TECNOLÓGICA DO PIAUÍ
CAMPUS URUÇUÍ
Abril/2018
INTRODUÇÃO
As nuances do mercado de trabalho faz com que profissionais que contemplam cargos ou querem
mantê-los, desenvolvam características e níveis conhecimentos, que condizem com a atual situação do
mercado, onde o mesmo procura constantemente perfis moldados pela auto competência.
As empresas, cada vez mais, estão exigindo profissionais com habilidades técnicas, mas com
diferenciais que saibam inovar e criar alternativas que contribuam para o progresso das organizações,
atuando na solução de seus problemas, tendo não apenas a capacidade de relacionar-se com pessoas, mas
também a aptidão de modificar para melhor o ambiente ao qual está inserido.
Diante deste contexto, um profissional deve apresentar um conjunto de habilidades e potencialidades
para se manter em evidência no mercado de trabalho. Muitas destas habilidades podem ser aprendidas e
outras desenvolvidas. Ele deve apresentar, dentre outras, a disponibilidade para se adequar aos novos
tempos. As portas para o mercado de trabalho somente se fecharão para os indivíduos que “virarem as
costas” para os novos caminhos que se abrem.
Portanto, a ocupação de um trabalhador no meio empregatício se dá na administração de sua própria
carreira, empreendendo as suas habilidades e competências, transformando-as em um produto que gere pré-
disposição nas organizações em obtê-las, associando esse conjunto de referências a um diferencial
competitivo em relação ao mercado saturado pela concorrência.
Dessa forma, a disciplina Tópicos de Atuação Profissional apresenta-se como conhecimento inter e
multidisciplinar no contexto do mundo do trabalho e visa integrar os conhecimentos das áreas específicas da
Administração, a fim de promover o desenvolvimento de competências, habilidades, atitudes e valores
necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela área de atuação e
desenvolvimento tecnológico.
Além disso, objetiva contribuir para o planejamento de carreira e nas transições profissionais diante
das oportunidades do mercado trabalho; compreender os processos de trabalho com postura assertiva,
empreendedora e proativa, baseando-se em princípios éticos e reconhecer a importância do bom manejo das
relações interpessoais e sua aplicabilidade nas organizações.
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O MERCADO DE TRABALHO
Nos últimos anos, as relações do trabalho, assim como o mercado de trabalho vem sofrendo
mudanças evidentes, sendo possível notar sinais claros de ruptura nas formas de trabalho, juntamente com o
aumento e a incerteza e a fragilização das relações profissionais.
Assim, mediante este cenário adaptar-se, realizar um planejamento de carreira e se preparar a cada
dia tornou-se indispensável. Claro, sabemos que hoje, quando falamos de mercado de trabalho para jovens,
os jovens são muito ágeis, com rápido aprendizado e querendo desafios a todo instante, com isso mudam-se
os métodos de seleção, mas e aí como identificar as oportunidades e construir uma carreira de sucesso?
O atual cenário tornou as organizações mais ágeis e flexíveis, vindo a necessidade de profissionais
mais generalistas, e com visão ampliada. Diante disso, para identificar oportunidades e construir uma carreira
de sucesso, é primordial que o jovem se prepare para o exercício de seu marketing pessoal desde a
universidade, procurando mostrar sempre seu diferencial competitivo, destacando suas maiores habilidades e
competências, buscando desenvolver comportamentos empreendedores e o autoconhecimento.
Ainda, é necessário que o jovem esteja aberto ao aprendizado, seja rápido e se adapte rapidamente
com o ambiente, desenvolvendo visão sistêmica, além de saber trabalhar em equipe e amplitude perceptiva.
Neste contexto, ao buscar por uma oportunidade e construir uma carreira, o jovem precisa pensar na
história que pretende construir para sua carreira, procurando construir um plano de carreira que gere um
diferencial competitivo, comparando-o com seus pontos fortes e considerando aspectos como:
autoconhecimento, desenvolvimento constante, etapa da carreira, entre outros, além de compreender o
passado e olhar para o futuro, refletindo a cada passo, sem deixar se levar pelo acaso.
Portanto, é importante observar o mundo a sua volta, amplie seus horizontes, coloque seus
aprendizados em prática e atue como um multiplicador, busque trabalhos voluntários ou estágio para adquirir
habilidades e competências, analise sua carreira como a “construção de uma casa”, construa filtros, realize
um trabalho sistêmico identificando quais setores estão contratando jovens com seu perfil, saiba identificar
seu perfil, mantenha seus olhos e mente abertos, e seja paciente, organizado e persistente. Você irá se
surpreender com o que irá aparecer para você quando começar a olhar com novos olhos à sua volta! E
lembre-se quanto mais se organizar e se desenvolver, mais oportunidades lhe saltarão!
