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Taxonomia dos

insetos – LEt5802

Introdução ao estudo da
morfologia externa
dos insetos

Prof. Marcoandre Savaris


savaris@usp.br

11 de abril de 2023
Tópicos da aula
➢ Morfologia externa
▪ Introdução

▪ Tegumento dos insetos

▪ Tagmatização

Cabeça Tórax Abdome


- Orientação -Aspecto - Aspecto
geral geral
- Olhos
compostos - Pernas - Genitália
- Ocelos - Asas - Apêndices
- Outras
- Antenas
estruturas
- Ap. bucal
Morfologia externa
Muitas pessoas confundem
insetos com outros artrópodes
➢ O que é um inseto pelas semelhanças
▪ Pernas articuladas e
exoesqueleto com cutícula

INSETO é derivado do Latim


(insectum) que se referem a um
organismo de corpo segmentado.

❖ São os únicos organismos que


possuem três pares de pernas,
duas antenas (díceros),
frequentemente asas e o corpo
dividido em três tagmas:
cabeça, tórax e abdome.
Orientação e posição anatômica

McAlpine (1981)
Morfologia externa – Importância

É fundamental para o reconhecimento e delimitação


dos grupos de insetos.

Beutel et al. (2017) The Phylogeny of Hexapoda


(Arthropoda) and the Evolution of Megadiversity
Morfologia externa – Importância
➢ A forma está intimamente relacionada à função.
Tegumento dos insetos
➢ Principais funções

✓ Proteção mecânica, química e biológica;

✓ Sustentação de músculos e órgãos;

✓ Pontos de ligação de asas, pernas e


outros apêndices;
✓ Evitar a perda excessiva
de água.
Tegumento dos insetos
➢ Estrutura
seta
duto da
glândula dérmica

epicutícula
exocutícula

procutícula cutícula
endocutícula

espaço
subcuticular epiderme
enócito célula tricógena glândula dérmica
membrana basal
Tegumento dos insetos
➢ Estrutura

Epicutícula
Exocutícula
Procutícula
Endocutícula

Epiderme
Membrana Basal

Cutícula Desenvolvida
Tegumento dos insetos
❖ Processo de ecdise
✓ I. APÓLISE
Epicutícula
Exocutícula

Endocutícula

Epiderme
Membrana Basal

Espaço Subcuticular
Tegumento dos insetos

✓ II. FORMAÇÃO DA EPICUTÍCULA

Fluido da Ecdise Formação da


Epicutícula
Tegumento dos Insetos

✓ III. DEPOSIÇÃO DA PROCUTÍCULA

Endocutícula parcialmente
digerida
Síntese da nova
procutícula
Tegumento dos Insetos

✓ IV. ECDISE

Epicutícula
Exúvia
Exocutícula

Endocutícula
Epiderme
Membrana Basal
Tegumento dos Insetos

ECDISE
Tegumento dos Insetos
ECDISE
➢ O controle da ecdise é de natureza hormonal –
governados por homônimos endócrinos que
lançam suas secreções na hemolinfa.

Principais hormônios envolvidos são:

➢ Hormônio Protoracico-trópico;
➢ Ecdisteróides;
➢ Hormônio da eclosão;
➢ Hormônio Juvenil;
➢ Bursicônio.
Função do Hormônio Juvenil na Muda

Visão clássica: hipótese do “high-low-no”

HORMÔNIO
PROTORÁCICO-TRÓPICO

GLÂNDULAS
PROTORÁCICAS
CONCENTRAÇÃO

ECDISTERÓIDES
Tegumento dos Insetos
✓ V. EXPANSÃO
Tegumento dos Insetos

✓ VI. ESCURECIMENTO E ENDURECIMENTO

Processo de Melanização e Esclerotização


Tegumento dos Insetos

✓ VII. DEPOSIÇÃO DA ENDOCUTÍCULA

Cutícula Desenvolvida
Tegumento dos Insetos

Epicutícula
Exocutícula
Procutícula Cutícula
Endocutícula

Epiderme
Membrana Basal

Cutícula Desenvolvida

Formada por quitina.


