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Auditoria - 1º Teste

Auditoria (Universidade Catolica Portuguesa)

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Descarregado por Ramiro Matias (ramirokid@gmail.com)
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Auditoria
I. Introdução

1. O que é a Auditoria

Auditoria é o processo sistemático de recolha e avaliação objetiva de evidência acerca das asserções
sobre os factos económicos para assegurar o grau de correspondência entre essas asserções e critérios
definidos e comunicar os resultados aos utilizadores interessados.
- Processo sistemático: a auditoria é baseada num conjunto de procedimentos planeados para
atingir um objetivo. Tipos de processos: planeamento, avaliação do SCI ou procedimentos substantivos.
- Recolha e avaliação da evidência: a essência da auditoria é a recolha da evidência que suporte
quer os valores das demonstrações financeiras (DF) quer as decisões que lhe estão subjacentes.
[Informação verbal apresentada pelos órgãos de gestão, pelos serviços da empresa, por terceiros
exteriores à empresa, informação escrita obtidas nas mesmas fontes, documentos na empresa…].
- Asserções: uma asserção é uma afirmação, positiva ou negativa, enunciada como verdadeira
incorporadas nas DF’s. Ao auditor não lhe compete efetuar asserções, mas antes julgar se elas são
adequadas.
- Correspondência entre asserções e critérios: o objetivo da auditoria é a emissão de uma
opinião sobre a informação apresentada.

De acordo com a ISA 315, as asserções são divididas em 3 categorias:


1. Relativas a classes de transações e a acontecimentos ocorridos durante o período sob auditoria:

 Ocorrência  uma transação ou acontecimento teve lugar e diz respeito à entidade durante o
período.
 Plenitude  não existem transações ou acontecimentos por registar ou elementos por
divulgar.
 Exatidão  Quantias e outros dados relativos a transações e acontecimetnos foram
apropriadamente registados.
 Corte (cut-off)  transações e acontecimentos registados no período contabilístico correto.
 Classificação  transações e contecimentos registados nas contas apropriadas.

2. Relativas a saldos de contas no final do período

 Existência  Ativos, Passivos ou interesses no Cap.Próprio existem.


 Plenitude  Ativos, Passivos ou interesses no Cap. Próprio, que deviam ser registados foram
registados.
 Direitos e obrigações  A entidade detém e controla Ativos (Direitos) e Passivos (Obrigações)
da entidade.
 Valorização/Mensuração  Ativos, Passivos ou interesses no Cap. Próprio estão reconhecidos
nas DF’s, corretamente mensurados.

3. Relativas à apresentação e à divulgação:

 Ocorrência, direitos e obrigações  Acontecimentos, transações e outras divulgações


efetuadas, ocorreram e têm a ver com a entidade;
 Plenitude  Todas as divulgações que deviam ter sido incluídas nas DF’s, foram incluídas;
 Classificação e compreensibilidade  A informação financeira está apresentada e descrita de
forma apropriada e as divulgações estão claramente expressas;
 Exatidão e Valorização/Mensuração  Informações financeiras corretamente divulgadas e por
quantias apropriadas.

- Comunicação dos resultados: o relatório pretende expressar o grau de correspondência entre as


asserções do produtor da informação e os critérios utilizados para aferir a adequação da informação.
- Utilizadores da informação: Investidores, financiadores, trabalhadores, fornecedores e outros
credores, Administração Pública, público em geral,…

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Objetivo da Auditoria vs Objeto

Um objetivo é o aumento da credibilidade da informação através da redução do chamado “risco da


informação” (possibilidade de a informação estar errada). A auditoria das demonstrações financeiras
consiste na expressão de um auditor independente de uma opinião sobre a adequação da apresentação,
de todos os aspetos materialmente relevantes, da posição financeira, das suas operações de caixa… .
Um objetivo adicional: fornecer ao seu cliente a sua opinião sobre o sistema de informação e o
sistema de controlo interno do cliente, contribuindo, com sugestões que permitam a sua melhoria.
Objeto: Demonstrações Financeiras (DF’s).

2. Estrutura concetual dos trabalhos de “asseguração” (assurance engagement)

De acordo com o framework da IFAC – International Frameqork for Assurance Engagements – os


trabalhos de “assurance” são de dois tipos:
1. Trabalhos de segurança razoável/aceitável (opinião do auditor de forma “positiva”): “Em nossa
opinião, as demonstrações financeiras anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada…”
2. Trabalhos de segurança limitada/moderada (opinião do auditor de forma “negativa”): “Com base
no trabalho efetuado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que as
demonstrações financeiras anexas não apresentam de forma verdadeira e apropriada,…”
A principal diferença entre as duas opiniões é que a negativa apresenta um trabalho mais limitado, não tem
acesso a todas as informações, pelo que não pode garantir com toda a certeza a veracidade das contas.

