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O QUE NÃO COLOCAR NO CURRÍCULO: 11 ERROS QUE VOCÊ DEVE EVITAR

Você sabe o que não colocar no currículo na hora de se candidatar a uma vaga de emprego? Existe uma série
de erros que podem fazer com que o recrutador perca o interesse pelo seu currículo ou mesmo o descarte
rapidamente. E você não pode deixar isso acontecer, certo? Afinal, os recrutadores estão acostumados a
avaliar um grande número de candidatos por dia, ou seja, só aqueles materiais com apresentação adequada
passam no filtro inicial.

Alguns dados que você não deve colocar no currículo são informações em excesso, elogios desmedidos e
pretensão salarial. Mas, então, qual é a estrutura certa para um CV? É isso que você vai descobrir aqui.

Abaixo, confira 11 erros comuns nos CVs, ou seja, tudo que você não deve colocar no currículo.

1. Informações irrelevantes
Em um texto para o site ThoughtCo, Tara Kuther, professora da Western Connecticut State University, diz que
hobbies e interesses pessoais são informações irrelevantes que não devem aparecer no currículo.

“Lembre-se de que seu objetivo é se mostrar sério e especialista na sua área. Hobbies podem sugerir que você
não está trabalhando duro o suficiente ou que você não é sério quanto à sua carreira”.

2. Excesso de detalhes
Apesar de o currículo servir para mostrar as suas experiências de trabalho anteriores, o excesso de detalhes
é prejudicial. O ideal é descrever empregos dos últimos 10 anos, desde que eles façam sentido para a vaga
que você está buscando no momento. Se uma experiência não agrega valor à oportunidade que você deseja,
então, essa informação não fará sentido para o recrutador.

3. Reclamações sobre o antigo empregador


Essa é uma prática que deve ser evitada tanto no currículo quanto na entrevista de emprego. Se você fala mal
de um antigo empregador, nada impede que, mais tarde, faça reclamações sobre a empresa na qual deseja
entrar — e os recrutadores levam isso em conta.

4. Dados pessoais irrelevantes


“Informações desnecessárias só vão fazer o recrutador perder tempo na leitura. Pior, vai desviar o foco dos
dados que realmente são importantes”, diz Max Gehringer, no livro Acerte na entrevista e no currículo (Gold,
2008).

Os dados pessoais que devem ficar de fora, segundo ele, são estes:
▪ Endereço completo (apenas a cidade e bairro é de bom tamanho)
▪ Estado civil
▪ Número da carteira de habilitação

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▪ Dados familiares
▪ Nomes das escolas em que estudou quando era criança
▪ Religião e raça.

5. Elogios genéricos
Se descrever como uma pessoa proativa, organizada, que agrega valor e traz resultado são exemplos de
elogios vazios de sentido e que, na verdade, parecem pura enrolação. Uma pesquisa de 2013 da CareerBuilder
aponta quais são as piores expressões para usar em um currículo e o percentual de vezes em que foram
utilizadas entre a amostra.

As cinco mais usadas são:


▪ Raça (38%)
▪ Lutador (27%)
▪ Pensar fora da caixa (26%)
▪ Sinergia (22%)
▪ Proativo (22%).

6. Habilidades obsoletas
A especialista em busca de emprego Alison Doyle ressalta, em um artigo para a The Balance Careers, que
as habilidades e atributos no currículo devem ser atuais. “Se você listar habilidades obsoletas ou irrelevantes
para o cargo, isso não irá ajudá-lo a conseguir uma entrevista”. No mercado tech, por exemplo, incluir domínio
em ferramentas ou práticas que nem são mais utilizadas não faz o menor sentido.

7. Pretensão salarial
A não ser que a empresa solicite a pretensão salarial, não inclua essa informação no currículo. Deixe para
falar disso durante a entrevista de emprego, quando o recrutador tocar no assunto.

8. Referências profissionais
As referências profissionais devem ser acionadas somente quando o recrutador pedir. Você não deve incluir
as referências no currículo. Se o recrutador tiver interesse em falar com elas, pode solicitar a informação
antes ou durante a entrevista.

