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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

PARASITOLOGIA
NA
PRÁTICA

REVISÃO Profa. Dra. FLÁVIA RAQUEL NASCIMENTO e


Profa. ANDRÉA MARQUES DA SILVA PIRES

“Dedico esta obra, primeiramente, a Deus e meus


pais, minha família por inteiro, meus amigos de 72º
turma de Medicina, amigos de apartamento e aos
professores Aymoré, Vitorino, Flávia Raquel, Andréa
Pires, Eloísa que muito me ensinaram e continuam a
ensinar”

Alexis Galeno Matos

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 2
APRESENTAÇÃO PESSOAL

Sou cearense e resido no Maranhão desde 2000, onde curso, na


Universidade Federal do Maranhão, o curso de Medicina. Sou
monitor da disciplina de Parasitologia desde 2003.
Comecei a me interessar pela Parasitologia durante o curso e
na vida prática me deparava com alguns insetos como “barbeiro” ou
moscas e os guardava. Quando percebi, já tinha uma grande coleção.
Durante as aulas práticas, percebi que havia dificuldade, por
parte de alguns alunos, em identificar as lâminas. Então, desenvolvi
esta apostila de aprendizado prático para incentivá-los e auxiliá-los
na aprendizagem.
Caso tenham sugestões ou critica, elas poderão ser feitas
pessoalmente ou enviadas para meu e-mail:
alexis_galeno@yahoo.com.br . Elas serão muito bem aceitas e
servirão para o melhoramento de futuras edições.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 3
INTRODUÇÃO
Eu, na época que estava na disciplina de Parasitologia, ficava
me perguntando: Por que estudar isto? Para que saber a autonomia
de vôo de uma mosca? Por acaso vou ser médico de inseto? Eu
percebo que estas dúvidas se repetem entre os alunos.
Mas a Parasitologia é muito maior que insetos ou saber sobre a
autonomia de vôo das moscas.
Estudar Parasitologia é saber das doenças a partir da sua
origem. É saber e conhecer para poder evitá-las. É ter um
conhecimento amplo sobre a natureza e sobre as doenças. É ampliar
seus horizontes de conhecimento muito mais que enfermarias de
hospitais ou laboratórios de pesquisa.
Estudar e viver Parasitologia é algo essencial na vida de
qualquer profissional da saúde.
Pensando nisso e baseado nas aulas práticas, foi desenvolvida
esta apostila para auxiliar o aprendizado e fixar o conteúdo
assimilado nas aulas, sendo complementar ao livro texto para
aprendizagem.
Aconselho que antes e depois das aulas seja dada uma breve
olhada na apostila, procurando identificar as características dos
organismos. E, durante a aula, desenhe as lâminas, anote as
observações e compare com a apostila.
Esta apostila não substitui as aulas práticas, pois as lâminas
que serão observadas serão outras e as provas serão feitas baseadas
nelas.
Desta forma, você verá que o aprendizado será muito mais
fácil e agradável.

Bom estudo!

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 4
SUMÁRIO
HELMINTOS – ASCHELMINTHES
Ascaris lumbricoides.......................................................................................................... 6
Enterobius vermicularis..................................................................................................... 7
Trichuris trichiura.............................................................................................................. 8
Ancylostomidae................................................................................................................... 10
Necator americanus…........................................................................................................ 10
Wuchereria bancrofti.......................................................................................................... 12
Strongyloides stercoralis.................................................................................................... 13
Schistosoma mansoni.......................................................................................................... 14
HELMINTOS – PLATYELMINTHES
Hymenolepis nana.............................................................................................................. 16
Hymenolepis diminuta........................................................................................................ 17
Dipylidium caninum........................................................................................................... 18
Echinococcus granulosus................................................................................................... 19
Taenia solium..................................................................................................................... 20
Taenia saginata................................................................................................... .............. 22
PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA
Cryptosporidium................................................................................................................. 24
Isospora belli...................................................................................................................... 25
Toxoplasma gondii............................................................................................................. 26
Plasmodium sp.................................................................................................................... 27
PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA
Trypanosoma e Leishmania................................................................................................ 30
Giardia lamblia.................................................................................................................. 32
Trichomonas vaginalis....................................................................................................... 33
Entamoeba.......................................................................................................................... 34
ARTROPODES- INSECTA(NEMATOCERA)
Psychodidae........................................................................................................................ 36
Culicidae............................................................................................................................. 37
Simuliidae........................................................................................................................... 38
Ceratopogonidae................................................................................................................ 39
ARTROPODES- INSECTA(HEMIPTERA)
Triatominae......................................................................................................................... 39
ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA)
Anoplura............................................................................................................................. 40
ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA)
Siphonaptera....................................................................................................................... 42
ARTROPODES- INSECTA(ACARI)
Ixodides............................................................................................................................... 44
ARTROPODES- INSECTA(CYCLORRAPHA) e (BRACHYCERA)
Moscas................................................................................................................................ 47
Bibliografia......................................................................................................................... 50

