Você está na página 1de 14

c

Esportes Coletivos
c
Futsal Handebol Basquetebol Voleibol Atletismo

c cc
Prof. Douglas Flesch Cygainski  
c c cc
2009 c

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

FUTSAL

História do Futsal

O futebol de salão tem duas versões sobre o seu surgimento, como em outros esportes há divergências quanto a sua
invenção. Há uma versão que o futebol de salão começou a ser jogado por volta de 1940 por freqüentadores da
Associação Cristã de Moços (ACM), em São Paulo, pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de
futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas 'peladas' nas quadras de então basquete e hóquei.
No início, jogavam se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe, jogavam-se mas logo definiram o número de
cinco jogadores para cada equipe. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada, mas
apresentavam o problema de saltarem , muito e freqüentemente saiam da quadra de jogo, então tiveram seu tamanho
diminuído e seu peso aumentado, por este fato o futebol de salão foi chamado o esporte da bola pesada'. Tem uma
versão que seja a mais provável, o futebol da salão foi inventado em 1934 na Associação Cristã de Moços de
Montevidéu, no Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte de indoor indoor-foot-
ball'.

Campeonatos Mundiais de Futsal

Ano 1982 1985 1988 1989 1992 1996 2000 2004 2008 País Sede Brasil Espanha Austrália Holanda Hong Kong
Espanha Guatemala Taiwan Brasil Campeão Brasil Brasil Paraguai Brasil Brasil Brasil Espanha Espanha Brasil Vice
Campeão Paraguai Espanha Brasil Holanda Estados Unidos Espanha Brasil Itália Espanha

Futsal x Futebol de Salão: Até 1989 o futsal era chamado de futebol de salão, e era de organização da FIFUSA
(federação de futebol de salão). Após 1989 a FIFA passou a orga organizar e redigir as regras deste jogo, agora
chamado de futsal.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

Fundamentos

Voser (2002) define técnica como sendo todo gesto ou movimento realizado pelo atleta que lhe permite dar
continuidade e desenvolvimento ao jogo, as técnicas esportivas do futsal são: passe, domínio, condução, chute, drible,
finta, marcação, cabeceio. Passe: É a ação de interligar-se com os integrantes de uma equipe, é o fundamento técnico
mais importante e que mais acontece, pode sair um passe com a cabeça, com o peito, a coxa, o ombro. O passe pode
ser classificado, de acordo com: a) Distância: curto (até 4m), médio (de 4m a 10m), longo (acima de 10m) b)
Trajetória: rasteiro, meia altura, parabólico c) Execução: interna, externa, bico, solado, dorso d) Espaço de Jogo:
lateral, diagonal, paralelo e) Passes de Habilidades: coxa, peito, cabeça, calcanhar, ombro, etc.

Domínio: Ação consciente que ocorre a partir do recebimento da bola, muitas vezes entregue por um companheiro de
equipe, em mantê-la sob controle e, assim, poder realizar movimentos técnicos a fim de dar seqüência à jogada. Essa
ação poderá ser feita com qualquer parte do corpo, exceto com aquelas não permitidas pela regra.
Condução: É o movimento de levar a bola próximo aos pés, de maneira que ela esteja sempre ao alcance do condutor.

Chute: Ação de golpear a bola parada ou em movimento visando desvia-la ou dar-lhe trajetória, é o fundamento que
precede o gol.

Drible: Trata-se de uma série de movimentos e ações que culmina com a superação do adversário e a seqüência da
jogada com a posse da bola. A principal diferença entre o drible e a finta reside no fato de que no primeiro há o
controle da bola, enquanto no segundo a bola não está presente.

Finta: É uma ação de inteligência motora e cognitiva que ocorre no espaço e no tempo apropriado. Seu objetivo maior
é o de levar o adversário a pensar que quem faz a finta irá para um lugar quando este vai para outro.

Marcação: Trata-se da ação de evitar que o adversário recebe a bola ou, quando este a possui, impedir ou dificultar
suas ações técnicas de condução, passe, chute ou drible.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

Cabeceio: É a ação de golpear a bola com a cabeça.

Sistema e Tática: Qual a diferença?

Sistema Trata-se do modo como são posicionados os jogadores em quadra Tática É a maneira pela qual se aplicam os
sistemas de combinar o jogo de ataque e de defesa, explorar as deficiências e neutralizar potencialidades em busca da
vitória.

Exemplos de Sistemas

Tipos de Marcação

Individual: tem como objetivo executar a marcação direta de um adversário. Há dois tipos: pressão parcial e pressão
total. Zona: marcação em um determinado espaço ou setor da quadra de jogo. Mista: é a combinação das ações de
marcação individual e por zona.

Jogadores

Goleiro (G) Fixo (F) Ala (A) Pivô (P)

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

Principais Regras

Quadra de Jogo a) b) c) d) e) f) g) Comprimento: 42m (máximo), 25m (mínimo) Largura: 25m (máximo), 15m
(mínimo) Área de meta: raio de 6m Penalidade máxima: 6m Tiro livre sem barreira: 10m Circulo central: raio de 3m
Metas (goleiras): 3m x 2m

Número e Substituições dos Atletas a) b) c) d) Iniciar uma partida: cinco atletas Ficar em quadra: três atletas Máximo
no banco de reservas: sete atletas O número de substituições é ilimitada, deve-se fazer sempre uma substituição na
zona de substituição.

Equipamentos Necessários a) Tênis sem trava, meias, calção, camisas com números b) Os goleiros devem apresentar
camisas de cores diferentes dos demais jogadores.
Duração da Partida e Pedidos de Tempo a) Dois tempos de 20 minutos cada com 10 minutos de intervalo, cada vez
que houver uma paralisação (saída de bola, falta, etc) o tempo cronometrado é paralisado. b) Cada treinador pode
pedir apenas um tempo de um minuto por período.

