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TREZENTOS ANOS DE RITUAIS MAÇÓNICOS

EVOLUÇÃO OU INVOLUÇÃO ?

Quando se fala de evolução dos Rituais Maçónicos, somos frequentemente confrontados com três
linhas de ideias distintas, muito cristalizadas entre alguns Maçons contemporaneos. Assim:

- Uma parte substancial dos Irmãos julga que os Rituais sempre foram como atualmente o são, e
representam a última escala de uma tradição inamovivel;

- Outros, pelo contrário, sustentam que os mesmos estão sempre desatualizados, importando a sua
revisão imediata, com caráter de urgência, no sentido da sua adequação ao “dernier crie de la mode”
do presente;

- Finalmente, uma terceira fação pensa que os mesmos correspondem à “via substituída” de uma
tradição original, deturpada durante os séculos XIX e XX, pelo que se torna necessário o retorno às
fontes primordiais, do século XVIII.

Na realidade, pessoalmente, afigura-se-me que qualquer uma destas posições extremas corresponde
a uma visão parcial de uma realidade bem mais complexa, cuja compreensão requer uma análise da
globalidade da Cadeia Iniciática que a sustenta, e não apenas de alguns dos seus elos, porque em
matéria de Rituais Maçónicos nada é estanque, seja em termos de Rito, ou de época.

O primeiro Ritual Maçónico completo conhecido consta do Manuscrito de Edimburgo, datado de 1696,
e consiste, basicamente, num Catecismo, e na descrição da forma de comunicação da Palavra do
Maçon, sendo esta cerimónia o mais antigo tipo de Iniciação Maçónica registado.

Desde aí, durante os subsequentes mais de 300 anos de Maçonaria, assistiu-se a uma complexização
da pratica liturgica, tanto em termos de corpo ritual, como de bases simbólicas e filosóficas, da qual os
atuais rituais são, apenas, a última versão produzida.

As sucessivas revisões têm sido devidas a fatores de diversa ordem, tais como inovações tecnológicas,
questões politicas, filosóficas, de alteração de paradigma Obediencial, ou de acréscimo de
sincretismos simbólicos, resultando claro que nem a Sociedade é impermeavel a alterações de ideias
provenientes da Maçonaria, nem esta o tem sido, igualmente, a contributos resultantes do Mundo
Profano.

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A génese dos grandes Sistemas Maçónicos desenvolveu-se, essencialmente, no decurso do século
XVIII, podendo-se considerar que a mesma se processou em três etapas distintas. Assim:

- Entre o princípio do século e, os anos 40, estabilizaram-se as grandes linhas da maçonaria simbólica,
estruturando-se a mesma em três graus;

- De 1740 a 1760, sensivelmente, assistiu-se, sobretudo em França, ao desenvolvimento do


Escocismo, consistindo o mesmo no advento de uma profusão de graus complementares ao de Mestre;

- Entre 1760 e o fim do século surgiram várias tentativas de ordenação lógica e, de estruturação desses
altos graus em sistemas coerentes, bem como de regulamentação da sua prática através da criação
de orgãos responsáveis pela sua jurisdição iniciática, e administrativa.

Destes esforços resultou o nascimento dos Grandes Ritos Continentais, tais como o Regime Escocês
Retificado, o Rito Francês e, finalmente, o REAA. Todos estes sistemas, embora partindo do mesmo
substrato maçónico, organizam os seus graus de acordo com ideias distintas.

Por sua vez, o início do século XIX assistiu à fixação do Rito Inglês, estabilizado na sequência do Ato
de União entre as duas Grandes Lojas rivais, dos Antigos e dos Modernos, ocorrido em 1813. Foi
quase sua contemporanea a génese, em França, dos Ritos Egipcios de Misraim, e de Memphis.

Em todo este processo, podemos considerar que a Maçonaria, entre a criação da primeira Grande
Loja, em 1717, e a segunda metade do século XVIII, foi pós-operativa mas não iniciática.

Só com a estabilização dos Grandes Ritos e, a regulamentação dos requisitos para o recrutamento, e
dos tempos minimos para os intersticios entre a progressão nos sucessivos graus, deixou de ser
apenas mais do que uma forma de sociabilidade, cujas praticas eram de dominio público, expostas por
sucessivas divulgações, artigos de imprensa, peças de teatro, ou até por intermédio de romances de
cordel.

Durante este percurso de maturação, predominantemente setecentista, o fenómeno maçónico


assentou em duas grandes linhas direcionais, subordinadas predominantemente à Fraternidade, ou ao
Segredo, sendo claro, neste ultimo caso, a importação sistemática de simbolos e de mitos provenientes
de correntes de Esoterismo Ocidental (Alquimia, Hermetismo, Cabala, Rosacrucianismo), ou de
pensamento teosófico (Swedenborguismo, Martinezismo, Martinismo).

