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GUIA DE ESTUDO

Estado e Administração Pública


UNIDADE II
Para início de conversa
Olá caro (a) aluno (a), estamos juntos agora na unidade II.

Na unidade anterior você aprendeu sobre os conceitos e definições de Estado, en-


tendendo desde sua concepção geográfica, política e econômica. Ainda abordamos
na primeira unidade vários aspectos do Estado Liberal, o Estado Social e o Estado
Democrático.

Caro aluno, é importante que você tenha entendido as definições de Estado e os três
paradigmas do Estado (Estado liberal, social e democrático). Eles são a base que funda-
mentam os temas a seguir. Certamente, seria complicado que a administração pública,
de forma geral, atingisse seus objetivos sem que haja uma clara definição dos papéis
do Estado.

Dada à importância da compreensão do Estado liberal, social e democrático, fiz questão


de gravar a vídeoaula reforçando este tema, que foi explicado também no Guia de Es-
tudo da unidade I.

Orientações da Disciplina
Lembre-se, que o objetivo da primeira unidade foi conceituar um assunto importante
em administração pública e preparar você para que possa assimilar os assuntos seguin-
tes. É importante que tudo tenha ficado completamente entendido.

Nesta unidade, você vai aprender sobre a administração pública, onde faremos ini-
cialmente uma abordagem sobre a administração pública no período pré-histórico. A
unidade avança estudando sobre os conceitos e definições da administração pública.
Por fim, estudaremos o planejamento estratégico na administração pública.

Dada à importância do planejamento estratégico na perspectiva pública, iremos tratar


deste assunto mais especificamente através da nossa vídeoaula da unidade II, que está
no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) porém, o vídeo só deverá ser assistido
quando for recomendado neste Guia de Estudo.

Então vamos começar!

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO PERÍODO PRÉ-HISTÓRICO.

??? Você sabia?

Você sabia que a administração pública existe desde os tempos das cavernas? Pois é, a existência de um
governo que fosse capaz de atender as necessidades da população já era percebida desde os primórdios.

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No período Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), o homem começou a aprender uma forma de organização
e cooperação social. Desta forma, era preciso que a organização, para sua melhor alimentação e segu-
rança, fosse bastante eficiente. Percebeu-se então, que nestas organizações a liderança era comandada
por aquele que detinha a força física, surgindo então os primeiros grupos formados por descendentes de
ancestrais comuns. Naquela época a vida era nômade, ou seja, eles buscavam alimentação em locais
diferentes quando o local onde eles habitavam tinham sua fonte de alimentação esgotada.

Já no Período Neolítico (Idade da Pedra Polida), o homem passou a agir diretamente em relação ao meio
ambiente, se organizando para cultivar a terra, realizando plantações e também passou a domesticar
alguns animais e fornecer a alimentação deles, ou seja, a vida deixou de ser sedentária passando a ser
uma das maiores transformações do homem na história. No período neolítico não era muito claro a dis-
tinção entre os membros do grupo, pois, todos trabalhavam e a alimentação era consumida igualmente
por todos.

A grande diferença estava apenas na divisão sexual do trabalho naquelas tarefas desempenhadas pelas
mulheres e pelos homens. Neste período, as ferramentas de trabalho entre os homens eram comum. Dada
a necessidade de um controle muito grande da agricultura e pecuária, fez com que surgisse naturalmente
a divisão do trabalho e a especialização de funções.

Por fim, no Período dos Metais (Idade dos Metais), surge a civilização que é entendida pelo estabeleci-
mento dos homens em áreas que sejam continuamente habitadas e, além disso, cultivadas, com cons-
truções, regras, etc. Assim, começaram a surgir as primeiras grandes cidades com populações não muito
extensas. A partir daí, surge também as primeiras propriedades privadas e aqueles que as possuíam se
tornariam ricos e, os que não possuíam iriam depender dos ricos e seriam explorados.

Observe que a administração pública na pré-história era exercida por todos, desde a organização até o
controle sobre as alimentação e segurança. Este tipo de administração pública deu espaço para o surgi-
mento das classes sociais e do nascimento do Estado.

Acesse o Ambiente Virtual


Para saber mais sobre este assunto, leia as páginas 33 a 35 do seu livro texto. Após a
leitura, retorne a este Guia de Estudo.

Agora que já estudamos que administração pública existe desde a pré-história, vamos
conceituá-la e defini-la com enfoque nos dias atuais. Vamos em frente!

