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OS CIGANOS, de Sophia de Mello Breyner

QUESTIONÁRIO DE COMPREENSÃO GLOBAL DA OBRA

I
Relembra a tua experiência de leitura da obra Os Ciganos e resolve, em seguida, as atividades que te são
propostas.

A. Assinala com  a opção conveniente, de modo a obteres afirmações verdadeiras, de acordo com o sentido do texto:

1. O conto Os Ciganos é uma narrativa


a) da autoria de Sophia de Mello Breyner. 
b) da autoria de Pedro Sousa Tavares. 
c) escrita em coautoria por Sophia de Mello Breyner e pelo seu neto. 
d) da autoria de Miguel Sousa Tavares. 

2. Esta narrativa foi publicada, pela primeira vez,


a) na década de 60 do século XX. 
b) em 2012, pelos herdeiros de Sophia de Mello Breyner. 
c) em janeiro de 2013. 
d) em fevereiro de 2013. 
3. No início da narrativa, Ruy, o protagonista, é caracterizado como
a) uma criança birrenta e desorganizada. 
b) um adolescente inquieto, infeliz e sedento de liberdade. 
c) um jovem irresponsável, em conflito permanente com as regras da família. 
d) uma criança desarrumada e maltratada pelos pais. 

4. Ruy pensava frequentemente na casa de família como


a) uma cela. 
b) um tribunal. 
c) um paraíso. 
d) um lugar empolgante. 
5. No jardim da casa, havia
a) uma palmeira, ciprestes e árvores de fruto. 
b) magnólias, palmeiras e tílias. 
c) um roseiral magnífico e magnólias de folhas verdejantes. 
d) um tanque e tílias rescendentes e profundas, que davam flores brancas e amarelas. 
6. A família de Ruy era
a) distante e indiferente aos anseios de Ruy. 
b) excessivamente atenta, vigilante e castradora. 
c) autoritária e severa, impedindo-o de seguir os seus impulsos. 
d) liberal e desprendida, permitindo-lhe explorar o seu desejo de liberdade. 

7. Ruy apercebe-se da presença dos ciganos nos terrenos em redor dos muros da sua casa através
a) do ruído das suas vozes. 
b) do clarão da fogueira que havia no acampamento. 
c) do barulho dos tambores. 
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d) da música que tocavam. 

8. No acampamento dos ciganos, encontravam-se


a) duas velhas carroças alinhadas diante de um tapete. 
b) quatro carroças dispostas em hemiciclo, diante de um tapete, sobre o qual se armara um arame. 
c) um velho diante de uma caçarola de ferro e duas crianças dançando sobre um tapete. 
d) uma velha sentada diante de uma carroça e dois jovens equilibristas. 
9. Ao ver dois jovens suspensos sobre o arame colocado no centro do acampamento, Ruy
a) mostra-se fascinado pela inquietante beleza física da rapariga. 
b) sente um misto de fascínio e terror perante a condição de ambos, pois inveja e teme a sua liberdade. 
c) receia pela vida de ambos, ao perceber o risco que corriam. 
d) decide voltar para casa, para não inquietar a família. 

10. A dada altura, a jovem cigana atira ao equilibrista, sucessivamente,


a) duas maçãs, duas bolas e dois punhais. 
b) três laranjas, três discos e três espadas. 
c) três pratos, três bolas e três punhais. 
d) três maçãs, três discos e duas espadas. 

11. “Polícia” era o nome pelo qual era conhecido


a) Ruy, entre os ciganos. 
b) o gato atrevido e indomável, de pelo cinzento-malhado e olhos verdes, que vivia no acampamento. 
c) um elemento exterior à comunidade cigana que vivia naquele acampamento. 
d) Tomás Sabba, o chefe da comunidade cigana. 