3. Princípios Fundamentais (Código de Ética)

Um princípio muito importante é o da continuidade: se o auditor verifica que a empresa está a


caminhar para o abismo, ele tem que se pronunciar; não podemos continuar a assumir a continuidade
(pq pode ser perigoso para as outras empresas)  Aí mudamos para o princípio da liquidação.

4. Fases da Auditoria

1. Aceitação ou continuação do clientes:

 É imporante analisar o cliente e a respetiva integridade.


 Análise do próprio auditor em termos de ética e em relação aos recursos disponíveis (um
pequeno auditor não vai para a SONAE).
 Contacto com o auditor anterior.
 Equipa (preliminar)

2. Planeamento da Auditoria

 Decidir a estratégia.
 Conhecimento da empresa e a dua envolvente (dos sócios, do setor da atividade)
 Conhecimento do SCI
 Procedimentos analíticos iniciais.
 Planeamento/Programa de auditoria.
 Avaliação do Risco/materialidade.

3. Obtenção da Prova/Evidência e realização de testes de auditoria

 Testes ao controlo.
 Testes substantivos (testes de detalhe e procedimetnos analítcos).
 Obter informações externas.
 Declaração do órgão de gestão  objetivo: que os respondáveis se atravessem por escrito
perante essas responsabilidades.

4. Conclusão e Avaliação da Auditoria

 Acontecimentos subsequentes.
 Avaliar ajustamentos (DR) / Reclassificações (Balanço). Ajustamentos: compilação de omissões/
errros que possam ter impacto nos resultados. Reclassificações: tudo o que possa ter impacto
no balanço.
 Divulgações.
 Controlo da qualidade.

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5. Relato de Auditoria

5. Diferenças entre a Auditoria e


Contabilidade

6. Normas de Auditoria

São Linhas orientadoras do trabalho do auditor que lhe permitem desenvolver um trabalho de
qualidade, a fim estar em condições de extrair conclusões sobre as quais possa basear a sua opinião. São
de aplicação obrigatória!
A opinião do auditor aumenta a credibilidade das demonstrações financeiras, ao proporcionar um
elevado nível de segurança.
A segurança absoluta na auditoria não é atingível, em consequência de: utilização de testes, baseados
em amostras; limitações inerentes ao sistemas contabilísticos e de controlo interno; prova disponível
mais persuasiva que conclusiva; julgamentos subjetivos.
Neste contexto é determinante a existência de normas que orientem o auditor.

Normas internacionais: emitidas pelo Internatial Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) com
o fim de desenvolver e emitir normas e recomendações sobre a auditoria, revisão e serviços
relacionados. Com a aplicação das International Standarsd on Auditing (ISA) deixam de vigorar as
normas, bem como o essencial das diretrizes nacionais (OROC).

II. Planeamento

O “Compromisso”

Cada Auditor ou firma de auditores devem avaliar adequadamene as condições de aceitação e


continuação de relações profissionais e trabalhos específicos com clientes, concretamente:
- Se é competente para efetuar o trabalho e tenha as capacidades, incluindo tempo e recursos,
para tal;
- Possa cumprir com os requisitos de ética e deotologia profissional relevantes;
- Se avaliou efetivamente a integridade do cliente.

 Fatores a ter em conta:


- Integridade do Órgão de Gestão
- Obrigações de relato/Relação com entidades reguladoras
- Transações entre partes relacionadas
- Situação financeira da organização
- Ética e deontologia (auditor)
- Adequação de recursos

1. Definição e Objetivos:

A realização pelo auditor de trabalho eficiente e de qualidade deve ter por base uma estratégia que
parta do geral para o particular, que assente:
1. Na avaliação e gestão dos vários tipos de risco: da informação, do negócio, de fraude, de
erro, risco inerente, de controlo e de deteção.
2. Na determinação de um nível de materialidade aceitável.
3. Na realização de trabalho dirigido aos objetivos de auditoria.

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Um planeamento adequado, a executar anteriormente ao início dos trabalhos de auditoria, contribui


para assegurar: prestação de cuidados com áreas importantes; identificar potenciais problemas; devida
atribuição de tarefas entre os membros da equipa de auditoria.

A extensão do planeamento depende de:

 Dimensão da empresa
 Complexidade da revisão
 Experiência que o auditor tem na entidade
 Conhecimento do negócio  permite a identificação de acontecimentos, transações e práticas
que possam ter um efeito materialmente relevante sobre as DF’s.

Para melhorar a eficácia e a eficiência da auditoria é importante debater elementos do plano global
de auditoria e determinados procedimentos com o órgão de fiscalização da entidades e os gestores e
pessoal com responsabilidade, incluindo o auditor interno.

2. Conhecimento da Empresa e do Negócio

O auditor deve adquirir conhecimento suficiente da entidade e do seu negócio, que lhe permita
identificar ou compreender os acontecimentos, as transações e as práticas que possam ter efeito
significativo nas DF’s.
O conhecimento é obtido através de uma prévia recolha e apreciação crítica: de fatores significativos;
dos sistemas contabilísticos e de controlo interno e dos fatores internos e externos que condicionam a
estrutura organizativa e a atividade exercida pela entidade.
O conhecimento do auditor deverá abranger tanto o conhecimento geral da economia e do setor em
que a entidade opera, como o conheciemtno específico da entidade.

