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Especialização em Projeto, Desempenho e Construção de

Estruturas e Fundações

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DISCIPLINA:
Projeto e Dimensionamento de Alvenaria Estrutural

PROFESSORA:
DRA. LUCIANE MARCELA FILIZOLA DE OLIVEIRA
Especialização em Projeto, Desempenho e Construção de Estruturas e Fundações
UNIDADE II
Concepção Estrutural e distribuição das ações
em Edifícios de Alvenaria
Estrutural

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CONCEPÇÃO ESTRUTURAL

Determinar paredes estruturais ou não-estruturais para


resistir a ações verticais e horizontais

Sistema Estrutural

• Conjunto de elementos estruturais definidos durante a


concepção da estrutura

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PRINCIPAIS SISTEMAS ESTRUTURAIS

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ANÁLISE ESTRUTURAL

A análise estrutural compreende o levantamento de todas as ações


que deverão atuar na estrutura ao longo de sua vida útil, na
avaliação do comportamento (resposta) da estrutura e no processo
de cálculo propriamente dito, com objetivo de quantificar os
esforços solicitantes e deslocamentos que ocorrem na estrutura.

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O MODELO MECÂNICO
Análise de versão idealizada (substituto do real)

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AÇÕES VERTICAIS
Cargas
“Ações produzidas pela força de gravidade”

Para edifícios residenciais


Reações das lajes dos pavimentos

Peso próprio das paredes

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AÇÕES VERTICAIS
Cargas provenientes das lajes
Permanentes

Variáveis

Cargas permanentes
Peso próprio

Contrapiso

Revestimento

Paredes não-estruturais

Cargas variáveis
Sobrecarga de utilização

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AÇÕES VERTICAIS
Peso próprio das Paredes
p=ehc

onde
p : peso da alvenaria
 : Peso específico da parede
e : espessura da parede (considerando o revestimento)
h : altura da parede
c: comprimento da parede
Pesos específicos de algumas alvenarias
Tipo de alvenaria Peso específico (kN/m³)
Blocos vazados de concreto 14,0
Blocos vazados de concreto preenchidos com graute 24,0
Blocos cerâmicos 12,0

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ANÁLISE ESTRUTURAL

Distribuição de Cargas Verticais em


Edifícios de Alvenaria Estrutural

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Uniformização de cargas nas paredes
➢ NBR 15812 & NBR15961 : espalhamento de cargas à 45º

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Uniformização de cargas nas paredes
➢ Influência do Processo Construtivo

• Amarração direta • Amarração Indireta

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Importância da Uniformização
O Problema para as paredes:
Tensões podem ser muito diferentes em um mesmo nível

Blocos de mesma resistência em um determinado nível

As Conseqüências:
Parede mais solicitada define resistência dos blocos

Folga de resistência para maioria das paredes

Penalização da economia

Cargas para estruturas de apoio podem não adequadas

Com uniformização:
Menor resistência necessária para os blocos

Maior economia

Carregamento mais realista para estruturas de suporte


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Importância da Uniformização
O Problema para as paredes:
Tensões podem ser muito diferentes em um mesmo nível

Blocos de mesma resistência em um determinado nível

As Conseqüências:
Parede mais solicitada define resistência dos blocos

Folga de resistência para maioria das paredes

Penalização da economia

Cargas para estruturas de apoio podem não adequadas

Com uniformização:
Menor resistência necessária para os blocos

Maior economia

Carregamento mais realista para estruturas de suporte


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Distribuição de Cargas Verticais
➢ MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS VERTICAIS

– Paredes isoladas
– Grupos isolados de paredes
– Grupos de paredes com interação
– Baseado no MEF*

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ Modelo de Distribuição: PAREDES ISOLADAS

“Cada parede é considerada independente das demais”

VANTAGENS:
Simples e rápido para se executar

É bastante seguro para a alvenaria

DESVANTAGENS:
Penaliza a economia com cargas pouco uniformes

Podem ocorrer distorções nas cargas para os apoios

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ Modelo de Distribuição: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

“Um grupo é um conjunto de paredes totalmente solidárias.