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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HELMINTOS – ASCHELMINTHES

Ascaris lumbricoides
SISTEMÁTICA:
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Ascaroidea
FAMÍLIA: Ascarididae
GÊNERO: Ascaris
ESPÉCIE: A. lumbricoides
São animais longos, robustos e cilíndricos, apresentando extremidade afilada.
Macho: apresenta cor leitosa. Extremidade posterior fortemente encurvada
para face ventral.
Fêmea: é mais robusta que o macho. Extremidade posterior é retilínea.

Macho (extremidade posterior encurvada) e fêmea (extremidade posterior retilínea)

OVOS:
Tem cor castanha, são grandes, ovais com membrana externa mamilonada.
Infértil: mais alongado, membrana mamilonada, mais delgada e citoplasma
granuloso.
Fértil: membrana com mamelões e citoplasma denso e escuro.
Fértil embrionado: mais arredondado, embrióforo presente.
Fértil decorticado: duas membranas, transparente e lisa.

ovo fértil ovo embrionado ovo fértil ovo infértil

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Ciclo do Ascaris lumbricoides

Enterobius vermicularis
SISTEMÁTICA:
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Oxyuroidea
FAMÍLIA: Oxyuridae
GÊNERO: Enterobius
ESPÉCIE: E. vermiculares
Corpo filiforme, presença de asas cefálicas na extremidade anterior, boca
seguida de esôfago terminando em um bulbo cardíaco.
Macho: cerca de 5mm, cauda fortemente recurvada ventralmente com espículo
permanente.
Fêmea:1 cm de comprimento cauda pontiaguda e longa.

Asas cefálicas Comparação entre macho e fêmea

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OVOS:
Aspecto de D, amarelado, membrana lisa dupla e transparente, é embrionado

Ovos de E. vermiculares (formato de D)

Ciclo do E. vermicularis

Trichuris trichiura
SISTEMÁTICA:
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
ORDEM: Trichurida
FAMÍLIA: Trichuridae
GÊNERO: Trichuris
ESPÉCIE: T. trichiura
Mede de 3 a 5 cm, sendo os machos menores que as fêmeas.Região anterior
afilada e mais comprida que a posterior que é mais robusta. Aspecto de
chicote.
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Macho: é menor, extremidade posterior fortemente recurvada ventralmente,
apresenta espículo protegido por bainha.
Fêmea:é maior, extremidade posterior romba e reta

Comparação entre macho e fêmea


OVOS:
Ovo com formato elíptico, com poros salientes e transparentes nas
extremidades preenchido por material lipídico, saliências nas regiões polares.
Aspecto de bandeja.

Ovos de T. trichiura

Ciclo do T. trichiura

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ancylostomidae
SISTEMÁTICA:
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea
FAMÍLIA: Ancylostomidae
GÊNERO: Ancylostoma
ESPÉCIES: A. duodenale A. caninum, A.braziliense
Ancylostoma duodenale: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 2 pares de
dentes ventrais, cor róseo vermelho.
Ancylostoma caninum : corpo cilindriforme, cápsula bucal com 3 pares de
dentes ventrais, cor róseo vermelho.
Ancylostoma braziliense: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 1 par de
dentes ventrais, cor róseo vermelho.
Macho: extremidade posterior com bolsa copulatória bem desenvolvida.
Fêmea: extremidade posterior afilada.

