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REGIAO
12
LERFIXA EDITORA
AIO DE JANEIRO
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
Revista do Tribunal
Regional do Trabalho
1: região
-DOUTRINA
- JURISPRUDÊNCIA
-DESPACHOS
-'-EMENDAS
-EMENTÁRIO
- LEGISLAÇÃO
-PESQUISA
~MEMÓRIA
- NOTICIÁRIO
REVISTADO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA
PRIMEIRA REGIÃO
COMISSÃO DA REVISTA
Aloysio Santos
NOTA DA EDITORA
EDITORA LERFIXA LTDA. sente-se honrada e gratificada
em produzir e editar o presente número (12?) da Revista do TRT
da 1~ Região, Órgão Oficial do. mesmo Sodalício, o que lhe foi propi-
ciado por nímia gentileza de seu atual Presidente, Juiz Fernand"
Tasso Fragoso Pires.
Fruto da clarividente iniciativa do Juiz José de Moraes Rattes,
que dirigiu o Tribunal no triênio 1967/1970 e fez publicar os seus
dez primeiros números, a partir de jan. de 70, a Revista conserva
o escopo inicial de divulgar o avanço da doutrina, a evolução da
jurisprudência, a memória da Justiça do Trabalho, a pesquisa do
direito, a legislação pertinente e o noticiário de atos e fatos de inte-
resse judiciário e trabalhista. Insere, também, pequena seção biblio-
gráfica alusiva a obras jurídicas e literárias, com destaque àquelas
oriundas de magistrados da Corte e de advogados militantes nos
seus auditórios.
A seleção dos trabalhos ora publicados foi elaborada por um
Conselho Editorial, coordenado pelo Juiz Roberto Da vis, dele tam-
bém participando o Dr. Fernando Sidney Santos Bastos, Assessor
da Presidência do TRT e Dr? Déa Cordeiro de Mello, Diretora
da Biblioteca Carvalho Junior. ·
Agradecendo a colaboração de todos quantos nos ajudaram
na concretização deste ambicioso projeto. esperamos haver corres-
pondido, tanto quanto possível, à justa expectativa de nossos leitores
e amigos.
Wilson Maduro
Diretor
SUMÁRIO
Doutrina
- Eugenio Roberto Haddock Lobo
O quinto dos advogados na carta de 1988 3
- Eugenio Roberto Haddock Lobo
O processo de execução e a crise da Justiça do TrabalhO - Imperiosa
necessidade de sua agilização ........ . ................. 9
- J. Antero de Carvalho
Observações sobre as Leis do Trabalho. 15
- Reinaldo Santos
Repouso Remunerado- Constituições- Lei- Decreto- Portarias... 23
- Eliana L. Cotta Pereira
Recurso Ordinário- Efeito meramente devolutivo ......... . 29
- Feliciano Mathias Netto
A execução trabalhista sobre imóvel hipotecado -Ausência de Intimação
do credor hipotecário- Nulidade de Arrematação................. 32
- José Maria de Mello Porto
Lei favorece· a ação dos criminosos .. 35
- Doris Castro Neves
A Justiça do Trabalho na Constituição de 1988- Alguns aspectos.... 37
- Lionil da Silva Mello
Da Substituição Processual .............. . 44
- Milton Vasques Thibau de Almeida
Contribuições Sindicais 46
- Cláudio Armando C. de Menezes
Considerações sobfe o direito de greve.·. 67
- Dra. Fátima Aparecida Pascoalina de Almeida
Str~ss e Ansiedade: Fontes geradoras de distúrbios ................... . 72
Jurisprudencia . .. ... ... .. ......... .. 77
-F. Tasso Fragoso Pires
Mandado de Segurança -Argüição de Inconstitucionalidade 79
- Muri'lo Coutinho
Agravo Regimental N: TRT-41189 ... 82
'--- Paulo Cardoso
Dissídio Coletivo N? TRT~DC-203/89 .... ... ............ ......... ... ...... ....... 85
- Alédio Vieira Braga
Dissídio Coletivo N? TRT-DC-334/87 ............................................ 89
- Azulino de Andrade
Agravo Regimental em Mandado de Segurança N? 108/89 .. .. .. .. .. .. .. .. . .. 96
- Murilo Coutinho
Habeas Corpus TRT-HC-03/89 ................ ................ ................ .... 98
--Milton Lopes
Recurso Ordinário N? TRT-R0-6.752/88 ........................................ 100
- Lyad de Almeida
Agravo de Petição N? TRT-AP-076/89 ........................................... 102
- Emma Amorim
Recurso Ordinário N? TRT-R0-11673/88 ....................................... 104
-Paulo Cardoso
Agravo de Petição N? TRT-AP-3184/88 .......................................... 106
-Roberto Davis
Recurso Ordinário N? TRT-R0-12391188 ....................................... 108
-Júlio Menandro
Recurso Ordinário N? TRT-R0-3.476/88 ........................................ 110
- Mathias Neto
Recurso Ordinário N? TRT-R0-11.902/88 ........................ .-............ 114
.:...... Pizarro Drummond