Cada grupo não interage com os demais”
VANTAGENS:
Ainda é simples e rápido

É normalmente seguro

É favorável à economia

Resulta em cargas adequadas para estruturas de apoio

DESVANTAGENS (restrições):
Depende da correta definição dos grupos

Depende de ocorrerem forças de interação entre paredes

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ Modelo de Distribuição: GRUPOS DE PAREDES COM INTERAÇÃO

“Cada grupo pode interagir com os demais, de acordo com


taxas de uniformização definidas”
VANTAGENS:
É seguro, quando bem utilizado

É muito favorável à economia

Resulta em cargas adequadas para estruturas de apoio

DESVANTAGENS (restrições):
Depende da definição dos grupos e taxas de interação

Depende de forças de interação entre paredes e grupos

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

DADOS DA EDIFICAÇÃO

2784
• Blocos de concreto (Módulo de 15)
Ático
• Número de pavimentos: 8 2304 480

• Pé esquerdo (piso a piso): 288 cm Cob


288
8ºPAV
• Espessura da parede revestida: 15 cm 7ºPAV
288
6ºPAV 288
• Altura da Laje: 8 cm 5ºPAV 288
4ºPAV 288
3ºPAV 288
2ºPAV
288
1ºPAV
288

[cm]

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

A. Serv.

Cozinha
Sala

Banho
Hall

Dormitório Dormitório

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

A. Serv.

Cozinha
Sala

Banho
Hall
ÁTICO

Dormitório Dormitório

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

1) DEFINIÇÃO DOS GRUPOS

• Delimitados usualmente por aberturas de portas e janelas ou em


grandes lances

– Paredes trabalham solidárias sem interação com os demais

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES
G1 G4 G6

G9

G2

G3 G5
G8
G7

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

2) AÇÕES VERTICAIS Reações nas lajes do pavimento tipo [kN/m]

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

2) AÇÕES VERTICAIS Reações nas lajes da cobertura devidas ao ático [kN/m]

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

2) AÇÕES VERTICAIS

Procedimento das linhas de ruptura

As reações de lajes armadas E para lajes armadas em duas


em uma direção podem ser direções:
obtidas pelas áreas assim • 45° entre dois apoios do
divididas: mesmo tipo;
• 0,5 L entre dois apoios do • 60° a partir do lado
mesmo tipo; engastado se o outro for
• 0,38 L do lado apoiado e apoiado;
0,62 L do lado engastado; • 90° a partir de qualquer
• 1,0 L do lado engastado, se apoio se a borda vizinha for
a outra borda for livre. livre.

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

2) AÇÕES VERTICAIS
Peso próprio das paredes

𝑝 = 𝛾. 𝑒. ℎ. 𝑐
• Quanto ao valor de 𝛾, o parâmetro mais importante da expressão, devem ser
consideradas as condições específicas da alvenaria utilizada. Para os principais
tipos presentes em edifícios residenciais, tem-se:

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

3) AÇÕES NOS VÃOS


• Transferidas para os grupos adjacentes

Janela: 2/3 da altura da parede;


Porta: 1/3 da altura da parede;
Abertura total: sem contribuição da
parede. Só contribuição da laje, se
houver.

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

2) AÇÕES VERTICAIS
GRUPO 1

CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
Trecho Comprimento do trecho Abertura
[cm] Comprimento [cm] Tipo
1 37,00 106,00 janela
2 150,00
3 52,00 91,00 porta
4 52,00 121,00 janela
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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES
DADOS DA EDIFICAÇÃO
• 𝛾 = 14 kN/m³
• Pé-esquerdo: 2,88 m
• 𝑒 = 15 𝑐𝑚
• Altura da Laje: 8 cm
• ℎ = 2,88 – 0,08 = 2,80 m
𝑝 = 𝛾. 𝑒. ℎ
Janela: 2/3 da altura da parede;
Porta: 1/3 da altura da parede;

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

3) HOMOGENEIZAÇÃO (carga para um grupo correspondente a um pavimento)


• As ações são homogeneizadas somando todas as ações atuantes no grupo
(concentradas e distribuídas) e redistribuídas uniformemente entre as paredes do
grupo.

q=  (q l + Pi ) /  li
0i i 
Em que:
q: ações homogeneizadas uniformemente distribuídas no nível considerado;
q0i: ações uniformemente distribuídas nas paredes do grupo no nível considerado;
Pi: ações concentradas nas paredes do grupo no nível considerado;
li: comprimento da parede i que constitui o grupo

