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CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 1

EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO


CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO,
REALIZADA NO DIA 16 DE SETEMBRO DE 2008.

Aos dezesseis dias do mês de setembro de 2008, às 13h30min,


na sala própria do 9º andar do Edifício do Ministério Público do
Estado de São Paulo, situado na Rua Riachuelo, nº 115, nesta
Capital, presentes o Procurador-Geral de Justiça, Doutor
Fernando Grella Vieira, o Corregedor-Geral do Ministério
Público, Doutor Antonio de Pádua Bertone Pereira, e os
Conselheiros eleitos, nomeados na ordem decrescente de
antigüidade, Doutores Pedro Franco de Campos, Luís Daniel
Pereira Cintra, Nelson Gonzaga de Oliveira, João Francisco
Moreira Viegas, Tiago Cintra Zarif, Paulo do Amaral Souza, Ana
Margarida Machado Junqueira Beneduce, Marisa Rocha Teixeira
Dissinger e Eloisa de Souza Arruda, foi realizada reunião
ordinária do Conselho Superior do Ministério Público, que se
desenvolveu consoante registrado adiante. I – CONFERÊNCIA
DE QUORUM E INSTALAÇÃO DA REUNIÃO – Ante a
presença de todos, a reunião foi desde logo instalada. II –
LEITURA, VOTAÇÃO E ASSINATURA DA ATA ANTERIOR –
De início, procedeu-se à verificação da ata da última reunião
havida, cuja leitura foi dispensada, visto que dela todos
receberam, antes, cópia. Aprovada, então, sem qualquer
ressalva, ela foi assinada por todos que dela participaram.
III – COMUNICAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE – Com a
palavra, na seqüência, o Senhor Presidente, por ele foi acusado
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o recebimento de agradecimentos dos familiares da Senhora


Ruth Corrêa Leite Cardoso, em face de haver o Conselho
manifestado pesar por ocasião do falecimento dela. Fez
referência o Senhor Presidente, mais, à visita que hoje fez aos
Promotores de Justiça que oficiam no Forum Criminal da Barra
Funda, fazendo alusão a seus detalhes. Informou, por
derradeiro, que os provimentos de cargos em decorrência das
indicações que hoje serão feitas pelo Conselho, para
promoções e remoções, somente se darão no final de outubro,
por conveniência do bom andamento dos serviços eleitorais, já
que no aludido mês ocorrerão as eleições municipais.
IV – COMUNICAÇÕES DOS CONSELHEIROS - Fizeram uso
palavra, na seqüência, os Senhores Conselheiros. Por primeiro,
manifestou o Doutor Viegas, nos seguintes termos:
“Considerações precisam ser feitas sobre alguns pontos do que
foi registrado pelo Senhor Corregedor-Geral na ata do último
dia 9 de setembro. Refiro-me as suas afirmações de que a
suspeita da existência de um espião do PCC não foi noticiada
ao Conselho, porque só trazida ao seu conhecimento no dia 30
de agosto (data em que o assunto foi tornado público pelo
jornal O Estado de São Paulo). Estranha-me essa afirmação,
pois conforme registrado pelo jornal (fato não contestado pela
Corregedoria, tampouco pela Procuradoria Geral), a suspeita de
que a maior facção do crime organizado do país conseguiu se
infiltrar no Ministério Público de São Paulo surgiu nas
investigações realizadas pelos Promotores do GAERCO do Vale
do Paraíba, nos meses de abril e junho deste ano. Consta mais,
que as supostas destinatárias das informações, foram presas
no final de julho, durante a Operação Prima Donna.
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Conhecendo a rotina dos trabalhos da instituição, não posso


acreditar que fato de tamanha gravidade só tenha chegado ao
conhecimento da Corregedoria, através de notícia veiculada na
imprensa. Quanto a insinuação de uso político do fato,
recomendo leia-se mais atentamente os artigos 36, XIV e XV da
Lei Orgânica e 13, XX e XXII do Regimento Interno da Casa.
Superado esse assunto, registro a visita que, na última sexta-
feira, nos fez o Doutor Felipe Loke Cavalcanti, ilustre membro
do Conselho Nacional de Justiça. Na ocasião pode nos
esclarecer e também aos Conselheiros Ana Junqueira, Eloísa
Arruda, Nelson Gonzaga e Antonio Bertone, alguns fatos de
interesse institucional, inclusive os motivos que o levaram a
votar contra a edição de uma resolução regulamentando os
procedimentos a serem seguidos pelas autoridades na
realização de escutas telefônicas. Da mesma forma que Sua
Excelência, acredito que a questão estaria melhor resolvida
através de lei. Justificável, o temor de que a medida tomada
pelo CNJ possa se degenerar numa espécie de supervisão
estatística, lançando sombra de desconfiança sobre os
magistrados que mais ordenam quebra de sigilo”. Seguiu-se a
fala do Doutor Nelson Gonzaga, para mencionar que diversos
colegas têm encaminhado sugestões à comissão instituída
junto ao Conselho, para tratar da questão da reclassificação,
oportunidade em que o Senhor Presidente deu conta de que
também ele encaminhou à comissão, hoje, material que lhe foi
oferecido por diversos colegas, da região de Presidente
Prudente. Manifestou-se, por fim, o Doutor Luís Daniel, para
lembrar que a reunião da próxima semana ocorrerá em
Campinas, bem assim para rememorar algumas providências
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disso decorrentes. V – ORDEM DO DIA – Em continuação,


foram examinadas as matérias constantes da ordem do dia,
deliberando-se consoante segue consignado. 1) Pt. nº
71.880/08 – Interessado: Comissão de Representantes do
Residencial Edifício “Torres da Mooca” e outros. Assunto:
pedido de providências do Conselho Superior do Ministério
Público, à vista de acordo firmado entre o Ministério Público e a
Bancoop, nos autos de ação civil pública proposta (Pt. nº
137.681/06) – Depois de lido o relatório pela Conselheira Marisa
Dissinger, foi dada a palavra, sucessivamente, à Dra. Lívia e ao
Dr. Pedro Dallari, para sustentação oral, pelo tempo de 15
minutos cada um, em defesa dos interesses dos cooperados e
da Bancoop, respectivamente. Ato contínuo, tornando a palavra
à Conselheira Marisa, por ela foi feita a leitura do seu voto,
oferecido por escrito (em 53 laudas, disponível no site do MP,
no espaço reservado ao Conselho), já acostado aos autos;
rematado com as conclusões que seguem literalmente
transcritas: “(i) é o promotor de Justiça designado, na
qualidade de órgão de execução, quem representa o Ministério
Público na ação civil pública; (ii) em virtude da delegação, o
promotor de Justiça designado deve observar os limites em que
a recebeu, sendo-lhe vedado postular de modo diverso ou
menos abrangente, ainda que por via reflexa; (iii) o acordo
judicial contraria o que foi deliberado pelo Egrégio Conselho
Superior do Ministério Público quando da rejeição da
homologação do arquivamento; (iv) o acordo judicial contém
cláusulas que são prejudiciais aos interesses dos cooperados,
especialmente aqueles que discordam dos métodos de
administração da Cooperativa; (v) não interessa para o
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deslinde da ação civil pública ou, também, para a solução