Recurso Ordinário N? TRT-R0-11.584/88 ...................................... 117
- Mello Porto
Recurso Ordinário N? TRT-R0-10232/88 ................._...................... 119
- Murilo Coutinho
Recurso Ordinário N? TRT-R0-2.840/88 ............................ ........ :... 121
-Carlos José Essinger Schaefer
Funcionários Públicos Municipais (incompetência da justiça do
trabalho em razão de matéria) ..................................................... 124
- Doris de Castro Neves
Greve- Reintegração de grevistas .... . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .... .. .. . .. . 131
- Regina Uchóa da Silva
Aplicabilidade do Enunciado n? 256 do TST.. ... .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 139
-Wilson da Costa Gomes
Relação de Emprego Dissimulada. Estabilidade ............................... 145
- Milner Amazonas Coelho
Estimativa de gorjeta- Convenção Coletiva .. .... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 152
----: Carlos Teixeira Bomfim
Legislação sindical extraordinária ....................... :.. .. .. .. .. .... . .. .. .. .. .. 157
- Clavin Elias dos Santos
Acordo Coletivo ..........................................................-............. 167
-Aloysio 5. Correa da Veiga
Substituição Processual .. .... .. .. .... .. .. . .. .. .. .... .. .... .. .. .. .... .. .... .. .. .. .. .. . 181
......:-José Carlos No vis Cesar
Egresso de Estabelecimento Penal . ... . ... . ... . .... ... .. .. .. 186
-Maria de Lourdes D'Arrochelle Lima Sallaberry
Complementação de Aposentadoria. 189
- Marja José Aguiar Teixeira Oliveira
Reajustes salariais- Alteração Contratual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
- Claudio Armando Couce de Menezes
Cerceio de defesa- Carência de ação- Prescrição . . . . . . . . . . . . 198
- Alfredo Mafra Lino
Socie_dade de economia mista ..... 212
-Regina Célia de Miranda Jordão
Consignação em pagamento- Reconvenção- A viso prévio ............. . 217
- Laudelino Gonçalves Gatto Filho
SindicJtO- Personalidade Jurídiça . .......................... .. 221
Despachos Correcionais ............... . ......................... 225
Provimento N~ 01189 .................. . 232
Provirriento N:' 02/89 ........................ . .. .............................. 233
Reclamação Correicional . . . . . . . . . .................... , ....... . 235
Emendas Regimentais .. . ........................................ . 241
Emenda Regimental N~ 01189 ..... .. ................................ .. 243
Emenda Regimental N~ 02189.. .... .... ..... .. .......... .. 246
Emenda Regimental N~ 03189. .. ...................... .. 248
Ementário ............. .. ......... . 251
~~~ .. . .. . 267
-Lei 7701, de 21 de dezembro de 1988 ......................................... . 269
-Lei7729.del6dejaneirodel989 .................................. . 274
-Lei7765,delldemaiodel989 ...................................... .. 277
-Lei 7783. de 28 de junho de 1989. .. .................................. . 278
-Lei 7787. de 30 de junho de 1989. .. ........ .. 282
-Lei 7788. de 03 de julho de 1989 ... .. ........ . 287
-Lei 7794, de !Ode julho de 1989 .............................................. . 289
-Lei 7808, de 20de julho de 1989 ........................ . ............... .. 291
Resolução Administrativa N? 022189 .......................................... .. 292
Resolução Administrativa N? 042189... . ................................... . 296
Provimento N·: 001189 ........... '.. .. ......................... . 297
Provimento W 002189............. . ..................................... . 298
Provimento N? 003189.......... .. .......................................... 299
Roberto Da vis- Origem e Regulamentação do Emprego Doméstico .... 303
Memória
Juiz Jés de Paiva .................................................................... 309
J. T Vianna Clementino - 0 Juiz e o Sentimento da Amizade ............. 311
Noticiário................. ...... .......... .. ...................................... 315
Tribunal Superior do Trabalho ..................................................... 325
Tribunais Regionais do Trabalho ................................................... 329
Composição do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região ............. .
