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MATEMÁTICA

INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL

Irene Magalhães Craveiro


Lilian Akemi Kato
Jader Otavio Dalto
Rafael Monteiro dos Santos

Campo Grande, MS - 2011

LICENCIATURA
PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Dilma Rousseff
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL


REITORA
Célia Maria Silva Correa Oliveira
VICE-REITOR
João Ricardo Filgueiras Tognini
COORDENADORA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA - UFMS
COORDENADORA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UFMS
Angela Maria Zanon

COORDENADOR ADJUNTO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UFMS


Rodrigo Juliano de Oliveira

COORDENADORA DO CURSO DE MATEMÁTICA (MODALIDADE A DISTÂNCIA)


Sonia Maria Monteiro Burigato

Obra aprovada pelo Conselho Editorial da UFMS - Resolução nº 03/2010

CONSELHO EDITORIAL UFMS CÂMARA EDITORIAL

Dercir Pedro de Oliveira (Presidente) SÉRIE


Celina Aparecida Garcia de Souza Nascimento
Claudete Cameschi de Souza
Edgar Aparecido da Costa.
Edgar Cézar Nolasco
Elcia Esnarriaga de Arruda
Gilberto Maia Angela Maria Zanon
José Francisco Ferrari Dario de Oliveira Lima Filho
Maria Rita Marques Patricia Graciela da Rocha
Maria Tereza Ferreira Duenhas Monreal Carina Elizabeth Maciel
Rosana Cristina Zanelatto Santos Sonia Maria Monteiro Burigato
Sonia Regina Jurado
Ynes da Silva Felix
SUMÁRIO

Informações sobre o material 5


Prefácio 7

CAPÍTULO I
Conjuntos e Funções 9

1. Introdução 11
2. Conjuntos 12
3. Funções 18
4. Apêndice: Relações Binárias e Aplicações 26

CAPÍTULO II
Números Reais 31

2. Módulo de um Número Real 39


2.1 Supremo e Ínfimo em conjuntos de Números Reais 43

CAPÍTULO III
Sequências e Séries de Números Reais 49

3.1 Introdução 51
3.2 Definições e Propriedades 52
3.3. Limite de uma Sequência 54
3.4 Sequências Limitadas 59
3.5 Sequências Monótonas 62
3.6 Subsequências 63
3.7 Critério de Convergência de Cauchy 66
3.8 Séries Numéricas 72
3.9 Critérios de Convergências de Séries Numéricas 79
3.10 Séries Alternadas 81
3.11 Convergência Absoluta, Testes da Raiz e da Razão 82

CAPÍTULO IV
Topologia da Reta 92

4.1 Introdução 93
4.2 Conjuntos Abertos 93
4.3 Conjuntos Fechados 95
4.4 Pontos de Acumulação 99
4.5 Conjuntos Compactos 101

CAPÍTULO V
Funções, Limites e Continuidade 107

CAPÍTULO VI
Derivadas e a Integral de Riemann 119

6.1 Derivadas: Definição e Exemplos 121


6.2 Derivadas: Regras Operacionais 124
6.3 Derivadas: Regra da Cadeia 125
6.4 Derivadas: Interpretação Geométrica 126
6.5 Derivadas: Interpretação Cinemática 127
6.6 A Soma de Riemann 127
6.7 Integral: Interpretação Geométrica 131

Referências Bibliográficas 134


INFORMAÇÕES SOBRE O MATERIAL

INFORMAÇÕES SOBRE O MATERIAL

PREZADO ALUNO,

Este livro apresenta uma introdução à Análise na reta, contemplando os assuntos


relacionados à análise em uma variável real.

A Análise Real tem características explicativas de conceitos e situações encontradas no


Cálculo Diferencial e Integral I, que em geral é uma das primeiras disciplinas de Cálculo dos
cursos de graduação da área de Ciências Exatas e da Terra. Procuramos descrever os aspectos
organizados do Cálculo I com as suas respectivas demonstrações e justificativas.

Para uma melhor compreensão do conteúdo deste material, orientamos que a leitura deste
material seja feita detalhadamente, de maneira que cada passo de cada demonstração ou
resolução de exercício seja compreendido plenamente antes de se ler o passo seguinte ou de se
analisar o próximo exercício. Para tanto, se for necessário, leia várias vezes até atingir 100%
de compreensão.

Esperamos que este material possa contribuir para sua formação enquanto professor de
Matemática e desejamos a você um bom trabalho.
PREFÁCIO

PREFÁCIO

O objetivo principal da Análise Real para a Licenciatura em Matemática é a prática em


demonstrações. Esta abordagem lógico-formal dos conteúdos, bem como a habilidade no trato
com as definições, teoremas e demonstrações é fundamental ao futuro professor de
Matemática da Educação Básica, uma vez que as definições, axiomas, demonstrações
constituem-se como embasamentos lógicos de toda a Matemática.

O Século XIX foi marcante na matemática e desta forma, os matemáticos elegeram-no como
do “Século do Rigor”. Foi nesse século que Cauchy, formalmente, iniciou as ideias de limite e
derivada. Um dos marcos no desenvolvimento da Análise foi o trabalho de Lagrange, que
pode ser encarado como o início da teoria moderna de funções reais de uma variável real.

Antes do Século XIX, muitas descobertas importantes surgiram, mas não houve preocupação
com os fundamentos lógicos dos métodos que funcionavam com tanto êxito. O conceito de
função, apesar de parecer simples nos dias atuais, é resultado de uma evolução histórica,
iniciada na Antiguidade com, por exemplo, os matemáticos babilônicos, que usavam tabelas
de quadrados, raízes quadradas, raízes cúbicas, mas o conceito de função não estava
claramente definido. Outro conceito matemático cujas origens remontam a antiguidade é o
conceito de limite. Durante muitos séculos, as noções de limite eram confusas e vagas. Apesar
dessa noção ser fundamental no que se refere ao desenvolvimento ordenado e lógico do
Cálculo, sua consolidação enquanto conceito ocorreu mais recentemente, há pouco mais de 50
anos.

3
Sobre os Autores
Irene Magalhães Craveiro
Possui graduação em Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso
do Sul (1996), mestrado em Ciências Matemática pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999) e doutorado em Matemática pela
Universidade Estadual de Campinas(2004). Atualmente é Professor Adjunto
da Universidade Federal da Grande Dourados. Tem experiência na área de
Matemática, com ênfase em Matemática Discreta e Combinatória.

Lilian Akemi Kato


Possui graduação em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá
(1992), mestrado em Matemática pela Universidade de São Paulo (1996) e
doutorado em Matemática Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas
(2004). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual de Maringá.
Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Biomatemática,
atuando principalmente nos seguintes temas: modelagem matemática e Ensino
de Ciências e Educação Matemática.

Jader Otavio Dalto


Possui graduação em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina
(2002), mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática também
pela Universidade Estadual de Londrina (2007) e atualmente é acadêmico
do Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela mesma
instituição. É Professor Assistente da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, atuando principalmente na formação inicial e
continuada de professores de Matemática.

RAFAEL MONTEIRO DOS SANTOS


Possui graduação em Matemática pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (2005) e mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(2008) e
atualmente é Professor Assistente da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
CAPÍTULO I

CONJUNTOS E FUNÇÕES
CAPÍTULO I
CAPÍTULO 1
CONJUNTOS E FUNÇÕES
Conjuntos e Funções
1. Introdução

De modo geral, considera-se que a teoria moderna dos conjuntos foi criada em 1859
pelo famoso matemático Georg Cantor (1845 -1918), que notou a necessidade de tal teoria
quando estudava séries trigonométricas. Cantor escreveu: “Por um „conjunto‟ entenderemos
qualquer coleção dentro de um todo de objetos distintos definidos, de nossa intuição ou
pensamento". Esta definição não proíbe ninguém de considerar o “conjunto” de todos os
conjuntos, como o fez Bertrand Russel. A dificuldade real na definição de Cantor de um
conjunto é a palavra “coleção”. O que é uma coleção? É claro que podemos procurá-la em um
dicionário e encontrar algo como estas definições:
“coleção: um grupo de objetos coletados.”
“grupo: um agregado ou coleção.”
“agregado: uma coleção.”
Tais definições dificilmente nos ajudarão. Quando um matemático dá uma definição,
não é para que seja um mero sinônimo tal como o são “coleção” e “conjunto”, ou uma
definição circular como encontraremos em um dicionário. Aparentemente, Cantor não estava
consciente de que o termo “conjunto” era realmente indefinível.
Para evitar qualquer dificuldade, devemos aceitar os termos “conjunto” e “elemento”
como termos indefinidos, ou primitivos, e guiar estes conceitos primitivos por um número de
axiomas.
Apesar dessas dificuldades relacionadas à definição, a teoria dos conjuntos de Cantor
já penetrou em todos os ramos da matemática moderna e provou ser de importância particular
nos fundamentos da análise moderna e da topologia. Na verdade, mesmo os mais simples e
bem construídos sistemas axiomáticos da teoria dos conjuntos são inteiramente adequados
para a construção de virtualmente toda a matemática clássica (a teoria dos números reais e
complexos, álgebra, topologia, etc.).
Conforme já mencionado, o que é um conjunto é uma questão difícil de se responder.
Não pretendemos aqui entrar em nenhuma abordagem axiomática complicada da Teoria dos
Conjunto. Neste material, consideraremos a definição intuitiva dada primeiramente por Georg
Cantor (1845 – 1918) que considera um conjunto como qualquer coleção dentro de um todo

4
12 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

de objetos definidos e distinguíveis, chamados elementos, de nossa intuição ou pensamento..


Destacamos os seguintes exemplos:
(a) O conjunto de todas as cadeiras existentes no prédio, destinado para funcionar o
Curso de Matemática;
(b) O conjunto de todas as carteiras na sala aula de número 612, onde ocorrem as
aulas de Análise Real, neste semestre;
(c) O conjunto de todas as salas existentes no prédio, destinado para funcionar o
Curso de Matemática;
(d) O conjunto de todos os estudantes desta universidade;
(e) O conjunto das letras a, b, c e d;
(f) O conjunto das regras de uso do laboratório de informática;

2. Conjuntos
Os conjuntos são frequentemente designados delimitando com chaves os símbolos que
representam seus elementos, quando for possível fazê-lo. Assim, o conjunto no Exemplo (e),
dado na introdução, pode ser representado por {a, b, c, d}. Usaremos letras maiúsculas para
denotar conjuntos, e letras minúsculas para denotar seus elementos. Se a é um elemento de
um conjunto A, escrevemos a  A (leia-se: “a é um elemento de A" ou “ a pertence a A"),
enquanto que a  A significa que a não é elemento de A.

Definição 1. 1. Dados dois conjuntos A e B, dizemos que está contido em , ou que


é subconjunto de e denotamos por se e somente se, todo elemento de A também
é elemento de B. Simbolicamente,  temos que .

Com base na definição acima, podemos concluir que todo conjunto é sempre subconjunto de
si mesmo?

Definição 1. 2. Dados dois conjuntos A e B, dizemos que é igual e denotamos por


se, e somente se, e Simbolicamente, equivale a dizer que
.

A ordem em que aparecem os elementos num conjunto não tem importância. Assim, o
conjunto {a; b; c} é o mesmo que {b; c; a}, etc. Além disso, como os elementos de um
conjunto são distintos, a notação {a; a; b}, por exemplo, não é apropriada para designar um
conjunto, e deveria ser substituída por {a; b}. Se a é um elemento de um conjunto, a e {a} são

5
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 13

considerados diferentes, isto é, a  {a}. Pois {a} denota o conjunto que contém o elemento a
somente, enquanto que a é apenas o elemento do conjunto {a}.

Quando e A  B, dizemos que A é um subconjunto próprio de B. Em outras


palavras, A é um subconjunto próprio de B quando todo elemento de A é um elemento de B,
mas existe pelo menos um elemento de B que não é elemento de A. Se A não é subconjunto
de B, escrevemos A  B.

Definição 1. 3. Chamamos conjunto vazio, o conjunto que não possui elemento e


denotamos por  ou { }

O conjunto  é um subconjunto de qualquer conjunto.


Demonstração.
Se A é um conjunto qualquer, então temos apenas duas possibilidades   A ou   A.
Porém, se   A, então existiria x   tal que x  A, o que seria uma contradição, uma vez
que o conjunto  não possui elementos. Logo, a primeira possibilidade,   A, é verdadeira.

Proposição
Definição 1. 1.1.
4. Se A  B e B  C então A  C.
Demonstração. Demonstraremos que para todo x  A temos que x  C. Se x  A então x 
B pois A  B e como B  C então x  C. Portanto mostramos que A  C.

Definição 1.4.
Definição 1. 5. Dados dois conjuntos A e B, o conjunto união de e , denotada por
A  B, é formado por todos os elementos que estão em pelo menos um dos conjuntos A e B.
Simbolicamente, { } 

Definição 1.5.
Definição 1. 6. Dados dois conjuntos A e B, o conjunto interseção de e , denotada
por , é formado por todos os elementos que estão em A e em B. Simbolicamente,
{ } 

Definição 1.6.
Definição 1. 7. Dados dois conjuntos A e B, a diferença de um conjunto em relação
ao conjunto , denotada por é formado por todos os elementos que estão em A e
que não pertencem a B. Simbolicamente, {  }
 

6
14 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Quando lidamos com subconjuntos de um mesmo conjunto X, entende-se por complementar


de um conjunto A, indicado pelo símbolo , como sendo o conjunto dos elementos
de X que não estão em A, ou seja: = {x  X: x  A}.

Definição 1.
1.7.
8. Dados dois elementos e , o par ordenado de e denotado por
( com primeira coordenada e a segunda coordenada é o conjunto (
{{ } { }}

Observação: Observe que ( {{ } { }} {{ } { }} ( . Convém ressaltar,
que ordem neste caso tem importância, daí o significado do nome par ordenado. No par
ordenado a primeira coordenada é chamada abscissa e a segunda ordenada.

Proposição 1.2.
Proposição 1. 1 : Sejam dois elementos e
( ( e
Demonstração. Seja A um conjunto qualquer. Provaremos
( Suponha ( ( Segue da definição que: {{ } { }} {{ } { }}. Desta
forma temos duas considerações a fazer, ou seja, { } { }e { } { } ou
{ } { }e { } { } Do primeiro caso concluímos que e Do segundo caso
concluímos que e Logo, Portanto, e
como queríamos demonstrar.
( Reciprocamente, suponha e e observe:
e { } { } e { } { } { } { } { } { } { } { }
Portanto, ( (

Definição 1.
1.8.
9. Dados dois conjuntos e quaisquer, o produto cartesiano de e
denotado por é o conjunto
{( }
Segue da definição que ( ou

Observação: Considere um conjunto qualquer e o conjunto . Temos que


ou seja, é o conjunto dos pares ordenados ( tal que e Como por
definição, o vazio é conjunto não contém nenhum elemento, então neste caso, não existe
consequentemente não existe nenhum par ( Portanto
Analogamente,
Exemplo 1. 1 :Considere { }e { }
7
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 15

{( ( ( ( ( ( } e
{( ( ( ( ( ( }
Observe que, em geral

Proposição 1.
Proposição 2 : Se A, B e C são conjuntos quaisquer, então
1.3. ( ( (

Demonstração: De fato, seja ( (


( ( e e e (
e( ( ( (

Exemplo 1. 2 Sejam { } e { } Determine os conjuntos


e .
Solução: e { }

Exemplo 1. 3 Sejam { } e { } Determine os conjuntos


e .
Solução: { ou } e { } { }

Exemplo 1. 4 Sejam { } e { } Determine os


conjuntos e
Solução { }e {}

Exemplo 1. 5 Sejam { } e { } Determine os


conjuntos e
Solução: Neste caso, { }e { } Logo, { } e { }

Exemplo 1. 6 Sejam { } e { } Determine os conjuntos


e
Solução: Neste caso, ] [ ] [ e ] [ ] [ Logo,
] [ ] [ e ] [ ] [

Exemplo 1. 7 Sejam { } e { } Determine os conjuntos


e
Solução: ] ] [ [ e ] ] [ [

8
16 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Exemplo 1. 8 Sejam { } e { } Determine os conjuntos


e
Solução: (] ] [ [ { √ √ }e ] √ ] [ √ [

Exemplo 1. 9 Sejam { }e { { }{ }{ }} Determine as partes de e as


partes de , ou seja, ( e ( .
Solução:
( { { } { } { } { } { } { } { }{ }{ }{ }{ }{ }
{ }{ }{ }}

( { { } { } {{ }} {{ }} {{ }} { } { { }} { { }} { { }} { { }}

{ { }} { { }} {{ } { }} {{ } { }} {{ } { }} { { }} { { }}
{ { }} { { } { }} { { } { }} { { } { }} { { } { }} { { } { }} { { } { }}
{{ } { } { }} { { } { }} { { }{ }} { { }{ }}

{ { }{ }{ }} { { } { } { }} { { }{ }{ }}}.

Exemplo 1. 10 Sejam e conjuntos. Prove que, se e , então

Solução: Hipótese: e
Tese: .
Segue da definição que: e ( ) e ( Seja
( Neste caso, e e daí e Portanto,

Exemplo 1. 11 : Sejam e conjuntos quaisquer. Se então


Prove esta proposição, caso seja verdadeira, ou dê um contraexemplo, caso seja falsa.
Solução: A proposição é falsa. Para verificar este fato, considere { } { }e
{ } Neste caso, temos que { }e { }. Logo
e .

Exemplo 1. 12 Sejam e conjuntos quaisquer. Se então


Prove esta proposição, caso seja verdadeira, ou dê um contraexemplo, caso seja falsa.
Solução: A proposição é falsa, para verificar este fato, considere { } { }e
{ } Neste caso, temos que { }e { }. Logo e
.

9
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 17

Exemplo 1. 13 Se { } e { }, então Prove


esta proposição, caso seja verdadeira, ou dê um contraexemplo, caso seja falsa.
Solução: A proposição é verdadeira, para verificar este fato, considere arbitrário
provaremos que . Observe que:
;
Podemos escrever: ( e Portanto

Exercícios Propostos
1) Prove que A  B = B  A.
2) Prove que A  (B  C) = (A  B)  C.
3) Prove que A  (B  C) = (A  B)  (A  C)
4) Demonstre que o conjunto de letras da palavra “catarata” e o conjunto de letras da
palavra “catraca” são iguais.
5) Liste todos os subconjuntos do conjunto { - 1; 0; 1}.
6) Demonstre que se A   então A = .
7) Demonstre que se A  B e B  A então A = B.
8) Em cada um dos seguintes itens, determine se a afirmação é verdadeira ou falsa. Se
for verdadeira, demonstre-a. Se for falsa, dê um contraexemplo.
(a) Se x  A e A  B então x  B.
(b) Se A  B e B  C então A  C.
(c) Se A  B e B  C então A  C.
(d) Se A  B e B  C então A  C.
(e) Se x  A e A  B então x  B.
(f) Se A  B e x  B então x  A.
9). Prove que A  (B  C) = (A  B)  (A  C)
10). Prove que (A – B)  (B – A) = .
11) ( ( (
12) ( ( (

10
18 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Definição 1. 10. Sendo A e B conjuntos quaisquer, uma função f de A em B é uma regra


3. Funções
que associa a cada elemento x de A um único elemento de B denotado por f(x). Neste caso, A
Definição
éDefinição 1.9.
o domínio1. 10.f, B é oSendo
de A e B conjuntos
contradomínio quaisquer,
de f e f(x) uma de
é a imagem função
x pelaf de A emf.”B é uma regra
função
que associa a cada elemento x de A um único elemento de B denotado por f(x). Neste caso, A
é o domínio de f, B é o contradomínio de f e f(x) é a imagem de x pela função f.”

Definição 1.10.
Definição 1. 11. Seja uma função. O conjunto { ( } chama-se
imagem de f e é denotado por Im(f) ou f(A). Dado um conjunto , chama-se imagem de
Definição
segundo 1. 11. Sejapor (
e indica-se uma função.
o subconjunto de B O conjunto
tal que ( { {( ( } },chama-se
ou seja,
imagem
( é ode f e é denotado
conjunto por Im(f)
das imagens ou f(A). Dado
dos elementos de E um
por conjunto
. , chama-se imagem de
segundo e indica-se por ( o subconjunto de B tal que ( { ( }, ou seja,
( é o conjunto das imagens dos elementos de E por .
Definição 1.11.
Definição 1. 12. Seja uma aplicação. Dizemos que é injetora ou
simplesmente que é uma injeção se dois elementos distintos quaisquer de possuem imagens
Definiçãodistintas.
também 1. 12. EmSeja
símbolos diz-se uma
que aplicação. Dizemos
é injetora se que
para quaisquer é injetora ou
simplesmente
( que
( é uma
. injeção se dois elementos distintos quaisquer de possuem imagens
também distintas. Em símbolos diz-se que é injetora se para quaisquer
Exemplo ( .
( 1. 14 Exemplo: Sejam os conjuntos { }e { }, a função de
em tal que ( ( ( ( é injetora.
Exemplo 1. 14 Exemplo: Sejam os conjuntos { }e { }, a função de
em tal1.
Definição
Definição que
13. (
1.12. Seja ( ( função. (Dizemosé que
uma injetora.
é sobrejetora ou que é uma
sobrejeção, quando se verifica a condição de que a ( , ou seja,
Definição( 1. .13. Seja uma função. Dizemos que é sobrejetora ou que é uma
sobrejeção, quando se verifica a condição de que a ( , ou seja,
. Sejam os conjuntos
Exemplo (1. 15 { }e { }, a aplicação de em
tal que ( ( ( ( ( é sobrejetora.
Exemplo 1. 15 Sejam os conjuntos { }e { }, a aplicação de em
tal que 1.( 16 Observemos
Exemplo ( que( para toda ( (
, temos é sobrejetora.
que ( , portanto, basta
provar que ( para verificar se a aplicação é uma sobrejeção. Ou seja,
Exemplo 1. 16
( Observemos
. que para toda , temos que ( , portanto, basta
provar que ( para verificar se a aplicação é uma sobrejeção. Ou seja,
Definição 1.13.
Definição 1. (
14. .Seja uma função. Dizemos é bijetora quando é uma
aplicação injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.
Definição 1. 14. Seja uma função. Dizemos é bijetora quando é uma
aplicação 1.
Exemplo injetora
17 Aeaplicação
sobrejetora ao mesmo(tempo. é uma aplicação bijetora, pois:

11
Exemplo 1. 17 A aplicação ( é uma aplicação bijetora, pois:

11
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 19

(i) Sendo , temos que ( ( . Logo é


uma aplicação injetora;
(ii) ( . Logo é uma aplicação

sobrejetora.
Segue de i) e de ii) que é bijetora.

Definição 1. 15. Há muitas aplicações que não são nem injetoras nem sobrejetoras, Por
exemplo, seja ( . Tomando , mas ( ( ,
logo não é injetora, mas também não é sobrejetora, pois , mas tal que
( , já que tal que .

Proposição 1.4.
Proposição 1. 3 Se f:A B é uma função bijetora, então para cada y em B, existe um único x
em A tal que f(x) = y. Seja f-1:BA a função definida a partir de f da seguinte forma: para
cada y em B, f-1(y) = x, sendo que x é tal que f(x) = y. A função f definida desta forma,
chama-se inversa de f.”

É possível definir função inversa de qualquer função?

Definição 1.
Definição 1.14.
16. Se e são duas aplicações, chamamos de aplicação
composta de e a aplicação indicada por , que fica definida da seguinte maneira:
( ( ( ) .

Exemplo 1. 18 Sejam defina e ( e e defina ( .A


aplicação composta de e : ( ( ( ) ( ( .

Observações:
(i) A função composta de só está definida quando a imagem da está contida
no domínio de , ou seja, ( ( .
(ii) A função composta de tem seu domínio igual ao domínio da função , ou
seja, ( ( .
(iii) Se e , então existem e mas nem sempre
. O exemplo anterior da definição deixa isto bem claro, pois conforme este
exemplo .
(iv) se f possui inversa, então fof (y) = y e f-1of(x) = x, para todo y em B e para todo
-1

x em A.

12
20 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Proposição 1.
Proposição 4 Se
1.5. e são aplicações injetoras, então é injetora.
Demonstração: Se são tais que ( ( , então ( ( )
( ( e, como é injetora por hipótese, ( ( . Por hipótese , também é
injetora, logo e, portanto, é injetora.

Proposição 1.6.
Proposição 1. 5 Se e são aplicações sobrejetoras, então é
sobrejetora.
Demonstração: Se , como é sobrejetora, existe tal que ( . Sendo
sobrejetora, existe tal que ( . Logo, temos: ( ( ( ) ( ,o
que prova que é sobrejetora.

Exemplo 1. 19 ( Calcule , e .

a) (

b) (

c) ( ( ) .

Exemplo 1. 20 Considere a função ( e


( Calcule , esboce o gráfico de , calcule e esboce o
gráfico de
a) ( ( ( (
b) ( ( ( ) ( (

Exemplo 1. 21 Considere a função ( Prove que é bijetora e


determine sua inversa.
Provemos primeiramente que é injetiva. Sejam tais que ( ( .
Observe que :
( ( Portanto é
injetiva. Agora, provemos que é sobrejetiva . Para isso, seja e considere

Observe que

( ( ) ( ) Portanto é bijetora.

A inversa de é definida por ( .

13
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 21

Exemplo 1. 22 Considere a função { } { } definida por ( Prove

que é bijetora e determine sua inversa.


Provemos primeiramente que é injetiva. Sejam { } tais que ( (
Desta forma, e com ( ( . Observe que:

{ } ( (

( ( ( (

Portanto, é injetiva.
Agora, provemos que { } { } é sobrejetiva, para isso, dado

{ } considere { } Ressaltamos, que , leva-nos a

uma contradição, pois, caso isto aconteça em Desta forma, dado { }

considere { } e observe:

( )
( ( )
( )

Portanto que { } { } é bijetora.

A inversa de { } { } é { } { } definida por

( .

Exemplo 1. 23 Considere a função definida por ( Prove que é


bijetora e determine sua inversa.
Provemos primeiramente que é injetiva. Sejam tais que ( (
Observe que:

( ( √ √

Portanto é injetiva.
Agora, provemos que é sobrejetiva. Para isso, dado considere

√ Observe que ( (√ ) (√ ) Desta forma, é


sobrejetiva.
Portanto é bijetora.

14
22 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

A inversa de é definida por ( √ .

Exemplo 1. 24 Sejam as funções e , definidas por ( e


( Obtenha as leis que definem e
( ( (

( (

Exemplo 1. 25 Sejam as funções e , definidas por ( e


( Determinar ( tal que (
De fato,
( (
Portanto, ou

Exemplo 1. 26 Sejam as funções reais e , definidas por ( e (


Obtenha as leis que definem e .
( ( (

( (

Exemplo 1. 27 Sejam as funções reais e , definidas por ( e (


Determinar os valores dos domínios da função que produzem imagens .

Portanto, ou

Exemplo 1. 28 Sejam as funções reais e , definidas por ( e (


Obtenha as leis que definem e .

( ( (

( ( ( (

15
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 23

Exemplo 1. 29 Considere a função em definida por ( Qual é a

lei que define ( ? E ( )? E (

Temos que ( ( ( ( Portanto, (

( ) ( ) ( ) ( ) Portanto,

( )

Finalizando,
( ( ( (
( =
= Portanto,
(

Exemplo 1. 30 Dadas as funções reais definidas por ( e (


determinar o valor de de modo que .