Desenvolver suas competências é algo que cada ser humano está desafiado a enfrentar, não basta
ser apenas um ótimo funcionário, cada profissional deve ser um talento naquilo que atua. Nos últimos anos o
que determina o sucesso de empresas não são grandes quantidades de funcionários trabalhando para elas,
mas o número de talentos trabalhando nelas, com isso as empresas a cada dia se encontrão em grande
interesse de não apenas achar profissionais talentosos, mas desenvolver nos que já estão grandes talentos.
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para um trabalho cada vez melhor, recompensando-as, a fim de esforçar continuamente o desempenho
excelente e, sobretudo, sabendo liderar, conduzir e entusiasmar (CHIAVENATO, 2011).
Nesta corrida por talentos, onde o mundo em mudança e transformação e cheio de competitividade
determina a sobrevivência, as empresas estão tomando as medidas necessárias para se adaptarem, e como
meio para isso, estão aplicando treinamentos para cada profissional, onde é desenvolvido a capacidade de
aprender, a comunicação e colaboração, o raciocínio criativo e resolução de problemas, conhecimento
tecnológico, liderança e o gerenciamento da sua própria carreira, como também estão usando meios de cada
pessoa desenvolver suas competências e orientando em como usar o que foi desenvolvido.
Isso garante não apenas seu sucesso e crescimento profissional, mas o crescimento de sua empresa,
pois as pessoas com suas atitudes, conhecimentos e habilidades são o principal alicerce das organizações.
Multifuncionalidade
Temos a multifuncionalidade como uma indicação para evolução da aprendizagem organizacional com
o desenvolvimento de competências múltiplas. Desenvolver competências múltiplas em equipes
profissionais pode ser feito com o aproveitamento das habilidades individuais de seus participantes e
que este processo, mesmo sem um método confiável, pode ser um diferencial de competitividade no
mercado, tanto para profissionais quanto para empresas.
EMPREGABILIDADE
Há algum tempo o capital intelectual era uma vantagem competitiva por excelência. Hoje, sem a
presença do capital emocional e do capital ético, apenas para citar duas concepções vigentes, apenas o
capital intelectual não garante a contratação e permanência no mercado de trabalho.
Quanto mais aumenta o nível da competitividade e, porque não dizer, a histeria corporativa, mais as
questões relativas à capacidade de enfrentar e conviver com altos níveis de pressão tornam-se evidentes.
Conviver cotidianamente com este nível de pressão não requer apenas intelecto relevante, mas, condições
físicas e mentais pra lá de saudáveis. As maiores causas de afastamentos a partir do nível gerencial se
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devem a transtornos psicológicos, muitos deles potencializados pelo estresse negativo oriundo dos níveis
crescentes de pressão e da falta de uma disciplina que permita crescimento na carreira associado à
qualidade de vida.
Ou seja, quando você pensa nas pessoas que detêm o poder de contratá-lo você tem que pensar: Afinal,
por que elas se importariam?
Você não vale apenas o quanto sabe, mas vale o quanto “é”. Uma pessoa de grande competência técnica
cujas qualidades morais e éticas não sejam comprováveis já não interessa a uma organização lúcida. Ser
digno de confiança é um pré-requisito fundamental que sobrepõe o desejo por desafios e a capacidade de
trabalhar sobre pressão.
Seus diferenciais nobres são aqueles que estão tão associados ao seu ser, e que se tornam difíceis de
serem copiados por seus pares: sua personalidade, seu caráter e o seu comportamento estão entre elas.
Diferenciais pobres são facilmente copiados. Diferenciais nobres são os verdadeiros diferenciais!
Os cases que você ajudou a escrever e que são anteriores à busca atual por emprego falam mais alto
que seu currículo. Mesmo que você esteja saindo da universidade, cases que você tenha construído
enquanto graduando ou pós-graduando, testemunhos de professores que tenham respeito por seu potencial,
tudo isto conta a seu favor. Somos uma sociedade relacional, quem conhece você e o que estas pessoas
pensam a seu respeito é de enorme importância!
Por isso, não despreze o seu marketing pessoal, estamos falando verdadeiramente de marketing pessoal,
não de agir como um “marketeiro barato”, destes que pretendem enganar o mundo com uma genialidade que
ninguém a não ser sua própria vaidade consegue perceber.