- Composição do Tribunal Pleno ................................................. 337
- Juízes Classistas .................................................................. 338
- Composição dos Grupos de Turmas.. . ................................. 338
- Relação das Juntas de Conciliação e JulgamentO' da 1~ Região (Cidade
do Rio de Janeiro).................................................... . ..... 340
- Relação das Juntas de Conciliação e Julgamento da 1~ Região (Interior
do Estado do Rio de Janeiro)................... . ... 343
- Relação das Junta·s de Conciliação e Julgamento da 1:' Região (Estado
do Espírito Santo)............................. . ............................ 346
- Juízes Substitutos do Tribunal Regional do Trabalho da 1~Região ..... 347
COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL PLENO
Juízes Togados
I-AMENSLEGIS.
(7) Cf PA.RECER pub. in Rev. dos Tribunais, vol. 549. 1981, págs. 50155.
(8) Cf. PARECER sobre "O QUINTO CONSTITUCIONAL DOS TRIBUNAIS:
AFETAÇÃO DE SUAS VAGAS", da lavra do então membro doM. Público
e atual Desembargador federal SÉRGIO DE ANDRÉA FERREIRA. PUB. in
Rev. de Direito Público, vai. 74, /985, págs. 1671176.
7
VII- CONCLUSÕES.
(.'JCf. resumo pub. na excelente revista Synthesis n;· 9/89. págs. 78/RO
OBSERVAÇÕES SOBRE AS LEIS DO TRABALHO
J, ANTERO DE CARVALHO
Advogado Trabalhista, Ex-Juiz do Trabalho e Ex-Procurador-Geral
do Ministério Público do Trabalho
11
para ser força. Nesse caso, o adjetivo seria uma contradictio in adjecto
do substantivo. O que dizemos é que o Direito em causa surgiu
para proteger determinados indivíduos, em certas condições, dando-
lhes benefícios e garantias mínimas, dentro dos limites que determi-
naram tal surgimento; o que importa na conclusão lógica de que
também deveres lhes são impostos, porque o direito sem o correspon-
dente dever é, como em física, a ação sem reação; o que quer dizer:
o ilimitado, o irrestrito e, pois, o absurdo.
Não é aqui lugar próprio para analisar a posição da Justiça
ante o Direito que ela é chamada a aplicar. Mas vem a talho de
foice o exame sumaríssimo da afirmativa que se tem feito de ser
aquela uma Justiça de proteção, por ser o Direito por ela aplicado
um Direito de proteção.