Tegumento dos Insetos
➢ Estrutura

sulco ou sutura

apódema
Exoesqueleto
➢ Atua como armadura protetora do inseto!
Tagmatização – hipótese de origem
Evolução dos Insetos
Cabeça
Tórax

Abdome

Os insetos, provavelmente, evoluíram a partir


de anelídeos primitivos que deram origem a
Cabeça Tórax Abdome miriápodes e estes aos insetos.
Tagmatização
➢ Processo de organização dos tagmas.
TAGMA é uma região especializada do corpo, resultante da
fusão dos segmentos durante o desenvolvimento dos
insetos.
Cabeça – Aspectos gerais

✓ Tagma usualmente globular,


rígido, esclerosado e
localizado na porção anterior
do corpo do inseto.
Cabeça – Aspectos gerais
✓ Na cabeça, estão presentes
dois olhos compostos,
ocelos, um par de antenas
e o aparelho bucal, além de
suturas e carenas que
usualmente são importantes
taxonomicamente.
Cabeça – Aspectos gerais
➢ As funções primárias:
▪ Percepção sensorial;
▪ Integração nervosa;
▪ Aquisição de alimentos.
Cabeça - Posição

➢ Em relação ao eixo
principal do corpo a
cabeça pode estar em
três posições.

Prognata Hipognata Opistognata


Cabeça – Orientação em relação ao corpo

Prognata
Cabeça – Orientação em relação ao corpo

Hipognata
Cabeça – Orientação em relação ao corpo

Opistognata
Cabeça - Apêndices
➢ É composta por apêndices que desempenham
função sensorial e que auxiliam na alimentação
dos insetos.
➢ Estes apêndices podem ser fixos (olhos compostos
e ocelos) ou móveis (antenas e peças bucais).
Cabeça – olhos compostos
➢ Encontrados aos pares;
➢ São áreas convexas, normalmente ovaladas ou
arredondadas encontrados na região dorsolateral da cabeça
dos insetos adultos.
Cabeça – olhos compostos
➢ São formados por inúmeros omatídios.
Cabeça – ocelos

➢ Estão localizados no
vértice, entre os olhos
compostos;

➢ Usualmente dispostos
em forma de triângulo;

➢ Quando presentes o
número é variável (1, 2
ou 3).
Cabeça – ocelos

➢ São olhos simples, pequenos lente


e sem omatídios;

➢ São estruturas que informam


o sistema nervoso sobre a
intensidade e a direção da
luz, mas não formam
imagens;

➢ Presentes nos adultos e


algumas larvas (estemas). células
nervosas
Cabeça – Antenas
➢ São um par de apêndices geralmente alongados,
segmentados, móveis localizados entre ou abaixo dos
olhos compostos;

➢ Apresentam diferentes graus de


modificação dependendo de
cada organismo;

➢ Possuem função sensorial, e


agem como órgão tátil, olfativo
auditivo e gustativo.
Partes de uma antena típica

pedicelo

flagelo

escapo

antenífero

sutura antenal artículo ou antenômero


Principais tipos de antenas
Filiforme Geniculada Setácea Moniliforme

Lamelada Aristada Pectinada Clavada


Filiforme
✓ Antena longa, assemelha-se a um fio;
✓ Formada por muitos antenômeros semelhantes em
tamanho;
✓ Forma primitiva;
✓ Baratas, esperanças, grilos...
Moniliforme
✓ Segmentos arredondados ou subovais;
✓ Assemelha-se a um “Colar de pérolas”;
✓ Cupins e alguns besouros.
Clavada
✓ Segmentos apicais dilatados, formando
uma clava;
✓ Com um único ou vários antenômeros;

✓ Borboletas (exceto Hesperiidae) e alguns


neurópteros.
Capitada
✓ Semelhante a clavada, mas os últimos artículos se
dilatam repentinamente;
✓ Várias espécies de besouros;
✓ Broca-do-café.
Diferença entre clavada e capitada
Imbricada

✓ Antenômeros com forma de cálice, com a base de cada


um encaixada no ápice do outro;
✓ Besouros – Carabidae;
✓ Calosoma spp.
Fusiforme
✓ Antenômeros subapicais alargados e ápice curvado –
aspecto de fuso;
✓ Antena típica de borboletas da família
Hesperiidae.
Serreada
✓ Antenômeros com expansões em forma pontiaguda,
semelhantes aos dentes de uma serra;
✓ Bisserreada;