Saída de Centro Na saída de centro a bola sempre deve ser rolada para frente, vale o gol direto. O time que rolar a
bola para trás, será penalizado com um tiro livre indireto do mesmo local.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

Infrações (faltas) a) Faltas Técnicas: dar ou ter intenção de dar pontapé, calçar, bater, empurrar, obstruir
intencionalmente, trancar e outros do gênero. Tendo como punição uma falta pessoal e coletiva. O atleta que cometer
5 faltas técnicas ou pessoais, será desclassificado da partida, sendo substituído por outro jogador. b) Faltas Pessoais: o
goleiro segurar a bola por mais de quatro segundos, demorar mais que quatro segundos para a cobrança de uma falta
ou quatro segundos com a bola dentro da área de defesa. Outras formas de faltas pessoais é o bi-toque, tocar na bola
sem algum equipamento (principalmente tênis). Tendo como punição uma falta pessoal e coletiva. Será punido a
equipe infratora, com a cobrança de um TIRO LIVRE INDIRETO a ser executado pelo adversário, no local onde
ocorreu a infração. Se cometida dentro da área de meta do infrator, o tiro deverá ser executado sobre a linha da área,
no local mais próximo da infração. c) Faltas Disciplinares: quando o atleta ou comissão técnica comete atos de
indisciplina verbal ou atitudes anti-desportivas. Tendo como punição uma advertência ou até mesmo uma expulsão e
após a quinta falta tiro livre sem barreira.

Cartões a) Amarelo: advertência b) Vermelho: expulsão (dois minutos ou tomar um gol)

Tiros Livres (direto e indireto) a) Faltas com barreira (5 metros até a quinta falta, a partir da sexta falta, tiro livre da
linha dos 10 metros, ou mais próximo, sem barreira). b) O executor do tiro livre de 10m deverá obrigatoriamente
chutar a bola em direção a meta, com a intenção de assinalar um tento (gol), sendo proibido o passe para outro
jogador de sua equipe. c) Se um atleta recuar a bola (tiro livre direto ou indireto) para o goleiro e esta entra
diretamente no gol, deverá ser marcado um arremesso de canto a favor da equipe adversária.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

Penalidade Máxima Faltas dentro da área (distância 6 metros e o goleiro deve permanecer na linha do gol), o
executante não é obrigado a chutar a bola em direção à meta, podendo passar a bola para outro companheiro. Tiro de
Meta e Ações do Goleiro a) O goleiro deve cobrar o tiro de meta somente com a mão. b) Para devolver a bola para o
goleiro, a bola deve ultrapassar o meio da quadra, bater no adversário ou sair pela lateral (se acontecer alguma destas
infrações, será concedido um arremesso lateral para a equipe adversária). O goleiro só poderá pegar a bola recuada
com a mão se atrasada pelo seu companheiro com parte acima do joelho (coxa, peito, cabeça). c) O goleiro utilizara
os pés na quadra de defesa por quatro segundos, na quadra de ataque o tempo é livre, na sua área, quatro segundos
com as mãos ou os pés. d) Não será válido o tento assinalado diretamente de arremesso de meta tocando ou não no
goleiro. Arremesso Lateral a) A bola deve estar em cima da linha. b) Se um jogador cobrar o tiro lateral contra sua
própria meta, e a bola tocar em qualquer jogador e entrar no gol, o tento será válido. Se penetrar diretamente o gol
não será válido, será cobrado tiro de canto em favor da equipe adversária. c) Se um jogador cobrar o tiro lateral contra
a meta adversária, e a bola tocar em qualquer jogador e entrar no gol, o tento será válido. Se penetrar diretamente o
gol não será válido, será cobrado, será cobrado arremesso de meta em favor da equipe adversária. Arremesso de
Canto a) Vale gol direto, dentro do semi círculo. b) Não vale gol contra, tocando ou não no goleiro, a partida será
reiniciada com um arremesso de canto em favor da equipe adversária.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

Quadra de Jogo FONTE: http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/regras.php

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski


8

HANDEBOL

História do Handebol

O Handebol não foi criado ou inventado, a bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos mais antigos do
mundo e vem cativando o homem há milênios. O jogo de Urânia, praticado na antiga Grécia com uma bola do
tamanho de uma maçã, usando as mãos mas sem balizas, é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos,
segundo Cláudio Galeno (130-200 d.C), conheciam um jogo praticado com as mãos, o Harpastum. Mesmo durante a
idade média, eram os jogos com bola praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533
d.C) citava uma espécie de handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume). No ano de 1848, o professor
dinamarquês Holger Nielsen criou, no Instituto de Ortrup, um jogo denominado Haandbold, determinando suas
regras. Na mesma época, os tchecos conheciam um jogo semelhante denominado Hazena. Fala-se também de um
jogo similar na Irlanda e no El Balon do uruguaio Gualberto Valetta, como precursores do handebol. Todavia o
Handebol, como se joga hoje, foi introduzido na Alemanha, como Raftball. Quem o levou para o campo, em 1912, foi
o alemão Hirschmann, então Secretário da Federação lnternacional de Futebol. O período da I Grande Guerra (1915-
1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando um professor de ginástica, o berlinense Max Heiser, criou
um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado do Torball, e quando os homens começaram a
praticá-lo, o campo foi aumentado para as medidas do futebol. Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz
reformulou o Torball, alterando seu nome para Handball com as regras publicadas pela Federação Alemã de
Ginástica para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou o jogo como competitivo para a Áustria, Suíça, além da
Alemanha. Em 1920, o diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou o jogo desporto oficial. A
divulgação na Europa deste novo desporto não foi difícil, visto que Karl Schelenz era professor na então famosa
Universidade de Berlim onde seus alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram as regras então propostas para
vários países. Por sua vez, existia na Tchecoslováquia desde 1892 um jogo praticado num campo de 45m x 30m e
com 7 jogadores que também era jogado com as mãos e o gol era feito em balizas de 3m x 2m. Este jogo, o Hazena,
segundo os livros, foi regulamentado pelo Professor Kristof Antonin, porém, somente em 1921 suas regras foram
publicadas e divulgadas