( (

Exemplo 1. 31 Dadas as funções reais definidas por ( e ( , mostre que

, temos que ( ( , ou seja, Portanto

Exemplo 1. 32 Considere as funções definidas por ( √ e ( .


Determinar os domínios das funções e
Por definição, segue que ( ( ( ) Desta forma,

( ( ( ) √ (

√ ( ( .
Vamos encontrar Logo, procuramos o conjunto dos tais que ( ou
seja, que satisfazem
Portanto, ( ] ] [ [

16
24 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Por outro lado, por definição, segue que ( ( ( ) Desta forma,

( ( ( ) ( ( (√ ) √

( ( √
Portanto, ( [ [

Exemplo 1. 33 Sejam as funções reais ( e( ( . Determinar a


lei que define a função
Por definição, segue que ( ( ( ( ) Desta forma,
( ( ( Assim, ( Portanto,

( . Observe que ( satisfaz:

( ( ( )

Exemplo 1. 34 Sejam as funções reais ( e ( ( .


Determinar a lei que define a função
Por definição, segue que ( ( ( ( ) Desta forma,
( ( ( ( ) ( Assim, (

( Portanto, (

Observe que ( satisfaz:


( )
( (

Exemplo 1. 35 Sejam e uma função. ( (


De fato, por hipótese, , e sabemos que (
Seja (
( (
Como e temos que Assim, ( e Portanto, (

Exemplo 1. 36 Sejam e uma função. ( (

17
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 25

Por hipótese, , e sabemos que (


Seja (
( e (
Como ( e temos que ( Assim, e ( Portanto,
(

Exemplo 1. 37 Sejam e uma função. Então 


( ( (
Lembremos que ( ( ( ( ( ( e (
( (
I) ( ( (
Seja ( (
( ( ( ou (
Se ( então, existe tal que ( Como então
Portanto, (
Se ( então existe tal que ( Como então
Portanto, (

II) ( ( (
Seja (
( ( ou
( .
Se ( e então ( Portanto, ( (
Se ( e então ( Portanto ( (

Exemplo 1. 38 Seja ( calcule ({ } ([ [ e


([ ] .

({ } { ( }
{ } { }
([ [ { ( [ [} { }
] ] [ [

([ ] { ( [ ]} { ( } [ ]

18
26 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

4. Apêndice: Relações Binárias e Aplicações

Definição 1.
Definição 17.
1.15. Sejam  e  conjuntos quaisquer. Uma Relação Binária de  em  é
um subconjunto de que indicamos por . Se o par ( pertence a relação , dizemos
que está relacionado com pela relação e denotamos por .

Exemplo 1. 39 : Dados os conjuntos { } e { }, se então


{( ( ( ( ( ( ( ( ( }. Qualquer subconjunto de é
uma relação de  em . As seguintes relações são exemplos de relações de  em :
;
= {( ( ( };
= {( ( ( };
= {( ( ( };

Definição 1.16.
Definição 1. 18. Dada uma relação binária de em , o conjunto definido por
{ } é chamado domínio da relação e é denotado por
( . O conjunto definido por ( { } é chamado
imagem da relação e é denotado por ( .

Exemplo 1. 40 Considere o conjunto formado por uma família composta de cinco pessoas, na
qual o pai é , a mãe é e os filhos são e considere a relação “ser mãe de”. O domínio
da relação considerada é ( { } e a imagem da mesma relação é ( { }.

Definição 1.17.
Definição 1. 19. Seja uma relação de em . Chama-se Relação Inversa de , e
denota-se por a seguinte relação de em {( ( }.

Exemplo 1. 41 Se {( ( }, então {( ( }.

Definição 1.18.
Definição 1. 20. Se é uma relação de em e se , então, diz-se que a relação
é reflexiva se, para todo .

Exemplo 1. 42 Seja o conjunto de todos os em um plano e a relação definida


como: “é congruente a”. Como todo quadrado é congruente a si mesmo, então,
, logo é reflexiva.
19

Definição 1. 21. Uma relação em um conjunto é denominada Simétrica quando


sempre que então
Exemplo 1. 42 Seja o conjunto de todos os em um plano e a relação definida
como: “é congruente a”. Como todo quadrado é congruente a si mesmo, então,
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 27
, logo é reflexiva.

Definição1.1.19.
Definição 21. Uma relação em um conjunto é denominada Simétrica quando
sempre que então

Exemplo 1. 43 : Seja o conjunto de todos os filhos do sexo masculino de um casal. Se


e , logo e , se define a relação de irmão entre os elementos de .
Portanto, é simétrica.

Definição1.1.20.
Definição 22. Uma relação em um conjunto é chamada transitiva se a seguinte
condição é satisfeita: , se .

Exemplo 1. 44 A relação sobre o conjunto dos números naturais definida por


é transitiva, pois, dados três números naturais , temos que se e ,
então, .

Definição1.1.21.
Definição 23. Seja uma relação em . Dizemos que é anti-simétrica se
tais que se e , então .

Exemplo 1. 45 Exemplo: A relação sobre , assim definida: é anti-


simétrica, pois, para e , se e , então .

Definição1.1.22.
Definição 24. Uma relação sobre um conjunto não vazio será uma relação de
equivalência sobre se, e somente se, for uma relação que seja ao mesmo tempo reflexiva,
simétrica e transitiva.

Exemplo 1. 46 A relação de igualdade sobre é uma relação de equivalência, pois para todo
, , também, para todo , se e para todo
.

Definição1.1.23.
Definição 25. Seja uma relação de equivalência sobre o conjunto A classe de
equivalência de segundo a relação é um subconjunto de cuja notação é

̅ { }. Portanto, ̅ e ̅ é formado pelos elementos de tal que está


relacionado com . 20

Exemplo 1. 47 Seja a relação binária em definida abaixo: dados ,


.
é uma relação de equivalência em , pois:
(i) . Logo, é reflexiva;
(ii) Sejam . Neste caso, o inteiro -t
̅ { }. Portanto, ̅ e ̅ é formado pelos elementos de tal que está
relacionado com .

28 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS


Exemplo 1. 47 Seja a relação binária em definida abaixo: dados ,
.
é uma relação de equivalência em , pois:
(i) . Logo, é reflexiva;
(ii) Sejam . Neste caso, o inteiro -t
satisfaz ( . Logo é simétrica;
(iii) Sejam . Neste caso,
. Ao somarmos estas duas expressões, obtemos
( o que significa que . Logo é transitiva e, portanto, é relação
de equivalência.

Observe que
̅ { } { } { }. É o conjunto dos números
pares.
̅ { } { } { }. É o conjunto dos
números ímpares.

Definição1.1.24.
Definição 26. O conjunto das classes de equivalência em módulo denotado por

é chamado conjunto-quociente de por .

Exemplo 1. 48 Seja tal que . A relação de congruência módulo em éa


relação de equivalência definida abaixo:
dados ,
.
Prove que R é, de fato, uma relação de equivalência.
Vejamos como fica o conjunto-quociente .
Sendo , efetuemos a divisão euclidiana de por , obtendo o quociente eo
resto . Temos: e . E daí vem . Portanto: (
ou ̅ ̅ . Concluímos que ̅ é uma classe igual a ̅ , em que é o resto da divisão de por .
Como { }, vem: ̅ {̅ ̅ ̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅}.

Proposição 1.7.
Proposição 1. 6 Em uma relação de equivalência sobre na qual e as
seguintes proposições são equivalentes:
21
I) ;
̅;
III) ̅;
IV) ̅ ̅.

Demonstração:
Devemos provar que .
I) ;
̅;
III) ̅;
EaD•UFMS CONJUNTOS E FUNÇÕES 29
IV) ̅ ̅ .

Demonstração:
Devemos provar que .
I : É decorrente da definição de classe de equivalência.
II : Como ̅ , então . Daí, pela simetria de , e, portanto ̅.
III : Por hipótese, ̅, ou seja, . é simétrica, logo, . Temos que
provar que ̅ ̅e̅ ̅. Tomemos ̅. Então e, levando em conta que ,
concluímos pela transitividade de , que . Daí, e, então, ̅ ̅.

Analogamente se prova que ̅ ̅.


IV : Como ̅e ̅ , os conjuntos ̅ e ̅ não são vazios. Tomando ̅,
como ̅ ̅ , temos que ̅ ̅ , ou seja, e . Segue, pela simetria de , que e
e a transitividade de garante, então, que .

Definição1.1.25.
Definição 27. Seja uma relação de em . Dizemos que é uma aplicação de
em se, e somente se:
(i) O domínio de , ( é igual a ;
(ii) Dado um elemento ( é único o elemento tal que ( .
Assim, é uma aplicação de em , escrevemos ( onde se lê “ é imagem de
pela ”, com a finalidade de indicar que ( e utiliza-se a notação para
indicar que é uma aplicação de em . Nesta aplicação o conjunto é chamado de
contradomínio de .

Definição
Definição1.1.26.
28. Dado , é chamado imagem inversa de , pela , e indicamos por
( , o subconjunto de : ( { ( }, isto quer dizer que é o
conjunto dos elementos de que têm imagem em pela função .

Exemplo 1. 49 Seja , assim, ( { ( } √ ( .

22
CAPÍTULO II

NÚMEROS REAIS
CAPÍTULO II
CAPÍTULO
NÚMEROS REAIS
2
Números Reais
Apesar de a noção de número real já existir antes do século XIX, foi em meados desse século
que os matemáticos começaram a sentir necessidade de uma fundamentação rigorosa dos
diferentes sistemas numéricos. É interessante ressaltar que, conforme encontramos na
literatura, a sistematização dos diferentes conjuntos numéricos ocorreu na ordem inversa do
seu desenvolvimento histórico pelo homem, ou seja, enquanto, historicamente, surgiram as
noções de número natural, inteiro, racional, irracional, real e complexo, nesta ordem, a
sistematização matemática desses conjuntos ocorreu da seguinte forma: primeiro foram
organizados os números complexos, depois os números reais, os racionais, os inteiros e
finalmente, os números naturais.
Neste livro não faremos um estudo sistemático dos conjuntos numéricos em questão, mas
vamos abordar os conjuntos dos racionais, irracionais e dos reais resumidamente, trazendo
algumas de suas principais propriedades e resultados. Para estudos mais aprofundados, o
leitor pode recorrer a bibliografia [38].
41 Nesse trabalho, o autor faz um tratamento completo da
construção do conjunto dos números reais, iniciando pela construção dos números naturais
( a partir de três axiomas, conhecidos como axiomas de Peano. Em seguida, inicia a
construção do conjunto dos inteiros, dos racionais e dos reais.
Usaremos as seguintes notações:
{ }, para o conjunto dos números naturais.
{ }, para o conjunto
dos números inteiros.

{ }, para o conjunto dos números racionais.

Apesar de as frações serem consideradas apenas como uma das representações dos números
racionais, na Educação Básica elas passam a ser consideradas como um conteúdo a ser
ensinado e, por isso, o conjunto dos números racionais passa a ser definido, nesse nível de
ensino, como sendo o “conjunto das frações”.
Neste livro, iremos verificar propriedades matemáticas que justificam as afirmações que são
feitas, na Educação Básica, para o “conjunto das frações”. Vamos iniciar com as frações do
tipo , sendo . Tais números racionais são identificados com o número inteiro e,

com um certo abuso de linguagem, dizemos que é um subconjunto de , ou seja,


34 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Quando aprendemos a operar com as frações, a rigor, o que fazíamos era definir operações de
adição e multiplicação, que escreveremos a seguir, que são casos mais gerais da adição e da
multiplicação de números inteiros.
Para quaisquer definimos:

; (1)

(2)

Na Educação Básica, aprendemos a somar duas frações de denominadores diferentes por meio
do cálculo do mínimo múltiplo comum (mmc). Quando calculamos mmc dos denominadores
e efetuamos o procedimento do “divide pelo numerador e multiplica pelo numerador”,
estamos, na verdade, escrevendo os dois números racionais que estão sendo somados sob a
forma de duas outras frações, equivalentes às duas frações iniciais, mas de denominadores
comuns. Esse processo é equivalente à definição (1), uma vez que, aos efetuarmos as
operações indicadas, estamos reescrevendo e por meio de duas frações equivalentes, e

respectivamente.

Observe que, pelas definições (1) e (2), quando temos, temos as operações de
adição e multiplicação de números inteiros, ou seja,

No conjunto dos números racionais, com a soma e a multiplicação definida em (1) e (2), são
verdadeiras as seguintes propriedades:
,
1. Propriedade comutativa da adição e da multiplicação,
respectivamente: p. ex, e

2. ( ( ( Propriedade associativa da adição e da

multiplicação, respectivamente: p. ex, ( ) ( )e( )

( )

3. Existe um elemento tal que Existência do elemento neutro da

adição;

2
EaD•UFMS NÚMEROS REAIS 35

4. Existe um elemento tal que Existência do elemento neutro da

multiplicação;
5. Dado existe tal que ( Existência do inverso aditivo;

6. Dado existe tal que Existência do

inverso multiplicativo;

7. ( Propriedade distributiva: p. ex: ( )

Podemos associar os números racionais com pontos de uma reta . Para isso,
escolhemos dois pontos dessa reta para associar os racionais 0 e 1. Os números inteiros são
marcados facilmente se usarmos o segmento de extremidades 0 e 1 como sendo a unidade,
marcando os positivos à direita de 0 e os negativos à esquerda de 0.

0 u 1 2

-3 u -2 u -1 u 0 u 1 u 2

Os racionais são obtidos por subdivisões adequadas do segmento unidade. Por


AB
exemplo, dados dois segmentos retilíneos AB e CD, dizer que a razão é o número
CD
p
racional , significa que existe um terceiro segmento EF tal que EF “caiba” p vezes em AB
q
e que EF “caiba” q vezes em CD. Vamos ilustrar a situação para o caso em que p = 8 e q = 5:

A B

C D E F
E AB 8

CD 5
3
36 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

De acordo com a figura anterior, os segmentos AB e CD podem ser subdivididos em


segmentos de tamanho EF. Assim, pode-se verificar que o segmento EF “cabe” oito vezem
em AB e que o segmento EF “cabe” cinco vezes em CD. Assim, podemos dizer que AB está
AB 8
para CD assim como oito está para cinco, ou seja,  .
CD 5
Observe que AB e CD são segmentos, não números. É por isso que “razão” não é o
mesmo que “fração”. Os gregos não usavam “frações”, apenas “razões”; e não escreviam
AB
para indicar a razão de dois segmentos. Mesmo nos dias de hoje costuma-se escrever AB
CD
: CD = p : q, e dizer “AB está para CD assim como p está para q”
No tempo de Pitágoras (580-500 a. C. aproximadamente) – e mesmo durante boa parte
do século V a. C. – pensava-se que dados dois segmentos quaisquer, AB e CD, seria sempre
possível encontrar um terceiro segmento EF contido um número inteiro de vezes em AB e
outro número inteiro de vezes em CD, situação esta que descrevemos dizendo que EF é um
submúltiplo comum de AB e CD.
Uma simples reflexão revela que essa é uma ideia muito razoável; afinal se algum
segmento EF não servir, podemos imaginar um segmento menor, outro menor ainda, e assim
por diante.
Nossa intuição geométrica parece dizer-nos que há de existir um certo segmento EF,
talvez muito pequeno, mas que satisfaz aos propósitos desejados. Você deve ir muito além,
imaginando um segmento EF tão pequeno que nem se possa mais desenhar, para se
convencer, pela sua intuição geométrica, da possibilidade de sempre encontrar um
submúltiplo comum de AB e CD.
Dois segmentos nessas condições são ditos comensuráveis, justamente por ser possível
medi-los ao mesmo tempo, com a mesma unidade EF.
Para representar os números racionais, podemos utilizar a escala orientada que
definimos. Se desejarmos representar um racional, cujo denominador é b, devemos dividir
cada segmento de comprimento unitário em b partes iguais. Por exemplo, se b=3,
representamos todos os racionais cujo denominador é 3. Se procedermos com esta construção
para todo valor de b, todos os números racionais se acharão representados por um ponto na
reta. Reciprocamente, a cada ponto da reta estaremos correspondendo uma classe de racionais
equivalentes, por exemplo, Observe que dado um ponto qualquer da

reta, podemos obter racionais tão perto dele quanto se queira, bastando tomar subdivisões
cada vez mais finas da unidade.
O conjunto dos números racionais tem ordem total compatível com as operações
definidas em (1) e (2). Este ordem é uma extensão da ordem natural dos inteiros, em que a
4
EaD•UFMS NÚMEROS REAIS 37

diferença entre dois inteiros consecutivos é sempre igual a 1, daí cada racional fica entre dois
inteiros consecutivos. A ordem natural dos inteiros:

.
Usamos a seguinte notação para comparar dois números racionais
ou
Proposição 2. 1 Cada racional fica entre dois inteiros

consecutivos.
Demonstração:
Considere o Algoritmo da Divisão para os inteiros Segue do
algoritmo da divisão que existem únicos inteiros tais que
. Observe que: que e

Assim, se n > 0, então Portanto, está entre os inteiros

consecutivos
Se n < 0, então , ou seja, . Logo,

Portanto, está entre os inteiros consecutivos .

Por mais que existam infinitos números racionais entre quaisquer dois outros
racionais, esses números não cobrem toda a reta, ou seja, nem todo ponto P da reta
corresponde a um racional. A existência de pontos P da reta que não são relacionados a
números racionais já era conhecida pelos matemáticos da Escola Pitagórica. Apesar de a
interpretação geométrica e o apelo à intuição sugerirem que sempre dois segmentos são
comensuráveis, existem segmentos que não podem ser medidos com a mesma unidade de
medida. Esses fatos caracterizam um novo tipo de número, o qual denominamos número
irracional.
A origem histórica da necessidade da construção dos números irracionais está
relacionada a dificuldades de natureza geométrica e aritmética. Como fazer para dar a medida
da hipotenusa de um triângulo retângulo isósceles, cujos catetos têm uma unidade de medida?
O Teorema de Pitágoras nos garante que sendo a hipotenusa e e os
catetos de mesma medida. Em particular, se então e denotamos a
medida deste segmento √ O ponto P da reta, correspondente a é obtido traçando a

5
38 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

circunferência centrada em 0 e raio igual a hipotenusa e esse número não corresponde a um


racional.

Definição 2. 1. Sejam inteiros, tal que Dizemos a fração é

irredutível se o ( . Caso contrário, diremos que a fração é redutível.


Lembre que ( é o maior divisor positivo comum de e .

Proposição 2. 2

{ ( }

Demonstração:

Claro que { ( } . Agora seja

Então podemos supor com , pois ( é o maior divisor comum

positivo de e , e daí ( ( ( (

Se ( então { ( }

Se ( com então e com Logo

e ( Portanto

{ ( }

Proposição 2. 3 Seja , tal que é fator de . Prove que é fator de .

Proposição 2. 4 A hipotenusa √ de um triângulo retângulo de catetos com medida 1


unidade não é um número racional.

A Proposição 2.4 nos garante que existem pontos da reta que não correspondem a elementos
de e daí constatamos uma deficiência no conjunto dos números racionais. Dessa forma,
vamos descrever um conjunto numérico mais amplo que o conjunto dos números racionais e
cujos elementos estejam em correspondência bijetora com os pontos da reta. O conjunto neste
caso, é conjunto dos números reais, denotado por e formados pelos números racionais e
não racionais.

6
EaD•UFMS NÚMEROS REAIS 39

Assim como no conjunto dos números racionais, no conjunto dos números reais, são
verdadeiras as seguintes propriedades:
Dados ,
Assim como no conjunto dos números racionais, no conjunto dos números reais, são
1.
verdadeiras as seguintes propriedades:
2. (
Dados , ( ( (

3. Existência do neutro: existe um número real denotado por


1. tal que
2.
4.
( ( ( (
Existência da unidade: existe um número real denotado por tal que
3. Existência do neutro: existe um número real denotado por tal que (
5. Existência do inverso aditivo: para cada existe tal que
4. Existência da unidade: existe um número real denotado por tal que

5.
6. Existência do inverso aditivo: para cada
multiplicativo: se ,existe
então existe tal que ( tal que

6. Existência
7. ( do inverso multiplicativo: se , então existe tal que
8. Para quaisquer, , temos que:

7. ( e
e
8. Para quaisquer, , temos que:
 e
 e
 e 0
 e
 e 0z qualquer
 e
2.1. MÓDULO
 DE
e UM NÚMERO REAL
z qualquer
2.1 Módulo de
Sendo chamamos móduloReal
um Número de e denotamos por ao maior dos números e–
Assim,
2.1. por definição:
MÓDULO DE UM NÚMERO REAL
Sendo chamamos módulo de {
e denotamos }
por ao maior dos números e –
A interpretação
Assim, geométrica do módulo do número real
por definição: na reta real (em certa unidade de
medida) traduz a distância do ponto correspondente
{ }à origem do referencial, que adotamos
como
A sendo o número
interpretação 0. Ado
geométrica ordem nos do
módulo permite reescrever
número real o valor
na absoluto
reta real do número
(em certa unidadereal
de
medida) traduz a distância
como sendo { do ponto correspondente
Assim,à origem do xreferencial,
para todo real, que adotamos
e
como sendo o número 0. A ordem nos permite reescrever o valor absoluto do número real

como sendo { Assim, para todo x real, e

7
40 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

|x|=x

0 x

|x|=-x

x 0

Figura 2.1 – Representação geométrica de |x|

O módulo de números reais satisfaz as seguintes propriedades: Para todo


1. (
2.
3.
A partir dessas, podem ser obtidas as seguintes propriedades:
1.
2.
3.
4.
5.

6. | |

7. | |

8.
9.
10.
11.
12.
13. √

Usaremos as notações abaixo para representar subconjuntos especiais dos números reais.
Dados com , definimos o intervalo de extremos aos seguintes
subconjuntos da reta :

8
EaD•UFMS NÚMEROS REAIS 41

( ] [ { }

a b
[ [ [ { }

a b
( ] ] ] { }

a b
[ ] { };

a b
O conjunto { } é a semirreta positiva e o conjunto
{ } é a semirreta negativa. Em geral, uma semirreta é um conjunto de
uma das seguintes formas: Dados
( ] [ { }

a
[ [ [ { }

a
( ] [ { }

b
( ] ] ] { }

Os intervalos podem ser descritos por meio de valor absoluto, por exemplo:
( { }
[ ] { };
Em geral, se com então:
( { }
[ ] { };
( { }
[ ] { }.

9
42 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Exemplo 2. 1. Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, cuja a distância a 1 é


menor ou igual a 4.
Primeiramente vamos descrever uma expressão para o conjunto pedido. Ou seja, dado
queremos que Assim,

[ ] { } Geometricamente, temos

-3 5

Exemplo 2. 2. Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por

{ }

Temos que encontrar e ou seja, e , pois x > 0, já que

. Assim, [ [ { } Geometricamente, temos

1/2 1

Exercícios Propostos

1) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por


{ };
2) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por
{ }
3) ) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por
{ };
4) ) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por
{ ( ( ( };

5) Dados se mostre que

6) Mostre que quaisquer que sejam

10
EaD•UFMS NÚMEROS REAIS 43

7) Dados tais que e Mostre que √ Quando é que as

médias aritméticas e geométricas são iguais? O que podemos dizer geometricamente sobre
7) Dados tais que e Mostre que √ Quando é que as
este fato?
médias aritméticas e geométricas são iguais? O que podemos dizer geometricamente sobre
8) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por
este fato?
{ }
8) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por

{ }
9) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por
{ }
9) Descreva geometricamente o conjunto dos pontos da reta, definido por
{ }
2.2 SUPREMO E ÍNFIMO EM CONJUNTOS DE NÚMEROS REAIS

2.2
2.2 Supremo
SUPREMOeEÍnfimo
ÍNFIMOemEM
conjuntos de Números
CONJUNTOS ReaisREAIS
DE NÚMEROS
Definição 2. 2. Diz-se que um conjunto de números reais é limitado à direita ou
limitado superiormente se existe um número tal que Do mesmo modo,
Definição 2. 2. Diz-se que um conjunto de números reais é limitado à direita ou
é limitado à esquerda ou limitado inferiormente se existe um número tal que
limitado superiormente se existe um número tal que Do mesmo modo,
. Os números e são chamados de cotas do conjunto C, superior e inferior,
é limitado à esquerda ou limitado inferiormente se existe um número tal que
respectivamente.
. Os números e são chamados de cotas do conjunto C, superior e inferior,
respectivamente.
Exemplo 2. 3.
a) O conjunto dos números naturais é limitado inferiormente, mas não superiormente,
Exemplo 2. 3.
enquanto que o conjunto dos números racionais menores do que 8 é limitado
a) O conjunto dos números naturais é limitado inferiormente, mas não superiormente,
superiormente, mas não inferiormente.
enquanto que o conjunto dos números racionais menores do que 8 é limitado
b) O conjunto dos números reais x tais que x 2  10 é limitado, tanto à direita como à
superiormente, mas não inferiormente.
esquerda, isto é:
b) O conjunto dos números reais x tais que x 2  10 é limitado, tanto à direita como à
  10, 10  ={x  R: x 2  10} = { x  R:  10  x  10 }.
 isto é: 
esquerda,
  10,caso,
Neste 10 ={x x 2 inferior
10 éR:cota 10} = {do
x conjunto
R:  10 e√x  é 10
cota
}. superior do

conjunto.
Neste caso,  10 é cota inferior do conjunto e √ é cota superior do
conjunto.
Definição 2. 3. Diz-se que um conjunto de números reais é limitado, quando é
limitado superiormente e inferiormente.
Definição 2. 3. Diz-se que um conjunto de números reais é limitado, quando é
limitado superiormente e inferiormente.
Definição 2. 4. Quando um conjunto é limitado superiormente, ele pode ter um
elemento que seja o maior de todos. Nesse caso, é chamado o máximo do conjunto
Definição 2. 4. Quando um conjunto é limitado superiormente, ele pode ter um
.
elemento que seja o maior de todos. Nesse caso, é chamado o máximo do conjunto
.
11

11
44 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Exemplo 2. 4.
Exemplo 2. 4.
a) O conjunto dos números racionais x tais que x  10 tem 10 como máximo;
a) O conjunto dos números racionais x tais que x  10 tem 10 como máximo;
1 2 3 n 
b) O conjunto A =  ,  1, 2, 3, ... nn não  tem máximo, embora seja limitado
b) O conjunto A =2 3 4, , ,n  1,   não tem máximo, embora seja limitado
2 3 4 nn + 1 
n
superiormente. Observe que n1 . Os elementos desse conjunto são
superiormente. Observe que n 1 1 . Os elementos desse conjunto são
n 1
1 2 3 n
frações dispostas de maneira crescente:  1  2  3  ... nn e...nenhuma dessas
frações dispostas de maneira crescente: 2 3 4   n 1  ee nenhuma dessas
2 3 4 nn + 1
frações é maior do que todas as outras. Pelo contrário, qualquer delas é superada pela
frações é maior do que todas as outras. Pelo contrário, qualquer delas é superada pela
n n 1
que vem a seguir, isto é, n n,  1 .
que vem a seguir, istoné, 1 n 2 , .
n 1 n  2
Além disso, qualquer elemento do conjunto é menor do que o número 1, o qual é,
Além disso, qualquer elemento do conjunto é menor do que o número 1, o qual é,
portanto, uma de suas cotas superiores. Aliás, o 1 é a menor dessas cotas. Desta forma,
portanto, uma de suas cotas superiores. Aliás, o 1 é a menor dessas cotas. Desta forma,
ilustramos uma situação interessante: o conjunto é limitado superiormente e, apesar de não ter
ilustramos uma situação interessante: o conjunto é limitado superiormente e, apesar de não ter
máximo, tem cota superior mínima. Isto sugere a seguinte definição:
máximo, tem cota superior mínima. Isto sugere a seguinte definição:

Definição 2. 5. Chama-se supremo de um conjunto de números reais, à menor de


Definição 2. 5. Chama-se supremo de um conjunto de números reais, à menor de
suas cotas superiores. Ou seja, um número S chama-se supremo de um conjunto se satisfaz
suas cotas superiores. Ou seja, um número S chama-se supremo de um conjunto se satisfaz
as seguintes condições:
as seguintes condições:
a.
a.
b. Se r é cota superior de C, então S é menor ou igual a r.
b. Se r é cota superior de C, então S é menor ou igual a r.