desta representação se o acordo judicial repete, na essência, a
proposta de ajustamento de conduta, pois esta não foi
anteriormente conhecida pelo Colegiado; (vi) até que
sobrevenha eventual homologação do acordo judicial, não há
falar em anular esse ajuste, por ora ineficaz; (vii) diante da
inobservância dos limites da delegação, bem como para
preservar a consciência do promotor de Justiça que celebrou o
acordo, é necessário substituí-lo, de modo que os autos devem
ser remetidos à Procuradoria Geral de Justiça para que edite
portaria designando o respectivo substituto automático para
prosseguir na ação civil pública”. Seguiu-se o voto do
Conselheiro João Viegas, acompanhando a Conselheira
Relatora, nos seguintes termos: “Reclamação formulada pela
Comissão de Representantes do Empreendimento Residencial
Edifício Torres da Mooca, insatisfeita com os termos do acordo
firmado pelo Promotor de Justiça João Lopes Guimarães Júnior
com a Cooperativa Habitacional do Bancários de São Paulo –
BANCOOP, já encaminhado ao juízo da 37ª Vara Cível da
Capital, para homologação. Alegam que o acerto lhes é
altamente prejudicial, além de manifestamente em desacordo
com o que havia sido determinado pelo Conselho Superior do
Ministério Público. Junta diversos documentos, entre eles cópia
integral da decisão que negou a promoção de arquivamento do
inquérito civil (IC nº 14.161.446/06-01) e determinou o
ajuizamento de ação civil contra a cooperativa, bem como, da
que não conheceu subseqüente proposta de acordo. Ao pleito
destes cooperados, aderem outros, também organizados em
comissões. É o relatório, decido. A reclamação merece êxito. E
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o motivo é simples: O Doutor João Lopes Guimarães Júnior,


mercê da rejeição do arquivamento do IC 14.161.446/06-01,
não atua neste caso por atribuição própria, e sim por delegação
deste Conselho Superior do Ministério Público, que, em
fundamentada decisão, explicitou os pedidos que deveriam ser
deduzidos na ação civil pública, quais sejam: (i) registrar, no
prazo de 60 (sessenta) dias, os memoriais de incorporação
imobiliária dos empreendimentos lançados pela empresa, de
modo a impedir constrições judiciais sobre as unidades dos
cooperados, (ii) realizar a separação das contas dos
empreendimentos (uma para cada empreendimento, com CNPJ
próprio), como estabelece o Estatuto da cooperativa, (iii)
efetuar, no tocante aos imóveis não construídos, a devolução
de todas as importâncias pagas, sem nenhuma retenção, aos
cooperados que solicitarem sua retirada da cooperativa,
devolução esta que deverá ser feita em valores atualizados
monetariamente e no máximo em 6 (seis) parcelas; de
obrigações de não fazer, consistentes em (iv) não realizar o
lançamento de nenhum empreendimento enquanto não forem
registradas as incorporações de todos os empreendimentos
lançados, bem como separadas suas respectivas contas e
concluídas as obras dos edifícios paralisadas, (v) abster-se de
cobrar as parcelas de reforço de caixa e apuração final dos
empreendimentos, enquanto não demonstrada a necessidade
de sua cobrança, de acordo com os cronogramas físico-
financeiros dos empreendimentos em construção e concluídos,
devidamente aprovados pela Caixa Econômica Federal; e (vi)
desconsiderada a personalidade jurídica da sociedade
cooperativa, nos termos do artigo 28 do Código de Defesa do
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Consumidor, pedido de condenação genérica dos dirigentes da


Bancoop a indenizarem os danos (materiais e morais) causados
aos cooperados, nos termos do artigo 95 do Código de Defesa
do Consumidor. Indicação que se fez acompanhada da
observação de que se tratava de rol mínimo, assegurado ao
promotor tão somente à possibilidade de acrescentar outros
pedidos, desde que não colidentes com aqueles especificados
pelo órgão delegante. O que significa, em outras palavras, dizer
que estava o Conselho Superior determinando ao promotor
encarregado do caso não apenas a propositura da ação, mas
também atenção a um rol mínimo de pedidos; pedidos que por
assinalados com tal qualidade, fixavam os limites de eventual
futura transação. Sabido, por todos, que nos casos de rejeição
de arquivamento pelo Conselho Superior do Ministério Público,
o promotor designado para propor a ação não age por
atribuições próprias e sim por delegação do colegiado.
Impertinentes e descabidas objeções fundadas em possível
violação à liberdade de convicção ou à independência
funcional, pelo simples fato desses princípios só existirem em
favor do promotor natural, não do que age por delegação.
Nesse sentido, o magistério de Mazzilli. Peço vênia para
transcrever suas palavras:’Na verdade, não há violação alguma
à liberdade de convicção dos Membros do Ministério Público,
quando tenham de cumprir designações legitimamente
formuladas pelos órgãos de administração superior da
instituição. Nas hipóteses em que a lei cometa ao procurador-
geral ou ao Conselho Superior do Ministério Público agir por
atribuições próprias, estes, em vez de agir diretamente, têm a
opção de efetuar a designação de um outro membro da
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instituição para, em nome deles, tomar as providências que


entendam cabíveis; neste caso, estarão apenas delegando uma
atribuição própria a outro órgão da mesma instituição. Ora,
delegar ‘é conferir a outrem atribuições que originariamente
competiam ao delegante’. Assim, o órgão designado não age
em nome próprio, nem por atribuições próprias, mas age como
apenas delegado, em nome do órgão superior da mesma
instituição, e em cumprimento a determinação legal. É um caso
de unidade e hierarquia administrativa, em decorrência das
quais o designado não aprecia o caso, mas cumpre
determinação do órgão superior. Diversa é a atuação do
primeiro promotor de justiça – aquele que originariamente
pedira o arquivamento do inquérito policial ou promovera o
arquivamento do inquérito civil. Esse primeiro promotor
oficiava por atribuições próprias, com plena independência
funcional; agia com relação a organicidade, vinculando o
Ministério Público. Em sua atuação, estava somente limitado
pela lei e por sua consciência. Contudo, quando foi acionado o
sistema de controle do arquivamento, o poder de decidir, pelo
Ministério Público, se o caso era de arquivamento ou de propor
a ação civil pública, - tal poder passou a caber diretamente a
outro órgão da mesma instituição. Esse tinha, então, três
opções: ou mantinha a posição favorável ao arquivamento, ou
agia ele próprio (pois quem pode delegar pode agir), ou
designava outro órgão da instituição para promover a ação civil
pública. Neste caso, este segundo órgão – o designado – não
concentra nas suas mãos atribuição originária alguma para
apreciar o caso, senão estaria sendo uma instância de revisão
do que já foi decidido em grau de revisão pelos órgãos
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máximos do Ministério Público. Recebe nas mãos, antes, um