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

por toda a Europa. Mas, foi o Handebol jogado no campo de futebol, que chamamos de Handebol de Campo, que
teve maior popularização, tanto que foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Com o grande crescimento
do futebol com quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades do rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve,
o Handebol de Campo foi paulatinamente sendo substituído pelo Hazena que passou a ser o Handebol a 7, chamado
de Handebol de Salão, que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique (Alemanha),
o Handebol (não mais era necessário o complemento "de salão") foi incluído na categoria masculina, reafirmou-se em
Montreal (Canadá) em 1976 (masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

O Handebol no Brasil

Após a I Grande Guerra Mundial, um grande número de imigrantes alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na
região sul por conta das semelhanças climáticas. Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior contato com a
cultura, tradição folclórica e por extensão as atividades recreativas e desportivas por eles praticadas, dentre os quais o
então Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele teve seu maior desenvolvimento, principalmente quando em 26
de fevereiro de 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu primeiro presidente Otto
Schemelling. O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de Handebol
instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi jogado em campo improvisado ao lado do campo de futebol do
Esporte Clube Pinheiros, campo esse demarcado com cal (40m x 20m e balizas de madeira 3m x2m). Este Handebol
praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal maneira que a Confederação Brasileira de
Desportos CBD, órgão que congregava os desportos amadores a nível nacional, criou um departamento de Handebol
possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias categorias masculina e feminina.
Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos Estudantis
Brasileiros realizado em Belo Horizonte em julho de 1971 como também nos Jogos Universitários Brasileiros
realizado em Fortaleza em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB's/72 o Handebol teve a participação de
aproximadamente 10 equipes femininas e 12 masculinas, já em 1973 nos IV JEB's em Maceió tivemos cerca de 16
equipes femininas e 20 masculinas. A atual Confederação Brasileira de Handebol - CBHb foi fundada em 1º de junho
de 1979, tendo como primeira sede São Paulo e o primeiro Presidente foi o professor Jamil André.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

10

Fundamentos

Os fundamentos técnicos individuais e coletivos dos jogadores de linha do handebol são: Passe, Arremesso, Finta,
Recepção, Progressão, Drible.

Passe: É a ação de entregar a bola ao companheiro de equipe. Trata-se de uma ação técnica de extrema importância. É
o fundamento mais importante do handebol sob o ponto de vista de que é a partir de passes corretos que acontecerão
os demais fundamentos. a) objetivo: dar seqüência ao jogo, progressão, preparação do ataque ou contra-ataque b)
classificação quanto à distância: curtos (até 10m), médios (até 15m), longos (acima de 15m) c) classificação quanto à
trajetória: direto, picado (quicado), parabólico

Arremesso: É a ação de impulsionar a bola em direção ao gol. Este é o objetivo máximo de um jogo de handebol, os
demais fundamentos serão os que estarão em direção a este fundamento. a) objetivo: fazer o gol b) classificação
quanto à distância: geralmente feito até em menores distâncias, quando o jogador se projeta para o interior da área.
equivalente ao pênalti do futebol praticado na maioria das vezes por jogadores fortes

6 metros 7 metros 9 metros ou mais c)

classificação quanto à mecânica corporal: de ombro, com queda, com giro, com salto e inclinação, etc.

Finta: É a ação consciente de ludibriar o adversário com ou sem a posse de bola, acontece ainda, simultaneamente ao
passe ou quando há a ameaça do arremesso a gol. objetivo: ludibriar o adversário com o propósito de conseguir
espaço para arremessar, passar ou dar seqüência à jogada.

Recepção: É o ato de receber e controlar ou dominar a bola. Poderá ser feita com uma ou com as duas mãos, em
movimento ou parado. a) objetivo: dar continuidade ao jogo b) técnica: deve-se dominar a bola usando as mãos
côncavas, em forma de concha, em seguida deverá estar predisposto a ações rápidas e definitivas.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

11

Progressão: É a ação individual ou coletiva (2x2, 3x3 ou todos da equipe) de progredir com a bola a) objetivo: dar o
ritmo ao jogo com propósitos de ataque ou contra-ataque b) classificação: poderá ser realizado de modo individual,
duplas, trios, quartetos, com toda a equipe

Drible: É o ato de superar o adversário com a posse de bola, tanto no ataque como na defesa. Sua prática se dá a partir
do controle da bola com sucessivos quiques da bola ao solo. a) objetivos: superar o adversário e assim conseguir uma
melhor posição para o arremesso, o passe ou a progressão.

Sistema e Tática

Sistema É a forma de dispor (posicionar) os jogadores em quadra, podendo ser no ataque ou na defesa. Tática É a
maneira pela qual são postos em ação os sistemas adotados em um jogo, tanto na defesa como no ataque, com a
intenção de superar o adversário.

Sistema Defensivo no Handebol

É a maneira de coordenar as individualidades defensivas em conjunto.


Tipos de defesa Individual: pode ser em toda a quadra, meia quadra ou próxima aos nove metros. Zona: cada jogador
defende em um determinado espaço. Mista (combinado): é a fusão da defesa individual com a defesa mista.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

12

Respeitando-se uma disposição gráfica e linear, as linhas de defesa podem ser se apresentadas das seguintes
maneiras:

Sistema Ofensivo

Da mesma maneira que os sistemas de defesa, estes sistemas de ataque t também possuem suas vantagens,
desvantagens e aplicabilidade, podendo ser classificado da seguinte maneira: Posicional: rápida circulação da bola,
cada jogador ocupa a sua posição característica, quem circula é a bola. Circulação: os atletas deverão estar em
constante movimentação, com troca de deverão posições e de passes rápidos. Combinado: caraterizado pela mistura
do posicional e do circulação, alguns jogadores permanecem em suas posições características enquanto os outros
circulam, principalmente próximo à área de 6 metros. cipalmente

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

13

Jogadores

As posições dos jogadores de handebol são: Goleiro (7) Armador central (3) Armador (ou meias) direito e esquerdo
(5 e 2) Pivô (4) Extremas (ou pontas) direita e esquerda (6 e 1)

Principais Regras

Quadra a) b) c) d) e) f) Tamanho: 40m x 20m Gol: 3m x 2m Área de gol: 6m de raio Linha do tiro livre: 9m de raio
Tiro de 7 metros: marca de 7m do gol Linha de delimitação do goleiro para cobrança de 7m: marca de 4m do gol