Notação: Denotamos o supremo de C por


Notação: Denotamos o supremo de C por

Exemplo 2. 5. Seja X o conjunto formado pelos números racionais x tais que x  10. Neste
Exemplo 2. 5. Seja X o conjunto formado pelos números racionais x tais que x  10. Neste
caso, e
caso, e

Axioma: Todo conjunto não vazio de números reais, que seja limitado superiormente,
Axioma: Todo conjunto não vazio de números reais, que seja limitado superiormente,
possui supremo.
possui supremo.

Definição 2. 6. Chama-se ínfimo de um conjunto de números reais, à maior de suas


Definição 2. 6. Chama-se ínfimo de um conjunto de números reais, à maior de suas
cotas inferiores. Ou seja, um número é o ínfimo de um conjunto se satisfaz as seguintes
cotas inferiores. Ou seja, um número é o ínfimo de um conjunto se satisfaz as seguintes
condições:
condições:
a)
a)
b) Se t é cota inferior de C, então s é maior ou igual a t
b) Se t é cota inferior de C, então s é maior ou igual a t
12
12
máximo, tem cota superior mínima. Isto sugere a seguinte definição:

NÚMEROS REAIS
ilustramos uma situação interessante: o conjunto é limitado superiormente e, apesar de não ter
EaD•UFMS 45
portanto, uma de suas cotas superiores. Aliás, o 1 é a menor dessas cotas. Desta forma,
Além disso, qualquer elemento do conjunto é menor do que o número 1, o qual é,
Notação: Denotamos o ínfimo de C por ( .
n 1 n  2
.  , que vem a seguir, isto é,
n n 1
frações é maior do que todas as outras. Pelo contrário, qualquer delas é superada pela
Exemplo 2. 6. n 1 2 3 4
e nenhuma dessas      frações dispostas de maneira crescente:
a) O conjunto nformados pelos números racionais, x tais que
1 2 3 Neste caso,
e
. Os elementos desse conjunto são
n 1
1 superiormente. Observe que
n

 1 2 3 ... nn ... 
n  1 2 3 4
b) Considere o conjunto 0, , , , , ,... . Neste caso e
 não tem máximo, embora seja limitado , b) O conjunto A =  , , ,
 2 3 4 nn+ 1 
n  1 2 3

Também existe e Os elementos desse conjunto são


a) O conjunto dos números racionais x tais que x  10 tem 10 como máximo;

1 2 3 ... nn
Exemplo 2. 4.
frações dispostas de maneira crescente:     ...... ; e nenhuma dessas
2 3 4 nn+11
n n 1
frações é maior do que todas as outras, pois 0 <  , . Tem-se
n 1 n  2
também que 1 é a menor das cotas superiores dessas e 0 é a maior das cotas inferiores

Teoremos 2. 1. Todo conjunto não vazio de números reais, que seja limitado
inferiormente, possui ínfimo.
A demonstração deste fato, baseia-se no Axioma fundamental da Análise Matemática.

Observe que se nos restringirmos ao conjunto dos números racionais, então não é verdade que
todo conjunto limitado superiormente tenha supremo ou que todo conjunto limitado
inferiormente tenha ínfimo. Este fato está ligado a inexistência de raízes quadradas racionais
de certos números inteiros, dentre outras razões. Veja o exemplo a seguir:

Exemplo 2. 7. Considere { }. Vamos provar que o conjunto


não tem ínfimo em
Para isso, vamos considerar o conjunto { }. Como não existe
racional r tal que dado um racional positivo temos que ou .
 P1: Se então existe um racional p entre zero e 1 tal que
( )
De fato, tomemos um racional p tal que e (
. Neste caso, (

( . Como e daí (
( Portanto, implica na existência de 0 < tal que

13
46 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

 P2: Se então existe um racional p entre zero e 1 tal que .


( )
De fato, tomemos um racional tal que e Neste caso,

, ou seja, . Logo, ( Portanto,


implica na existência de 0 < tal que

Temos que ] [ . Suponhamos, por absurdo, que existe ( Então


Segue da P2, Desta forma,
Se então existe um racional tal que e Como
temos que é cota inferior para e este fato contradiz a hipótese de (

Proposição 2. 5 O conjunto dos números reais não é limitado superiormente


Demonstração:
Suponhamos, por absurdo, que o conjunto dos números naturais seja limitado
superiormente. Como existe tal que Logo, não é cota
superior de Consequentemente, existe tal que ou seja, o que
é absurdo, pois é natural e

Proposição 2. 6 Prove que o conjunto { √ } de números reais não é


limitado superiormente.
Demonstração:
Suponhamos, por absurdo, que o conjunto seja limitado superiormente. Como
existe tal que Logo, √ não é cota superior de
Consequentemente, existe tal que √ ou seja, √
Observe que √ , para algum , e daí √ √ √ ( √
Absurdo, pois √ e

Proposição 2. 7 Mostre que dado um real existe um inteiro positivo tal

que

Demonstração:
Como . Segue da proposição 2.5 que existe tal que ou seja,

14
EaD•UFMS NÚMEROS REAIS 47

Proposição 2. 8 Mostre que dados dois números reais com existe um


inteiro positivo tal que .
Demonstração: Como Segue da proposição 2.7 que existe tal que

ou seja,

Proposição 2. 9 Em qualquer intervalo ] [ existe pelo menos um número


racional.
Demonstração: Sejam com Vamos verificar o caso em que

Considere Temos que existem e tais que e .

Tome { } e observe que e

Aplicando a proposição 2.8 para os números reais e , concluímos que existe tal

que Logo, . Como (ou seja, mb > 2), Seja

{ } . Temos que

e ou seja, Provemos que Suponhamos, por

absurdo, que Daí, e

isto contradiz o fato de que . Portanto, Em outras palavras, existe o número

racional tal que

No caso em que , temos que e vamos aplicar a primeira parte da demonstração ao


intervalo ] [ , pois, neste caso, Pelo que vimos, existe um racional q tal que
– . Logo, -q é um número racional tal que , ou seja, no caso em que
, também existe pelo menos um número racional no intervalo ] [.

Proposição 2. 10 Em qualquer intervalo ] [ existe pelo menos um número


irracional.
Demonstração: Sejam com Vamos verificar o caso em que
Considere e { √ }. Segue da proposição 2.9 que existem

e tais que e . Tome { } e observe que ,

e √ para algum

Aplicando a proposição 2.8 para os números reais e , concluímos que existe tal

que Como então Seja { } . Temos

15
48 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

que

e ou seja, Provemos que Suponhamos, por

absurdo, que Daí, e

isto contradiz o fato de que . Portanto, , e daí, Provemos que

é irracional.

Suponhamos, por absurdo, que , onde é racional. Daí com


(
Logo, , ou seja, e daí √ . Portanto, √ é racional, o que é uma

contradição.

Proposição 2. 11 Em qualquer intervalo ] [ (] [ e


(] [
Demonstração:
i) (] [ É claro que é cota inferior de ] [ Provemos que é a maior das
cotas inferiores. Para isso, provemos que para todo tal que não é cota
inferior de ] [ Se então para todo ] [
Se então tomando ] [

ii) (] [ É claro que é cota superior ] [ Provemos que é a menor das


cotas superiores. Para isso, provemos que para todo tal que não é cota
superior de ] [ Se então para todo ] [

Se então tomando ] [

Exercícios Propostos
Exercício 1: Prove que o conjunto { √ } de números reais não é
limitado superiormente.

Exercício 2: Em qualquer intervalo ] ] prove que (] ] e


(] ] .

Exercício 3: Em qualquer intervalo [ [ prove que [ [ e


([ [ .

Exercício 4: Em qualquer intervalo [ ] prove que ([ ] e


([ ] . 16
CAPÍTULO III

SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS


CAPÍTULO III

SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS

que
que e ou seja, Provemos que Suponhamos, por

absurdo, eque ouDaí,


seja, Provemos que Suponhamos, por
e
absurdo,
isto queo fato de queDaí,
contradiz . Portanto, , e daí, Provemos quee
istoécontradiz
irracional.o fato de que . Portanto, , e daí, Provemos que

é irracional.
Suponhamos, por absurdo, que , onde é racional. Daí com
Suponhamos, por absurdo, que , onde( é racional. Daí com
3.1Logo,
Introdução , ou seja,

e daí √ . Portanto, √ é racional, o que é uma
(
Logo,
contradição. , ou seja, e daí √ . Portanto, √ é racional, o que é uma

Abordaremos, neste Capítulo, os temas sequências e séries de números reais, que são
contradição.
de Proposição
grande importância
2. 11 Em na Matemática,
qualquer por
intervalo ] possibilitar
[ modelar matematicamente
(] [ e alguns
processos
( ] discretos
Proposição e infinitos.
[ 2. 11 Em qualquer intervalo ] [ (] [ e
O( ]interesse
Demonstração:[ na determinação de expressões matemáticas para os valores de irracionais
como  e( ] 2 , [por exemplo,
i)Demonstração: datamque
É claro de muitos
é cotaanos. Umadeantiga
inferior ] [placa de barro
Provemos continha
que listas das
é a maior
de cotas
aproximações
(] [ para
i) inferiores. raízes
Para É quadradas.
isso, que Mais
provemos
claro éque tarde,
cotapara Ptolomeu
todo
inferior de ] calculou
[ tal uma tabela
que
Provemos que deé valores
não é cota
a maior das
trigonométricos
inferior de ] para
cotas inferiores. serem usados
Se isso,
[ Para entãoempara
provemos Astronomia.
todo
que Mais
]
para todo [ recentemente,
tal que foram calculadas
não é cota
tabelas de trigonometria,
inferior
Se deentão
] Se logaritmos
[tomando entãoe para
exponenciais
] todo
[ e ]estas[ podem ser encontradas como
apêndices de livros de matemática e ciência. Apesar de hoje essas tabelas estarem superadas
Se então tomando ] [
pelas calculadoras e computadores, podemos nos perguntar como as calculadoras e os
ii) (] [ É claro que é cota superior ] [ Provemos que é a menor das
computadores determinam valores como esses, o que pode ser feito pelo estudo de sequências
cotas
ii) superiores.
(] [ Para isso, provemos
É claro que que para
é cota todo ]
superior tal que que é anão
[ Provemos é cota
menor das
e séries de números reais. Além disso, esses conceitos possuem muitas outras aplicações na
superior de ]
cotas superiores. Se isso, provemos
[ Para então paraquetodo
para todo] [ tal que não é cota
matemática pura e aplicada
superior de
Se ] [ Se então ]para [todo ] [
Ambosentãoos tomando
assuntos, aqui tratados, necessitam de diversos conceitos do Cálculo
Se
Diferencial então tomando
e Integral I, como função, limite,] derivada
[ e integral em uma variável real. Assim,
Exercícios
sempre Propostos
que preciso, recorra ao livro de Cálculo para relembrar alguns conceitos.
Exercício
Exercícios1:Propostos
Prove
Utilizaremos, que
aqui, o conjunto
o conjunto dos números
{ √ naturais, de números
}, para definir reais não é
uma sequência
de limitado
números superiormente.
Exercício 1: para
reais, tanto
Prove queassumiremos
o conjuntoo seguinte
{ √ conjunto, 1, 2,3,
=}{1, 2, 3,de...números
.n, ...}. reais não é
limitado superiormente.
Exercício 2: Em qualquer intervalo ] ] prove que (] ] e
(]
Exercício .
]2: Em qualquer intervalo ] ] prove que (] ] e
52 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

3.2 Definições e Propriedades

Consideremos o exemplo de uma partícula A, em movimento, partindo de um ponto


e ou seja, Provemos que Suponhamos, por
sobre uma reta de modo que a partícula A descreva uma trajetória, no sentido horário do
do, que seguinteDaí,
forma: e

ontradiz o fato de que  Partindo do ponto


. Portanto, a partícula
, e daí, descreve uma Provemos
semicircunferência
que de raio e
centro ;
irracional.
e ou seja, Provemos que Suponhamos, por
 A partir do ponto descreva uma semicircunferência de raio , cuja
nhamos,
urdo, que por absurdo, que , onde é racional. Daí com
Daí, extremidade recai no ponto , sobre a reta, que coincide com oe ponto
(
contradiz, ooufato
seja,
de que

 A epartir
daí do ponto

. Portanto, . ,Portanto,
a ,partícula é racional,
e daí, √ descreve umaoProvemos
que é uma
semicircunferência
que de raio

adição.
é irracional. = , cuja extremidade recai no ponto .

 A curva é obtida repetindo estes passos indefinidamente, sendo o raio da


onhamos, por absurdo, que , onde é racional. Daí com
osição 2. 11 Em qualquer intervalo ] [
ésima semicircunferência ( ] [ para e As três primeiras
(
go,
] [ , ou seja, e daí √ . Portanto, √ é racional, o que é uma
√ etapas estão representadas na figura [veja, 19], a seguir:
nstração:
tradição.
(] [ É claro que é cota inferior de ] [ Provemos que é a maior das
inferiores. Para
posição 2. 11 Emisso, provemos
qualquer que ]para[ todo
intervalo tal que
(] [ não
e é cota
or( de
] ] [ [ Se então para todo ] [
então tomando
monstração: ] [
(] [ É claro que
é cota inferior de ] [ R Provemos
P4
que é a maior das
P0 P3 P1 2

as(inferiores.
] [ Para isso, provemos que para todo
É claro que é cota superior ] tal que
[ Provemos que é a menornão édas
cota
rior de ] Para
superiores. [ Seisso, provemos
então para para todoR]
que todo [ tal que R1 não é cota
or de ]então[ tomando
Se então para] todo
[ ] [

então tomando
Qual é o ponto sobre ]a reta,
[ do qual a partícula se aproxima com o passar do tempo? Observe
(] É claro
[ que podemos que uma
definir é cota superior
função, [ Provemos
cujo ]domínio quedos énúmeros
é conjunto a menor naturais,
das a saber, o
as superiores.
cícios Para eisso,
tempo
Propostos provemos queé opara
o contradomínio todo dos números
conjunto tal que não que
reais e os valores é cota
a função assume
erior 1:
cício de ]Prove
são: Se ,o conjunto
[ que então para{todo
, √sendo ] [}e estes valores
de números reais anão
descrevem é
trajetória da partícula
então(BISOGNIN,
tomando
do superiormente. ] &[ BISOGNIN, 2007).
FERREIRA,

cício 2: Em
ercícios qualquer
Propostos intervalo
Definição 3. 1. ] ]
Uma prove quea1 , (a2] , a3] , . . . , ean , . . . é uma função f,
sequência numérica
]
ercício .
] 1: Prove
definida
quenooconjunto { √ naturais N:}f : n  de
conjuntodos números f (n)números
= an. O reais
númeronãon que
é aí aparece é
chamado o índice e an , o n-ésimo elemento da sequência, ou o termo geral da sequência.
itado superiormente.
cício 3: Em qualquer intervalo [ [ prove que [ [ e
([
ercício 2: .
[ Em qualquer intervalo ] ] prove que (] ] e
(] ] . 2
cício 4: Em qualquer intervalo [ ] prove que ([ ] e
16
ercício 3: Em qualquer intervalo [ [ prove que [ [ e
inferior de [ Se cotastodo superiores. ] Para [ isso, tal provemos que para todo tal que não é cota
cotas ]
inferiores.
Demonstração: Para isso, então provemos para que para todo que não é cotaRevisão do livro introdução à Análise Real
por absurdo,
o fato de que que . Portanto,, onde é racional.
superior , e daí, Daí
de ] [ Se com Provemos então para que todo ] [
11inferior
. Se Em de
i) qualquer
( ]] tomando
então [[ Se ] É claro
intervalo [ então que]paraé[todo cota inferior
( ] ] [de [ ] [e Provemos que é a maior Capı́tulo das 2e3
(
, ou seja,ou seja,
al. Se cotas inferiores. e daí
Para√isso, provemos Provemos
Se . Portanto,que então √ todotomando
é racional, Suponhamos, o que é por
uma ] [
√então tomando ] que [ para tal que não é cota 1) Na página 37 do capı́tulo de números reai
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS
da proposição 2.1 da página53
REAIS 33 até pagina 38, o
o:por inferior
ii) absurdo, ( ] Daí, de
[
que ] [ É Se claro que entãoé
, onde é racional. Daí cota para todo
superior ] ] [ [
Provemos
com
Revisão do livro que e
introduçãoé a menor
à Análise das repete
Real. outros textos;
Revisão do livro introdução à Análise Real.
cotasii) Se
superiores.
É (claro
] então
[ Para
que tomando
isso,
é cotaÉ provemos
inferior
claro que Exercícios
deque é ] cota]
para [ Propostos
[
todo
Provemos
superior ] que [
Revisão do livro introdução à Análise Real.
talProvemos
éque a2 maior das énão
que a menor é cotadas2) Na página 55, do capı́tulo de sequência
o fato deou que . Portanto, ( , e daí, Capı́tulo
Provemos e3
que
, ou seja, seja, e daí √ Provemos . Portanto, que √ é racional, Capı́tulo Suponhamos,
2 eo 3que é uma
2 e 3 por R
}R, Rn 2.1
Capı́tulo
. superior
11cotas
Em qualquer intervalo ]Exemplo [provemos3.Exercício
1 que 1:, (onde ]Prove é que
]livro [introdução um número
otal econjunto real positivo. Temos
{de√números ff :: N aNproposição =deesta , , ou sejareais
números não é
3
es. Para de ]√provemos
isso,
superiores. [ ParaSe que isso, para então
todo para todo tal
para que
todo [1) Na
1) Na página
página não
37que do
37 édo cota
capı́tulo
capı́tulo de númerosnão é reais
reais cota
a

proposição 2.1 esta 2 n−1-1 duplicada.
duplicada.
Elimine
Elimine
al. Daí,
Revisão do da proposição
1)

Na
Análise
2.1
página da Real.
37página
do 33 até
e até pagina
capı́tulo pagina
de números38, onde
reais aparece
a proposiçãoa proposição
2.1 esta 2.1, novamente
duplicada. Elimine
Se
[ superior de ( ]]então [ para Se atodo então limitado
]é:para
]que superiormente.
étodo
da proposição 2.1 textos;
da página 33 38, onde aparece a proposição 2.1, novamente
ii) então É claro ([ [Capı́tulo
cota superior ] repete [outros
]da proposição Provemos
[textos; que descreve
33éaté a menor das
outros
Se tomando sequência 2 e 3 repete ). Esta sequência
2.1 da página
a trajetória
pagina 38,3) Na aparece
onde
de uma
página a55,
partícula
do capı́tulo
proposição de sequência
2.1, novamente
repete outros textos; f : N → R, a = n
opor
o: absurdo, que , onde provemos é racional. Daí 2)com n
ão fato
tomandode quesuperiores.
Se cotas então tomando . Portanto,
Para
] A,isso,
[em movimento, ], eRevisão
daí,
1)que para
[Na página do livro todo
37 dointrodução
capı́tulo Provemos
Na página
tal
deànúmeros55, que
Análise 55, do
que
Real. capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.1 na primeira linha
não eé séries,
r exemplo a sequência (an ) = (1, -1, 1, -1, 1, -1, . . .) é infinita e
doRreais a proposição 2.1 esta cota exemplo
duplicada. Elimine
partindo de um
2)
N ponto
Na página
2) Na
R, sobre
página 55, uma
capı́tulo
reta.
de sequências
do capı́tulo de sequências e séries,
3.1 na primeira linha
exemplo
55, do3.1capı́tulo
na primeira linha
. 11 Em qualquer É clarodeque intervalo é cota] [
inferior
( Exercício
da
de repete] para
proposição
2: (Em
Provemos
[outros ]2.1 da
e qualquer [ N
f
que
:
página →
R,
33 e
até
intervalo
é
R
n a maior
n =R
pagina
2 ]
38,
n−1
das
onde
]
aparece a proposição 4)
prove
Na
2.1, página
novamente
que ( ] ]
de sequência
e
al. superior
, ou seja, Propostose daí √
Exercícios ] [ Se então
. Portanto,
Capı́tulotodo
Revisão do
2textos;
√ livro
3 f :
é racional, ] →
[
f : N →o
introdução
R =
que
àR,Análise
2 Rn =
n−1
é uma
R
os elementos que formam a sequência an que é representada por
Real.
n−1 f : N → R, an = 2n
3) Na página 55, 2do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.2 na primeira linha

3
es. Para isso, provemos que para todo (]2) 1) Natal
Na ]página
página que 37 . dodo 3) capı́tulo
f :Na de
página não
números
55, ndoé capı́tulo
cota
reais a proposição
de sequências 2.1 eesta naduplicada.
séries, exemplolinha Elimine
3.2 na primeira linha
Se É1:claro então
que tomando N→ 3)éR,Na
, . . .) ou simplesmente an. Convém observar: - existe uma 3
é cota superior ] [n. [ 2 2.1
Provemos e 355, que capı́tulo ade
aaté
sequências doe séries, exemplo 3.1 primeira
=menor das
=
[Exercício
Exercícios Propostos
Prove que o conjunto
Exemplo 3. 2 ]adan proposição
={ Temos
Capı́tulo
√ ffdaR:: N N 
}
página
→ R,a33ann = de
n, ou
npágina
paginanúmeros
seja
55,
38, a
onde reais
sequência
capı́tulo
aparece não é: é
de sequências
(1,
a proposição
5)
2,Na
3, página
2.1,4,novamente
e séries,
. . . 55,
). do3.2capı́tulo
exemplo na primeirade sequência
linha
por
o: [ Se absurdo, que então para todo , onde é racional.
] repete [ 1) Na Daí
f : N → R, Rn = n−1
outros textos;
f com
: N → R,
n
a n = n f : N → R, a n = 2n + 1
2 do capı́tulo 4) Na página 55, do capı́tulo
muito usada para designar uma sequência. Também se escreve:de sequências e duplicada.
séries, exemplo 3.3 na primeira linha
res. Para isso,
limitado
Exercício provemos
superiormente.
1: Prove que
que opara
Exemplo todo
conjunto3. 3 a =
n Revisão2n;
{ tal
página
√ que
Temos
37
f
4) : N
:Na
N→
fpágina } a
páginade não
R,Na
números
== 2n,
55,
anAnálise de
do
2n é Real.
cota
ou
reais
númerosseja
capı́tulo a proposição
dea sequências
sequência
reais
2.1eesta
não é:
é
séries,(2, 4,
exemplo 6,
Elimine
8,
3.3. .na. )primeira linha
É claro que é cota inferior ( de ] 2)
Exercício
da 3) [Na Provemos
Na3:
proposição do
Em
página
livro
2.1 da
qualquer
55,
f55,: N doque
introdução
ané=de
4)
33
R,intervalo
(2, exemplo
). Por
capı́tulo ade
àaté
maior
npágina
pagina
a sequência
[
sequências55,das[e eséries,
38, doondecapı́tulo
aparece de sequências
a proposição
3.2prove
n = (1, -1, 1, -1, 1, -1, . . .) é infinita e
23, )29,
13, 17, 19, (a exemplo 6)
na naNae séries,
2.1,
que
primeira exemplo
novamente
página [
55,
linha do3.3
[
na primeira
capı́tulo linha
e sequência
de
ão, tomando
ou seja,
Se superiormente. então e daí ]
para √ [ . Portanto, página√ é do →
racional, capı́tulo
os: N o R,
3, 5, 7, 11,que
2n
é uma
sequências séries, exemplo
31, 37, 41, . . ). 3.1 primeira linha
] todo
f : → a = 2n
[ Em
. 11limitadoExercícios Propostos [ todo ] f :Capı́tulo
repete [N outros
R, textos; 1
Para qualquer intervalo R, (R 2n]e = e 55, 55,
[ 5) Na
f : → a = n n 3
√ 3 R 5) Na página do capı́tulo de sequências f :N e séries,
→ R, exemplo an =3.4 3.4 na primeira linha
es. isso, provemos que para ([N4) → tal
Revisão [ que
n livro
do 2 n−1 .
unto
introdução
f :N→
dos
5) R,Naaànão
páginaelementos quedo
Análise
= 2n
npágina
é+capı́tulo
cota
formamReal.
55,
a sequência
1 do capı́tulo
a n que é representada por
de sequências e séries, exemplo
de
1 ; 1,414 ; 1,4142 ; 1,41421 ; 1,414213 ; ...). Outro exemplo é a sequências e séries, n na primeira
exemplo 3.4
linha
na primeira linha
2) NaNa página
página 55, f55, do→ capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.33.1 na na primeira linha
ãoExercício 2: Em1:
Exercício
tomando qualquer
Prove ] intervalo
que
Exemplo
[ o ]3. 4 ]afn:1)=
conjunto Na2n +1{
página ;
√ Temos
37 do :prove
do
N
f
capı́tuloR,que
capı́tulo
: NNande=de
→ 
} 2nsequências
a (+
números
R, ]
= de
2n+1,
1 reais
nsequências ] e séries,
números
a ou sejae
exemplo
proposição reais
a não
sequência
2.1 esta é
primeira
duplicada. é: (3,
linha
5,
Elimine 7, 9, . . . )
[ Se então para todo ] daf[ :proposição
N
3)
N → NaR,
Capı́tulo
→ aRn2=e=2n
R,página 2.1 3da55,Rpágina
do 6)
f :
capı́tulo
Na página
33 até de
a n
pagina
= 2n
55, 38,
+ 1
do capı́tulo
onde e séries, exemplo
2 , a3 , . . .) ou simplesmente an. Convém observar: - existe uma
adas de sequências
aparece a proposição
7)
3.2 Na primeira
na
e séries,
2.1,
página
exemplo
novamente
55,
linha
3.5donacapı́tulo
primeirade sequência
linha
[ É claro que é cota superior ] [ Provemos que é a menor das
n n−1
aproximações decimais por falta de 2 , que formam a qna primeira linha
N R, 6) Na página 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.5
Em. qualquer intervalo ] repete
2
(]
o: Exercíciolimitado ] 2:superiormente. f :
] 5) →
1 página
outros a n =
textos; n
f prove
N →6)R,Na
: capı́tulo
plo a que
sequência ade página
n1=
1
( ]55, doe ]séries,
capı́tulo e sequências
de
n ) = (1, -1, 1, -1, 1, -1, . . .) é infinita e
usada(apara f :N → e R, an =
séries, exemplo 3.5 na primeira linha
ão tomando ] Exemplo
[ 3.Exercício
5 afn: = 1) NaNa4:
página
Em
55,do
qualquer
37f55,
do
: Ndo R,intervalo
capı́tulo an de
an) é muito
→capı́tulo = de
sequências
n [ 1 reais
números ]
exemplo
a proposição
designar uma sequência. Também se escreve:2.13.4 esta naduplicada.
prove
primeira
que
linha
2n−1 ]
([
Elimine e
res.
. 11 Para isso, ]provemos
Em qualquer . é que
intervalo ] para [ todode fda N3)→
4)
Na
Na tal
R,
(annque
página
n Provemos
a
página ]== 2n
n [ do
55, +
da do 1 f : N 33eaté
capı́tulo→ não
R,
de a n é cota
sequências
= e séries,
o termo geral de uma sequência é dado por uma fórmula, é esse o
n pagina
sequências ee séries,
séries,
exemplo
exemplo
3.2
3.3 na
na primeira
na primeira
primeira
linha
linha
opostos (]É claro que cota inferior que é a maior das
proposição 2.155, página 38, onde aparece a proposição 2.1, novamente
] :2)N Na→[
: N →outros
frepete
página
R,
R, an textos;
capı́tulo
primos:que
smentos
7) Na de
(2,formam
página ndo
sequências
13, 17, 19,a 23,
a sequência
55, capı́tulo
= 2nR 7) Na página 55, doq capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.6n−1
3, 5, 7, 11, de exemplo
n que é representada por
sequências
29, 31, 37, 41, . . ). 3.18)
e Na
séries, página
exemplo linha
55, 3.6do nacapı́tulo
primeira de
linha 16
sequência
3.5: N R, na primeira linha
[
Exercício Se 3: Em então
2:qualquer para todo
intervalo ] f :N [6)→Na R,página
Rn = 155, do
f : capı́tulo
N → 7) R,
Na ade sequências
página
= e séries,
[q( ] eeséries,
55, do capı́tulo exemplo
] 1e, 1exemplo
de . f
1 3.3
sequências na→ primeira
e a
séries, n = linha
2
exemplo 3.6 na primeira linha
[ [ff]:: N ,:prove que [sequências
q
es. Para
Prove isso,
Exercício
que oprovemos
conjuntoEm qualquerque para todo
{ intervalo
√ Temos 4) ]Natal
N2)→
5) }
NaR,a
páginaque12f55,
a == de
página
n−1
55, Ndo
ou do seja
números R,
do→capı́tulo a = não
prove
n
de
a sequência que
reais
1,41simplesmente
4.); ou
: N n→
fcapı́tulo de
R,
é cota
2n−1
=não
an. ; 1,41421
Convém
asequências é:
é e1, séries,
1, ,(-;existe
é: 1, ;observar: , ...e ,3.4
exemplo ... na
umaexemplo é a na primeira linha
na primeira
primeira linha
R, nann = n
Na página 55, capı́tulo 2de nsequências
seja; a1,4142
1,414
,; ou n−1 séries,
1,414213 exemplo
Outro
...).,... 3.1 linha
[ É claro que é cota superior ]ff ::3)NN [Na →Provemos n2nRque8) Naé página a menor das
sequência 1,1, 1)
o:
ão[tomando ] [ R, 2 n−1 n
 2 3 n'.
9) Na página 55,3.7donacapı́tulo
primeirade sequência
([ (] [3: então
Exercício
Se Em] . para
qualquer . todo
intervalo ] [ f[ [: N