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES


De forma bastante objetiva, quero que você entenda o conceito de administração pública. Administração
pública é a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob o regime de Direito Público, de tal
forma que atenda de modo direto e imediato, as necessidades de uma sociedade coletividade. De modo
geral, é todo o aparelhamento do Estado necessário para a prestação dos serviços públicos, para a gestão
dos bens públicos e dos interesses da comunidade.

A Administração Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, podendo ser direta
e indireta ou fundacional, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, eficiência, moralidade
e publicidade.

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Visite a Página
Para saber mais detalhadamente sobre os princípios da administração púbica, reco-
mendo que interrompa neste momento a leitura deste Guia de Estudo e acesse o se-
guinte link. Após a leitura, retorne a este Guia de Estudo.

Compete à administração pública (através dos órgãos e seus agentes - públicos) pra-
ticar atos tão somente de execução (atos administrativos). E ainda, exercer atividade
vinculada às leis e não à política, tendo uma condita hierarquizada onde se tem uma es-
cala dos poderes administrativos do mais alto escalão até a mais humilde das funções.

Ainda é competência de a administração pública praticar atos com responsabilidade


técnica e legal, servindo sempre ao Estado e com competência limitada, ou seja, o po-
der de decisão e de comando de cada área da Administração Pública é delimitado pela
área de atuação de cada órgão.

Acesse o Ambiente Virtual


Para aprofundar mais neste assunto e seguirmos adiante, peço que leia neste seu livro
texto da página 36 a 41. Lá você encontrará outras abordagens acerca da administração
pública.

E a responsabilidade do governo, você sabe quais são?

É o que vamos estudar a partir de agora!

Preparado?

RESPONSABILIDADES DO ESTADO: AÇÕES E PROPOSTAS


Preste atenção, ao tratarmos da responsabilidade do governo, ou seja, da entidade pública sobre ações
que envolvem a sociedade, estamos tratando direta ou indiretamente de políticas públicas.

Constantemente, você pode se perguntar: quais as reais responsabilidades do governo em todas as suas
esferas? O que temos por direito de cobrar? Vamos conversar um pouco sobre isso e espero que nosso
estudo sirva de elemento de reflexão para você.

Políticas públicas são atividades do governo que influenciam diretamente a vida dos cidadãos. De forma
generalizada, a política pública é a escolha do que o governo deseja fazer.

Vargas Velasques define políticas públicas como:

“Conjunto de sucessivas iniciativas, decisões e ações do regime político frente a situações socialmente
problemáticas e que buscam a resolução das mesmas, ou pelo menos trazê-las a níveis manejáveis”.

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Acesse o Ambiente Virtual
Pra saber mais sobre políticas públicas, recomendo a leitura de um artigo bem funda-
mentado que está na sua Biblioteca Virtual da Person. Lembre-se, que um profissional
que busca o amplo saber é um profissional que está investindo no seu capital humano
e, portanto, tem vantagem no mercado de trabalho.

Para ler o artigo, pare a leitura deste Guia de Estudo neste momento, vá até a Biblio-
teca Virtual da Pearson e busque pelo livro com o título: “Políticas públicas: definições,
interlocuções e experiências”. Você deve ler o primeiro artigo que vai da página 10 até
a página 27. Após a leitura do artigo indicado, retorne a leitura deste Guia de Estudo.

Palavras do Professor
Caro estudante, agora que você já leu o artigo, observe que de uma forma geral as po-
líticas públicas visam atender as demandas da sociedade, fundamentalmente aqueles
atores sociais menos favorecidos. As demandas sociais são observadas e analisadas
por aqueles que ocupam os poderes públicos, mas fundamentalmente influenciada pe-
los movimentos sociais e suas reivindicações, que pressionam naturalmente ação do
poder público.

Essas políticas objetivam ampliar e defender os direitos de cidadania, promover o de-


senvolvimento e criar alternativas como, por exemplo, geração de emprego e renda. As
políticas públicas também têm o papel de regular os conflitos sociais existentes entre
os indivíduos em uma sociedade, pois os seus interesses são contraditórios.

Dica

Precisamos entender também, que existem modalidades distintas de políticas públicas dependendo da
ótica que desejamos a observar. Quanto a sua intervenção, a política pública ela pode ser estrutural,
quando ela tenta interferir na estrutura de uma sociedade como, por exemplo, renda, emprego, etc. ou
ela pode ser conjuntural, onde ela tem por objetivo, atenuar o problema e tratá-lo temporariamente e
imediatamente.