Antes de aceitar um trabalho, o auditor deverá obter um conhecimento preliminar sobre o setor e a
empresa. E considerar se pode ou não ser obtido um nível adequado de conhecimento do negócio para
levar a efeito a auditoria.
Após a aceitação do compromisso, deverão ser obtidas informações adicionais e mais detalhadas, para
o efeito de planeamento da auditoria.
À medida que a auditoria avança, a informação deverá ser avaliada e atualizada e mais informações
deverão ainda ser obtidas. A obtenção do conhecimento do negócio é um processo contínuo e
cumulativo de recolha e apreciação de informação.
O auditor deve apreender os fatores que afetam o negócio do cliente. Por exemplo, condições
económicas desfavoráveis podem colocar problemas de realização dos ativos.
Para os trabalhos recorrentes, o auditor deverá atualizar e reavaliar a informação recolhida
anteriormente, incluindo a informação contida nos papéis de trabalho do ano anterior.
O enfoque deve ser colocado tanto nos fatores internos (a informação sobre a empresa e a gestão,
estrutura do capital, estratégia do negócio, as operações, marketing, recursos humanos e finanças)
como nos externos (os fornecedores, os concorrentes e clientes, as tendências industriais, a tecnologia
e a posição no mercado).

Fontes para obtenção do conheciemtno do negócio:

 Experiência anterior com a entidade e o seu seto


 Pessoas da entidade
 Pessoal de auditoria interna
 Outros auditores e consultores jurídicos
 Pessoas conhecedoras exteriores à entidade
 Publicações relaionadas com o setor
 Legislação e regulamento que afetem a entidade
 Visitas às instalações da entidade
 Documentos produzidos pela entidade (atas,..)

A compreensão do negócio e o uso de forma apropriada desta informação ajuda o auditor a estimar os
riscos e identificar problemas; planear e levar a efeito da auditoria de forma eficaz e eficiente; avaliar a
prova de auditoria e prestar melhor serviço ao cliente.

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3. Materialidade e Risco

Materialidade  a informação é materialmente relevante se a sua omissão ou distorção puder


influenciar as decisões dos utilizadores das DF’s.
A meterialidade deve ser considerada pelo auditor quando determina a natureza, extensão,
profunidade e oportunidade dos procedimentos de auditoria e quando avalia o efeito das distorções.
A materialidade de um item depende: 1. Da dimensão (quantidade); 2. Da natureza (qualidade) e das
circunstâncias.
O cálculo da materialidade é decisivo durante uma auditoria, em que a sua determinação é importante
pelo menos em três fases:
1. Na fase inicial do Planeamento.
2. Na fase de execução, no qual é recalculada.
3. Na fase de avaliação das distorções identificadas e não corrigidas.

Determinação da Materialidade:

Assim a determinação da materialidade é baseada nas DDF’s de períodos anteriores e do período


corrente, existentes, à data. Para além das DF’s deve, ser ponderados: a natureza da empresa; ciclo de
vida; grau de exposição; estrutura de financiamento.
Exemplos em que o nível de materialdiade definido é geralmente mais reduzido:
- Empresas de interesse público – empresas cotadas, governamentais.
- Empresas com elevada exposição – elevado grau de financiamento, grande número de
acionistas minoritários, … .
Exemplos em que o nível de materialdiade definido é geralmente maior:
- Empresas não cotadas.
- Empresas integrandes de grandes grupos internacionais.

Procedimentos: Geralmente o auditor parte de um nível de materialidade baixo e, consoante as


circunstâncias, o historial das contas da empresa e as suas características, este mantém-se ou aumenta.
Uma empresa pode começar por ter associado a si o nível mínimo de materialidade apenas por uma
questão de prudência e depois, ao longo dos trabalhos de auditoria, ver esse nível modificado até se
fixar no máximo permitido.
A definição dos critérios é uma questão de julgamento profissional, que pode ser ou não explicitamente
quantificiada.

Níveis de Materialidade:

A materialidade planeada consiste no cálculo preliminar que o auditor faz para as demonstrações
financeiras como um todo. O cálculo inicial da materiliadeda deve tb ter em consideração a expectativa
para as demonstrações financeiras de um ou mais exercícios anteriores, ponderando desta forma
possíveis efeitos das alterações mais relevantes na entidade e no seu setor.
A materialidade depende da:
- dimensão (quantitativa) – quantificação em termos financeiros.
- natureza (qualitativa) – por exemplo, a natureza do negócio e o ramo de atividade devem
estar presente no estabelecimento do nível de materialidade.
- Circunstâncias – a materialidade das distorções é avaliada em relação ao seu impacto, na
opinião dos utilizadores das DF’s, que dependerá do contexto da contabilização e da informação
disponibilizada a estes.

