.1398124
27.362524743 1637.3632826
53.498016325 1705.5867529
206.19829122 1746.5208348
461.40897407 1801.0996106
9999
1BAR-2A 15.7993.03E5
2BAR-1ABAR-1B .0327513800.
TRANSFORMER TRAF-A TRAF-B
1BAR-2B
2BAR-1BBAR-1C
TRANSFORMER TRAF-A TRAF-C
1BAR-2C
2BAR-1CBAR-1A
BAR-2ACHA-1A 200. 0
BAR-2BCHA-1B 200. 0
BAR-2CCHA-1C 200. 0
CHA-2ALT-1A 200. 0
CHA-2BLT-1B 200. 0
CHA-2CLT-1C 200. 0
-1LT-1A LT-2A .427 1.258 3.435 330. 0 0 0
-2LT-1B LT-2B .0258 .3263 5.097 330. 0 0 0
-3LT-1C LT-2C 0
/SWITCH
C < n 1>< n 2>< Tclose ><Top/Tde >< Ie ><Vf/CLOP >< type >
CHA-1ACHA-2A .01 .002 STATISTICSTARGET 0
CHA-1BCHA-2B .01 .002 STATISTICSTARGET 0
/STATISTICS CHA-1CCHA-2C .01 .002 STATISTICSTARGET 0
0 LT-2A LT-2B LT-2C LT-1A LT-1B LT-1C BAR-2ALT-1A .008 STATISTICSCHA-1ACHA-2A 0
BAR-2BLT-1B .008 STATISTICSCHA-1BCHA-2B 0
STATISTICS DATA 2 0.50 10. BAR-2CLT-1C .008 STATISTICSCHA-1CCHA-2C 0
428660.71 LT-1A LT-1B LT-1C /STATISTICS
0 LT-2A LT-2B LT-2C LT-1A LT-1B LT-1C
428660.71 LT-2A LT-2B LT-2C STATISTICS DATA 2 0.50 10.
428660.71 LT-1A LT-1B LT-1C
8660.
428660.71 LT-2A LT-2B LT-2C C
/SOURCE
C < n 1><>< Ampl. >< Freq. ><Phase/T0>< A1 >< T1 >< TSTART >< TSTOP >
14GERA-A 0 11831.03 60. -1. 1.
14GERA-B 0 11831.03 60. -120. -1. 1.
14GERA-C 0 11831.03 60. 120. -1. 1.
/INITIAL
/OUTPUT
LT-2A LT-2B LT-2C LT-1A LT-1B LT-1C

AUTOMATICAMENTE É
BLANK BRANCH
BLANK SWITCH

COLOCADO A INSTRUÇÃO
BLANK SOURCE
BLANK INITIAL
BLANK OUTPUT
BLANK PLOT
BLANK STATISTICS
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


Cláudio Ferreira 26/05/2019 543

MAIOR VALOR DA GRANDEZA NAS SIMULAÇÕES


Ç
ESTATÍSTICAS

 Pode
Pode-se
se obter
obte diretamente
di etamente o maior
maio valor
alo atingido pelas
grandezas nas simulações.
 As grandezas podem ser: tensão de nó,
nó tensão de ramo,
ramo
corrente de ramo, potência de ramo e energia de ramo.
 Instrução no arquivo de dados:
1 2 3
/STATISTICS 1 2 34 5 67 8901 2 34 5 67 89012 34 5 67 89 012 34 5 67 8
FIND ...
0 LT-1A LT-1B LT-1C LT-2ª LT-2B LT-2C
I2 A6 A6 A6
QUIT BAR1 BAR2 BAR3 ...