Na verdade, este é um Direito de proteção, ou melhor, a lei
de trabalho é, inquestionavelmente. e já o dissemos por q)le. uma
lei de proteção ao trabalhador, conquanto com limitações de exercício
e deveres correspondentes. Contudo, a Justiça que a aplica não pode
ser, e não é, uma Justiça de proteção. Ela é uma Justiça como
qualquer outra, eqüidistante, imparcial e fiel aplicadora da lei. O
seu juiz é um juiz como qualquer outro e não lhe é nem lhe deve
ser imposta outra consciência que a consciênc_ia do bom julgador,
porque Justiça de proteção e juiz parcial não é Justiça nem juiz:
é facciosismo e insegurança jurídica. O que se pode dizer, e com
acerto, é que a Justiça do Trabalho aplica uma legislação de p·roteção
com critérios e métodos próprios. sem o que nada justificaria a sua
existência.
Antes de terminar o capítulo, são pertinentes estes conceitos
emitidos pelo Juiz Eliézer Rosa, e insertos na 5~ edição do nosso
livro Cargos de Direção no Direito do Trabalho:
"A imagem da deusa da Justiça de olhos vendados
ainda é uma imensa e eterna verdade, em que só uma
visão deformada da sacralidade da obra da Justiça po-
deria ver proteção e parcialidade. O Poema de todo
julgamento está na imparcialidade do julgador. Só há
uma verdade neste tema: se o direito material protege
o seu titular, a Justiça protege, sim, mas o direito
positivo que está na base do direito subjetivo levado
perante ela, envolvido na ação judicial. O primeiro
e mais importante dever do juiz é o respeito .ao direito
positivo. E mesnio com ocasião no direito subjetivo,
o que ele faz é afirmar o direito objetivo. O juiz cria
a sentença; todavia a sentença não cria o direito que
ela proclama. Uma Justiça de proteção seria uma infer-
nal máquina que o Estado democrático repele e abomi-
na. E seria uma tão brutal contradição que ela acabaria
20
III
IV
Ao cogitarmos de leis do trabalho, vêm naturalmente à memória
os ensinamentos de A Grande Síntese, especialmente quando aí se
afirma que o labor, como entendemos, não transforma o homem,
o valor máximo, o centro dinâmico que sempre se reconstitui, pois
dele fizemos, em razão da nossa "mentalidade utilitária", uma verda-
deira condenação, "um tormento insaciável de posse". O trabalho,
segundo Pietro Ubaldi, "não é uma necessidade econômica, mas
uma necessidade moral"; de maneira que se impõe a substituição
do seu conceito pelo de "trabalho função social" ou de "função
biológica construtora". Assim, o "trabalho-ganho" deve transmu-
tar-se em "trabalho-dever" ou "trabalho-missão", caminho único
para o altruísmo.
A majestosa Entidade que ditou aquela obra manda que se
conceba a atividade laborativa como instrumento de eterna constru-
22
REINALDO SANTOS
Advogado e Professor Universitário
(Grifas nossos).
Fizemos ver à interlocutora que, entre os outros direitos que
visam à melhoria da condição social dos trabalhadores, figura a Lei
24
FERIADOS
PORTARIAS
EMPREGADO DOMÉSTICO
Diz a Lei:
- Art. 896 - "Cabe recurso de revista das decisões de
última instância quando:
§ 1? - Omissis
§ 2? - recebido recurso a autoridade recorrida dirá o efeito
em que o recebe, podendo a parte interessada pedir carta
de sentença para execução provisõria, dentro do prazo de
quinze dias, contados da data do despacho, se este tiver
dado o recurso efeito meramente devolutivo". (Grifo nosso)
I - INTRODUÇÃO
11 -HISTÓRICO
As contribuições sindicais têm suas origens com o nascimento
do movimento sindicalista. As contribuições cspontàneas têm sua
origem coincidente coni o surgimento de tal movimento; as contri-
buições compulsórias surgiram em estágios posteriores.
A finalidade das contribuições sindicais é prover os sindicatos
com os indispensáveis recursos necessários à consecução de seus
objetivos. A verdadeira contribuição sindical é espontaneamente da-
da por aqueles a quem aproveita a causa sindicalista. Não é demais,
portanto, afirmar que as primeiras contribuições sindicais foram es-
pontâneas e que todo e qualquer histórico que se fizer a respeito
do tema só pode se referir às contribuições sindicais compulsórias.