Se formos observar a modalidade de política pública quanto aos seus possíveis benefícios, podemos per-
ceber que a política pública tanto pode ser universal, quando ela atende a todos os cidadãos, quanto pode
ser segmentada, quando ela é feita só para um grupo da população - caracterizado por algo determinante
– como, por exemplo, a idade; ou ainda pode ser fragmentada, quando ela atende a um subgrupo dentro
de um seguimento.

Por fim, quando observamos a modalidade de política pública quanto aos impactos que podem causar
nas relações sociais, percebemos que ela pode ser distributiva, quando ela objetiva distribuir individual-
mente os benefícios e, dada sua forma individualista de promover a política, muitas vezes é tratada por
ser uma política clientelista. Ela pode ser redistributiva, quando ela objetiva redistribuir os recursos entre

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os grupos sociais distintos na tentativa de igualar esses grupos, ou seja, retirar recurso de um grupo e
beneficiar outro.

No final de tudo a política pode ser regulatória, quando ela tem por objetivo definir ações que regulam
o comportamento da sociedade para que seus interesses sejam amplamente atendidos, porém, essas
políticas não buscam benefícios para os grupos de forma imediata.

Devemos ficar atentos pois, a responsabilidade governamental pode se dar tanto no âmbito federal, esta-
dual e municipal. Essa descentralização do poder é interessante, pois ele visa o atendimento às diferentes
questões e setores da sociedade civil. Essas políticas públicas podem ser desenvolvidas pelo governo de
forma isolada ou em parceria com outras instituições, que pode ser outra instituição governamental, como
também, instituições da iniciativa privada, algo muito comum de vermos nos dias atuais.

Agora que já estudamos sobre a administração pública e políticas públicas, vamos direcionar o estudo
para a forma com que a gestão pública hoje tem articulado suas metas e objetivos: o planejamento es-
tratégico.

Muito utilizado pelas empresas privadas, o planejamento estratégico tem se tornado uma excelente fer-
ramenta de gestão nos espaços públicos. Vamos entender um pouco melhor sobre o planejamento estra-
tégico.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA PERSPECTIVA PÚBLICA.


Para que possamos entender o planejamento estratégico, iniciaremos apresentando alguns conceitos
sobre planejamento e estratégia. Estes conceitos são importantes para que mais na frente possamos
entender melhor o conceito de planejamento estratégico e seus principais objetivos.

Vamos estudar nesta unidade, o conceito de planejamento estratégico de forma bastante ampla, podendo
ser aplicada em todas as esferas da administração pública. A minha ideia é que, após você entender o
que é um planejamento estratégico, você possa elaborar um planejamento estratégico prático, utilizando
todos os passos de um planejamento.

Conceitos e importância do planejamento estratégico

Leitura complementar
Caro aluno, para entendermos a definição de planejamento, pare a leitura deste Guia
de Estudo e leia as páginas 10 e 11 – Planejamento: Conceito e Evolução – da disser-
tação de Mestrado de Ana Cláudia Fernandes Terence, que está disponível no link.
Sua leitura deve ser focada apenas no conceito de planejamento. Após a leitura das
páginas indicadas, retorne a leitura deste Guia de Estudo.

Agora que você já leu a definição de planejamento e os benefícios que ele traz para as
organizações, você já começa a entender o quão importante é planejar. No nosso dia a
dia efetuamos planejamento e muitas vezes nem nos damos conta disso.

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Palavras do Professor

Me responda, quem nunca planejou uma viagem? Quem nunca planejou juntar um dinheirinho para com-
prar algo? Ou uma festa surpresa para um amigo ou alguém da família? Certamente, você já planejou
alguma coisa neste sentido. A grande questão é: porque nós planejamos? E a resposta é relativamente
óbvia: para que tudo dê certo!

Em uma instituição pública isto também não deve ser diferente. O planejamento é fundamental para que
tudo dê certo. O serviço prestado à sociedade deve ter qualidade, os objetivos devem ser atendidos e os
servidores devem estar satisfeitos.

Para que o Governo amplie a possibilidade de tudo isso dá certo, com certeza ela deve realizar um bom
planejamento. Isto se aplica ao Governo e a você. Vamos fazer uma breve reflexão.