encargo ou uma determinação, ou seja, é destinatário de uma
designação para executar um ato específico, certo e delegado:
propor uma ação civil pública. Nenhuma subserviência nenhum
rebaixamento funcional há em cumprir a lei, em o promotor de
justiça ser compelido a aceitar executar o conteúdo da
designação expedida por um dos órgãos da administração
superior do Ministério Público. O juiz também cumpre o
acórdão que reforma sua sentença; cumpre o próprio
arquivamento do inquérito policial, objeto da insistência do
procurador-geral de justiça, ainda que entendesse aquele que o
caso seria de promoção da ação penal. A esse propósito já
disse o Tribunal de Justiça paulista: Não vai nisso nenhuma
humilhação, mesmo porque não há diminuição alguma em se
submeter à lei. Assim age erroneamente o órgão designado do
Ministério Público que, embora dizendo-se vinculado ao mérito
da designação feita pelo procurador-geral, e a pretexto de
discutir apenas aspectos processuais, passa a discutir a própria
justa causa para a propositura da ação penal ou ação civil
pública. Que a autoridade judicial rejeite a denúncia ou indefira
a inicial de uma ação civil pública, admite-se, pois não está ela
obrigada a priori a admitir o processamento de qualquer ação,
ainda que determinada pelos órgãos superiores do Ministério
Público. Contudo, que o órgão do Ministério Público designado
se recuse a agir sob pretexto de ter posição pessoal ou jurídica
diversa, no caso isso é inadmissível. Desta forma, agindo por
delegação, o designado não poderá deixar de cumprir a
decisão institucional, já tomada pelo órgão designante. E ainda
há mais: seu dever funcional não se limita a propor a ação e
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abandoná-la a própria sorte. Não. Deverá bem propô-la e


melhor sustentá-la, inclusive recorrendo em caso de
indeferimento da inicial ou de indeferimento de provas aptas a
evidenciar a pretensão nela exposta’ (O Inquérito Civil, Saraiva,
2000, págs. 318-20). Igualmente vazia qualquer objeção
fundada na Súmula 25, haja vista ser ela dirigida a situações
em que o promotor oficia no processo por atribuição própria,
não por delegação. Conhecida a razão que levou Mazzilli a
afirmar que o controle dos arquivamentos judiciais deve
sempre ser exercido pelo Conselho, qualquer que seja a
hipótese (ob. cit., págs. 294-95). A cautela se justifica pela
simples circunstância da transação implicar na extinção da
própria ação civil pública. Ora, se os compromissos de
ajustamento tomados nos autos do inquérito civil são
submetidos à aprovação do Conselho Superior, qual a razão
para se afastar as transações judiciais desse controle? Como
Mazzilli, não encontro resposta aceitável. E mesmo que
admitisse, por hipótese, a viabilidade da aplicação da súmula a
casos de delegação, isso aqui não seria possível, mercê da
prévia estipulação de um rol mínimo de pedidos. Há mais um
fator impeditivo. O Doutor João Lopes Guimarães Júnior estava
ciente do fato de que o Conselho Superior, em outra
oportunidade, já havia manifestado seu repúdio a acordo
bastante semelhante ao que acabou firmando com a Banccop.
Confira-se o teor do voto condutor, proferido pelo Conselheiro
Marcos Zanelato: ‘A Cooperativa Habitacional dos Bancários de
São Paulo – Bancoop apresentou à douta Promotoria de Justiça
do Consumidor petição em que se propõe a subscrever termo
de compromisso de ajustamento de conduta, depois deste E.
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Conselho haver deliberado pela propositura de ação civil


pública em face de tal cooperativa. O ilustre promotor de
justiça oficiante, Doutor João Lopes Guimarães Júnior, em razão
da precitada deliberação, houve por bem encaminhar os autos
do inquérito civil a este Colendo Conselho, para apreciação da
proposta em questão. Com o devido respeito aos ilustres
advogados que subscrevem a petição em apreço, cumpre
dizer, de início, que tal pedido não pode ser conhecido, por
falta de amparo legal. Com efeito não há previsão legal para a
formulação do pedido em apreço, pois ele obrigaria este E.
Conselho a reconsiderar sua decisão sobre o aforamento da
ação civil pública, sem base legal para tanto. Ademais, a esta
altura, soaria no mínimo estranha a reconsideração da
deliberação em questão, pois ela já foi amplamente divulgada
pela mídia, criando a expectativa nos cooperados de que a
ação coletiva será proposta na defesa de seus interesses,
porquanto tem por escopo fazer cessar as irregularidades
perpetradas pelos dirigentes da Bancoop e levar à indenização
dos cooperados que foram prejudicados, bem ainda prevenir a
ocorrência de novos danos aos cooperados. E ainda que o
pedido seja conhecido, malgrado a inexistência de base legal
para sua formulação, como antes já foi referido, ele não atende
ao cumprimento das obrigações que serão objeto do pedido da
ação coletiva, a medida que não as comtempla integralmente,
confundindo-se com as argumentações que foram expedidas
pela Bancoop quando de sua defesa no inquérito civil, já
apreciadas por este C. Conselho na ocasião do reexame da
promoção de arquivamento do inquérito civil, a qual resultou,
como se sabe, rejeitada, para o fim de ajuizamento de ação
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civil pública. Diante do exposto, voto pelo não conhecimento


do pedido em apreço, a fim de que os autos retornem à
origem, para o cumprimento da deliberação anterior deste E.
Conselho, que determinou o ajuizamento de ação civil pública
em face da Bancoop’. Frente a tais circunstâncias não há como
negar que o promotor designado, ao menos por prudência,
deveria ter ouvido previamente o Conselho Superior. Cautela
de todo recomendável também pelo fato de estar a Bancoop
sendo alvo de investigações conduzidas pelo Ministério Público
local e pelo Federal, em razão de supostas infrações aos
Códigos Penal e Eleitoral e a Lei de Improbidade. Ao não tomar
as cautelas que lhe competiam, acabou o Promotor João Lopes
Guimarães Júnior, descumprindo o mandato que lhe havia sido
conferido, assinando acordo com cláusulas manifestamente
lesivas aos mais de 15.000 cooperados da cooperativa
habitacional e sabidamente repudiadas pelo Conselho. Como
bem assinalou a ilustre Conselheira-Relatora, ‘os limites da
delegação foram excedidos, com prejuízo para o pleno e
integral cumprimento da deliberação adotada por este
colegiado. Bem por isso, conciliando-se o respeito pela
convicção técnica do DD. Promotor de Justiça com a defesa da
autoridade da deliberação deste Conselho, considero
necessário que, desde logo, seja designado o substituto
automático do Dr. João Lopes Guimarães para que prossiga na
condução, como representante do Ministério Público, da ação
civil pública nº 583.00.2007.245877-1, em curso na 37ª Vara
Cível da Capital. A esse órgão de execução do Ministério
Público caberá acompanhar o processo em todos os seus
termos e adotar as providências adequadas para o
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cumprimento efetivo da deliberação anterior deste Conselho.