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Distribuição de Cargas Verticais
➢ EXEMPLO: GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

3) HOMOGENEIZAÇÃO

 (q 
CARGA PARA UM GRUPO CORRESPONDENTE A UM PAVIMENTO
q= l + Pi ) /  li
0i i

Carregamento total no grupo: 34,36 kN

Comprimento total: 2,91 m

Carregamento uniformizado no grupo: 11,81 kN/m

Cargas verticais acumuladas no GRUPO 1 (kN)


GRUPO 1 PAV 2 PAV 3 PAV 4 PAV 5 PAV 6 PAV 7 PAV 8 PAV
1 274,91 240,55 206,18 171,82 137,46 103,09 68,73 34,36

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ATIVIDADES 3 e 4

Considerar o edifício do EXEMPLO


resolvido em aula e distribuir as cargas
verticais do restante dos grupos
através do procedimento de grupos de
paredes isolados. (Poderá ser usada a
planilha)

Os arquivos em formatos .pdf, .xls e .dwg estão disponibilizados no portal do aluno.

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ANÁLISE ESTRUTURAL

Distribuição de Ações Horizontais em


Edifícios de Alvenaria Estrutural

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Distribuição de Ações Horizontais:
AGENTES: VENTO e DESAPRUMO

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Distribuição de Ações Horizontais:
PAINÉIS DE CONTRAVENTAMENTO
Em função da direção de atuação do vento, definem-se as paredes de
contraventamento. Para o vento atuando em duas direções principais X e Y,
devem ser definidos dois grupos de paredes de contraventamento
- PAREDES DE CONTRAVENTAMENTO

Fx Fx - AÇÃO DO VENTO NA DIREÇÃO X

y
x

(a)

- PAREDES DE CONTRAVENTAMENTO

Fy - AÇÃO DO VENTO NA DIREÇÃO Y

y
x

Fy
(b)
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Ações Horizontais: Considerações básicas
➢ Consideração das abas: dobra a inércia dos painéis

Consequências importantes:
Deslocamentos são reduzidos à metade

Tensões devidas às ações horizontais são reduzidas à metade

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Distribuição de Ações Horizontais
Modelo de Distribuição: RIGIDEZ RELATIVA
Painéis são vigas engastadas/livres

Lajes impõem mesmos deslocamentos para os painéis

Inércia das paredes calculadas com ou sem flange

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Distribuição de Ações Horizontais
Modelo de Distribuição: RIGIDEZ RELATIVA

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Distribuição de Ações Horizontais

Modelo de Distribuição: RIGIDEZ RELATIVA

 I = I1 + I2 + I3+...+ In → onde In : momento de inércia do painel “n”


n
Ri = I i /  I j → onde Ri : rigidez relativa do painel “i”
j =1

Fi = Ftot .Ri → onde Fi : força atuante no painel “i”


Ftot : força total num determinado nível

▪ Expressões clássicas da teoria da flexão simples:

𝑀𝑖 → onde Mi : momento fletor atuante no painel “i”


𝜎𝑖 =
𝑊𝑖 Wi : módulo de resistência do painel “i”

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Distribuição de Ações Horizontais:
Modelo de Distribuição: ASSOCIAÇÃO PLANA DE PAINÉIS
Discretização por elementos de pórticos planos

Barras que fazem a ligação entre painéis

Colocação das forças no primeiro painel modelado

Tensões relativamente pequenas nas paredes

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Distribuição de Ações Horizontais:
Modelo de Distribuição: MODELO DE PÓRTICO TRIDIMENSIONAL
Recursos computacionais são os mesmo do caso anterior

Existirão barras horizontais para simular os lintéis

Inércia das paredes com ou sem consideração dos flanges

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Distribuição de Ações Horizontais:
Modelo de Distribuição: MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS
Permite representar as paredes separando as unidades das juntas de
argamassa (micromodelagem)

Simulação numérica da alvenaria trabalhosa.