Se você tem valor, o mundo precisa ser informado deste valor, até porque os “indivíduos marketeiros” já
citados estarão sempre divulgando um valor que não possuem e roubando oportunidades dos competentes
omissos. Por isso, você, que é uma pessoa de valor, deve e merece ser reconhecido e as ferramentas de
marketing também existem para trabalhar em favor da verdade e da ética!
Quanto maiores forem as suas condições de manter a mente aberta para transitar com qualidade por
ambientes multiculturais e colaborar na elaboração de cases em cada ambiente que você frequenta, maior a
sua empregabilidade!
O mundo demanda por profissionais competentes, éticos, determinados e com visão de futuro. Nenhuma
competência acima da média será desprezada se não o for primeiro por quem a possui.
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Auto-motivação significa acreditar em seus motivos para agir e, com base nesta certeza, cativar a
confiança e as oportunidades que dependem daqueles que têm poder de decisão.
Sua empregabilidade depende da sua capacidade de gestão da sua própria vida e carreira. E diferenciais,
devem por definição, ser DIFERENTES! Gere impacto, torne-se merecedor de ser lembrado e desejado pelo
mercado. Empregabilidade é uma questão de uma excelente bagagem e um ótimo marketing pessoal!
O Administrador bem sucedido é aquele que sabe combinar, na dose certa, suas habilidades e
competências na gestão de um negócio. Mas, não existe uma forma correta de administrar. Há, sim, formas
diferentes de se atingir um objetivo. Assim, de uma organização para outra, o Administrador pode
desempenhar diferentes papéis para obter os resultados de que aquela organização necessita.
Todo administrador precisa dessas três habilidades, mas sua importância relativa depende
principalmente do nível que o Administrador ocupa na organização. Ou seja, na medida em que se atingem
os níveis mais altos da organização, diminui-se a necessidade de habilidades técnicas. No entanto, aumenta-
se a necessidade de habilidades conceituais. Os níveis inferiores requerem habilidade técnica dos
supervisores para lidar com problemas operacionais concretos e cotidianos.
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As habilidades do administrador acima descritas requerem competências pessoais distintas. Para ser
bem sucedido, o Administrador precisa desenvolver três competências duráveis:
Perspectiva: Saber fazer. Ter a capacidade de colocar o conhecimento em ação, desenvolver uma maneira
prática de aplicar o conhecimento na solução de problemas e situações; ter uma visão pessoal sobre as
coisas.
Atitude: Saber fazer acontecer. Possuir comportamento ativo e proativo; dar ênfase na ação e no fazer
acontecer; possuir espírito empreendedor e de equipe; ser um líder.
Toda e qualquer organização precisa de pessoas para se manter e prosperar. A Teoria das Relações
Humanas apresenta uma preocupação com essas pessoas e as relações entre elas. Para a Teoria das
Relações Humanas, qualquer trabalhador exerce influência no comportamento organizacional e, ainda,
influencia a qualidade, a produção e o desempenho da organização.
Toda essa abordagem será indispensável para compreendermos as influências e a importância das
pessoas nas organizações. Por meio das experiências do estudioso e psicólogo Elton Mayo (Experiência de
Hawthorne), considerado o idealizador da Teoria das Relações Humanas, entenderemos como os grupos
sociais possuem influência do desempenho e produtividade das pessoas.
A Teoria das Relações Humanas teve seu início no final da segunda década do século XX (1930), um
período difícil, marcado por recessão econômica, inflação, desemprego e forte atuação dos sindicatos. Ela
surgiu nos EUA, como consequência das conclusões da Experiência de Hawthorne, que mostrou a
necessidade de humanizar e democratizar as organizações.
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Foi um trabalho realizado pelo psicólogo e professor de Harvard, Elton Mayo, entre 1927 e 1932, em
uma empresa chamada Western Eletric Company, na cidade de Chicago, no bairro de Hawthorne, razão pela
qual foi dado esse nome à pesquisa. Ela foi dividida em quatro fases, as quais iremos estudar a partir de
agora, conhecendo as contribuições de cada fase para a Teoria das Relações Humanas.
Na primeira fase, pretendia-se conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários...
Conclusões da 1ª Fase: Os observadores não encontraram correlação direta entre a variação da intensidade
da luz, mas perceberam que os operários reagiam à intensidade da iluminação de acordo com as suas
realidades pessoais. Assim, comprovou-se preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico: a
eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas.
Conclusões da 2ª Fase: Essa fase da pesquisa demonstrou que o desempenho das operárias estava
relacionado à melhoria do relacionamento entre elas, o ambiente de trabalho, o aprimoramento do trabalho
em equipe e o desenvolvimento de lideranças. Nos doze meses em que as moças foram analisadas,
verificou-se que elas gostavam da sala onde estava sendo realizada a pesquisa, porque lá era divertido e a
supervisão branda e flexível. Para as moças, havia um ambiente amistoso e sem pressão, que aumentava a
satisfação no trabalho. Elas não tinham medo do supervisor (chefe), pois ele era um orientador dos seus
trabalhos. Essas moças desenvolveram relações pessoais e transformaram-se em uma equipe de trabalho,
que desenvolveu objetivos comuns, como aumentar o ritmo de produção.
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Figura 4 – Terceira fase da experiência de Hawthorne
Conclusões da 3ª Fase: As entrevistas dessa fase revelaram a existência da organização informal dos
operários a fim de que eles se protegessem contra o que percebiam como ameaças da Administração. Essa
organização informal possui forte atuação sobre os empregados e influencia no ritmo e na produção deles.
Além disso, cria punições quando algum trabalhador foge das regras impostas pelo grupo. Ela, geralmente, é
formada por afinidades pessoais e permite o surgimento de lideranças informais que mantêm o grupo unido e
assegura o respeito entre os integrantes e as regras de conduta.
Conclusões da 4ª Fase: O grupo informal influenciava o grupo formal, ou seja, a união e a solidariedade do
grupo informal determinavam qual o ritmo de trabalho do operário e sua colaboração para a organização.
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Grupos informais (comportamento social, crenças, atitude, expectativa e motivação) existem nas
organizações, influenciam os grupos formais e devem ser considerados para garantir o desempenho
e resultados das empresas.
Relações Humanas: A interação social com grupos sociais deve ser valorizada em qualquer
organização para garantir a sua existência.
Importância do conteúdo do cargo: Trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes,
afetando negativamente a atitude do trabalhador e reduzindo sua satisfação e eficiência.
Importante lembrar: Para a abordagem das Relações Humanas, a motivação econômica (pagar um bom
salário ao empregado) é secundária na determinação do rendimento do trabalhador. As pessoas são
motivadas pela necessidade deste reconhecimento, de aprovação social e participação nas atividades dos
grupos sociais nos quais convivem.
LIDERANÇA
O comportamento e a atuação do líder variam num continuum, ou seja, de acordo com a situação, o momento
e os desafios da empresa. O líder deve dosar as características dos estilos de liderança para conseguir
extrair resultados dos seus liderados de forma criativa e inspiradora.
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Estilos de Liderança:
Autocrático
Democrático ou Consultivo
As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder.
O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo, solicitando ao líder
aconselhamento técnico e sugerindo alternativas.
A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada um escolhe com quem trabalhar.
O líder procura ser um membro normal em suas atitudes e decisões. Ele é “objetivo” e limita-se aos
fatos em suas críticas e elogios.
Liberal
Desenvolvido pelos pesquisadores Robert R. Blake e Jane S. Mouton na década de 60, o Grid
Gerencial é uma representação gráfica entre duas preocupações comuns em empresas, que são: Pessoas
(eixo Y) e Tarefas/Produção (eixo X). Saiba mais sobre elas:
Eixo Y – Pessoas: Aqui, a maior preocupação do líder é o bem-estar dos colaboradores e o foco está
no relacionamento com eles. A liderança é baseada no cuidado em relação ao conforto e segurança
dos liderados. Quanto maior for a preocupação com as pessoas, maiores serão os avanços no eixo
Y.
Eixo X – Tarefas/Produção: Em se tratando de tarefas, o líder se preocupa mais com a realização de
tarefas e a produtividade. Este eixo está relacionado com a estruturação da organização, quanto mais
ele se atém a isso, melhores serão os resultados relacionados a esse eixo.
Para uma gestão de empresas eficaz, o comportamento do líder deve ser baseado nas orientações
desses dois eixos: pessoas e tarefas/produção. Assim, a organização conseguirá trabalhar de forma mais
assertiva e alcançar melhores resultados. Os criadores do Grid Gerencial, Blake e Mouton, aconselham que
se invista no desenvolvimento gerencial, de forma que o líder aprenda a integrar ambas as preocupações,
com as pessoas e tarefas, e passe de níveis inferiores para patamares mais superiores.
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Figura 6 – Grid Gerencial de liderança de Blake e Mouton
De acordo com o Grid Gerencial, quando a preocupação com pessoas e tarefas é proporcional, a
produtividade aumenta. Se os líderes se concentrarem apenas nas tarefas, os colaboradores não terão suas
necessidades supridas e o moral despenca. Porém, se eles se concentrarem apenas nas pessoas, sua
capacidade de produzir bons resultados tende a diminuir.