Caberá a Sua Excelência, inclusive, o ajuizamento de ação
anulatória de futura e eventual sentença homologatória,
providência que, como é óbvio, só se mostrará pertinente e
necessária caso o MM. Juiz de Direito da 37ª Vara Cível da
Capital homologue o acordo judicial ora pendente de
apreciação naquele juízo. Sabemos todos que a deliberação
definitiva do Conselho — que já não pode ser revista aqui —
tem, no âmbito do Ministério Público, uma autoridade para cuja
defesa a lei não previu instrumento específico. Mas, na minha
opinião, este órgão da Administração Superior tem
competência implícita, por força de compreensão, para
deliberar, quando for o caso, pelo ajuizamento da ação
anulatória, cuja petição inicial seria, evidentemente, elaborada
por Promotor ou Promotora de Justiça, após designação
específica do Chefe da Instituição, por aplicação analógica do
art. 10, IX, “d” da Lei nº 8.625/93. Se o Conselho nada pudesse
fazer em defesa da autoridade de suas decisões, o poder de
revisão atribuído a este órgão se tornaria simbólico: algo assim
como um sino sem badalo. E, em defesa desta minha
afirmação, lembro que na interpretação e aplicação do Direito
é importante ‘a ponderação das conseqüências’ (cf. Karl
Larenz, Metodologia da Ciência do Direito, trad. de José
Lamego, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989, p. 460),
com as quais o intérprete se preocupa, preferindo, sempre que
possível, ‘o sentido conducente ao resultado mais razoável, que
melhor corresponda às necessidades da prática’ (cf. Carlos
Maximiliano, Hermenêutica e Aplicação do Direito, 6ª ed., Rio:
Freitas Bastos, 1957, n. 178, p. 209). Bem advertiu Carlos
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Maximiliano que ‘se prefere a exegese de que resulte eficiente


a providência legal (...), à que torne aquela sem efeito, inócua’
(cf. ob. cit., n. 179, p. 210). Aliás, foi por necessidade prática e
por interpretação pretoriana que surgiu o instituto da
reclamação, com o qual os Tribunais defendem sua
competência e impedem que suas decisões se convertam em
letra morta. E todos sabemos que ‘a hermenêutica
constitucional, especialmente no que tange ao problema das
competências, além de considerar os poderes explícitos
conferidos a um órgão, leva em conta os poderes implícitos,
sem os quais ficaria ele impedido de exercer suas atribuições
de maneira autônoma’ (cf. parecer de 23.9.81, In:
Representação de inconstitucionalidade nº 1.075-9 - Órgão
Especial do Tribunal de Justiça: eleição de seus dirigentes, São
Paulo: Lex Editora, 1981, p. 36). De resto, se não fosse possível
construir essa competência implícita do Conselho, sempre
restaria a possibilidade de reivindicá-la em Juízo. Afinal, está
em causa a defesa da autonomia e das funções de um órgão
da Administração Superior do Ministério Público”. Daí porque,
pelo meu voto, fica a reclamação acolhida, para a designação
de outro promotor em substituição ao anterior. Cabendo a este
último, acompanhar o processo em todos os seus termos e
adotar as providências que se mostrarem necessárias e
adequadas ao efetivo cumprimento das deliberações deste
Conselho Superior, ajuizando ação anulatória, se necessário”.
Sobreveio o voto do Conselheiro Nelson Gonzaga, oferecido
oralmente, na própria reunião, nos seguintes termos:
“Inicialmente, gostaria de cumprimentar a Ilustrada Relatora,
pela qualidade e substância de seu voto, pedindo vênia para só
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acompanhá-lo parcialmente, notadamente em seu intróito,


onde reproduz o disposto no artigo 88, do Ato Normativo n°
484/06-CPJ, que traz regra assentada há mais de dez anos
neste Colegiado, inserta na Súmula nº 25/CSMP, qual seja, a da
‘não intervenção do Conselho Superior do Ministerio Publico
quando a transação for promovida pelo Promotor de Justiça no
curso de ação civil pública ou coletiva’. Ouso divergir,
entretanto, da posição da Eminente Conselheira para, ao
contrário de S.Exa., interpretar de forma mais restritiva a
disposição daquele Ato Normativo e do teor da aludida Súmula,
uma vez que, adotando seu voto e minudenciando as cláusulas
pactuadas, iniludivelmente estaremos intervindo no acordo já
formalizado pelo Órgão de Execução de Primeiro Grau que, a
meu sentir, atuou no pleno exercício de suas funções e
amparado pelo princípio constitucional da liberdade de
convicção. Com todo o respeito, ao contrário do sustentado,
inclusive pelo Conselheiro Viegas, em seu voto, na regra acima
mencionada, não há qualquer distinção entre a situação do
Promotor de Justiça natural e de Promotor de Justiça designado,
não se cogitando dessa construção. A rigor, o CSMP possui
atribuição legal de exercer o controle administrativo do
arquivamento do IC, posicionando-se de forma conclusiva a
respeito de sua homologação ou rejeição e, nesse caso, a
determinação do ajuizamento da respectiva ACP. Proposta a
ação, subtrai-se do Colegiado a possibilidade de intervenção no
feito, submetendo-se o ajuste ao exclusivo controle do Poder
Judiciário, restando-se aos órgãos de Administração Superior do
MP: a CGMP e a PGJ, no exercício do Poder Disciplinar, a
apuração de eventual desvio de conduta funcional do PJ
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designado. Lembro, ainda, recente posição do E. CNMP,


extremamente formalista, fundamentando sua decisão pelo
respeito à ‘segurança jurídica’ de regra estabelecida neste
CSMP em mero assento que, por força de disposição
regimental, constitui simples recomendação, sem caráter
vinculante e passível de revisão. Assim sendo, considerando
ainda que a ação civil pública terá regular prosseguimento,
com relação a temas não abrangidos pelo acordo e que
eventual cooperado prejudicado ou associação interessada
poderá postular em Juízo o que julgar pertinente, conhecendo o
pedido, voto pelo seu indeferimento”. Colhidos, em seguida, os
votos dos demais Conselheiros, findou aprovado, por maioria, o
voto divergente apresentado pelo Conselheiro Nelson
(secundaram-no os Conselheiros Luís Daniel, Pedro Franco,
Eloisa, Ana Margarida, Paulo do Amaral, Tiago Zarif e Fernando
Grella, ao passo que o Conselheiro Bertone também
acompanhou a Conselheira Relatora), diversos deles fazendo
declaração, oralmente, como segue consignado: Conselheiro
Pedro Franco: “Acompanhei a divergência aberta pelo ilustre
Conselheiro Nelson e, com todas as vênias possíveis, discordo
do posicionamento posto no erudito voto da ilustrada
Conselheira relatora, pelos seguintes fundamentos: 1. A
existência da Súmula nº 25, deste E. Colegiado no sentido de
que havendo ação civil já em andamento, não pode o Conselho
Superior do Ministério Público, intervir, até porque, a
fiscalização de eventual proposta de acordo a ser homologada,
é de responsabilidade do juiz da causa. Vale lembrar que a
referida Súmula decorre do que está posto no artigo 88, do Ato
Normativo nº 484-CPJ, de 5 de outubro de 2.006; 2. O Conselho
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Superior do Ministério Público depois de ter determinado a