Quando um determinado procedimento de auditoria se relacionar com mais do que uma peça
financeira, por prudência deverá ser utilizado o nível de materialidade mais baixo.
Por vezes é necessário utilizar indicadores específicos:
- Volumes de negócios (start-ups)
- Custos de produção (empresas detidas por multinacionais)
- Total de receitas ou gastos (Entidades sem fins lucrativos)
- Lucro antes de remunerações (negócio gerido pelo proprietário).
- Os ativos (entidade do setor público

A materialidade de execução consiste na determinação de um nível de materialdiade para uma classe


particular de transações, saldos de contas ou divulgações.

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O auditor tem que conhecer a entidade e a sua envolvente, estar atualizado relativamente aos
procedimetnos de avaliação de risco, bem como, à natureza e à extensão das distorções identificadas
anteriormente. Todos estes fatores irão
influenciar o cálculo da materialidade de
execução.
A materialidade de execução, por regra,
deverá ser inferior ao valor da materialidade
planeada em 50% e 75%, ou seja, deverá
aproximar-se dos 75% nos casos em que a
avaliação do risco de auditor é considerado
baixo e aproximar-se de 50% nos casos em que
a avaliação do risco é considerado alto.
Hipótese de determinação tendo por vase o
número e montante de erros, a avaliação de
risco e a expectativa da gestão:

Níveis de Materialidade:
(A) Um nível global para as demonstrações financeiras tomadas como um todo.
- Usada para a determinação no âmbito dos procedimentos de auditoria.
- Reapreciada na avaliação final do efeito global das diferenças de auditoria.
- A estimativa da materialidade pode ser baseada nos resultados ou na posição financeira (CP
ou Ativo)
(B) Outro nível por cada conta ou grupo(s) de contas ou classe(s) de transações.
- Usada para determinar o modo e extenção (nível da amostra) dos testes a realizar.
- A materialidade a nível de conta, grupo de contas, ou classe de transações é determinada para
que seja remota a probabilidade de o total das omissões e distorções identificadas (ou que fiquem por
identificar) exceder a materialidade estimada.

Risco  O auditor deve planear o trabalho de campo e estabelecer os procedimentos a adotar, com
vista a atingir o nível de segurança que deve proporcionar e tendo em conta a sua determinação do
risco de auditoria (O risco de o auditor dar uma opinião de auditoria inapropriada quando as DF estão
distorcidas de forma materialmente relevante) e a sua definição dos limites de materialidade.
Risco de auditoria é constituído por 3 componentes:
- Risco Inerente (RI)
- Rsico de Controlo (RC)
- Risco de Deteção (RD)

1. Risco Inerente  sustecibilidade de um saldo de conta ou classe de transações conter uma


distorção que possa ser materialemente relevante, considerada individualmente, ou quando agregada
com distorções em outros saldos ou classes, assumindo que não existem os respetivos controlos
interno.
Ao desenvolver o plano global de auditoria, o auditor deve avaliar o risco inerente ao nivel das DF’s
como um todo e ao nível do saldo de conta ou classe de transações.

Fatores de Risco Interente relativo às DF:


- A imagem/reputação da gestão
- A experiência e conhecimento da gestão e alterações na gestão durante o período
- Pressões fora do habitual sobre a gestão (setor em crise,..)
- A natureza do negócio da entidade (potencal para obsolência tecnológica, nº de localizações e
dispersão geográfica)
- Fatores que afetam o setor em que a entidade opera (condições económicas e de concorrência,
alterações na tecnologia,..)

Fatores de Risco Inerente relativos ao saldo de conta ou classe de transações:


- Contas da DF com maior probabilidade de serem suscetíveis de distorção (contas que necessitaram
de ajustamento no período precedente, ou contas que envolvam um elevado grau de estimativas põem
maiores riscos do que contas que consistam em informação factual de relativa rotina).
- A complexidade das transações subjacente e de outros acontecimentos que requeiram o trabalho de
um perito.
- O grau de juízo envolvido ao determinar os saldos de conta.
- A conclusão de transações não usuais e complexas, particularmento no final do período.
- Suscetibilidade dos ativos para perdas ou apropriações indevidas (ex: dinheiro)