Necator americanus
SISTEMÁTICA:
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea
FAMÍLIA: Ancylostomidea
GÊNERO: Necator
ESPÉCIE: Necator americanus
Necator americanus: forma cilíndrica, cápsula bucal com duas laminas
cortantes na margem interna da boca e outras duas subventrais.
Macho: menor que a fêmea, com bolsa copulatória bem desenvolvida
Fêmea: maior, com extremidade posterior afilada sem processo espiniforme
terminal.

macho N.americanus A. duodenale


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A. braziliense A. caninum

OVOS:
Ovo blastomerizado: oval com dupla membrana, presença de blastômeros.
Ovo larvado: oval com dupla membrana, presença de blastômeros em estágio
embrionado.

Ovos embrionados de Ancylostomideo

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Ciclo dos Ancilostomideos

Wuchereria bancrofti
SISTEMÁTICA:
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Filarioidea
FAMÍLIA: Onchocercidae
GÊNERO: Wuchereria
ESPÉCIE: W. bancrofti
Macho: apresenta corpo delgado, branco leitoso, extremidade anterior afilada
e posterior encurvada.
Fêmea: corpo delgado e branco leitoso.
Microfilária apresenta membrana ou bainha delicada apoiada sobre células
subcuticulares e somáticas

W .bancrofti

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Ciclo W. bancrofti

Strongyloides stercoralis
SISTEMÁTICA:
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Rhabdiasoidea
FAMÍLIA: Rhabdiasidae
GÊNERO: Strongyloides
ESPÉCIE: S. stercoralis
Fêmea partenogenética: corpo cilíndrico com aspecto longo, extremidade
anterior arredondada e posterior afilada. Apresenta cutícula fina e
transparente. Aparelho genital anfidelfo ou divergente.
Fêmea de vida livre: fusiforme com extremidade anterior arredondada e
posterior afilada.
Macho de vida livre: aspecto fusiforme, extremidade anterior arredondada e
posterior recurvada. Apresenta dois pequenos espículos na extremidade
posterior.
Larvas filarioídes com porção anterior afilada, posterior termina-se em duas
pontas. Nota-se primórdio genital.
Ovos elípticos, parede fina e transparente.
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larvas do S. stercoralis

Ciclo do S. stercoralis

Schistosoma mansoni
SISTEMÁTICA:
FILO: Platyelminthes
ORDEM: Digenea
FAMÍLIA: Schistosomatidae
GÊNERO: Schistosoma
ESPÉCIE: S. mansoni
Adulto:
Macho : mais grosso, tem cor esbranquiçada, mede cerca de 1cm, corpo
dividido em 2 porções. Anterior na qual encontramos a ventosa oral e a
ventosa ventral. Porção posterior onde encontramos o canal ginecóforo.
Fêmea: fina, tegumento liso, mede cerca 1,5 cm. Tem cor mais escura. Na
metade anterior encontramos a ventosa oral e o acetábulo. Seguida a este se
observa à vulva. Na metade posterior, as glândulas vitelogênicas e o ceco.
Ovo: formato oval, sem opérculo. Na parte mais larga encontramos espículo
voltada para trás. O ovo maduro apresenta um miracídio formado e é
encontrado nas fezes.

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Miracídio: forma cilíndrica, apresenta cílios que permitem movimentação no
meio aquático. Na extremidade anterior apresenta papila apical.
Cercária: divide-se em : corpo e cauda. Corpo é recoberto por pequenos
espinhos e tem duas ventosas oral e ventral, a cauda termina em bifurcação.

Cercária Ovo de S. mansoni

Fêmea do S. mansoni Macho do S. mansoni

Ciclo do S. mansoni

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HELMINTOS - PLATYELMINTHES

Hymenolepis nana
SISTEMÁTICA:
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Hymenolepididae
GÊNERO: Hymenolepis
ESPÉCIE: H. nana
Adulto: escales com 4 ventosas e um rostro retrátil armado de ganchos.
Proglote estreita e apresentando poros genitais unilaterais.
Ovo: quase esférico, aparência de “chapéu mexicano”, membrana externa
delgada envolvendo um espaço claro, membrana interna envolvendo a
oncosfera, apresenta dois mamelões claros em posição oposta dos quais
partem filamentos longos.

Ovo do H. nana Escolex do H. nana

Proglotes H. nana

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Ciclo do H. nana

Hymenolepis diminuta
SISTEMÁTICA:
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Hymenolepididae
GÊNERO: Hymenolepis
ESPÉCIE: H.diminuta
Adulto: maior que o H.nana, com 4 ventosas, sem rostro (escolex). Proglotes
trapezóides.
Ovo: arredondados, membrana interna e externa sem filamentos polares.