propositura da ação civil, mas antes do seu ajuizamento,
recebeu proposta de ajustamento entre as partes e dela não
conheceu. Agora, depois de proposta a ação, impossível, a meu
ver, qualquer questionamento a respeito das cláusulas do
acordo a ser homologado por decisão judicial; 3. Mesmo na
hipótese de ser homologado o acordo, a ação civil, proposta
por determinação deste Conselho, não será extinta e, quem se
sentir prejudicado com o ajustamento posto perante o
judiciário e homologado por ele, poderá manifestar seu
inconformismo através de recurso próprio; 4. Aplicação
extensiva da interpretação do artigo 28, do Código de Processo
Penal, que permite ao Promotor de Justiça designado para
oferecer denúncia (delegação do Procurador-Geral de Justiça),
ao final do processo poder pedir a absolvição do denunciado.
Uma vez proposta a ação penal, o Promotor de Justiça
designado, mesmo agindo por delegação do chefe da
instituição, é o dono da ação penal; Daí porque acompanho o
voto divergente para conhecer da ‘reclamação’ e indeferir o
pedido nela deduzido.”; Conselheira Eloisa Arruda:
“Cumprimento os dignos advogados que fizeram uso da
palavra. Parabenizo a Conselheira Relatora Dra. Marisa Rocha
Teixeira Dissinger pelo brilhante voto que demonstra a análise
aprofundada e cautelosa de todo o procedimento, o estudo da
doutrina nacional e estrangeira e da jurisprudência de nossos
Tribunais. Acompanho, contudo, a divergência manifestada
pelo nobre Conselheiro Nelson Gonzaga de Oliveira. Acrescento
considerar inviável e até mesmo temerária a discussão
administrativa pelo CSMP de um ato judicial pratica por
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Promotor de Justiça. Acolher a reclamação apresentada


significa instituir recurso não previsto em lei, posto que ao
CSMP compete tão-somente a homologação ou não de
inquéritos civis. A partir do precedente eventualmente
instituído no caso presente, qualquer pessoa descontente com
os rumos de demanda judicial interposta pelo Ministério
Público, poderá querer se valer do mesmo expediente para
fazer com que o CSMP proceda à análise do mérito de ações já
em curso. Diga-se ainda, que o Promotor de Justiça Dr. João
Lopes Guimarães cumpriu a determinação do CSMP, propondo
a ação civil pública da qual foi incumbido. A partir daí tinha sim
a liberdade utilizar a via do acordo na persecução da melhor
tutela dos direitos dos consumidores. Não se verifica na
atuação do Dr. João Lopes Guimarães qualquer ilegalidade ou
falta funcional. Por isso mesmo, não há motivo para que seja
afastado da ação como se propôs. Sugiro todavia, o
encaminhamento das cuidadas observações formuladas pela
Conselheira-Relatora a respeito das cláusulas do acordo, ao
Promotor de Justiça oficiante, para que possam ser
aproveitadas, caso entenda conveniente, em aditamento aos
termos já pactuados.”; Conselheiro Fernando Grella: “Conheci
inicialmente da reclamação porquanto a questão nela ventilada
é polêmica e os fatos têm notório clamor público. Nego-lhe,
todavia, deferimento e o faço pelas razões que seguem
alinhavadas. O aventado conflito, a meu ver, precisa ser
dirimido a partir da compreensão que se dê ao alcance e à
extensão da decisão proferida pelo Conselho Superior do
Ministério Público, na condição de órgão legalmente investido
da função de revisar a promoção de arquivamento do inquérito
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 19

civil. A Carta da República afirma que é função do Ministério


Público ‘promover o inquérito civil e a ação civil pública para a
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos’ (art. 129, inc. III).
Instrumento de natureza informativa, o inquérito civil destina-
se a apurar fato determinado ou determinável que em tese
cause danos a interesses difusos, coletivos ou individuais
homogêneos ou outros interesses que incumba ao Ministério
Público defender, servindo como preparação ao eventual
exercício da ação civil pública, à celebração do compromisso
de ajustamento de conduta ou até mesmo para a expedição de
recomendação, quando assim permitir a natureza do interesse
defendido. Insere-se no âmbito da competência discricionária
do Ministério Público decidir se deve ou não se utilizar desse
meio. Trata-se de liberdade legal para apreciar um dado que
seja do interesse da sociedade, do interesse público. Essa
avaliação dos critérios determinantes para a instauração de
inquérito civil incumbe ao órgão do Ministério Público com
atribuições legais pré-determinadas para agir em obediência ao
princípio do Promotor Natural, que para tanto deverá
considerar as circunstâncias concretas com que se deparar. Ao
tomar conhecimento de fato que em tese determine a
intervenção, e com respeito ao mesmo não esteja convicto de
como deverá agir, não lhe restará alternativa senão instaurar o
inquérito civil. Instaurado e instruído o procedimento e ao final
promovido o arquivamento, compete então ao Conselho
Superior do Ministério Público o dever jurídico de intervir como
órgão revisor, oportunidade em que exercerá a função de
controle da defesa dos interesses coletivos em sentido amplo,
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 20

função esta que a lei lhe atribui devido a importância que a


ordem jurídica contemporânea atribui à tutela desses
interesses como instrumento de facilitação do acesso do
cidadão à Justiça, como meio de superação da concepção
individualista do processo. Assim, na tutela dos interesses
extrapenais, o princípio da obrigatoriedade consiste no dever
cometido ao Ministério Público de concretamente tomar as
providências extrajudiciais e judiciais necessárias, adequadas e
proporcionais à prevenção ou à cessação da situação lesiva dos
interesses transindividuais ou à recomposição dos mesmos, se
lesados, como autêntico representante adequado da
sociedade. Nesse contexto, como dito linhas acima,
considerando: a relevância dos interesses coletivos,
notadamente de natureza social; que o processo deve dar a
quem tem um direito, tudo aquilo que ele tem direito de obter
(Chiovenda), e que a ação civil pública é o instrumento eficaz
de acesso do cidadão à Justiça, é que a lei instituiu o sistema
de reexame necessário do arquivamento do inquérito civil ou
das peças informativas. Essa é a relevantíssima função do
Conselho Superior: a de zelar pela efetiva defesa dos interesses
transindividuais e pelo princípio da obrigatoriedade da ação
quando identificar causa que exija a intervenção do Ministério
Público em defesa da sociedade, não homologando o
arquivamento, oportunidade em que ordenará o ajuizamento
da ação civil pública por outro membro do Ministério Público,
designado para essa finalidade. Temos então que ao membro
do Ministério Público designado compete dar efetivo
cumprimento à decisão do Conselho Superior, propondo a ação
civil pública. Trata-se de uma ordem que unilateralmente é
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 21