Duração da Partida a) A duração normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou acima de
16 anos, é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é de 10 minutos. b) A duração normal da partida para
equipes de jovens é 2x25 minutos no grupo de idade entre 12 e 16 anos e 2x20 minutos no grupo de idade entre 08 e
12 anos, em ambos os casos o intervalo de meio tempo é de 10 minutos. c) No handebol o tempo de jogo é corrido. O
tempo só para com a sinalização do time-out por parte do árbitro, os árbitros decidem por quanto tempo e quando, o
tempo de jogo tem de ser interrompido.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

14

Bola H1, H2, H3 a) H3: 58-60 cm e 425-475g: para homens e equipes masculinas jovens (acima de 16anos) b) H2:
54-56 cm e 325-375g: para mulheres, equipes femininas jovens (acima de 14 anos) e equipes masculinas jovens
(entre 12 e 16 anos) c) H1: 50-52 cm e 290-330g: para equipes femininas jovens (entre 8 e 14 anos) e equipes
masculinas jovens (entre 8 e 12 anos).

Equipes e Substituições a) Time completo: 14 jogadores b) Time para início da partida: 7 jogadores (6 de quadra e 1
goleiro) c) Uma equipe deve ter no mínimo 5 jogadores na quadra no começo do jogo. d) Durante o jogo a equipe
pode ficar com menos que 5 jogadores em quadra. e) As substituições devem ser feitas, respeitando o local destinado
a elas e o jogador que vai entrar em quadra deve esperar a saída do jogador a ser substituído. f) Se o jogador que vai
entrar em quadra não esperar a saída do jogador a ser substituído, este, o jogador que entrou prematuramente em
quadra, será excluído do jogo por dois minutos. O jogador que deveria ser substituído também deve sair da quadra, ou
seja, a equipe ficará com um jogador a menos por 2 minutos. g) No handebol oficial, podem ser feitas quantas
substituições forem necessárias ao longo do jogo.
O Goleiro a) Dentro da sua área de gol o goleiro pode defender a bola, com qualquer parte do seu corpo. b) O goleiro
pode deslocar-se dentro da área de gol, de posse de bola, sem nenhuma restrição. Ele não pode retardar o jogo, após o
apito do árbitro, o goleiro deverá colocar a bola em jogo em no máximo três segundos. c) É permitido, deixar a área
de gol, sem a bola e jogar no campo de jogo. Neste

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

15

caso, fica submetido às regras de jogo dos jogadores de campo. d) Não é permitido o goleiro sair da área de gol com a
posse de bola ou retornar da área de jogo para a área de gol com a posse da mesma. e) Não é permitido lançar
intencionalmente a bola, já controlada, para fora pela linha de fundo. f) Não é permitido tocar ou pegar a bola que se
encontra, parada ou rolando no solo, fora da área de gol, enquanto ele próprio se encontra dentro da área de gol.

Tiro de Saída a) No começo do jogo, o tiro de saída é executado pela equipe que ganhou o sorteio e escolheu começar
com a posse de bola. O adversário tem o direito de escolher o lado da quadra. b) Após um gol ter sido marcado, o
jogo é recomeçado por um tiro de saída, executado pela equipe que sofreu o gol. O tiro de saída é sempre precedido
por um apito, deve ser executado dentro de 3 segundos e com uma tolerância lateral de cerca de 1,5 metros do centro
da linha central. c) O jogador executante do tiro de saída deve ter um pé em cima da linha central até que a bola tenha
deixado sua mão. Os companheiros de equipe do executante, não estão autorizados a cruzar a linha central antes do
apito. d) No momento do tiro de saída, para começar cada meio período, todos os jogadores devem estar na sua
própria meia quadra. e) Entretanto, após um gol ser marcado, durante a partida, a equipe que fez o gol pode
permanecer em ambas as metades da quadra de jogo. f) Os jogadores da equipe adversária devem estar a no mínimo 3
metros de distância do jogador executante do tiro de saída.

Tiro Lateral a) O tiro lateral é ordenado assim que a bola ultrapassar completamente a linha lateral.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

16

b) O executante do tiro de lateral deverá manter, pelo menos, um pé sobre a linha lateral até que a bola tenha saído de
sua mão. c) Um tiro de lateral é concedido quando a bola tocar o teto ou objeto fixado sobre a quadra, neste caso o
tiro deverá ser cobrado no ponto mais próximo em relação ao ponto onde a bola tocou o teto ou o objeto fixado. d) A
execução do tiro de lateral é feito sem a necessidade do sinal de apito do árbitro. e) O tiro lateral é executado do
ponto onde a bola cruzou a linha lateral. f) Se a bola ultrapassou a linha de fundo, após tocar em um jogador de
defesa o tiro lateral é cobrado na interseção da linha lateral com a linha de fundo. g) Enquanto o tiro lateral está sendo
executado, os adversários não podem estar a menos de três metros do executante, porém os defensores sempre estarão
autorizados a permanecerem no lado de fora da sua linha da área de gol, mesmo se a distância entre e o executante for
inferior a 3 metros.

Tiro de 7 metros a) Um tiro de sete metros é ordenado nos seguintes casos: Fazer fracassar uma clara chance de gol,
de forma irregular, em qualquer parte da área de jogo. Quando um jogador defensor invade sua própria área de gol, a
fim de obter vantagem sobre o jogador atacante que está com a posse da bola. Quando houver um apito não
autorizado no momento de uma clara chance de gol. b) Se um jogador atacante marcar um gol apesar da interferência
ilegal dos defensores, então não há razão para assinalar um tiro de 7 metros. c) O goleiro deve respeitar a sua linha de
limitação (linha de 4 metros), durante o tiro de sete metros. d) Quando concederem um tiro de 7 metros, os árbitros
podem sinalizar um time-out, mas somente se houver um atraso substancial. e) O jogador que executar o tiro de sete
metros deve posicionar-se atrás da linha de 7 metros, não mais distante do que 1 metro desta linha. Depois do apito
do árbitro, o executante não poderá tocar nem ultrapassar a linha de sete metros,

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

17

antes que a bola tenha deixado a sua mão, uma parte do pé do jogador executor deverá estar em permanente contato
com o solo. f) Para a cobrança do tiro de 7 metros, todos os jogadores, exceto o cobrador, têm que estar fora da linha
do tiro livre. Os adversários devem estar fora da linha do tiro livre e a no mínimo 3 metros da bola. O tiro de 7 metros
deverá ser executado dentro de 3 segundos após o apito do árbitro.

