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BIOSSEGURANÇA

DEFINIÇÕES

Rodrigo P. de Carvalho
Docente Pós-Graduação UFRJ
Docente Pós-Graduação Faculdade Souza Marques
E-mail: rpdc.rpdc@gmail.com

18/08/2020
DEFINIÇÕES
Biossegurança

Conjunto de normas e procedimentos considerados seguros e


adequados à manutenção da saúde em atividades de risco de
aquisição de doenças profissionais. (Hoefel & Schneider, 1997)

É o conjunto de ações voltadas para: prevenção, minimização ou


eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços, as quais possam comprometer:
a saúde do Homem, dos animais,
das plantas, do ambiente ou
a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
fonte: Comissão de Biossegurança – FIOCRUZ (Texeira & Valle, 1996)

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


BIOSSEGURANÇA PRATICADA

Apoiada na Lei de segurança


e saúde ocupacional n° 6514/1977

BIOSSEGURANÇA LEGAL Normas Regulamentadoras

Lei 11.105 de 24 de março de 2005 MTE – NRs - Portaria nº 3214/1978

Organismos geneticamente NR-32 – Segurança e saúde no trabalho em


modificados (OGMs) serviços de saúde

Células-tronco embrionárias X ABNT – NBRs

Manipulação de DNA Apoiada em Resoluções

Anvisa – RDCs ex. RDC 222 – Resíduos,


RDC 302 - Laboratórios

CNEN – NE – 6.05 – Gerência de rejeitos em


instalações radioativas

INEA – Legislações e normas ambientais


(FEEMA)
CONAMA – Resoluções ambientais

MS – Lei orgânica de saúde 8080/1990(SUS)


Prof. Rodrigo P. de Carvalho
Significado da palavra Biossegurança

Bio - Vida

Segurança
se refere à qualidade de ser seguro

Dicionarizada na edição de 1999 do Dicionário Aurélio

“Segurança da Vida’’

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


Que símbolo é este ?

Risco Biológico ou Agente de risco biológico

Foi criado visando uma padronização na identificação


de agentes biológicos de risco.

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


Risco Biológico - NR 32
NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
Portaria MTE n.º 485, de 11 de Novembro de 2005 (DOU de 16/11/05 – Seção 1)

32.1 Do objetivo e campo de aplicação


32.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR tem por
finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança
e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde,
bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral.
Prof. Rodrigo P. de Carvalho
Risco Biológico - NR 32

32.1.2 Para fins de aplicação desta NR,


entende-se por estabelecimentos de
assistência à saúde, qualquer edificação
destinada a prestação de assistência à
saúde da população, em qualquer nível de
complexidade, em regime de internação
ou não.

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


PERIGO X RISCO

Perigo
É a fonte, não varia, é estático.

Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para


causar danos às pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à
combinação desses.

Quanto maior é a exposição ao perigo, o risco sempre aumenta.

Risco
O risco é dinâmico, variável, móvel.
Prof. Rodrigo P. de Carvalho

Probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço e no


tempo, que causa dano à saúde, às unidades operacionais, ou
dano econômico/financeiro.

Não existe risco zero, mas a possibilidade de minimizá-lo ou


alterá-lo para níveis considerados aceitáveis e seguros.
ACIDENTE

Concretização de um risco.

Todo acidente tem sempre várias causas.

INTERPRETAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA

A biossegurança não busca um culpado e sim


FALHAS DE PROCESSOS

que em conjunto levaram ao


ACIDENTE.

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


PRINCIPAIS TIPOS DE INDIVÍDUOS
EXISTEM TRÊS

Indivíduo Mecânico

Nunca quer mudar o modo de pensar e de agir.


“eu sou assim e ninguém vai me mudar”
indivíduo do
“reino mineral”
“Pedra no sapato”

Indivíduo Re-ativo
Reage mas não muda nada,
só reclama mas não procura um outro caminho.
“Ladra mas não morde”
Prof. Rodrigo P. de Carvalho
PRINCIPAIS TIPOS DE INDIVÍDUOS
Indivíduo Pró-ativo
Faz a diferença,
procura soluções,
utiliza o bom senso,
trabalha em equipe,
apresenta boa vontade e
com isso é capaz de mudar o ambiente em que está
inserido e torná-lo mais seguro.
CUIDADO !!!
Este indivíduo deve saber o que faz,
ser monitorado,
ser treinado,
se você for um deles não se deixe explorar.
Prof. Rodrigo P. de Carvalho
ABORDAGEM
O sucesso das ações de Biossegurança e Qualidade
depende do tipo de abordagem aplicada

TIPOS DE ABORDAGEM
CORRETA INCORRETA
Segura Insegura

Educativa Desconhecimento

Propositora Impositora

Aproximadora Segregadora

Motivadora Ditadora

Líder Chefe

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


Fato x Versão
Fato
Incidente e/ou acidente

O acidente é um fato ocorrido.

