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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – CONCEITOS INICIAIS


CONCEITO DE ESTADO
O estado é uma instituição de DIREITO PÚBLICO organizada:

 Política
 Social
 Juridicamente

O Estado também detém AUTONOMIA POLÍTICA, estendido à todas as unidades


federativas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) sendo todos estes de
DIREITO PÚBLICO. Razões pelas quais são chamadas de PESSOAS POLÍTICAS.

Temos então que, o estado é um ente PERSONALIZADO, ou seja, possuí


personalidade jurídica própria. Em resumo:

ESTADO É A JUNÇÃO INDISSOCIÁVEL DE POVO, TERRITÓRIO E


GOVERNO SOBERANO.

ESTADO DE DIREITO
O conceito de “Estado de Direito” preceitua que o estado que INSTITUI a lei,
TAMBÉM está atrelado a esta lei! Sendo assim, o estado de direito é composto de três
pilares:

 Tripartição dos Poderes

 Universalidade da Jurisdição

 Generalização do Princípio da Legalidade

EM UM ESTADO DE DIREITO PREVALECEM AS NORMAS JURÍDICAS


ABSTRATAS E GERAIS, E NÃO A VONTADE DO GOVERNANTE.

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FORMAS DE ESTADO
Um pequeno aprofundamento, uma vez que este assunto é mais condizente com a
disciplina de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Pode-se citar duas formas de estado, o
ESTADO UNITÁRIO e o ESTADO FEDERADO!
ESTADO UNITÁRIO:
Caracterizado por uma política centralizada, concentrando o poder em uma única
força política, sem a presença de governadores (por exemplo).

 Centralização Política
 Único poder político central
 Exemplo: Uruguai
ESTADO FEDERADO
Dentro dos limites constitucionais, a autonomia e as decisões políticas são
descentralizadas. Com a presença de outros entes federados que não sejam o próprio
poder central, em resumo:

 Descentralização Política
 Entidades Políticas AUTÔNOMAS (União, Estados, DF e Municípios)

Brasil adotou a FORMA FEDERATIVA DE ESTADO, sendo esta, inclusive,


Cláusula Pétrea! Por esse motivo existem leis FEDERAIS (de observância obrigatória
por todos os entes federados), Leis ESTADUAIS e leis MUNICIPAIS. Que devem ser
respeitadas entre si, desde que não exorbitem sua esfera de competência e atuação.

De suma importância é destacar que NÃO EXISTE HIERARQUIA entre as unidades


federadas, mas sim uma situação de COORDENAÇÃO e DISTRIBUIÇÃO constitucional
de competências.

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CONCEITO DE GOVERNO
Assunto também mais avesso ao assunto de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, valendo
como aprofundamento do conceito. O governo tem a função de exercer a direção
suprema e geral do Estado, determinando seus objetivos, estabelecendo suas
prioridades, e mantendo o estado soberano.

A função de governo está relacionada com a função POLÍTICA, de comando e


coordenação, definindo políticas públicas. Trata-se de Administração em sentido
AMPLO, não se confundindo com a Administração Pública em Sentido Estrito que se
relaciona as formas que o Estado possui para MERA EXECUÇÃO das decisões do
governo.

ESTADO X GOVERNO
O governo é elemento formador do estado e não se confunde com este. Governo é
a direção de um Estado, sendo:
 GOVERNO EM SENTIDO SUBJETIVO – Cúpula diretiva do Estado.
Formada pelas pessoas que comandam a atividade governamental e política

 GOVERNO EM SENTIDO OBJETIVO – Relaciona-se à atividade do estado


em sí.

SISTEMAS DE GOVERNO
PRESIDENCIALISTA
Neste sistema predomina a divisão dos poderes, o Presidente é o chefe do Poder
Executivo, e acumula as funções de CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO,
cumprindo um mandato fixo, que pode haver reeleição, ou não.

LEMBRE-SE - Nesse sistema o poder Legislativo NÃO pode ser


dissolvido pelo poder executivo.

ESSE SISTEMA É O ADOTADO PELO BRASIL!

PARLAMENTARISTA
Predomina uma colaboração entre o poder Executivo e Legislativo. Tendo o poder
Executivo dividido em duas frentes. Nesse caso o Chefe do Executivo não acumula as
funções de chefe de estado e chefe de governo. A Chefia de Estado é exercida pelo
Presidente ou pelo Monarca, enquanto a Chefia de Governo é exercida pelo Primeiro
Ministro ou por um Conselho de Ministros.

O Primeiro ministro é indicado pelo Presidente ou Monarca, mas sua


governabilidade depende da confiança do Parlamento. Nesse caso pode haver
dissolução do Parlamento.
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FORMAS DE GOVERNO
REPUBLICANA
A forma de governo REPUBLICANA é a adotada no Brasil. É marcada pelas
seguintes características:

 Eletividade – Eleições que podem ser Diretas ou Indiretas.

 Temporalidade do Exercício

 Representatividade Popular

 Responsabilidade do Governante.
MONARQUIA
Na Monarquia os conceitos são diferentes, são eles:

 Hereditariedade

 Vitaliciedade

 Inexistência de Representatividade Popular

 Governante não tem o dever de prestar contas (Irresponsabilidade)

IMPORTANTE - O Brasil adota a forma REPUBLICANA, mas, diferente


da forma de estado, essa NÃO É CLÁUSULA PÉTREA!!! Ou seja, pode ser
alterada.