Ovo de H. diminuta Escolex de H.diminuta Proglote de H. diminuta


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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ciclo do H. diminuta

Dipylidium caninum:
SISTEMÁTICA:
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Dilepididae
GÊNERO: Dipylidium
ESPÉCIE: D. caninum
Adulto: presença de 2 poros genitais. Escolex com rostro retrátil e com 4
fileiras de ganchos. Proglotes grávidas parecendo sementes de abóbora.

Ovo de D. caninum Escolex de D. caninum

Proglote de D. caninum

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ciclo do D. caninum

Echinococcus granulosus
SISTEMÁTICA:
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Echinococcus
ESPÉCIE: E. granulosus
Adulto: escolex globoso com 4 ventosas, rostro armado com 1 fileira de
acúleos. Colo curto. Corpo formado por 3 ou 4 proglotes uma ou duas jovens,
uma madura e uma grávida.
Cisto hidático: 3 membranas nítidas (adventícia, anista e proligera), vesícula
proligera e escolex ou protoescolex.
Areia hidática: formada por escolex isolados e por fragmentos da membrana
proligera e das vesículas proligeras.

Areia hidática E. granulosus


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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ciclo do E. granulosus

Taenia solium
SISTEMÁTICA:
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Taenia
ESPÉCIE: T. solium, Cysticercus cellulosae
Adulto: escolex: globoso, rostro armado, dupla fileira de acúleos, 4 ventosas
formadas de tecido muscular arredondadas e proeminentes. Colo situado
imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação e da origem as proglotes
jovens. É conhecido como zona de crescimento. Estróbilo é o corpo do
helminto, formado pela união de proglotes jovens, maduras e grávidas
Proglote grávida: quadrangular com poro genital nítido e ramificações do tipo
dendriticas.
Cysticercus cellulosae: é a larva da T.solium. É constituído de escolex com 4
ventosas, rostelo, colo e uma vesícula membranosa contendo liquido no seu
interior.

Proglote T. solium Escolex T. solium


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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Cisticerco Escolex T. solium

Ciclo da Taenia

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ciclo do Cisticerco

Taenia saginata
SISTEMÁTICA:
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Taenia
ESPÉCIE: T. saginata, Cystucercus bovis
Adulto escolex quadrangular com 4 ventosas, sem rostro armado, sem acúleos.
Colo situado imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação, dando
origem as proglotes jovens. É conhecido como zona de crescimento. Estróbilo
é o corpo do helminto, formado pela união de proglotes jovens, maduras e
grávidas.
Proglote grávida: retangular com poro genital nítido, numerosas ramificações
uterinas do tipo dicotômicas.
Cysticercus bovis: é a larva da T. saginata, difere do C. cellulosae apenas pela
ausência do rostelo.

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Proglote tipo dicotômicas da T. saginata

Escolex da T. saginata

Ovo de Taenia sp.:Esférico, constituído por uma casca protetora denominada


embrióforo, formado por blocos piramidais de quitina unidos entre si por
substância cimentante. Dentro do embrióforo encontramos a oncosfera com
dupla membrana e pares de acúleos. Embrião hexacanto.

Ovos de T. saginata

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA

Cryptosporidium:
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Cryptosporidiidae
GÊNERO: Cryptosporidium
Desenvolve-se em microvilosidades de células epiteliais do Trato
gastrointestinal. Parasita a parte externa do citoplasma dando a impressão de
ser extracelular. Encontrado nos tecidos, fezes e meio ambiente. Os oocistos
são esféricos com 4 esporozoítos livres no interior.

Oocistos de cryptosporidium e seu ciclo:

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Isospora belli:
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Eimeriidae
GÊNERO: Isospora
ESPÉCIE: I. belli
Forma oval, membrana dupla. São oocistos com 2 esporocistos e com 4
esporozoítos em cada um. São monoxenos com multiplicação assexuada.
Oocisto maduro apresenta o esporoblasto em divisão e imaturo apresenta
esporoblasto único.