9. Foto
Uma foto não é capaz de mostrar as suas habilidades técnicas, tampouco é uma tendência no recrutamento.
Descartar a foto do currículo é uma forma de priorizar as suas competências, ao invés da aparência. Mas
lembre-se de manter uma imagem profissional no perfil do LinkedIn, pois os recrutadores geralmente passam
por lá.

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10. Histórico escolar
As notas do seu histórico escolar não contam pontos perante o recrutador, por isso, são desnecessárias.
Informe apenas a universidade em que você é graduado e a data de conclusão de curso, além de cursos
importantes que tenha realizado.

11. Usar título “Currículo Vitae”


“Posso reconhecer um CV quando vejo um e confio que os outros também podem. Seu título deve ser o seu
nome. E não seja pretensioso: sem títulos ou letras pós-nominais. Apenas seu nome”, diz o consultor de
carreiras Steve Joy, em um texto para o jornal The Guardian.

O que colocar no currículo


Bom, agora você já sabe o que não fazer. Vamos descobrir, então, como acertar em cheio e elevar ao máximo
a chance de contratação? Se, por um lado, excesso de informação é prejudicial, por outro, o CV também não
pode ser incompleto.

Dados pessoais relevantes


Nunca deixe de fora dados pessoais relevantes e que permitem ao recrutador entrar em contato:
▪ Nome completo
▪ Nacionalidade
▪ Cidade em que mora
▪ Telefone
▪ E-mail
▪ Link para o perfil no LinkedIn.

Objetivo
A premissa básica é personalizar o campo de objetivo conforme a empresa para a qual você irá mandar o
currículo. Customize a frase conforme a vaga disponível, aliando a sua experiência a ela. Em entrevista para
a revista Exame, a especialista em carreiras Eline Kullock aconselha não listar habilidades nesse momento.

“Não cabe a você se autoavaliar, porque quem vai fazer isso é seu entrevistador”.

Qualificações
Esse é o momento de “vender o seu peixe”. De que maneira você pode auxiliar a empresa? Uma descrição
hipotética para gerente de projetos poderia ser: “Gerente de projetos com experiência em metodologias
tradicionais e ágeis. Em cargos anteriores, fiz contribuições para o aumento da produtividade de equipes em
20%”.

Experiência profissional
Nessa sessão, adicione nome da empresa, cargo, breve descrição do trabalho, data de início e fim e resultados
alcançados.

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Formação acadêmica
São importantes o nome da instituição de ensino, nível de formação (graduação, curso técnico, pós-
graduação, por exemplo), nome e duração do curso.

Hard skills
Para vagas de tecnologia, as hard skills (competências técnicas) são o filtro inicial da seleção de candidatos
para entrevista. Inclua todas as competências que fazem sentido para a vaga que você deseja.

Idiomas
Item indispensável, mas é preciso falar a verdade (assim como em todos os outros itens do CV).

Experiências adicionais.
Vale mencionar participação em eventos importantes da área (como congressos) e realização de cursos
complementares que agregaram conhecimentos valiosos para a sua formação.

Vá além do currículo
O currículo é o “feijão com arroz” para entrar em um processo seletivo, portanto, o ideal é sempre ir além dele.
A primeira dica é investir em um portfólio digital, onde você poderá mostrar os seus melhores trabalhos e
convencer o recrutador das suas competências técnicas. Mas também vale o bom senso: apenas trabalhos
relevantes devem estar no portfólio, para o qual você pode incluir um link no currículo. Também vale fazer um
vídeo de apresentação curto, de no máximo dois minutos, porque esse recurso é cada vez mais comum no
mercado de tecnologia e gera um contato mais humanizado com o recrutador.

Faça um bom roteiro, utilize cenário e vestimentas adequados, garanta a qualidade técnica do vídeo (áudio,
imagem e edição) e treine antes de ir para a frente da câmera. Não se esqueça de cuidar das suas redes
sociais: o recrutador geralmente dá uma olhada nelas, portanto, descarte tudo que possa prejudicar sua
imagem profissional. Além disso, utilize a tecnologia a seu favor.

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