Discretização: número finito de elementos conectados pelos seus pontos


nodais

Programa Computacional

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

A. Serv.

Cozinha
Sala

Banho
Hall

Dormitório Dormitório

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

VENTO → NBR 6123 (ABNT, 1988)


As pressões do vento que incidem perpendicularmente na superfície das paredes,
são transformadas em forças estáticas. A força de arrasto, que representa a
componente da força global na direção do vento é dada por:

𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 𝑞 𝐴𝑒

𝐶𝑎 : coeficiente de arrasto, obtido a partir das relações 𝐿1 /𝐿2 e 𝐻/𝐿1 , e pelos


ábacos das figuras 4 e 5 da NBR 6123 (ABNT, 1988)
𝑞: pressão dinâmica em 𝑁/𝑚2 ;

𝐴𝑒 : área da superfície perpendicular à direção do vento em 𝑚2 .

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

VENTO → NBR 6123 (ABNT, 1988)

A pressão dinâmica pode ser determinada pela Equação:

𝑞 = 0,613 𝑉𝑘2

𝑉𝑘 = 𝑉0 𝑆1 𝑆2 𝑆3

em que 𝑉𝑘 é a velocidade característica do vento em 𝑚/𝑠, obtida a partir da velocidade


básica do vento corrigida pelos fatores de ajuste.

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

VENTO → NBR 6123 (ABNT, 1988)

𝑉𝑘 = 𝑉0 𝑆1 𝑆2 𝑆3

𝑆1, 𝑆2, e 𝑆3 são os coeficientes de ajuste obtidos na mesma norma. Desses, 𝑆1


considera as características topográficas do terreno, 𝑆2 considera a rugosidade do
terreno, as dimensões da edificação e a altura sobre o terreno e 𝑆3 considera o tipo de
ocupação da edificação.

O fator 𝑆2 varia para cada nível da edificação (z) e pode ser obtido pela Equação, na
qual as variáveis 𝑏, 𝑝 𝑒 𝐹𝑟 são parâmetros meteorológicos que podem ser extraídas da Tabela 1
da NBR 6123

𝑆2 = 𝑏𝐹𝑟 𝑧Τ10 𝑝

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

VENTO → NBR 6123 (ABNT, 1988)

Forças horizontais devidas ao vento.

NÍVEL COTA (m) S2 Vk [m/s] q [N/m²] Fx [kN] Fy [kN]


1 2,88 0,88 35,05 752,88 14,58 47,57
2 5,76 0,93 37,30 852,92 16,52 53,90
3 8,64 0,97 38,69 917,50 17,77 57,98
4 11,52 0,99 39,70 966,26 18,72 61,06
5 14,40 1,01 40,51 1005,86 19,48 63,56
6 17,28 1,03 41,18 1039,42 20,13 65,68
7 20,16 1,04 41,75 1068,66 20,70 67,53
8 23,04 1,06 42,26 1094,66 35,34 20,41

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

DESAPRUMO → NBR 15961

As ações de desaprumo surgem devido a excentricidades originadas durante a


construção e produzem forças horizontais equivalentes

O eixo da estrutura deslocado de um ângulo , representa o


efeito do desaprumo. A equação abaixo apresenta o ângulo
de desaprumo em função da altura da edificação:
1
=
100 𝐻

Para transformar esse efeito em uma ação horizontal 𝐹𝑑


que possa ser somada à ação do vento ao nível de cada
pavimento, deve-se utilizar a equação:

𝐹𝑑 = ψ∆𝑃

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO

ESFORÇOS GLOBAIS

DIREÇÃO X DIREÇÃO Y
NÍVEL
FORÇA [kN] CORTANTE [kN] MOMENTO [Kn.m] FORÇA [kN] CORTANTE [kN] MOMENTO [Kn.m]

1 16,48 178,43 2563,12 49,47 452,86 5730,34


2 18,42 161,95 2049,23 55,79 403,39 4426,10
3 19,67 143,53 1582,81 59,87 347,60 3264,33
4 20,61 123,86 1169,44 62,95 287,72 2263,25
5 21,38 103,25 812,71 65,46 224,77 1434,60
6 22,03 81,87 515,35 67,58 159,31 787,27
7 22,60 59,84 279,57 69,43 91,73 328,45
8 37,24 37,24 107,25 22,31 22,31 64,25

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO
MODELO RIGIDEZ RELATIVA

 I = I1 + I2 + I3+...+ In → onde In : momento de inércia do painel “n”


n
Ri = I i /  I j → onde Ri : rigidez relativa do painel “i”
j =1

Fi = Ftot .Ri → onde Fi : força atuante no painel “i”