Oocisto maduro Oocisto imaturo

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Toxoplasma gondii
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Sarcocystidae
GÊNERO: Toxoplasma
ESPÉCIE: T.gondii
Taquizoíto: encontrado na fase aguda, é uma estrutura extracelular em forma
de banana ou meia lua, com uma extremidade mais afilada e outra
arredondada e o núcleo em posição mais ou menos central. Encontrada nos
líquidos orgânicos, células SMF e células hepáticas, pulmonares, nervosa,
submucosa e musculares

Bradizoíto: é a forma encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos,


cardíacos, nervoso e retina) geralmente durante a fase crônica da infecção.
Cisto com bradizoítos: possui uma parede dupla bastante resistente ás
condições do meio ambiente. São esféricos e após esporulação no meio
ambiente contem dois esporocistos, com quatro esporozoítos.

Oocisto: é a forma de resistência que possui uma parede dupla. São


produzidos nas células intestinais de felídeos não imunes e eliminados nas
fezes. Após esporulação no meio ambiente contem dois esporocistos com 4
esporozoitos cada.

Cisto com bradizoíto Taquizoíto Oocisto

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ciclo do T. gondii

Plasmodium sp.
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Plasmodiidae
GÊNERO: Plasmodium
ESPÉCIE: P. vivax, P. falciparum

Esquizonte de P. vivax: parasita hemácias que se apresentam maiores que a


não parasitadas, presença de vários núcleos nítidos.
Trofozoíto jovem de P.vivax: dentro da hemácia com contorno irregular e um
pouco maior que as demais, hipocrômica, cromatina espessa, única, com
esfera do anel para dentro.
Gametócito de P.vivax hemácia aumentada, cromatina difusa e pigmentos
maláricos.

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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O esquizonte de P. falciparum só é observado em sangue periférico em
formas graves da doença.
Trofozoíto de P. falciparum maiores que o do P. vivax, apresentam forma de
anel de bacharel, de ferradura, podem causar multiparasitismo em hemácias,
que apresentam normociticas e normocrômicas.
Gametócito de P. falciparum presença de pigmentos malárico, forma de
banana, marginal a hemácia. Macro: cromatina puntiforme, gametócito
feminino. Micro: espalhada, gametócito masculino

Esquizonte P. falciparum Gametócito P. falciparum

Trofozoito P. falciparum Trofozoito P. falciparum

Esquizonte P.vivax Gametócito P.vivax


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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Trofozoito P. vivax Esquizonte rompido P. vivax

Ciclo do Plasmodium

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA

Trypanosoma e Leishmania
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Kinetoplastida
FILO: Sarcomastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Kinetoplastida
FAMÍLIA: Trypanosomatidae
GÊNERO: Trypanosoma e Leishmania

Forma amastigota: forma arredondada ou oval, com flagelo que não se


exterioriza (ambos os gêneros).
Promastigota: forma alongada com cinetoplasto anterior ao núcleo; o flagelo
torna-se livre através da porção anterior da célula (Leishmania).
Epimastigota: forma alongada com cinetoplasto justanuclear e anterior ao
núcleo; possui pequena membrana ondulante lateralmente(Trypanosoma).
Tripomastigota: forma alongada com cinetoplasto posterior ao núcleo; o
flagelo forma uma extensa membrana ondulante e torna-se livre na porção
anterior da célula (Trypanossoma).
Paramastigota: forma intermediária entre as formas pro e opimastigota,
cinetoplasto justa nuclear (Leishmania).

forma amastigota Promastigota de leishmania

tripomastigota epimastigota de trypanosoma


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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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tripomatigota de trypassoma tripomasgota

Ciclo da Leishmania

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ciclo do Trypanossoma

Giardia lamblia
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Diplomonadida
FAMÍLIA: Hexamitidae
GÊNERO: Giardia
ESPÉCIE: G.lamblia
Os trofozoítos apresentam dois núcleos ovalados próximo a extremidade
anterior. Possui 4 pares de flagelos ( 1 par anterior, 1 par ventral, 1 posterior e
1 par caudal). Apresenta espaços claros ao redor do núcleo, ventosas, forma
piriforme, sem membrana ondulante.
O cisto é oval e elipsóide. No seu interior, encontram-se dois ou 4 núcleos ,
um número variável de fibrilas e os corpos escuros com forma de meia lua
situado no pólo oposto aos núcleos.

