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9 TESES
TRIBUTÁRIAS
PROMISSORAS

 GUIA DE 9 TESES
TRIBUTÁRIAS PROMISSORAS
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- Lucas Braga
Fundador da ITS

# Tese 01 - Exclusão do PIS e COFINS das


suas próprias bases de cálculo
Em 09/03/2017, ao julgar o Recurso modo definitivo, o patrimônio da empresa,
Extraordinário 574.706/PR, o Supremo sendo apenas transitório, este não pode
Tribunal Federal definiu, em sede de ser considerado como receita bruta ou
repercussão geral, a tese de que o ICMS faturamento, não havendo que se falar na
não compõe a base de cálculo do PIS e da sua inclusão nas bases de cálculo do PIS e
COFINS. da COFINS, conforme se depreende:

A decisão decorreu da impetração de “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.


inúmeras ações que, nos últimos anos, EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E
vinham apontando a inconstitucionalidade COFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO
da inclusão do ICMS nas bases de cálculo ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO
em questão. CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO.
1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada
Isto porque, tendo em vista que os mercadoria ou serviço e a correspondente cadeia,
adota-se o sistema de apuração contábil. O
conceitos de faturamento e de receita de
montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês,
uma empresa dizem respeito à riqueza que
considerando-se o total de créditos decorrentes de
se incorpora ao patrimônio do aquisições e o total de débitos gerados nas saídas
contribuinte, o STF entendeu que o de mercadorias ou serviços: análise contábil ou
ingresso de valores em caráter transitório e escritural do ICMS.
que não compõem o patrimônio da 2. A análise jurídica do princípio da não
empresa não pode ser qualificado como cumulatividade aplicado ao ICMS há de atentar ao
disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da
faturamento nem receita.
República, cumprindo-se o princípio da não
cumulatividade a cada operação.
Ou seja, tendo em vista que o valor
recebido a título de ICMS não integra, de (continua na próxima página)

P. #03
3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, microempresas e as empresas de pequeno
conquanto se tenha a escrituração da parcela ainda porte submetidas ao regime do Simples
a se compensar do ICMS, não se incluir todo ele na
Nacional, em conformidade com a Lei
definição de faturamento aproveitado por este
Complementar 123/2006.
Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a
base de cálculo para incidência do PIS e da
COFINS. Nessa perspectiva, tendo em vista que os
3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 valores relativos ao PIS e a COFINS, assim
excluiu da base de cálculo daquelas contribuições como o ICMS, apenas transitam na
sociais o ICMS transferido integralmente para os contabilidade da empresa, não
Estados, deve ser enfatizado que não há como se configurando acréscimo patrimonial.
excluir a transferência parcial decorrente do regime
de não cumulatividade em determinado momento
Isso levando em consideração o mesmo
da dinâmica das operações.
4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de argumento de que não integram o
cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS.” faturamento nem a receita do contribuinte.
Portanto, é possível aplicar a esses tributos
A referida decisão teve larga repercussão, o mesmo raciocínio firmado no RE
e deu origem a uma série de 574.706/PR, o que culminaria na
desdobramentos legais, e teses satélites inconstitucionalidade da inclusão do PIS
que buscam aplicar o mesmo raciocínio e da COFINS em suas próprias bases de
desenvolvido pelo STF no caso para cálculo.
discutir a constitucionalidade de outras
cobranças. Este entendimento estaria de acordo com
o disposto pelo art. 195, inciso I da
É nesse sentido que surge a tese da Constituição Federal, que determina a
exclusão do PIS e da COFINS das suas incidência das contribuições na receita ou
próprias bases de cálculo. Sabe-se que o faturamento dos contribuintes.
PIS (Programas de Integração Social e de
Formação do Patrimônio do Servidor O STF reconheceu a repercussão geral do
Público), regulado pelas Leis tema, por meio do leading case, RE
Complementares 7, de 07/1970, e 1233096, de relatoria da Ministra Carmem
08/1970, e a COFINS (Contribuição para Lúcia, e a questão segue pendente de
Financiamento da Seguridade Social), decisão.
instituída pelo art. 195 da Lei
Complementar 70/1991, são contribuições A tendência, todavia, é a de que o STF siga
sociais que estão previstas na Constituição o raciocínio firmado no RE 574.706/PR, e
Federal nos Artigos 195, I e 239. decida pela inconstitucionalidade da
inclusão do PIS e da COFINS em suas
São contribuintes do PIS e da COFINS próprias bases de cálculo, decisão que
pessoas jurídicas de direito privado, pode gerar profundos impactos
inclusive as pessoas a elas equiparadas econômicos para os contribuintes e
pela legislação do Imposto de Renda. também uma boa oportunidade de
recuperar valores pagos indevidamente.
A legislação determina, ainda, que não são
contribuintes do PIS e da COFINS as