→ R,
a
página
Rn =
=
2n
55, +do 1
prove
capı́tulo
que de 55,
sequências
[
do capı́tulo
[ e séries,de sequências
e
exemplo 3.2 e séries,
na exemplo
primeira linha linha
riormente. 8) Na página 55, do
n−1capı́tulo de sequências f e séries,
N exemplo
R, 3.7 na primeira linha
n
f : N → das designar
sada paraR, a = 2 por faltasede
decimais Também
uma sequência. escreve: : → a = c
Para isso, provemos que para todo f : N6) R,página
7) efinita aproximações 2 , que formam a
5)→Na an = n55, 2 do capı́tulo
8) Nade sequências doe séries, exemplo 3.63.4 na na primeira linha
n−1
res. tal quef55, R, an = não
npágina
é 55,cota capı́tulo de sequências e séries, n exemplo
Na página 55,
q: Ndo do→ capı́tulo
considere de
2n−1 sequências e séries, exemplo primeira linha 3.7 na primeira linha
ão tomando É
([ claro [ que .é cota
] Exemplo
[ inferior de ff] :: NN →
→[ 1 Provemos
NaR,
R,
página
aann = = 2n + que
1 fcapı́tulo
:N→ é a de
R, maiorn = 2 das
asequênciasn−1 e séries, exemplo 3.5 na primeira linha
3. 6 af n:4)= 3)Na Napágina
página55, 2155,dodocapı́tulo
3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, . . ).
9)capı́tulo
n−1 Na página dedesequências
sequências
55, do capı́tulo e eséries,
séries, exemplo3.3
de exemplo
sequências 3.2 nana
e séries,
10) Na primeira
exemplo
página
primeira linha
3.8do
55,
linha nacapı́tulo
primeira de linha
sequência
[ Se então para todo ] f f: N :[NN→ R, . por uma fórmula, é esse o
→ 1 aan =
empre o termo geral de uma sequência é dado
→n
2 R, n 9) f :Na N→ página 55,
R,Naanpágina= cdo capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.8 nan−1 primeira linha
es. Para
Exercício isso,
4: Em
Exercício provemos
3:qualquer que
Em] qualquer paraintervalo
intervalo todo
[ ] [ 8) Natal
R, a nque55,
n==2n n
:prove R,que
9) não ([ é cota
55, ] e séries,
do capı́tulo
eexemplo
de f
sequências : N → e R, a
séries, = (−1)
exemplo 3.8 na primeira linha
opostos f :]prove
N n→ R,que e 3.73.5
6) [Na e [séries,
ane = c [
página
página f55, do
N do→ capı́tuloa =de
capı́tulo c sequências
de sequências exemplo na na primeira n
primeira linhalinha
Em qualquer intervalo ] f prove que ( ]
14 1,4142
, ou; seja a sequência  c, c, c, c, ; ...).
; 1,41421é:; 1,414213  exemplo é a .
, c,...Outro
N4)→ R, 1
1 16
n−1
: 7) a = 2
ão[tomando Se que([o4:conjunto
então para ] todo [ N Na
] [ ffff[:::]:5)N → Na
NaR, página
página
ann = 55,
página
55,
1q do
55, do capı́tulo
10)
docapı́tulo Na página
capı́tulo de sequências
dede 55, do capı́tulo
sequências
sequências
e séries,
1exemplo
deexemplo
sequências
de sequências
e eséries,
séries, exemplo 1e 3.4 3.6e na
3.3 na
11Na
na primeira
séries, exemplo
 3.9
primeira
primeira
linha
3.9 na primeira linha 1
linha
linha
[ . Exercício
Prove Em [ qualquer . intervalo
{ √ Temos NN } R,a = de n f ,prove
: ou
números
10) N sejaR,que
Na→página
a
areais55, do([
sequência
não n−1 ]
é
capı́tulo
é:
é: 1, 21,1, 1, e, ,
a ,
 exemplo 3.8 na 2primeira ... ,
séries,
11) ,
,...
exemplo ...
página 58,nana primeira
3.9quarta
linha
linha linha <
nn- 1  linha
anconsidere
É claro que é cota superior f] : N9)→ [NaProvemos que R, aén a=de menor n−1 dase séries,
→ → R, a = 2n =
eproximações ,decimais
= sequência
ou seja a por
(−1) falta de , que ,(1)n ,...
1, formam
na
R,página
an = 2n
nn = n + 1→ 10) Na n página 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo na primeira n+1
255, : 1N
do capı́tulo sequências
2 4 8 2
7)→ NaR,página
an = c 55,
2fn−1 : N → R,
do fcapı́tulo
(−1)
deansequências
n−1
= (−1) e séries, exemplo 1 16 3.6 na primeira  . linha
ão tomando
riormente. ] [ f :N 5) Na página 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.4 na primeira linha
res. Para isso, provemos que para todo ff ::6)8) NN→
Na
→ tal
NaR,
→Na R, aanque
página
página = 55,
=1222n
55, q do
11)1 Na páginanão
+
11)
do capı́tulo Na página
capı́tulo de é cota
58,
sequências
58, na
na quarta
e considere
o geral
de sequências linhaexemplo
ee séries,
quarta linha
séries, 1exemplo<3.5
de uma sequência é dado por uma fórmula, é esse o
n+
� na
3.7 na primeira
primeira linha linha
<1�1 12) Na página 59, na penultima linha n >
opostos Exemplo 3. 7 fa[:n N=→2] R, an = n 1 página n−1
f : N
10) R, a n= n−1
55, do capı́tulo
11) Na de sequências
página 58, nae séries,
quarta exemplo
linha 3.9 na
< � primeira linha
Em [qualquerExercício
Se intervalo 4:então
Em[ qualquer
para [ todointervalo ] f prove :[N → R,que
n
an = n (−1) [ n−1 prove que
[capı́tulo esequências ([ ]
. .. n + 1
en + 1 �
12) Na página 59, na penultima linha n > n3.7 0 ⇒na |znprimeira
− 1| �< linha
n16
8) Na página 55, do de ee séries, exemplo
 
6) Na página
9) Na página 55, 55, do
do Na capı́tulo
capı́tulo
páginade59, de sequências
sequências séries,
e séries, exemplo
linhaexemplo
n > n0 ⇒3.8 3.5
13) na
na Na primeira
página
primeira linha
63,
|a|
linha � na linha 19 nao tem o p
[ Prove que o conjunto √ Temos ]ffff:::prove N }Provemos
a naan== =de 21( ]números
n
,
112)
ou seja reais
a sequêncianão
na penultima
énaeé:penultima
1, 2, 4,8, n,3.6
2 |z
,...− 1| <
{superior 2
 
2a,n ou seja
, ou
=, ou seja ...
sequência
aseja é: é:
a sequência
a sequência  
1,é:n
1, -
1,1,
n 1
,
c,4,8,
2, ...
, , 21)
, c, c,(
c1, ,...
c,...
, ,...
Em qualquer É claro
intervalo que é cota N [Na R,que que é a menor e das
n−1
. ] ] 7)
NN→

R,página
NaR,página
55, do ] 12)
capı́tulo Na de página
sequências
1 59, séries,
n n linha
exemplo > nna 0 ⇒ |zn −
primeira |a|1|linha
<
ão tomando
n1
→ c
] [ : 11)
f : N → R, an = n−1
ann = 58,
nq na 13) quarta Na linhapáginan 63, <�
+ 1na linha 19 nao tem o ponto final. entre B − bn → 0 1e B.b
|a| 1

riormente.
res. Para. isso, provemos que para todo 9)
10)
Na
Natalpágina
página que 55,
página 2 55,
55, do
13)
do Na
13) Nanão
páginade63,sequências
capı́tulo
do capı́tulo
capı́tulo página
de é cota
na linha 19
sequências
e
63, na eelinha
nao temexemplo
séries,
19 nao
séries,
o ponto 3.8
exemplo tem
finalnaentre
o3.9
pontona
B − blinha
primeira n → 0 e B.b
final entrelinha
n
idere e considere
B − bn → 0 e B.b1
na primeira
n
f :N → R,página 7) Na
a = c59,q na de sequências séries, exemplo� 3.6 primeira linha n
f :8) 12)Na
N →Na R, a n = 55,
página (−1)do n−1penultima linha n > n0 ⇒ |zn − 1| <
capı́tulo de sequências e séries, exemplo 1
f :[ N → R, ann = n−1 |a| 3.7 na primeira linha
Se
Em [qualquer então
intervalo [ para
] todo ] f : prove
N10)→ NaR,que
apágina 55, do ]capı́tulo deesequências
n = 2 2([
n−1 1 3.9 na primeira linha 2 n1  2 4. 8 2 .
opostos Exemplo 3. 8 Seja e 63,
considere nao tem1o ponto
e séries, exemplo
entre1B − bn1 → 0 e B.b1 n
eja a ,sequência , ,1,c,...,  , , , n ,...  .
é:  c, c, c, cé:
Em qualquer intervalo f :prove
13)→Na
que
página
( ]na
nalinha 19 linha
e 16
< � efinal
ou seja a sequência
Em qualquer ] ]
intervalo [ ] [ [
11)
N
prove
8) Na
NaR, página
que 55,n−1
58,
an = (−1)
página 55,
n−1
do [ ]
quarta
[ do capı́tulo
capı́tulo de e n + 1 e séries, exemplo 3.8
sequências séries, exemplo 3.7nanaprimeira
primeiralinha linha
ão tomando 9) Na página de sequências
1  1 1 1 1 
Prove que o conjunto { √ Temos ff ::NN→}R,aann == cde
N R, , ounúmeros reais não
seja a sequência 1 é:é c, c, c, c, ... , cc,...� , ...  
f : → a = 2  
an = 2n1 , ou seja a sequência é: 1, 2, 4,8, , 2n ,...
. .
n idere
11) Na página 59,
12) 58, na penultima
quarta linha linha n ><n�0 ⇒ |zn − 1| <
riormente. 10)9) Na
Na página
página 55,55, do
do capı́tulo
capı́tulo de n +1 1
de sequências
sequências eeséries,
séries,exemplo |a|
exemplo3.9 3.8.nanaprimeira
primeiralinha linha
: N→→R,R,a an==(−1)
1
f: N c n−1 �
opostos Exemplo 3. 9 Seja
f 13)
12) Na página
n e 63,
considere
59, na linha 19 nao
penultima temno>ponto
linha n0 ⇒final 1| <B − bn → 0 e B.bn
|zn −entre
|a|
1

Em
Em qualquer intervalo prove que e
.
qualquer [
intervalo [ [
] prove
10) Naquepágina [
55, do[ ]
([ nan−1quarta
capı́tulo e 1 <�
de sequências e séries, exemplo 2n  .
3.9 na primeira linha 2 n1  2 3  2. 4 8
 
n
Prove que o conjunto Temos f : N  a = de números , ou seja
reais a sequência
não é é: 1,  1,1,  1, →,(,0(-e 1)
1) 1nn,...
{ √ 11)
N }
Na página
R, 58, linha
bn ... , ...
, ,...  ua seja
n  , ou seja é:
a sequência 
1, 2,4,8, é:, 2 1,,...
 , , ,
Em qualquer intervalo ] prove que ( ] en + 1 16 ,= a sequência
. ] f : 13) → Na na n =
página (−1)
63, na ]
linha 19 nao tem o ponto final entre B − 1B.bn  1 a sequência é: 1, 1 , 1 ,n 1 1 1
ou seja
.
1
1
riormente.
. 12)11)NaNapágina
página59,58,nanapenultima
1
linha n > <
quarta linha n0�⇒ |zn − 1| <

|a|
Exemplo 3. 10 Nem sempre o termo geral de uma n+1
1sequência é dado por uma fórmula, é esse o 1

� 2n  .
Em qualquer intervalo [ ] prove Naque ([ 19 naoelinha
]penultima 1  2 4 8
13)12)Na página
página63,59,nanalinha tem on ponto
> n0 ⇒ final − 1| <B − bn → 0 e B.bn
|zn entre
caso da sequência infinita das aproximações decimais por falta de 2 , que formam a
u seja a sequência é: 1, , , , , ,... 

|a|
Em
Em qualquer
qualquer intervalo
intervalo ][ ][ prove que
prove que ([ ] [ ] ee 16  1ou1 seja
Temosnf : N  an = 2n+1, 13  . é: (3, 5, 7, 9, . . . )
1 a2sequência
sequência infinita:13)(1,4
Na ;página
1,41 63,
; 1,414 ; 1,4142 ; 1,41421 ; 1,414213
entre B − ;bn...).
→ 0Outro
e B.b exemplo é a
1
na linha 19 nao tem o ponto final an = , ou seja a sequência é: 1, , , 

. . 1 1  1 1  n

sequência dos números primos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, . . ).
os f : N  an = 2n, ou seja a sequência é: (2, 4, 6, 8, . . . )
1
Notação: A notação (an) é muito usada para designar uma sequência. Também se escreve:
Em
Em qualquer
qualquer intervalo
intervalo [[ [] prove
prove que
que ([ [ [] ee an = n, ou
 2 3 .
é: (1, 2, 3, 4, . . . ).
f : Na 
sseja 1, a, sequência
é: seja , 
(an )n  N ou (a1 , a2 , a3 , . . .) ou simplesmente
16 an. Convém observar: - existe uma
sequência
. 1  ou seja a sequência é: (3, 5, 7, 9, . . . )
+1 ; Temos f : N an 1= 2n+1,
diferença entre o conjunto dos elementos que formam a sequência an que é representada por

f : N f :a).
de um ponto sobre uma reta.
Em qualquer intervalo [ ]{an } e a sequência (an que
prove ). Por exemplo
([ ] a sequência
e (an ) = (1, -1, 1, -1, 1, -1, . . .) é infinita e
; Temos f : N  an = 2n, ou seja a sequência é: (2, 4, 6, 8, . . . )
16 Temos
n Esta sequência
N=2n+1, seja
ouou
an = n, adescreve
seja
a trajetória
sequência
a sequência 7,
5, 2,
(3,(1,
é: é: . . .. .)partícula
de9,uma
3, 4, . ).
3
, ou seja é um número real positivo. Temos f : N  e
N n = 2n, ou seja a sequência é: (2, 4, 6, 8, . . . )
 ade

). Esta sequência descreve a trajetória de uma partícula


tindo um ponto sobre uma reta.
n
 a = n, ou seja a sequência é: (1, 2, 3, 4, . . . ).
é irracional.

Suponhamos, por absurdo, que , onde é racional. Daí com


n+1
cada elemento genérico é dado por an = (-1) mas seu
( conjunto de valores possui apenas
54 INTRODUÇÃO ,AouANÁLISE
Logo, seja, REAL e daí √ . Portanto, √ é EaD•UFMS
racional, o que é uma
dois elementos, ou seja, {an } = {-1,√1}.
contradição.
cada elemento genérico é dado por an = (-1)n+1 mas seu conjunto de valores possui apenas
Proposição
dois elementos, 2. 11{aEm
ou seja, n}=qualquer
{-1, 1}. intervalo ] [ (] [ e
(] [
O interesse principal no estudo de sequências são as chamadas sequências
Demonstração:
convergentes. Em termos intuitivo, uma sequência (an ) é convergente se, à medida que o
3.3 Limitei) de( uma
] [ sequência É claro que é cota inferior de ] [ Provemos que é a maior das
índice n cresce, o elemento an vai se tornando cada vez mais próximo de um certo número L,
cotas inferiores. Para isso, provemos que para todo tal que não é cota
O interesse
que é chamado limite principal
da sequência.no estudo de sequências são as chamadas sequências
inferiorEm
convergentes. de ]termos [ Se então para todo ) é ]convergente
(an absoluto [
A proximidade entreintuitivo,
an e L é uma sequência
medida pelo valor se, àentre
da diferença medida
essesque
doiso
índice nSe
números, cresce, então tomando
isto é, opor an  L a. nPortanto,
elemento vai se tornando ]
cada
dizer que
[ mais próximo de um certo número L,
anvez
vai se tornando arbitrariamente próximo
que é chamado limite da sequência.
de L significa dizer que an  L torna-se inferior a qualquer número positivo , por menor que
Aii)proximidade
(] [ entre an eÉL claro
é medida
que pelo valor
é cota absoluto]da diferença
superior [ Provemos entre essesédois
que a menor das
seja, desde que façamos o índice n suficientemente grande.
números,cotas é, por an Para
isto superiores. L . Portanto, dizer que
isso, provemos quean para
vai setodo
tornando arbitrariamente
tal que próximonão é cota
superior
de L significa deque
dizer ] a[  Se L torna-seentão para
inferior todo
a qualquer ] [ positivo , por menor que
número
Definição 3. 2. Dizemos
n que uma sequência (an) converge para o número L, ou possui
Se
seja, desde então otomando ]
n suficientemente [
limite L  que
R se,façamos
para cada índice
número  > 0, existe um grande.
número N()  N tal que:
n > N  an  L < 
DefiniçãoExercícios
3. 2. Propostos
Dizemos que uma sequência (an) converge para o número L, ou possui
Escreve-se, neste caso, lim an  L ou lim an = L ou ainda an  L. Uma sequência que
limite L Exercício 1: cada
 R se, para Prove que
número
n 
o >conjunto { √ N()  N }tal que: de números reais não é
0, existe um número
não converge é chamada
limitado divergente.
superiormente. n >N a L <  n

Escreve-se, neste caso, lim an  L ou lim an = L ou ainda an  L. Uma sequência que


Exercício 2: Em qualquer
n 
intervalo 1
Exemplo 3. 11 Considere a sequência (an ) =]  ] . Temos que an prove que dado
 0, pois ( ]  > ]0 basta e
não converge é chamada divergente. n
 
(] ] .
1 1 1 1
tomarmos N() > e teremos que para todo n > N() > tem-se 0  
 1  n n
ExemploExercício 3: Em qualquer
3. 11 Considere a sequência  0, pois
(an ) =[  [ . Temos que an prove
intervalo que dado [  >[ 0 basta e
n
([ [ .
1 1 1 1 1
tomarmos3.N()
Exemplo > e teremos
12 Considere que para
a sequência n ) = n > N()
(atodo > que
. Temos tem-se
an  0, 0pois    > 0 basta
 dado
 n  n n
Exercício 4: Em qualquer intervalo [ ] prove que ([ ] e
1 1 1 1 16
tomarmos N() > e teremos que para todo n > N() > tem-se 0  
 1  n n
Exemplo 3. 12 Considere a sequência (an ) =   . Temos que an  0, pois dado  > 0 basta
OBSERVAÇÃO: Quando dizemos “dado qualquer  n   > 0”, está implícito que este  pode ser

arbitrariamente >
1
tomarmos N()pequeno, ou seja,
e teremos tãopara
que pequeno
todo nquanto
1
> N()quisermos.
> tem-se E se1 acondição
1
0   da definição
  n n
de convergência for satisfeita para um certo  = o , estará satisfeita para qualquer  > o ;
OBSERVAÇÃO:
portanto, Quando
basta prová-la paradizemos
todo  “dado qualquer
positivo, menor do> que
0”, está implícito
um certo que este
 , como  pode
muitas ser
vezes
o
arbitrariamente
se faz, para que pequeno, ou seja, tão
ela fique provada parapequeno
qualquerquanto
 > 0. quisermos. E se a condição da definição
de convergência for satisfeita para um certo  = o , estará satisfeita para qualquer  > o 4;
portanto, basta prová-la para todo  positivo, menor do que um certo o , como muitas vezes
se faz, para que ela fique provada para qualquer  > 0.
4
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 55

Quanto ao número N, podemos supor que ele é inteiro positivo, ou seja, um índice da
sequência, caso contrário ele poderia ser substituído por qualquer inteiro maior.
Se retirarmos de uma sequência (an) uma quantidade finita de termos, em particular, se
eliminarmos seus k primeiros termos, isso em nada altera o caráter da sequência com n  .
Assim, se a sequência original converge para L, ou diverge, a nova sequência (sem os k
primeiros termos) também convergirá para L ou divergirá.

Proposição 3. 1 Seja (an) uma sequência convergente tal an  L1 e an  L2. Então L1 = L2.
L1  L2
Demonstração: Suponhamos, por absurdo, que L1L2, e consideremos 0   
2
L L
Como an  L1 então existe N1() tal que an  L1   1 2 se n > N1(). (1)
2
L L
Como an  L2 então existe N2() tal que an  L2   1 2 se n > N2(). (2)
2
Se tomarmos N() = max{ N1(),N2()} então temos que valem as condições (1) e (2)
simultaneamente para todo n > N(), e somando membro a membro (1) e (2) teremos que:
an  L1  an  L2  L1  L2 < L1  an  an  L2  an  L1  an  L2

Ou seja, L1  L2  L1  L2 o que é um absurdo.

Definição 3. 3. Dado um número L qualquer, chama-se vizinhança  de L a todos os


números x do intervalo (L -  , L + ). Denotaremos esse intervalo com o símbolo V (L).
Observe que: a condição x  V (L) pode ser escrita das seguintes maneiras equivalentes:
x  V (L) .  x  L    -  < x – L <  .  L -  < x < L + 

Assim, quando definimos limite de uma sequência , estamos dizendo que:


n > N  an  V (L).
É importante observar também, na definição de limite de uma sequência, que uma vez dado o
número , esse número permanece fixo; a determinação de N depende do  particular que se
considere, de forma que, mudando-se o , deve-se, em geral, mudar também o número N. Em
outras palavras, o valor de  pode ser dado arbitrariamente, mas, uma vez prescrito, não pode
ser mudado até a determinação de N.

Exemplo 3. 13 Dada ( ) Determine os 5 primeiros termos da sequência e,

seguida responda se é convergente ou divergente.

5
56 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Vamos provar, por definiçãoVamos


Vamos que aprovar,
por por
sequência
provar, definição
definição que que
converge apara
sequência De
a sequência converge
fato,
converge parapara De De
fato,fato
dado qualquer dadodado
temos: qualquer
qualquer temos:
temos:

| | | | | || | | || | < Ɛ| || | | |

Isto quer dizer que, dadoIsto Isto


querquer
qualquer  dizer
> que,
dizer que,
dadodado
0, existe qualquer
Nqualquer
positivo > 0,é> existe
que o0,menor
existe N positivo
inteiro
N positivo que que
é o émenor
o menor inteir
inteiro

. Dessa forma, n > N  .aDessa  . forma,


. Dessa
n  1 forma,
Portanto an (a1n  1) 
n > nN>N  convergente.
. Portanto
. éPortanto é convergente.
( () é )convergente.

Complete na tabela a seguir Complete


os valores
Complete na N
de tabela
na tabelapara acada
seguir
a seguir os valores
 fixado.
os valores de Ndepara
N para
cadacada  fixado.
 fixado.

   an an  1 an an an a1n  1

1 1 1
| | | | | |
2 2 2

1 1 1
| | | | | |
5 5 5

1 1 1
| | | | | |
10 10 10

1 1 1 | | | | | |
100 100100

| | | | | |
2 2 2

Exemplo
Exemplo 3. 14 Vamos provar,
Exemplo 3. Vamos
3. 14 14 Vamos
por definição, provar,
queprovar, por por
a sequência definição,
definição, que que a sequência
a sequência
 n   1 2 3 ... , n n, ... 1  12 23 3 n n  
(an) =   =  , (a ,=n), =  , =  =
, n)(a  converge
, , ,para,, , , . , converge
converge parapara . .
 n  12   13 14 15  n  12 n 1213 13
14 14 n  12 
15 15 n  12

De fato, dado qualquer  > De fato,


De0,fato, dadodado
temos: qualquer
qualquer  > 0,>temos:
0, temos:

6 6
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 57

n 12 12
an 
1 1
    n   12
n  12 n  12 
 12 
Isto quer dizer que, dado qualquer  > 0, existe N =
  12  tal que n > N 
  
an  1   .
livro introdução à Análise Real.

e3 Faça como exercício: complete na tabela a seguir os valores de N para cada  fixado.

a 37 do capı́tulo de números reais a proposição 2.1 esta duplicada. Elimine


N
 aparece a proposição
2.1 da página 33 até pagina 38, onde N
2.1, novamente an an  1
extos;
1
na 55, do capı́tulo de sequências 2e séries, exemplo 3.1 na primeira linha
R
= 1
2n−1 5
na 55, do capı́tulo de sequências 1e séries, exemplo 3.2 na primeira linha
=n 10
na 55, do capı́tulo de sequências 1e séries, exemplo 3.3 na primeira linha
= 2n 100

na 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.4 na primeira linha


= 2n + 1 2

na 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.5 na primeira linha


1
=
n Exemplo 3. 15 Dada ( ) Supondo que persista a tendência
na 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.6 na primeira linha
q observada em cada caso, escreva a forma geral da sequência
= n−1
2 Observe que os denominadores dos termos da sequência são:
na 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo
que são 3.7 na primeira linha
respectivamente, Além disso, o sinal de cada
= 2n−1
termo é alternado, começando com 1 que positivo, assim
na 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.8 na primeira linha
=c

ina 55, do capı́tulo de sequências e séries, exemplo 3.9 na primeira linha


= (−1)n−1 Exemplo 3. 16 Sejam e uma sequência de números reais. Considere

1 . Prove que se então


ina 58, na quarta linha <�
n +Seja
1 . Por hipótese, então dado o número real existe tal que
| |

ina 59, na penultima linha n > n0 ⇒ |zn| − 1| <|
|a|| |
Temos que 1
ina 63, na linha 19 nao tem o ponto final entre B − bn → 0 e B.bn

1
58 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

| | | | | | | | | || | | |
| |

Portanto,

Exercícios Propostos
Exercício 1: Prove que a sequência (an) = k  R converge para L = k. Construa uma tabela
semelhante ao do exemplo anterior para os mesmos valores de .

