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MÓDULO 1- Palavras-chave
1. DEFINIÇÃO
Palavra-chave é um termo que designa, em estatística linguística, o vocábulo cuja frequência de
ocorrência em um texto (ou concretamente na obra de um autor) é superior à média normal. Pode ainda
considerar-se palavra-chave o termo que é o objetivo da pesquisa terminológica num domínio específico
(por exemplo, a economia, a informática, etc.).
Para a presente atividade, a primeira definição é a que melhor nos cabe. Tomamos as palavras-
chave como os termos que mais aparecem em um texto. E essa repetição de palavras, longe de ser um
indício de pobreza vocabular, representa uma marca da unidade temática do texto. Além disso, tem
função resumitiva, visto que com a reiteração das palavras-chave é possível condensar em blocos maiores
a distribuição das ideias de um texto, sem esquecer que o mesmo uso de palavras-chave permite, ainda,
indicar os itens lexicais a partir dos quais o texto se desenvolve (ANTUNES, Irandé. 2009). Além do
mais, convém atentar para o uso da palavra chave como mecanismo de busca do texto em ambiente
virtual.
2. OBJETIVOS
-Destacar o uso do léxico como importante recurso na leitura e produção de textos;
-Fazer perceber as unidades lexicais mais salientes como as mais responsáveis pela construção do
sentido do texto;
-Ressaltar a importância da palavra-chave como mecanismo de busca do texto em ambiente
virtual.
4. ATIVIDADE
4.1. DESCOBERTA DAS PALAVRAS-CHAVE
Inicialmente, discutir sobre o que é palavra-chave e mostrar qual a sua importância para a compreensão
do texto.
4.2. EXPLORAÇÃO DO TEXTO TENDO EM VISTA AS PALAVRAS-CHAVE
4.2.1. Pedir à classe para que, antes da leitura, faça uma previsão das possíveis palavras-chave que
podem aparecer no texto. Para isso,
a) observar o título do texto em estudo;
b) Registrar no quadro as palavras previstas pela classe;
4.2.2. Entregar o texto e solicitar a leitura silenciosa, para:
a) Pedir aos alunos que verifiquem se as previsões se confirmam;
b) Anotar as palavras encontradas e comparar com as previstas, fixando-as também no
quadro, de forma que haja duas colunas: palavras-chave previstas e palavras-chave
encontradas;
c) Pedir que releiam o texto para sublinhar as palavras que se repetem.
d) Em seguida, perguntar: que palavras foram sublinhadas? Por que essas palavras se
repetem ao longo do texto? Em que auxilia a repetição dessas palavras?
4.2.3. Discutir o assunto do texto com a classe. (Neste passo, um dos rumos que a discussão pode
tomar é sobre o espaço dos sebos (assunto do texto em estudo).
Interessante buscar saber, por exemplo, se os alunos já foram a um sebo, com que
frequência, quais sebos eles conhecem na cidade e que tipo de livro costumam comprar – se
didático, de literatura etc.
Indagar ainda: se conhecem sebos na internet, qual o maior público-alvo dos sebos, se existe
preconceito em comprar livro de sebos (por que?), se há alguma tradição de se fazer uso de
sebos.
Texto
SEBO
(Luís Fernando Veríssimo)
O homem disse o próprio nome e ficou me olhando atentamente. Como alguém que tivesse
atirado uma moeda num poço e esperasse o "plim" no fundo. Repeti o nome algumas vezes e finalmente
me lembrei. Plim. Mas claro.
- Comprei um livro seu não faz muito.
Ele sorriu, mas apenas com a boca. Perguntou se podia entrar. Pedi para ele esperar até que eu
desengatasse as sete trancas da porta.
- Você compreende - expliquei -, com essa onda de assassinatos...
Ele compreendia. Estranhos assassinatos. Todas as vítimas eram intelectuais. Ou pelo menos
tinham livros em casa. Dezesseis vítimas até então. Se soubesse que seria a décima sétima eu não teria me
apressado tanto com as correntes.
- Você leu meu livro? - ele perguntou.
- Li!
Essa terrível necessidade de não magoar os outros. Principalmente os autores novos.
- Não leu - disse ele.
- Li. Li!
Essa obscena compulsão de ser amado.
- Leu todo?
- Todo.
Ele ainda me olhava, desconfiado. Elaborei:
- Aliás, peguei e não larguei mais até chegar ao fim.