P. #04
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

RE 1233096: pendente de decisão pelo STF, em regime


de repercussão geral;

MS nº 1015923-39.2018.4.01.3400, em trâmite na 16ª


Vara Federal do Distrito Federal;

MS nº 5016294-16.2017.4.04.7108, TRF4;

Mandado de Segurança no 5002578-08.2018.4.03.6107,


em trâmite na 2ª Vara Federal da Araçatuba/SP.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Todas as empresas contribuintes do PIS e da COFINS, ou seja, toda e qualquer pessoa
jurídica privada, com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte
submetidas ao regime do Simples Nacional.

P. #05

# Tese 02 - Exclusão do ICMS ST da Base


de Cálculo do PIS e da COFINS
Outra tese tributária que também surgiu competência de definir quais produtos
como consequência direta do decidido estarão sujeitos ao regime da substituição
pelo STF no julgamento do RE 574.706/PR tributária.
é a da exclusão do ICMS recolhido pela
sistemática da Substituição Tributária Nesse sentido, a referida tese defende que,
(“ICMS-ST”) das bases de cálculo do PIS e assim como o ICMS próprio, objeto da tese
da COFINS. firmada pelo STF, o ICMS-ST também não
pode ser enquadrado como parte do
Sabe-se que o regime da Substituição faturamento ou da receita das empresas,
Tributária é regulado pelo art. 128 do não podendo, assim, ser incluído nas bases
Código Tributário Nacional, que dispõe de cálculo do PIS e da COFINS.
que a lei pode atribuir, de modo expresso,
a responsabilidade pelo crédito tributário a Ao apreciar o assunto, o Tribunal Regional
terceiro vinculado ao fato gerador da da 5ª Região (TRF5) deu provimento à
obrigação. Apelação da empresa, no processo nº
0804806-34.2019.4.05.8300, para definir
Ou seja, no caso do ICMS-ST, o regime q u e , a i n d a q u e s e j a a p u ra d o e m
consiste na atribuição de outro sistemática diversa do ICMS próprio, o
contribuinte pela responsabilidade sobre o ICMS-ST também deve ser excluído das
ICMS devido em relação às operações ou bases de cálculo do PIS e da COFINS, em
prestações de serviços realizadas. conformidade com a tese firmada pelo STF
O regime pode ser aplicado em relação a no RE 574.706/PR.
mercadorias, serviços ou bens
determinados pela legislação dos Estados.
Dessa forma, cada Estado possui a

P. #06
O TRF5 discorreu, ainda, sobre o ICMS a
ser efetivamente excluído das bases de
cálculo, contrariando o entendimento da
Receita Federal do Brasil, disposto na
Solução de Consulta 13/18, de que o ICMS
a ser excluído da base de cálculo do PIS e
da COFINS seria o ICMS recolhido, em
detrimento do destacado em nota fiscal.