imposta pelo Órgão revisor ao membro designado, que por sua


vez possui o dever jurídico de cumpri-la. Atendida a ordem e
proposta a ação, o membro da Instituição designado passa a
ser o Promotor Natural da causa, com o inafastável dever de
exercer suas funções segundo os preceitos da lei, zelando pela
consecução dos interesses identificados pelo Órgão revisor sob
o signo da independência funcional, e assim sempre buscar a
melhor solução para o conflito, sem descurar da
indisponibilidade do direito material, que não lhe pertence. A
essas considerações, acrescentem-se outras da seguinte
ordem. Data maxima venia, o membro do Ministério Público
designado tem o dever de cumprir a ordem propondo a ação
civil, mas longe está de agir como longa manus do Órgão
revisor. Como longa manus age quem recebe competência
(atribuição) que legalmente não possui, por meio de delegação.
Há delegação, quando autorizado por lei o órgão confere a
outro, algumas das suas competências legais para assegurar
mais celeridade, maior economia e eficácia à providência
pretendida. O Conselho Superior do Ministério Público não tem
atribuição legal para a propositura da ação civil pública. Sua
relevante atuação, nos termos da lei, consiste, como
ressaltado, no dever de zelar pelo princípio da obrigatoriedade
da ação civil pública quando identificar justa causa para sua
propositura. A lei não atribui ao Conselho Superior a função de
execução de propor a ação. A Lei Federal nº 8.625, de 12 de
fevereiro de 1993, que Institui a Lei Orgânica Nacional do
Ministério Público, no capítulo que versa sobre as funções dos
Órgãos de Execução (IV), dispõe que: ‘Art. 30. Cabe ao
Conselho Superior do Ministério Público rever o arquivamento
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 22

de inquérito civil, na forma da lei’, assim como o faz a Lei


Complementar nº 734, de 26.11.1993, institui a Lei Orgânica do
Ministério Público do Estado de São Paulo no capítulo que rege
as funções dos órgãos de execução (III): ‘Art. 118. Ao Conselho
Superior do Ministério Público cabe rever o arquivamento de
inquérito civil ou de peças de informação, na forma da lei e de
seu Regimento Interno’. Diverso é o que ocorre na hipótese do
arquivamento do inquérito policial, quando a lei confere ao
Procurador-Geral de Justiça a atribuição de propor a ação penal
caso decida não mantê-lo: ‘...e este oferecerá a denúncia,
designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o
juiz obrigado a atender’, diz a lei (art. 28, do CPP). Nessa
hipótese há delegação, pois se transmite atribuição que a lei
lhe confere, e que logicamente poderia exercê-la por si. Aliás,
conforme ensinamento de Pontes de Miranda imprescindível a
distinção entre competência e exercício da competência para
bem compreender o instituto da delegação porquanto esta
alcança, no que toca às funções de estado, apenas e tão-
somente o exercício da competência e não esta própria. Daí
porque não se poderia cogitar, no caso, de o Conselho Superior
delegar algo que não detém, ou seja, o poder de promover a
ação civil pública. Por sinal, a designação de outro membro em
substituição ao que promoveu o arquivamento rejeitado faz-se
apenas para a preservação da livre convicção do membro do
parquet. A designação de membro diverso daquele que teve o
arquivamento rejeitado vem em abono à independência
funcional e também pela causa de incompatibilidade
decorrente da convicção firmada na manifestação anterior: a
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 23

designação ‘deverá recair no substituto automático do membro


impedido ou, na impossibilidade de fazê-lo, sobre membro do
Ministério Público com atribuição para, em tese, oficiar no caso,
segundo as regras ordinárias de distribuição de serviço’, é a
dicção do artigo 100, § 3º, do Ato Normativo nº. 484-CPJ, de 5
de outubro de 2006, e do artigo 11 da Resolução nº 23, de 17
setembro de 2007, do Conselho Nacional do Ministério Público:
Não oficiará nos autos do inquérito civil, do procedimento
preparatório ou da ação civil pública o órgão responsável pela
promoção de arquivamento não homologado pelo Conselho
Superior do Ministério Público ou pela Câmara de Coordenação
e Revisão. Ao dispor sobre o compromisso de ajustamento
formalizado nos autos da ação civil pública, preceitua o artigo
88 do Ato Normativo nº 484/2006 – CPJ, que ‘não haverá
intervenção do Conselho Superior do Ministério Público’, sem
excepcionar outra situação. Por fim, não tendo o Ministério
Público o monopólio da ação civil, a realização do compromisso
de ajustamento, no inquérito civil ou em juízo, não impede as
ações individuais (art. 5º, inc. XXXV, da CF), dos co-legitimados
retira tão somente o interesse processual para demandar em
juízo com relação ao objeto do mesmo, autorizando em
conseqüência a propositura de ação visando a defesa dos
interesses eventualmente não resguardados no ajuste, que,
inclusive, só será eficaz após o necessário controle realizado
pelo Poder Judiciário e, mais, poderá ainda ser objeto de ação
anulatória (art. 486, do CPC), se o caso. Nessa ordem de
considerações, o voto é no sentido de não ser possível a
intervenção deste E. Conselho Superior na atuação do
Promotor de Justiça designado, uma vez que o mesmo propôs a
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 24

ação civil pública nos termos da deliberação que deixou de


homologar a promoção de arquivamento, cumprindo assim a
ordem que lhe foi dirigida”. Anunciado, então, o resultado final
da votação, solicitou o Conselheiro Viegas que o ofício a ser
encaminhado ao juízo por onde se processa a ação civil pública
seja instruído também com cópia dos votos proferidos. 2) Pt.
nº 30.311/08 – Representação formulada pelo Corregedor-
Geral do Ministério Público, com pedido de – Verificado, antes,
mediante apregoamento, que nem o Promotor representado,
tampouco a sua advogada e procuradora, se faziam presentes,
procedeu o Conselheiro Relator, Doutor Paulo Amaral, à leitura
do seu relatório e voto, concluindo pelo acolhimento da
representação, deliberando-se, na seqüencia, pela suspensão
do julgamento, por uma sessão (art. 114, § 1º, do RICSMP),
retomando o julgamento o seu curso, portanto, na sessão do
próximo dia 30. 3) Indicação para o preenchimento,
mediante promoção por merecimento, de cargo de
Procurador de Justiça, em vaga decorrente da aposentadoria
do Doutor Paulo Mario Spina – Foram indicados os Doutores
Maria Trindade Cardoso de Mello, João Eduardo Soave e Olheno
Ricardo de Souza Scucuglia (todos por v.u.). 4) Indicações
para preenchimento de cargos nas entrâncias final,
intermediária e inicial – Colocado o tema, manifestou-se o
Conselheiro Luís Daniel, secundado pelos Conselheiros Nelson
Gonzaga, Pedro Franco, Eloisa Arruda, Ana Margarida, Paulo
Amaral, Tiago Zarif, Antonio Bertone e Fernando Grella, nos
seguintes termos: “Tendo em conta que os critérios valorativos
objetivos aplicáveis não me permitem segura diferenciação dos
candidatos disputantes dos cargos em concurso, orientarei os
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 25