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Este universo mitico complementa, mais predominantemente em alguns Ritos do que noutros, um
substrato maçónico comum, de influencia essencialmente vetero-testamentária, principalmente
fundado nos mitos da dualidade entre a Luz e as Trevas, da construção do Templo de Salomão e, de
Hiram.

Os rituais do século XVIII são, em geral, muito concisos, uma vez que eram manuscritos e,
consequentemente, de reprodução limitada.

A publicação dos Rituais de Referência dos Graus Simbólicos de alguns dos Grandes Ritos, no inicio
do século XIX, através do “Régulateur du Maçon”, de 1801 (para o Rito Francês), e do “Guide des
Maçons Écossais”, de 1804 (para o REAA), proporcionou a este tipo de documentos uma forma de
reprodução mais fácil, dando origem a uma menor concisão das versões posteriores, produzidas neste
século.

A evolução dos Rituais dos Graus Simbólicos dos vários Ritos Maçónicos não foi, contudo,
completamente paralela, traduzindo hoje os mesmos realidades distintas de revisão, quando
confrontados com as matrizes originais.

Desde a sua fixação, na sequência do Ato de União, o Rito Inglês, muito embora praticado em
numerosas versões distintas denominadas de “Workings”, praticamente não sofreu alterações, tendo
apenas sido suprimidas, em 1986, as referências às penalidades corporais, nas fórmulas dos
Juramentos.

Este imobilismo justifica-se, não só pelo gosto tipicamente Britânico de apego às tradições, mas
também, essencialmente, pelo facto de ser praticado com recurso à sua memorização pelos Oficiais
de Loja, e transmitido através da oralidade.

Quanto ao RER, os seus Rituais foram definitivamente aprovados no “Convent” de Wilhelmsbad, em


1782, tendo sofrido muito poucas alterações na versão praticada na maior parte dos Grão-Priorados.
Esta é muito próxima dos manuscritos originais de Willermoz, depositados na Biblioteca de Lyon.

Durante o século XIX, o Grão-Priorado da Helvécia, no qual o Rito “hibernou” após ter deixado de ser
praticado em França, introduziu algumas alterações nos rituais originais, retirando-lhes algumas partes
claramente de influencia católica, menos aceites pelos Irmãos Suissos, predominantemente
Calvinistas.

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Uma terceira versão de revisão foi produzida no GOdF, já no século XX, com vista a dar uma aparencia
mais laicisada ao Rito, não deixando contudo, na maior parte das Oficinas Retificadas da Obediência,
de serem introduzidas em Loja, pelos Veneráveis Mestres, os excertos marcadamente cristãos
expurgados dos Rituais de Referência.

Muito embora, assim, existam hoje três versões de RER, na pratica nenhuma difere substancialmente
da sua identidade original, com a sua hierarquização setecentista e, os seus diálogos claramente fora
de tempo.

Tal é, todavia, compreensivel, uma vez que o RER resultou de um trabalho absolutamente genial do
Irmão Willermoz, completamente “avant-garde” relativamente à prática maçónica do seu tempo, e ao
qual, em pleno século XX, outros Ritos foram buscar elementos para aumentar o seu corpo ritual.

Acresce a este facto que o RER, contrariamente aos restantes Ritos Maçónicos, possui uma doutrina,
sendo a mesma transmitida por intermédio de um complexo sistema de simbolos e de alegorias, que
se vai revelando de grau em grau, e no qual não se encontra a minima incoerencia. Como tal,
alterações correriam sempre o risco de deturpar a mensagem inicial, o que torna a revisão dos Rituais
do RER muito complexa.

No outro extremo, os Ritos Egipcios de Misraim e de Memphis nasceram como Ritos Antigos variantes
ao REAA, sendo o “Guide des Maçons Écossais” (1804) a principal fonte dos seus primeiros Rituais
(de 1820 e 1838, respetivamente).

Com a entrada no GOdF converteram-se em Ritos Modernos, tendo os Rituais, que sustentam o atual
Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim, sido reescritos em pleno pós-Segunda Guerra Mundial,
pelo Irmão Robert Ambelain, com incorporação de maior numero de referências ao Antigo Egipto, e de
um marcado cunho Martinista.

No que concerne aos Ritos Francês e Escocês Antigo e Aceito, podemos constatar a existencia de um
percurso paralelo, muito embora divergente, a partir do final do século XIX.

O Rito Francês, filosóficamente sustentado numa base iluminista e racionalista, nasceu, em 1786, de
uma tentativa de centralização ritual e administrativa do recém-criado Grande Oriente de França.

Os Graus Simbólicos do REAA surgiram, em 1804, no ambito de uma resistência a esta centralização,
e resultaram de um trabalho sincrético, que teve como fontes a divulgação “Three Distinct Knocks”

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(1760), o “Régulateur du Maçon” (1801), e as praticas das Lojas-Mãe Escocesas, de Marselha, de
Avignon e, de Paris.