Deve-se registrar este fato em local determinado.

Versão
É o relato dos fatos, levando cada vez distante o fato real.

Ex: rádio corredor, rádio tamanco e a


rádio fofoca FM – sempre ligada em você!!!
E a maneira tecnológica mais atual:

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


Ansiedade e Medo
Ansiedade e medo andam juntos
É muito importante controlar a ansiedade e o medo

ANSIEDADE
A ANSIEDADE ANTECEDE O MEDO
A ansiedade poderá ser positiva sem medo
Situação desconhecida ou pouco conhecida
Ex:a chegada de alguém

MEDO
O MEDO É APRENDIDO.
O medo ocorre diante de uma situação ou objetos definidos
Situação conhecida, é o que se conhece que faz sentir medo
Ex:medo de elevador, de cachorro, de cobra, de agulha etc...

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


IMPRUDÊNCIA

Ocorre quando se deixa de respeitar qualquer norma, procedimento


ou técnica que lhe ofereça segurança.

É a atitude precipitada do agente, que age com afoiteza, sem


cautelas, não usando de seus poderes inibidores, criação
desnecessária de um perigo. Veja art. 18, II do Código Penal.

NEGLIGÊNCIA

Ocorre quando se age com desleixo, podendo prejudicar o


próprio bem estar.

É a inércia psíquica, a indiferença do agente que, podendo tomar as


devidas cautelas exigíveis, não o faz por displicência, relaxamento
ou preguiça mental. Veja art. 18, II, do Código Penal.

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


IMPERÍCIA
Ocorre quando se é imperito na prática de uma ação e todos os
conceito e habilidades que ela envolve.

É a incapacidade, a falta de habilidade específica para a


realização de uma atividade técnica ou científica, não levando,
o agente, em consideração o que sabe ou deveria saber.

A imperícia se revela pela ignorância, inexperiência ou


inabilidade sobre a arte ou profissão que pratica.

IMPRUDÊNCIA - NEGLIGÊNCIA - IMPERÍCIA

São formas culposas que geram responsabilidade civil e/ou


criminal pelos danos causados. Ver art. 18, II do Código Penal
e arts. 617 e 951 do Código Civil
Redação
II - culposo, quando o agente deu
causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia. Prof. Rodrigo P. de Carvalho
EFICIÊNCIA

Produtos e Equipamentos - Atende ao uso

Pessoas - Consiste em fazer certo as coisas

EFICÁCIA

Produtos e Equipamentos - Adequado ao uso

Pessoas - Consiste em fazer as coisas certas

Prof. Rodrigo P. de Carvalho


Fazer a “coisa” que tem que ser feita

“Difícil não é fazer o que é certo, mas sim descobrir o que é certo
fazer “ (Robert Henry Srour)

A Organização Nacional de Acreditação conceitua EFETIVIDADE como


o resultado da soma da eficácia com a eficiência.

Então podemos concluir que significa realizar processos de trabalho com


EFICIÊNCIA objetivando atingir a EFICÁCIA gerando qualidade no
trabalho desenvolvido de forma correta e de maneira constante visando
o resultado desejado, alcançando metas propostas e mantendo por um
longo período.
Prof. Rodrigo P. de Carvalho
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIOCRUZ - Curso de Atualização em Biossegurança Hospitalar

FIOCRUZ / ENSP - Curso de Boas Práticas para Laboratórios Clínicos

FIOCRUZ / INCQS - Curso de Atualização em Biossegurança Aplicada à Laboratórios de Saúde Pública

Costa, Marco Antonio Ferreira et al.


Biossegurança: ambientes hospitalares e odontológicos:
São Paulo:: Santos:, 2000

Costa, Marco Antonio Ferreira


Qualidade em Biossegurança:
Rio de Janeiro:: Qualitymark:, 2000

Costa,Marco Antonio Ferreira da Costa


Biossegurança: segurança química básica em ambientes hospitalares:
São Paulo:: Santos:, 1996

______. Ministério do Trabalho e do Emprego. Portaria n.º 485, de 11 de


novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora n.º 32 – segurança
e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde. Diário
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 nov. 2005.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos


Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material
biológico. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 60 p.
Prof. Rodrigo P.de Carvalho

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