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Aula 2
E) Entregue aos alunos o texto abaixo:
Texto 1:
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou
como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência,
e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E
ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo
para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor
não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os
seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo
tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo
línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava
como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com
as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a
esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor. (Bíblia, I Coríntios 13)
F) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, faça você, professor, uma leitura
em voz alta para os alunos. Procure dar a entonação e as pausas adequadas, fazendo desta uma leitura
bastante expressiva e contagiante.
G) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram, (por quê?) e se o
compreenderam.
H) Entregue aos alunos o texto abaixo:
Texto 2:
Amor é fogo que arde sem se ver; É querer estar preso por vontade;
É ferida que dói e não se sente; É servir a quem vence, o vencedor;
É um contentamento descontente; É ter com quem nos mata lealdade.
É dor que desatina sem doer; Mas como causar pode seu favor
É um não querer mais que bem querer; Nos corações humanos amizade,
É solitário andar por entre a gente; se tão contrário a si é o mesmo Amor?
É nunca contentar-se de contente; Soneto 11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)
É cuidar que se ganha em se perder;
I) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, distribua cada verso do poema para
cada aluno da turma. Dependendo do número de alunos da turma, divida-a em 2 grupos e então distribua os
versos do poema para cada aluno de cada grupo. Peça para que os grupos reunam seus participantes e
elaborem uma forma de recitar o poema. Cada aluno deverá apresentar um verso, atentando-se para a
entonação necessária e a emoção que deve passar.
J) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram (por quê?) e o que sentiram ao
ter que recitá-lo.
K) Entregue aos alunos os exercícios abaixo:
Exercícios
1. Em poucas linhas, escreva o assunto do texto I.
2. Tendo em vista que o texto I foi tirado da Bíblia, qual é o seu público alvo?
3. Agora, em poucas linhas escreva o assunto do texto II.
4. Em sua opinião, qual é o objetivo comunicativo do texto II.
5. Considere as definições:
Aula 3
M) Relembre os dois textos estudados na aula passada. Se julgar necessário, releia-os ou peça que os alunos
leiam em voz alta.
N) Entregue o texto abaixo aos alunos. Professor, a sugestão é que você leve a música para os alunos ouvirem
e peça que acompanhem a música com a leitura silenciosa da letra.
Texto 3
Monte Castelo É um não contentar-se
Ainda que eu falasse De contente
A língua dos homens É cuidar que se ganha
E falasse a língua dos anjos Em se perder...
Sem amor, eu nada seria... É um estar-se preso
É só o amor, é só o amor Por vontade
Que conhece o que é verdade É servir a quem vence
O amor é bom, não quer o mal O vencedor
Não sente inveja Ou se envaidece... É um ter com quem nos mata
O amor é o fogo A lealdade
Que arde sem se ver Tão contrário a si
É ferida que dói É o mesmo amor...
E não se sente Estou acordado
É um contentamento E todos dormem, todos dormem
Descontente Todos dormem
É dor que desatina sem doer... Agora vejo em parte
Ainda que eu falasse Mas então veremos face a face
A língua dos homens É só o amor, é só o amor
E falasse a língua dos anjos Que conhece o que é verdade...
Sem amor, eu nada seria... Ainda que eu falasse
É um não querer A língua dos homens
Mais que bem querer E falasse a língua dos anjos
É solitário andar Sem amor, eu nada seria...
Por entre a gente
(Renato Russo – Legião Urbana, “As quatro estações”, 1989.)
O) Após a leitura/escuta, pergunte aos alunos se eles já conheciam a música, o que acharam dela e por quê.
P) Pergunte se eles conseguem ver semelhanças entre a letra da música e os dois textos lidos anteriormente.
Ressalte que essas semelhanças compõem uma relação de intertextualidade.
Q) Peça que grifem na letra as partes que “dialogam” com o Texto I e as que “dialogam com o Texto II.
R) Comente com os alunos sobre a relevância da música Monte Castelo ao trazer para os jovens dos anos 80
(quando a música foi lançada) dois escritores tão distantes. Vale ressaltar que o poema de Camões data do
século XVI e compõe a vasta gama de produção do período do Classicismo; já a carta do apóstolo Paulo à
Igreja de Corinto, registrada na Bíblia, foi escrita em Éfeso, no século I d.C