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EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


A Administração Pública passou por momentos distintos durante a história,
podendo ser subdividida em:
 Administração Patrimonialista

 Administração Burocrática

 Administração Gerencial

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PATRIMONIALISTA


 Predominante Até 1930

 Extensão do poder do governante ou soberano, cargos públicos eram


prebendas ou sinecuras (presentes).

 Res Pública, não é diferenciada e separada da Res Privada, ou Res


Principis.

 Corrupção e Nepotismo Inerentes

 Ausência de carreiras administrativas

 Descaso pelo cidadão e pela sociedade

IMPORTANTE – Lamentavelmente, a Administração Patrimonialista


ainda não foi totalmente superada.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA


 Visa COMBATER o patrimonialismo

 Profissionalização, ideia de carreira.

 Impessoalidade, formalismo e mérito.

 Presente de 1930 a 1985(cronologia mais aceita)

 Também ainda muito presente na estrutura pública.

IMPORTANTE – Burocracia, não necessariamente é algo ruim, quando


foi idealizada era considerada a forma mais eficiente possível

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DISFUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA
 Internalização das regras

 Excesso formalismo e papelório

 Resistência às mudanças

 Categorização exagerada

 “Superconformidade”

 Sinais de autoridade

 Dificuldade de atendimento ao público

PERCEBA – As disfunções da Administração Burocrática que criam a


fama de “Burrocracia”.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL


 Presente formalmente após 1995 com o PDRAE (Plano Diretor de Reforma
do Aparelho do Estado).

 Focada em RESULTADO e não no PROCESSO

 Início de seus primeiros sinais na segunda metade do século XX

 Focada em combater a ineficiência da gestão pública.

 Busca-se a qualidade no serviço, rapidez, programas e políticas públicas


eficientes.

 Eficiência, Eficácia e Efetividade.

 Não negou a Administração Burocrática, se baseou nesta e seguiu e


flexibilizou alguns princípios.

 Descentralização Marcante.

 Confiança no lugar de desconfiança

 Empregou diversas ferramentas da iniciativa privada, MAS NÃO SE


CONFUNDE COM ESTA.

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MODELOS DE ESTADO
O ESTADO LIBERAL - LIBERALISMO
 Modelo adotado no mundo para combater o poder do soberano

 Liberdade, propriedade privada, livre concorrência e comércio, estado de


direito.

 Não interferência do estado – este poderia se auto-regular!

 Grande desenvolvimento comercial, porém, causou enorme desigualdade.

LEMBRE-SE – O Liberalismo, de forma geral, pressupõe nenhuma ou


mínima interferência do estado

ESTADO DO BEM-ESTAR SOCIAL (WELFARE STATE)


 Surge na década de 40 na Inglaterra, para combater a desigualdade
resultante do liberalismo.

 Modelo ASSISTENCIALISTA/INTERVENCIONISTA – Garantia dos Direitos


Sociais mínimos à população

 Forma de equilibrar Capitalismo e Democracia

 Com a Constituição Federal de 1988, os direitos de cidadania ampliaram-se


no Brasil

 TEORIA KEYNESIANA – Intervencionismo para controlar os Ciclos de


Depressão
CRISE DO WELFARE STATE
 Déficits fiscais/espiral inflacionária/crescimento da dívida externa

 Crise da legitimidade social

 Falta de Recursos do Governo

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ESTADO REGULADOR
 PRESENÇA DO ESTADO É FUNDAMENTAL (INDIRETA)

 FOMENTO E REGULAÇÃO

 PRIVATIZAÇÃO E REGULAÇÃO ANDAM JUNTAS

ATENÇÃO – Não existe forma “Correta”, cada situação pede uma


abordagem específica

FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


 FUNÇÃO ALOCATIVA - Promover ajustamentos na alocação dos recursos

 FUNÇÃO DISTRIBUTIVA - Promover ajustamentos na distribuição de renda

 FUNÇÃO ESTABILIZADORA - Manter a estabilidade econômica.

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EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL
Antes de tudo, é importante salientar que:
 A Administração Pública pode fazer APENAS o que a Lei Permite

 A Administração Privada pode fazer TUDO AQUILO que a lei NÃO PROÍBE

Sendo assim, o Empreendedorismo Governamental é uma das tentativas de


convergir boas práticas da Administração Privada, para a Administração Pública.

UMA ORGANIZAÇÃO EMPREENDEDORA É AQUELA QUE BUSCA


OPORTUNIDADES

O NÍVEL DE EMPREENDEDORISMO DE UMA ORGANIZAÇÃO É


DEPENDENTE DO NÍVEL DE EMPREENDEDORISMO DE SEUS
MEMBROS

ORGANIZAÇÃO TREINA E COLOCA OS INDIVÍDUOS EM POSIÇÃO


DE DETECTAR OPORTUNIDADES

ORGANIZAÇÃO EMPREENDEDORA SE ESFORÇA


CONSCIENTEMENTE PARA DIMINUIR CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS DE
FRACASSOS

GOVERNO EMPREENDEDOR FORMA PARCERIAS COM A


SOCIEDADE, O CIDADÃO É CONVIDADO A PARTICIPAR NA GESTÃO
PÚBLICA.

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