48
A - Contribuições Espontâneas
545 da CLT."
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - 3 ~ Turma -
processo RR-1500/71 Relator Ministro C.A. BARATA SILVA
Revista LTr, Voi. 36, São Paulo, p. 610.
"Lícito· é o desconto em favor do Sindicato da categoria profis-
sional condicionado a não oposição do empregado até 10 (dez) dias
antes do primeiro pagamento".
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - Pleno -processo
RO-DC-27//75
Relator Ministro LEÃO VELLOSO EBERT
Revista do Tribunal Superior do Trabalho. ano de 1975. p. 281.
ementa n~· 2.
"Na forma da reiterada jurisprudência do pleno, o desconto
para os cofres sindicais deve ficar condicionado a não oposição dos
trabalhadores interessados, até dez (lO) dia; antes do primeiro paga-
mento reajustado- Interpretação do art. 545 da CLT."
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - Pleno - processo
RO-DC-427176
Relator Ministro C .A. BARATA SILVA
Revista LTr. Vol. 41, São Paulo. p. Y26.
"O desconto em benefício dos cofres sindicais é concedido sob
condição suspensiva, de não oposição até o decênio anterior ao paga-
mento."
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - Pleno -processo
RO-DC-186177
Relator Ministro BARATA SlLV A
Dicionário de Decisões Trahalhiswsde BENEDICTO CALHEIROS
BOMFIM e SILVÉRIO DOS SANTOS, 15~ ed., 1978, p. 132,
ementa n~ 910.
"O desconto assistencial está subordinado à não oposição do
empregado até 10 dias antes do 1~ pagamento reajustado."
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - Pleno - processo
RO-DC-317/76
Relator Ministro FERNANDO FRANCO
Revista LTr, Voi. 42, São Paulo, p. 1.347.
"Autoriza-se a cláusula de desconto para o sindicato desde que
o empregado não se manifeste contrariamente dez dias antes do
desconto."
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - Pleno - processo
RO-DC-13/75
Relator Ministro ARY CAMPISTA
Revista do Tribunal Superior do Trabalho, ano de 1975, São Paulo,
62
greve nas chamadas atividades essenciais; ela apenas irá criar condi-
ções para que estas atividades não sejam. interrompidas".
RA YMUNDO FAORO (art. citado), HADDOCK LOBO e
JULIO CESAR DO PRADO LEITE (obra citada, págs: 271 e 299),
bem como JOSÉ CARLOS AROUCA ("A Nova Constituição e
os Trabalhadores", pág. 79), seguem a mesma .linha de raciocínio.
O que são, realmente, serviços e atividades essenciais?
Para VERDIER, membro da Comissão de Peritos da OIT, cuja
lição é transcrita no livro de HADDOCK LOBO e JULIO CESAR
DO PRADO LEITE (pág. 291), serviço essencial é aquele cuja inter-
rupção põe em perigo, no conjunto ou em parte da população, a
segurança ou a saúde das pessoas. _
O Direito Português, fonte inspiradora do art. 9? da C.F. de
1988, em sua legislação ordinária (Lei 65177), considera essenciais
apenas as atividades de correios, telecomunicações, transporte de
carga e descarga de animais, gêneros alimentícios deterioráveis, servi-
ços médicos, hospitalares, funerários, energia e minas, abastecimento
de água e bombeiros.
Logo, as atividades: bancária, petrolífera, transportes urbanos
(incluído aí o "metrÔ"), simples transtornos causados à população,
não podem ser enquadradas como essenciais, sob pena de camuflar
inconstitucional restrição ao direito de greve. Aliás, os incômodos
originários de um movimento operário como o analisado· são um
custo que toda a sociedade democrática deve suportar, sendo inclu-
sive um método de pressão sobre esta para que faça superar as
contradições do sistema.
