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Evelyn Grumach: C o P y R I G H T © J o R G e Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado, 2 0 0 3 Capa
Evelyn Grumach: C o P y R I G H T © J o R G e Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado, 2 0 0 3 Capa
CAPA
Evelyn Grumach
PROJETO GRÁFICO
Evelyn Grumach c João de Souzn Leite
C1P-BRASIL. C A T A L O G A Ç Ã O - N A - F O N T E
S I N D I C A T O N A C I O N A L DOS E D I T O R E S DL- LIVROS, RJ
C o n t é m filmografia
Inclui bibliografia
ISBN 9 7 8 - 8 5 - 2 0 0 - 0 6 2 2 - 1
03-2051 CDD-981.05
EDITORA AFILIADA
T e x t o revisado s e g u n d o o n o v o A c o r d o O r t o g r á f i c o da Língua Portuguesa.
A t e n d i m e n t o e v e n d a direta ao leitor:
m d i r e t o @ r e c o r d . c o m . b r o u (21) 2 5 8 5 - 2 0 0 2 .
Impresso n o Brasil
2010
I
Sumário
APRESENTAÇÃO 7
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Formação da classe operária e
projetos de identidade coletiva
Cláudio H. M. Batalha
Professor-assistente Doutor do Departamento de
História da Unicamp.
A FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA: UM FENÔMENO ECONÔMICO?
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líricos (como 1889, 1930 e assim por diante), incapaz de perceber continui-
dades de um período para outro e, sobretudo, desatenta para a dinâmica
específica do processo de formação da classe operária.
Em um caso como no outro — o crescimento industrial da década de
1880 ou a abolição da escravidão —, seriam determinações objetivas, inde-
pendentes do modo como os homens e as mulheres inseridos no trabalho
fabril viam a si próprios e as relações a que estavam submetidos, que configu-
rariam a existência de uma classe operária. Evidentemente, isso não quer dizer
que o processo de trabalho, o tipo de estabelecimento industrial, o grau de
mecanização da produção, o número de trabalhadores por empresa fossem
fatores irrelevantes na experiência dos trabalhadores. No entanto, isso não
deve conduzir a estabelecer uma relação automática entre a forma assumida
pelo trabalho e a existência da classe operária, que, mais que uma decorrên-
cia da forma de trabalho, é o modo como esses trabalhadores se percebem.
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ro — então capital da República e ainda não superada por São Paulo como
principal cidade industrial do país — apontava para o predomínio de médias
empresas, que, segundo os critérios adotados nesse caso, eram as empresas
que possuíam entre seis e 40 operários (Lobo, 1978, p. 487-488). A despei-
to do caráter parcial desse levantamento e dos discutíveis critérios que con-
sideravam como grandes empresas aquelas que tivessem mais de 40 operários,
nele as pequenas e médias empresas correspondiam a 72% do total. Nesse
quadro, o trabalho em indústrias modernas e mecanizadas, como as têxteis,
que reuniam centenas e até milhares de operários, representava ainda uma
experiência vivida por uma minoria, ainda que numericamente muito expres-
siva, dos trabalhadores.
Por fim, no que diz respeito à dimensão masculina da classe operária, de
fato na Primeira República prevalecem os homens no trabalho manufatureiro
e industrial. Entretanto, a mão de obra feminina foi muito significativa em
ramos como o têxtil e o de vestuário, chegando a ser majoritária em alguns
lugares. De qualquer modo, o que é importante ressaltar é que o peso do
trabalho feminino esteve sub-representado na face mais visível da classe ope-
rária — suas organizações. Inclusive nas organizações de setores que conta-
vam com presença significativa e até mesmo majoritária de mulheres, como
nas associações de trabalhadores têxteis, elas estavam quase invariavelmente
ausentes dos quadros diretores. As uniões de costureiras, surgidas em 1919,
no Rio de Janeiro e na cidade de São Paulo, estão entre as poucas exceções
de organizações sindicais compostas e dirigidas por trabalhadoras, e assim
mesmo por se tratar de um setor exclusivamente feminino.
Durante muito tempo vigorou a tese de que havia uma correlação direta entre
a maciça presença de imigrantes no Sudeste e no Sul do país e a militância do
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de 1890 até pelo menos a de 1920, sem, no entanto, jamais ter desempenha-
do um papel de peso no conjunto do movimento operário.
No início de 1913 o movimento operário chegou a organizar uma cam-
panha contra a emigração para o Brasil, decidindo, em reuniões realizadas
no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo, pelo envio de representantes
à Europa a fim de fazer propaganda. 1 Essa campanha, porém, longe de re-
presentar uma reação contra os imigrantes, visava a fazer conhecer aos can-
didatos potenciais à emigração, assim como aos seus governos, as condições
desfavoráveis que encontrariam no Brasil. Tratava-se da resposta dada pelo
movimento às expulsões de operários imigrantes que participaram das gre-
ves em Santos em 1912 e à ampliação dos dispositivos da Lei de Expulsão de
Estrangeiros de 1907, aprovada pelo Congresso Nacional em 1913 (Gitahy,
1992, p. 69-71).