meus votos pela antigüidade deles. Considerarei, no entanto,


inspirado em norma baixada pelo próprio Conselho Nacional do
Ministério Público (art. 4º, parágrafo único, da Resolução nº
2/2005), o tempo que têm na entrância ou no cargo (sem
olvidar, por óbvio, a relação de precedência existente ao tempo
da reclassificação operada no final de 2005), conforme se trate,
respectivamente, de pleito de promoção (movimentação
vertical) ou de remoção (movimentação horizontal). Não o
farei, contudo, de modo a permitir ou fomentar que, por conta
do mero colecionamento de indicações, em boa parte das
vezes por quem sequer interesse efetivo no cargo tem, possam
os mais modernos ter vantagem, imediata ou mediata, sobre
os mais antigos, prática que, penso, deve ser desestimulada a
qualquer custo, pelo total desvirtuamento que tem havido na
sua utilização. Evitarei, por conta disso, desde que possível,
propiciar (a) que um candidato venha a acumular mais de uma
indicação no mesmo concurso e (b) 4ª ou 5ª indicação em
favor de quem não seja o candidato mais antigo dentre os
interessados”. Também os Conselheiros João Francisco Viegas
e Marisa Dissinger fizeram referência aos critérios que
utilizariam para a orientação dos seus votos, como segue: “À
mingua de elementos suficientes para a correta aferição do
merecimento de cada um dos promotores inscritos, faremos
nossas indicações dentro da estrita observância da antigüidade
na entrância, exceção aberta aos casos onde exista anotação
de demérito na ficha funcional. Tendo por sérias e verdadeiras
todas as inscrições apresentadas, não deixarmos de fazer
indicação do mais antigo, a pretexto de que esse estaria
apenas buscando colecionar indicações; pela mesma razão e
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 26

em respeito a garantia traçada no artigo 92, II, “a”, da


Constituição Federal (estendida aos membros do Ministério
Público, pelo artigo 129, IX, § 4º), não deixaremos de fazer
indicações que eventualmente impliquem na obrigatoriedade
da promoção ou remoção do promotor. E rejeitamos, desde
logo, a idéia, por alguns aqui manifestada, de dispensar nos
concursos de remoção, a fundada análise do merecimento, a
pretexto de se estar seguindo a antiguidade no cargo”. Seguiu-
se, então, a coleta dos votos, obtendo-se os resultados que se
vê adiante: entrância final: (a) remoção antigüidade: (i) 32º
PJ Criminal da Capital: Delton Esteves Pastore; (ii) 70º PJ
Criminal da Capital: Virgílio Antonio Ferraz do Amaral; (iii) 14º
PJ da Infância e da Juventude da Capital: Reynaldo Mapelli
Júnior; (b) remoção merecimento: (i) 35º PJ Criminal da Capital:
José Reinaldo Guimarães Carneiro e Nelson Cesar Santos
Peixoto (ambos por v.u.), além de Luís Claudio de Carvalho
Valente (com 9 votos, dos Conselheiros Nelson Gonzaga, Luís
Daniel, Pedro Franco, Eloisa Arruda, Ana Margarida, Paulo do
Amaral, Tiago Zarif, Antonio Bertone e Fernando Grella), sendo
também votado o Silvio Antonio Marques (com 2 votos, dos
Conselheiros Marisa Dissinger e João Francisco Viegas); (ii)
115º PJ Criminal: Josely Mara Litrenta de Oliveira Donato (por
v.u. – única candidata no 1º quinto e com estágio); (c)
promoção antigüidade: (i) 10º PJ de Diadema: Mariana de
Oliveira Santos Franco; (d) promoção merecimento: (i) 2º PJ de
Praia Grande: Fernando Pereira da Silva, Gustavo Albano Dias
da Silva e Alexandre Mauro Alves Coelho (todos por v.u.);
entrância intermediária: (a) remoção antigüidade: (i) 4º PJ
de Itanhaém: Alessandro Bruscki; (b) remoção merecimento: (i)
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 27

1º PJ de Ferraz de Vasconcelos: Daniela Hashimoto e Claudio


Cavallini (ambos do v.u.), além de Flavio Eduardo Turessi (com
9 votos, dos Conselheiros Nelson Gonzaga, Luís Daniel, Pedro
Franco, Eloisa Arruda, Ana Margarida, Paulo do Amaral, Tiago
Zarif, Antonio Bertone e Fernando Grella), também sendo
votada Karina Scutti Santos (com 2 votos, dos Conselheiros
Marisa Dissinger e João Francisco Viegas); (c) promoção
antigüidade: (i) 6º PJ de Atibaia: Marcio Augusto Friggi de
Carvalho; (ii) 3º PJ de Cubatão: Daniel Santerini Caiado; (iii) 2º
PJ de Itapeva: Jaime Meira do Nascimento Junior; (iv) 1º PJ de
Jaboticabal: Paulo Henrique de Oliveira Arantes; (d) promoção
merecimento: (i) 3º PJ de Caraguatatuba: Carlos Eduardo da
Silva Anapurus, Carmem Pavão Camilo da Silva e Débora de
Camargo Aly (todos por v.u. – únicos candidatos
remanescentes); (ii) 3º PJ de Itanhaém: Ana Carolina Fuliaro
Bittencourt (por v.u.), Débora de Camargo Aly e Eduardo
Gonçalves de Salles (estes com 9 votos, dos Conselheiros
Nelson Gonzaga, Luís Daniel, Pedro Franco, Eloisa Arruda, Ana
Margarida, Paulo do Amaral, Tiago Zarif, Antonio Bertone e
Fernando Grella), também sendo votados Carlos Eduardo da
Silva Anapurus e Carmem Pavão Camilo da Silva (com 2 votos,
dos Conselheiros Marisa Dissinger e João Francisco Viegas);
(iii) 3º PJ de Itapeva: Débora de Camargo Aly (por v.u. - única
candidata remanescente); entrância inicial: (a) remoção
antigüidade: (i) 2º PJ de Presidente Venceslau: Wanshington
Gonçalves Vilela Junior; (b) promoção antigüidade: (i) PJ de
Cerqueira Cesar: Renata Cristina de Oliveira; (ii) 2º PJ de
Ituverava: Debora Anderson; (iii) 2º PJ de Lucélia: Cassiano Gil
Zancoli; (iv) 2º PJ de Miracatu: Tiago de Toledo Rodrigues; (c)
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 28