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2. Risco de Controlo  Risco de uma distorção que possa ocorrer num saldo de conta ou classe de
transações e que possa ser materialmente relevante, individualmente ou quando agregada com
distorções em outros saldos ou classe, não vir a ser evitada ou detetada e corrigida numa base regular
pelos sistemas contabilístico e de controlo interno. Existirá sempre algum risco de controlo devido às
limitações inerentes de qualquer sistema de controlo interno.
Após obter a compreensão do SCI, o auditor deve fazer uma avaliação preliminar do risco de controlo
relativamente a cada saldo de conta ou classe de transações materialmente relevantes.
A avaliação preliminar do risco de controlo deve ser alta salvo se: 1. For capaz de identificar os
controlos internos que sejam suscetíveis de prevenir ou detetar e corrigir uma distorção materialmente
relevante e, 2. Planear e realizar testes de controlo para suportar a avaliação da sua eficácia.
Testes de controlo  Executados para obter prova de auditoria acerca da eficácia tanto da conceção
do SCI como do funcionamento dos controlos internos durante o período. Em termos práticos o auditor
terá de verificar se o SCI estão ou não convenientemente concebido, de forma a prevenir ou detetar e
corrigir distorções materialmente relevantes e que os controlos funcionaram corretamente durante o
período.
O auditor pode fazer avaliações do RI e do RC em separado ou em combinação. A gestão reage muitas
vezes a situações de RI, concebendo um SCI para prevenir ou detetar e corrigir distorções. Portanto, em
muitos casos, o RI e o RC estão altamente inter-relacionados. Em tais situações, se o auditor tentar
avaliar separadamente o RI e o RC, existe a possibilidade de avaliação inapropriada de risco – logo,
torna-se necessário uma avaliação combinada.

3. Risco de Deteção  Risco de os procedimentos substantivos de um auditor não detetarem uma


distorção que existe num saldo de conta, ou numa classe de transações, que possa ser materialmente
relevante, induvidualmente ou quando agregada com distorções em outros saldos ou classes. O nível do
risco de deteção relaciona-se diretamente com os procedimentos substantivos executados pelo auditor.
Existe sempre rsco de deteção mesmo quando o auditor examine 100% dos saldos de conta ou das
classes de transações, uma vez que este pode:
- utilizar procedimentos de auditoria inapropriados.
- executar erradamente os adequados procedimentos.
- interpretar erradamente as conclusões de auditoria.
Relacionamento inverso entre o risco de deteção e o nível combinado do RI e do RC: quanto maior for
a avaliação do risco inerente e do RC mais prova de auditoria deve o auditor obter, a partir da execução
de procedimentos substantivos, de forma a manter o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo.

Relação entre as componentes do RA:

Relação RA/Risco Entidade

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4. Evidência em Auditoria:

Evidência  informação obtida pelo auditor que lhe permite chegar às conclusões sobre as quais se
baseia a opinião de auditoria. Compreende documentos e registos contabilísticos que suportam os
valores incluídos nas DF e informação proveniente de outras fontes que corrobore as asserções de
gestão nelas contidas.
O auditor tem de decidir sobre quais os procedimentos a efetuar; qual a dimensão da amostra para
um determinado procedimetno; quais os itens da população a selecionar; o momento em que os
procedimentos devem ser efetuados.
Principal decisão: determinação da quantidade apropriada de evidência. Relação custo (da obtenção
da prova) / benefício (significado e relevância da prova).
O auditor não necessita, em regra, de examinar toda a informação disponível, pois as suas conclusões
podem ser atingidas por meio do exercício de julgamento ou da realização de procedimentos de
amostragem.
O auditor dificilmente ficará completamente convencido de que a sua opinião está correta. Contudo,
tem de estar persuadido de que a sua opinião está correta, com um elevado grau de segurança.

A credibilidade de prova de auditoria é influenciada pela origem (externa ou interna) e pela sua
natureza (visual, documental ou oral) e depende das circunstâncias concretas:

 Origem externa é mais credível que a gerada internamente.


 Gerada internamente é mais credível quando forem eficazes os respetivos sistemas
contabilísticos e de controlo interno.
 Obtida pelo auditor é mais credível que a obtida pela entidade.
 Documental ou por escrito é mais credível que a obtida oralmente.

A prova de auditoria é obtida a partir de uma combinação adequada de:


1. Testes de controlo  testes efetuados para obter evidência acerca da conceção e do
funcionamento eficaz dos sistemas contabilístico e de controlo interno.
2. Processos substantivos  testes executados para obter evidência, a fim de detetar distorções
materialmente relevantes nas DF’s (ex: procedimentos analíticos e testes aos conteúdos das transações
e dos saldos).
Em alguns casos, a evidência pode ser obtida inteiramente a partir de procedimentos susbtantivos.

A prova de auditoria é obtida pelo auditor por meio de um dos seguintes procedimentos ou de
combinações dos mesmos:

 Exame documental  exame dos registos, dos documentos de suporto. As principais


categorias de prova documental de auditoria com diferentes graus de credibilidade: a criada e
detida por terceiros; a criada por terceiros e detida pela entidade e a criada e detida pela
entidade.
 Verificação física  examinar ou contas os ativos tangíveis (inventários, AFT’s, caixas).
 Observação  presenciar a execução por outrem de um processo ou procedimetno (ex:
contagem física das existências).
 Inquérito  procurar obter informação, escrita ou oral, de pessoas conhecedoras dentro e fora
da entidade.
 Reexecução dos cálculos  verificação da correção aritmética dos documetnos suporte e dos
registos contabilísticos ou na execução de cálculos independentes.
 Procedimentos analíticos  análise e comparação de rácios e tendências significativos,
incluindo a investigação das flutuações e relacionamentos que sejam inconsistentes com outra
informação, ou que se desviem das quantias que tenham sido previstas.