Ambos os Ritos atravessaram uma fase Romantica, em pleno século XIX, na qual proliferaram ideias
que religavam a Maçonaria às Antigas Iniciações aos Mistérios (Egipcias e Greco-Romanas), para
além de uma tendencia para os longos discursos moralizantes, e para a descristianização dos rituais
através de incorporação de interpretações herméticas, bem como um caráter marcadamente deísta.

Igualmente ambos os Ritos sofreram, no final do século XIX, uma influencia laicisista e positivista, que
conduziu à Revisão Amiable do Rito Francês (1887) e aos Rituais do Supremo Conselho de França
(REAA), de 1880.

Como também na Maçonaria se verifica a lei do Binário, a esta linha que denominaremos de Amiable,
que defendia a retirada dos simbolos e das referencias tidas por religiosas dos Rituais, substituindo-
as por discursos alegóricos moralizantes ou, simplesmente, filosóficos, opôs-se uma forte reação
simbolista, encabeçada por Oswald Wirth, que conduziu à incorporação de novos simbolos
provenientes de sincretismos, com origem em diversas correntes esotéricas.

A linha Amiable pontificou no Rito Francês do Grande Oriente de França e, levada ao extremo,
conduziu à Revisão Gérard, de 1922, na qual os Rituais se tornaram irreconheciveis como documentos
de liturgia maçónica, tal o seu grau de despojamento.

A tendencia Oswald Wirth, que recebeu os contributos de outros simbolistas notáveis mais recentes,
como Jules Boucher, sobressaiu no REAA praticado na Grande Loja de França, tendo os seus Graus
Simbólicos crescido muito, em termos de corpo ritual.

No último quarto do século XX, este Binário infletiu no sentido de se tentar encontrar um terceiro termo.

Desde as Revisões Groussier, que só começaram a ter efeitos no pós-guerra, o Rito Francês tem
procurado ganhar corpo ritual à custa de um retorno ao seu simbolismo original.

As ultimas revisões, contudo, têm sido marcadamente de sentido Escocista, incorporando elementos
e simbolos que resultam incoerentes com a filosofia inicial do Rito.

Por outro lado, razões de “marketing maçónico”, numa tentativa de contornar a concorrencia do REAA,
levaram ao aparecimento das chamadas versões Tradicionais do Rito Francês, que procuram
restabelecer a pratica do século XVIII, mas resultam, em muitos aspetos, historicamente incoerentes.

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Os Rituais dos Graus Simbólicos do REAA, depois de uma fase em que incorporaram elementos de
outros Ritos, tais como o Rito Inglês e o RER, têm vindo a evoluir no sentido da concisão, e do retorno
à herança Antiga, muito esbatida pelas sucessivas revisões do século XIX.

A este ultimo aspeto não é estranho o desejo da Grande Loja de França em se ver reconhecida pela
Grande Loja Unida de Inglaterra, que levou a uma linha de britanização do Rito, com vista a aproximá-
lo mais dos “Workings” ingleses e, como tal torná-lo mais atrativo para os Irmãos do outro lado do
Canal da Mancha.

Perante todo este panorama estaremos perante uma evolução ou, pelo contrário, perante uma
involução dos Rituais Maçónicos ? Deveremos remontar ao passado para recuperar a via original,
perdida pelas revisões dos ultimos dois séculos ?

Muito embora a tentação de regressar à fonte inicial, através da recuperação dos textos originais de
cada Rito possa parecer muito sedutora entre alguns Maçons contemporaneos, ela constituirá sempre
uma visão substituída da prática do século XVIII.

Os trabalhos recentes do Irmão Dominique Jardin, que cruzou os Quadros de Loja deste século com
os Rituais que se lhe encontravam associados, prova que as representações iconográficas sublinham
e selecionam os momentos essenciais dos Rituais, convidando-nos a lê-los de outra forma, à partida
para nós não evidente, com base apenas nos textos.

De acordo com este autor “O nosso olhar de contemporaneo ou olhar substitudo, que analisa estas
imagens à procura da realidade histórica, é sem dúvida diferente daquele do maçon do século XVIII
que os contemplava… Nós sabemos como é dificil, senão ilusório, de nos aproximarmos do modo de
perceção dos nossos antepassados, tanto o seu campo de experiência é diferente do nosso. Os
substratos metafisicos ou religiosos, a compreensão e a simples perceção do corpus esotérico da
época são muito diferentes dos nossos”.

Os Maçons inserem-se numa corrente iniciática, na qual o conhecimento é transmitido por


patrimonialização, realizando-se tanto a partir dos que o dão, como dos que o recebem.