O que mais tem mudado com as análises mais recentes é a tendência a
matizar a avaliação — que passou a vigorar como reação ao automatismo
da relação entre imigração e militância — de que muitas vezes a imigração
continha em si elementos capazes de dificultar a organização operária. To-
davia, mesmo levando em conta diferenças étnicas, religiosas, regionais e
lingüísticas que podem contribuir para a divisão do operariado, essa tendên-
cia busca não as superestimar. As dificuldades de comunicação entre imi-
grantes provenientes de diferentes regiões da Itália, por exemplo, são menos
significativas entre imigrantes adultos, homens que prestaram serviço mili-
tar antes de emigrarem, onde tiveram no italiano a língua comum (Biondi,
2002), do que podem parecer em um primeiro momento. Entretanto, a expe-
riência comum entre originários de regiões diversas ao longo do serviço militar
não significou necessariamente que a identidade nacional suplantaria no curto
prazo as identidades regionais. Uma demonstração disso é que até 1896 na
cidade de São Paulo, ao passo que existiam organizações de alemães, france-
ses, espanhóis, portugueses, não existia uma organização comum dos italia-
nos, mas uma série de associações regionais de meridionais, calabreses, vênetos
etc. (Trento, 1990, p. 41).
A conclusão a ser tirada da produção que relaciona a imigração com a
formação da classe operária no Brasil é o abandono por completo das análi-
ses fundadas em determinações estruturais, que podiam conduzir tanto a ver
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des operárias. São nesses processos que a classe como uma realidade históri-
ca aparece, na medida em que os interesses coletivos se sobrepõem aos inte-
resses individuais e corporativos. É então que podemos falar de formação de
classe operária, não como o resultado mecânico da existência da indústria
ou da abolição da escravidão, mas como um processo conflituoso, marcado
por avanços e recuos, pelo fazer-se e pelo desfazer-se da classe, que surge na
organização, na ação coletiva, em toda a manifestação que afirma seu cará-
ter de classe.
QUAL REPÚBLICA?
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sa, pela ação direta dos rudimentares direitos políticos de que necessitam as
organizações econômicas, a p ô r fora d o sindicato a luta política especial de
um partido e as rivalidades que resultariam da adoção, pela associação de re-
sistência, de uma doutrina política ou religiosa, ou de um programa eleitoral
(Pinheiro e Hall, 1979, p. 46-47).
Como resposta à exclusão social e política que não terminou com o advento
da República, parte substancial dos setores organizados da classe operária
priorizou a luta por direitos sociais. Mas as razões que conduzem a eleger os
direitos sociais, muitas vezes em separado e em prejuízo da luta por direitos
políticos, variam consideravelmente de corrente para corrente do movimento
operário. Destacam-se, entre as correntes que por razões opostas voltam-se
para a luta por direitos sociais, tanto as circunscritas e limitadas manifestações
de positivismo no meio operário como a face mais visível do sindicalismo na
Primeira República, que foi a corrente sindicalista revolucionária.
A concepção comtiana da incorporação do operariado à sociedade mo-
derna, largamente divulgada pelos positivistas brasileiros, remete a direitos
sociais, e não a direitos políticos (Carvalho, 1987, p. 54). Há, entretanto,
toda uma série de projetos de origens diversas, como a doutrina social dl
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Nesse caso, não creio que conceitos como o de "estadania" (Carvalho, 1987,
p. 54-55), que foi forjado para designar a posição de correntes operárias que
se deixavam cooptar pelo Estado, contribuam para a compreensão dessas
posições. A separação entre direitos sociais e direitos políticos que norteia a
concepção do Círculo não é um traço exclusivo da cultura ibérica nem
tampouco das características específicas da cidade do Rio de Janeiro, que
servem de fundamento para o conceito (Carvalho, 1987, p. 149-152), pois
não faltam exemplos semelhantes em outros contextos. Operar com mode-
los ideais de cidadania não permite ver que o que de fato o Círculo faz é
conferir ao Estado o papel de avalista de direitos que ele, Círculo, julga exis-
tir. Não há capitulação diante do Estado, mas negociação com este no terre-
no moral escolhido pelos partidários do Culto do Trabalho. O fato desse
projeto não ter obtido sucesso não deve servir de pretexto para sua desqua-
lificação pela posteridade.