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5. Procedimentos Analíticos

Procedimentos analíticos  análise de rácios e tendências significativos, incluindo a investigação


resultante de flutuações e relações que sejam inconsistentes com outra informação relevante ou que se
desviem das quantias previstas. Ex: a análise de flutuações; análise de rácios; comparações e escrutínios.
Os procedimentos analíticos são:
- Uma das formas de obter conhecimetno acerca da atividade do cliente;
- Usados frequentemente para avaliar se a entidade se defronta com problemas de viabilidade
financeira ou económica;
- Uma forma identificar variações estranhas, ou seja, variações que eram expectáveis e não ocorreram
e variações não expectáveis que ocorreram.
Os procedimetnos analíticos podem ser usados na fase de planeamento, na fase de testes substantivos
e na fase da revisão final.

Na fase de planeamento:

 Os procedimentos analíticos são essenciais a uma abordagem baseada no risco, permitindo


uma maior eficiência, um melhor conhecimento do negócio e o enfoque do trabalho do auditor
nas áreas de risco.
 As fontes de informação usadas para levar a cado os procedimentos analíticos são:
o Informação financeira comparável inter-períodos.
o Orçamentos e previsões
o Informação sobre o setor em que a empresa opera

A extensão da confiança que o auditor deposita nos resultados dos procedimentos analíticos depende:

 A materialidade dos elementos envolvidos: quando os saldos de existências sejam


materialmente relevantes, o auditor não deve confiar somente nos procedimentos analíticos
para tirar conclusões.
 Outros procedimetnos de auditoria dirigidos para os mesmos objetivos: podem confiar ou
afastar questões sugidas após a aplicação de procedimentos analíticos a uma avaliação da
“idade” dos saldos de clientes.
 O rigor com que podem ser previstos os resultados esperados dos procedimentos analíticos:
existe maior consistência quando se compara margens de lucro inter-períodos do que gastos
discricionários tais como os de pesquisa ou de publicidade.

6. O Plano de Trabalho

Na fase de planeamento existem 2 documentos fundamentais que o auditor deve preparar: 1. A


estratégia e, 2. O programa de auditoria.
A Estratégia:
- serve de orientação global no processo de obtenção de evidência.
- deve ter em consideração os resultados da recolha e atualização da informação sobre a
entidade e o negócio do cliente, incluído riscos inerentes e a compreensão preliminar do SCI.
- avaliação preliminar do risco e da materialidade.
- Deverá incluir os assuntos críticos que necessitam ser resolvidos e a resposta planeada.
O Programa de auditoria:
Consititui o produto final do processo de planeamento, estabelecendo a natureza, oportunidade e
extensão dos procedimentos de auditoria a executar durante o trabalho de campo.
Serve como um conjunto de instruções aos membros da equipa envolvidos na auditoria e como meio
de controlar e registar a devida execução do trabalho.
O programa deve ser suficientemente detalhado de modo a assegurar a implementação efetiva da
estratégia.

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7. Papéis de Trabalho

Papéis de trabalho  registos efetuados pelo auditor, do planeamento efetuado, dos procedimentos
usados, dos testes efetuados, da informação obtida e das conclusões a que chegou.
A documentação preparada e/ou obtida pelo auditor serve para ajudar no planeamento, execução,
coordenação e supervisão do trabalho de auditoria, assim como, registar a prova de auditoria.
O auditor pode utilizar mapas, análises e outra documentação preparada pela entidade, devendo
deixar evidêcnia de que a mesma foi por si verificada. [análises, decomposições, conciliações, resumos,
documentos externos,..].
No caso de auditorias recorrentes, existem:
- arquivos de papéis de trabalho permanentes, por conterem informações consideradas
importantes para as auditorias seguintes.
- arquivos correntes que contêm principalmente informações relativas à auditoria de um único
período.
De notar, que alguns PT classificados como de arquivo correntes podem passar a arquivo permanente,
em auditorias posteriores. Os PT são propriedade do auditor, o qual deve adotar procedimentos
apropriados quanto à manutenção da sua confidencialidade. O auditor deve facultar ao auditor que lhe
suceda a consulta dos seus PT.

O arquivo permanente inclui, entre outros:


- cópia do contrato social e outros documentos legais que regem a atividade da entidade.
- informação respeitante ao setor e aos ambientes económico e jurídico em que a entidade opera.
- as funções do OG e as responsabilidades.
- extratos ou cópias importantes contratos, acordos, atas e outros documentos.
- análise do SCI
-(…)

IV. Sistema de Controlo Interno


1. Definição

De acordo com a ISA 315, o CI é o processo concebido, implementado e mantido pelos responsáveis
pela governação, pela gestão e restante pessoal (todos os níveis da organização), para proporcionar uma
segurança razoável (análise custo-benefício) com o fim de se atingir os objetivos de uma entidade,
perspetivando a credibilidade do relato financeiro, eficácia e eficiência das operação e cumprimento das
leis e regulamentos aplicáveis.