V- CONCLUSÃO
O ESTADO ANSIOSO
STRESS X PALPITAÇÃO
HIPERTENSÃO X ANSIEDADE
STRESS X A TEROSCLEROSE
BIBLIOGRAFIA
I. HARRISON, Tinsley Randolph - Medicina Interna. 10 cd ..
Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan. 19R4.
2. CECJL, Ruffell La Fayette - Text Book of Medicine. 17 cd ..
Japão, !gato, Show Saunder International Edition, 1985.
Jurisprudência
MANDADO DE SEGURANÇA N: TRT-MS-53/89
ACÓRDÃO
PLENO
Argüição de Inconstitucionalidade - Quando o Tribunal ela-
bora e promulga o seu regimento interno, está exercendo
poder de Estado, na seqüência e efeito de soberania. O agravo
· regimental é um recurso criado por regimento .interno dos
Tribunais, destinado ao reexame de despachos de membros
dos Tribunais, de seus órgãos colegiados. (Relator: Juiz F.
Tasso Fragoso Pires)
VOTO:
VOTO:
RELATÓRIO:
VOTO:
VOTO:
Deferida para conceder 100% (cem por cento) do !PC sobre todas
as faixas salariais, com as compensações admitidas no item XII da
Instrução Normativa n': I do Colendo TST, observados os reajustes
90
Prejudicada.
Cláusula DÉCIMA SEGUNDA: A FEEM-RJ acrescentará sobre os
salários profissionais de Médicos e Cirurgiões-Dentistas o percentual
equivalente a 20% (vinte por cento), cujas atividades acima citadas
estão sujeitas a fatores insalubres, previstos na Portaria 3.2I4 de 08
de junho de 1978.
Indeferida. A insalubridade deve ser caracterizada em ação própria,
por perícia técnica especializada. Matéria que refoge aos limites do
Dissídio Coletivo.
Cláusula DÉCIMA TERCEIRA: Fica assegurada aos empregados
da FEEM-RJ, independentemente do cargo ou função. lotados nas
unidades da FEEM-RJ. que não possuem refeitório em suas depen-
dências, a título de ajuda de alimentação, a importância equivalente
a 3% (três por cento) de 01 (um) salário mínimo de referência por
dia de trabalho, a ser paga em espécie, tendo como base o Programa
de Alimentação do Trabalhador (P AT).
Indeferida. Sem amparo legal.
92
Indeferida.
Cláusula VIGÉSIMA PRIMEIRA: A FEEM-RJ fará ordens de servi-
ço, encaminhando aos Diretores de Unidades, chefes de Setores,
coordenadores, e tornando fazer ciência aos empregados que a saída
externa ou remoção de menores (internos) só poderá ser feita em
transporte da FEEM-RJ e acompanhada de um empregado.
Indeferida, por traduzir interferência no poder de comando da empre-
sa. Matéria não pertinente em Dissídio Coletivo.
Cláusula VIGÉSIMA SEGUNDA: A FEEM-RJ, em todas as unida-
des, passará a fazer uso das ordens de serviço interno por escrito,
tornando cientes os empregados e deixando fixado em lugar de fácil
visibilidade para leitura.
Indeferida, pelos mesmos motivos da cláusula anterior.
Cláusula VIGÉSIMA TERCEIRA: A FEEM-RJ firmará convênio
com creches que prestarão serviço de: guarda, assistência de saúde,
vigilância aos filhos dos empregados com faixa etária de O (zero)
a 04 (quatro) anos, objetivando a adoção do sistema de reembolso
previsto na Portaria n~ 3296 de 05 de setembro de 1986- Ministério
do Trabalho.
Prejudicada, matéria regulada em lei.
Cláusula VIGÉSIMA QUARTA: A FEEM-RJ criará ou manterá
convênio com Plano de Assistência Patronal que beneficiará os em-
pregados e dependentes.
Indeferida.
Cláusula VIGÉSIMA QUINTA: Horas Extras- Os empregados
da FEEM-RJ passarão a perceber 100% (cem por cento) de adicional,
quando ultrapassarem a sua jornada de trabalho.