O que você pretender ser profissionalmente, mais um profissional no mercado ou um dos melhores pro-
fissionais do mercado? O que você acha que precisa fazer pra alcançar o que pretende? Como você fará
isso? Certamente, ao ler estas questões você já deve estar respondendo mentalmente! É natural! De
forma inconsciente você está planejando. Agora imagine se você faz isso de forma técnica e organizada.
Com certeza, as possibilidades de você “chegar lá” na sua vida profissionalmente irão aumentar significa-
tivamente. Viu como é importante o planejamento?

Então, agora que já estudamos o conceito de planejamento vamos tentar entender melhor o que é estra-
tégia. Isto faz-se necessário para que a gente possa entender mais adiante de que se trata um “planeja-
mento estratégico”, pois ele se diferencia de outros tipos de planejamento, como o tático e operacional.
Você não precisa se preocupar neste momento com estes três tipos de planejamento, pois iremos estudar
focar apenas no planejamento estratégico.

Palavras do Professor
Vamos entender o conceito de “estratégia” e focar o estudo deste momento no plane-
jamento estratégico. Vamos lá!

Você já deve ter se deparado inúmeras vezes com o termo “estratégia” na sua vida.
Jogos de estratégia, estratégia política, estratégia militar, etc., mas afinal, o que é
estratégia?

Você já viu anteriormente a importância do planejamento. Vamos supor que você pla-
nejou, após concluir este curso, fazer outro curso de especialização. Tudo bem, você
já tem seu objetivo bem definido. Analisou as possibilidades, verificou as condições
atuais, fez algumas previsões sobre o futuro e definiu o que quer. Até aí tudo bem, a
pergunta agora é COMO você irá atingir seu objetivo?

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Guarde essa ideia!
O que eu quero que você entenda neste momento é que a estratégia é o método que
será utilizado para você atingir seu objetivo de fazer a especialização. Observe que
você deverá considerar vários fatores: condições financeiras, tempo, família, etc. Isso
tudo tem que ser pensando cuidadosamente, pois você deve aproveitar ao máximo os
recursos e evitar os fatores negativos que possam surgir. Isto é pensar estrategica-
mente.

Para os entes públicos, estratégia tem o mesmo significado. O governo utiliza a es-
tratégia para alcançar seus objetivos planejados, para que os alcancem com sucesso.
Você deve observar que “planejamento” e “estratégia” são quase inseparáveis. Tanto
é importante planejar aonde quer chegar, as metas e os objetivos a ser alcançados,
quanto é importante encontrar os melhores métodos e quais os meios para alcançá-los:
planejamento estratégico.

Veja o vídeo!

Ainda sobre planejamento estratégico, que tal assistir neste momento ao vídeo que está no link. O vídeo
é uma analogia bem interessante feita entre a história dos três porquinhos e a administração estratégica.
De forma bem didática você irá entender a importância de se administrar estrategicamente. O vídeo tem
duração de 2 minutos e 6 segundos. Após assistir ao vídeo retorne a este Guia de Estudo. Você vai gostar.

Já conceituamos “planejamento”, “estratégia” e agora abordar mais profundamente o que é planejamen-


to estratégico - ratificando o que já vimos acima - sua importância e seus objetivos. Vamos lá!

O planejamento estratégico normalmente é realizado pelo alto nível hierárquico de uma organização, com
o objetivo de fornecer uma base metodológica que indique o melhor caminho para alcançar os objetivos.
Para tanto, são considerados os fatores internos e externos para definir os objetivos, os caminhos para
alcançá-los e o enfoque nos resultados.

Ele é muito maior do que um plano. Vai além de simplesmente pensar em um objetivo e alcançá-lo. É
preciso desenvolver, inovar, aperfeiçoar, etc.

Com isso, fará com que o governo chegue aos seus objetivos da melhor forma possível e é um modelo
capaz de solucionar os problemas que possam surgir durante o caminho. Ou seja, o planejamento es-
tratégico vai além de um simples planejamento e é elaborado em longo prazo.

Mas na perspectiva pública, quais os objetivos que um planejamento estratégico deve focar?

Algumas características devem ser observadas, por exemplo, ser um objetivo desafiador, mas possível de
alcançar, são elementos que o planejamento estratégico público deve focar.

Dada a relevância deste tema, nós iremos abordar o planejamento estratégico na perspectiva pública
na nossa vídeoaula desta unidade. Interrompa neste momento a leitura deste Guia de Estudo, vá até o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e assista a vídeoaula da unidade II. Após assistir ao vídeo, retorne a

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este Guia de Estudo.