O Tribunal decidiu que o ICMS-ST a ser


excluído deveria ser aquele destacado
em nota fiscal, tendo em vista que o que o
contribuinte busca restituir ou compensar
não é o valor do ICMS recolhido, e sim
aquele que foi indevidamente computado
nas bases de cálculo do PIS e da COFINS.

P. #07
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

Apelação no processo nº 0804806-34.2019.4.05.8300,


decidida favoravelmente para o contribuinte pela 3ª
turma do TRF da 5ª Região;

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Inclui empresas que optaram pelo regime do Simples Nacional;

É necessário verificar a situação da legislação da Substituição Tributária em cada


Estado.

Em Pernambuco, operações relativas aos seguintes produtos: Autopeças, Bebidas


Quentes/Aguardente de Cana, Bicicleta, Brinquedos, Calçados, Bolsas, Cintos e Bolas
Esportivas, Cerveja, Água e Refrigerante, Cesta Básica, Cigarro, Cimento, Combustíveis
Construção Civil, Cosméticos e Artigos de Perfumaria, Discos e Fitas, Eletrônicos,
Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, Equipamento, Estabelecimento Atacadista de
Materiais de Construção, Estabelecimento Comercial Atacadista, Fios, Tecidos, Artigos de
Armarinho e Confecções, Gado e Derivados, Lâmpadas, Pilhas, Baterias e Aparelho de
Barbear, Madeira, Material de Construção, Material Elétrico, Parcelamento de Débitos,
Penalidades, Pneumáticos, Polo de Poliéster, Produtos Farmacêuticos, Ração para Animais
Domésticos, Sorvete, Telefonia Celular, Tilápia, Tintas e Vernizes, Trigo e Derivados,
Veículos Automotores podem se aproveitar dessa tese.

P. #08

# Tese 03 - Exclusão do ISSQN da Base de


Cálculo do PIS e da COFINS
A referida tese é consequência direta do Nesse sentido, algumas empresas têm
decidido pelo STF no Recurso obtido êxito em Mandados de Segurança
Extraordinário nº 574.706/PR. impetrados com a finalidade ter
reconhecida a inconstitucionalidade da
Em síntese, o que se discute é a definição inclusão do ISSQN nas bases de cálculo do
constitucional do conceito de receita bruta PIS e da COFINS, assim como a declaração
e de faturamento das empresas, conforme do direito de compensação pelo que foi
art. 195, I, “b”, da Constituição Federal de indevidamente pago nos últimos 5 anos.
1988, base de cálculo do PIS e da COFINS.
A questão se encontra em discussão no
Isto porque, assim como o ICMS, o ISSQN STF, que reconheceu a repercussão geral
(Imposto Sobre Serviços de Qualquer do RE nº 592.616/RS. O recurso segue
Natureza), tributo municipal instituído pelo aguardando decisão, e o pleito do
art. 155, II da CF e disciplinado pelas Lei contribuinte é que a Suprema Corte
Complementar nº 116/2003, destacado aplique ao caso o mesmo entendimento
nas notas fiscais, não integra a esfera firmado no RE 574.706/PR, em respeito ao
patrimonial dos contribuintes. disposto no art. 932, inciso V, “b” do
Código de Processo Civil de 2015.
Dessa forma, considerando que o ISS
apenas transita pelo caixa das empresas,
pertencendo, em verdade, aos municípios,
não haveria que se falar na sua inclusão nas
bases de cálculo do PIS e da COFINS.

P. #09
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

Processo nº 5016729-26.2018.4.02.5001, decidiu que o


valor arrecadado a título de ISS não se incorpora ao
patrimônio do contribuinte e não pode integrar a base de
cálculo do PIS e COFINS;

Decisão favorável no Agravo de Instrumento nº


5023292-81.2017.404.0000 do TRF da 4ª REGIÃO;

Decisão favorável nos Embargos Infringentes nº


0001887-42.2014.4.03.6100/SP.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Empresas prestadoras de serviços e contribuintes do PIS e da COFINS.