Ftot : força total num determinado nível (Esforço global)

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO: RIGIDEZ RELATIVA

 I = I1 + I2 + I3+...+ In → onde In : momento de inércia do painel “n”


n
Ri = I i /  I j → onde Ri : rigidez relativa do painel “i”
j =1

A rigidez relativa das paredes em cada direção é obtida considerando o


momento de inércia à flexão das seções compostas pelos flanges das paredes
ortogonais adjacentes, em relação ao eixo baricêntrico perpendicular à direção
em que o vento atua
G6
82 195 154 123

PX3 PX3 Y
X
CG
PY11

84
PY9

68,14
188
262

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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO: RIGIDEZ RELATIVA

Quantidade de paredes
Parede PX I (m4) Rigidez relativa
correspondentes
1 2 0,166 0,05433
2 2 0,030 0,00978
3 1 0,497 0,16250
4 1 0,016 0,00536
7 2 0,207 0,06768
9 2 0,041 0,01327
10 2 0,001 0,00020
13 2 0,237 0,07750
14 2 0,001 0,00039
15 2 0,257 0,08421
19 2 0,118 0,03862
20 2 0,005 0,00161
21 2 0,209 0,06849
Rigidez total do pavimento: 3,056 m4
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Distribuição de Ações Horizontais:
EXEMPLO: RIGIDEZ RELATIVA
ESFORÇOS LOCAIS

Fi = Ftot .Ri → onde Fi : força atuante no painel “i”


Ftot : força total num determinado nível (Esforço global)

ESFORÇO CORTANTE (local) [KN] MOMENTO FLETOR (local) [KN.cm]

PAREDE 1 PAV 2 PAV 3 PAV 4 PAV 5 PAV 6 PAV 7 PAV 8 PAV PAREDE 1 PAV 2 PAV 3 PAV 4 PAV 5 PAV 6 PAV 7 PAV 8 PAV
PY1 26,134 23,729 20,775 17,437 13,796 9,899 5,780 1,461 PY1 34275,044 26748,414 19914,352 13931,250 8909,419 4936,274 2085,385 420,886
PY2 1,372 1,245 1,090 0,915 0,724 0,520 0,303 0,077 PY2 1798,937 1403,900 1045,212 731,186 467,614 259,082 109,452 22,090
PY3 0,064 0,058 0,051 0,043 0,034 0,024 0,014 0,004 PY3 84,442 65,899 49,062 34,322 21,950 12,161 5,138 1,037
PY4 5,578 5,065 4,434 3,722 2,944 2,113 1,234 0,312 PY4 7315,441 5709,007 4250,389 2973,395 1901,568 1053,566 445,091 89,831
PY5 0,176 0,160 0,140 0,118 0,093 0,067 0,039 0,010 PY5 231,108 180,358 134,277 93,935 60,074 33,284 14,061 2,838
PY6 19,166 17,402 15,236 12,788 10,117 7,260 4,239 1,072 PY6 25136,304 19616,496 14604,597 10216,767 6533,904 3620,118 1529,360 308,666
PY7 23,024 20,905 18,302 15,361 12,154 8,721 5,092 1,287 PY7 30195,436 23564,668 17544,034 12273,074 7848,970 4348,731 1837,171 370,790
PY8 37,972 34,478 30,185 25,336 20,045 14,383 8,398 2,123 PY8 49801,087 38865,015 28935,232 20241,882 12945,242 7172,327 3030,031 611,541
PY9 14,526 13,190 11,547 9,692 7,668 5,502 3,212 0,812 PY9 19051,400 14867,807 11069,170 7743,530 4952,201 2743,773 1159,138 233,945
PY10 2,809 2,550 2,233 1,874 1,483 1,064 0,621 0,157 PY10 3683,503 2874,624 2140,174 1497,177 957,486 530,496 224,114 45,232
PY11 4,781 4,341 3,801 3,190 2,524 1,811 1,057 0,267 PY11 6270,281 4893,358 3643,134 2548,584 1629,890 903,043 381,501 76,997

Especialização em Projeto, Execução e Desempenho de Estruturas e Fundações

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