Trofozoíto de Giardia Trofozoíto de Giardia Giardia lamblia


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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Ciclo da G. lamblia

Trichomonas vaginalis
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
SUB FILO: Mastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Trichomonadida
FAMÍLIA: Trichomonadidae
GÊNERO: Trichomonas
ESPÉCIE: T. vaginalis
Possui apenas forma trofozoito. São piriformes ou ovóides. Flagelo recorrente,
núcleo alongado, eixo hialino (axóstilo) se exteriorizando, 4 flagelos
projetados para porção anterior, complexo granular basal, com 1 núcleo
alongado elipsóide, próximo a extremidade anterior com dupla membrana
nuclear e pode apresentar nucléolo, presença de membrana ondulante.

T. vaginalis e seu ciclo

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Entamoeba
SISTEMÁTICA:
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
SUBFILO: Sarcodina
CLASSE: Lobosea
ORDEM: Amoebida
FAMÍLIA: Entamoebidae
GÊNERO: Entamoeba

E. coli: Trofozoíto com citoplasma não é diferenciado em endo e ectoplasma;


o núcleo apresenta cromatina grosseira e irregular e o cariossoma grande e
excêntrico
E. coli: O cisto apresenta-se como pequena esfera contendo ate oito núcleos,
com corpos cromatoídes finos, semelhantes a feixes ou agulhas(se corado em
HF).
E. histolytica: Trofozoíto com o citoplasma é dividido em ecto e endoplasma;
o núcleo apresenta cromatina constituída por grânulos delicados e o
cariossoma é pequeno e central
E. histolytica: Os cistos são esféricos ou ovais. O numero de núcleos varia de
1 a 4. Os corpos cromatoídes quando presentes no cisto tem a forma de
bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas.

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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Cisto de E .coli Cisto de E.coli Trofozoito E.coli

Trofozoíto E.coli Cisto E.histolytica Cisto E.histolytica

Trofozoíto E. histolytica Trofozoíto E .histolytica


Ciclo das Entamoebas

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
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ARTROPODES- INSECTA(NEMATOCERA)

Psychodidae
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Psychodidae
SUBFAMÍLIA: Phlebotominae
GÊNERO: Lutzomyia

Adultos:olhos semelhantes entre os sexos. Medem cerca de 2 a 4 mm, corpo


coberto por pêlos finos, escamas nas asas e esternitos abdominais, pernas
compridas e esbeltas.
Posição da cabeça formando ângulo de 90º com eixo longitudinal do corpo.
Aspecto corcunda
Extremidade posterior nos machos é bifurcada (gonapófises). O braço dorsal é
composto pelo basistilo e pelo basistilo, e o elemento ventral é constituído por
um par de parâmetros. As fêmeas apresentam a extremidade posterior
arredondada (lobulada) e internamente encontra-se um par de espermatecas.
Antenas longas formadas por 14 flagelômeros cilíndricos com palpos menores
que a probóscida.
As fêmeas apresentam cibário. Asas em forma de lança e com nervuras
paralelas
Abdome formado por 10 segmentos, com os 3 últimos modificados.
Ovos alongados, elípticos, ligeiramente recurvados e esbranquiçados.
Larvas com cabeça bem definida, corpo com 9 segmentos torácicos e nove
abdominais.
Pupas cilíndricas, constituída de um cefalotórax e abdome com 9 segmentos.

macho com cauda bifurcada detalhe das asas

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 36
Culicidae
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Culicidae
TRIBO: Anophelini, Culicini
GÊNERO: Anopheles, Aedes, Culex

Medem de 3 a 6 mm, antenas com 15 a 16 segmentos: plumosa no macho e


pilosa na fêmea, ausência de ocelos, palpos nítidos, corpo revestido por
escamas , pernas longas. Mosquitos holometábolos. Pupas apresentam
cefalotórax e estrutura do sifão respiratório que diferencia as tribos.
Tribos: Anophelini e Culicini
Posição dos ovos: Isolados na água : Anopheles
Isolados fora da água: Aedes
Unidos formando jangada: Culex
Anophelini: ovos isolados, larvas sem sifão, paralelas a superfície da água,
pupas com sifão em funil, escutelo em meia-lua, machos com antenas
plumosas e palpos em clava. Fêmea com antenas pilosas, palpos longos e asas
manchadas. Pupa apresenta sifão respiratório em forma de funil.
Culicini: Ovos unidos, formando “jangada” sobre a água (Culex) ou isolados e
fora d’água na parede do recipiente (Aedes), larva com sifão perpendicular a
superfície, pupas com sifão cilíndrico, escutelo trilobado. Machos com antenas
plumosas, palpos cilíndricos e fêmeas com antenas pilosas e palpos curtos,
asas sem manchas. Pupa apresenta sifão em forma tubular.
Culicidae= Anophelini= Anopheles e Culicini= Culex e Aedes)
Regra Prática:
1º passo: olhar antena (plumosa = macho/ pilosa = fêmea).
2º passo: fêmeas com palpos longos = anophelini e palpo curto = culicini
(macho palpo longo espatulado = anophelini e palpo longo não espatulado =
culicini).

