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Importante destacar a “Lei Afonso Arinos” 4, que foi dado esse nome em
homenagem ao deputado federal Afonso Arinos de Melo Franco, pois foi de
sua autoria a primeira lei brasileira a dispor sobre os atos resultantes de
preconceito de raça e cor.
2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
3
Lei 7.716/89 - Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
4
Lei 1.390/51 - Inclui entre as contravenções penais a prática de atos resultantes de
preconceitos de raça ou de cor.
Vejamos o que diz Heráclito Mossin e Júlio Mossin 5 acerca da opção do
legislador em estabelecer as regras de imprescritibilidade:
5
MOSSIN, Heráclito Antônio; MOSSIN, Júlio Cesar O. G. Prescrição em matéria
criminal. 2. ed. Leme: J. H. Mizuno, 2015. 292 p.
6
JUNQUEIRA, Gustavo Octaviano Diniz. Elementos do Direito Penal. São Paulo: Siciliano, p.137
Art. 366 do CPP - Se o acusado, citado por edital,
não comparecer, nem constituir advogado, ficarão
suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional, podendo o juiz determinar a produção
antecipada das provas consideradas urgentes e, se
for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do
disposto no art. 312.
A título exemplificativo, vamos supor que certa pessoa está sendo denunciada
pelo crime previsto no art. 147 do Código Penal, no âmbito da Lei 11.343/06.
Ao expedir o mandado de citação, verifica-se que o réu não foi encontrado,
nem ao menos há alguma informação sobre seu paradeiro. Dessa forma, é
aplicado o disposto no art. 366 do Código de Processo Penal, onde o processo
vem a ser suspenso. Considerando que o delito tem pena máxima inferior a um
ano e que o prazo prescricional se fluirá com três anos, o processo não poderá
ficar suspenso por mais de três anos. Uma vez alcançado tal lapso, volta-se a
fluir o prazo prescricional, em observância ao que dispõe a súmula 415 do STJ.
7
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal: parte geral. 22ª ed. São Paulo: Saraiva. 1999, v.1, p.724.