✓ Besouros – Buprestidae.
Estiliforme
✓ Extremidade apical do flagelo em forma de estilete,
recurvado ou reto;
✓ Mariposas – Sphingidae;
✓ Mutucas – Tabanidae.
Plumosa

✓ Flagelo com inúmeros pelos que circundam cada


antenômero, assemelhando-se a uma pluma;
✓ Encontrada em machos de
pernilongos.
Flabelada
✓ Antenômeros expandidos lateralmente em formas de
lâminas ou folhas;
✓ Alguns besouros ou microhimenópteros.
Setácea
✓ Os antenômeros diminuem de diâmetro da base para o
ápice da antena;
✓ Separação evidente dos antenômeros;
✓ Gafanhotos, libélulas, serra-pau...
Furcada
✓ Antenômeros do flagelo dispostos em dois ramos;

✓ Microhimenópteros;

✓ Mutucas - Tabanidae.
Pectinada ou Bipectinada

✓ Antenômeros com prolongamentos laterais acentuados


dando o aspecto de um pente;
✓ Mariposas - machos.
Lamelada
✓ Antenômeros apicais com expansões laterais foliáceas;

✓ Besouros – Scarabaeidae, Melolonthidae, Passalidae;

✓ Adultos de pão-de-galinha, corós.


Aristada
✓ Flagelo com um único artículo globoso e com cerda
denominada arista;
✓ Antena típica de moscas;
✓ Mosca-do-berne, varejeiras...
Geniculada

✓ Antena com escapo longo e com o pedicelo e flagelo


dobrados em ângulo ;
✓ Formigas, abelhas, vespas...
Composta

✓ Semelhante a geniculada, mas com clava no ápice;

✓Besouros – Curculionidae;

✓ Bicudo-do-algodoeiro,
gorgulho-do-milho...
Cabeça – Aparelho bucal
➢ São apêndices móveis e
sensoriais, destinados em
geral à alimentação dos
insetos.

➢ É constituído 8 peças:
▪ Lábio superior ou labro (1);
▪ Epifaringe (1);
▪ Mandíbulas (2);
▪ Maxilas (2);
▪ Lábio Inferior (1);
▪ Hipofaringe (1).
Peças bucais

LABRO
ou
LÁBIO SUPERIOR
Peças bucais

EPIFARINGE
Peças bucais

MANDÍBULA
Peças bucais

MAXILA
Peças bucais

LÁBIO
ou
LÁBIO INFERIOR
Peças bucais

LABRO HIPOFARINGE

LÁBIO INFERIOR
Tipos de aparelho bucal

Mastigador
❖ Maioria das ordens;

❖ Considerado o aparelho
bucal mais primitivo;

❖ Gafanhotos,
tesourinhas, libélulas,
formigas, besouros...
Aparelho bucal – Sugador labial
➢ Peças bucais modificadas em estiletes ou atrofiadas
HEXAQUETA TETRAQUETA TRIQUETA DIQUETA

2MD +2 MX + EP + HP 2MD + 2MX 1MD + 2MX (LS +EP) + HP

Mosquitos hematófagos

Tripes
Mosca-dos-estábulos
Cigarras e percevejos

Mutucas
Sugador labial - Hexaqueta
➢ Diptera – Mosquitos,
pernilongos, borrachudos.

2 MD + 2 MX + EP + HP
Sugador labial - Tetraqueta

➢ Hemiptera – cigarrinhas, pulgões,


percevejos, moscas-brancas...

2 MD + 2 MX
Sugador labial - Triqueta

➢ Siphonaptera – Pulgas ➢ Thysanoptera – Tripes

1 MD + 2 MX
2 MX + EP
Sugador labial - Diqueta
➢ Diptera – Moscas

(LS + EP) + HP

Probóscide adaptada
para lamber
Aparelho bucal - Lambedor

➢ Hymenoptera – Abelhas
Aparelho bucal – Sugador maxilar
➢ Lepidoptera – Borboletas e
mariposas
Aparelho bucal - Atrofiado

➢Agnatos

Efeméridas Mosca-do-berne
Aparelho Bucal
Fase imatura e adulta
➢ Menorrincos
▪ Ap. bucal sugador labial tanto na fase jovem como na adulta;
▪ Tripes, percevejos, cigarras, pulgões, mosca-branca...