Anopheles Culicini
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 37
0larva Anopheles larva Culicini (sifão respiratorio)

diferenças entre macho de Aanopheles e fêmea de Culicini

Pupa de Culicini Pupa de anophelini

Simuliidae
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Simuliidae
GÊNERO: Simulium

Simulidae:Medem de 1 a 5 mm, antenas formadas por 11 artículos com


aspecto de chocalho de cascavel, corpo robusto de cor escura. O macho
apresenta olhos juntos (holópticos) e as fêmeas olhos separados (dicópticos),
asas com nervuras bem fortes, abdome curto.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 38
Ceratopogonidae
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Ceratopogonidae
GÊNERO: Culicoides

Ceratopogonidae: medem de 1 a 2mm, antenas formadas de 13 a14


segmentos e são plumosas nos machos e pilosa nas fêmea. O corpo é escuro e
pequeno. Asas apresentam manchas características, as nervuras anteriores são
fortes e posteriores são fracas, abdome curto. Probóscida robusta e curva,
palpos curtos.

ARTROPODES- INSECTA(HEMIPTERA)

Triatominae
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Hemíptera
FAMÍLIA: Reduviidae
SUBFAMÍLIA: Triatominae
GÊNERO: Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius

Apresenta corpo segmentado em cabeça, tórax e abdome. Asas com parte


proximal rígida e parte distal membranosa, probóscida curta e reta não
ultrapassando o primeiro par de patas nas espécies hematófagas, se é curta e
reta trata-se de espécie predadora e nos fitófagos a probóscida reta, constituída
por 4 segmentos, sempre ultrapassando o primeiro par de patas.
Macho: extremidade posterior arredondada.
Fêmea: extremidade posterior com visualização de ovopositor.
Triatoma: cabeça alongada e tubérculo antenífero em um ponto médio entre
os olhos e o clípeo.
Panstrogylus: cabeça robusta, curta em relação ao tórax, tubérculo antenífero
próximas aos olhos.
Rhodnius: cabeça alongada e delgada, tubérculo antenífero próximo ao clípeo.

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 39
Triatoma infestans Triatoma

Rhodnius Panstrogylus

ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA)

Anoplura
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Anoplura
FAMÍLIA: Pediculidae
GÊNERO: Pediculus
Pediculide: possui cabeça ovóide com antena, abdome alongado com último
segmento bifurcado na fêmea. No abdome estão localizadas as placas
paratergais , as patas apresentam-se com último segmento em forma de pinça.
Base da cabeça é afilada.

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Anoplura
FAMÍLIA: Pthiridae
GÊNERO: Pthirus
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 40
Ptirus: Possui corpo robusto, com tórax maior que abdome e abdome curto
com presença de espiráculos respiratórios, base da cabeça alargada, presença
de metapódios nas bordas laterais do abdome, o ultimo segmento em forma de
pinça.

Lêndea Fêmea de Pediculus captis

Macho do Pediculus captis Ptirus púbis

Ciclo do Pediculus

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 41
ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA)

Siphonaptera
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Pulicidae
GÊNERO: Pulex, Ctenocephalides, Xenopsylla
Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).
Ctenocephalides: presença de ctenídeo genal (8 ou 9 dentes) e ctenídeo
pronotal .
Xenopsylla: presença no occipício de 2 series de cerdas formando um V.
Apresenta sutura mesopleural no mesonoto.
Pulex: apresenta 1 cerda no occipício; cerda genal, coxa posterior com
pequenos espinhos irregularmente distribuídos.