Punições: advertência, exclusão, desqualificação, expulsão Advertência: cartão amarelo, uma advertência deve ser
dada: a) Faltas que vão além do tipo de infração que normalmente ocorre na disputa pela bola (atitude antidesportiva).
b) A um único jogador, não deve ser dado mais do que uma advertência, e a uma equipe não deve ser dada mais do
que 3 advertências. c) A um jogador que já teve uma exclusão por 2 minutos, não deveria ser subseqüentemente dado
uma advertência. Não mais do que uma advertência deveria ser dada aos oficiais de equipe.

Exclusão: 2 minutos sem o jogador punido: uma exclusão deve ser dada: a) Atitude antidesportiva repetida b) A partir
da terceira advertência da equipe c) Falta de substituição ou entrada ilegal na quadra d) Por não soltar ou colocar a
bola no solo quando da marcação de tiro livre contra a equipe que esta em posse de bola e) A terceira exclusão ao
mesmo jogador sempre conduzirá a uma desqualificação.

Desqualificação: cartão vermelho (o jogador desqualificado deve sair da quadra não podendo mais retornar a ela,
podendo ser substituído após 2 minutos), uma desqualificação deve ser dada: a) Por causa da terceira exclusão para o
mesmo jogador b) Por faltas que coloquem em perigo a saúde do adversário

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

18

c) Por conduta antidesportiva grosseira de um jogador ou oficial de equipe, dentro ou fora da quadra d) Por causa de
uma terceira exclusão para o mesmo jogador. Toda desqualificação deve ser precedida por um time-out, que deve ser
assinalado pelo árbitro. e) Não deve haver maiores conseqüências, em relação à desqualificação, após o término do
jogo.

Expulsão: a equipe joga com 1 a menos até o final da partida, uma expulsão deve ser dada: Quando um jogador é
culpado de uma agressão durante o tempo de jogo, dentro ou fora da quadra de jogo. Toda expulsão deve ser
precedida por um time-out, que deve ser assinalado pelo árbitro. Uma expulsão deve ser explanada pelos árbitros no
relatório de jogo para as autoridades competentes.

O manejo da bola e o jogo passivo a) É permitido dar no máximo três passos com a bola na mão b) É permitido
segurar a bola por no máximo três segundos. c) É permitido atirar, agarrar, parar, empurrar ou bater a bola, usando
mãos (abertas ou fechadas), braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos. d) É permitido receber a bola, dar três passos
com a mesma na mão, driblá-la e então dar mais três passos e então passar ou arremessar a bola. e) É permitido
mover a bola de uma mão para a outra. f) Driblar ou rolar a bola com ambas as mãos alternadamente é permitido. g)
Durante o drible o contato da mão deve ser por cima da bola, nunca pelo lado ou por baixo da mesma. h) Não é
permitido depois que a bola foi controlada, tocá-la mais de uma vez. i) Não é permitido tocar na bola com as pernas,
abaixo do joelho, exceto quando a bola foi atirada no jogador por um adversário. j) O jogo continua se a bola toca um
árbitro na quadra.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

19

k) Se um jogador com a bola se movimenta para fora da quadra de jogo com um ou ambos os pés (e a bola ainda está
dentro da quadra), por exemplo, passar ao redor de um jogador defensor, isto deverá conduzir a um tiro livre para o
adversário. l) Não é permitido manter a bola em posse da equipe sem fazer uma tentativa reconhecível de ataque ou
arremesso a baliza. Não é permitido atrasar repetidamente a execução de um tiro de saída, tiro livre, tiro lateral ou tiro
de meta. Isto será considera como JOGO PASSIVO, que será penalizado com um tiro livre contra a equipe de posse
de bola.

Tiro de Meta a) Um tiro de meta é assinalado quando: o goleiro controlou a bola na área de gol; a bola cruza a linha
de fundo, depois de ter sido tocada por último pelo goleiro ou pelo jogador da equipe adversária; um jogador da
equipe adversária entrou na área de gol no momento de um arremesso; um jogador da equipe adversária, sem a bola,
invadiu a área de gol buscando obter vantagem; um jogador da equipe adversária tocou a bola quando ela estava
rolando ou parada no solo dentro da área de gol. b) Quando o goleiro na execução de uma defesa a sua baliza desvia a
bola para a linha de fundo é marcado um tiro de meta a seu favor. c) O tiro de meta é executado pelo goleiro, sem o
apito do árbitro, de dentro da sua área de gol.

Tiro Livre a) O tiro livre é marcado em qualquer situação de falta simples dentro da área de jogo. (No handebol não
há limite de faltas). b) O tiro livre é executado sem nenhum sinal de apito do árbitro, e, em princípio, no local onde a
falta foi cometida. c) Se este local esta situado entre a linha da área de gol e a de tiro livre da equipe que cometeu a
infração, o tiro livre concedido à equipe atacante é executado no local mais próximo imediatamente fora da linha de
tiro livre (9 metros). d) Os jogadores da equipe atacante não devem tocar ou cruzar a linha de tiro livre dos
adversários antes que o tiro livre seja executado.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