BLANK PLOT
BLANK STATISTICS
BEGIN NEW DATA CASE
0 - tensão de nó
BLANK
-1 - tensão de ramo
em qualquer -2 - corrente de ramo
posição no -3 - potência de ramo
arquivo
INSTRUÇÃO -4 - energia de ramo
OBRIGATÓRIA
Obs: as grandezas tabeladas deverão terem
(sem a mesma não sido referidas previamente quando da
serão gerados os entrada do ramo no arquivo
resultados) idem para a tensão do nó

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


Cláudio Ferreira BEGIN NEW DATA CASE 26/05/2019 544
C --------------------------------------------------------
C Generated by ATPDRAW novembro, sábado 27, 2004
C A Bonneville Power Administration program

PARA OBTER O PIOR CASO C Programmed by H. K. Høidalen at SEfAS - NORWAY 1994-2001


C --------------------------------------------------------

ESTATÍSTICO ATRAVÉS DO ATPDraw


C dT >< Tmax >< Xopt >< Copt >
5.E-5 .1 60. 60.
500 1 0 0 0 0 0 0 10
1 0 0 0 1 0 1
C 1 2 3 4 5 6 7 8
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
/BRANCH
C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< L >< C >
C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< A >< B ><Leng><><>0
51GERA-ABAR-1A .0006 .0123
52GERA-BBAR-1B .0015 .0308
53GERA-CBAR-1C
TRANSFORMER TRAF
TRAF-A
A 0
2.3138853191 1364.469402
5.6668968437 1432.6928723
8.1538415932 1500.9163426
14.491261837 1569.1398124
27.362524743 1637.3632826
53.498016325 1705.5867529
206.19829122 1746.5208348
461.40897407 1801.0996106
9999
1BAR-2A 15.7993.03E5
2BAR-1ABAR-1B .0327513800.
TRANSFORMER TRAF-A TRAF-B
1BAR-2B
2BAR-1BBAR-1C
TRANSFORMER TRAF-A TRAF-C
1BAR-2C
2BAR-1CBAR-1A
BAR-2ACHA-1A 200. 0
BAR-2BCHA-1B 200. 0
BAR-2CCHA-1C 200. 0
CHA-2ALT-1A 200. 0
CHA-2BLT-1B 200. 0
CHA-2CLT-1C 200. 0
-1LT-1A LT-2A .427 1.258 3.435 330. 0 0 0
-2LT-1B LT-2B .0258 .3263 5.097 330. 0 0 0
-3LT-1C LT-2C 0
/SWITCH
C < n 1>< n 2>< Tclose ><Top/Tde >< Ie ><Vf/CLOP >< type >
CHA-1ACHA-2A .01 .002 STATISTICSTARGET 0
/STATISTICS CHA-1BCHA-2B .01 .002 STATISTICSTARGET 0
0 LT-2A LT-2B LT-2C LT-1A LT-1B LT-1C CHA-1CCHA-2C .01 .002 STATISTICSTARGET 0
BAR-2ALT-1A .008 STATISTICSCHA-1ACHA-2A 0
FIND BAR-2BLT-1B .008 STATISTICSCHA-1BCHA-2B 0
0 LT-1A LT-1B LT-1C BAR-2CLT-1C .008 STATISTICSCHA-1CCHA-2C 0
/STATISTICS
0 LT-2A LT-2B LT-2C 0 LT-2A LT-2B LT-2C LT-1A LT-1B LT-1C
QUIT FIND
0 LT-1A LT-1B LT-1C
0 LT-2A LT-2B LT-2C C
QUIT
/SOURCE
C < n 1><>< Ampl. >< Freq. ><Phase/T0>< A1 >< T1 >< TSTART >< TSTOP >
14GERA-A 0 11831.03 60. -1. 1.
14GERA-B 0 11831.03 60. -120. -1. 1.
14GERA-C 0 11831.03 60. 120. -1. 1.
/INITIAL
/OUTPUT

AUTOMATICAMENTE É
LT-2A LT-2B LT-2C LT-1A LT-1B LT-1C
BLANK BRANCH
BLANK SWITCH
COLOCADO A INSTRUÇÃO BLANK SOURCE
BLANK INITIAL
BLANK OUTPUT
BLANK PLOT
BLANK STATISTICS
BEGIN NEW DATA CASE