Não inclui microempresas e das empresas de pequeno porte submetidas ao regime do


Simples Nacional

P. #10

# Tese 04 - Exclusão das despesas com


Administradoras de Cartões na BC do PIS COFINS

Ainda no âmbito de teses que surgiram devendo, portanto, ser incluídos nas bases
como consequência do julgamento do RE de cálculo do PIS e da COFINS.
574.706/PR, a discussão acerca da
inconstitucionalidade da inclusão das Nesse sentido, o Tribunal Regional Federal
despesas com administradoras de cartões da 1ª Região já se pronunciou, através
nas bases de cálculo do PIS e da COFINS d o  A g r a v o d e I n s t r u m e n t o n º
também se concentra na definição do 0 0 0 7 9 3 5 7 7 2 0 1 0 4 0 1 0 0 0 / D F, t e n d o
conceito de receita e faturamento. considerado inconstitucional a inclusão da
taxa de administração de cartão de débito
Sabe-se que o valor referente à taxa de ou crédito na base de cálculo das referidas
administração é receita da empresa contribuições:
responsável pela administração dos
cartões, não fazendo parte do patrimônio "A TAXA PAGA ÀS ADMINISTRADORAS DE
do contribuinte que contrata o serviço. CARTÃO DE CRÉDITO E DÉBITO NÃO DEVE
SER CONSIDERADA RECEITA DEFINITIVA
Ou seja, assim como ocorre no caso do PARA A EMPRESA CONTRIBUINTE. AINDA QUE A
ICMS, os valores referentes às taxas de TOTALIDADE DOS VALORES DECORRENTES DA VENDA DE
MERCADORIAS E DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS INGRESSE
serviço dos cartões de crédito e débito
NAS CONTAS DA EMPRESA TRANSITORIAMENTE, APENAS
ingressam apenas de forma transitória no
O MONTANTE PAGO PELA
caixa das empresas.
ADMINISTRADORA DO CARTÃO DE CRÉDITO
CONFIGURA RECEITA DEFINITIVA E DE
Por isso, os referidos valores não
TITULARIDADE DO COMERCIANTE, DE FORMA A
configuram receita nem faturamento da JUSTIFICAR A INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA DAS
empresa que recebe pagamentos por CONTRIBUIÇÕES AO PIS E À COFINS.“
meio de cartões de crédito e débito, não

P. #11
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

A questão está pendente de análise pelo STF no Recurso


Extraordinánio nº 1049811, em sede de repercussão
geral.

Decisão favorável no Agravo de Instrumento n. 0007935-


77.2010.4.01.0000/DF; AI 0063702-03.2010.4.01.0000-
PA, do TRF da 1ª Região.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Empresas prestadoras de serviços e contribuintes do PIS e da COFINS.

Não inclui microempresas e das empresas de pequeno porte submetidas ao regime do


Simples Nacional

P. #12

# Tese 05 - Exclusão dos Créditos


Presumidos de ICMS da BC do PIS COFINS

É cediço que o crédito presumido de ICMS esvaziamento ou redução do incentivo


constitui incentivo fiscal concedido pelos fiscal estadual.
Estados, que representa profundo impacto
na redução do imposto. Além disso, a referida inclusão acarretaria
em violação ao princípio federativo.
Trata-se, em síntese, de uma presunção de
crédito de ICMS sobre os valores apurados A decisão entendeu que a inclusão dos
com base nas operações realizadas pelo créditos presumidos de ICMS nas bases de
contribuinte. cálculo do PIS e da COFINS representa
transferência indevida da União na política
Nesse sentido, ao julgar Embargos de fiscal dos Estados, o que violaria o
Divergência opostos pela Fazenda princípio Federativo e a segurança jurídica.
Nacional em defesa da validade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do O STJ ainda entendeu ser irrelevante a
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e discussão acerca da classificação contábil
da Contribuição Social sobre o Lucro do incentivo fiscal, seja para custeio,
Líquido (CSLL), a Primeira Seção do STJ investimento ou recomposição de custos.
definiu a tese de que os créditos Isto porque, o crédito presumido do ICMS
presumidos de ICMS não integram as foi excluído do conceito de receita bruta
bases de cálculo dos referidos tributos. operacional previsto no artigo 44 da Lei
4.506/1964.
Isto porque, se os créditos presumidos de
ICMS integrassem as bases de cálculo das
contribuições, haveria a possibilidade de