Agora que você já estudou o que é um planejamento estratégico, sua importância e seus objetivos para
uma organização pública, vamos aprender qual a metodologia usada para fazer com que o planejamento
funcione. Observe que não vamos aprender a fazer um planejamento estratégico. Neste momento, irei en-
sinar as bases metodológicas para que você comece a entender como é possível colocar o planejamento
estratégico em ação.

Bases metodológicas? Mas o que é um método?

Vamos entender sucintamente sobre isso antes de continuarmos o nosso assunto.

Método, de forma sucinta, é a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição ou explicação de


algo.

Assim, o que veremos aqui são os elementos que são essenciais para o planejamento estratégico. Por
exemplo, o primeiro elemento (chamaremos mais adiante de “fase”) que faz parte da metodologia do pla-
nejamento estratégico é “obter todas as informações que se referem à organização pública”. Sem estas
informações, fazer um planejamento estratégico de sucesso é praticamente impossível.

Agora que você já viu o que iremos estudar daqui para frente, vamos nos aprofundar mais neste assunto.

Caro (a) aluno (a), veja que o planejamento estratégico é um dos componentes responsáveis pelo modelo
de desenvolvimento da administração pública, o que só reforça sua importância. É no planejamento estra-
tégico que se irá analisar a estratégia, irá fazer a formulação desta e sua implementação.

Observe que, na administração pública, não adianta fazer um bom planejamento estratégico e não realizar
um controle estratégico com competência. A palavra para uma boa administração é equilíbrio. Todos os
elementos do planejamento estratégico devem ter a mesma atenção e importância. Os entes públicos que
assim o fazem, obtém melhores resultados em relação aos outros que não fazem e pode ter o reconheci-
mento da sociedade.

Vamos focar no planejamento estratégico. Vamos estudar a partir de agora a metodologia básica para
formular um plano estratégico. Esta metodologia será dividida em quatro fases distintas. Vamos estudar
cada uma delas.

A metodologia do planejamento estratégico

Imagine que você tenha sido contratado para auxiliar um secretário de governo para desenvolver o plane-
jamento estratégico da secretaria. Mesmo com tudo que foi aprendido até agora você deve se perguntar:
como começar?

Neste momento, tente fazer uma breve reflexão. Lembre-se que há objetivos que você deve ajudara a
traçar e, fundamentalmente, os meios. Mas para isso você deve saber sobre a secretaria na qual você vai
trabalhar, o campo que ela atua, quais seus objetivos, como ela deseja caminhar até o objetivo e como
controlar os processos. De forma sucinta estas são as quatro fases da metodologia do planejamento
estratégico, muito implementada nas iniciativas privadas e que agora vão sendo utilizadas nas gestões
públicas. Vamos estudá-las!

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FASE 1: Diagnóstico estratégico

Esta é a fase inicial para elaboração de um planejamento estratégico. Nesta fase devem ser colhidas
todas as informações sobre a estrutura pública. Você deve atuar junto com os servidores que tenham
competência para fornecer o real cenário da organização. Não ser fiel a realidade neste momento pode
comprometer todo o processo.

Esta análise deve incluir os fatores internos e externos. Uma ferramenta muito utilizada para esta análise
é a Análise SWOT. Uma vez analisada toda a situação do órgão público, vamos para próxima fase da
metodologia de elaboração de um planejamento estratégico. Vamos estudar agora a missão do órgão
público.

FASE 2: Missão do órgão público

É muito comum em alguns órgãos que já implementam o planejamento estratégico confundirem missão e
visão. Em síntese, a missão define os serviços prestados pelos órgãos, a tecnologia, refletindo os valores
e as prioridades. O foco da missão deve ser a razão de ser o órgão público.

Já a visão está focada no futuro. É o que se pretende alcançar dentro de certo horizonte de tempo. O que
você deve focar neste momento é na missão. Assim, você será capaz de entender onde focar os recursos
e concentrar mais as atenções.

Leitura complementar

Recomendo que você leia o artigo intitulado “Missão e visão organizacional: orientações para a sua con-
cepção”, do autor Marcelo Antoniazzi Porto. O artigo está no link: http://www.abepro.org.br/biblioteca/
enegep1997_t4105.pdf, e de forma bastante sucinta explica o que é a missão e a visão.