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


BLANK
Cláudio Ferreira 26/05/2019 545

PIOR CASO ESTATÍSTICO – SAÍDA NO ARQUIVO *.LIS

Initialize variables as "FIND" begins. |FIND


Send (request, ALL, SPY, RESET, EXCLUDE, HELP, QUIT) :
Statistical output
p of node voltage
g 0.1183E+05 | 0 LT-1A LT-1B LT-1C
Peak extremum of subset has value 8.10569212E+05 This occurred during
energization 10 for the variable having names "LT-1C " and " ".
This was variable 3 of 3 in the subset; 10 shots were searched.
Send (request
(request, ALL
ALL, SPY
SPY, RESET
RESET, EXCLUDE
EXCLUDE, HELP
HELP, QUIT) :
Statistical output of node voltage 0.1183E+05 | 0 LT-2A LT-2B LT-2C
Peak extremum of subset has value 1.28982646E+06 This occurred during
energization 10 for the variable having names "LT-2C " and " ".
This was variable 6 of 6 in the subset; 10 shots were searched.
Send (request, ALL, SPY, RESET, EXCLUDE, HELP, QUIT) :
Exit FIND by resuming statistical tabulations. |QUIT
Blank card ends statistical tabulation requests. |BLANK STATISTICS

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


Cláudio Ferreira 26/05/2019 546

PIOR CASO ESTATÍSTICO – ENERGIZAÇÃO NÚMERO 10


SAÍDA NO ARQUIVO *.LIS
The data case now ready to be solved is a statistical overvoltage study that involves NENERG = 10 energizations.
Closing or opening times for "STATISTICS" switches are to be varied randomly according to a Normal distribution. The following
is a listing of switches that are to have closing or opening times varied randomly.
The user keyed the "STATISTICS" miscellaneous data parameter XMAXMX = -2.00000000E+00, with the negative sign representing a
request for use of standard (independent of computer) random numbers. The answer will really be deterministic, then, since a
second, repeated solution should give an identical answer.
Entry Switch From To Columns 15-24
15 24 Columns 25-34
25 34 Reference switch number
number number bus bus (in seconds) (in seconds) (0 implies independence)
1 1 CHA-1A CHA-2A 0.010000 0.002000 0
2 2 CHA-1B CHA-2B 0.010000 0.002000 0
3 3 CHA-1C CHA-2C 0.010000 0.002000 0
4 4 BAR-2A LT-1A 0.008000 0.000000 1
5 5 BAR-2B LT-1B 0.008000 0.000000 2
6 6 BAR-2C
BAR 2C LT-1C
LT 1C 0
0.008000
008000 0
0.000000
000000 3

.
.
.
.

Random switching times for energization number 10 :


1 1.3470636E-02 2 9.5113937E-03 3 9.1384208E-03 4 2.1470636E-02 5 1.7511394E-02
6 1.7138421E-02
*** Close switch "CHA-1C" to "CHA-2C" after 9.15000000E-03 sec.
*** Close switch "CHA-1B" to "CHA-2B" after 9.55000000E-03 sec.
*** Close switch "CHA-1A" to "CHA-2A" after 1.35000000E-02 sec.
*** Close switch "BAR-2C" to "LT-1C " after 1.71500000E-02 sec.
*** Close switch "BAR-2B"
BAR 2B to "LT-1B
LT 1B " after 1.75500000E-02
1.75500000E 02 sec.
*** Close switch "BAR-2A" to "LT-1A " after 2.15000000E-02 sec.
500 .025 -725611.62 -385810.74 687141.79 -481179.64 -160691.23 726951.872
1000 .05 706063.012 31833.9527 -.101736E7 599377.351 93405.3832 -724937.47
1500 .075 -658920.68 -141257.25 623604.43 -535901.04 -33476.93 553766.292
2000 0.1 708539.756 15437.9648 -834541.19 588335.115 9960.81614 -607664.76