P. #13
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

A Primeira Seção do STJ definiu, no EREsp nº 1.517.492,


que o PIS e a COFINS não podem incidir sobre os créditos
presumidos de ICMS.

Decisão favorável à tese no processo nº


0805438-02.2015.4.05.8300, julgado pelo Tribunal
Regional Federal da 5ª Turma.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Todas as empresas contribuintes do PIS e da COFINS e beneficiadas do regime do
crédito presumido do ICMS.


Não inclui microempresas e empresas de pequeno porte submetidas ao regime do


Simples Nacional

P. #14

# Tese 06 - Exclusão do ICMS da base do


IRPJ e CSLL quando no Lucro Presumido

A tese promove uma discussão em torno Assim, em 26/03/2019, o STJ afetou os


do conceito constitucional de receita bruta Recursos Especiais nº 1.767.631/SC,
das empresas, base de cálculo do IRPJ e 1.772.634/RS e 1.774.470/RS,
CSLL, especificamente quando estas representativos da controvérsia repetitiva
optam pelo lucro presumido. descrita no Tema 1008, que discute a
possibilidade de inclusão de valores de
Em conformidade com o art. 31 da Lei ICMS nas bases de cálculo do IRPJ e da
8.981/95 a receita bruta seria definida CSLL, quando apurados pela sistemática
como o produto da venda de bens nas do lucro presumido, todos de relatoria da
operações de conta própria. Ministra Regina Helena Costa.

Nesse sentido, o ICMS não poderia ser A tendência é a de que o STJ aplique ao
incluído nas bases de cálculo do IRPJ e da caso o mesmo entendimento firmado pelo
CSLL quando tributados pelo lucro STF no RE 574.706/PR, acerca da
presumido, já que tais tributos incidem inconstitucionalidade da inclusão do ICMS
sobre a receita bruta. da base de cálculo do PIS e da COFINS.

Isto porque, em conformidade com o que


foi decidido pelo STF em sede de
repercussão geral no julgamento do RE
574.706/PR, o ICMS não constitui receita
nem faturamento, pois se trata de mero
ingresso financeiro de caixa.

P. #15
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

Pendente de decisão dos Recursos Especiais nº


1.767.631/SC, 1.772.634/RS e 1.774.470/RS, pelo STJ.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Empresas que optam pela sistemática do lucro presumido.

P. #16

# Tese 07 - IRPJ e CSLL Sobre a Selic


recebida na repetição de indébito

O art. 167 do Código Tributário Nacional atualização monetária, não podendo ser
determina que a restituição, seja total ou cumulada com qualquer outro índice,
parcial do tributo implica na restituição, na segundo entende o STJ.
mesma proporção, dos juros de mora e
das penalidades pecuniárias. A tese defende a ideia de que a
atualização monetária nada mais é do que
Isso significa que, ao obter uma decisão um instrumento por meio do qual se busca
transitada em julgado que reconheça o preservar o poder aquisitivo da moeda.
direito do contribuinte à compensação, o
valor a ser restituído deve ser corrigido Ou seja, a atualização monetária não traduz
monetariamente e adicionado dos juros de riqueza adquirida, não sendo possível,
mora devidos. portanto, atrair a incidência do IRPJ e da
CSLL.
Nesse sentido, a presente tese discute se a
taxa Selic a ser acrescida sobre a restituição Isto porque, o art. 43 do Código Tributário
do indébito tributário poderia ser Nacional, que dispõe sobre o IRPJ,
interpretada como acréscimo patrimonial a determina que este incide sobre proventos
fim de atrair a incidência do IRPJ e da de qualquer natureza, assim entendidos os
CSLL. acréscimos patrimoniais, enquanto a CSLL,
em conformidade com o disposto pelo art.
Sabe-se que, conforme dispõe o art. 39, § 2º da Lei nº 7.689/88, incide sobre o lucro.
4º, da Lei nº 9.250/95, a taxa Selic é o
índice aplicável nas hipóteses de
recuperação de tributos federais. A taxa é
composta tanto pelos juros quanto pela