Exercício 2: Determine os 5 primeiros termos de cada uma das sequências a seguir,


classificando-as em convergente ou divergente.
a) (an) = (4)
b) (an) = (2 + (0,1)n )
c) (an) = ((-1)n )
d) (an) = (-1 + (-1) n+1 )
e) (an) = (8n + 1)

Exercício 3 Prove, por definição, que a sequência (an) converge para o limite L:
 1
a) (an ) = 1   converge para L = 1
 n
 n  1
b) (an ) =   converge para L =
 2n  1  2

 3 
c) (an ) =   converge para L = 0
 n 1 

Exercício 4: Em cada sequência damos os primeiros termos. Supondo que persista a


tendência observada em cada caso, escreva a forma geral de cada uma das sequências:
1 2 3 4 ...
a) , , , ,
2 3 4 5
1 1 1
b) 1,  , ,  ,...
2 3 4
1 1 1
c) 1, , , , ...
4 9 16

8
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 59

3.4 Sequências Limitadas

O cálculo do limite de uma sequência pode tornar-se cada vez mais complicado, se
insistirmos em fazê-lo diretamente pela definição de limite. Assim existem alguns teoremas
que facilitam a determinação da convergência ou divergência de uma sequência.

Definição 3. 4. Dizemos que uma sequência (an) é limitada à esquerda, ou limitada


inferiormente, se existe um número A tal que A  an para todo n; e limitada à direita ou
limitada superiormente, se existe um número B tal que an  B para todo n. Quando a
sequência é limitada à esquerda e à direita ao mesmo tempo, dizemos simplesmente que ela é
limitada.
Exemplo 3. 17 Considere tome e observe que Logo ( )é

limitada superiormente pela constante positiva 1 e ( ) é limitada inferiormente pela


constante positiva
0. 0. .
Exemplo 3. 18 Considere tome e observe que Logo

( ) é limitada superiormente.
Exemplo 3. 19 Considere , ou seja (2, 4, 16, 32, ... ). Temos que é
limitada inferiormente, pois Porém não é limitada superiormente de
fato, podemos escrever: .
Segue que da desigualdade de Bernoulli que . logo , para todo
existe tal que . Basta tomar , tal que e observar que
Daí Logo não é
limitada superiormente.
Exemplo 3. 20 é limitada tal que | |
é limitada existem constantes reais, tais que Tome
{| | | |}. Temos que e| |

Suponha que existe o número real tal que | | Tome e .


Como | | ou seja, Portanto é limitada.

Exemplo 3. 21 Considere tome e observe Logo

é limitada.

Exemplo 3. 22 Considere tome e observe

Logo é limitada.

9
60 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

O teorema a seguir estabelece uma estreita relação entre sequências convergentes e limitadas.

Proposição 3. 2 Toda sequência convergente é limitada.


Demonstração: Seja (an) uma sequência convergente com limite L, então dado  > 0, existe
um índice N tal que para todo n > N tem-se L -  < an < L + . Assim tem-se que a partir do
índice n = N+1, a sequência (an) é limitada à direita por L+ e à esquerda por L-. Considere
agora os números A e B como sendo o menor e o maior, respectivamente, entre todos os a1,
a2, ..., aN, L -, L+, neste caso teremos A  an  B, logo (an) é limitada
A recíproca da Proposição 3.2 não é válida, ou seja, nem toda sequência limitada é
convergente. Por exemplo, a sequência (-1)n é limitada pela constante real 1, mas não é
convergente. Também, segue da proposição 3.2 que as sequências não limitadas são
divergentes.
Exemplo 3. 23 Considere A sequência não é limitada superiormente. Dessa
forma, é ilimitada e daí, segue da proposição 3.2 que é divergente.

Proposição 3. 3 Se uma sequência (an) converge para um limite L, e se A < L < B, então, a
partir de um certo índice N, A < an < B.
Demonstração: Sendo (an) uma sequência convergente com limite L, então temos que dado 
> 0, existe um índice N tal que, a partir desse índice, temos L -  < an < L + . Assim se
tomarmos  como sendo o menor entre os números L – A e B – L, teremos L -  > L – (L – A)
= A e L +  < L + (B – L) = B. Logo para todo n > N teremos A < an < B.

Teorema 3. 1. Sejam (an) e (bn) duas sequências convergentes, com limites A e B


respectivamente. Então as sequências (an + bn), (an bn) e (k an), onde k é um número real
qualquer, são todas convergentes também, e:
1) lim(an + bn ) = A + B;
2) lim(an bn ) = AB;

Se tivermos que B  0 então também teremos que:


a  A
4) lim  n   .
 bn  B
10
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 61

Demonstração:
Prova de (1):Dado  > 0, existem N1(), N2()  N tais que:
 
an  A  para todo n  N1() e bn  B  para todo n  N2().
2 2
Tomando-se N() = max{ N1(),N2()} temos que as desigualdades anteriores valem
simultaneamente para todo n  N(), e além disso teremos:
(an  bn )  ( A  B)  an  A  bn  B  an  A  bn  B

 
Ou seja: (an  bn )  ( A  B)    como queríamos demonstrar.

2 2

Prova de (2): Observe inicialmente que:


anbn  AB  anbn  an B  an B  AB  an bn  B  an  A B

Como (an) é convergente então é limitada, portanto existe M > 0 tal que an  M . Por

outro lado como an  A e bn  B, então, dado  > 0 existem N1(), N2()  N tais que:
 
an  A  para todo n  N1() e bn  B  para todo n  N2().
2  B  1 2M

Assim temos que para todo n  N() = max{ N1(),N2()} valem:


 
anbn  AB  an bn  B  an  A B  M  B
2M 2  B  1

 
Ou seja: anbn  AB    , como queríamos demonstrar.

2 2
Prova de (3): Observe que fazendo e em 2) temos que:

e Portanto
Prova de (4): Observe que fazendo basta provarmos que pois Para

isso, temos que verificar e é limitada. Vamos usar a proposição 3.3, para

confirmar este resultado, tome e na proposição 3.3. Dessa forma,

conseguimos um tal que, ou seja,

Portanto é limitada. 


Exemplo 3. 24

11
confirmar este resultado, tome e na proposição 3.3. Dessa forma,

conseguimos um tal que, ou seja,


62 INTRODUÇÃO Portanto
A ANÁLISE REAL
é limitada.  EaD•UFMS


Exemplo 3. 24
3 1
lim  
 3lim  
 3.0
 0
n n
 4n 4 n 4 11
lim    lim     lim    lim 1  0  1  1
 n  n n n

 4  lim 3  lim  4 
 3n  4n 
2
 3       3 0 3
n n

lim  2   lim    
 5n  7  7
 5  2  lim  5   lim  7  5  0 5
 n  2
n 

3.5 Sequências Monótonas

Vimos que toda sequência convergente é limitada. Mas nem toda sequência limitada é
convergente. Veremos, entretanto, que há uma classe importante de sequências limitadas – as
chamadas sequências monótonas – que são convergentes.

Definição 3. 5. Dizemos que uma sequência (an) é crescente se a1 < a2 < . . . < an < . .
. e decrescente se a1 > a2 > . . . > an > . . . . Dizemos que uma sequência (an) é não
decrescente se a1  a2  . . .  an  . .. e não crescente se a1  a2  . . .  an  . . . ..Uma
sequência que satisfaz qualquer uma dessas propriedades é chamada de sequência monótona.

Exemplo 3. 25
1
1) A sequencia (an)=   é monótona decrescente.
n
2) A sequencia (an)= (n) é monótona crescente.

3) A sequencia (an)=  1  não é monótona.


n

Teorema 3. 2. Toda sequência monótona e limitada é convergente.


Demonstração: Consideremos, sem perda de generalidade, uma sequência (an) não
decrescente, portanto, limitada inferiormente pelo elemento a1. Como (an) é limitada, por
hipótese, então ela é limitada superiormente, logo existe um número S tal que an  S para
todo n. Vamos provar que S é o limite de (an). Dado  > 0 existe um índice N tal que S -  <
aN  S, por nossa hipótese. Como a sequência é não decrescente então aN ≤
< an para todo n >
N, de sorte que:
12
, é limitada, pois, A sequência
Prove que com Exemplo 3. 27 Para todo real

EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 63


Logo a sequência é monótona e limitada e, portanto
n ! (n  1)!
  2n (n  1)!  2n 1 n !  2n (n  1)n!  2n
2n 2n1 n > N  S -  < an < S +  e portanto an  S <  para todo n > N.

 2n 
crescente, devemos mostrar que:
Exemplo 3. 26 Considere a sequência   . Os elementos desta sequência são:
 n! 
(inferiormente por 0 e superiormente por 2). Para most
 
 4 2 22nn 2n21n-1 
n ! (n  1)! 3 3
2, 2, , , ... , ,, , , ... . Logo podemos observar que esta sequência é limitada
 . Logo podemos observar  2, 2, , ,

, , ,
3 3 nn!! (n(n+1)!
 1)! 
 2n 2n 1  4 2

(inferiormente por 0 e superiormente por 2). Para mostrarmos que esta sequência é não
 n! 
  . Os el Exemplo 3. 26 Considere a sequência
crescente, devemos mostrar que:
 2n 

2n 2n1
n > N  S -  < an < S +  e portanto an  S <  pa
  2n (n  1)!  2n 1 n !  2n (n  1)n!  2n 2n!  n  1  2
n ! (n  1)!
Logo a sequência é monótona e limitada e, portanto é convergente.

Exemplo 3. 27 Para todo real com Prove que


A sequência é limitada, pois, ,
é monótona decrescente.
Como é limitada. Como é monótona decrescente e
limitada, então é convergente. Dessa forma, onde { }.
Temos que { } com real, . Portanto

3.6 Subsequências

Quando eliminamos um ou vários termos de uma dada sequência, obtemos o que se


chama uma subsequência da primeira. Por exemplo, a sequência dos números pares positivos
é uma subsequência da sequência dos números naturais. Também são subsequências da
sequência dos naturais: a sequência dos números ímpares positivos; a sequência dos números
primos; a sequência (an) sendo an = 5n + 17.

Definição 3. 6. Uma subsequência de uma dada sequência (an) é uma restrição dessa
sequência a um subconjunto do conjunto dos números naturais. Ou analogamente, uma

subsequência de (an) é uma sequência do tipo (bj) =  a  , onde (n ) é uma sequência


nj j

crescente de inteiros positivos, isto é, n1 < n2 , ....

Como consequência desta definição segue que, 1  n1, 2  n2, ..., e em geral, j  nj. Mas
como j < nj para algum j, a menos que a subsequência seja a própria sequência dada, esta

13
64 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

desigualdade permanecerá válida para todos os índices subseqüentes ao primeiro índice para o
qual ela ocorrer.

Exemplo 3. 28 Descreva os elementos das seguintes subsequências da sequência


n 1
(an) =  1 1   :
 n
 1 
(a2n) = 1   ;
 2n 
 1 
(a4n) = 1  
 4n 
 1 
(a2n - 1) =  1  
 2n  1 
 1 
(a4n - 1) =  1  
 4n  1 
2
 1 2 1
(an2) = 1   1   2
 n n n
Observe que as subsequências (a2n), (a4n) e (an2) convergem para 1 e as subsequências
(a2n - 1) e (a4n - 1) convergem para – 1.
Teorema 3. 3. Se uma sequência (an) converge para um limite L, então qualquer
subsequência (anj) de (an) também converge para L.
Demonstração: Como (an) converge para L então dado  > 0 existe um índice N() tal que n >
N implica an  L   . Como vimos na definição de subsequências, j  nj, de forma que j > N

significa que nj > N o que implica também que an j  L   .

Exemplo 3. 29 Verifique se a afirmação dada é falsa ou verdadeira.


1) Toda sequência limitada é convergente.
Falsa.
14) NaConsidere
página 66, na linha 19 fica:, ou seja, xn = (−1)n−1 2. . Vamos considerar duas
ou seja,
subsequências
15) Na página se 6étrocar
de 73, na linha ímpar menor
e se inferiores
das cotas é par. Como e
por maior das cotas
inferiores então segue do Teorema 3.3 é divergente. Porém limitada pela
constante
16) Na real 2. 75, na linha 5 (sn ) é minúsculo e não maiúsculo como esta
página

17) Na página 75, na linha 11 (sn ) é minúsculo e não maiúsculo como esta
2) Considere a sequência definida por . Esta sequência é divergente.
18) Na página
Verdadeiro. Vamos75, na linha
provar que (13 )(snnão
) é éminúsculo e não maiúsculo
limitada superiormente. como
Dessa esta
forma, segue da
proposição 3.2 que75, na linha
19) Na página é divergente.
17 e para padronizar (un ), e não {un }

20) Na página 76, na linha 1 e para padronizar (un ), e não {un } 14


1

� � ∞
1 2
21) Na página 79, na linha 1 e a série =
2n − 1 n=1 1
n=1 n−
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 65

( ) não é limitada superiormente, pois dado o real tome ⌊ ⌋= menor inteiro


Logo ⌊ ⌋= menor inteiro

Teorema 3. 4. (Teorema dos intervalos encaixados) Seja In = [an ,bn ], com n = 1, 2, ..., uma
família de intervalos fechados e encaixados, isto é, I1  I2  ...  In  .... Então existe pelo
menos um número c pertencendo a todos os intervalos In. Se, além das hipóteses feitas, o
comprimento I n = bn - an do n-ésimo intervalo tender a zero, então o número c será único,

isto é, I1  I2  ...  In  ... = {c}.


Demonstração: Como an e bn são os extremos dos intervalos In = [an ,bn ] fechados e
encaixados, temos que a1  a2  ... an  ... e b1  b2  ...  bn  ...ou seja, a sequência (an ) é
não decrescente e (bn ) é não crescente. Além disso, como a1  an  bn  b1 , temos que (an) é
limitada à direita por b1 e (bn ) é limitada à esquerda por a1. Assim (an ) e (bn ) são sequências
monótonas e limitadas e portanto convergem, digamos, para A e B respectivamente. Como an
< bn , temos que an  A  B  bn . Portanto [A, B]  In para todo n, o que significa que se A
< B, a interseção dos intervalos In é o próprio intervalo [A, B]; e se A = B, ou seja se bn - an
tende a zero, essa interseção é o número c = A = B.

Definição 3. 7. Diz-se que L é um valor de aderência ou ponto de aderência de uma


dada sequência (an ) se (an ) possui uma subsequência convergindo para L.

Quando a sequência não é limitada, seus elementos podem se espalhar por toda a reta,
distanciando-se uns dos outros, como acontece com as sequências an = n, an = 1 – n ou an =
(-1)n(2n+1). Em casos como esses não há pontos aderentes.
Se a sequência for limitada, estando seus elementos confinados a um intervalo [A,B],
eles são forçados a se acumularem em um ou mais “lugares” desse intervalo, o que resulta em
um ou mais pontos aderentes da sequência. Esse é o conteúdo do teorema de Bolzano-
Weierstrass, considerado a seguir.

Teorema 3. 5. (Teorema de Bolzano-Weierstrass) Toda sequência limitada (an) possui uma


subsequência convergente.
Demonstração: Seja (an) uma sequência limitada, portanto, contida num intervalo I, de
comprimento c. Dividindo esse intervalo ao meio, obtemos dois novos intervalos fechados de
mesmo comprimento c/2, um dos quais necessariamente conterá infinitos elementos da
15
66 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

sequência; seja I1 esse intervalo. Caso os dois intervalos contenham infinitos elementos da
sequência, escolhe-se um deles para ser I1. procedendo analogamente com o intervalo I1
obteremos um intervalo fechado I2 de comprimento c/22, que também contém infinitos
elementos da sequência. Continuando indefinidamente esse processo, obtemos uma sequência
de intervalos fechados e encaixados In, de comprimento c/2n, que tende a zero, cada um deles
contendo infinitos elementos da sequência an . Pelo teorema dos intervalos encaixados, existe
um número L que está contido em todos os intervalos In. Agora é só tomar um elemento an1 da
sequência (an) no intervalo I1, an2 da sequência (an) no intervalo I2, etc, tomando-os um após

 
outro de forma que n1 < n2 < ... . Assim obtemos uma subsequência an j convergindo para L.

De fato, dado qualquer  > 0, seja N tal que c/2N < , de sorte que Im  (L-, L+) para m > N.
Portanto, para j > N, nj será maior do que N (pois nj  j), logo, an j estará no intervalo (L-,

L+), o que prova que an j  L.

A demonstração do teorema de Bolzano-Weierstrass permite, eventualmente, duas escolhas


de intervalo em um ou mais estágios da divisão dos intervalos. Isto significa que pode haver
uma, duas ou mais subsequências convergentes, o que significa também que a sequência
original pode ter vários pontos aderentes.

3.7 Critério de Convergência de Cauchy

Sabemos, por um teorema demonstrado anteriormente, que toda sequência monótona e


limitada é convergente, ou seja, este teorema é um critério que nos permite saber se uma
sequência é convergente mesmo sem conhecer seu limite, desde que a sequência seja
monótona. O teorema a seguir oferece outro critério de convergência que pode ser aplicado a
qualquer sequência.

Teorema 3. 6. (Teorema de convergência de Cauchy) Uma condição necessária e suficiente


para que uma sequência (an) seja convergente é que, qualquer que seja  > 0, exista N tal que:
n, m > N  an  am   .

Demonstração: Para provar que a condição é necessária devemos provar que se (an) converge
para L, então para qualquer que seja  > 0, existe N tal que n, m > N  an  am   . De fato,

16
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 67


pela nossa hipótese, temos que dado  > 0, existe N tal que n > N e m > N  an  L  e
2

am  L  . Assim temos:
2
an  am   an  L    L  am   an  L  am  L   .
Para provar que a condição é suficiente, temos como hipótese que dado qualquer  > 0,
existe N tal que n, m > N  an  am   e queremos provar que existe L tal que an  L.

Vamos provar a existência desse L. Para tanto mostraremos primeiramente que a sequência
(an) é limitada, e portanto pelo teorema de Bolzano-Weierstrass possui uma subsequência
convergente para um certo número L que será o limite de (an).
Fazendo m = N+1 na nossa hipótese, teremos: n > N  aN+1 -  < an < aN+1 + , e
portanto a sequência é limitada a partir do índice m = N+1. No entanto a quantidade de termos
correspondentes aos N primeiros índices é finita, portanto limitados, ou seja, a sequência toda
é limitada pelo maior dos números: |aa1|,, ... , |a
aNn|,,|aaN+1 - Ɛ|, |a N 1+ Ɛ|.
N 1   , aN+1  . Assim pelo teorema de

Bolzano-Weierstrass (an) possui uma subsequência  a  que converge para um certo L.


nj

Fixando j suficientemente grande para que tenhamos simultaneamente an j  L <  e nj > N,

então, como:

an  L  a n   
 an j  an j  L  an  an j  an j  L , teremos que, n > N 

an  L  an  an j  an j  L     
2 como queríamos provar.

Exemplo 3. 30 Dados e tal que . Se , então existe , tal


que, .
Hipóteses: e
Tese: tal que
Como então para , existe | |
| | Para temos:
Portanto,

Exemplo 3. 31 Sejam e e . Se então


Hipóteses: ; e
Tese:

17
68 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Suponha por absurdo que Como e , então existe tal que,


. Temos que e Dessa forma, segue do exercício 1 que existe
tal que Analogamente, usando que e temos que
existe tal que , Agora, tome { } e observe que:
e ou seja o que é absurdo. Portanto
.

Exemplo 3. 32 Verifique se as afirmações abaixo são falsas ou verdadeiras. Justifique cada


uma delas.
a) Se e então

Falso. Basta tomar e Temos que e e .

b) Se e então
Verdadeiro. De fato, dado existem tais que
e
Seja { }. Então Dessa forma,
Portanto
c) | | | |
Verdadeiro. De fato, por hipótese, existe tal que
| |
Logo, || | | || | | | | | | Dessa forma,
|| | | || Portanto | | | |.

d) Dado tal que | | | | .


Falso. Basta tomar ou seja temos que é
divergente . Por outro lado, | | | | | | e| |

e) e é limitada, então .
Verdadeiro. De fato, por hipótese, é limitada, daí existe tal que | | para
todo Seja Então, por hipótese Dado existe tais

que | | Segue daí,

| | | | | || | () Portanto

f) A sequência é convergente.
18
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 69

Considere as seguintes subsequências

Logo,

Portanto é divergente.

g) A sequência

Verdadeiro. De fato, tome e no exercício3, item e) e observe

e é limitada. Portanto

h)
Por hipótese, existe , tal que | |
Observe que: | | | | Portanto

Por outro lado, suponha existe , tal que


| | Observe que: | | | | Portanto

Exemplo 3. 33 Seja uma sequência monótona decrescente, tal que


{ }. Prove que: se é limitada, então .
De fato, Hipótese: monótona decrescente limitada e { }
Tese:
Seja uma sequência monótona decrescente e limitada. Considere
{ e } { } com Provemos que
Sendo monótona decrescente, então
Dado temos que não é cota inferior de X, pois é a maior das cotas
inferiores de e para todo . Como não é cota inferior de X e
então segue da definição de ínfimo de um subconjunto dos reais, que existe
tal que
Como uma sequência monótona decrescente, então Dessa forma,
ou seja, Portanto

19
70 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Exemplo 3. 34 Seja uma sequência monótona não crescente e


{ }. Prove que se é limitada, então .
A resolução do exercício 5 é análoga a prova do exercício 4.

Exemplo 3. 35 Seja uma sequência monótona crescente e { }.


Prove que, Se é limitada, então
De fato, seja uma sequência monótona crescente e limitada. Considere
{ e } { }e . Para isso seja

Como não é cota superior e , então segue da definição de supremo de


subconjunto dos reais que existe tal que Como uma
sequência monótona crescente então Dessa forma,
Assim ou seja,
| | Portanto

Exemplo 3. 36 Seja uma sequência monótona não decrescente e


{ }. Se é limitada, então .
A resolução deste exemplo é é análoga a do exemplo anterior.

Exemplo 3. 37 Dado . Seja , ou seja,


. Prove que é convergente.
De fato, considere (I) e
(II). Fazendo (I) –(II), temos:

Dessa forma,

( ) pois

Exemplo 3. 38 Considere ou seja,

. Prove que .

De fato, fazendo no exercício 8, temos que e daí

Exemplo 3. 39 Prove que

20
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 71

Agora provemos que Agora


Para isso, vamos provar queprovemos que sequência
é uma Para
Agora provemos
ra provemos que que isso, Para isso, vamos provar queuma sequência
é uma sequência
Agora Para
monótona vamos
decrescente
provemos provar
que e limitadaque
e daí Paraé isso, monótona
, vamos provar que decrescente eDe
limitada
fato, e daí
é -uma sequência

nótona monótona decrescente


decrescente ee limitada
e limitadamonótona
daí e daí,
decrescente
,
ou seja,e daí
e limitada - , De -fato, De fato, - ou seja,
De fato,
Pois,oua função
ou seja, seja, logarítma na base é crescente. Dessa forma, Pois,é auma
função logarítma
sequência na base
monótona é crescen
ou seja,
Pois, logarítma
, a função a função logarítma énacrescente.
base éAgora,
na basedecrescente. crescente. Dessa que:
provemos forma, sequência
é uma, sequência monótona
decrescente. Agora,
- provemos
isto é, que:
Pois, a função Dessa forma,
logarítma na base é éuma monótona
crescente. Dessa forma, é uma sequência monótona
decrescente.
escente. Agora, provemos
Agora, provemos maiorque:
é a menor
que: das cotas , de
, inferiores - , isto- é, éisto é, das cotas inferiores de
a menor
decrescente. Agora, provemos que: - isto é,
menor édas
a menor das cotas de
cotas inferiores inferiores
(a) Claro de que é cota inferior de
é a menor das cotas inferiores de
, (a)
-. Claro que é cota inferior de ,
(a) Claro
Claro que queinferior
é cota é cota inferior
de(b) , deque que,é cota inferior-.
Provemos não é cota-.inferior de . (b) Provemos que não é cota infe
(a) Claro de , -.
(b) Provemos que nãoSe não é cotadeinferior de . Se Daí
Provemos que é cota
(b) inferior
Provemos que . não é cota inferior de .
Se ou seja, Daíe não Daí
é cota inferior de X. ou seja, e
Se Daí
ou seja, e não é cota inferior de X.
ou seja, Se , eentão,
nãooué cota
tome ⌊ ⌋de X. Assim,
seja,inferior e nãoparaé todo Se,de
cota inferior X. , então, tome
temos ⌊ ⌋ Assim

, Se , então, tome
então, tome ⌊ ⌋ Se ⌊ Assim,

, então,
Assim,
para todo para⌊ todo
tome ,⌋ ⌊temos

, temos
Assim, para todo , temos ⌊ ⌋

⌊ ⌋
⌊ ⌋
⌊ ⌋
Assim, para todo Portanto Assim, para todo Po
Assim,
im, para todo para todo Portanto Portanto
Assim, para todo Portanto
Exemplo 3. 40 Prove que Exemplo 3. 40 Prove que
Exemplo
mplo 3. 3. que
40 Prove 40 Prove que
De fato, vamos descrever De fato, Ou
vamos
sejadescrever uma forma equiva
Exemplo 3. 40 Prove que uma forma equivalente para
De fato,
fato, vamos vamos uma
descrever descrever
formauma forma equivalente
equivalente para para Ou seja Oupara
seja
De fato, vamos descrever uma formaObserve
equivalenteque: Ou seja Observe

( Observe
) Observe
que: que: ( )
( ) Observe
. Agora faça: que: ( ) . Agora faça:
( )
)
( ) ( . Agora
) . Agora
(faça:
) faça:
( ( ) e) . Provemos
. Agora faça: que é limitada e ( )e . Provemos que

)e( ) e . Provemos. Provemos


que que é limitada e
( Provemos ( que ) eé limitada
( e . )Provemos
De fato, que
a funçãoélog eProvemos
na base
limitada que e como (
é crescente ) De fato, a f

vemos Provemos
que que( ( fato,) aDe
) De
Provemos que
fato, log
função a função
então na
log nacrescente
( base ) éDe
base é ecrescente
como. log
( fato,) a função
e como
Dessa
na forma, ( e então
base é crescente ) é limitada. (
como )

então então ( ) ( . Dessa forma,(


.)Dessa forma, )) é limitada.
(limitada.
) é. Dessa
(
então
Segue do exercício 10 que ( ) Portanto, forma,
Segue do exercício
( ) éque
10 limitada. P
( )
( )
Segue do 10
ue do exercício exercício
que 10 que Portanto,
Portanto,10 ( )
Segue do exercício que Portanto,

21

21 21
21
72 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

3.8 Séries Numéricas


Vamos retornar ao exemplo dado na seção 3.2 que consiste em considerar uma
partícula A, em movimento, partindo de um ponto sobre uma reta de modo que a partícula
A descreva uma trajetória, no sentido horário do seguinte forma:
 Partindo do ponto a partícula descreve uma semicircunferência de raio e
centro ;

 A partir do ponto descreva uma semicircunferência de raio , cuja

extremidade recai no ponto , sobre a reta, que coincide com o ponto


 A partir do ponto , a partícula descreve uma semicircunferência de raio
= , cuja extremidade recai no ponto ;

A curva é obtida repetindo estes passos indefinidamente, sendo o raio da ésima

semicircunferência para As três primeiras etapas estão representadas

na figura ..., e para a compreensão da situação proposta, considere inicialmente, o caso em


que e

0 1/2 5/8 3/4

Queremos responder as seguintes questões:


 É possível determinar o comprimento da curva descrita pela partícula ?
 O comprimento da curva é finito?
 Como é calculado o comprimento da curva?