Extrema of output variables follow. Order and column positioning are the same as for the preceding time-step
time step loop output.
Variable maxima : 798574.135 947102.598 941662.562 683498.679 707822.002 743856.975
Times of maxima : .06495 .0213 .06025 .049 .0208 .0249
Variable minima : -766659.75 -854574.28 -.128983E7 -588189.91 -692103.01 -810569.21
Times of minima : .0246 .03175 .03485 .02405 .03105 .0357

14.5833 798574.135 947102.598 -.128983E7 683498.679 707822.002 -810569.21


Times of maxima : .06495 .0213 .03485 .049 .0208 .0357

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


Cláudio Ferreira 26/05/2019 547

TABULAÇÃO ESTATÍSTICA – SAÍDA NO ARQUIVO *.LIS

MODTAB, AINCR, XMAXMX = 2 0.500 50.000 |STATISTICS DATA 2 0.5 10.


Statistical output of node voltage 0.4287E+06 | 428660.71 LT-1A LT-1B LT-1C

1 ) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY
1 ) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
The following is a distribution of peak overvoltages among all output nodes of the last data card that have the same base voltage.
This distribution is for the maximum of the peaks at all output nodes with V-base = 4.28660710E+05
Interval voltage voltage in Frequency Cumulative Per cent
number in per unit physical units (density) frequency .GE. current value
3 1.5000000 6.42991065E+05 0 0 100.000000
4 2.0000000 8.57321420E+05 10 10 .000000
Summary of preceding table follows: Grouped data Ungrouped data
Mean = 1.75000000E+00 1.73052348E+00
Variance = 0.00000000E+00 1.55151920E-02
Standard deviation = 0.00000000E+00 1.24559994E-01

Statistical output of node voltage 0.4287E+06 | 428660.71 LT-2A LT-2B LT-2C

2 ) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY SUMMARY
2 ) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
The following is a distribution of peak overvoltages among all output nodes of the last data card that have the same base voltage.
This distribution is for the maximum of the peaks at all output nodes with V-base = 4.28660710E+05
Interval voltage voltage in Frequency Cumulative Per cent
number in per unit physical units (density) frequency .GE. current value
3 1.5000000 6.42991065E+05 0 0 100.000000
4 2.0000000 8.57321420E+05 2 2 80.000000
5 2.5000000 1.07165178E+06 7 9 10.000000
6 3.0000000 1.28598213E+06 0 9 10.000000
7 3.5000000 1.50031249E+06 1 10 .000000
Summary of preceding table follows: Grouped data Ungrouped data
Mean = 2.25000000E+00 2.32266222E+00
Variance = 1.66666667E-01 8.95128196E-02
Standard deviation = 4.08248290E-01 2.99186931E-01

Blank card ends statistical tabulation requests. |BLANK STATISTICS

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


Cláudio Ferreira 26/05/2019 548

Análise estatística de energização de linhas de transmissão

Circuito no ATPDRAW para o pior caso estatístico:

Rpré1 Auxiliar Rpré2

CHA-1 CHA-2
Trafo
ZGerador LT
GERA- BAR-1
BAR 2
BAR-2 LT-1
LT 1
Vg
TRAF-

Princ
Cláudio Ferreira 26/05/2019 549

1.5 2.0
[MV] [MV]

1.0 1.5

1.0
0.5

0.5
0.0

0.0
-0.5
-0.5

-1.0
-1.0

-1.5
-1.5

-2.0 -2.0
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 [s] 0.10
(f ile Exe2-03d.pl4; x-v ar t) v :LT-1A v :LT-1B v :LT-1C (f ile Exe2-03d.pl4; x-v ar t) v :LT-2A v :LT-2B v :LT-2C

TENSÃO NO INÍCIO TENSÃO NO FIM DA


DA LINHA LINHA

SIMULAÇAO DO PIOR CASO ESTATÍSTICO (caso número 10)

Análise Estatistica de Energização de Linha de Transmissão


Cláudio Ferreira 26/05/2019 550

ESTUDO DE TRANSITÓRIOS
ELETROMAGNÉTICOS
REFERENTES A INSERÇÃO
DE UMA LINHA DE
TRANSMISSÃO NO SISTEMA
INTERLIGADO NACIONAL

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