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O Pastor Ideal

-Nimish Coelho
Ars não era muito diferente de nosso mundo. Mas diferente sim, num aspecto. Aquele converteu com
a chegada de um homenzinho, mas nos não podemos afirmar que nosso mundo converteu ao receber a
visita de Rainha do Universo em Fátima. Visitou ao Ars um homenzinho chamado João, um nome
comum, simples, mas profundo, como seu possuidor. A condição do Ars, segundo o Arcebispo da
época, não podia piorar, por isso o Episcopado enviou lá o Pe. João, pois tinha estudado só o minimo
necessário para ser sacerdote por incapacidade intelectual.
Ele tinha uma voz fraca, e naquela época sem microfones, uma simples palavra dele que o
povo ouvia, desencadeava um rio de lagrimas na congregação. Certa vez no sermão, ele disse “Meus
filhos, no dia do juiz O Senhor Jesus me mandará 'Pastor, condena tuas ovelhas!'” e repitiu, “'Pastor,
condena tuas ovelhas!'” mais uma vez ele repete “'Pastor, condena tuas ovelhas!'” e continuou Pe.
João, “E meus filhos, quereis que eu, seu Pai, vos condenar?” A essas palavras, todos começaram a
chorar, e o dia seguinte encheu-se a fila de confissão.
São João Maria Vianney, era notório por ser muito cuidadoso nas confissões, quando ele
percebia que não havia no penitente a resolução de mudar, ele negava a absolvição. Tanto que muitos
iam a outras paroquias para serem absolvidos. E ele dizia: “Se outros padres querem lhes mandar para
o Inferno... Eu sou seu pároco, e não lhes dou a absolvição.” Negar a absolvição pode salvar uma
pessoa do inferno? Privando pessoas dos sacramentos lhes ajudam? Assim pensa São João Maria
Vianney, o padroeiro dos párocos e dos pastores. Porque, quando um sacramento é negado a alguém,
ele sente a pena de estar no estado de pecado, e isto produz compunção, remorso pelos pecados, e
contrição. A contrição induz o desejo de mudar, se durante a vida a pessoa não muda, certamente na
hora da morte ela sentirá o infortuno da falta dos sacramentos, e isso pode incutir contrição, e abrir as
portas da alma para receber a graça da contrição final, e portanto salvação. Mas o contrario dá à
pessoa a desculpa de assumir que está na pista certa e isto produz obstinação e dureza do coração. E
na hora da morte ela teria acumulado uma corrente de sacrilégios que a jogará no desespero e portanto
perdição.
Deus criou cada pessoa para refletir uma coisa dEle que ninguém mais têm como refletir.
Desse modo, quando uma pessoa atinge a santidade, este aspecto de Deus nele brilha de um modo
singular. São João Maria Vianney brilhou como o pároco ideal, e brilha para o mundo mostrando o
que deve ser o verdadeiro pastor. Então todos os pastores, todos que têm ovelhas em seu cuidado,
deve seguir, até onde seu estado exige, o exemplo dele, o Curé de Ars. Este era o legado que São João
Vianney deixou, ele foi O Pastor!
Que ele não tem de nos condenar no dia do juizo, rezamos a ele.

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