➢ Menognatos
▪ Ap. bucal mastigador tanto na fase jovem como na adulta;
▪ Besouros, gafanhotos, baratas, cupins...

➢ Metagnatos
▪ Ap. bucal mastigador na fase jovem e sugador maxilar
(borboletas e mariposas), lambedor (abelhas) ou sugador
labial (moscas, pernilongos) na adulta.
Morfologia Externa - Tórax
Principal função

➢ É o tagma responsável pela locomoção dos insetos através


das pernas e asas.
Morfologia Externa - Tórax
Segmentos que formam o tórax
Protórax
Mesotórax
Pterotórax
Metatórax
Morfologia Externa - Tórax
Constituição de um segmento torácico

➢ Cada segmento é formado por placas denominadas


escleritos, que recebem a seguinte terminologia de acordo
com a sua posição: tergo ou noto (escleritos dorsais), pleura
(escleritos laterais) e esterno (escleritos ventrais).

Tergo ou Noto

Pleura

Esterno
Morfologia Externa - Tórax
Constituição de um segmento torácico

pronoto metaesterno
mesopleura
Morfologia Externa - Tórax

Apêndices torácicos

➢ Pernas

➢ Asas
Morfologia Externa - Tórax
➢ Pernas
✓ São apêndices locomotores terrestres ou aquáticos;
✓ Todos os insetos possuem três pares de pernas
(hexápodes), um cada segmento torácico.
Morfologia Externa – Tórax – Pernas

Partes de uma Perna Típica

fêmur tíbia
tarso
trocanter
coxa
Pós-tarso
Tarso: constituído de
tarsômeros (1 – 5).
Classificação quanto ao número de
tarsômeros

❖ HOMÔMEROS: Apresentam o mesmo número de


tarsômeros nos 3 pares de pernas.

Fórmulas tarsais

4 4 4 5 5 5
Classificação quanto ao número de
tarsômeros

❖ HETERÔMEROS: Diferente número de tarsômeros em


pelo menos um par de pernas.

Fórmulas tarsais 3-5-5, 4-5-5, 5-4-4, 5-5-4

5 5 4
Pernas – Estruturas do Pós-Tarso
➢ Garras tarsais;
➢ Pulvilos;
➢ Arólio ou empódios.
Pernas – Estruturas do Pós-Tarso
➢ Arólio
Pernas – Estruturas do Pós-Tarso
➢ Diptera - presença de pulvilo;

➢ Empódios em
forma de espinho.
Pernas – Estruturas do Pós-Tarso
➢ Empódios
pulviliformes
Pernas – Deslocamento
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Ambulatórias ou cursoriais
• Pernas adaptadas para andar ou
correr. Baratas, moscas, besouros,
vespas, borboletas, percevejos...
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Saltadoras ou saltatórias
• Pernas posteriores adaptadas para saltar. Gafanhotos,
esperanças, grilos, alguns besouros crisomelídeos e
pulgas.
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Nadadoras ou natatórias
• Pernas adaptadas para nadar. Besouros e percevejos
aquáticos (hidrofilídeos, ditiscídeos, baratas-da-água).
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Preensoras
• Pernas anteriores adaptadas
para prender presas.
Percevejos aquáticos, baratas-
da-água.
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Raptadoras ou raptatórias
• Pernas anteriores adaptadas para agarrar presas. Louva-a-
deus (Mantodea), moscas (Ephydridae) e mantispídeos
(Neuroptera).
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Escavadoras ou fossoriais
• Pernas anteriores adaptadas para cavar. Paquinhas e
besouros escarabeídeos.
tíbia

tarsômero
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Coletoras
• Pernas adaptadas para coletar e transportar. Abelhas.

corbícula
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Adesivas
• Pernas anteriores adaptadas para fixar “ventosa”. Auxiliam
na fixação durante a cópula. Besouros aquáticos.
Tórax – Tipos de Pernas
➢ Escansoriais
• Pernas adaptadas para agarrar
pelos (cabelos) dos hospedeiros.
Piolhos hematófagos.
Tórax – Órgãos Timpânicos
➢ São constituídos por uma
membrana (tímpano) que
vibra em resposta a
determinadas frequências
sonoras.
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Morfologia Externa – Tórax
➢ Asas
✓ Os insetos podem ser alados ou ápteros.
✓ Com relação ao número de asas podem ser
classificados:
Dípteros Tetrápteros
Ápteros
Tórax – Asas
➢ São estruturas responsáveis pela locomoção
aérea dos insetos.