Ele ficou em silêncio. Elaborei mais:
- Depois li de novo.
Ele nada. Exclamei:
- Uma beleza!
- Onde é que ele está?
Meu Deus, ele queria a prova. Fiz um gesto vago na direção da estante.
Felizmente, nunca botei um livro fora na minha vida. Ainda tenho - ainda tinha - o meu Livro do
bebê. Com a impressão do meu pé recém-nascido, pobre de mim. Venero livros.
Tenho pilhas e pilhas de livros. Gosto do cheiro de livros novos e antigos. Passo dias dentro de
livrarias. Gosto de manusear livros, de sentir a textura do papel com os dedos, de sentir seu volume na
mão. Ocupo-me tanto de livros e quase não me sobra tempo para a leitura.
Ele encontrou seu livro. Nós dois suspiramos, aliviados. Como é fácil fazer a alegria dos outros,
pensei. Com uma pequena mentira eu talvez tivesse dado o empurrão definitivo numa vocação literária
que, de outra forma, se frustraria. Num transbordamento de caridade, declarei:
- Que livro! Puxa!
Mas ele não me ouviu. Apertava o livro entre as mãos. Disse:
- O último. Finalmente.
- O quê?
Ele começou a avançar na minha direção. Contou que a tiragem do livro tinha sido pequena.
Quinhentos exemplares. Sua mãe comprara 30 e morrera antes de distribuir aos parentes. Ele tinha ficado
com 453. Dezessete cópias tinham acabado num sebo que, através dos anos, vendera todos. Ele seguira a
pista de 16 dos 17 compradores e os estrangulara. Faltava o décimo sétimo.
- Por quê? - gritei. E acrescentei, anacronicamente: - Homem de Deus?
No livro tinha um cacófato horrível. Ele não podia suportar a ideia de descobrirem seu cacófato.
- Eu não notei! Eu não notei! - protestei.
Não adiantou. Ninguém que tivesse lido o livro podia continuar vivo. Ele queria deixar o mundo
tão inédito quanto nascera.
- Mas essas coisas não têm import... - comecei a dizer.
Mas ele me pegou e me estrangulou.
Bem feito! Para eu aprender a não ser bem-educado. Meu consolo é que depois ele descobriria
que as páginas do livro não tinham sido abertas e o remorso envenenaria suas noites.
Enfim. É o que dá frequentar sebos.
A força das redes sociais já não é mais dúvida para ninguém. Este fato ficou ainda mais claro,
principalmente, com as manifestações populares que vêm acontecendo nos últimos anos no mundo, em
que essas redes transformaram-se nos mecanismos para uma comunicação rápida, organizada e
democrática (leia mais em: http://hashtag.ms/blog/nossas-cientistas-sociais-analisam-a-importancia-das-redes-sociais-para-os-
movimentos-populares/).
Recentemente, o Governo Federal brasileiro anunciou cortes do MEC, sendo amplo corte nas
bolsas - de 50% a 90% - e até mesmo possível exclusão de projetos vigentes. Esse fato levou ao início de
campanhas a favor da continuação de programas educacionais patrocinados pelo governo, dentre eles, o
PIBID. Alunos(as), professores(as), escolas e demais amigos e amigas do PIBID criaram hashtags pela
manutenção dos projetos nas escolas, como #somostodospibid, #ficapibid, #avancapibid, e outras.
Veja abaixo:
TWITTER
FACEBOOK
Agora é a sua vez!
Crie hashtags e FAÇA USO sobre temas sociais que você julga importante serem debatidas.
Levantar algumas, as mais chamativas para o momento.
Lembre-se de que o objetivo é mobilizar a população para que tomem conhecimento e apoiem
as causas.
#Partiu!
6. REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009.
Portal da Língua Portuguesa, Dicionário de termos linguísticos. Disponível em:
<http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=terminology&act=view&id=3541>
Acesso em 12 de maio de 2014.
Wikipédia, Enciclopédia livre. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra-chave>
Acesso em 12 de maio de 2014.
<http://pt.wix.com/blog/2014/09/o-que-sao-palavras-chave/ >Acesso em 12 de maio de 2014
https://www.google.com/search?q=significado+de+hashtag&ie=utf-8&oe=utf-
8&client=firefox-b-ab> Acesso em 1 de agosto de 2018.