Em cada época os Maçons reconhecem-se como tal, decidindo do que é que são herdeiros e, do
conteudo do corpus a transmitir, o qual será tão mais eficaz quanto mais tocar os centros de interesse
das novas gerações de Irmãos.

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Daí, em minha opinião, a importancia de os rituais serem periodicamente revistos, adequando-os ao
tempo profano no qual serão vivenciados.

No entanto, como instrumentos patrimoniais de uma tradição iniciática, devem estas revisões ser
realizadas com as devidas precauções, por forma a que não sejam deturpados elementos essenciais.

Assim, salientam-se os seguintes aspetos, indispensáveis, em minha opinião, a uma boa revisão:

- A leitura dos documentos originais, dos séculos XVIII e XIX, deve sempre ser feita tendo particular
atenção ao seu enquadramento na prática maçónica da época. No século XX assistiu-se à introdução
de muitas alterações relativas ao vestuário e adereços dos participantes, às instalações, à decoração
e iluminação dos Templos, ao modo de deambulação, que tornam multiplos aspetos dos antigos
Rituais simplesmente inaplicáveis no presente;

- Os sincretismos de elementos provenientes de outros Ritos nem sempre se revelam coerentes com
as bases filosóficas e/ou simbólicas que subordinam o Ritual em revisão. Cada Rito tem as suas
ferramentas simbólicas e mitológicas próprias, pelo que o intercambio inter-Ritos raras vezes
acrescenta algo que não virá a constituir-se como um corpo estranho, na essencia do Ritual.

- Os Ritos configuram percursos iniciáticos, do seu primeiro Grau ao seu “Nec plus ultra”, pelo que a
revisão de um Grau especifico não deverá ser desenquadrada do Sistema, sob pena de vir a introduzir
incoerencias;

- O trabalho de revisão deve assentar no conhecimento de todos os elos da Cadeia. Determinados


Rituais, ao longo da História dos Ritos, introduziram aspetos que se revelaram menos adequados, e
que foram objeto de revisão posterior, caindo-se muitas vezes em erro por se repescar formas
ultrapassadas;

- Constituindo um ritual maçónico simbolismo em movimento, não deve o mesmo ser despojado de
elementos essencias do corpus simbólico tradicional de cada Rito, subordinando-se apenas a aspetos
funcionais;

- De igual modo, o excesso de “simbolatria” conduzirá certamente a uma má apropriação do simbolo,


na medida em que este se mostra, e não se explica, deixando a cada um a possibilidade de fazer a
sua exégese pessoal;

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- Em Rituais muito influenciados por correntes de Esoterismos Ocidentais a atualização terá,
necessáriamente, de ter em conta eventuais significados ocultos, que poderão vir a ser deturpados
pela revisão. Tal é o caso de numerosos Rituais do Escocismo, nos quais se comprova que os Irmãos
que os escreveram conheciam a gematria, pelo que o perigo da perda de sentidos encriptados é
elevado;

- Por fim, há que ter em linha de conta que algumas palavras não têm atualmente o mesmo significado
que tinham em séculos anteriores, o que as torna descontextualizadas na pratica atual.

Toda esta reflexão me leva a situar-me, um pouco, no centro do triangulo que tem por vértices as três
opiniões extremas atrás referidas, defendendo que os Rituais devem ser revistos periodicamente, de
modo a serem adequados ao corpus maçónico que nos une no presente, e que pretendemos transmitir
aos futuros Irmãos, mantendo, contudo, a identidade filosófica dos distintos Ritos, e repescando os
elementos fundadores que nos permitam, no essencial, transformar o nosso olhar substituido num
olhar reencontrado.

Só assim não estaremos a acrescentar um elo corroído à Cadeia que nos legaram os nossos Irmãos
do passado, e que temos o dever de transmitir sólida, aos Maçons do Futuro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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- Guérillot Claude ”A la rencontre des premiers francs-maçons écossais”, Guy Trédaniel Éditeur, Paris,
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- Lopes António ”Da Rosa, da fénix e do pelicano – compreender o ritual do 1º ao 18º grau do Rito
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- Marcos Ludvic ”Histoire Illustrée du Rite Français”, Éditions Dervy, Paris, 2012;

- Mollier Pierre ”Naissance et essor du Rite Écossais Ancien Accepté en France 1804-1826 ”, 2004;

- Nöel Pierre ”Les Grades Bleus du Rite Écossais Ancien et Accepté”, Éditions Télètes, Paris, 2003;

- Ritual ”Régulateur du Maçon”, 1801;

- Ritual ”Guide des Maçons Ecossais”, 1804;

- Simon Jacques ”REAA – Rituel des trois premiers degrés selon les anciens cahiers 5829”, Éditions de
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- Trébuchet Louis ”Les résistences au Grand Orient et le destin de la Franc-Maçonnerie Française ”,


2013;

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