11. Gela, a rapariga cigana que encontra Ruy, tinha


a) olhos azuis-escuros, longos cabelos pretos e brilhantes e usava duas argolas de prata. 
b) longos cabelos negros, olhos escuros e usava uma pulseira de oiro no pulso direito. 
c) tinha uma face redonda e morena, olhos cor de avelã e usava uma pulseira de pele, ornamentada com medalhas
douradas, num dos tornozelos. 
d) um nariz pequeno e curvo, emoldurado por longos cabelos negros, e usava um vestido azul comprido. 
12. Gadjós e tiraques são termos da língua cigana (romani) que Gela usa para designar, respetivamente,
a) todos os que pertencem ao povo Rom e os anciãos da comunidade. 
b) os artistas e os chefes da comunidade à qual pertencia. 
c) os anciãos e os sapatos. 
d) aqueles que não pertencem à etnia cigana e os sapatos. 

13. Cris era o nome


a) do irmão de Gela. 
b) do pai de Gela. 
c) do tribunal de anciãos incumbidos de tomar decisões sobre assuntos importantes. 
d) do chefe da comunidade à qual pertencia Gela. 
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14. Enquanto se dirigia para a clareira onde um grupo de cigano se reunira para a refeição, Gela assusta-se
a) ao ver, ao longe, um animal feroz. 
b) ao ver um sapo, símbolo de azar para o seu povo. 
c) ao ver Yanko caído, entre a vegetação. 
d) ao ver que Ruy caíra no rio e quase se afogava. 

15. “Panim”, “nazar” e “beng” significam, respetivamente,


a) vento, ribeiro e flor. 
b) água, flor e sapo. 
c) folha, peixe e bicho mau. 
d) charco, nenúfar e pedra. 

16. Tomás Sabba era


a) um velho artista Calon, outrora um hábil acrobata, malabarista e domador de cavalos. 
b) o chefe do clã Calon, cuja face era morena, curtida pelo sol e delimitada por uma longa barba negra, e que usava um
pesado medalhão de ouro, símbolo da sua autoridade. 
c) o líder do povo Rom, pai de João, de Mateus e de Gela. 
d) um dos anciãos do clã Calon, que já viajara até ao Egito e à Índia. 
17. Tomás Sabba autoriza Ruy a permanecer temporariamente junto do seu clã, pois
a) fica impressionado com o talento artístico do rapaz. 
b) deseja agradar a Gela, a sua filha, que gostava da companhia do jovem. 
c) reconhece no rapaz a inteligência e o gosto pela liberdade que caracterizam o seu povo. 
d) sabe que o rapaz era inofensivo e que, sozinho, não conseguiria regressar a casa. 

18. Tshilabba era


a) a avó de Gela e de Yanko. 
b) a phury dae, a sábia e misteriosa matriarca do clã, e uma das figuras mais respeitadas pelos seus membros. 
c) a santa padroeira do povo Rom. 
d) uma divindade antiga da qual descendia o povo Rom. 

19. O plano de Ruy era


a) viver, para sempre, junto do clã Calon. 
b) regressar para junto da família, mas só depois de experimentar a vida em liberdade e de provar aos ciganos que
merecia o seu apreço. 
c) aprender as artes do povo cigano e percorrer, depois, sozinho, o mundo, exibindo o seu talento. 
d) vir, mais tarde, a casar com Gela, por quem se apaixonara. 

20. Balú era o nome


a) de um animal sagrado entre os ciganos. 
b) que a família de Ruy dera ao seu animal de estimação, um velho cocker castanho. 
c) do cavalo de Tomás Sabba. 
d) que, na língua dos Rom, significava ar. 

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21. Yanko é descrito como um jovem


a) alegre, sociável e ágil. 
b) atlético, silencioso e hábil. 
c) extrovertido, corajoso e desengonçado. 
d) desconfiado, moreno e forte. 
22. A caminho do riacho onde decorreria o treino de Ruy, Yanko e Gela correm através dos campos, de braços abertos,
imitando
a) o voo das garças, que sobrevoavam o local. 
b) o voo planado de um casal de perdizes com o qual se haviam cruzado. 
c) os aviões, que os fascinavam. 
d) o galope livre dos cavalos, animais que o seu povo muito estimava. 

23. Ruy consegue superar o desafio dos dois irmãos, a travessia de um ribeiro, quando
a) assume pleno controlo racional dos seus movimentos. 
b) entra em sintonia profunda com a Natureza, tornando-se parte dela e ouvindo a sua linguagem. 
c) acredita nas suas capacidades, apesar de ser desengonçado. 
d) reage, com determinação, à humilhação do seu primeiro fracasso. 