➢ São uma das


principais razões do
sucesso evolutivo
dos insetos por
proporcionar o voo.
Tórax – Asas
➢ São encontradas no mesotórax e metatórax
(Pterotórax).
➢ Apresentam relação direta com o mecanismo de
voo.
Asas – Nervuras e Células

Nervuras: expansões de traqueias enrijecidas


Asas – Margens e Ângulos
Asas – Estruturas de Acoplamento
➢ Unem as asas de um mesmo lado entre si, dando
maior eficiência ao voo.
➢ Hâmulos;
➢ Frênulo;
➢ Jugo;
➢ Amplexiforme.
Asas – Estruturas de Acoplamento
➢ Hâmulos – abelhas, vespas e mamangavas
❖ Ganchos diminutos da margem costal da asa posterior
que se prendem na margem anal da asa anterior.
Asas – Estruturas de Acoplamento
➢ Frênulo – mariposas
❖ Cerda ou várias cerdas
na base da margem
costal da asa posterior
que se prendem na asa
anterior através do
retináculo .
Asas – Estruturas de Acoplamento
➢ Jugo – mariposas
❖ Porção do lobo jugal da asa anterior, que se encaixa na
margem costal da asa posterior.
Asas – Estruturas de Acoplamento
➢ Amplexiforme – Borboletas e mariposas
❖ Acoplamento realizado pela expansão da região do
ângulo umeral da asa posterior sobre a qual se apoia a
área anal da asa anterior.
Tórax – Tipos de Asas
➢ Membranosas
❖ Asa fina e flexível, geralmente
transparentes, com aspecto de
membrana e com nervuras bem
distintas.
Tórax – Tipos de Asas
❖ Membranosa com cerdas escamiformes

http://www.optics.rochester.edu/
Tórax – Tipos de Asas
➢ Tégminas
❖ Asas espessas, coriáceas e
normalmente estreitas e
alongadas. Intermediaria entre
élitro e membranosa.
❖ Características de Orthoptera
(gafanhotos, grilos), Blattaria
(baratas) e Mantodea (Louva-a-
deus).
Tórax – Tipos de Asas
➢ Élitros
❖ Asa anterior dura. Adaptadas para proteção das asas
posteriores (membranosas). Características de Coleoptera
e Dermaptera;
❖ Formam a sutura elitral – as asas não sobrepõem.
Tórax – Tipos de Asas
➢ Hemiélitros
❖ Asa com metade basal
coriácea e a metade distal
membranosa.
❖ Características de
Hemiptera (Heteroptera).
Tórax – Tipos de Asas
➢ Halteres ou balancins
❖ Extrema modificação das asas posteriores (Diptera)
moscas. Função de equilíbrio durante o voo.
Tórax – Tipos de Asas
➢ Pseudo-halteres
❖ Extrema modificação
das asas anteriores
(Strepsiptera).
❖ Somente machos
voam.
Tórax – Tipos de Asas
➢ Franjadas
❖ Asas alongadas com
longas cerdas ou pelos
nas laterais.
❖ Tripes, microlepidópteros
besouros (Ptiliidae) e
microimenópteros.
Morfologia Externa - Abdome
➢ É o centro de nutrição e reprodução dos insetos.
Normalmente possui 11 segmentos e não possui apêndices
locomotores.
➢ A variação no número de segmentos (urômeros) se dá pela
fusão dos mesmos e pela forma telescopada.
➢ As funções deste
tagma estão
relacionadas a
respiração, excreção,
digestão e
reprodução dos
insetos.
Morfologia Externa - Abdome
➢ O abdome possui os tergos (dorsal), os esternos (ventral) e
a pleura (lateral) que é menos esclerotizada ou totalmente
membranosa.