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Rhopalopsyllidae
GÊNERO: Polygenis
Polygenis: 3 fileiras de cerdas no occipício, 2 fileiras no abdome.
Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Tungidae
GÊNERO: Tunga
Tunga: conjunto formado por 3 segmentos torácicos mais curtos que o
primeiro abdominal, lacinias serrilhadas, fronte com tubérculo pronunciado.
Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 42
Ctenideo do Ctenocephalides Xenopsylla

Pulex Tunga

Edeago nos machos Espermateca nas fêmeas

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 43
ARTROPODES- INSECTA(ACARI)

Ixodidae
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Ixodides
FAMÍLIA: Ixodidae
GÊNERO: Amblyomma, Rhipicephalus, Boophilus
Rhipicephalus: base do capitulo larga, curto e hexagonal, com ângulo
projetando–se lateralmente. Machos apresentam 1 par de placas adanais.
Fêmeas com ausência de placas adanais. Apresentam peritrema atrás da 4º
pata. Presença de festões marginais. Rostro curto, palpos cônicos e peritrema
em forma de virgula.
Amblyomma: 2º segmento no palpo pelo menos duas vezes mais longa que
larga, capitulo alongado.Sem placas adanais. Possui capítulo longo de base
quadrada. Fêmea com escudo curto.
Macho apresentam escudo recobrindo toda área dorsal. Presença de festões
marginais
Boophilus: 2 pares de placas adanais. Processo caudal (exclusivo), ausência
de festões marginais, base do capitulo retangular/oval, rostro curto e palpos
mais curtos que as quelíceras, estigmas circulares.
Macho apresenta escudo longo e 2 pares de placas adanais .

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Ixodides
FAMÍLIA: Argasidae
Argasidae: ausência de escudo, capítulo ventral, peritrema entre 3º ou 4º par
de patas.

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Sarcoptiformes
FAMÍLIA: Sarcoptidae
GÊNERO: Sarcoptes

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 44
Sarcoptes: corpo globoso, pernas curtas, sem garras, cutícula marcada por
estrias, presença de cerdas ou espinhos.
Fêmea: cerdas longas (3º e 4º patas).

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Sarcoptiformes
FAMÍLIA: Pyroglyphidae
GÊNERO: Dermatophagoides

Rhipicephalus Rhipicephalus

Amblyomma Boophilus

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 45
Boophilus Sarcoptis

Ciclo do S. scabiei

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 46
ARTROPODES- INSECTA(CYCLORRAPHA)

Moscas

SUBORDEM Muscomorpha: antena trisegmentada com terceiro segmento


com estrutura cerdiforme => arista, olhos grandes, separados nas fêmeas e
juntos nos machos.

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Muscidae
GÊNERO:Musca

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Calliphoridae
GÊNERO: Cochliomyia, Chrysomya, Lucilia

Família Calliphoridae
Conchiliomya(varejeira): mede 8 mm, cor verde, reflexos azul metálico,
mesonoto com 3 faixas negras longitudinais, olhos de cor vermelha.

Chrysomya: mede 8mm, cor metálica, apresenta 2 faixas transversais escuras


no mesonoto e 3 no dorso do abdome.

SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Sarcophagidae
GÊNERO: Sarcophaga

Família Sarcophagidae: 6 a 10 mm, cor cinzenta, mesotórax com 3 faixas


negras e abdome axadrezado.
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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 47
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Oestridae
GÊNERO: Dermatobia

ARTROPODES- INSECTA(BRACHYCERA)

SUBORDEM Brachycera: apresentam antenas com 3 segmentos, ultimo mais


longo que os demais.
SISTEMÁTICA:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Brachycera
FAMÍLIA: Tabanidae
GÊNERO: Tabanus, Chrysops, Fidena
Tabanidae (mutuca): cabeça mais larga que o tórax, semelhante a uma
calota, olhos grandes, dicópticos(separados) nas fêmeas e holópticos (juntos)
no macho, abdome mais largo que o tórax com sete segmentos, terceira
nervura das asas bifurcadas. Em pouso asas ficam abertas e separadas.

Musca domestica Sarcophagidae

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 48
Tabanidae

Chrysomya

Conchiliomya

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 49
BIBLIOGRAFIA

Neves, David Pereira – Parasitologia Humana – 10º edição – São Paulo:


Editora Atheneu, 2000

Sites:
www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/image_Library.htm

www.ufrgs.br/para-site/alfabe.htm

www.telmeds.org/AVIM/Apara/

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PARASITOLOGIA NA PRÁTICA
Alexis Galeno Matos........................................................................................ 50

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