Observe que a partir desta aplicação, podemos construir a seguinte sequência de pontos:

22
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 73

Em geral,

Observe que a sequência de pontos para é obtida por meio da sequência:

. Por meio desta concepção, considere uma sequência:


(snn)}, adicionando os sucessivos
u1, u2, u3, ..., un. Agora, construiremos uma nova sequência {s
(unn)}, da seguinte forma:
elementos de {u
s1 = u1
s2 = u1 + u2
s3 = u1 + u2 + u3

sn = u1 + u2 + u3 + ... +un
(unn)} é chamada de série infinita.
A sequência {s(snn)} obtida dessa maneira da sequência {u

Definição 3. 8. (unn)} for uma sequência e sn = u1 + u2 + u3 + ... +un, então a


Se {u

(snn)} será chamada de série infinita, cuja notação:  un = u1 + u2 + u3 + ... +un
sequência {s
n 1

+ ...
Os números u1, u2, u3, ... un, ... são chamados de termos da série infinita. Os números s1, s2, s3,
..., sn, ... são chamados de somas parciais da série infinita.

(unn)}, onde un = 1
Exemplo 3. 41 Considere a sequência {u . Então:
2 n 1
1 1 1 1 1
{u(un n}) = 1, , , , , , n 1 , 
2 4 8 16 2
A partir dela, vamos formar uma sequência de somas parciais:
s1 = 1
1 3
s2 = 1 +  s2 =
2 2
1 1 7
s3 = 1 +   s3 =
2 4 4
1 1 1 15
s4 = 1 +    s4 =
2 4 8 8

1 1 1 1 1
sn = 1 +       n 1
2 4 8 16 2

23
74 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

(snn)} é a série infinita denotada por:


Essa sequência de somas parciais {s
 1 1 1 1 1 1
 n 1
 1       n 1  
n 1 2 2 4 8 16 2

Quando {s(snn)} é uma sequência de somas parciais, sn-1 = u1 + u2 + u3 + ... + un-1. Assim,
sn = sn-1 + un


Definição 3. 9. (snn)} a sequência das somas
Seja  un uma dada série infinita, e seja {s
n 1

parciais que definem a série. Então, se lim sn existir e for igual a S, dizemos que a série dada
n 

será convergente, sendo S a soma da série infinita dada. Se lim sn não existir, a série será
n 

divergente e não terá uma soma.

Exemplo 3. 42 Considere a série:


 1 1 1 1 1 1
 n 1
 1       n 1  
n 1 2 2 4 8 16 2
1 1 1 1 1
Então: sn = 1 +       n 1
2 4 8 16 2
Para determinar se esta série infinita tem uma soma, precisamos calcular lim sn . Para tanto,
n 

precisamos encontrar uma fórmula para sn. Mas,


1
1
1 1 1 1 1 2n
1      ...+ 1n-1 =
2 4 8 16 2n1 1
2
De fato:
(an – bn) = (a – b) (an-1 + an-2 b + an-3 b2 + … + a bn-2 +bn-1)
Para obter a soma acima tome a = 1 e b = ½

 1  1
Assim sn = 21  n  e lim sn = lim 2  2 lim n
2
 2  n  n  n  2

 1
Logo,  2
n 1 2 n 1

24
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 75

Como na maioria dos casos, não é possível obter uma expressão para sn em termos de n,
precisamos de outros métodos para determinar se uma dada série infinita tem uma soma ou,
equivalentemente, se uma dada série é convergente ou divergente.

Teorema 3. 7. Se é uma série convergente, então


Demonstração: Por hipótese, é uma série convergente. Logo é uma
subsequência de .
Como é convergente, então e onde .
Podemos escrever:
Dessa forma,
.
Portanto , ou seja,

Se lim an  0 , não é necessariamente verdadeiro que a série seja convergente. Um exemplo


 1
disso, é a chamada série harmônica, que veremos mais adiante:  .
n 1 n

 1 1 1 1
Definição 3. 10. A série  = 1        é chamada série harmônica.
n 1 n 2 3 n

Exemplo 3. 43 Prove que as seguintes séries são divergentes:


n 1
 n2  1 
a)  2
b)   1 3
n 1 n n 1

 n2  1
a) Neste caso e ou seja, Portanto  2
n 1 n

é divergente.
b) Neste caso e é divergente pois possui duas subsequências
 n 1

e . Portanto é divergente   1


n 1
3.


(snn)} a sequência das somas parciais de uma dada série convergente  un .
Teorema 3. 8. Seja {s
n 1

Então, para todo  > 0, existe um número N tal que se R > N e T > N então s R  sT < .
 
Teorema 3. 9. Se  a n e  bn são duas séries infinitas que diferem somente pelos seus m
n 1 n 1

primeiros termos (isto é, ak = bk se k > m, então ambas convergem ou ambas divergem.

25
76 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Demonstração: Basta observar que convergência ou divergência de uma série está relacionada
a convergência ou a divergência de uma sequência . Logo a demonstração segue diretamente
do conceito de sequências numéricas.

Teorema 3. 10. Seja c uma constante não-nula.


 
a) Se a série  un for convergente e sua soma for S, então a série  cu n
n 1 n 1

também será convergente e sua soma será cS.


 
b) Se a série  un for divergente, então a série  cu n também será divergente.
n 1 n 1

Demonstração: Basta observar que convergência ou divergência de uma série está relacionada
a convergência ou a divergência de uma sequência . Logo a demonstração segue diretamente
do conceito de sequências numéricas.


Definição 3. 11. A série:  ba
n 0
n
 b  ba  ba 2  ba 3  ...  ba n  ..., é chamada de

série geométrica de razão .

b
Teorema 3. 11. A série geométrica converge para a soma se a < 1 e a série
1 a
geométrica diverge se a > 1.
 
Demonstração: De fato, podemos escrever
 n 0n 0
 ba n
b a n .

1Seja as reduzidas da série  a , assim n
(I) e
n 0
(II). Fazendo (I) –(II), temos:
.

Dessa forma,

( )

Para a < 1, e daí ( ) e a
n 0
n
é convergente.

No caso em que a > 1 e daí a
n 0
n
é divergente. Segue do Teorema 3.10 que

1 b
para e a < 1: 
ba
n 0
n
b
1 a 1 a
.

Segue do Teorema 3.10 que Para | |  ba
n 0
n
é divergente.

26
2 2

1
segue do teoremas 3.10 e 3.11 que a convergência ou a divergência de n
n 1
implica na

EaD•UFMS SEQUÊNCIAS

1
E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 77
convergência ou na divergência de  .
n 1 2n  1
1
  1 1
1  1 .1 Dessa forma, a


1
Exemplo 3.
3. 44
45
Exemplo 3. 44 Podemos escrever a série 
Segue do Teorema 3.10 que a série 1 
2 
21n 2
 1 . Dessa forma,
 2n 
n 1  1 n 1 nn 2 nn 11 n
n
2 2

1
convergência ou a divergência de  implica na convergência ou na divergência de
1 n 1
segue do teoremas 3.10 e 3.11 que an convergência ou a divergência de  implica na
n 1 n

1
n 1 2n
. 
1
convergência ou na divergência de  .
n 1 2n  1

 
Teorema 3. 45
12.Segue SedoTeorema
a n e  bn3.10 são que
sériesa infinitas

1 1  1 com somas S e R,
convergentes
Exemplo 3. n 1 n 1

série    . Dessa forma, a
2n 2 n 1 n
n 1

respectivamente, então: 
1
convergência ou a divergência de  implica na convergência ou na divergência de
a)  a n  bn  é uma sérien 1 n
convergente e sua soma é S + R;
n 1

1

n 1 2n
. 
b)  a n  bn  é uma série convergente e sua soma é S – R.
n 1
14) Na página 66, na linha 19 fica: ou seja, xn = (−1)n−1 2
 
Teorema 3. 12. Se  a n e  bn são séries infinitas convergentes com somas S e R,
Demonstração:
15) Na página Basta
73,observar que6n 1
nan 1linha convergência ou divergência
trocar menor das cotasdeinferiores
uma série por
está relacionada
maior das cotas
a convergência
inferiores ou a divergência de uma sequência . Logo a demonstração segue diretamente
respectivamente,
do então: numéricas.
conceito de sequências

16) Na página an na
a) 75,  é uma
 bnlinha 5 (s n ) convergente
série é minúsculo e não
e sua somamaiúsculo
é S + R; como esta
n 1
 
17) Na página 75, na linha 11 (sn ) é minúsculo e não maiúsculo como esta
Teorema 3. 13.
b)  a Se ab série  asérie
 é uma n forconvergente
convergentee esua
a série
soma é Sbn– for
R. divergente, então a
n n n 1 n 1
n 1
18) Na
 página 75, na linha 13 (sn ) é minúsculo e não maiúsculo como esta
série  a n  bn  será divergente.
n 1
19) Na página
Demonstração: 75,observar
Basta na linha que17convergência
e para padronizar
ou divergência (un ),deeuma {unestá
nãosérie } relacionada
aDemonstração:
convergência Basta observar que
ou a divergência deconvergência
uma sequência ou .divergência de uma série
Logo a demonstração está diretamente
segue relacionada
ado
convergência
20) Na ou
página a divergência
conceito de sequências numéricas.
76, na linha de
1 uma
e sequência
para .
padronizarLogo (ua demonstração
n ), e não {u segue
n } diretamente
do conceito de sequências numéricas.

1 ∞ 1
� �
1 1 
2  1 
2 1 . Dessa forma,
Exemplo
Exemplo
21) Na
Exemplo
3. 45
3.
3.
Teorema 3. 13.
44 Podemos
página
46 79,
prove na
que
escrever
alinha
série
 a série
1 e a
harmônica
Se a série  a
série
é  
divergente:
n for convergente
2n 2n1 −
 =
e na11 série 
1  b2n n for 1
1 1divergente, então a
n 1
n 1
n=1 n n=1n 1 n − n 
De fato, suponha por absurdo que a série harmônica é convergente e seja 2 2 as reduzidas da
2

série  a1n  bn  será divergente. 1 1 1 1

1  1
série n
22)forma,
segue Nado
1 segue
páginado
teoremas Teorema
3.10
79, nae 3.13
3.11
linha
. Dessa forma, existe que
que
2 a
segue do s lim(1     ...  
convergência ou
Teorema
tal que  a divergência
3.13 que... de ) implica na
. Sejam
n 1 n 2 3 4 n
n 1 n n 1 n
Demonstração: Basta observar que convergência ou divergência de uma série está relacionada
23) Depois de corrigir o exemplo  3.44 e para coloca-lo logo apos ao teorema 3.13 com
1
a convergênciaouou naaobserve
divergênciadede uma sequência . Logo a demonstração segue diretamente
convergência
a numeração divergência  .
do conceito de sequências numéricas.n 1 2n  1dos exemplos ficara invertida;
3.45, que a ordem 27


1 1  1� 1 
Exemplo 3. 45 Segue
24) Na página do linha
80, na Teorema 3.10
2 não temquea virgula
Exemplo 3. 46 prove que a série harmônica é divergente:


a série entre  . Dessa
a série
2n 2 n 1 n
n 1 2n
e forma,
”e” a
n=1
De fato, suponha por absurdo que a série
 harmônica é convergente e seja
1 as reduzidas da
convergência
25) Na 
ou a divergência de 
página 80, na linha 4 não
1
tem o ponto final entre un + tn divergência
n 1 n
implica na convergência
1 1 1
ou na
1
e ”e”

1
de
série  . Dessa forma, existe tal que s lim(1�   �...   )  . Sejam

1 n 1 n �∞ 21 3 4
4 n n 1 n

26) Na
n 1 2n
. página 80, no exemplo 3.47 a série é
4n 3
+ n .
n=1 27

este exemplo passara a ter a numeração 3.49 e daı́ a solução dele sera:
Teorema 3. 12. Se  a n e  bn são séries infinitas convergentes com somas S e R,
n 1 n 1
�∞ � �
1 4
Segue dos exemplos
respectivamente, então: 3.47 e 3.48 e do teorema 3.13 que a série + n é
78 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

1
Como
Como
e
e  
1 é convergente, então segue do critério da
 nn((nn  1)
n2
é convergente, então segue do critério da

n2 1 1) 1 
1 
e as reduzidas
comparação que é  12 convergente. n 1
1
 das séries  2n ,  2n  1 , respectivamente. Como  n é
comparação que é  n 1 n 2
convergente. n 1 n 1

ca: ou seja, xn = (−1) 2 n 1 n−1 n


1 
1
convergente,
Exemplo 3. 48 Determine então  2 n
, se
e a série
2 n  1infinita
são convergentes
é convergente e daí
ou divergente: e . Temos que
car menor das Exemplo cotas3.inferiores
48 Determine n 1 por se maiorna1série das infinitacotasé convergente ou divergente:
  1 1 



n 1 
 1 pois
4 n 4nn .

1 . ) é subsequência de Por outro lado,

) é minúsculo n 1 e n 4maiúsculo
 4não  
1 1  1 1 s
e u como  esta     s . Logo,  Podemos escrever:
 a 2nlinha  2 n19 1 n fica:2 ou seja, 2  a 2 n  bn  poderá ou não ser
Se ambas n e  bn forem divergentes,
14) Naaspágina séries 
66, n na xn a=série(−1)n−1 
1 a n  bn  poderá ou não ser
 1
Se ambas
n ) é minúsculo e não as séries n1 acomo
maiúsculo n e n esta
1 bn forem divergentes, a série n
n 1 n 1
 1   1das1 cotas   1
n 1
1   maior das cotas
15) Na página (u   t ) 73, limna  unlinha
 tn  6lim trocar
1 1 menor 1     ...  
inferiores 2  por  2
n 2 será divergente.
) é convergente.
minúsculo e não Por exemplo, se an = 1 e bn =2 1 ,então
maiúsculo como esta 2 3 an + bn 2=n 21 e 2 
convergente. Por exemplo, se an = n e bn = n , então an + bn = n e n1 n será divergente.
inferiores
n

 1 n 1 1n 1  n n 1 n
para padronizarComo 16)(unNa ),epáginalim {u
1não u75,
n n tna
} n1  linha lim  5 (sen )  1  ...éconvergente,
é minúsculo e não maiúsculo  0. como
então segue esta do critério da
Mas se an = 1 e bn =  1 , então1.2 an + b3.4 nn =2 n 0(5.6ne  1) (2nconvergente.
 0 será  1)2n 
Mas se an = n e bn =  n , então an + bn = 0 e n1 0 será convergente.
ara padronizar 17) (un ), n {u75,
Nae página
não n }1 na n linha 11 (sn ) é minúsculo n 1 e não maiúsculo como esta
comparação que é  2 convergente.
1 n 75, 1 n
18) Na∞ página na linha 13 (sn ) é minúsculo e não 1 maiúsculo como esta
�∞
Logo
1 � absurdo,
2 pois Portanto a série  é divergente.
Exemplo = 3. 48 Determine se a série infinita é convergente n 1 n divergente:
Na página1 75, na linha 17 e 1para padronizar (uou
série  {u }
2n − 19)
1 n ),1 e não  1 1
  
n
n=1 Exemplon=1 −
3. 49n Considere a série 1 e observe que 1  1 1 . Desta forma, tome

Exemplo  1 3. 1 4749
 Considere 2 a série  4n e observe que 11 44enn não
 n 1 4 n
. Desta forma, tome
 20) Nan página
4n 4que...
n 1  3.13
.

76, na linha 1nn e11 4para n padronizar (unnn ), 1 4nn
n {u }
ue do Teorema 1 1  1

c  1 e un  1 . Portanto
c ambas e un3.as 47 Portanto
.prove  

1 diverge.
 
diverge.1 ∞
1
Exemplo
Se
3.44 e para coloca-lo 4
4 Nalogo
nséries
n apos79,  quea a e
n
aon teorema  1 4
série

1 n41n n
n b forem
3.13 .
2 com
é �
divergentes,

convergente: 1 a série �  a  bn  poderá ou não ser
21) página n 1 nan linha n11 en a série = n 1 2n
dem dos exemplos ficara invertida; 
1 2n − 1  n=1  1
 e4 4 n− 1

Como  4n  éque  4n  
convergente, então
42 1n .segue 2 doforma, critério da
n=1
Exemplo 3. 48 50 Considere a série 
1 1 e observe1 1

2 Desta  tome
1
Exemplo
convergente.
De fato, podemos 3. 50 Por Considere
exemplo,
� escrever

1
a sesérie
a n = n 0 n  2

0n 3
3 1 e
 n e
b 2n n = (
observen
n
. 1)
, que
então
Agora a 
vamos
n + 3
n 0 n
n 0 3
b n = 
trabalhar
n 1
n n
4 e3 n
1 3 n 1 n
. Desta
com será
a forma,
 tome
divergente.
série 2
.
o tem a virgula 22)
entre Naapáginasérie  
79, 1 na linha
e ”e”n 1 n2n2segue n do 2 n Teorema 3.13 que... n2 n

11n e 
comparação que é  12n convergente.  4  3
c  n 12
1 3 3 . Portanto 

Observe 4 , u 

ebn,corrigir
=com n = 3 04en epara ,4 
4ou 03 6. convergente.
seja
n=1
Mas
c  423) , auDepois
se nn =
n
 3n ede n  1
3n , então
n
2
o .exemplo an + b3.44
Portanto    2 será
6.
coloca-lo logo apos ao teorema 3.13 com
3n n  0
n 0 3
n 2 n  0
n 0 3
n n 1 2
o tem o ponto a final entre 3.45,
numeração un + observe tn e ”e”que a ordem dos exemplos ficara invertida;
Exemplo 3. 49 48 Determine se a série infinita 4 1é convergente ou divergente:
 a série  ( 3n  n  1) e observe que segue do
Exemplo � 3. 51 Considere
� a série 
( 4  1 ) e observe que segue do ∞ exemplo anterior que
Exemplo
�∞
 1 1 3. 1 51 4 Considere 1  � exemplo
1 anterior que
 . 80,
n 0 n
47 a série é Provemos24) Naque + . na série
n página na linha 2né0não 3 tem
convergente. n a1 virgula De fato, entrefazendoa série e ”e”
n1  4n4n 4 3 n  2 n( n   1) 2n
 4 1 1  1 1  11  diverge,

1n=1 1
   
n=1 
4  6. Além disso, 
 n
1  1 . Como a série então seguetome do
Exemplo

n e0 3
n  6.3. Além
daí, 49 Consideredisso, a série
 11 4n
n não e observe
. Comoque
1 n o ponto final entre
a série   
n 1 nu +
diverge, . Desta entãoforma,
segue do
1 na nn  bnn poderá ou não ser
meração 3.49Se n  0 ambas
e 3 n
25)
daı́ Na
a as séries 
página
solução 80,
dele 
an e 
na
sera: linhan 0b
n 0
nn 
4 forem
1 n 1divergentes,
ntem
n a série n
n 1 4 n n 1 4 n
t e ”e”
n 1 n 1 n 1

1 
1 ∞ �

Teorema 1 3.14 
1que a série�  . ( 14 4n1diverge.
1 �
11 4) é divergente. ∞ � �
e do teorema
c 
Teorema
n 226) n
convergente.
4
e
(
3.13 n u
 n
Naque1)
3.14 .
que
página
nPor
Portanto
ma 80, no
( m
série
exemplo,
ma1 série  1)  (
0 43n
n exemplo
 n 3.47
1 3an =n  1ne bn =
n se
n + ) é divergente.1
� 1
1 aésérie, éentão an + b+n =n . e  2 será divergente.
4 2 

n 0 4n n3 n n=1
4n 3 n n 1 n
n=1
Podemos escrever 
4 4 1 4 1 4
 Portanto,
 
  
Exemplo 3. 5052 Considere aasérie
sériea numeração ( 4en observe 1n )3.49
 e observe que 4.n Desta
 6. Além disso,
Exemplo
Exemplo
Mas este
se a n
3.
3.
exemplo
=
1 Considere
52 Considere
e b passara
n = 
1 a
, aentãosériea
ter n +
n 3 0bn(n3=
n 0 2 e n
) 0e seráque
observe
e daı́  a nque  
convergente.
3

solução 4
n
dele
30 n
sera: forma,
n3  6. Além disso,
tome

e1 não n3.14;

1 n1  n  0 3 2 n 0 n 1 3
 
n 0 n 1 n 0
ha e teorema 3.13   . ∞ � �
1
m ( m  1)  m ( m  1)  
4 1 � 1 4
1 1 3 4 3
c 24Segue 
 
n 1  1n, u2.∞ Então, 
e segue do 
Teorema 3.12 que ( 4n 6. 1 ) que
 3.13 6  2asérie 8.
dos 
exemplos  3.47 e 3.48
e do teorema + é
 m 1
. Portanto  4
Teorema 3.15,

n 0 n
n 0 2 Seja
 2.n� Então,
3 n
an e
segue

n

 0 3
bn
n do Teorema 3.12
2 n  0
que
3 n n 0 3
(  2nn )  6  2  8.
n  02 3n
2 n=1
4n 3n
divergente.
 4
11  1 ) e1observe
n=1 n=1 
1 segue 1 1exemplo anterior que
 1 que
 
Exemplo 3. 51
50 Considere a série ( do
Exemplo
Seja27) Naaspágina 3. 49 Considere
reduzidas 80,da a
nasérie série
ultima  nm
linha
 0( m
 e
34n 1)enteorema
n

observe
1  m 3.13 que

(m n1)
 
e não . 
Temos
3.14;
4n n 1 4 n
que . Desta forma, tome e
 n 1 n 1 m 1 1 
∞ ∞ 29

41 1 1

1 
 1
� 1 � 29
   série an ediverge,
2 
 Na6. Além páginadisso, 5 noTeorema . Como 1 aconvergente. bn então segue do
c 328)
n 0 4
n e un  ( . Portanto
n
82, )na linha

n 1 4n
n  1 n
diverge.
Portanto
1 n
3.15, é Seja
n 1 n
n 1 m( m  1)
 n 0 n=1 n=1

4 1 4 4 1

 
Teorema 3.14
3.13 que a série ( n ) ée divergente. 28
Exemplo 3. 50 Considere a série
n 0 3
n 
n 0 3
1n
observe que 
n  0 3n
 
n 1
4 n . Desta forma, tome
3
2
1 3

4 41 3 
4
1
 que  n  6. Além disso,
 
Exemplo
c  4 , un 3. 52n Considere
e  n a .série ( n  e observe
)4
3 3 2
Portanto
n 0

n 0 3 3 2 n
n
2
6.
n 0
n 0 3

 
n 0


4 
1 
1 
1
3
n 0
n
 6. Além disso,
n 0n 1
 n  1   n. Como a série n
n 1
diverge, então segue do

EaD•UFMS 
4 SEQUÊNCIAS
1 E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 79
Teorema 3.14 que a série  (3
n 0
n

n 1
) é divergente.


4 1 
4
Exemplo 3.
Exemplo 3.51
52 Considere a série (
n 0
 ) e observe que
3n 2n
3
n 0
n
 6. Além disso,
Exercícios Propostos:

1 
4 1

Para
n 0 2
n
os
 exercícios
2. Então, abaixo,
segue do encontre
Teorema os quatro
3.12 que 
primeiros
( n  nelementos
n 0 3 2
)  6  2 da
8. sequência de somas
parciais {sn }, e obtenha uma fórmula para sn em termos de n. Determine também se a série
Exercícios Propostos:ou divergente, se for convergente, encontre a sua soma:
infinita é convergente
Para os exercícios
1 abaixo,
 encontre5 os quatro primeiros elementos da sequência de somas
1)  2)  29
n 1 2n{sn
parciais ) 
(sn1 },2en  1
obtenha 1 3nfórmula
numa  13n para
2  sn em termos de n. Determine também se a série
infinita é convergente ou divergente, se for convergente, encontre a sua soma:
 2 2
3)  4)  n 1
1 4n  34n  1
1 1 5 5

1) n 2) n
n 1 2n  12n  1 n 1 3n  13n  2 
 2 n 1
5)  n 2  2
3) n1 3 4)  n 1
n 1 4n  34n  1 n 1 5

 2 n 1
5)  nn  2n  1
6) n1 3 7) 
n 1 n  1 n 1 3n  2

n


8)  1   1
n
 
9)   
2
n1 n  2n n  11  3 
6)  7) 
n 1n  1 2 n 13n  2
3n 2
10)  2 11)  n 1
n 1 n  1 n 1 3 
n


8)  1  n11
n
 9)   
2
n 1 3 
n 1 3
12)   1 13)  cos  n
n
1
3 n 2 2 n  2 n 1
10)   11)  n 1
14) n n 2 1n
1 sen n 1 3
n 1
n 1
 3 
12)   1 13)  cos  n
n 1 2n n 1

14)  sen  n
n 1

3.9 Critérios de Convergências de Séries Numéricas

Teorema 3. 14. Uma série infinita de termos positivos será convergente se e somente se
sua sequência de somas parciais tiver um limitante superior.
Demonstração: Para uma série infinita de termos positivos, a sequência das somas parciais
Teorema
tem 3. 14. inferior
um limitante Umadesérie infinita
0. Se de termos
a sequência das positivos será convergente
somas parciais se eum
também tiver somente se
limitante
sua sequência
superior, entãodeela
somas
será parciais
limitada.tiver um disso,
Além limitante superior. das somas parciais de uma série
a sequência
Demonstração: Para positivos
infinita de termos uma série éinfinita de termos
crescente. Comopositivos, a sequência
uma sequência das somas
monótona parciaisé
limitada
tem um limitante
convergente, inferior
segue, então,dedo0.Teorema,
Se a sequência das somasdas
que a sequência parciais
somastambém
parciaistiver um limitante
é convergente e,
superior, aentão
portanto, série ela será élimitada.
infinita Além disso, a sequência das somas parciais de uma série
convergente.
infinita de termos positivos é crescente. Como uma sequência monótona limitada é
convergente, segue, então, do Teorema, que a sequência das somas parciais é convergente30
e,
portanto, a série infinita é convergente.
� 1
ágina 80, na linha 2 não tem a virgula entre a série e ”e”
n=1
2n

ágina 80, na linha 4 não tem o ponto final entre un + tn e ”e”


80 INTRODUÇÃO
�∞ A
� ANÁLISE
� REAL
1 4 EaD•UFMS
ágina 80, no exemplo 3.47 a série é + .
n=1
4n 3n

mplo passara aVamos supor agora,


ter a numeração 3.49que
e daı́uma série infinita
a solução dele sera:de termos positivos seja convergente. Então, a
∞ � �
sequência das somas parciais também será � convergente.
1 4 Como uma sequência monótona
s exemplos 3.47 e 3.48 e do teorema 3.13 que a série + n é
4n 3
convergente é limitada, segue do Teorema que a sequência das somas parciais será limitada, e
n=1

assim sendo, terá um limitante superior.


