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novo conhecimento daquilo que ouviram, viram e receberam, enquanto chamados
chegaram de várias partes.
Para apressar seu deslocamento ao sudeste do país, a família Monzilo, residente em
Itápolis, mandou-lhe certa importância. O pastor João Augusto conversou, então, com os
irmãos, orientou-os sobre como fazerem daí por diante, uma vez que a necessidade de se
atender ao chamado do sudeste, que se tornava um clamor, era urgente, e, quanto a isso,
houve compreensão por parte dos irmãos nordestinos.
A 12 de outubro de 1933, o pastor João Augusto se despediu dos irmãos em
Pernambuco, de sua esposa e de seus quatro filhos e seguiu viagem, com destino ao estado
de São Paulo. A viagem prolongou-se por oito dias, em virtude de se ter demorado no Rio
de Janeiro, mas, às 9h da manhã do dia 20, ele desembarcou do navio Itaimbé, no porto de
Santos, onde já o aguardava o irmão Manuel Caboclo. Depois dos cumprimentos, ambos
embarcaram num trem, com destino a Itariri, onde foi recebido com muita alegria, pelos
familiares do irmão Caboclo, que foi, também, mais tarde, batizado no Espírito Santo, a 9
de dezembro daquele ano.
O TRABALHO NO SUDESTE DO PAÍS EM ITARIRI
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O pastor João Augusto passou dez dias em Itariri, onde deixou alicerçada a
mensagem por ele agora defendida. Outros lugares o aguardavam ansiosos e ele para lá se
dirigiu.
A IGREJA EM ITÁPOLIS
No dia 31 de outubro de 1933, o pastor João Augusto seguiu para Itápolis, passando
pela cidade de São Paulo. Em Itápolis, João Augusto conhecia o irmão Manoel Jurema e o
pastor João Cavalcanti Netto, responsável pelo trabalho local.
É interessante notar a coincidência de números, em diferentes instantes, para a
decida miraculosa do Espírito Santo: no Cenáculo, para os cento e vinte, Ele veio cinqüenta
dias após a ressurreição de Jesus; para esse novo grupo de fiéis seguidores de Jesus Cristo,
o fato se deu cinquenta dias após o desembarque do pastor João Augusto, no porto de
Santo, a vinte de outubro de 1933 .
A primeira reunião promovida pelo pastor João Augusto, em Itápoles, foi num salão
Adventista do Sétimo Dia. A segunda realizo-se num salão da Igreja Presbiteriana,
bondosamente cedida pelo seu diretor.
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Ao usar da palavra, o pastor Cavalcanti colocou sobre a mesa diversos livros da
senhora Helem White e começou a mostrar, com ênfase, os bens e valores que sua igreja
possuía, dizendo que tudo aquilo era obra e fruto do Espírito Santo. Todos olharam,
piedosamente para a pastor João Augusto pensando certamente, em sua derrota.
VILA SALES
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Adventista de Corredeira, o qual aceitou no seu todo a doutrina cristã, pregada pelos
Adventistas da Promessa.
Da cidade de Vila Mendonça, a mensagem partiu para o estado do Paraná, com a
mudança dos irmãos Juvercino Amâncio e Maria Tereza, para Rolândia, no estado do
Paraná.
CHEGADA A MARÍLIA
Minha quarta jornada tem seqüência para Marília. Como já mencionei, minha ida a
Marília visava, exclusivamente, visitar o irmão José Tavares, meu concunhado, e
pernambucanos, velhos conhecidos, pois meu desejo, uma vez que já me tinha desobrigado
do dever e estava começado, era voltar para Pernambuco. Fiz ciência disso ao irmão
Caetano de Lima, que me guiou até Marília. Pretendia passar ali somente quatro dias, ao
término dos quais voltaria a Recife, vai Vila Sales, Itápolis, S. Caetano do Sul, Itariri e Rio,
de onde pretendia tomar o navio.
Partindo de Vila Sales, chegamos a Marília no dia 4 de fevereiro de 1934. Era a
primeira vez em que viajava na estrada de ferro da Cia. Paulista. Cheguei à casa da irmã
Alexandrina de Carvalho, e já sabia que o pastor Ennis Moore havia posto de sobreaviso os
irmãos Adventista do grupo de Marília, quanto à minha maneira de crer.
O irmão Caetano de Lima levou-me a casa da irmã Alexandrina, onde deveria
deixar a mala a seguir ao sítio Barroção, nove quilômetros de Marília, á casa do irmão José
Tavares. Suponha eu que seríamos friamente recebidos, mas o afago com a família
Carvalho foi surpreendente, pois ela não consentiu que depois de tão longa jornada, desde
Vila Sales, tivéssemos ainda de andar a pé aquela distância, o que seria possível na manhã
seguinte.
No dia 5 de fevereiro, o irmão Amaro Tavares me conduziu á casa do irmão, pois o
irmão Caetano de Lima tinha negócios a realizar em Marília. Não obstante eu conhecer os
quanto era amável o casal de parentes, suponha que seria recebido com a devida cautela.
Como na casa da irmã Alexandrina, tive, também, idêntico bom acolhimento.
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Como possivelmente não houvesse motivo para ainda nos vermos, chamei o irmão
Tavares e disse-lhe: “tenho um recado a dar-lhe. Sentir-me-ia infeliz se me ausentasse sem
que dele você fosse sabedor”. Tomei a bíblia e ministrei-lhe, demorada e
convenientemente, o estudo do batismo no Espírito Santo. Anexei a experiência de pessoas
do seu conhecimento, que já haviam recebido essa bênção, tanto em Pernambuco como em
Itápolis e Itariri.
Quedaram-se taciturnos os irmãos Tavares, e, logo após, o irmão José disse: “A
doutrina, tal como nos foi agora ministrada, é certa, mas ela deveria vir por dentro da igreja,
e você está pregando por fora”. “Aparentemente sim”, respondi-lhe. “Entretanto, vejamos:
uma coisa, irmão Tavares, é estar fora da organização e compreender essa forma de vida e
suas finalidades, e outra, bem diferente, é estar dentro da organização, isso é, desta forma
de vida, sem conhecer suas finalidades.