P. #17
Ou seja, ambos os tributos têm como fato acréscimo de riqueza que pudesse atrair a
gerador a aquisição de riqueza, o que não incidência do IRPJ e da CSLL.
se aplicaria ao valor referente à atualização
pela taxa Selic. Contra a decisão, houve a interposição de
Recurso Extraordinário por parte da União,
Ao apreciar a matéria, o STJ, ao julgar o o que levou a discussão até o STF, que
REsp 1138695/SC, firmou o entendimento reconheceu a repercussão geral da
de que os juros incidentes na repetição do matéria, no RE 1.063.187/SC, que ainda
indébito tributário deveriam ser incluídos segue pendente de decisão.
nas bases de cálculo do IRPJ e da CSLL,
tendo em vista a sua natureza de lucros
cessantes, compondo o lucro operacional
da empresa.

Por outro lado, uma decisão proferida pelo


TRF4, ao julgar da Arguição de
Inconstitucionalidade nº
5025380-97.2014.4.04.0000, levou a
discussão ao Supremo Tribunal Federal.

Isto porque, a despeito do entendimento


do STJ, o TRF4 firmou entendimento no
sentido de que a incidência do IRPJ e da
CSLL sobre a taxa Selic apurada na
repetição de indébito afrontaria os arts.
153, inc. III, e 195, inc. I, 'c', da CF”. O
Tribunal decidiu, assim por afastar a
incidência dos tributos sobre a taxa Selic
recebida pelo contribuinte.

A decisão se baseou na análise da própria


natureza jurídica da taxa, justamente
seguindo o raciocínio de que a Selic é
composta por duas grandezas econômicas
distintas, quais sejam, correção monetária
e juros de mora.

Sabendo que os juros de mora possuem


natureza indenizatória, e que a correção
monetária representa mera atualização
para manutenção do poder aquisitivo, não
há que se falar de qualquer, em nenhuma
das duas hipóteses, em qualquer

P. #18
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

Decisão favorável proferida pelo TRF4, ao julgar da


Arguição de Inconstitucionalidade nº
5025380-97.2014.4.04.0000;

Pendente de decisão o RE 1.063.187/SC, em regime de


repercussão geral.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Toda e qualquer empresa que possua, ao seu favor, decisão transitada em julgado de
repetição de indébito tributário de tributos federais.

P. #19

# Tese 08 - PIS e COFINS incidente sobre as


receitas financeiras de Instituições Financeiras

A referida tese discute acerca do conceito contribuição ao PIS e da COFINS sobre as