Prejudicaiia.
Cláusula VIGÉSIMA SEXTA: Vigênçia por um ano, a partir de
30 de outubro de 1987 a 29 de outubro de 1988, ressalvados os
dispositivos do Decreto-Lei n·: 2.284/86.
94
Deferida.
ACORDAM os Juízes do 1? Grupo e Turmas do Tribunal Regio-
nal do Trabalho da 1~ Região, por unanimidade, julgar PROCE-
DENTE EM PARTE o presente Dissídio Coletivo, para estabelecer
as seguintes condições: Cláusula PRIMEIRA: A FEEM-RJ aplicará
100% (cem por cento) do !PC pleno (praticando justiça de ordem
econõmica) devido aos empregados durante todo o período inflacio-
nário que corrói os salários, valor estimado e in 50% (cinqüenta por
cento) real, DEFERIDA, por unanimidade, para conceder 100%
(cem por cento) do !PC sobre todas as faixas salariais, com as compen-
sações admitidas no item XII da Instrução Normativa n? 1 do Colendo
TST, observados os reajustes subseqüentes e mensais previstos no
artigo 8? do Decreto-Lei n? 2335/87; Cláusula SEGUNDA: (Produti-
vidade}, DEFERIDA, EM PARTE, por unanimidade, para CON-
CEDER 4% (quatro por cento) a título de PRODUTIVIDADE;
Cláusula TERCEIRA: Da diferença resultante da presente majo-
ração salarial, 10% (dez por cento) serão descontados dos benefi-
ciários e recolhidos ao Sindicato suscitante- SENALBA-RJ, nos
termos do art. 513, Letra e, da Consolidação das Leis do Trabalho.
Fica ressalvado aos empregados manifestar sua discordância até 10
(dez) dias após a publicação do presente dissídio no Diário Oficial,
DEFERIDA, por unanimidade; Cláusula QUARTA: (ABONO DE
FALTA EM DIA DE PROVA ESCOLAR)- Abono de falta do
empregado estudante, no dia da prova escolar, condicionado ao pré-
aviso do empregado à empresa com antecedência de 72 (setenta
e duas) horas, DEFERIDA, EM PARTE, por unanimidade: Cláu-
sula QUINTA: A entidade suscitada obriga-se a fornecer alimentação
a seus servidores, quando em atividades em regime de plantão ou
em jornada superior a 6 (seis) horas, DEFERIDA, por unanimidade;
Cláusula SEXTA: Os servidores e dependentes terão direito a todos
os serviços mantidos pela.entidade, tais como: Assistência Médica,
Odontológica, Psicológi<oa, Social e Jurídica, DEFERIDA, por una-
nimidade; Cláusula SETIMA: (GARANTIA DA GESTANTE)
DEFERIDA, EM PARTE, para conceder GARANTIA provisória
à empregada gestante, por 90 (noventà) dias, a paltir do término
do auxílio-maternidade; Cláusula O/TA VA: (VIGENCIA por UM
ANO, a partir de 30 de outubro de 1987 a 29 de outubro de 1988,
ressalvados os dispositivos no Decreto-Lei n? 2204/86), DEFERIDA.
por ,unanimidade. FORAM INDEFERIDAS AS SEGUINTES
CLAUSULAS: Cláusula 3: (REPOSIÇAO SALARIAL), por unani-
midade; Cláusula 4: (DAS CORREÇOES), por unanimidade; Cláu-
sula 5: (PRÊMIO DE ASSIDUIDADE), por unanimidade; Cláusula
12: (PERCENTUAL), por unanimidade; Cláusula 13: (AJUDA DE
ALIMENTAÇÃO), por unanimidade; Cláusula W (AVISO PRÉ-
95
VOTO:
VOTO:
RELATÓRIO:
VOTO:
VOTO:
RELATÓRIO:
VOTO:
É O RELATÓRIO.
VOTO:
VOTO:
VOTO: