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EMPREENDEDORISMO
INOVADORES E
INSPIRADORES
Ecossistemas de Empreendedorismo Inovadores e Inspiradores
© 2020. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae e Associação Nacional de Entidades
Promotoras de Empreendimentos Inovadores – Anprotec - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS e a reprodução não
autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).
Diretor-Presidente Vice-presidente
Carlos Carmo Andrade Melles Daniel dos Santos Leipnitz
Coordenação e Revisão
Krishna Aum de Faria – Sebrae
Carlos Eduardo Negrão Bizzotto - Anprotec
Elaboração
Instituto Christiano Becker de Estudos Sobre Desenvolvimento, Empreendedorismo e Inovação com colaboração acadêmica do Núcleo de
Política e Gestão Tecnológica da Universidade de São Paulo
Redação
Luisa Veras de Sandes Guimarães
Daniel Pimentel Neves
Guilherme Ary Plonski
Apoio técnico
Sonia Vitorino
Editoração
Lourdes Hungria
Projeto Gráfico e Diagramação:
Ex-Libris Comunicação Integrada
S443
S443 SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
SEBRAE – Serviço Brasileiro
Ecossistemas de Apoio às Micro
de empreendedorismo e Pequenas
inovadores Empresas. SEBRAE – Brasília:
e inspiradores/
Sebrae, 2020.
Ecossistemas de empreendedorismo inovadores e inspiradores/ SEBRAE – Brasília:
Sebrae,
1802020.
p. il., color.
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ECOSSISTEMAS DE
EMPREENDEDORISMO
INOVADORES E
INSPIRADORES
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SUMÁRIO
1. Revisão da literatura..................................................................................................6
3.1 Berlim..............................................................................................................42
3.1.4. Berlin-Adlershof......................................................................................53
3.2 Manchester.....................................................................................................60
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3.3 Haifa................................................................................................................ 76
3.4 Toronto............................................................................................................89
3.4.2 Toronto.....................................................................................................93
4 Conclusão.............................................................................................................. 151
5 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 169
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das redes pessoais de gerentes e men- hoje dependem também, para além da
tores de incubadoras (VAN WEELE et al., própria qualidade do programa, de uma
2018). sintonia com os demais ambientes e o en-
tendimento das estratégias de inovação
Dessa forma, as incubadoras dessa da região onde se insere, buscando tor-
geração, além de possuírem uma varieda- nar-se parte do ecossistema de inovação
de completa de serviços direcionados ao local (ANPROTEC, 2016).
desenvolvimento dos empreendimentos,
também apoiam a construção de redes Um último processo que vale a pena
que proporcionem às empresas incuba- mencionar na evolução das incubadoras,
das acesso a potenciais clientes, fornece- mas que não chega a se tornar uma nova
dores, parceiros e investidores. As redes geração, são as incubadoras virtuais, as
permitem superar a escassez de recursos quais se concentram exclusivamente na
dos empreendimentos, por meio do aces- prestação de serviços, como a orientação
so a recursos especializados, expertise e (mentoring e coaching) e o acesso a in-
oportunidades de aprendizagem, favore- vestidores, sem espaço físico ou infraes-
cendo um desenvolvimento mais rápido trutura própria (BONE; ALLEN; HALEY,
da legitimidade das empresas envolvidas 2017; CARVALHO; GALINA, 2015).
(CARVALHO; GALINA, 2015).
Buscando ajudar as incubadoras
O alinhamento das incubadoras com brasileiras a se alinharem com a terceira
a terceira geração é essencial para que geração de incubadoras (conceito expli-
possam atender às demandas dos novos cado anteriormente), a ANPROTEC e o
empreendimentos. No entanto, mais que SEBRAE propuseram o modelo CERNE
isso, é fundamental que esses mecanis- (Centro de Referência para Apoio a Novos
mos implementem as melhores práticas Empreendimentos). Esse modelo foi ba-
para atrair, gerar e desenvolver empreen- seado em um benchmarking internacio-
dimentos inovadores de forma sistemáti- nal das melhores práticas de incubação
ca. Nessa linha, percebe-se o crescimen- de empresas e foi discutido e melhorado
to da articulação entre as incubadoras juntamente com cerca de 400 gestores de
e outros mecanismos para geração de incubadoras do Brasil. Trata-se de uma
empreendimentos inovadores, tais como plataforma que visa promover melhorias
ambientes de coworking (espaços de significativas nos resultados das incuba-
trabalho compartilhados) e aceleradoras doras de diferentes áreas, quantitativa e
(ANPROTEC, 2016). qualitativamente, por meio da criação de
um modelo e padrão de operação, a fim
Os resultados de uma incubadora de aumentar a capacidade da incubado-
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• Cubo Itaú
• Google Campus
• Estação Hack Facebook
• Habitat Bradesco
Fonte: Steen e Van Bueren (2017)
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É um mecanismo que atua como in- 2018a; INSPER, 2019; SANTANA, 2018).
termediário em uma rede de inovação e,
nessa rede, os interessados formam par- No Brasil, o primeiro Fab Lab surgiu
cerias-pessoais-público-privadas (4Ps) em 2010 e a partir desta década ganhou
para o desenvolvimento de inovações mais força, com o surgimento de labora-
que contem com a participação ativa dos tórios de fabricação digital com distintas
usuários finais. Nesse sentido, o Living finalidades e públicos-alvo (escolas, IES,
Lab permite o envolvimento de pessoas empresas, prestadores de serviço públi-
que costumam ficar mais distantes do cos e privados) (ANPROTEC, 2019b). Em
desenvolvimento de produtos, serviços e julho de 2019, 95 espaços desse tipo es-
tecnologias, os stakeholders e usuários. tavam cadastrados na rede, sendo São
Por meio das experimentações realiza- Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre as ci-
das no Laboratório Vivo, essas pessoas dades com maior número de Fab Labs ca-
podem contribuir, co-criar e testar ideias dastrados. Originalmente projetados para
para novos projetos (ARANHA, 2016; comunidades como plataformas de pro-
MENA, 2015). totipagem para empreendedores locais,
os Fab Labs estão cada vez mais sendo
Fab Lab adotados pelas escolas como plataforma
para educação com base em projetos
Trata-se de uma rede mundial de práticos. Em vez de focar unicamente em
laboratórios de fabricação digital criada um currículo fixo, o aprendizado aconte-
pelo Centro de Bits e Átomos (Center for ce em um contexto autêntico, envolven-
Bits and Atoms) do MIT (Massachusetts te e pessoal, no qual os alunos passam
Institute of Technology), sendo formada por um ciclo de imaginação, design, pro-
por mais de 1.200 laboratórios em 120 totipagem, reflexão e iteração à medida
países. Um dos principais objetivos des- que encontram soluções para desafios ou
ses laboratórios abertos é “[...] prover conseguem dar vida às suas ideias (FAB
acesso do seu público-alvo aos recursos FOUNDATION, 2018b).
de fabricação digital, antes restritos para
especialistas” (ANPROTEC, 2019b). Os Para que um Fab Lab possa ser
Fab Labs apresentam uma forte cone- considerado como tal e ser credencia-
xão com a cultura maker, que propõe o do na rede mundial de laboratórios des-
aprendizado prático usando a tecnologia. se tipo, é preciso seguir alguns princí-
É um espaço em que pessoas de diver- pios: 1) abrir para a comunidade, sem
sas áreas se reúnem para realizar proje- cobrar nada, pelo menos uma vez por
tos de fabricação digital de forma colabo- semana; 2) compartilhar ferramentas e
rativa (GINESI, 2015; FAB FOUNDATION, processos com outros Fab Labs; e 3)
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que atuam nesse estágio são investidores De modo geral, os recursos inves-
anjo e equity crowdfunding (já explicados tidos nessa etapa variam entre R$ 5 mi-
anteriormente) e fundos de investimento lhões e R$ 30 milhões e são utilizados
de Capital Semente. especialmente para: expansão geográfi-
ca ou da linha de produtos; abertura de
Os fundos de investimento que novos mercados; aquisição de empre-
apoiam empresas nesse estágio normal- sas concorrentes (SEBRAE NACIONAL,
mente congregam atores institucionais e 2019a).
também governamentais com a intenção
de fomentar a inovação no seu território Os investidores atuantes nesse es-
de atuação. Esses fundos exigem compe- tágio são os Fundos de Investimento
tências técnicas sólidas entre os sócios- de Venture Capital. Normalmente, eles
-fundadores, em especial capacidade de exigem uma estratégia de crescimento
inovar, e dão especial atenção ao valor da mais robusta e coerente com os merca-
inovação oferecida pelo empreendimento dos que constituem o alvo da empresa.
(SEBRAE NACIONAL, 2019a). Um fator crucial para que um fundo de
VC possa investir é a escalabilidade do
Venture Capital negócio.
Venture Capital (VC) é o estágio fo- Um tipo especial de VC é o Corpo-
cado em negócios em etapa de conso- rate Venture Capital, ou Capital de Risco
lidação, ou seja, é voltado às empresas Corporativo: trata-se de um modelo de
que já possuem um modelo de negócio programas liderados por grandes com-
validado e receita recorrente, mas preci- panhias para investimento em empresas
sam alocar mais recursos de modo a ex- e startups. Essas companhias podem es-
pandir seu negócio. Nessa modalidade, timular um novo negócio que esteja nas-
investidores de risco aplicam recursos cendo dentro da própria organização ou
em empresas com expectativas de rápi- buscar no mercado uma startup que se
do crescimento e elevada rentabilidade. relacione com o negócio da empresa-mãe
Esse investimento ocorre por meio da (ARANHA, 2016).
aquisição de participação acionária nas
empresas. Mas, além da entrada de re- Para mais informações sobre Corpora-
cursos financeiros, esse investimento im- te Venture Capital, veja o estudo realizado
plica em compartilhamento de gestão do pelo SEBRAE em conjunto com a Anprotec
investidor com o empreendedor (CODE- relativo ao tema: http://anprotec.org.br/site/
MEC, 2014; SEBRAE NACIONAL, 2019a). wp-content/uploads/2019/06/Corporate-
-Venturing-Anprotec-e-Sebrae.pdf
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pital podem ser encontradas nesse sítio dos Auto1 Group. De acordo com a pes-
virtual (BMWI, 2019c). quisa KfW Start-up Monitor 2018 (Metzger,
2018b) no ranking estadual de atividades
Além disso, o BMWi e o KfW lança- de startups, Berlim está no topo da classi-
ram a fase piloto de uma nova platafor- ficação, com 207 em cada 10 mil pessoas
ma digital para startups em dezembro que começaram seu próprio negócio (mé-
de 2017, que começou a funcionar ofi- dia anual entre 2015 e 2017). De fato, Ber-
cialmente em 2018. Com isso, os futuros lim pode ser considerada na Alemanha a
empreendedores podem obter uma am- “Startup Capital”, como veremos a seguir.
pla variedade de atividades interativas,
personalizadas e gratuitas para ajudar no
3.1.3. BERLIN – STARTUP
seu negócio em www.gruenderplattform.
de (BMWI, 2019c). CAPITAL
A ideia é que as pessoas que quei- Com cerca de 40 mil novas empresas
ram iniciar um negócio sejam capazes e mais de 500 startups de tecnologia fun-
de lidar com todos os preparativos re- dadas a cada ano, Berlim é não apenas
lacionados ao lançamento em uma pla- o ponto central para empresas nascentes
taforma central e obter aconselhamen- alemãs, mas também uma das principais
to individual - desde a ideia inicial, por capitais europeias nesse aspecto (star-
meio do desenvolvimento do modelo de tup capital). Ocupando o sétimo lugar
negócios e do plano de negócios, até a no ranking do Startup Genome de 2017,
assistência e financiamento adequados. Berlim está se tornando um dos ecossis-
A plataforma oferece uma variedade de temas de startups mais dinâmicos e em-
ferramentas digitais e inclui todos os polgantes do mundo (BERLIN PARTNER
principais agentes da Alemanha que ofe- FUR WIRTSCHAFT UND TECHNOLOGIE,
recem consultoria e financiamento para 2019; STARTUP GENOME, 2018).
startups (BMWI, 2019c). Com uma cultura empreendedora
Segundo estudo de startups KfW saudável, senso de comunidade, talentos
(Metzger, 2018a), em 2017 existiam 108 internacionais de alto nível, oportunidades
mil fundadores de startups e 60 mil star- de capital (investidores), conferências
tups na Alemanha, mais do que o ano an- tecnológicas, concursos de startups e ou-
terior, que registrou 93 mil fundadores e 54 tros elementos, Berlim tem um cenário de
mil startups. Ainda de acordo com o es- startups que atrai talentosos fundadores
tudo, o principal unicórnio da Alemanha é de todo o mundo, ano após ano. Berlim
atualmente a plataforma de veículos usa- recebe cerca de 50 mil novos habitantes
por ano, sendo que aproximadamente
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um quinto das startups locais foram rea- dade Livre de Berlim e a Universidade
locadas de fora da cidade, a maior taxa Técnica de Berlim - estão entre as 100
do mundo (TRAJKOVSKA, 2018; BMWI, melhores do mundo. A alta qualidade do
2019d; STARTUP GENOME, 2019). ensino superior na cidade ajudou a ca-
talisar o rápido crescimento de startups
Berlim é frequentemente consi- em Berlim (STARTUP GENOME, 2018).
derada o “padrão-ouro” (Golden Stan- A capital alemão é uma das cidades lí-
dard) dos ecossistemas de startups na deres na Europa em termos de investi-
Europa, apesar da concorrência acirra- mentos em startups: em 2018, cerca de
da de Londres e Estocolmo, bem como
€ 2,6 bilhões em capital de risco (ventu-
de centros tecnológicos emergentes
re capital) foram investidos em Berlim.
em outros países. O ecossistema ale-
Startups promissoras e bem estabele-
mão tem muitos sucessos e nomes de
cidas surgiram nos últimos anos, tais
alto nível e a cidade continua atraindo
como Soundcloud, Gameduell, Mister
fundadores que querem dar à sua star-
Spex, Zalando, Helpling, Delivery Hero,
tup a melhor oportunidade possível.
Home24, HelloFresh, ZipJet, Movinga,
A capital alemã fornece um constante
Auto1, FoodPanda, Raisin, GetYourGui-
fluxo de talentos locais das universida-
de e N26. Berlim é popular entre inves-
des, bem como de pessoas que se di-
tidores estrangeiros de capital de risco,
rigem à cidade em busca de trabalho
que representaram quase 40% do total
na cena de startups. Com numerosas
de investimentos em 2017. A participa-
incubadoras, aceleradoras e espaços
ção de startups financiadas por capital
de coworking, a cidade oferece as con-
de risco na força de trabalho de Berlim
dições ideais para empreendedores de
também está aumentando significativa-
todo o mundo (KEANE, 2018; BERLIN
mente (BERLIN PARTNER FUR WIRTS-
PARTNER FUR WIRTSCHAFT UND TE-
CHAFT UND TECHNOLOGIE, 2019).
CHNOLOGIE, 2019).
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fic Advisers. Todos fazem parte do Chief co. Como incentivo fiscal para inovação,
Scientific Adviser’s Committee (CSAC), o governo britânico reduz em 30% os im-
uma entidade interministerial presidida postos (tax break) para startups e 50%
pelo GCSA que é responsável por discutir para capital semente (seed capital) (San-
a política nacional de C&T e Inovação e tos, 2013). O Seed Enterprise Investment
apresentar recomendações ao gabinete Scheme (SEIS), oferece incentivos fiscais
sobre temas e mecanismos para aprimo- para investidores individuais que com-
rar a implementação da política do gover- pram participação em uma empresa. Os
no para a área (SANTOS, 2013). créditos fiscais de P&D permitem que as
empresas recuperem os custos de P&D
Uma mudança recente na estrutura até dois anos após o final do período con-
do sistema de inovação e pesquisa do tabilístico a que os custos se referem5.
Reino Unido, ainda não incorporada na
figura apresentada anteriormente, foi a O governo do Reino Unido vem in-
criação do UK Research and Innovation centivando o empreendedorismo por
(UKRI). Sua criação foi aprovada por lei meio de prêmios há bastante tempo.
em abril de 2017 e as operações inicia- Os Queen’s Awards for Enterprise, por
ram oficialmente em março de 2018. A exemplo, são os prêmios mais prestigia-
agência de pesquisa e inovação nasceu dos para empresas e indivíduos no Rei-
para atuar como centro estratégico do no Unido. Premiação concedida desde
sistema de financiamento de pesquisa e 1965 para excelência industrial, novas
inovação do Reino Unido. O UKRI incor- categorias foram recentemente adicio-
porou os sete conselhos de pesquisa (Re- nadas para também sinalizar valorização
search Councils UK), o Innovate UK e as por empreendimentos empreendedores e
funções de financiamento de pesquisa do inovadores. Os prêmios são concedidos
HEFCE (Higher Education Funding Coun- nas categorias de inovação, comércio
cil for England) (BEIS, 2018). inovador, desenvolvimento sustentável e
promoção de oportunidades por meio da
O marco regulatório de inovação no mobilidade social (SANDERS et al., 2018).
Reino Unido inclui incentivos fiscais na
forma de créditos para pesquisa e de- O governo britânico oferece várias
senvolvimento tecnológico. Esses crédi- rotas de financiamento para startups. As
tos são disponibilizados de duas formas: startups podem candidatar-se a um dos
por meio da dedução de impostos para diversos subsídios governamentais admi-
recursos alocados em P&D; ou pela com- nistrados pelo BEIS ou tentar o esquema
pensação por PMEs de seus prejuízos em
troca de pagamento em dinheiro pelo fis- 5 https://www.techworld.com/startups/5-ways-
-uk-government-supports-tech-startups-3652774/
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StartUp Loans, que oferece empréstimos mento e suporte aos negócios, com possi-
entre £500 e £25 mil a uma taxa de ju- bilidades tanto para startups quanto para
ros fixa de 6% ao ano para novas ideias empresas já estabelecidas (https://www.
de negócios. Os aprovados também re- gov.uk/business-finance-support) (SAN-
cebem orientação sobre como escrever DERS et al., 2018). Ainda no site do BEIS,
um plano de negócios e até 12 meses de o empreendedor/empresário pode encon-
mentoring gratuito. Há também uma série trar diversas informações de interesse em
de competições de financiamento ofereci- vários temas relevantes para negócio) (ht-
das pelo Innovate UK, que financia e co- tps://www.gov.uk/browse/business).
necta empresas britânicas para o desen-
volvimento de novos produtos, processos Mais orientações podem ser encon-
e serviços6. tradas no Tech Nation (https://technation.
io/), um órgão financiado pelo governo
Além de prêmios, apoio e eventos, o que fornece uma gama de opções de su-
governo do Reino Unido incentiva o em- porte para empresas de tecnologia. Seus
preendedorismo por meio de Enterprise projetos incluem o Future Fifty, o qual per-
Zones, estabelecidas desde 2012. Essas mite que empresas de tecnologia bem-
Enterprise Zones são áreas designadas -sucedidas do Reino Unido (tais como
em toda a Inglaterra que oferecem incen- Just Eat, Shazam e Skyscanner) se unam,
tivos fiscais (tax breaks) e apoio gover- construam uma rede poderosa de apoio
namental. Desde seu início, essas Zonas e resolvam problemas com seus pares.
geraram 635 empresas e atraíram mais Outra iniciativa é a Digital Business Aca-
de £2,4 bilhões em investimentos do setor demy, uma plataforma gratuita de apren-
privado (SANDERS et al., 2018). dizado on-line para empreendedores de
tecnologia aprenderem as habilidades
O passado recente está repleto de necessárias para começar, crescer ou in-
iniciativas que buscam melhorar o aces- gressar em um negócio digital6.
so à informação e orientação às startups.
Todas essas iniciativas fazem parte da
3.2.2 REGIÃO DE
grande campanha denominada Business
is Great (http://www.greatbusiness.gov. MANCHESTER
uk/), cujo site fornece informações sobre A grande Manchester é hoje a região
assuntos que vão desde como proteger que mais cresce no Reino Unido fora de
sua propriedade intelectual até assesso- Londres. A região tem uma longa história
ria com assuntos fiscais. Além disso, o de inovação e uso de ciência e tecnologia
site do BEIS mantém um banco de dados para o sucesso comercial, desde a divi-
com diversas oportunidades de financia- são do átomo (a base da energia atômi-
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O Manchester Science Park está si- presas podem receber apoio para cres-
tuado no coração do Oxford Road Corri- cimento usufruindo de uma variedade de
dor, o bairro da inovação da cidade. Sua serviços especializados, incluindo acesso
proximidade com a Universidade de Man- a finanças, talentos, mercados e recursos
chester, a Manchester Metropolitan Uni- universitários e clínicos. O parque tam-
versity e a Manchester NHS Foundation bém oferece um abrangente programa
Trust, bem como seu status como digital de eventos, tanto focados em apoio para
hotspot, fazem do Manchester Science negócios quanto sociais11.
Park uma das comunidades mais vibran-
tes e prósperas de cientistas, inovadores Os edifícios baseados no Manches-
e empreendedores11. Local ideal para ter Science Park são os seguintes (COR-
empresas de ciência e tecnologia digital RIDOR MANCHESTER ENTERPRISE
de crescimento rápido de todos os tama- ZONE, 2017):
nhos, o Manchester Science Park oferece
BASE
uma variedade de acomodações, desde
mesas compartilhadas e individuais, es- O edifício BASE abriga um grupo de
critórios e espaços de laboratório para empresas criativas de ciência e tecnolo-
startups, até sedes para empresas glo- gia em rápido crescimento, oferecendo
bais (CORRIDOR MANCHESTER ENTER- uma gama de pequenos espaços de tra-
PRISE ZONE, 2017). balho para alugar. Com espaços compar-
tilhados e salas de reunião compartilha-
Desde startups de uma única pes-
das, o BASE possui espaços de escritório
soa até empresas globais e centros inter-
flexíveis, ideais para pequenas empresas
nacionais de excelência em P&D, mais de
se prepararem para expandir seus negó-
150 empresas estão baseadas no Man-
cios.
chester Science Park (dados de 2019).
As instalações do campus incluem várias Bright Building
salas de reunião e espaços para eventos
de última geração (indoor e outdoor), co- Inaugurado em setembro de 2017, o
nectividade ultrarrápida, café, pub, aca- Bright Building tem espaço de escritório
demia de ginástica, chuveiros e armários, flexível disponível em todos os andares,
armazenamento seguro para bicicletas e ideal para empresas globais de tecnolo-
Amazon Locker. gia que querem estar junto à (co-locate)
startups pioneiras, criando um ambiente
Ao se localizar neste campus, as em- colaborativo para o desenvolvimento de
ideias inovadoras e propiciando a forma-
11 https://mspl.co.uk/campuses/manchester-s-
cience-park/
ção de parcerias valiosas.
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ca do país por meio da adoção de medi- dou a trajetória da economia israelense, [...]
das tempestivas e eficazes (BERENGUER; “levantado um dos pilares de Israel – ou o
SANTOS, 2013). ‘toque final’ para que sua economia ingres-
sasse no século 21’ (VITURINO, 2011). Em
Em 1984, foi criada a Lei de Encora- 1993 o governo israelense decidiu assumir
jamento da Pesquisa e Desenvolvimento um papel ativo na atração de capital es-
Industrial (Encouragement of Industrial Re- trangeiro para as empresas nascentes em
search and Development) que deu um forte Israel. O governo lançou então o programa
impulso à canalização de recursos em P&D. Yozma e investiu US$ 100 milhões em em-
Essa lei propiciou o arcabouço institucional presas de tecnologia. A ideia por trás dessa
necessário para a execução da política go- injeção de recursos inicial era que os inves-
vernamental de apoio à P&D com o forta- tidores (tanto locais como estrangeiros) se
lecimento do papel de estímulo à inovação sentissem mais seguros com essa partici-
do então Escritório do Cientista-Chefe (Offi- pação direta do Estado (assumindo parte
ce of the Chief Scientist – OCS), vinculado dos riscos também) e, assim, fossem aos
ao Ministério da Indústria, Comércio e Tra- poucos começando a investir nas empre-
balho (BERENGUER; SANTOS, 2013). sas israelenses (VITURINO, 2011).
Inicialmente, o OCS começou com Na prática, o Yozma oferecia incen-
um professor universitário que ia ao escri- tivos fiscais significativos e combinava
tório apenas duas vezes por semana, tendo compromissos de investimento com inves-
como objetivo simplificar o fornecimento de tidores estrangeiros de capital de risco.
capital de pesquisa e desenvolvimento em Embora os primeiros fundos de capital de
Israel. Ao longo dos anos e com os primei- risco tenham sido estabelecidos nos anos
ros resultados visíveis, o OCS recebeu seu 80, foi a iniciativa Yozma que realmente es-
primeiro diretor em tempo integral em 1974 timulou o crescimento do cenário de capital
e, desde então, ampliou continuamente sua de risco em Israel. Entre 1991 e 2000, os
importância dentro da estrutura político-e- investimentos anuais em capital de risco
conômica do País. O sistema nacional de de Israel aumentaram de US$ 58 milhões
inovação israelense evoluiu fortemente em para US$ 3,3 bilhões12. Em 2018, as star-
torno do papel central de formulação de tups de alta tecnologia (high-tech) de Israel
políticas do OCS (BENNER et al., 2016). receberam um total de US$ 6,47 bilhões em
investimento13 Em 2016, o OCS foi trans-
Um dos principais feitos do OCS na
década de 1990, o programa Yozma (que
significa “iniciativa” em hebraico) liderado 12 https://www.clearviewp.com/history-of-ventu-
re-capital-in-israel/
pelo então cientista-chefe Yigal Erlich, mu-
13 https://www.forbes.com/sites/gilpres-
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Ecossistemas de Empreendedorismo Inovadores e Inspiradores
formado em Israel Innovation Authority (IIA), inovação em Israel e, além disso, monitora
ou Agência de Inovação de Israel. A IIA e analisa as mudanças dinâmicas que ocor-
é o principal ator no sistema de inovação rem nos ambientes de inovação em Israel
daquele país, sendo responsável pelo pla- e no exterior. A IIA estabelece cooperação
nejamento e pela execução da política de com agências equivalentes para promover
inovação. Trata-se de uma entidade públi- a inovação tecnológica na indústria e eco-
ca independente e imparcial, que opera em nomia de Israel (IIA, 2018).
benefício do ecossistema de inovação is-
raelense e da economia nacional como um A área de Ciências da Vida (Life Scien-
todo. Seu papel é nutrir e desenvolver os ces) é o setor que recebe a maior parcela
recursos de inovação israelenses, criando de recursos da IIA pelo sexto ano conse-
e fortalecendo a infraestrutura e o arcabou- cutivo. Embora haja um pequeno declínio
ço necessários para apoiar toda a indústria no apoio aos campos clássicos das Ciên-
do conhecimento (IATI, 2019; IIA, 2018). cias da Vida, há um aumento nos campos
multidisciplinares (outros - other) que in-
A IIA assessora o governo e os Comi- cluem tecnologias da saúde (healthtech)
tês do Parlamento (Knesset) em relação à (IATI, 2019). O gráfico a seguir apresenta a
distribuição de recursos da IIA por setores
s/2019/01/14/2018-was-a-record-breaking-year-for-is- de 2012 a 2018.
raeli-startup-funding-whats-next/amp/
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mentos médicos em Haifa, para permitir a Yam Property & Building Corp (50,1%). A
cooperação estratégica entre instituições subsidiária da MATAM opera duas subsi-
acadêmicas, centros médicos, institutos diárias adicionais: Shatam, a qual fornece
de pesquisa e entidades comerciais em a todos os residentes do parque servi-
Israel e no exterior (HEC, 2019d). ços de manutenção de propriedades; e o
Centro Internacional de Convenções, es-
MATAM tabelecido pela HEC, com teatros e salas
de conferências para convenções e ex-
O desenvolvimento de alta tecnolo-
posições (HEC, 2019e; MATAM, 2019a).
gia (high-tech) é um dos principais obje-
tivos da HEC, com a proposta de impul- A singularidade do parque é a gran-
sionar o avanço de Haifa como centro de de variedade de serviços disponibilizados
pesquisa e desenvolvimento de Israel e aos ocupantes, tais como: ar-condiciona-
sede de importantes empresas interna- do central, lanchonetes, day-care para
cionais de tecnologia. Em seu caminho crianças, uma clínica médica, facilidades
para cumprir sua visão de Haifa, a em- de transporte (estação de trem de Carmel
presa planejou e desenvolveu o MATAM Beach), correios, posto de gasolina, áreas
Business Park, nos arredores do sul da de estacionamento etc. Especial ênfase é
cidade. Parque tecnológico pioneiro de colocada nos sistemas de redundância
Israel, iniciou sua operação em 1972 (o de infraestrutura, como os dois transfor-
nome do parque corresponde à sigla, em madores instalados de modo a assegurar
hebraico, de Centro de Indústrias Científi- o fluxo contínuo em caso de falha elétrica
cas). Complexo de 270 mil m2 de espaço (MATAM, 2019b, 2019c).
construído e com mais de 10 mil pessoas
trabalhando em seu interior, seus edifícios O MATAM oferece também grama-
são alugados para cerca de 50 empresas dos verdes, praças, avenidas de árvores,
líderes na área de tecnologia (dados de vegetação exuberante e esculturas, que
2019), incluindo: Intel, Apple, Elbit Sys- contribuem para o panorama natural do
tems, Google, IBM, Microsoft, Yahoo, Phi- parque. As áreas de estar sombreadas
lips, Pluristem entre outras (HEC, 2019e; com bancos permitem que os trabalha-
MATAM, 2019a). dores relaxem e desfrutem da bela vista
do mar. O parque oferece ainda serviços
Conforme o modelo usual de parce- bancários, dois restaurantes, café, ser-
rias público-privadas em Israel, o parque viços para carros, salão de cabeleirei-
é administrado e desenvolvido pela MA- ro e uma agência de viagens (MATAM,
TAM Company, uma empresa de proprie- 2019b).
dade conjunta da HEC (49,9%) e da Gav
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Fonte: https://www.ic.gc.ca/eic/site/062.nsf/eng/h_00051.html
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A comunidade de empreendedo-
rismo da Universidade de Toronto é o
principal motor do Canadá para startups
baseadas em pesquisa e líder global na
transformação de ideias em produtos e
serviços que impactam o mundo. Nos
últimos dez anos, mais de 500 startups Creative Destruction Lab (CDL)
baseadas em pesquisa foram fundadas
Foco: empresas de tecnologia prontas para
na UT, superando todas as outras univer-
entrar em mercado, produtos/ serviços esca-
sidades canadenses e gerando mais de láveis, criação de valor patrimonial.
US $ 1 bilhão em investimentos. Em 2018,
O CDL é projetado para fornecer aos em-
a UBI Global classificou o empreendedo-
preendimentos baseados em ciência a ava-
rismo da Universidade de Toronto como liação de negócios que precisam para esca-
uma das cinco melhores incubadoras ge- lar. Une a orientação baseada em objetivos
renciadas por universidades do mundo26. de empreendedores e investidores bem-su-
cedidos com acesso aos recursos da princi-
A comunidade de empreendedoris- pal escola de negócios do Canadá. Os con-
mo da Universidade de Toronto oferece sultores definem metas de desenvolvimento
orientação, conhecimento, recursos e co- específicas para cada negócio, oferecen-
nexões estratégicas para todas as etapas do consultoria e, às vezes, investimentos.
da inovação, a fim de proporcionar aos
empreendedores as habilidades e os re-
cursos necessários para iniciar, construir e
dimensionar efetivamente seus negócios30.
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Universidade Ryerson
The Hub at UTSC
A Universidade Ryerson oferece 62
Foco: inovação em estágio inicial e empreen- programas de bacharelado e 55 progra-
dedorismo. mas de mestrado e doutorado, tendo mais
O Hub na UTSC é uma incubadora de ino- de 45 mil estudantes (dados de 2019).
vação e empreendedorismo em estágio ini- Dedica-se a atividades acadêmicas, de
cial que auxilia estudantes da UT e recém- pesquisa e criativas, que abordam os
-formados na criação e lançamento de novas desafios do mundo real para impulsionar
empresas. Oferece orientação, workshops, o crescimento econômico e melhorar a
coaching individual, suporte inicial a finan- qualidade de vida dos canadenses31.
ciamento e espaço de trabalho. Ajuda no
desenvolvimento de startups, desde a ideia Dentre diversos estímulos ao em-
inicial até os primeiros estágios da geração preendedorismo e inovação, destacam-
de receita, passando pelo investimento anjo. -se o Centro de Inovação em Enge-
Seu objetivo principal é apoiar iniciativas em nharia e Empreendedorismo (CEIE) e
todo o campus, de todas as disciplinas.
a aceleradora DMZ. O CEIE é um centro
para estudantes da Faculdade de Enge-
nharia e Ciência Arquitetônica (FEAS) da
Universidade de Ryerson se unirem a pro-
fessores, mentores de negócios e clientes
para empreender em negócios tecnológi-
cos. O CEIE fornece aos alunos recursos
UTEST e suportes necessários para desenvolver
e comercializar suas ideias32.
Foco: criação de empresas startups basea-
das em pesquisas desenvolvidas na Univer- DMZ33
sidade de Toronto.
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A hélice quádrupla tem sido acres- tratégias neste sentido. Dessa forma,
centada a esse modelo e é representada o termo “nacional” possui o sentido de
pela sociedade civil, na medida em que atuação e estratégia de um determina-
esta participa e interage para a emergên- do país (NELSON, 1993).
cia de inovações.
O governo brasileiro desenvolveu a
Outro modelo que pretende com- Estratégia Nacional de Ciência, Tecnolo-
preender o desenvolvimento dos países gia e Inovação (ENCTI) e vem reformu-
por meio da ciência, tecnologia e inova- lando-a ao longo dos anos. Consiste em
ção é o Sistema Nacional de Inovação. A um documento para a implementação de
fim de conceituar em que consistiria o Sis- políticas públicas de Ciência, Tecnologia
tema Nacional de Inovação, é necessário e Inovação (CT&I).
compreender em que consistiria em cada
um dos termos isoladamente: sistema, Conforme a ENCTI, é percebido
nacional e inovação. um papel protagonista dos governos
como um articulador dos elementos de
Os três termos são compreendi- cada sistema nacional de inovação.
dos de forma abrangente. A inovação Mas também reconhece que os investi-
consiste em envolver os processos pe- mentos privados são elementares para
los quais as empresas dominam e im- o desenvolvimento, conforme se obser-
plementam produtos e processos que va em estatísticas mundiais acerca dos
são novos para elas. Enquanto sistema aportes em PD&I (MCTIC, 2016). As
seria um conjunto de instituições cujas trajetórias de evolução dos SNCTIs são
interações determinam o desempenho aquelas que primam pela integração
inovador das firmas nacionais. Não há contínua das políticas governamentais
presunção de que o sistema tenha sido com as estratégias empresariais (MC-
conscientemente projetado, ou mesmo TIC, 2016).
de que o conjunto de instituições en-
volvidas trabalhe em sinergia, de forma O documento expõe a composição
harmoniosa e coerente. Tratando de ino- e o funcionamento do Sistema Nacional
vação, o conceito “nacional” é compli- de CT&I, em que se propõe a apresentar
cado, pois diversos setores desenvol- a complexidade do Sistema a partir dos
vem a inovação de forma global, não principais atores; as fontes de financia-
fazendo sentido a abordagem nacional. mento; os instrumentos de apoio; os re-
Entretanto, os governos nacionais atuam cursos humanos; e as infraestruturas de
como se o fizessem e desenvolvem es- pesquisa (MCTIC, 2016).
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Ocorre que é necessária uma com- com vistas a estimular sua criação, for-
paração. Quando a realizamos, é possível malização, desenvolvimento e consolida-
perceber que o triplicar do Brasil é prati- ção como agentes indutores de avanços
camente indiferente quando se analisa o tecnológicos e da geração de emprego e
crescimento da China, EUA, Alemanha, renda. A Lei que instituiu o Inova Simples,
Coréia e Japão. Lei Complementar nº 167/19, também de-
finiu o termo startup como
Quando analisamos a Balança de
Pagamentos brasileira no que tange a
serviços de propriedade intelectual, o an- empresa de caráter inovador que
tigo “royalties/licenças” em que há as re- visa a aperfeiçoar sistemas, mé-
ceitas e despesas com compra ou venda todos ou modelos de negócio, de
de tecnologia, somos deficitários. produção, de serviços ou de pro-
dutos, os quais, quando já exis-
Quando analisamos somente paten- tentes, caracterizam startups de
tes de invenção, no ranking dos deposi- natureza incremental, ou, quando
tantes residentes de 2016, as instituições relacionados à criação de algo to-
de ensino e pesquisa ocupam as nove talmente novo, caracterizam star-
primeiras posições. tups de natureza disruptiva.
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Rádio Cognitivo - Neste laboratório são desen- Robótica e Inteligência Artificial - O Laborató-
volvidas pesquisas científicas e tecnológicas rio de Robótica e Inteligência Artificial tem por
para os Rádios Cognitivos, que são rádios defi- objetivo a realização de atividades de pesquisa
nidos por software, capazes de mudar os proce- e desenvolvimento da robótica e da pesquisa
dimentos realizados durante a comunicação de de inteligência artificial. Os programas voltados
forma dinâmica e sem a necessidade de mudan- para robótica incluem o futebol de robô 2D, car-
ça do hardware. A tecnologia de rádio cognitivo ro seguidor de linha, projetos relacionados aos
possibilita o uso mais eficiente do espectro de cursos de engenharia e tecnologia e projetos de
frequências, pois explora os canais de comuni- iniciação científica.
cação destinados a outros serviços apenas en-
quanto estes estão ociosos.
Fonte: https://inatel.br/pesquisador/cen-
Woca - Wireless and Optical Convergent Ac- tros-de-pesquisa e https://inatel.br/pes-
cess - O Laboratório visa a realização de ativida-
des de pesquisas voltadas para a convergência
quisador/laboratorios-de-pesquisa
tecnológica dos sistemas de comunicações óp-
ticas e sem fio, atuando na concepção de novas Incubadora do INATEL
soluções tecnológicas e suas implementações
em redes de telecomunicações reais. Tem par-
ceria e projetos de pesquisas e desenvolvimento A Incubadora de Projetos e Empre-
(P&D), com várias empresas e universidades na- sas do Inatel foi criada em 1985, ofere-
cionais e internacionais, bem como o apoio finan-
ceiro do governo e instituições de desenvolvi- cendo um ambiente propício para a cria-
mentos como: MCTI, CNPq, FAPEMIG e CAPES. ção e desenvolvimento de empresas/
startups inovadoras de base tecnológica,
demonstrando a geração de resultados
dos empreendimentos que foram criados
na instituição.
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Vinte e quatro por cento das empre- Sindicato das Indústrias de Apare-
sas de base tecnológica instaladas em lhos Elétricos, Eletrônicos e Similares
Santa Rita do Sapucaí são provenientes do Vale da Eletrônica - Sindvel
do PROINTEC.
http://sindvel.com.br
Além da incubadora municipal, a
prefeitura criou o ambiente de pós-incu-
O Sindvel foi criado para coordenar,
bação no Condomínio Municipal de Em-
proteger e representar legalmente as in-
presas “Ruy Brandão”, o CME, com o
dústrias do setor. Com 94 empresas atual-
objetivo de apoiar as pequenas e médias
mente associadas (dados de 2019), o
empresas do município. Por meio de uma
sindicato demonstra uma representação
área de 25.400 m² e área construída de
legítima das empresas de aparelhos elé-
12.500 m², há galpões industriais com
tricos, eletrônicos e similares, sendo um
áreas de 140 a 1.500 m². Das 14 empre-
ator que estimula a melhoria contínua das
sas que atualmente ocupam o condomí-
empresas, seja por meio de constantes
nio, quatro foram criadas na incubadora
capacitações, eventos, ou seja trazendo
do município. Os dados de 2010 mostram
parcerias nacionais e internacionais para
que as empresas do condomínio produ-
os empreendimentos associados.
ziram um faturamento de por volta de 70
milhões de reais, gerando 490 empregos
O Sindvel, em conjunto com a prefei-
diretos e mais de 200 empregos indiretos,
tura, tem assumido a liderança do desen-
a partir de uma interação com o APL (Ar-
volvimento local por meio das empresas
ranjo Produtivo Local) Eletroeletrônico de
de base tecnológica, criando um ambien-
Santa Rita do Sapucaí.
te saudável para a criação e crescimento
desses empreendimentos seja por meio
Outra ação do PROINTEC é a Casa
de estímulo a políticas públicas ou pelo
do Empreendedor do Vale da Eletrônica
apoio a seus associados.
(CEVE). O objetivo é reunir as informa-
ções de diversos setores econômicos e
SENAI
oferecer orientações sobre a legislação,
restrições e exigências para cada tipo
O Senai constitui uma importante ins-
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Feiras Tecnológicas
https://www.fai-mg.br/portal/index.
A Feira Industrial do Vale da Eletrô- php/faitec/apresentacao
nica (FIVEL) representa uma oportunida-
de de reunir toda a rede de compradores A Feira Tecnológica do Inatel foi
e representantes das empresas para a idealizada por um grupo de alunos inte-
apresentação de produtos, lançamentos, grantes da Chapa Unidade e Luta, que
inovações e fechamento de negócios. Em liderava o Diretório Acadêmico do Inatel,
sua 15ª edição, em 2019, a FIVEL já se no início dos anos 80. Já a partir da se-
consolidou como o momento para em- gunda edição da feira, o Inatel a incorpo-
presas do Arranjo Produtivo Local de Ele- ra aos eventos institucionais. As primeiras
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Muito se tem falado até hoje sobre Tendo em vista as indústrias que
o quase assombroso desenvolvi- ocupavam a região, grande parte dos
mento de Campina Grande. A sua estudantes campinenses que desejavam
fama sob o ponto de vista comer- uma formação tinham que deixar a cida-
cial ultrapassou não só as frontei- de natal para seguir uma carreira univer-
ras do nosso Estado como as fron- sitária. Esse foi um dos principais motivos
teiras do nosso país. Não é nosso para a implementação do ensino superior
propósito entrar em detalhes so- na região. A Escola Politécnica de Cam-
bre as razões que levaram-na a pina Grande possui diversos desafios da
tão alto grau de expansão, mas, o sua concepção e implementação, mas
que é certo é que temos aqui uma houve diversas lideranças que se desta-
cidade como poucas cidades do caram para o crescimento da Escola e o
interior, sem preconceitos e sobre- desenvolvimento da região. Uma das que
tudo sem dono, maior sintoma de mais se destaca é o Dr. Lynaldo Caval-
democracia. canti que foi diretor da Escola Politécnica
entre 1964 até 1971, reitor da Universida-
Mas, ao par daqueles comentários
de da Paraíba e presidente do Conselho
elogiosos, havia sempre uma vela-
Nacional de Desenvolvimento Científico
da crítica ao seu desenvolvimento
e Tecnológico (CNPq), quando assumiu
intelectual.
também a liderança de trazer um dos
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lógicos. Criada em 1984, entre os quatro 9394/96. Desde 1975, formou aproxima-
primeiros parques tecnológicos do país, damente sete mil jovens habilitados para
a Fundação Parque Tecnológico da Paraí- ingressar no mercado de trabalho como
ba – Fundação PaqTcPB é uma instituição Técnicos em Eletrônica, Telecomunica-
sem fins lucrativos voltada para o avanço ções, Informática, Segurança do Trabalho,
científico e tecnológico do Estado. Equipamentos Biomédicos, Enfermagem,
Guia de Turismo, Logística e Reabilita-
Além das instituições públicas, como ções de Dependentes Químicos53.
a UEPB e a UFCG, há também o Institu-
to Federal da Paraíba campus Campina Há também diversas instituições
Grande, que iniciou suas atividades no particulares de ensino, como a Faculdade
ano de 2006. Seus primeiros cursos foram de Ciências Sociais Aplicadas (UNIFACI-
ofertados em 2007, tendo como pioneiro o SA); a Faculdade de Ciências Médicas de
Curso Superior de Tecnologia em Telemá- Campina Grande (FCM); a Escola Supe-
tica. Levando em consideração o poten- rior de Aviação Civil (ESAC); e a Faculda-
cial regional, o campus Campina Grande de Maurício de Nassau (UNINASSAU).
do IFPB procura adequar sua oferta de
cursos às demandas locais, atendendo Campina Grande se destaca no ce-
às necessidades da sociedade52. nário de inovação por um conjunto de
fatores e estruturas. Tanto pelo forte his-
Interessante destacar que a Escola tórico atrelado ao conhecimento, como a
Técnica Redentorista - ETER foi criada cultura local, quanto pelo apoio do poder
em 1975 e recebeu inúmeras ajudas, em público54 a esse desenvolvimento e ao
especial da atual UFCG, destacando-se crescimento industrial. Conforme ressalta
a participação do Professor Lynaldo Ca- Alexandre Moura, ex-aluno da UFCG e di-
valcanti. As orientações quanto à estrutu- retor da Light Infocon: “temos metade do
ra curricular e organizacional vieram da tamanho de Pernambuco e estamos na
Escola Técnica de Eletrônica de Santa
Rita do Sapucaí (MG). Em 1998, a Escola 53 http://www.redentorista.org.br/index.php/eter/
institucional/historia.html
firmou convênio com o MEC, através do
Programa de Expansão do Ensino Profis- 54 “A alta concentração de cérebros também foi
impulsionada por um pacote de incentivos fiscais. Pe-
sionalizante (PROEP), possibilitando-lhe sou a recente medida do governo federal que reduziu
implantar a reforma do ensino profissiona- à metade os impostos sobre exportações de TI. Antes
lizante, de acordo com as exigências da disso, a prefeitura já tinha se encarregado de baixar
uma lei reduzindo o ISS para softwares, de 5% para
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a 2,5%. E o Estado, por fim, concedeu um desconto no
ICMS para o setor - 100% para microempresas e 50%
52 https://www.ifpb.edu.br/campinagrande/insti- para as demais”. http://www.ufcg.edu.br/prt_ufcg/as-
tucional/sobre-o-campus sessoria_imprensa/mostra_noticia.php?codigo=8190
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Ecossistemas de Empreendedorismo Inovadores e Inspiradores
pior parte do Nordeste: daqui só sai pe- da sociedade: UFPB, UFCG, SEBRAE-PB,
dra e cacto. A Paraíba só poderia andar Prefeitura Municipal de Campina Grande
com a Universidade e a tecnologia”55. (PB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB),
UEPB, CNPq, FIEP, Governo do Estado
Em seguida serão destacadas algu- da Paraíba e Associação das Empresas
mas estruturas e mecanismos de apoio de Base Tecnológica (AEBT).
a empreendimentos inovadores que es-
timulam o ecossistema de inovação de Ressalta Gomes (1995) que na cons-
Campina Grande. tituição da Fundação PaqTc-PB havia
uma forte vertente para a transferência
Fundação Parque Tecnológico da de tecnologia a partir da universidade e
Paraíba – Fundação PaqTcPB voltada, sobretudo, ao atendimento das
necessidades do tecido industrial local e
regional, não fazendo referência à criação
de empresas. Somente em 1987, a PaqTc-
Com o propósito de “criar condições
-PB começou a direcionar esforços para o
para elevar o grau de interação, entre o
processo de incubação de empresas, no
Sistema Nacional de Desenvolvimento
início informalmente, e institucionalizando
Científico e Tecnológico (SNDCT) e o setor
o processo em 1986, com a criação da
produtivo regional” (Fundação PaqTc-PB,
incubadora.
1985), foi criada a Fundação Parque Tec-
nológico da Parafba- PaqTc-PB, em 1984, Ao longo dos anos, a instituição tem
por iniciativa do Conselho Nacional de sido uma espécie de pilar, para dar su-
Desenvolvimento Científico e Tecnológico porte a projetos e programas do setor de
(CNPq), no âmbito do programa de apoio Ciência, Tecnologia e Inovação. Grande
a polos e parques tecnológicos. Foi um parte da sua história de prestígio é fruto
dos quatro primeiros parques tecnológi- dos resultados alcançados na sua atua-
cos do país. A escolha de Campina Gran- ção e das parcerias firmadas com várias
de não foi acidental, mas fundamentada instituições como as universidades e em-
em diversos fatores, como a universidade presas locais e com o desenvolvimento
e seus cursos voltados para tecnologia de projetos como a incubadora, a Citta e
com pós-graduação nos níveis de mes- diversos eventos locais, que serão desta-
trado e doutorado, por exemplo (GOMES, cados a seguir.
1995). Em sua constituição, a Fundação
PaqTcPB conta com diversos segmentos Com a missão de promover o em-
preendedorismo inovador no Estado da
55 http://www.ufcg.edu.br/prt_ufcg/assesso- Paraíba, apoiando a criação e o cresci-
ria_imprensa/mostra_noticia.php?codigo=8190
129 129
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56 http://www.paqtc.org.br 57 http://itcg.org.br/quemsomos/
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Fonte: http://www.nitt.ufcg.edu.br/pi-em-numeros/
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o século XX, Porto Alegre se desenvolve ma Porto Alegre Tecnópole (PAT), tendo
economicamente, verticaliza-se e torna- como objetivo o desenvolvimento local
-se uma das grandes metrópoles brasilei- e regional a fim de enfrentar os desafios
ras. Tendo em vista que o objetivo deste advindos da sociedade do conhecimen-
trabalho não é fazer uma análise histórica, to. Liderados pelo poder público como
mas identificar e começar a compreender articulador, participaram diversas outras
a articulação entre os diversos mecanis- instituições, como as universidades (Uni-
mos de geração de empreendimentos sinos, PUCRS e UFRGS), poder público
inovadores, faz-se um salto histórico para (Governo do Estado e Prefeitura) e enti-
o final do século XX. dades da sociedade civil (CUT, FEDE-
RASUL, FIERGS, SEBRAE). Para tanto,
Na década de 90, destaca-se a lide- diversas ações foram realizadas, como
rança do governo para estimular a inova- ressaltam as pesquisadoras Aurora Zen e
ção na capital gaúcha. Representantes Hauser (2005):
das universidades gaúchas e empresas
da região, organizadas pela prefeitura de identificação de zonas territoriais
Porto Alegre, em 1993, visitam as tecnó- estratégicas para intervenção
poles francesas. Um technopole é uma ci- econômica visando os objetivos
dade ou sub-região onde se concentram da tecnópole, o estudo da deman-
os elementos inventivos da cadeia de ino- da e da oferta tecnológica existen-
vação, tendo como elementos principais te na RMPA, a instalação de uma
e necessários para interação: universi- rede de fibra ótica, a implantação
dades; grandes empresas de tecnologia; de escritórios de transferência de
pequenas empresas emergentes de tec- tecnologia nas Universidades par-
nologia; instituições europeias preocupa- ceiras, a criação de incubadoras
das com a inovação; governos nacionais de base tecnológica, o estabeleci-
e locais; e grupos de apoio local (SIMMIE, mento de uma rede de incubado-
1994). Hauser, supervisora de desenvolvi- ras, a elaboração de projetos e a
mento tecnológico da Prefeitura de Porto implementação de parques tecno-
Alegre, conta que as lideranças voltaram lógicos, entre outras (ZEN; HAU-
convencidas de que deveriam se unir SER, 2005).
para promover o desenvolvimento tecno-
lógico-regional64. Em 2000, o convênio foi renovado
e definiu como objetivos a promoção e o
Surgiu assim, em 1995, o Progra- desenvolvimento da inovação na região
a partir de quatro estratégias: criar as
64 http://www.pucrs.br/tecnopuc/livrotecnopuc/ condições necessárias para apoiar e es-
comeco/nasce-um-ambiente-de-inovacao/
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PAT; o segundo ocorreu por meio do CITE novas empresas em Porto Alegre, núme-
– Comunidade, Inovação, Tecnologia e ro 27,1% superior ao mesmo mês do ano
Empreendedorismo; e o terceiro pela Ino- anterior. Para a Secretaria de Desenvolvi-
vapoa – Agência de Desenvolvimento e mento Econômico, esse resultado é fruto
Inovação para Porto Alegre. de desburocratização, reduzindo o tempo
de abertura de empresas de 41 para cin-
Tendo em vista o protagonismo e co dias e promovendo estímulos ao em-
pioneirismo de Porto Alegre em diversas preendedorismo, como o Pacto Alegre e
ações para o desenvolvimento econômi- outras ações69.
co por meio de inovação, seja do gover-
no, academia ou indústria, passamos a No site da prefeitura é destacado
analisar alguns dos mecanismos de gera- que Porto Alegre escolhe a inovação e o
ção de empreendimentos inovadores da empreendedorismo como caminho estra-
capital gaúcha. tégico prioritário para delinear seu futu-
ro. Para tanto, criou a Coordenadoria de
Poder Público – Prefeitura Inovação, vinculada à Secretaria Munici-
pal de Desenvolvimento Econômico, que
A prefeitura de Porto Alegre tem rea- tem a finalidade de articular a integração
lizado ao longo dos anos diversas ações entre os agentes públicos e a sociedade
para estimular o empreendedorismo e a civil de modo a estimular a criatividade, a
inovação na cidade. O Programa Porto inovação e o empreendedorismo para o
Alegre Tecnopole (PAT), citado na intro- desenvolvimento da cidade e de seus ci-
dução, foi realizado na década de 90 e dadãos. Assim, a Coordenadoria de Ino-
estimulou, dentre outros projetos, a cria- vação dotará os empreendimentos inova-
ção de diversos parques tecnológicos na dores de estruturas físicas – os habitats
região. de inovação.
O site do município68 tem uma aba Foi criado também o Sistema de Ino-
específica para empreendedores, em que vação e Empreendedorismo de Porto Ale-
estes podem se informar sobre os impos- gre. Uma das ações consiste em criar es-
tos, licenciamentos e alvarás, bem como paços em pontos espalhados pela cidade
consultar oportunidades e diversos outros que podem hospedar os habitats de ino-
serviços. vação, denominado Sistema de Habitats
de Inovação – poa.Hub, que é um subsis-
Em abril de 2019, foram abertas 1668
tema do Sistema de Inovação e Empreen-
68 http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_ 69 https://prefeitura.poa.br/smde/noticias/aber-
pmpa_novo/ tura-de-empresas-cresce-27-em-abril-na-capital
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75 https://www.ufrgs.br/sedetec/asedetec/ 77 https://www.ufrgs.br/zenit/sobre-o-zenit/
76 https://www.ufrgs.br/vitrinetecnologica/ 78 https://www.ufrgs.br/zenit/reintec/
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do o desafio mil para dois mil, que con- • Gestão de Projetos e Negociação,
sistia em chegar no ano 2000 com mil mecanismo institucional que atua
professores titulados mestres e/ou dou- como agente facilitador do pro-
tores. Objetivo alcançado com sucesso. cesso de interação Universidade-
Ao entrar no novo milênio, foram revisa- -Empresa- Governo;
das as prioridades e ajustadas ao mundo • Centro de Inovação, uma parceria
contemporâneo. Quatro linhas orientam a com a Microsoft, que objetiva ace-
gestão: qualidade; empreendedorismo; lerar o uso de novas tecnologias e
integração ensino, pesquisa, extensão; e desenvolver programas de qualifi-
relacionamento com a sociedade80. cação;
• Área de Propriedade Intelectual e
Assim, a PUCRS tem sido reconheci- Transferência de Tecnologia, setor
da cada vez mais por ser uma universida- responsável dentro da Universida-
de empreendedora, tendo diversas inicia- de pela gestão do seu patrimônio
tivas e mecanismos de apoio à geração intelectual;
de negócios inovadores: • Parque Científico e Tecnológico
(Tecnopuc). O Parque Científico
• Inovapucrs – Rede de Inovação e
e Tecnológico da PUCRS (Tec-
Empreendedorismo da PUCRS;
nopuc) estimula a pesquisa e a
• Idear – Laboratório Interdisciplinar
inovação por meio de uma ação
de Empreendedorismo e Inova-
simultânea entre academia, insti-
ção, que apoia e incentiva ações
tuições privadas e governo.
inovadoras e empreendedoras;
• Ideia – Centro de Apoio ao Desen- Abaixo algumas dessas iniciativas
volvimento Científico e Tecnológi- serão melhor detalhadas.
co, que disponibiliza suporte cien-
tífico e tecnológico às diferentes Rede INOVAPUCRS
áreas do conhecimento da univer-
sidade, empresas do Tecnopuc e http://www.pucrs.br/tecnopuc/institu-
para a sociedade em geral; cional/rede-inovapucrs/
• Tecnopuc Startups – Ambiente de A INOVAPUCRS – Rede de Inovação
Desenvolvimento de Startups, que e Empreendedorismo da PUCRS con-
tem como propósito estimular e siste em uma iniciativa que congrega o
operacionalizar a visão empreen- conjunto de atores, ações e mecanismos
dedora da comunidade PUCRS; para fomento do processo de inovação e
80 http://www.pucrs.br/institucional/a-universi-
empreendedorismo da PUCRS, como o
dade/historia-da-universidade/ TECNOPUC e as unidades acadêmicas,
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82 https://projetodraft.com/como-o-parque-tec-
81 http://www.pucrs.br/institucional/a-universi- nologico-tecnopuc-em-porto-alegre-trabalha-para-
dade/o-campus/ -criar-mil-startups-em-dez-anos/
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90
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60
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Brasil Alemanha Canadá Israel Reino Unido
CPI EDB IP
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Essas categorias e seus itens es- (nas cidades brasileiras esse pon-
pecíficos nos fornecem um guia para a to ainda precisa melhorar);
análise dos ecossistemas selecionados. 8. Tendência de concentração em al-
Em todas as cidades analisadas, foi gumas áreas específicas de atua-
possível perceber algumas caracterís- ção;
ticas em comum entre os ambientes no 9. Qualidade dos ambientes de ino-
que tange à capacidade de empreen- vação em termos de infraestrutura,
dedorismo: serviços e suporte aos empreen-
dedores e startups;
1. Combinação de recursos públicos 10. Diversidade de ambientes de ino-
e privados no apoio ao empreen- vação e busca de integração en-
dedorismo; tre eles;
2. Subsídios, empréstimos e opções 11. Facilidades para trabalhar e viver
de financiamento oferecidos por no ambiente da cidade;
parte do governo em condições 12. Cooperação e colaboração eficaz
favoráveis e flexíveis para star- entre startups, empresas, governo
tups; e universidades.
3. Incentivos fiscais para Pesquisa,
Desenvolvimento Tecnológico e Especificamente sobre a integra-
Inovação; ção dos mecanismos, nos ecossistemas
4. Medidas do governo para forta- analisados percebe-se que há cada vez
lecer o espírito de empreende- menos uma separação estrita de ativi-
dorismo (cursos e informação, dades entre mecanismos de apoio a
ferramentas práticas, prêmios e empreendimentos inovadores (cowor-
competições etc.); king, incubadora, aceleradora, capital
5. Fluxo de talentos locais das uni- de risco e outros). Os principais meca-
versidades da região, bem como nismos de cada cidade em geral con-
de outros países; tam com serviços diversos que se com-
6. A alta qualidade do ensino supe- plementam e muitas vezes se misturam
rior; com outros mecanismos. Há cada vez
7. Capacidade de atração de capital mais mecanismos com mais de uma
(venture capital, anjos etc.), tanto função, por exemplo, coworking-incu-
nacional como estrangeiro, geran- badora ou aceleradora-capital de risco.
do maior disponibilidade e opções Além disso, em alguns mecanismos se
para startups e empreendedores encontram startups e empresas já es-
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Fonte: ABVCAP
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qual a região está passando ou por uma Como tal, muitas vezes são líderes ideais
visão estratégica, esses atores percebem do desenvolvimento de ecossistemas re-
a necessidade de transformação da eco- gionais de inovação. Esse foi o caso de
nomia e emergem como liderança para Manchester, no qual as universidades
dar o impulso inicial desse ecossistema. tiveram um papel essencial na recupe-
ração da região, e em menor grau, em
A característica mais importante de Berlim.
qualquer líder de ecossistema é que es-
ses permanecem comprometidos por um Os governos são um dos líderes
longo período com a atividade em ques- mais claros na construção de ecossiste-
tão e seguem uma abordagem de enga- mas de inovação, e muitos se esforçam
jamento das partes interessadas, fazendo para acelerar seu ecossistema como par-
com que todo o grupo de partes interes- te de seu mandato buscando estabilida-
sadas se sinta incluído e ouvido. de política, prosperidade econômica e
progresso social. A liderança do governo
Os empreendedores como líderes precisa enfatizar encontros periódicos e a
de ecossistemas geralmente empregam escuta das necessidades dos empreen-
sua riqueza pessoal e a utilizam como dedores, atentando para as atividades
base de uma visão para construir um empreendedoras já existentes.
ecossistema de inovação em lugares de
importância especial para eles. A atenção Nos três casos brasileiros estudados
concentrada e determinada de empreen- é possível perceber a liderança e a inspi-
dedores experientes e com recursos cer- ração de outros ecossistemas inovadores.
tamente pode conduzir os estágios ini-
ciais da mudança nas regiões sem um Em Porto Alegre, destacou-se a lide-
forte ecossistema de inovação. rança do governo local para estimular a
inovação na capital gaúcha, organizan-
As universidades, em especial do uma visita de gestores universitários
aquelas fundadas por governos locais e empresários nas tecnópoles francesas.
e regionais ou por uma comunidade lo- Essa iniciativa estimulou a criação de di-
cal, geralmente têm como uma de suas versos parques tecnológicos na região.
missões o desenvolvimento econômico
regional. Com sua grande presença físi- Em Santa Rita do Sapucaí, a lideran-
ca (em termos de edifícios, terras etc.) ça partiu da sociedade civil, em especial
e número significativo de funcionários e pela Sinhá Moreira, que inspirada no pa-
alunos, as universidades são uma pre- pel que as escolas técnicas japonesas
sença importante em algumas regiões. desempenhavam no pós-guerra para re-
novação econômica do país, passou a
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ternos e, assim, ajudá-los a acessar os vez mais sustentável é atrair capital. E por
recursos de que precisam para crescer. capital entende-se o capital empreende-
dor nas diversas formas já abordadas na
Nas regiões estudadas percebeu- revisão da literatura, bem como o auxílio
-se uma forte cultura empreendedora, do governo. No entanto, para o ecossis-
ou seja, são localidades nas quais o em- tema funcionar de forma adequada, o ca-
preendedorismo está presente de diver- pital privado deve estar mais presente e
sas formas (seja por meio de mecanismos disponível.
de apoios e áreas de inovação, eventos
e atividades que promovem o empreen- Os fornecedores de capital em-
dedorismo e os empreendedores locais, preendedor são atores necessários, mas
cursos para auxiliar empreendedores nas não suficientes, para o ecossistema de
etapas de seu negócio etc.). Além disso, inovação. Portanto, é essencial que eles
nessas regiões, o empreendedorismo é participem das atividades de construção
valorizado como opção de carreira e for- de ecossistemas de inovação, mas é im-
malmente incentivado. portante enfatizar que seu envolvimento
deve ser mais do que simplesmente uma
Em todos os casos brasileiros estu- medida de sua presença no ecossistema
dados, percebe-se que as feiras locais como financiadores.
estimulam o empreendedorismo e a ino-
vação, bem como contribuem para divul- Nas atividades de construção de
gar os exemplos e casos de sucesso. Em ecossistemas, também vale evitar a ar-
Santa Rita do Sapucaí, por exemplo, as madilha comum de assumir que o ca-
três principais instituições de ensino reali- pital de risco (venture capital) é a única
zam feiras anuais (ETE, FAI e Inatel), bem forma de capital empreendedor para os
como o Sindivel realiza a Feira Industrial ecossistemas de inovação. A lição para
do Vale da Eletrônica (FIVEL), estando em a construção de ecossistemas é explorar
sua 15ª edição. A cidade também é sede o espectro de recursos de capital em-
do HackTown, um festival de inovação, preendedor (por exemplo, investidores
empreendedorismo e criatividade que já anjos, equity crowdfunding, fundos de
teve sua quinta edição,com mais de 600 investimento e seed capital), perguntar
palestras. aos empreendedores de IDEs sobre suas
próprias experiências de captação de
4.7) ATRAÇÃO DE CAPITAL recursos e envolver mais de perto toda
a gama de opções de provedores de ca-
Um dos pontos importantes para fa- pital empreendedor, tanto os tradicionais
zer com que o ecossistema se torne cada quanto os novos.
168 168
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