20

e) Quando da execução de um tiro livre, os jogadores adversários deverão manter uma distância mínima de 3 metros
do jogador executor. f) Os árbitros devem dar continuidade ao jogo, adiando uma interrupção prematura do jogo, para
sinalizar um tiro livre. g) Se houver uma decisão de tiro livre contra a equipe que está em posse de bola , então o
jogador que tem a bola neste momento deve soltá-la ou colocá-la imediatamente no solo no ponto onde ele está. h)
Tiros livres sinalizados por conta de jogo passivo devem ser executados do lugar onde a bola estava quando o jogo
foi interrompido. i) Um tiro livre também é usado como jeito de reiniciar o jogo em certas situações onde o jogo é
interrompido: se uma equipe está em posse de bola no momento da interrupção, esta deve manter a posse; se
nenhuma equipe está em posse de bola, então a equipe que a detinha por último deverá tê-la em posse de novo.
Instruções para a execução dos Tiros a) Durante a execução, exceto no caso de tiro de meta, o executante deve ter
uma parte de um pé em constante contato com o solo até que a bola seja liberada. O outro pé pode ser apoiado e
levantado repetidamente. b) Um gol pode ser marcado diretamente de qualquer tiro. c) Se for necessário o apito do
árbitro, depois do apito, o executante deve jogar a bola dentro de 3 segundos. d) Após a cobrança do tiro o jogador
executor não poderá mais encostar na bola antes que esta tenha tocado outro jogador ou a baliza.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

21

Quadra de Jogo

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

22

BASQUETEBOL

História do Basquetebol

Em 1891, o longo e rigoroso inverno de Massachussets (EUA) tornava impossível a prática de esportes ao ar livre. As
poucas opções de atividades físicas em locais fechados se restringiam a entediantes aulas de ginástica, que pouco
estimulavam aos alunos. Foi então que Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, colégio internacional
da Associação Cristã de Moços (ACM), convocou o professor canadense James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe
uma missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos durante o inverno, mas que
pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas. Depois de algumas reuniões com outros professores de
educação física da região, James Naismith chegou a pensar em desistir da missão. Mas seu espírito empreendedor o
impedia. Refletindo bastante, chegou à conclusão de que o jogo deveria ter um alvo fixo, com algum grau de
dificuldade. Sem dúvida, deveria ser jogado com uma bola, maior que a de futebol, que quicasse com regularidade.
Mas o jogo não poderia ser tão agressivo quanto o futebol americano, para evitar conflitos entre os alunos, e deveria
ter um sentido coletivo. Havia um outro problema: se a bola fosse jogada com os pés, a possibilidade de choque ainda
existiria. Naismith decidiu então que o jogo deveria ser jogado com as mãos, mas a bola não poderia ficar retida por
muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, para evitar socos acidentais nas disputas de lances. A
preocupação seguinte do professor era quanto ao alvo que deveria ser atingido pela bola. Imaginou primeiramente
colocá-lo no chão, mas já havia outros esportes assim, como o hóquei e o futebol. A solução surgiu como um
relâmpago: o alvo deveria ficar a 3,05m de altura, onde imaginava que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar
a bola que fosse arremessada para o alvo. Tamanha altura também dava um certo grau de dificuldade ao jogo, como
Naismith desejava desde o início. Mas qual seria o melhor local para fixar o alvo? Como ele seria? Encontrando o
zelador do colégio, Naismith perguntou se ele não dispunha de duas caixas com abertura de cerca de 8 polegadas
quadradas (45,72 cm). O zelador foi ao depósito e voltou trazendo dois velhos cestos de pêssego. Com um martelo e
alguns pregos, Naismith prendeu os cestos na parte

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

23

superior de duas pilastras, que ele pensava ter mais de 3m, uma em cada lado do ginásio. Mediu a altura. Exatos
3,05m, altura esta que permanece até hoje. Nascia a cesta de basquete. James Naismith escreveu rapidamente as
primeiras regras do esporte, contendo 13 itens. Elas estavam tão claras em sua cabeça que foram colocadas no papel
em menos de uma hora. O criativo professor levou as regras para a aula, afixando-as num dos quadros de aviso do
ginásio. Comunicou a seus alunos que tinha um novo jogo e se pôs a explicar as instruções e organizar as equipes.
Havia 18 alunos na aula. Naismith selecionou dois capitães (Eugene Libby e Duncan Patton) e pediu-lhes que
escolhesse os lados da quadra e seus companheiros de equipe. Escolheu dois dos jogadores mais altos e jogou a bola
para o alto. Era o início do primeiro jogo de basquete. Curioso, no entanto, é que nem Naismith nem seus alunos
tomaram o cuidado de registrar esta data, de modo que não se pode afirmar com precisão em que dia o primeiro jogo
de basquete foi realizado. Sabe-se apenas que foi em dezembro de 1891, pouco antes do Natal. Como esperado, o
primeiro jogo foi marcado por muitas faltas, que eram punidas colocando-se seu autor na linha lateral da quadra até
que a próxima cesta fosse feita. Outra limitação dizia respeito à própria cesta: a cada vez que um arremesso era
convertido, um jogador tinha que subir até a cesta para apanhar a bola. A solução encontrada, alguns meses depois,
foi cortar a base do cesto, o que permitiria a rápida continuação do jogo. A primeira bola de basquete foi feita pela A.
C. Spalding & Brothers, de Chicopee Falls (Massachussets) ainda em 1891, e seu diâmetro era ligeiramente maior
que o de uma bola de futebol. As primeiras cestas sem fundo foram desenhadas por Lew Allen, de Connecticut, em
1892, e consistiam em cilindros de madeira com borda de metal. No ano seguinte, a Narraganset Machine & Co. teve
a idéia de fazer um anel metálico com uma rede nele pendurada, que tinha o fundo amarrado com uma corda mas
poderia ser aberta simplesmente puxando esta última. Logo depois, tal corda foi abolida e a bola passou a cair
livremente após a conversão dos arremessos. Em 1895, as tabelas foram oficialmente introduzidas. c não poderia
imaginar a extensão do sucesso alcançado pelo esporte que inventará. Seu momento de glória veio quando o basquete
foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro jogo de
basquete nas Olimpíadas. Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro,
nos mais de 170 países filiados à FIBA.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

24

O Basquetebol no Brasil

Em 1896, através do professor norte-americano Auguste Farnham Shaw, do colégio Mackenzie da cidade de São
Paulo, chegou ao Brasil a primeira bola (já oficial) de basquetebol. As alunas desse colégio foram as primeiras a
praticar a nova modalidade. Nesse mesmo ano, o esporte já era reconhecido como profissional nos EUA, a partir da
fundação da Liga Nacional de Basquetebol. Pelo fato de este ter sido praticado e aceito primeiro entre as mulheres, o
professor Shaw teve algumas dificuldades para convencer os homens a praticar o basquetebol que, também, disputava
com o futebol a preferência da época. Conforme alguns autores, o Brasil foi o quinto país do mundo e o primeiro da
América do Sul a conhecer o basquetebol.