Lembre-se, que um órgão público normalmente possui vários objetivos e é preciso focar em alguns deles
para que seja feito um planejamento de sucesso. Vimos que algumas características e alguns temas que
os objetivos possuem auxiliam na escolha dos objetivos, mas não esqueçam que você não pode perder o
foco da missão.

Após estas duas fases você já deve estar com uma questão bem definida: onde quero chegar? Você já
conhece o órgão, já sabe os objetivos que você deseja atingir e já conhece a razão de existir. A questão
agora é: como chegarei aos meus objetivos.

Esta próxima fase é dividida em dois elementos: instrumento prescritivo e instrumento quantitativo. Va-
mos entender as duas. Ela nos vai guiar para entendermos como chegaremos a nossos objetivos.

FASE 3: Instrumento prescritivo e quantitativo

Enquanto o instrumento prescritivo vai detalhar como alcançaremos o nosso objetivo, deixando de forma
bastante evidente o que deve ser feito para alcançá-los, o instrumento quantitativo irá definir a quanti-
dade de ações que serão desenvolvidas, destacando as mais importantes e determinando os recursos
financeiros que serão envolvidos para atingir o objetivo.

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O instrumento prescritivo é formado três etapas bem definidas: estabelecimentos de objetivos, desafios e
metas; estabelecimentos de estratégias e políticas funcionais; e estabelecimentos dos projetos e planos
de ação.

FASE 4: Controle e avaliação

Agora que você já estudou as três primeiras fases da metodologia para elaboração de um planejamento
estratégico, vamos estudar a quarta fase. Esta é a última etapa! Uma vez que tudo foi devidamente
definido: ações, metas, objetivos, etc. É a hora de acompanhar se tudo está sendo executado conforme
planejado.

No planejamento estratégico sempre deve estar clara a forma com que o que foi planejado será acom-
panhado. Sem controle, não é possível saber se a organização está no caminho certo. Embora esta seja
a “última fase”, o planejamento não se acaba aqui. Uma vez identificada falhas na execução é preciso
recomeçar. Ou seja, o controle a avaliação faz parte de todo o processo de planejamento estratégico até
que os objetivos sejam alcançados.

Você já deve ter de forma bastante clara a importância do planejamento estratégico nas estruturas públi-
cas. É importante que você tenha o entendimento do quão fundamental é ter o conhecimento profissional
sobre este tema, e sua aplicabilidade para a sua área de atuação, pois se você detiver esse conhecimento,
certamente será um profissional muito mais preparado para o mercado.

Palavras do Professor

Estamos chegando ao final de mais unidade. Nesta unidade II, fizemos uma abordagem inicial sobre a
administração pública no período pré-histórico, onde você pode ler que o homem esteve submetido à
administração pública desde a época das cavernas. Avançamos conceituando e definido a administração
pública e, a partir daí, entendemos do que se trata “planejamento” e “estratégia”. O estudo avançou
tratando das quatro fases da metodologia para implantação do planejamento estratégico.

Os temas tratados mais uma vez são de extrema importância para sua formação profissional. Há de se
perceber que a administração pública, deve ser ampla e atender a diferentes contextos. Este é um dos
grandes desafios.

Dada a importância do tema sobre o planejamento estratégico, vimos através da nossa vídeoaula, que
você assistiu no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) um pouco mais profundamente sobre este tema.

Palavras do Professor

Espero que você tenha fixado todo o conteúdo abordado, e que a partir da próxima unidade possamos
aprofundar ainda mais no nosso estudo. Trataremos na unidade III acerca das teorias da administração
pública, a crise e o estado, em uma tentativa de entender mais fortemente sobre essa relação, estudare-
mos ainda sobre a crise e a regulação e, por fim, o plano diretor da reforma do aparelhamento do estado.

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Caso algum assunto tenha deixado você com dúvidas, é importante que você releia e tente esclarecer
o que não ficou bem entendido. Se algo ainda deixa dúvidas, passe todas elas para o seu tutor, iremos
esclarecer imediatamente! Encerramos neste momento todo o conteúdo da unidade II. É importante que
você tenha compreendido todo o assunto. Na unidade III, aprofundaremos ainda mais no nosso estudo e
concluiremos todo o assunto proposto para a nossa disciplina.

Caso tenha alguma dúvida, você deve entrar em contato com o tutor para que as esclareça. Encontramo-
nos em breve na próxima unidade. Até lá!

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