promoção merecimento: (i) PJ de Fartura: Daniela Priante


Bellini e Letícia Stuginski Stoffa (ambas por v.u. – únicas
candidatas remanescentes); (ii) 1º PJ de Jacupiranga: Marcelo
Sanchez Lorenzo, André Bandeira e Letícia Stuginski Stoffa
(todos por v.u. – únicos candidatos remanescentes); (iii) 1º PJ
de Miracatu: Felipe José Zamponi Santiago; Bruno de Moura
Campos e Carlos Eduardo Perez Fernandez (todos por v.u.). 5)
Pt. nº 47.351/08 – Of. nº 2171/08, enviado pelo Doutor
Wallace Paiva Martins Junior, Promotor de Justiça e Assessor –
Tomaram ciência, determinando o arquivamento. 6) Pt. nº
109.268/08 – Of. nº 194/08, enviado pelo Doutor Mágino Alves
Barbosa Filho, Procurador de Justiça e Secretário-Executivo da
Procuradoria de Justiça Criminal, instruído com cópia da ata da
reunião ordinária realizada em 18.08.08, do relatório da
distribuição e das atividades da referida Procuradoria, referente
ao mês de agosto p.p. – Tomaram ciência, determinando o
arquivamento. 7). Pt. nº 108.588/08 – Of. nº 172/08, enviado
pelo Doutor Paulo Álvaro Chaves Martins Fontes, Procurador de
Justiça e Vice-Secretário Executivo da Procuradoria de Justiça
de Habeas Corpus e Mandados de Segurança Criminais,
instruído com cópia da ata da reunião realizada em 27.08.08 –
Tomaram ciência, determinando o arquivamento. 8) Pt. nº
110.672/08 – Of. nº 200/08, enviado pelo Doutor Mágino Alves
Barbosa Filho, Procurador de Justiça e Secretário-Executivo da
Procuradoria de Justiça Criminal, encaminhando cópia do
Relatório de Atuação da Câmara Especializada da Procuradoria,
referente ao mês de agosto/2008 – Tomaram ciência,
determinando o arquivamento. 9) Pt. nº 111.336/08 – Of. nº
441/08 (Ref. I.C. 07/07 - Pt. nº 69.947/07) enviado pelo Doutor
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 29

João Carlos Talarico, Promotor de Justiça de Pacaembu,


comunicando que o acordo firmado nos autos do referido
inquérito civil foi totalmente cumprido – TomAram ciência,
determinando o arquivamento, com anotações. 10) Pt. nº
111.305/08 – Of. nº 3390/08 (Ref. I.C. 113/93 - Pt. nº
61.063/00) enviado pela Doutora Claudia Maria Beré,
Promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo, comunicando
que o acordo firmado nos autos do referido inquérito civil foi
totalmente cumprido – Tomaram ciência, determinando o
arquivamento, com anotações. 11) Pt. nº 110.438/08 – Of. nº
136/08 (Ref. I.C. 03/05 - Pt. nº 117.164/05) enviado pela
Doutora Claudia Rodrigues Caldas Lourenção, Promotora de
Justiça de Botucatu, comunicando que o acordo firmado nos
autos do referido inquérito civil foi totalmente cumprido –
Tomaram ciência, determinando o arquivamento, com
anotações. 12) Pt. nº 109.456/08 – Of. nº 374/08 (Ref. I.C.
23/06 - Pt. nº 86.971/07) enviado pela Doutora Rosana Colletta,
Promotora de Justiça Substituta de Limeira, comunicando que o
acordo firmado nos autos do referido inquérito civil foi
totalmente cumprido – Tomaram ciência, determinando o
arquivamento, com anotações. 13) Pt. nº 110.262/08 – Of. nº
1546/08 (Ref. I.C. 313/01 - Pt. nº 102.309/05) enviado pelo
Doutor Jorge Alberto de Oliveira Marum, 4º Promotor de Justiça
de Sorocaba, comunicando que o acordo firmado nos autos do
referido inquérito civil foi totalmente cumprido – Tomaram
ciência, determinando o arquivamento, com anotações. 14) Pt.
nº 110.509/08 – Of. nº 2219/08, enviado pelo Doutor Cláudio
José Montesso, Presidente da ANAMATRA, agradecendo ao
Colegiado, e em especial ao Doutor João Francisco Moreira
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 30

Viegas, a manifestação de apoio consignada em ata – Tomaram


ciência, determinando o arquivamento. 15) Pt. nº
106.192/08 – Requerimento formulado pelo Doutor Paulo
Sérgio de Castilho – Deliberaram favoravelmente (por v.u.). 16)
Estagiário – (a) Pedidos de Transferência - Com acolhimento
dos pareceres do Senhor Secretário, que em todos eles autou
como Relator, foram apreciados e deferidos os pedidos de
transferência formulados pelos seguint4es estagiários: Daniel
Dezan Imazawa (Pt. nº 108.037/08); Ademir Dalecio Junqueira
(Pt. nº 108.531/08); Cinthia Costa Chaves Rodrigues (Pt. nº
108.530/08); Nátali Yumi Mochiduky (Pt. nº 108.311/08). (b)
Fixação do número de vagas para o XV Concurso de
Credenciamento de Estagiários do Ministério Público – À vista
das solicitações de vagas feitas pelos Secretários das
Promotorias de Justiça, foram inicialmente fixadas em 871
(oitocentos e setenta e uma) as vagas de estagiários para o
próximo concurso de credenciamento. VI – SESSÃO PÚBLICA
DE JULGAMENTO DE INQUÉRITOS CIVIS, PEÇAS DE
INFORMAÇÃO E EXPEDIENTES CONEXOS – Dando
continuidade aos trabalhos, procedeu-se ao julgamento dos
inquéritos civis, peças de informação e expedientes conexos
pautados, então sendo julgados 7 (sete) deles pelo Pleno e 226
(duzentos e vinte e seis) pelas Turmas (146 pela 1ª Turma e 83
pela 2ª Turma), alcançando-se em tais julgamentos, num total
de 233 (duzentos e trinta e três), os resultados especificados no
aviso respectivo, que, publicado e arquivado em pasta própria,
faz parte integrante desta. VII – ENCERRAMENTO –
Finalmente, sendo 18h00min, encerrou-se a reunião, ficando a
próxima designada para o dia 23 p.f., a partir das 10h00min, na
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO 31

Comarca de Campinas. Nada mais havendo a relatar, eu, Luís


Daniel Pereira Cintra, Secretário do Conselho, lavrei a presente
ata, que vai assinada por mim e pelos demais membros do
Conselho Superior do Ministério Público.
1) A ata está sendo publicada por extrato, de conformidade
com o que preceituam a Lei Orgânica Nacional (art. 15, § 1º), a
Lei Orgânica Estadual (art. 35, § 3º) e o RICSMP (art. 14, XII, 1,
art. 15, II e XII, 1 e art. 43, § 1º).
2) Os resumos das manifestações dos Conselheiros foram
elaborados por eles próprios, de conformidade com o que foi
deliberado pelo CSMP, em sua reunião do dia 22/01/2008.
3) A íntegra da ata será disponibilizada no site do Ministério
Público, na área de acesso reservado aos seus membros.

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