ágina 80, na ultima linha e teorema 3.13 e não 3.14;


� ∞


Teorema
ágina 82, na linha 3. 15. 3.15,
5 no Teorema Sejam
Seja  ban ee  bbn
n 1
n
n 1
n séries de termos não negativos. Se existem
n=1 n=1

e tais que e temos e Então:.


2  
a) Se b
n 1
n for convergente, então a
n 1
n será convergente.

 
b) Se  an for uma série divergente, então
n 1
b
n 1
n será divergente.

Demonstração: a) De fato, sem perda de generalidade vamos supor


 
Sejam e as reduzidas das séries  an e
n 1
b ,
n 1
n respectivamente. Podemos

escrever e Dessa forma, sendo então e


são sequências monótonas crescentes.

Temos que assim é limitada, pois por hipótese é



convergente. Sendo monótona e limitada, então é convergente e daí a
n 1
n é

convergente.


b) Como a
n 1
n é divergente por hipótese e é crescente, então ) é ilimitada. Temos

que e é ilimitada, então e ilimitada, logo divergente.

Exemplo: Use o teste da comparação e verifique se a série 

é convergente ou divergente. De fato, temos



1
, para Vimos que 2
n 0
n
que é convergente, então segue

do teste da comparação que a série é convergente.

31
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 81

 
Teorema 3. 16. Seja b
n 1
n uma série de termos positivos com tal que b
n 1
n é

convergente. Considere um sequência de números reais positivos. Se a sequência ( )



for um sequência limitada, então a série  an é convergente.
n 1

Demonstração: De fato, ( ) limitada. Logo existe tal que | |


Como então | | Ou seja, existe tal que 0<

Como, por hipótese, b n 1
n é convergente, então segue do critério da comparação que

a
n 1
n é convergente.

3.10 Séries Alternadas

Consideraremos agora, séries infinitas constando tanto de termos negativos como positivos.
Discutiremos primeiramente um tipo de série cujos termos são alternadamente positivos e
negativos – as chamadas séries alternadas.

Definição 3. 12. Se an > 0 para todo n inteiro positivo, então a série:



  1 an = a1 – a2 + a3 – a4 + ... + (-1) an + ...
n 1 n+1
e a série:
n 1

  1 an = - a1 + a2 - a3 + a4 - ... + (-1) an + ..., são chamadas de séries alternadas.
n n
n 1

Exemplo 3.
3. 52
53 A série dada descreve um exemplo de uma série alternada.


1 1 1 1 n 1 1
  1  1        1
n 1
 .
n 1 n 2 3 4 n

O próximo teorema fornece um teste de convergência para uma série alternada. Ele é
chamado de teste de séries alternadas; também é conhecido com teste de Leibniz, pois foi
formulado por ele em 1705.

32
82 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS


(Critério de Leibniz) Considere a série alternada   1 an ou a série
n 1
Teorema 3. 17.
n 1


alternada   1 an , onde an > 0 e an + 1 < an para todo n inteiro positivo. Se lim an  0 , a
n

n 1 n 

série alternada converge.

Demonstração: Caso o leitor queira ver e entender a demonstração do Critério de Leibniz


veja Lima (2004)

3.11 Convergência Absoluta, Testes da Raiz e da Razão

Se todos os termos de uma série infinita forem substituídos pelos seus valores absolutos e a
série resultante for convergente, então dizemos que a série dada é absolutamente convergente.


Definição 3. 13. Dizemos que a série infinita  un será absolutamente convergente se a
n 1


série  un for convergente.
n 1

Exemplo 3. 53
54 Considere a série:
 2 2 2 2 2 n 1 2
  1   2  3  4     1
n 1
n
 (1)
n 1 3 3 3 3 3 3n
Essa série será absolutamente convergente se a série:
 2 2 2 2 2 2
 n
  2  3  4  n  for convergente.
n 1 3 3 3 3 3 3
1
Como se trata de uma série geométrica com r   1 , ela será convergente. Logo a série
3
(1) é absolutamente convergente.

 
Teorema 3. 18. Se a série infinita  an for absolutamente convergente, então
n 1
a
n 1
n e

será convergente. .

Demonstração: De fato, vamos definir { e{

33
convergente, então  , e  são convergentes e daí e . Temos que
pois 1 2n
) énsubsequência n1 2n  de1 Por outro lado,
1 1
convergente, então   , e   são convergentes e daí e . Temos que
pois ) én subsequência
2 n 1 n 1 12n de11 1 Porsoutro lado,
e u  
1
   s . Logo, Podemos escrever:
n1  21n 2 1 n1 n1 2
1 2s
SEQUÊNCIAS . ELogo,
SÉRIES
lado, DE NÚMEROS escrever: 83
REAIS

pois e) ué subsequência de  sPor outro
EaD•UFMS   
2n 2 n1 n 2 1 2  1 1 
Podemos
 n 1 
1 1  s     ...   1  1 
(u 
et )u lim  u1n  tn1 lim
 1
  s 2  . Logo,
2n 2 n 1 n 2 1 2  1 1 
2 3 2
 1 n  Podemos
1 2 n
  escrever:
1 
(u 

 t ) lim  un 
n 1
tn  lim 1        ...    
 1 1 21  2 3  1  2n  1 2n  
 lim  un  tn|
Observe que:  |lim{    1  ...1 .1    1 0. 1  
(u  t ) lim  un  tn 1.2
1lim 3.4

1 1  5.6 
1    (2n1...  n 
1)2   
Dessa forma,
 porlimdefinição,
 un  tn lim    2   ...2  3   2 n0.1 2n  
1.2 3.4 5.6 (2n  1)2n 
 1 1 1 1 
 lim  un  tn  lim    |... |  1   0.
Logo absurdo, pois 1.2 3.4 Portanto5.6 a|série | (2n  1)2é ndivergente.

 n1 n
1
Como
Logo absurdo,
| |, pois é  | ana| série
| | Portanto 
convergente, então segue do critério da
é divergente.
n 1 n1 n
1
Logo absurdo,

pois  Portanto a série  é divergente.
comparação que  pn e  qn são convergentes. Note nque 1 n Assim,
n 1 n 1

1
Exemplo 3. 47 prove que a série
 a


 

)  pn   qn1e n
( pn qn   2
. é convergente:
an é convergente, como queríamos demonstrar.
n 1
Exemplo
n 1 n 13. 47 prove
 nque
1 a série
n 1

1 n
n1
n .1 é convergente:
2 
1 
1
De fato, podemos escrever  2  1 1   2 . Agora vamos trabalhar com a série  2 .
Exemplo
Exemplo 3. 54 55
47 Utilize
prove que o teorema
a sérien1 
3.19
n1 2para mostrar
. é nconvergente:
2 n1
que a série abaixo é convergente: n 2 n
1
De fato, podemos escrever  n 21 n 1   2 . Agora vamos trabalhar com a série  2 .

1 n n 2 n , ou seja 2 n
Observe cos n , com  n 1 
1 1
n
1
  

De fato,
 3
podemos escrever  1  . Agora vamos trabalhar com a série .
2 2 2
Observe
n 1 n 2 , com
 n 1 n n 2 n , ou seja n2 n

1 1
Observe cos n1  cos n , ou seja 
, com
De fato, temos  
Provemos que a série 3 é convergente.
3 De1fato, fazendo 1 
1
n
2 2
n
n ( n  
1 n11) 2
n n De
  2
 
n fato,n fazendo
1 n
2
. Como n 1 n
2
é convergente,
Provemos que
e daí,

a série n 1
  2 n( n  1)
n
é convergente. 1

1
1
Provemos que a série é convergente. De fato, 1 fazendo
e daí, 1  cos n

n ( n  1)

então n(segue

n1 1) domcritério
1 m( m
n  2 .
da comparação que
 1)  3 é absolutamente convergente e,
 n2
e daí, 1 n 2


Observe
portanto
que: 
n(n convergente.m 1 m( m  1)
 1) escrever
| .| { n 1
.
 Podemos
n 2
1 1 Portanto,
Dessa forma, por definição,

Podemos

n(n  1) mescrever
 1 m( m  1)
.
Portanto,
 n 2
1 1 1 

Podemos
 1  m (m  1) 
m(m1 1) mescrever
 . | |
Portanto,
 n1   1 1  | |

Teorema  3. 19.  (Teste da .Razão) Seja
m(m  1) m 1  m (m  1) 
para todo . Se existe tal que

Como
n 1 

| |    
1 |
1 |, 1 
.
| | é  | a n | convergente, então segue do critério da
m(m  1) m 1 m (m 1)   1
n 1 
1 1 
 n 1
Seja as reduzidas da série      . Temos que e
comparação que  pn e  qn nsão mconvergentes.
(m1 1) m1  m Note ( mque
 1)  Assim,
1 
1 
a1n é absolutamente
(em particular,
Seja | n 1 | da série
as reduzidas 
n 1 ). Então a série   . Temosconvergente.
que e
     n 1 m(m  1) mn111 m (m  1) 
 

 a  ( ) da
( preduzidas
n qn  
)pnsérie qn e 
Portanto 1   1 é convergente.
an é convergente, 1 como queríamos demonstrar.

Seja
n 1
n
Demonstração: n 1
as
Por
 hipótese,
n 1 n 1
 
ne1existe
n 
m(m  1) m 1  m (m  1) |
1 m( m
1 
 1) 
tal que
. Temos que
| Dessa forma,
e
( 
) Portanto 
n 1
é convergente.
n1 m( m  1) 28
Exemplo 3. 55 Utilize o teorema 3.18 3.19 para mostrar 1 que a série abaixo é convergente:
( ) Portanto  | | |
é convergente. | | |
1 | | n 1 m( m  1) 28
cos n  | |

 3 | | | |
28
Fazendo 2 e Temos que é monótona
n 1 n
1 | 1 |
decrescente e limitada.  cos Como n (  cos )né limitada
3 3

1 e  1é convergente 
1
então
De fato, temos    n2    . Como  é convergente,
segue do teorema  3.16n 1 que n 2 | | né 1convergente. n 1 n2 n 1 n2 n 1 n
2


Portanto a n é absolutamente convergente.

1
cos n
n 1
3
então segue do critério da comparação que 
n 1 n2
é absolutamente convergente e,

portanto convergente.
34

Teorema 3. 19. (Teste da Razão) Seja para todo . Se existe tal que
1
cos n
3
então segue do critério da comparação que 
n 1 n2
é absolutamente convergente e,

portanto convergente.
84 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Teorema 3. 19. (Teste da Razão) Seja para todo . Se existe tal que

| |

(em particular, | | ). Então a série a
n 1
n é absolutamente convergente.

Demonstração: Por hipótese, e existe tal que | | Dessa forma,

| | | | | |
| |
| |
| | | |
Fazendo e Temos que é monótona
| |
decrescente e limitada. Como ( ) é limitada e é convergente então

Teorema
segue do teorema que | an| uma
3. 20. 3.16Seja série infinita para a qual
é convergente. é não nulo. Então:
n 1
 
Teorema
Portanto 3.a20.
n é absolutamente
Sejaan 1 anconvergente.
uma série infinita para a qual é não nulo. Então:
n 1 1) lim
n  an 
 L  1 , a série dada é absolutamente convergente.
n 1

Teorema 3. 20. an 1 an uma série infinita para a qual


Seja é não nulo. Então:
1) lim an 1 n1 L  1 , a série dada é absolutamente convergente. a
2) Sen an L  1 ou em particular se lim n 1  L  1 34 ou
an an
an 1 n 
1) lim an 1a  L  1 , a série dada é absolutamente convergente. a
2) Se n an 1n L  1 ou em particular se lim n 1  L  1 ou
lim an   , então série dada é divergente.
a
n  an
n 
a n a
2) Se an 1 L  1 ou em particular se lim n 1  L  1 ou
ann 1a   , então série dada é divergente. an
lim n 
3) Se n lim a n
n 1
an
 1 , nenhuma conclusão quanto à convergência pode ser tirada
n 
an 1
lim   , então série dada é divergente.
an an 1  1 , nenhuma conclusão quanto à convergência pode ser tirada
3) do
Sen lim
teste.
n  an
an 1
3) do lim
Se teste.
n  an
 1 , nenhuma conclusão quanto à convergência pode ser tirada
Demonstração: 1) É um caso particular do teorema 3.9;
2)do Se teste. então | | então| | | | para todo Dessa
Demonstração:
forma | | é 1) É um caso
monótona particular| do|.teorema
crescente 3.9;
Se | 3.19;| é limitada então | | onde
{| | 2) Se } . Portanto,
então | neste | caso, |
então| | | | e daí
| segue
para todo do teorema que
Dessa

Demonstração: | é 1) É um Caso caso particular. | do|.| teorema 3.9;

forma monótona
| an | |é divergente. crescente
contrário, Se| é |ilimitada
| é limitada
então então
| | |é divergente.
| ondeDessa
n 1 {| | 2) }Se . Portanto, então neste
| | caso, então|
| | | | e daí | para
seguetododo teoremaDessa
que
 
forma
 | an | 
forma, |a é| émonótona
|é |divergente.
n
crescente
divergente.
Caso | |.| Se| é |ilimitada
contrário, | é limitada
então então ondeDessa
| | |é divergente.
|
n 1 {| n|1 } . Portanto, neste caso, | | e daí segue do teorema que
 
 | an | é |divergente.
forma,
n 1
Caso contrário, |
an | é divergente. | é ilimitada então | | é divergente. Dessa
n 1

forma,  | an | é divergente. 
1
3) A série
n 1
harmônica é divergente n
n 1
e | | | |

1 
1
3) Aoutro
Por sérielado, 
harmônica
n 1 n
2
é édivergente 
convergente e |e | | | | | | |
n 1 n

1 é divergente

1
Por outro lado,  2 é convergente
3) A série harmônica  e |e | | || | | |
n
n 1 n n 1

1
Por outro lado,  2 é convergente e | | | |
n 1 nque a série:
Exemplo 3. 56 prove
n
n 1

1
Por outro lado, n
n 1
2
é convergente e | | | |

EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 85

Exemplo 3. 56 prove que a série:


Como ( ) então segue do critério da razão que 

é convergente. Fazendo
Como Como
( ) ( ) então segue
∑ do critério
então segue do dacritério
razão que
da razão
 que 
e . Temos
é convergente. ∑ ∑
Como ( ) então segue do critério da razão que 
é convergente.
Como é(convergente.
) então segue do critério da razão que 
Exercício: Determine se a série é convergente
∑ou divergente: 35
n 1 n

éExercício:
convergente.  1 Determine
Determine
Exercício: se2an série éseconvergente

ou divergente:
a série é convergente ou divergente:
n 1

n
 n1 nn
 
é convergente.  1n 1  n 1
n 1 2n 1 2
Exercício: Determine se a série é convergente ou divergente:
 1n n  2 é convergente. Em seguida, verifique se ela é

Exercício: Mostre que a
n série 
nn  1ou  divergente:

  1 se an série né1convergente
n 1
Exercício: Determine
absolutamenten1convergente 2 ou condicionalmente convergente:
n n2 n n2
 
Exercício:Exercício: n sérieque    
Mostre
  1
que 1 a
n Mostre
 a 1
série   1 é convergente.
nnn1  1 nn  1
Em seguida,
é convergente. Emverifique
seguida, se ela é se ela é
verifique
n 1 2n n 1

absolutamente convergente
absolutamente ou condicionalmente
convergente convergente:
ou condicionalmente convergente:
 n  2
Exercício: Mostre que a série   1n é convergente. Em seguida, verifique se ela é
Teorema 3. 21. (Critérionda 1
raiz)nnSeja 1 uma sequencia tal que √| | ,
n n2
Exercício: Mostre que a série   1
absolutamente convergente ou condicionalmente convergente:
é convergente. Em seguida, verifique se ela é
para todo e para algum n 1 nn particular
, (em  1 √| | ). Então a série é é
Teorema Teorema
3. 21.convergente
absolutamente (Critério
3. 21. da raiz) da
(Critério
ou condicionalmente Sejaraiz)convergente:
uma sequencia
Seja tal que √tal
uma sequencia | que
| √| ,| ,
absolutamente convergente.
para todo para todoe para algum e para algum , (em particular √| |
, (em particular √| |). Então a ).série é a série
Então éé é
Demonstração: Por hipótese, existe tal que √| | Dessa forma,
absolutamente
Teorema 3. 21.convergente.
absolutamente convergente.
(Critério da raiz) Seja uma sequencia tal que √| | ,
Demonstração: Por hipótese,
todo Demonstração: √| |), (em
(hipótese,
Por existe tal que √|tal | ||que
| | √| | Dessa forma,
para
Teorema 3. 21. e para algum
(Critério da raiz)existe
particular
Seja √
uma sequencia ).talEntão Dessa
que a√ | | éforma, é,
série
é convergente então segue do teorema 3.16 que | | é convergente.
absolutamente
para todo convergente.
e para algum

( √| |), (em
( √|particular
|) | √|| | | | ). Então a série é é
Portanto  an convergente.
Demonstração:
absolutamente Por
é convergente
n 1
hipótese, existe
éé absolutamente
convergente convergente.
então segue tal
doque
então √|do
.critério
teorema
segue 3.16
da | Dessa
| comparação
que 3.16
teorema forma,
é convergente.
|que | | é convergente.
Demonstração:  Por hipótese,
 existe | tal que √| | Dessa forma,
Portanto  
an é absolutamente
Portanto ( √|convergente.
)
an é absolutamente . | |.
convergente.
n 1 n 1
é convergente então segue do teorema 3.16 que | | é convergente.
( √| |) | |
Teorema 3. 22. (Critério da raiz)
é convergente
an é absolutamente então segue do teorema 3.16 que | | é convergente.
Portanto  convergente. .
Seja 
Teorema ann3.
1uma série infinita para a qual u é diferente de zero. Então:
22.
Teorema (Critério (Critério
3. 22. da raiz) nda raiz)
Portanto  an é absolutamente convergente. .
n 1

1) n 1 
Se lim n | an | L  1 , a série dada é absolutamente convergente.
Seja  anSeja uma série infinita
an numa para a qual un éa diferente
 série infinita para qual un é de zero. Então:
diferente de zero. Então:
n 1 n 1
Teorema 3. 22. (Critério da raiz)
2)
1)

Se
1) limn 
annlim
n |a
Se | LLn1|1aou
n 
,n a|seLlim
série
n 
1 ,na asérie
dada   , a série
é absolutamente
n dada dada é divergente.
convergente.
é absolutamente convergente.
Seja 
Teorema an3.uma
22. série infinita
(Critério parada raiz)un é diferente de zero. Então:
a qual
n 13)
 2) Se
2) lim
lim Senn lim
nn aa  1L ,  n  Llim
nenhuma
n 1aou n a
se conclusão
 1 ou n lim
se quanto à convergência
 ,naasérie pode ser tirada
dada é divergente.
n   , a série dada é divergente.
Seja 1)an uma série Se liminfinita
 n | a para
nn
n |
 n L a qual
1 , a u n é
série ndiferente
dada
 é dezero. Então:
absolutamente
n convergente.
n 1 n 
do teste. 3) 3) lim nn |Se
Se an lim 1 , nenhuma conclusãoconclusão
n a  1 , nenhuma quanto à convergência
quanto pode ser tirada
à convergência pode ser tirada
1)
2)
Se lim
Se lim
n 
n 
n
an |nL  1n, a série dada
a n  L  1 ou se lim n a
é absolutamente
n   , a série
convergente.
dada é divergente.
n  n 
do teste. do teste. 36
2) Se limn an  L  1 ou se lim n an   , a série dada é divergente.
n
3) Se lim
n 
a n  1 , nenhuma conclusão
n 
quanto à convergência pode ser tirada
32) Na32)
página 86, na 86,
Na página linha
na18 e para
linha 18 etirar
parao tirar
sı́mbolo |an | entre
o sı́mbolo |an |as palavras
entre cresente.
as palavras cresente.
Se Se

33) 86
Na33) INTRODUÇÃO
página
Na 87, na 87,
página A
naANÁLISE
linha 18
linha 18REAL
e para ecorrigir então segue
para corrigir então do critério
segue da comparação
do critério da comparação
EaD•UFMS
em vezemde vez
teorema 3.16 3.16
de teorema

34) Na34)
página 88, apartir
Na página da linha
88, apartir da1linha
e para
1 ecorrigir:
para corrigir:
Demonstração: 1) Segue diretamente do teorema 3.16; 3.20)2) Se e √| |
� �
35)| Segue com diretamento
|35) diretamento
Segue doDessa forma,
teorema
do 3.16; 2)3.16;
teorema 1,| cepara
Se c2)>| Se >∀n1,todo
∈eN∀n |a
n n com
∈ nN| > c⇔
|a n| >....c ⇔ assim
com.... com

Demonstração:
n �
∞ 1) Segue diretamente do teorema 3.20) Se
∞ e √ | |

c > 1. |cComo
n 1
| c |.
>| 1. Como

|cn | é divergente,
com |cn | éDessa forma,
pois
divergente,c> 1, centão
pois | | para
> 1, segue
então do todo
critério
segue com
da comparação
do critério assim que
que
da comparação
 n=1 n=1  

� ∞ | c n |.
Logo,
� segue do critério da comparação  | an | é divergente. Portanto a n é divergente.
|an |n é1 divergente.
|an | é divergente. n 1 n 1
 

| a a
n=1
Logo,
n=1
segue do critério da comparação n | é divergente. Portanto n é divergente.
n 1 n 1
37) Na37)
página 88, acima
Na página do exemplo
88, acima  3.58 escrever:
do exemplo
1 3.58
 Exercı́cios
1 escrever: Resolvidos
Exercı́cios Resolvidos
3) A série harmônica é divergente
n 1 n 1 n
n bem
 e  2
a série servem como exemplos, que o teste
38) Na38) página 90, na 90,
Na página penultima linha
na penultima bem
linhano finalnoe final
para etirar
parao tirar
sinalodesinal
= que está
de = que está
da raiz não é conclusivo, neste caso.

1 
1
→ e →é edivergente  n e  n 2 a série servem como exemplos, que o teste
3) A série 1
harmônica 1
entre os sı́mbolos
entre os sı́mbolos
3 3 n 1 n 1
da raiz não é conclusivo, neste caso.
39) Na39)
página 90, na 90,
Na página ultima linha elinha
na ultima para ecolocar Segue do
para colocar critério
Segue da razão
do critério da que
razão que

40) Na40)
página 91, linha
Na página 91,10 e para
linha 10 emudar para Segue
para mudar para do critério
Segue da razão
do critério da que
razão que
Exemplo 3. 57 Verifique se a série dada, a seguir é absolutamente convergente
41) Na41)
página 91, linha
Na página
n
91,18 e para
linha 18 emudar para Segue
para mudar para do critério
Segue da razão
do critério da que
razão que

 n2  3
3. 57. Verifique se a série dada, a seguir é absolutamente convergente

Exemplo
Capı́tulo 2
4e5 4e5
n 1  4n  7  n
Capı́tulo

 n2  3 
41) Na41) 2 Na 
página . linha
96,
página 96,4linha
e para
4 eeliminar o nexemplo
para2 eliminar 4.4, pois
o exemplo 4.4,esta
poisrepetido, a partira partir
esta repetido,
n 1  4n  7   n 3  n2  3 1
Segue do Teste
dai a numeração da do
raizexemplos
do exemplos
dai a numeração queirao
: lim 
mudar
n
irao mudar   lim   1 , logo esta série converge
 2  2
 4 n  7  n n  4 n  7 4
n

42)Segue
Na42)
página 96,dalinha 6linha
e para  n 2  a3 numeração
 n 2 do
3 exemplo
1
doNa página
Teste 96,que
raiz : 6 emudar
lim 
n para  a
mudar limnumeração  do esteesta
 1 ,exemplo
logo passara
este a ser a ser
sériepassara
converge
absolutamente.  2  2 4
o exemplo 4.4
o exemplo 4.4 n 
 4 n  7  n   4 n  7

nn
absolutamente.
43)Exercícios
Exemplo
Na43) Resolvidos
3.
página
Na 58
96,Verifique
linha
página 96,11see apara
linha série dada,
paraamudar
11 emudar aseguir éaabsolutamente
numeração convergente
do exemplo
numeração do este passara
exemplo ; a ser
a ser
este passara
n 1
313n

o exemplo 4.5
o exemplo 4.5 
nn
Exemplo
Segue 3. 58 Verifiquedose a série dada, a seguir
Testeé absolutamente convergente
da 3
n 1
;
1 3n Raiz:

Segue nn n n n 3 

lim n 13n  lim 13n
dolim 1 3n
 lim3 1 Teste o
  da
 1. Logo, a Raiz:é
série
n 3 n n  n 3 . 27 27
nn 3 n
n 3n n
n 3 n n 33  
lim n
13n
 lim  lim  lim 1  o     1. Logo, a série é
divergente.
n 3 n 13n n 1  3n n 3 . 27 27
3
3 n 3n n 3n  3
divergente.
10 
1
Exemplo 3. 59 Prove que
n 0 9
 10
. n


1 10
Exemplo 3. 59 Prove
De fato, considere (I) que 
n  0 10
n
 .
9 Multiplicando (I) por temos: (II)

De fato, considere (I) Assim, fazendoMultiplicando


(I)-(II) obtemos:
(I) por temos: (II)
Ou seja, Assim, fazendo (I)-(II) obtemos:

Ou seja, ( )

Portanto, ( )

Portanto,
37

37
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 87

* +


1
Exemplo 3. 60 Prove que  n(n  1)  1.
n 1

De fato, fazendo , podemos determinar constantes tais que

Assim, Dessa forma,

.

1  1 
 n(n  1)  lim S
n 1
n  lim 1   1.
 n 1 

Exemplo 3. 61 Mostre que a série dada é convergente:

∑( )

De fato, temos que

Assim:

∑( ) ∑ ∑

38
88 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Exemplo 3. 62 Podemos escrever


. Prove que

onde, Podemos escrever:

( )

Pois,


1 1 1 1 1
Exemplo 3. 63 Prove que a série n   1pp + ... diverge se a constante p
 p  p  ... +
n 1
p p
1 2 3 nn
1 .
Se p = 1, a série em questão é a série harmônica a qual diverge. E se p < 1, então n p  n;
1 1
assim, p
 para todo n inteiro positivo. Logo pelo teste da comparação, a série p é
n n
divergente se p < 1.

Exemplo 3. 64 Prove que a série

é são absolutamente convergente


De fato,
Temos que

| | ( ) ( ) →

Portanto segue do critério da comparação


razão que que

39
EaD•UFMS SEQUÊNCIAS E SÉRIES DE NÚMEROS REAIS 89

é convergente.
Exemplo 3. 65 Prove que a série

é absolutamente convergente.
De fato,
Temos que

| | ( ) ( )

Portanto segue do critério da comparação


razão que que

é absolutamente convergente.