2. Objetivo do Controlo Interno

- A confiança e a integridade da informação financeira e operacional


- A eficiência das operações de forma a atingir os objetivos estabelecidos;
- A salvaguarda dos ativos
- O cumprimento das leis, regulamentos e contratos.

3. As 5 Componentes de uma SCI:

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1. O Ambiente de Controlo
Define o modo como a entidade está estruturada e organizada, relativamente à integridade, aos
valores éticos e à competência das pessoas.
Depende de, nomeadamente:

 Atitude da Administração (compromisso com a competência, ética, filosofia e estilo de


gestão..)
 Estrutura organizacional
 Bom circuito de informação – tanto formal como informal é imprescindível para o bom
funcionamento da organização.
 Gestão dos RH
 Relações de poder / autoridade / responsabilidade
 Auditoria interna – se for de qualdiade e independente

2. Avaliação do Risco de Controlo


Processo de avaliar a eficácia do sistema de controlo interno de uma entidade na prevenção ou
deteção e correção de distorções materialmente relevantes.
Risco de controlo  risco de erros que ocorram nas DF, contas de balanços ou em transações, e que
assumam valores materiais, não serem detetados pelos mecanismos de controlo inerno existentes na
entidade. O risco de Controlo pode ser:

 Baixo – ambiente de controlo positivo, sistemas de informação adequados, existência de bons


procedimentos e controlos de gestão são indícios de um bom SCI. [Auditor  avaliação
completa do controlo interno, no sentido de lhe permitir reduzir ainda mais o seu risco].
 Alto – ambiente de controlo não adequado, sistemas de informação, procedimetnos e
controlos de gestão insuficientes, são indício para não existir um bom SCI [Auditor  execução
de testes de substanciação alargados, pois os controlos não existem ou existendo não oferecem
segurança].
 Médio  situação intermédia em que se admite que alguns objetivos do controlo possam ser
atingidos.

3. Sistema de Informação
A sua complexidade varia de entidade para entidade, mas deve ser capaz de satisfazer os seguintes
objetivos:

 Identificar e registar todas as transações autorizadas


 Descrever, determinar o valor, identificar o momento da trnasaçã.
 Gerar informação para permitir monitorização
 Divulgação dos factos.

4. Procedimentos de Controlo
Procedimentos que permitem assegurar que são tomadas as ações necessárias para que os objetivos
do CI sejam atingidos. Podem ter uma aplicação específica a uma classe de transações, ou ter uma
aplicação mais vasta.
Engloba as seguintes atividades:

o Autorização para a realização de transações e atividades.


o Segregação de funções – reduz o risco de ocorrência de erros intencionais ou não.
o Documentos e registos – circuitos documentais adequados permitem assegurar o correto
registo de todas as transações e aconteciementos.
o Controlo de acesso aos ativos e registos – separação entre a autorização das transações e
custodia dos ativos.
o Supervisão independente do trabalho efetuado.

5. Monitorização
Importante responsabilidade da gestão, a qual inclui verificar se os controlos estão a operar como se
previa e se os mesmos vão sendo modificados ao longo do tempo face às alterações das condições /
negócio / processos, etc.
Resumindo: Podemos dizer que o controlo interno, de acordo com o COSO abrange sempre pelo menos
3 âmbitos de atuação:

Descarregado por Ramiro Matias (ramirokid@gmail.com)


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 RH: que garanta a integridade e competência do pessoal;


 Organização: de forma a articular as diferentes pessoas e funções com os objetivos co CI.
 Contabilidade/Auditoria: servindo os objetivos do processo contabilístico e da auditoria nos
diferentes ciclos.

4. Limitações do Controlo Interno:

- Definido sempre com o objetivo de que o custo associado ao CI não exceda o benefício respetivo;
- Possibilidade de erros resultantes da falta de cuidado, distração ou falta de capacidade de
julgamento e compreensão das instruções, mas tb intencionais.
- Possibilidade da existência de conluios entre membtos da organização, ou entre membros da
organização e terceiros, envolvendo responsáveis pela execução dos controlos.
- Management Override (SCI)
- Eventos externos para além do controlo da entidade

5. Conhecimentos e Avaliação

A representação do sistema pode ser por:

1. Narrativas – descrições pormenorizadas dos sistemas, explicitando o modo como as transações


se iniciam, o percurso seguido e respetivos controlos executados e a sua finalização, indicando
onde e como são arquivados os documentos e reltórios gerados e utilizados pelo sistema.
2. Fluxogramas – representação gráfica dos sistemas. Permitem uma apresentação resumida do
SCI, tornando a sua compreensão mais rápida.
3. Questionários – apresentação dos sistemas tendo em conta determinadas questões sobre os
aspetos mais improtantes. Fuinciona como guia para avaliação do SCI.

