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DIREITO ADMINISTRATIVO
L – Legalidade
I – Impessoalidade
M – Moralidade
P – Publicidade
E – Eficiência
A legalidade privada está prevista no artigo 5o, inciso II, da CF/88, e significa que o particular
pode fazer tudo, exceto o que a lei proibir. Já a legalidade pública ou administrativa no artigo
37, caput, da CF/88, e significa que o Estado poderá fazer o que a lei autorizar.
*IMPORTANTE: o princípio da legalidade não se confunde com o princípio da reserva legal, que
é uma especialização do princípio da legalidade.
A lei em sentido amplo (ex. lei ordinária, Deve-se empregar a LEI FORMAL (lei
medida provisória, resolução, etc.) deve ordinária e lei complementar apenas) para
autorizar a Administração a atuar e proibir os autorizar a Administração a atuar e proibir a
particulares de atuar. atuação dos particulares.
Em síntese, o princípio da reserva legal impede a aplicação de outros atos normativos que não
tenham forma de lei.
2) PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: decorre do fato de que a Administração Pública deve atuar
com o propósito de sempre atender os interesses da coletividade.
Essa constatação impõe 2 (dois) deveres principais de conduta aos agentes públicos:
a) o agente público não pode favorecer seus simpatizantes, nem impor dificuldades em relação
aos seus desafetos;
b) o agente público não pode atuar buscando sua autopromoção.
*PEGADINHA: o artigo 5o, inciso XXXIII, da CF/88, prevê que o Estado não publicará,
excepcionalmente, informações imprescindíveis à segurança do Estado e da sociedade.
Os princípios implícitos da Administração Pública Direta e Indireta não constam no artigo 37,
caput, da CF/88, mas decorrem da interpretação sistemática da própria Constituição e da
legislação infraconstitucional.
Logo, em relação aos atos discricionários, existe margem decisória para a autoridade
competente resolver se irá ou não praticar o ato administrativo.
Em relação ao CONTEÚDO dos atos discricionários, o Poder Judiciário, EM REGRA, não realiza o
controle, por força do princípio da separação dos poderes. A regra geral é no sentido de que o
Poder Judiciário não pode controlar o conteúdo dos atos discricionários (conveniência e
oportunidade), sob pena de o juiz substituir o administrador público.
Ex.: o gestor público não pode decidir realizar uma contratação motivado a atender um interesse
pessoal e egoístico.
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atos administrativos sofrerão controle que determinará a sua ANULAÇÃO apenas diante da
hipótese de existir vício de legalidade. Em outras palavras, somente os atos administrativos
ilegais podem ser objeto de anulação.
Como a anulação de ato administrativo ilegal decorre da aplicação da lei, a anulação poderá ser
realizada pela própria Administração Pública (princípio da AUTOTUTELA) ou pelo Poder
Judiciário (princípio da inafastabilidade da jurisdição). A anulação de ato administrativo produz
efeitos EX TUNC, ou seja, retroativos.
A REVOGAÇÃO de atos administrativos, por seu turno, ocorre apenas diante da verificação de
existência de um ato administrativo válido (isto é, conforme a lei), mas que perdeu a
conveniência e a oportunidade. A revogação de ato administrativo é realizada mediante a
edição de outro ato administrativo que seja habilitado a atender a conveniência e a
oportunidade do momento; é prerrogativa exclusiva da Administração Pública.
Logo, o Poder Judiciário não tem competência para revogar os atos administrativos válidos, mas
que deixaram de ser convenientes e oportunos. A revogação produz efeitos EX NUNC, ou seja,
não retroagem. A revogação de atos administrativos pela Administração Pública funda-se no
princípio da AUTOTUTELA.