Fundamentos

Controle do Corpo, Controle da Bola, Drible, Passe e Recepção, Arremesso, Rebote.

Controle do Corpo: É a capacidade de controlar o corpo para realizar movimentos e gestos específicos do esporte,
exigidos pela própria dinâmica do jogo. Tipos: a) Fintas: são movimentos de corpo na tentativa de enganar a ação do
defensor b) Parada Brusca: interrupção do deslocamento de um atacante para dificultar a ação da defesa c) Giro: é o
movimento realizado com as pernas no sentido de se livrar de um defensor d) Outros gestos ainda são executados de
maneira natural e não necessitam de técnica específica para a sua realização: Corrida para frente, para trás e
lateralmente; Corridas com mudança de direção; Saídas rápidas; Saltos (com impulsão de ambas ou com apenas uma
das pernas)

Controle da bola: Trata-se da habilidade de dominar a bola em relação aos aspectos de espaço, tempo e percepção do
oponente, resumidamente, é a capacidade de manusear a bola nas diversas situações do jogo. Tipos: a) Modo de
segurar a bola b) Modo de receber a bola

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

25

Principais Erros do Fundamento - Controle da Bola a) b) c) d) e) f) g) h) apoiar a bola na palma das mãos segurar a
bola com a ponta dos dedos segurar a bola somente pela sua parte superior, juntando os polegares abrir
demasiadamente os cotovelos afastar a bola do corpo, desprotegendo-a esperar que a bola chegue, em vez de ir ao seu
encontro receber a bola com uma das mãos e não segurar posteriormente, com as duas mãos não estender os braços,
mantendo-os muito próximos do corpo, o que dificulta o passe e a recepção.

Drible: O drible é um fundamento de ataque com a bola, é a forma pela qual o jogador se desloca pela quadra com a
sua posse, o drible é o ato de bater na bola, impulsionando-a contra o solo com uma das mãos. Tipos: a) Alto
(Velocidade): utilizado quando o jogador se desloca em velocidade ou quando não está sendo marcado de perto. b)
Baixo (Proteção): utilizado quando o jogador recebe uma marcação próxima e há uma necessidade de uma maior
proteção da bola. c) Com mudança de direção: utilizado quando for preciso fintar um adversário e colocar-se em
melhores condições de arremessar ou passar. (pela frente do corpo, com giro, por entre as pernas e por trás do corpo)
Principais Erros do Fundamento Drible a) b) c) d) e) driblar com ambas as mãos ao mesmo tempo olhar para a bola
ou para o solo conduzir ou bater na bola, em vez de impulsioná-la contra o solo na proteção da bola, colocar à frente a
perna correspondente à mão do drible em deslocamento, driblar com a bola bem à frente do corpo e acima da linha da
cintura dificultando o deslocamento

Passe: O passe é um fundamento de ataque que consiste em enviar uma bola de um jogador a outro, podendo o
jogador utilizar, para este fim, muitas formas diferentes de movimento. O passe é também considerado a forma mais
rápida de se avançar da zona de defesa para a zona de ataque.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

26

Os passes podem ser classificados de acordo: a) Distância: Curto: até 5 metros Médio: acima de 5 até 10 metros
Longo: acima dos 10 metros b) Forma: De ombro, com uma ou duas mãos, de peito, quicado, por cima da cabeça, de
gancho, pelas costas, por entre as pernas, por baixo, etc. Principais Erros do Fundamento Passe a) b) c) d) e) f) g) h)
abrir demasiadamente os cotovelos ou manter muito próximos do corpo unir as pernas, prejudicando o equilíbrio
lançar a bola fora da linha de recebimento do companheiro lançar a bola muito antes do posicionamento do
companheiro lançar a bola muito próxima do companheiro, dificultando o seu recebimento segurar a bola atrás da
cabeça ou da linha do ombro colocar à frente a perna correspondente à mão do passe segurar a bola somente com uma
das mãos, não lhe dando o necessário apoio e proteção

Recepção: É o ato ou ação de receber e controlar a bola a fim de dar seqüência à jogada

Arremesso: O arremesso é um fundamento de ataque com bola, realizado com o objetivo de se conseguir a cesta
Tipos: a) Arremesso com uma das mãos com apoio b) Arremesso com salto (jump) c) Arremesso de bandeja d)
Arremesso de gancho Principais Erros do Fundamento Arremesso Bandeja: a) não calcular corretamente o local de
impulsão, colocando-se muito distante ou muito próximo da cesta b) executar mais que dois tempos rítmicos,
cometendo uma violação (andada) c) não obedecer à simetria entre membros superiores e inferiores. Ex.: arremessar
com a mão direita e elevar o joelho da perna esquerda

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

27
Rebote: Em um jogo de basquetebol, toda vez que houver uma tentativa de arremesso os jogadores deverão
posicionar-se de tal forma que, se a cesta não for convertida, eles estarão em condições de conseguir a posse da bola.
Portanto, o ato de recuperar a bola após um arremesso não-convertido é denominado rebote. Tipos: a) Rebote de
defesa (defensivo) b) Rebote de ataque (ofensivo)

Principais Erros do Fundamento Rebote a) b) c) d) colocar-se muito embaixo da cesta não se colocar na região mais
próxima à cesta, onde normalmente ocorrem os rebotes não sincronizar o salto com o ressalto da bola no aro ou na
tabela conseguindo a posse da bola, não protege-la devidamente, deixando que um adversário tenha facilidade em
recupera-la.

Ataque vende ingressos, Defesa ganha jogos. Rebotes ganham campeonatos. .