➢ Cada urômero, no geral, apresenta um par de espiráculos.


Morfologia Externa - Abdome
➢ Segmentos pré-genitais ou viscerais

▪ Urômeros I a VII (fêmeas) e I a VIII (machos), muito


semelhantes entre si.
Morfologia Externa - Abdome
➢ Segmentos genitais
▪ Urômeros VIII e IX ( ) e IX ( ).

IX

IX

VIII

IX
Morfologia Externa - Abdome
➢ Os segmentos genitais formam a genitália (órgãos
reprodutores externos).
➢ A genitália do macho está relacionada a cópula e a
transferência de esperma e a da fêmea com a oviposição.

Fêmea
Macho
Morfologia Externa - Abdome
➢ Ferrão
▪ Utilizado na defesa do indivíduo ou da colônia.
▪ Nas abelhas operárias os segmentos genitais são
atrofiados e formam o ferrão.
Morfologia Externa - Abdome
➢ Segmentos pós-genitais

▪ Urômeros X e XI. Apresenta uma placa dorsal epiprocto, 2


lobos ventrolaterais paraproctos.
Apêndices Abdominais Abdome

➢ Filamento caudal mediano;


➢ Cercos;
➢ Estilos;
➢ Sifúnculos ou cornículos.

Outras estruturas
▪ Órgãos Timpânicos;
▪ Pseudópodes;
▪ Sifão;
▪ Urogonfo.
Apêndices Abdominais Abdome

➢ Filamento caudal mediano


❖ É um prolongamento
filiforme do último
segmento abdominal;

❖ Função auxiliar na
locomoção e suporte do
abdome;

❖ Diplura, Ephemeroptera
e Thysanura.
Apêndices Abdominais Abdome

➢ Cercos

❖São apêndices pares, uni ou


multissegmentados, curtos
ou longos do 11° segmento
abdominal;

❖Função sensorial, tátil, ligada


a cópula ou preensora
(tesourinhas);
❖ Baratas, efemerópteros, traças, tesourinhas,
louva-a-deus.
Apêndices Abdominais Abdome

➢Estilos
❖ São apêndices pares,
curtos, cilíndricos
presentes na parte ventral
do abdome;
❖ Possui função sensorial;
❖ Dimorfismo sexual;
❖ Baratas, louva-a-deus.
Apêndices Abdominais Abdome

➢Sifúnculos ou cornículos
❖ São apêndices tubuliformes
encontrados na região
posterior dorsal do abdome
de pulgões (Aphididae);
❖ Função de liberar
feromônios de alarme.
Abdome – Órgãos Timpânicos

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Abdome – Pseudópodes
❖ São utilizados para ajudar no deslocamento.
Presente em larvas de Lepidoptera e Hymenoptera
(Symphyta).

Lepidoptera Hymenoptera
(lagarta) (Symphyta)
Abdome – Sifão

❖ Auxiliam na respiração em insetos aquáticos.


Presente em adultos de Nepidae e Belostomatidae
(Hemiptera).

Nepidae

Belostomatidae
Abdome – Urogonfo
❖ Apêndice geralmente par que se origina na margem
posterior do tergito abdominal IX, podendo ser
articulado e móvel ou não segmentado e fixo.
Tipos de Abdome
➢ O abdome pode ser ligado ao tórax de forma:

Séssil ou aderente Livre Pedunculado ou


peciolado

➢ Quanto a forma o abdômen pode ser curto, longo, estreito


ou largo, achatado ou cilíndrico.
Tipos de Abdome
➢ Séssil ou aderente
❖ Liga-se ao tórax em toda sua largura. Baratas, gafanhotos,
besouros etc.
Tipos de Abdome
➢ Livre
❖ Constrição pouco pronunciada na união do abdome com o
tórax. Moscas, abelhas, borboletas etc.
Tipos de Abdome
➢ Pedunculado ou peciolado
❖ Constrição acentuada no 2° ou 2° e 3° segmentos
abdominais (pedúnculo ou pecíolo).
❖ O 1° segmento abdominal está fundido ao metatórax
(propódeo ou epinoto). Ex: Formigas e vespas.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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