Para encontrar o equilíbrio é necessário identificar a posição-chave de cada líder no grid em relação
ao seu comportamento, a fim de entender o que precisa ser melhorado. À frente de cada nome está a escala
em relação ao gráfico.
Empobrecido (1.1): São líderes que têm pouca preocupação com as pessoas e com as tarefas,
tendem a empregar o menor esforço possível no trabalho. Pode ser o caso de um gerente que está
se aproximando da aposentadoria ou de uma rescisão, fazendo com que perca o interesse por sua
equipe e pela produtividade. Ele faz apenas o necessário no trabalho e não tem interesse na melhoria
da produtividade ou desenvolvimento de seus colaboradores a longo prazo. Com isso, os funcionários
tendem a ficar desanimados e produzem cada vez menos.
Clube de Campo (1.9): Os líderes que se encaixam nessa posição têm uma grande preocupação
com as pessoas, estão sempre buscando formas de mantê-las motivadas. Entretanto, pecam por não
se atentarem à qualidade da execução das tarefas, e, também, por não se preocuparem com a
produtividade e os resultados.
Autoritário (9.1): Diferente do Clube de Campo, o Autoritário tem uma grande preocupação com a
execução das tarefas e seus resultados. Mas deixam a desejar quanto se trata das pessoas, isso faz
com que os colaboradores se sintam extremamente pressionados, o que atrapalha a produtividade.
Meio-Termo (5.5): Aqui temos o que se pode chamar de líder medíocre, que tem uma preocupação
mediana tanto com as tarefas quanto com as pessoas. Com isso, os resultados costumam seguir
sempre a mesma linha e nunca surpreendem. Uma equipe liderada por uma pessoa que tenha esse
perfil não costuma ter grandes conquistas.
Equipe (Democrático) (9.9): Por fim, temos o perfil ideal para uma liderança eficaz, que é aquela
pessoa que tem uma alta preocupação, tanto com as pessoas quanto com as tarefas. Dessa forma,
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elas conseguem extrair sempre o melhor de sua equipe, conseguindo grandes resultados. As
organizações devem investir em meios de desenvolvimento de liderança para que seus gerentes
atinjam este nível.
Nunca se falou tanto sobre a importância do trabalho em equipe como agora. A procura por
indivíduos que tenham habilidades para trabalhar em conjunto é cada vez maior, sendo apontada como uma
competência essencial. Equipe não é somente o conjunto de pessoas que atuam juntas num determinado
projeto, cada qual na sua função. O significado é mais profundo: a ideia é que cada integrante saiba qual é a
sua parte no grupo, mas que leve em consideração o todo, valorizando o processo inteiro e colaborando com
ideias e sugestões.
Hoje o processo seletivo nas empresas, está mais voltado para a parte comportamental do que
necessariamente para a parte técnica. Isto está acontecendo porque a parte técnica bem trabalhada,
consegue se aprimorar, mas a questão de relacionamento é muito mais difícil. Existem pessoas que
tecnicamente são excelentes, com potencial de crescimento enorme, porém não sabem trabalhar em equipe,
não tem um relacionamento satisfatório para as pretensões da empresa, e estes profissionais ficam fora do
contexto, causando mais frustração e desmotivação no indivíduo.
Um dos motivos que levam ao aparecimento dos conflitos é a própria configuração das equipes,
através das quais se desenvolve o trabalho nas organizações, já que elas são formadas por reunião de
pessoas independentes entre si, mas voltadas para um objetivo comum: a missão organizacional e o
cumprimento das metas estabelecidas. Este processo laborativo, que se estrutura tendo por bases pessoas e
individualidades, é de difícil prática. Isto porque os participantes de um grupo tendem a se associar ou
escolher os indivíduos que sentem que compartilham seus mesmos valores.
Existe um provérbio chinês que diz o seguinte: "Se você quer um ano de prosperidade, cultive trigo.
Se você quer dez anos de prosperidade cultive árvores. Se você quer cem anos de prosperidade, cultive
pessoas"
Daí a necessidade e a importância das pessoas dentro de qualquer organização. Quanto melhor for o
relacionamento interpessoal, melhor será o rendimento da equipe, e como consequência, mais facilidade para
gerenciar e prosperar em metas individuais ou coletivas.
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REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2011.
MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria geral da Administração. 3.
ed. rev. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, Cengage Learning, 2006.
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