Pat Summitt

Aspectos Táticos

Sistema de Defesa e Sistema de Ataque

Sistema de Defesa

Os sistemas de defesa são ações táticas coletivas que objetivam um melhor rendimento defensivo, podem ser
classificados em: a) individual b) zona c) sob pressão d) mista e) combinada

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

28

Defesa Individual: É o sistema que tem como principal característica a situação de um contra um, ou seja, cada
defensor marca um atacante determinado. Vantagens dificulta passes e arremessos de meia e longa distância exige do
defensor a correta execução dos fundamentos individuais de defesa define responsabilidades Desvantagens facilita as
penetrações à cesta, proporcionando os arremessos de curta distância pode provocar um grande número de faltas
pessoais exige um certo grau de preparação física

Defesa por Zona: É o sistema que tem como característica a marcação por áreas e o deslocamento dos defensores
nessas áreas. Esse deslocamento é determinado pela movimentação da bola. Tipos: 2.1.2 1.2.2 1.3.1 2.3 3.2 2.2.1

Vantagens propicia o posicionamento dos defensores em regiões, de acordo com a estatura dos jogadores facilita o
rebote de defesa facilita as saídas para o contra-ataque dificulta o jogo próximo à cesta facilita a volta organizada para
a defesa, devido ao posicionamento pré-determinado

Desvantagens poderá provocar indecisão na marcação do(s) atacante(s) posicionado(s) naquela determinada área
facilita a troca de passes facilita arremessos de média e longa distância necessita de muito entrosamento entre
defensores para a execução das coberturas

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

29

Defesa Sob Pressão: Tem como principal característica a situação de dois defensores marcando um atacante e a
agressividade. Este tipo de defesa requer dos defensores muita condição física para suportar o ritmo de marcação a
ser imposto para surpreender o adversário e tentar mudar o ritmo de jogo. Além de suas próprias características,
utiliza-se também de conceitos e características de outras defesas, ou seja, a pressão pode ser individual e por zona.
Vantagens a possibilidade de fazer com que o adversário altere seu ritmo de jogo, em função da agressividade da
defesa o fator surpresa, que pode levar os atacantes a cometerem erros e/ou violações forçar o ataque a realizar passes
e/ou arremessos precipitados aumentar as possibilidades de recuperação de bola pela defesa

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski


Desvantagens o ataque pode utilizar de forma eficiente os atacantes que momentaneamente estejam sem marcação,
situação provocada pelo fato da defesa realizar 2 em 1 maior possibilidade de cometer faltas pessoais

30

Defesa Mista: É o tipo de defesa no qual se utilizam dois sistemas simultaneamente em um mesmo ataque. Exemplo:
um defensor marca um determinado atacante individualmente e os demais defensores marcam por zona. Vantagens
faz com que o adversário tenha que se adaptar à defesa, com movimentações de ataque que nem sempre são treinadas
altera o ritmo de jogo do adversário dificulta a ação do principal atacante da equipe adversária Desvantagens
desguarnece a área restritiva em função da retirada de um defensor, que realiza uma marcação especial exige maior
atenção com relação à movimentação da bola e das coberturas

Defesa Combinada: É o sistema de defesa que se utiliza de dois ou mais sistemas distintos em momentos diferentes
do ataque. Requer muito entrosamento entre os jogadores, pois qualquer desatenção ou falha poderá provocar uma
situação ideal para que o ataque converta uma cesta. Vantagens alterando a movimentação, a defesa acaba
confundindo o ataque, que poderá perder tempo para se reorganizar Desvantagens é necessário grande entrosamento
entre os defensores para que não ocorram falhas, prejudicando todo o sistema defensivo

Sistema de Ataque

Os sistemas de ataque são movimentações táticas coletivas que têm como objetivo principal a obtenção da cesta. É
importante definir os nomes e funções das posições que um jogador pode desempenhar no ataque. Existem três
posições que são distribuídas em função das características físicas e técnicas dos atacantes: Armador, Pivô e Lateral
(ala).

Posição/Características Armador

Fisicamente normalmente o armador é o mais baixo e o mais rápido da equipe

Tecnicamente Deve passar e driblar bem, ter uma boa visão de jogo, deve decidir o momento exato de passar ou
arremessar a bola na cesta.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

31

Pivô o pivô deve ser alto e forte pode ser um jogador de estatura média e que não pode ser muito lento

Deve saber fintar e girar, ter um bom assremesso de curta distância (jump e gancho) e boa noção de posicionamento
para rebote ofensivo. Deverá ter um bom arremesso de média distância, boa noção de rebote.

Lateral ou Ala

Classificação dos Sistemas de Ataque

Os sistemas de ataque NÃO apresentam uma clara definição em sua classificação. Isto devese especialmente à
multiplicidade de opções que se apresentam na elaboração de um ataque.

Esportes Coletivos Douglas Flesch Cygainski

32

Principais Regras

1. Quadra a) A quadra de jogo terá dimensões de 28m (comprimento) x 15m (largura). b) As federações nacionais
tem autoridade para aprovar, para suas competições, quadras de jogo já existentes com dimensões mínimas de 26m x
14m. 2. Equipes a) As equipes serão compostas por 5 jogadores cada (em jogo), mais 7 suplentes. b) O jogo não pode
começar se uma das equipes não estiver em quadra com 5 jogadores prontos para jogar. c) Uma equipe perderá por
número insuficiente de jogadores, se durante a partida, a equipe tiver menos que dois jogadores em quadra prontos
para jogar. 3. Inicio do Jogo O jogo começa com um lançamento da bola ao ar, pelo árbitro, entre dois jogadores
adversários no circulo central.

4.

Duração do Jogo Tempo total do Jogo: 40m 1º Tempo: 20 1P: 10 I: 2 2P: 10 I: 15 I: 15 3P: 10 2º Tempo: 20 I: 2 4P:
10

O cronômetro só avança quando a bola se encontra em jogo.

5. Reposição da bola em jogo Depois da marcação de uma falta, o jogo recomeça por um lançamento fora das linhas
laterais, exceto no caso de lance

  c

Você também pode gostar