6. Testes de Controlo (ou de Conformidade)


Só fazem sentido caso se conclua que o risco de controlo, avaliado previamente de acordo com a
descrição do SCI, é baixo.
Servem para obter evidência de que os controlos existem e são evidenciados, são adequados para
prevenir a deteção de erros significativos e estiveram em vigor e a ser executados ao longo do período.

Permitem verificar se os procediemntos sobre os quais nos propusemos confiar (SCI) estão a operar
eficazmente ao longo de todo o período de relato.

Testes consistem em:

 Análise dos documentos e dos relatórios que suportam as transações, de modo a obter
evidência de que os controlos foram executados. Por exemplo, confirmar que determinada
transação foi autorizada.
 Inquérito e observação, nomeadamente nos controlos em que não é possível verificar, através
dos documetnos, que o controlo foi efetuado. Por exemplo, verificar que nas saídas de
mercadoria são exigidos, pela portaria, os respetivos documentos
 Reexecução do controlo, no sentido de garantir que foi corretamente efetuado. Por exmeplo,
reexecução de uma conciliação bancária.

Exemplos de testes de controlo:

 Controlo de crédito – selecionar 4 cliente e verificar que a respetiva ficha de abertura foi
aprovada pelo Diretor comercial e se encontra suportada por informação financeira recente.
 Verificar a existência de tabelas de preços aprovados pela Administração e se a mesma é
utilizada aquando da emissão da fatura.
 Solicitar uma lista das últimas encomendas com guias de transporte criadas e não expedidas e
verificar se foi registada a explicação para a não expedição.
 Para uma amostra de 5 faturs emitidas, verificar a existência de guias de transporte rubricadas
pelo transportador.
 Examine uma encomenda do cliente para verificar se o crédito é aprovado antes do envio do
produto.

V. Técnicas e Procedimentos de Auditoria

Descarregado por Ramiro Matias (ramirokid@gmail.com)


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A prova de auditoria suficiente (quantidade) e apropriada (qualidade), de acordo com a ISA é


alicerçada na realização de:
1. Procedimentos de avaliação do risco; e
2. Procedimentos de auditoria adicionais, os quais compreendem os “Testes aos Controlos” e
os “Procedimentos Substantivos” (dentro destes temos os procedimetnos analíticos e de detalhe).

Os procedimentos de auditoria dividem-se em:


- Gerais (aplicação em várias fases do trabalho de auditoria) – inspeção, observação, confirmação
externa, recálculo/reexecução, procedimentos analíticos, indagação/inquérito.
- Específicos (para situações muito concretas de cada um dos ciclos).

2. Testes Substantivos
Destinam-se a confirmar o adequado processamento contabilístico, expressão financeira e suporto
documental de saldos e transações específicas.
Através deles o auditor pretende obter evidência que permita assegurar-lhe que os objetivos de
auditoria foram alcançados para certas contas e classes de transações.
Consistem em testes de detalhe sobre contas específicas, assim como em procedimentos analíticos.
2.1. Dimensão dos testes: depende, em grande parte, fo julgamento do auditor. Pode-se sistematizar
alguns fatores que o auditor terá em conta, quando se depara com este tipo de decisão: nível de
confiança no SCI; materialidade dos itens; natureza e dimensão dos mesmos; risco de uma conta estar
errada.
2.2. Procedimentos Analíticos Específicos: Execução de testes de razoabilidade a contas e classes de
transações, assim como de rácios e tendências que permitem detetar itens anormais para investigação
mais detalhada. Técnicas mais importantes:

 Conciliação: identificação de itens que causem a diferença entre duas quantias sendo uma
delas uma conta. P.ex: comparação dos balancetes de clientes com os valores individuais de
cada cliente constantes em extratos.
 Análise de contas: Categorização e sumarização dos detalhes de uma conta, por forma a
possibilitar a sua melhor compreensão. Existem duas formas de utilizar esta técnica: 1.
Sumariar a atividade para o período em análise; 2. Analisar a composição do saldo final,
identificando os principais itens que o compõe. Uma aproprieda análise de contas pode ser
extremamente útil, já que dá ao auditor uma base para a compreensão dos itens que compõem
o seu saldo.
 Comparações: Comparação da informação disponível com idêntica informação de períodos
anteriores, ou do setor de atividade, ou orçamental, obtendo explicações para variações
consideradas atípicas ou anormais.

2.3. Testes de Detalhe aos Saldos: Estes testes centram-se nos saldos finais das rubricas do Balanço e da
Demonstração dos Resultados. Essenciais, na mdida em que muitas vezes a evidência é obtida de uma
fonte externa sendo, por isso, de maior confiança. Têm como objetivo concluir sobre a correção dos
saldos das contas com que se relacionam.

Descarregado por Ramiro Matias (ramirokid@gmail.com)

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