Partindo de uma perspectiva completamente diversa, mas guardando em
comum com as posições anteriormente descritas a separação entre direitos
políticos e direitos sociais, situava-se a corrente de maior visibilidade do
sindicalismo brasileiro: o sindicalismo revolucionário. Essa corrente que fre-
qüentemente foi designada por diversos autores como "anarcossindicalista",
não foi uma mera ramificação do anarquismo, mas uma corrente autônoma,
fundamentada em uma doutrina própria, que conservava tanto elementos
do anarquismo, como a ação direta e o federalismo, como do marxismo, a
exemplo da luta de classes (Toledo, 2002, p. 7-8). Entretanto, a confusão
com o anarquismo em parte se justifica na medida em que vários dos diri-
gentes do movimento operário eram anarquistas que defendiam, como vi-
mos, a adoção de um programa sindicalista revolucionário pelas organizações
de cunho sindical. Essa corrente, que dominou os três congressos operários
brasileiros realizados durante a Primeira República, recusava a luta política
não por conformismo com a ordem vigente, mas por não ver nas práticas
eleitorais e parlamentares a possibilidade de transformar a sociedade. É atra-
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A CIDADANIA OPERÁRIA
O termo cidadania foi de tal modo vulgarizado que pode ser utilizado nas
mais diversas situações. Sindicatos, empresas, governos empregam o termo
conferindo-lhe os mais diversos significados, o que tem conduzido muitos a
encará-lo com crescente ceticismo e até a contrapô-lo a uma perspectiva clas-
sista (Welmowicki, 1998).
As correntes políticas do movimento operário na Primeira República, os
socialistas em particular, propunham em seus programas não apenas direitos
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sociais, mas também a ampliação dos direitos políticos, por exemplo, atra-
vés da extensão do direito de voto. Nesse sentido, podemos dizer que luta-
vam pela cidadania, ainda que o termo não fosse usual no vocabulário da
época. Portanto, seu uso requer cuidado e, sobretudo, deve vir acompanha-
do de uma explicação sobre seu significado dentro de cada contexto.
A resposta encontrada pelas classes trabalhadoras durante a Primeira
República a um sistema que levava a sua exclusão social e política está em
parte no mundo associativo criado. O associativismo nesse período das clas-
ses trabalhadoras em geral, e da classe operária em particular, se expressa
através de uma rede extremamente diversificada e rica de associações. Socie-
dades recreativas, carnavalescas, dançantes, esportivas, conviviam lado a lado
com sociedades mutualistas, culturais e educativas e, também, com socieda-
des profissionais, classistas e políticas. Em que medida toda e qualquer so-
ciedade composta por trabalhadores, independentemente de seus objetivos,
expressa identidade de classe ainda é objeto de controvérsia. Há aqueles que
associam a identidade operária a formas de ação coletivas e associações que
reivindiquem seu caráter de classe (Batalha, 1991-1992), ao passo que ou-
tros veem em toda sociedade composta por trabalhadores, inclusive clubes
de futebol, uma forma de identidade classista (Pereira, 2000, p. 255-280).
Todavia, se o mundo associativo possibilitava um espaço de participação
política, que em grande medida não dependia das normas legais que regiam
a política formal, constituindo uma espécie de contrassociedade, governada
por outros valores, a capacidade e mesmo a vontade por parte dessas socie-
dades de buscar espaços na política formal eram relativamente limitadas.
Coube às organizações de cunho eminentemente político, os partidos operá-
rios, desempenhar esse papel.
Desde a última década do século XIX, a maioria dos programas políticos
de organizações que, sob a denominação de partidos operários ou socialis-
tas, tinham como objetivo a defesa dos interesses da classe trabalhadora pas-
sava pela ampliação dos direitos políticos, em particular propondo reformas
do sistema eleitoral. No sistema vigente votavam apenas os homens, brasilei-
ros, maiores de 21 anos, alfabetizados e alistados como eleitores. Todo o
processo eleitoral era controlado pelo partido situacionista, propiciando frau-
des, e não havia voto secreto, deixando os eleitores à mercê de todo tipo de
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[...] só nos devem encher de satisfação as novas diretivas que vem adotando o
movimento proletário entre nós, arregimentando suas forças para futuras
batalhas eleitorais, que inaugurarão uma fase na política, fazendo com que o
proletariado entre em cena, independente dos chorrilhos políticos da bur-
guesia, manifestando sua vontade firme de afirmar-se numa classe forte e
politicamente capaz de escolher seus mais dedicados membros para as
investiduras legislativas.
Será um dos muitos meios de alargar sua luta geral contra os exploradores,
criando uma nova frente de combate e preparando com ela novas bases para
um mais largo movimento de massas capaz de derrubar definitivamente os
seus exploradores e levá-los à definitiva vitória contra os seus inimigos secu-
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[...] devemos dizer, em nome da justiça e da verdade, que mais tem concorri-
do para o afastamento do operariado pelos seus direitos políticos [sic], a falta
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NOTAS
1. Alceste de Ambris. "I! movimento opetaio nello Stato de São Paulo". In II Brasile e
gli italiani. Floiença, 1906, reproduzido em Pinheiro e Hall (1979, p. 40).
2. Ver, por exemplo, " D o m i n g o Sangrento: Um grande conflito na rua Marechal
Floriano". A Época, 25/8/1913, p. 3; Mariano Garcia, " N a brecha!.,,". A Época,
28/8/1913, p. 7 ; j o e l Persil, "Fatos reprováveis: o terrorismo no seio de uma asso-
ciação operária". A Voz do Trabalhador, 7 (46), ] ° / l / 1 9 1 4 , p, 3.
3. "A lei de expulsão de estrangeiros". A Época, 21/1/1913, p. 6; "Comitê de Agitação
contra a lei de expulsão". A Época, 29/1/1913.
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