de receita financeira no que diz respeito às receitas financeiras das instituições
instituições financeiras, com a finalidade de financeiras.
afastar a incidência do PIS e da COFINS.
O recurso se encontra pendente de
O STF determinou a repercussão geral do decisão desde 2010.
tema, por meio do RE 609096/RS (Tema
372). Entretanto, é possível que a decisão do STF
de exclusão do ICMS das bases de cálculo
O processo teve origem em Mandado de do PIS e da COFINS (RE 574.706/PR) cause
S e g u ra n ç a i m p e t ra d o p e l o B a n c o efeitos no mérito da questão.
Santander Banespa S.A. com a finalidade
de afastar a incidência do PIS e da COFINS Isto porque, a tendência é que o STF faça a
das receitas da instituição financeira. análise das especificidades do conceito de
faturamento no caso das instituições
A empresa impetrante baseou seu pleito financeiras.
nas alterações da Lei nº 9.718/98, além da
inconstitucionalidade e ilegalidade do Estima-se, ainda, que a decisão da referida
artigo 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. tese também influencie nos processos
judiciais que versam sobre a exigibilidade
Nesse sentido, o Recurso extraordinário se do PIS e da COFINS das entidades
discute, à luz do artigo 195, I, da fechadas de previdência complementar,
Constituição Federal e do art. 72, V, do Ato que têm sido sobrestados para aguardar
das Disposições Constitucionais julgamento do leading case da matéria.
Transitórias, a exigibilidade, ou não, da

P. #20
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

Pendente de julgamento o RE 609096/RS, em regime de


repercussão geral.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Instituições financeiras, quais sejam: Bancos múltiplos, Bancos comerciais, Bancos de
investimento, Caixas econômicas, Cooperativas de crédito, entre outros.

P. #21

# Tese 09 - Exclusão do ICMS da base de


cálculo da CPRB

Em julgamento recente, o Superior 105, I, “b”, da Constituição Federal de


Tribunal de Justiça fixou a tese de que os 1988), que define a base de cálculo da
valores de ICMS não integram a base de CPRB.
cálculo da Contribuição Previdenciária
sobre a Receita Bruta (CPRB). Seguindo o mesmo raciocínio do RE
574.706/PR, que decidiu pela exclusão do
A CPRB, contribuição social destinada a ICMS das bases de cálculo do PIS e da
custear a previdência social, foi instituída COFINS, a tese defende que o ICMS
pela MP 540/2011, que foi convertida na destacado nas notas fiscais não integra a
Lei 12.546/2011. esfera patrimonial das empresas, tratando-
se, em verdade, de receita pertencente aos
A contribuição incide sobre a receita bruta Estados, que apenas transita no caixa das
de empresas relacionadas a atividades e empresas.
setores específicos, dentro dos parâmetros
da referida lei. Nesse sentido, ao analisar a matéria, a 1ª
Seção do STJ, sob o rito dos recursos
A contribuição consiste na substituição da repetitivos, firmou o entendimento de que
base de incidência da contribuição o ICMS não integra a base de cálculo da
patronal sobre a folha de pagamento por CPRB.
uma incidência sobre a receita bruta das
empresas.

O mérito da questão também gira em


torno da definição constitucional do
conceito de receita bruta, definido pelo art.

P. #22
A relatora, Ministra Regina Helena,
esclareceu que o conceito de receita deve
estar ligado ao requisito da definitividade,
motivo pelo qual o ICMS não pode ser
considerado como integrante da receita
das empresas.

A matéria foi discutida, ainda, no STF, no RE


1.034.004/SC, por meio do qual restou
decidida pela aplicação do Tema 69 da
repercussão geral (RE 574.706-RG).

Pela lógica, se o ICMS não pode compor a


base de cálculo do PIS e da COFINS por
não estar englobado no conceito de
receita ou faturamento das empresas, da
mesma forma, não há que se falar na
inclusão do ICMS na base de cálculo da
CPRB.

P. #23
TESE NA JURISPRUDÊNCIA:

Pendente de decisão do Recurso Extraordinário nº


1.034.004/SC, em tramitação no STF.

Decisão favorável do STJ nos REsp 1624297, REsp


1629001 e REsp 1638772, nos quais a 1ª Seção do STJ
decidiu, sob o rito de recursos repetitivos, que os valores
de ICMS não integram a base de cálculo da CPRB.

EMPRESAS BENEFICIADAS:
Todas as empresas que possam optar pela CPRB

Empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação

Empresas de Teleatendimento (call center)

Empresas do setor de transportes

Empresas no setor da construção civil

Empresas no setor jornalístico

P. #24
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