24. Gela confessa a Ruy a vontade aprender a ler e a escrever, pois


a) desejava, um dia, participar nas vendas das feiras e, para isso, tinha de conhecer os símbolos usados pelos gadjós. 
b) desejava ardentemente conhecer tudo o que estava escrito nos livros. 
c) considerava mágica a ideia de viver e, quem sabe, até inventar, através da escrita, histórias imaginárias que os outros
pudessem ler, além de temer que, um dia, o seu povo pudesse ser esquecido, por não haver registo das suas histórias.

d) não confiava no saber registado na memória dos mais velhos. 

25. Enquanto permaneceu junto dos Calon, Ruy


a) passava a maior parte do tempo junto dos anciãos, ouvindo as histórias imemoriais do povo cigano. 

b) aprendeu as artes dos ciganos e, por sua vez, ensinou Gela a ler e a contar.
c) desenvolveu, por influência de Yanko, um enorme amor pelos animais. 
d) pensava sistematicamente na família, na figura dos pais e das irmãs, Maria e Carolina. 

26. Segundo alguns anciãos, o povo Rom


a) sempre fora nómada, tendo percorrido todas as regiões do Oriente Médio. 
b) era originário do Egito, razão pela qual os seus membros eram chamados de gitanos. 
c) nada tinha a ver com os ciganos do mar, que habitavam na Índia, cujos costumes eram muito diferentes. 
d) nunca pertenceria a lugar a algum, porque o seu destino era a liberdade. 

27. Ao despedir-se de Ruy, Yanko afirma:


a) “- (…) não tenhas medo. O que julgas estar a acabar ainda mal começou”. 
b) “- E agora vai para casa. A tua família espera-te”. 
c) “- Não te esqueças de sentir o chão debaixo dos teus pés”. 
d) “- Sim. Só que tu não és calon… Mas bem podias ser”. 

28. No epílogo da narrativa, ao caminhar e elevar-se sobre o arame, perante os olhos de Gela e da família, Ruy demonstra ter
aprendido a essência do povo cigano, nomeadamente
a) a impulsividade destemida. 

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b) a interligação profunda entre o ritmo humano e o da Natureza e do mundo. 


c) a vontade de ser para sempre livre, errando pelos caminhos do mundo. 
d) o fascínio pelo risco e pela aventura. 
II

Assinala as afirmações falsas e, em seguida, corrige-as.

1. A ilustradora da obra é de origem canadiana, mas vive há muito em Portugal. _____


2. No início do conto, para saciar a fome, Ruy serve-se de pão, presunto e compota de abóbora, alimentos que lhe foram
oferecidos por Tomás Sabba e pelo seu grupo, quando almoçavam numa clareira. _____
3. Fisicamente, Ruy e Yanko eram muito parecidos, daí que uma sincera amizade tenha espontaneamente surgido entre
ambos. ______
4. Depois do primeiro treino de Ruy, Yanko, Gela e o rapaz merendam sob um carvalho, enquanto conversam sobre as
tradições do povo Rom. ______
5. Um mês após o seu nascimento, Tshilabba “batizava” simbolicamente os recém-nascidos, preparando o pão e o vinho
para que estes encontrassem as duas fadas do destino. ______
6. O início da história que Ruy escreve no chão para ensinar Gela a ler corresponde à abertura do conto A Floresta, de
Sophia de Mello Breyner. _____
7. Para se despedir de Ruy, Gela entrega-lhe, em silêncio, uma das suas pulseiras de ouro. ____
8. Ruy regressou à cidade onde a sua família vivia no dia 26 de maio, um mês após a sua fuga, na companhia do clã
Calon, que para ali se dirigiu para exibir o seu novo espetáculo. _____
9. Sophia de Mello Breyner foi a primeira mulher a ser galardoada com o prémio Camões em Portugal. ____
10. Pedro de Sousa Tavares, o neto de Sophia de Mello Breyner, dedica-se hoje integralmente à escrita. ____

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