Exemplo 3. 66 Prove que a série

é absolutamente convergente.
De fato, temos que

( )
| | ( ) ( )

Portanto segue do critério da comparação


razão que que

é absolutamente convergente.

40
CAPÍTULO IV

TOPOLOGIA DA RETA
CAPÍTULO IV

TOPOLOGIA DA RETA

4.1 Introdução

A topologia se preocupa com grandes generalidades, por exemplo, a noção de limite de uma
função, as propriedades de funções contínuas e dos conjuntos onde estas funções são
definidas e tomam valores. Para que tenha sentido este tipo de investigação, é necessário
estabelecer um ambiente adequado, tal ambiente de investigação destes objetos, é definido
por espaço topológico. Os espaços topológicos são estruturas onde fazem sentido questionar
características sobre as funções, como por exemplo, o limite e a continuidade destas funções.
O espaço topológico que frequentemente trabalhamos nos ensino médio e de graduação em
áreas exatas é o conjunto dos números reais.

4.2 Conjuntos Abertos

Definição 4. 1. Dizemos que é ponto interior ao conjunto se somente se,


existe tal que ( ) . O conjunto dos pontos interiores a chama-se
interior do conjunto e denotamos por ( ) * é ponto interior+

Definição 4. 2. Dizemos que um conjunto é aberto em , se somente se,


( ) .

Exemplo 4. 1 Seja . /. Para todo é ponto interior a , tome

Observe que ( ) Para todo , é ponto interior a

Exemplo 4. 2 Seja . /. Temos que não é ponto interior de , pois para todo

o intervalo . / não esta contido . /


94 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Exemplo 4. 3 Seja . /. Para todo é ponto interior a , tome

Exemplo 4.Observe
3 Seja que .( /. Para todo
) Para todo é ponto interior a
, é ponto , tome
interior a
) ⋃ Portanto é o ponto interior a ⋃ e é
to. Portanto . Observe
/ que( .( /) Como) Para
nãotodo
é ponto interior,, então
é ponto interior
(. a
/)

Portanto
. . caso,
/ Neste / ( .. Como em
//)é aberto não é ponto interior, então (. /)

mplo 4. 8 Seja
. Considere
/ Neste . . / / é/aberto. Fazendo
emtodo { no Teorema, temos
Exemplo 4. 4 caso, . é aberto
para .
é aberto, Observe que ⋃ ( )e é aberto.
Exemplo 4. 4 . / é aberto para todo .

mplo 4. 9 Seja Considere


Exemplo
Exemplo 4.45 Seja (
4. 0 ) / . Fazendo { no Teorema, temos

é aberto, Exemplo 4. Observe


5 Seja que /⋃ a( ) e é aberto.
, não é ponto0 interior 0 /. Pois , temos que . /

0 , não é ponto
/ Analogamente interior aanterior,
o exemplo /. Pois
0 temos para todo , temos queé .ponto interior
/ a

0 Analogamente
/Portanto . /o exemplo
(0 anterior,
/) Como temos para todo
não é ponto éinterior
ponto interior
,entãoa

nição 4. 3. Dizemos
Portanto que. um ponto
/ (0 é aderente
/) Como a um conjuntonão é , ponto
quando interior ,então
(0 /) . / Neste caso, 0 / não é aberto em
imite de alguma sequência de pontos . Ou seja,
(0 /) . / Neste caso, 0 / não é aberto em
é ponto aderente a ;( ) e .
Exemplo
Exemplo 4.
4.56 Sejam Prove que ( ) é aberto em
De fato, 4.para
Exemplo todo
6 Sejam (
Prove ) tome (0 ) é aberto *| || |+ Temos que
mplo 4. 10 Seja Para todo temos quequeé ponto aderente a . em
ato, tome) ( (De )) todo
(⋃), ( para
) fato, ( ( é o) )ponto
e Portanto. Portanto 0))
((interior
étome
ponto aAléma⋃
aderente disso,
*|. ( e| | é ) ( que
|+ Temos )
o. (Desta forma, )( (( ()) Portanto
) Portanto ) ((( ))) Além )) e( (
(( disso, ) é aberto.) ( )
Exemplo
Exemplo
Desta 4.67 ( .Segue
4.
forma,
mplo 4. 11 Considere ) ./ diretamente))do
é abertoexemplo
para
Portanto
((/Provemos ( 4.5 )e
quetodo ((
é ponto )) e ( ao
aderente ) é aberto.
mplo 4. 8 SejaTeorema
Considere . / . Fazendoabertos
{ emno Teorema, temos
unto . Exemplo 4. 71. a) Se . e / ésão conjuntos
aberto para todo , então a interseção, é um

ato,é aberto,
tome Teorema 4.Observe
conjunto aberto Seque
1. a)em
Observe . e ⋃são conjuntos
que ( ) e. Logo
abertos éemaberto.
, então
. a /interseção, é um
b) Se( ) . é uma família qualquer de conjuntos abertos em então
Além disso, conjunto aberto
Portanto em
é ponto aderente a .
mplo 4. 9 Seja Considere b) Se( ⋃( ) )éé um umaconjunto aberto {emde conjuntos
. Fazendo
família qualquer . no Teorema,
abertostemos
em então
mplo 4. 12 Considere ( ) . Prove que e são pontos aderente a Basta
Demonstração: Suponha
⋃ que que é um e sãoaberto
abertoseme seja Temos que:
é aberto, Observe ⋃ conjunto
( ) e é.aberto.
ar . Observe que ( ) ee e
Demonstração: Suponha que são abertos e seja Temos que:
mesma forma, provamosComo que é ponto deé aderência de existeconsiderandotala que
sequência
ee aberto, então ( ) .
em Analogamente
Como é aberto,
e é então
aberto,existe
então existe tal que tal( que ( ) .) Agora,.
considere
Analogamente +. Logo,
é* aberto, (
então existe ) tal quee (( ) ) Ou seja,
. Agora,
nição 4. 3. Dizemos que um ponto é aderente a um conjunto , quando
nição 4. 4. (considere ) fecho de* um
Chama-se e +.conjunto
éLogo,
ponto (interior a ) ̅ Portanto
ao conjunto eformado
( pelos )é aberto Ou
em seja,
mite de alguma sequência de pontos . Ou seja,
os aderentes (de e denotamos
) por ̅ e* é ointerior
é ponto ponto aderente
a a Portanto
+. é aberto em
é ponto aderente a ;( ) e .
b) Seja ⋃ Temos que ⋃ , para algum
Como
mplo 4. 13 Para todo
b) Seja e prove
⋃é aberto, então ̅que
que Temos existe tal
⋃ que
( , para Mas,
) algum
mplo 4. 10 Seja Para todo temos que é ponto aderente a . 2
Como . ( )e é aberto,
, considere e . Logo,
então existe ̅ tal que ( ) Mas,
to, tome ( ) ( ), ( ) e . Portanto é ponto aderente a .
2
3
EaD•UFMS TOPOLOGIA DA RETA 95

( ) ⋃ Portanto é o ponto interior a ⋃ e é


aberto.

Exemplo 4.
4.78 Seja Considere . / . Fazendo { no Teorema, temos

que é aberto, Observe que ⋃ ( )e é aberto.

Exemplo 4.
4.89 Seja Considere ( ) . Fazendo { no Teorema, temos

que é aberto, Observe que ⋃ ( ) e é aberto.

4.3 Conjuntos Fechados


Definição 4. 3. Dizemos que um ponto é aderente a um conjunto , quando
é limite de alguma sequência de pontos . Ou seja,
é ponto aderente a ;( ) e .

4.910 Seja
Exemplo 4. Para todo temos que é ponto aderente a .
De fato, tome ( ) ( ), ( ) e . Portanto é ponto aderente a .

Exemplo 4.10
4. 11 Considere . / Provemos que e é ponto aderente ao

conjunto .

De fato, tome Observe que . Logo . /

Além disso, Portanto é ponto aderente a .


Exemplo 4.11
4. 12 Considere A =([-1,1] ) . Prove que e são pontos aderente a Basta

tomar . Observe que ( ) e

Da mesma forma, provamos que é ponto de aderência de considerando a sequência

em

Definição 4. 4. Chama-se fecho de um conjunto ao conjunto ̅ formado pelos


pontos aderentes de e denotamos por ̅ * é o ponto aderente a +.

Exemplo 4.12
4. 13 Para todo prove que ̅
, considere . ( ) e . Logo, ̅

3
96 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Exemplo
Exemplo4.13
4. 14 Considere ( ). Calcule o fecho
Exemplo
Temos que4. 14eConsidere̅ ou seja,
( ). Calcule
são pontos oaderente
fecho a Além disso, para todo
Temos ̅ ou seja, são pontos
que é eponto aderente
temos que Basta tomar ( aderente
) ( ),a ( )Além disso,
e para
. todo
Portanto
temos
Exemplo
, 4.que ̅é Como
ponto aderente
- 14 Considere (( Basta
)). ̅tomar
Calcule ( )̅
o fecho
Então ( e), ( é fechado
) e é fechado
. em
Portanto
, que- e ̅ Como̅ ou (seja, )são pontos
Temos
̅ Então ̅
aderente e Além
a do é fechado
disso, épara
fechado
todoem
Exemplo
Exemplo 4.14
4. 15 Considere . / Calcule o fecho conjunto
Exemplo
temos que é4.ponto
15 Considere
aderente Basta
. tomar
/ Calcule
( ) o fecho e
( ), (do )conjunto . Portanto
Para todo temos que é ponto aderente a .
, Para
- todo̅ Como temos ( ) ̅ Então ̅ .e é fechado é fechado em
De fato, tome ( ) ( que ), ( é) pontoe aderente. a Portanto é ponto aderente a e
De fato,
Exemplo tome ( ) ( ),.( )/ Calcule
̅4. 15Observe
Considere . Portanto
e̅ o fecho é ponto aderente a
do conjunto e
que , mas . Desta forma, ̅ 0 /.
Para todo ̅ Observe que
temos que é, ponto ̅ . Desta
mas aderente a . forma, ̅ 0 /.
De fato,
Exemplotome ( ) ( ), ( ) e . Portanto é ponto
̅ ̅aderente a e
Exemplo4.154. 16 Para todo Prove que:
̅SejaObserve
Exemplo 4. 16 Para
̅ .que
Como ̅ .Prove
todo, mas̅ , então ( )que:
Desta ̅ 0 ̅ /.. ̅Por hipótese,
forma,com , então
Seja ̅ . Como ̅ , então ( )
concluímos que ( ) Desta forma, ( ) com e . .Portanto
Por hipótese,
̅ , então
concluímos que (todo) Desta forma, e ̅ ̅ . Portanto ̅
Exemplo 4. 16 Para Prove que:( )
̅ . Como
SejaProposição ̅ , então é(aderente
4. 1 Um ponto ) acom
um conjunto. Por hipótese, , temos que:
, então
Proposição
concluímos que (4. 1)(Um ponto é aderente
Desta)forma, ( ) a um e conjunto
. Portanto ̅ , temos que:

Demonstração:( )
Demonstração:
Proposição 4. 1(Um) ponto é aderente a um conjunto , temos que:
(Hipotése:
( ) é)ponto aderente a
Demonstração:Hipotése:
Tese: é ponto
temosaderente
que a( )
( ) Tese:
Seja taltemos
que queé ponto(aderente. Segue
) da definição que é ponto aderente
a Seja
( ) é ponto
Hipotése: que . é ponto
e tal aderente a aderente. Segue da definição que é ponto aderente
a Tese: ( ) e
temos que . ( /; (∀n > n )⇒| | x - a || < Ɛ )
0 n

Seja∀n > n0 ⇒
tal|que
xn - a |é<ponto ∀n /> n0 ⇒Segue
Ɛ ⇔ aderente. - Ɛ |<da | Ɛ que é ponto aderente
xn -definição
a< /(
∀n > n0 ⇒ - Ɛ + a < xn < Ɛ + a ⇔ ∀n > n0 ⇒ xn ∈ (a - Ɛ, a + Ɛ) /(
a ).( ) e .
). Como e/ ( | ),| então ( )
(Como
)Hip.: ( e xn∈( ) ), então ( /)(
). é ponto aderente( a
( )Hip.:
Tese: )
Tese:
Por
Como é ponto
hipótese aderente
dado e a( ( )
), então ( )
Por hipótese
Assim
( )Hip.: seja dado ( ( ( ) ) )
Assim
Tese:Dado seja aderente a(
é ponto )
. / assim, seja . /
Dado dado
Por hipótese . ( / assim,
) seja . /
Em geral, dado . / assim, seja,
Assim seja ( )
Em geral, dado . / assim, seja,
. /.
Dado . / assim, seja . /
. /.
Em geral, dado . / assim, seja, 4
4
. /.

4
EaD•UFMS TOPOLOGIA DA RETA 97

Logo, Logo, e e ou seja, e


ou seja, e- a

e
Portanto Portanto .e .

Corolário:Corolário:
Um pontoUm ponto
é aderenteéao conjunto
aderente ao conjunto, intervalo,, intervalo,
com , tem-se , tem-se
com
. .

Definição Definição
4. 5. 4.Seja
5. Seja é fechado em se, eem
é fechado somente,
se, e se ̅
somente, se ̅

Exemplo
Exemplo 4.16
4. 17 Considere
Exemplo 4. 17 Considere
. / Calcule
. /o fecho dooconjunto
Calcule fecho do conjunto

Para todo Para todo


temos que temos
é ponto
que aderente
é pontoa aderente
. a .
De fato, tome
De fato, ( (), ( ) ) ( ), e(
( )tome ) . ePortanto. Portanto
é ponto aderente
é pontoa aderente
e a e
̅ ̅ que
Observe Observe ,que
mas , ̅mas ̅ . Desta̅ forma,
. Desta forma, 0 /̅ e 0 não/ ée fechado
não éem
fechado em

Exemplo
Exemplo 4.17
4. 18 Considere
Exemplo 4. 18 Considere
0 0 Calcule
0 0o fecho dooconjunto
Calcule fecho do conjunto

Para todo Para todo


temos que temos
é ponto
que aderente
é pontoa aderente
. a .
De fato, tome
De fato, ( (), ( ) ) ( ), e(
( )tome ) . ePortanto. Portanto
é ponto aderente
é pontoa aderente
e a e
̅ Desta forma, ̅ forma,
̅ Desta 0 /̅ 0 Portanto,
/ ̅ e
Portanto, ̅ e em
é fechado é fechado em
Exemplo
Exemplo 4.18
4. 19 Considere
Exemplo 4. 19 Considere Calcule ̅ Calcule ̅
De fato, segue da definição
De fato, ̅ . Por outro
segue da definição ̅ . lado,
Por outro lado,
( ( ) ) ̅ ̅ ̅ ̅
Portanto, Portanto, ̅ . Daí, concluímos que ̅
̅ . Daí, concluímos que ̅

Exemplo
Exemplo 4.19
4. 20
Exemplo 4.
, 20 ) não
, é fechado.
) não é fechado.
De fato, observe que
De fato, observe que
, - ,̅ e - ̅ ̅ Desta
e ̅ Desta não
forma, é fechado
forma, não em
é fechado em

Teorema 4. 2. Um conjunto
Teorema 4. 2. Um conjunto
é fechado é fechadoé aberto. é aberto.
( )Hipótese: é fechado é fechado
( )Hipótese:
Tese: é aberto é aberto
Tese:
é fechado é fechado̅ ̅ ̅ . Queremos
̅ . Queremos
provar queprovar que
é aberto, é aberto,
ou seja, ou( seja, ) ( )
(i) Sempre(i)
é Sempre
valido é valido
( ) ( ). .

5 5
98 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

(ii) Agora provemos que ( ). Seja ̅ . Logo


̅
̅ não é ponto aderente a 0 /( )
Como e ( ) então ( ) .
Portanto ( ).
Segue de (i) e (ii) que ( ) e é aberto.
( ) Hipótese: é aberto
Tese: ̅
(i) Sempre vale ̅.
(ii) Provemos que ̅ . Para isso, seja ̅ , queremos provar que .
Suponha por absurdo que . Logo,

Como e é aberto, então é ponto interior de . Segue da


definição, que existe tal que ( ) . Logo, ( ) e
̅ , o que é absurdo. Portanto e̅ . Segue de (i) e (ii) que ̅ e é fechado
em .

Corolário: Um conjunto é aberto em é fechado em .

Corolário: a) Se e são conjuntos fechados em , então a interseção, ⋃ é um


conjunto fechado .
b) Se( ) é uma família qualquer de conjuntos fechados em então
é um conjunto fechado em .
Este corolário é uma aplicação direta do teorema combinado com as das Leis de Morgan [37].
[].

Exemplo 4.
4.20
21 Considere Prove que é fechado em .
De fato, já vimos que é aberto em Como e é aberto em então
segue do Teorema que é fechado em
Como conseqüência do corolário e do exemplo, temos que é fechado em Desta forma,
os subconjuntos a saber, e são fechados e abertos ao mesmo tempo.

4.21
Exemplo 4. 22 Prove que todo conjunto finito * + é fechado em .
De fato, suponha . Observe que:
( ) ( ) ( )

6
EaD•UFMS TOPOLOGIA DA RETA 99

Como Como Como( )(((


(Como ) )()(( ) )()(( ( ) )) ),( ((são ),abertos,
),),sãosãoabertos,
são aberto
aberto
então
((( ) )()) (( ( ) )) ), ), sãoabertos,
),sãosão
( ((são ),abertos, abertos,
então
abertos, Como
Como então
( então
então ( (( )(( () )()( )))( ()( )( () ()) ) ) )( ((( ) ),))),ésão
são abertos,
aberto. éaberto.
abertos,aberto.
é éaberto. Portanto,
* ( ( * ** ) )+ é fechado
então
então
Portanto,
Portanto, Portanto, éem
fe
+ é++éfech
fec
rto.
mo éé aberto.
aberto.
Portanto,
é (aberto. Portanto,
)* ( ** + )é( (fechado
) Portanto,
Portanto,
(* ééem
fechado
(+ )é++)fechado em
. (emem
), (são
fechado ).) ..
abertos, entãoé éaberto.
aberto.
( Portanto,
Portanto,
) ** + +é éfechado
fechadoemem . .

) é aberto. Portanto, * Exemplo


+ é fechado Exemplo
emExemplo
Exemplo 4.23
4.4.23
4.. 23 Considere 23 Considere
Considere
Considere
o conjunto oconjunto
conjunto
o oconjunto
dos dosdos
dos
números números
números
números
inteiros inteiros Prove que
inteiros
inteiros Pro
P
conjunto
dos dos
números
conjunto
onjunto dosdos números
inteiros
números
números inteirosExemplo
Exemplo
inteiros
inteiros 4.
Prove 4.22
que Prove
4.23 que é fechado
23Considere
Considere
éque
Prove
Prove fechado
que ééem
fechado
ofechado
. ememdos
oconjunto
conjunto
em . . .números
dos númerosinteiros
inteiros Proveque
Prove que é éfechado
fechado
em
Considere o conjunto dos números em . inteiros
. De fato,
Prove queDeDe
De
vamosfato,
fato,
éfato, vamos
vamos
vamos
definir
fechado definir
definir
a definir
seguinte aseguinte
seguinte
a aseguinte
família família
família
defamília de
dede conjuntos
conjuntos
conjuntosconjuntos fechados
fechados
fechados fechados
em em em
em
que sãoque
q
uinte família
liafamília
uinte
te defamília de
conjuntos
dede conjuntos
fechados
conjuntos
conjuntos fechados
em Deque
De
fechados
fechados em
fato,
fato,
em em vamos
são que
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queque são
definira aseguinte
definir
são são seguinte
*família *+*de
+família
* de +conjuntos
+ * ** fechados
*+conjuntos + *++
fechados em ** que
+ *em *++são
+que são+ * ** + ++ * +* **Em +ger
++E
* ** +a* ++seguinte
definir +* **família
+ ++ *de conjuntos
+* **Em
* *+ fechados
++geral,Em
++EmEm geral,
*em
*geral, * * * + + +* ** * *+ ++ + e+
+ + que são
geral, e* e+e* Segue
* * *+*+ do Segue
+ Em
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Segue do
exemplo do
Emgeral,
geral,
do exemplo
exemplo
exemplo anterior
anterior
anterior anterior
que queque
que
* * +** do
Segue Segue
++ Segue do
exemplo
Segue do*do exemplo
anterior
exemplo
exemplo anterior
que
anterior
+ anterior
* que *que
*
+que + +e * e* +ee+e esão +*** são
*+++são
Em* conjuntos
geral, +são conjuntos
Segue
Segue
conjuntos
conjuntos
fechados fechados
dodoexemplo
exemplo
fechados
fechados
em em em que
anterior
anterior
em
Logo, Logo,
que
Logo,
Logo, e e e e ee * *+ + s
Logo, e e * + eSegue
Logo,
Logo, ee são
dosão conjuntos
conjuntos
exemplo são
fechados
sãofechados
conjuntos
anterior sãosão
que em conjuntos
em
conjuntos
conjuntos
abertos Logo,
Logo, abertos
abertos
de abertos de
dede Podemos
* +Podemos
e Podemos Podemos
escrever escrever ⋃
e e escrever
escrever ⋃⋃ ⋃são
.são . Logo,
conjuntos
Logo, Logo,
conjuntos
. .Logo, é abertoé eméaa
éabe
ver ⋃ em ⋃ ⋃
rver
echados .⋃ .. Logo,
Logo,
Logo,. Logo,
Logo, éabertos
abertos éde
e de
aberto eméé aberto
aberto
Podemos
aberto . emem . escrever
Podemos .. Portanto,
Portanto,
em Portanto,são conjuntos
escrever
Portanto, ⋃⋃ . .Logo,
Logo, é éaberto
abertoem
em . Portanto,
. Portanto,
éfechado.
fechado.
é éfechado.
é fechado.
odemos escrever ⋃ . Logo,
é éfechado.
fechado. é aberto em Exemplo
. Portanto,4.2424 Considere ̅ ̅̅
Calcule
̅Calcule
Exemplo Exemplo
Exemplo 4.4.24
4. 24 Considere Considere
Considere CalculeCalcule
Calcule
̅Calcule
̅̅̅ Exemplo4.4.2424Considere
Considere Calcule̅̅
CalculeCalcule Exemplo Calcule
Considere Calcule ̅ Exemplo Exemplo
Exemplo
Exemplo
4. 25 Em 4.
4.4.25
2525
Em
geral,Em
Em geral,
ageral,
geral, ainterseção
interseção
a ainterseção
interseção de umade de
de uma
uma
uma
família família
família
família qualquer
qualquer
qualquer qualquer
de deconj
dede
conjuntos co
con
a
nterseção de uma
de umadefamília
nterseção
erseção de uma
uma família
qualquer
família
família qualquer deconjuntos
Exemplo
de Exemplo
conjuntos
qualquer
qualquer dede conjuntos
4.234.
2525Em
Em
4.conjuntos
abertos abertos
geral,anão
geral,
em
abertos
abertos em em
ainterseção
em não
gera não
interseção
não
um degera
de
gera
geraumum
uma
uma
um subconjunto
família
família
subconjunto
subconjunto
subconjunto aberto aberto
qualquer
qualquer dede
aberto
aberto
em . emem
em
De . . .De
conjuntos
conjuntos
fato, De
De fato,
abertos
abertos
fato,
fato,
Considere Considere
aem
em
Considere
Considere aseguinte
seguinte
a aseguinte
seguinte família fd
erto emfato,
. a..DeDe fato, Considere
anão
umanão aagera
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geraum um família
subconjunto
subconjunto de abertos
aberto
aberto em
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Considerea aseguinte
seguinte família dede abertosem
em
oEm. em
erto De
em
geral, Considere
De fato,
fato, a seguinte
Considere
Considere
interseção de família
seguinte
seguinte
família de
família
qualquer abertos
família dede em abertos
abertos , emem
conjuntos abertos
,. , /. .fato,
em / // Temos Temos ⋂ família
Temos
Temos
que que
que
que ⋂⋂⋂ ⋂abertos. ⋂⋂⋂ /. .. * +/e//* *
que Temos
bconjunto
Temos
Temos ⋂ que que
aberto
que⋂⋂ ⋂⋂ em ..⋂ De ⋂ ./, .., *Considere
⋂ fato, ee +** é++fechado.
+/ e.//.* *+ +**é ea/fechado.
++/*seguinte éé fechado.
fechado.
família de abertos
Temos
Temos que⋂⋂em
que ⋂⋂ . . / / * *+ +e e* *+ +é éfechado.
fechado.

/ Temos que ⋂ ⋂ .Definição/ Definição


* + e * Definição
é4.fechado.
+Definição
6. 4.4.6.4.Seja
6.6. Seja . Dizemos
Seja
Seja . .Dizemos
Dizemos
. Dizemos
que éque que éem
que
denso édenso
denso
édenso em
emem qua
quando q
qu
̅
. Dizemos .. Dizemos
Dizemos
que
. Dizemos que é em
éque
denso
que éé denso
denso
denso em quando
Definição
Definição
quando
emem quando
4.6.6.̅ .
4.quando . ̅ ..
̅Seja
Seja . Dizemosque
. Dizemos que é édenso
densoem
em quando
quando ̅ .̅ .

Seja . Dizemos que é denso em quando Exemplo Exemplo


Exemplo
Exemplo
4. 4.26
4.4.26
̅ . 26 Considere26 Consideree
Considere
Considere e eeProve que Prove
Prove
Prove éque que éem
que
denso édenso
denso
édenso em em
em
e eeProve queProve
Prove que éem
éque
Prove denso
que ééExemplo
denso
Exemplo
denso
denso em4.24
emem 4.4.2626Considere
ConsidereDe fato,De eDe
evimos
De fato,
fato,
fato, vimos
Prove
Prove
vimos
no vimos no
que
noque
no capítulo
capítulo
capítulo é édenso
capítulo
de de
denso
dede
Conjuntos emConjuntos
em
Conjuntos
Conjuntos Inumeráveis
Inumeráveis
InumeráveisInumeráveis enão
e enãonão
e não enumeráveis enumerávei
enumeráveis
enumeráveis
que todoq
eeConsidere
Conjuntos
osConjuntos Inumeráveis
Inumeráveis
Conjuntos e não ee não
não
e enumeráveis
Inumeráveis
Inumeráveis e não Deenumeráveis
De fato,
fato, vimos
quevimos
todo
enumeráveis
enumeráveis
Prove équeque todo
intervalo
que todo
todo
denso em intervalo
nocapítulo
no capítulo
da
intervalo
reta
intervalo da da
da
contém reta
dedeConjuntos
Conjuntos
reta
reta contém
contém
contém
número número
Inumeráveis
Inumeráveis
número
número
racionais eracionais
enão
não
eracionais
racionais eirracionais,
irracionais,
enumeráveis
enumeráveis quetodo
ouque
e eirracionais,
irracionais, seja,ou ou
todo
ou seja,
intervalo
intervalo
seja,
seja,
, temos dada , ,temos
,que
temostemos)que
( que
que(
ssnais,
no eecapítulo
irracionais,
ou seja,
irracionais,
irracionais, ou
ou seja,, temos
seja,
deouConjuntos
seja, , temos
, que temos
,reta
reta
temos
Inumeráveis que
contém
(contém
e)que
que não ((número
( número) )) . racionais
racionais
Desta
enumeráveis .. eDesta
.forma,
Desta
que Desta
etodo forma,
irracionais,
irracionais,
forma,
forma,
todo
intervalo outodo
ou seja, é aderente
seja,
todo
tododa é aderente
,étemos
, temos aaderente
que
que
éaderente (a( aa ) )pois
pois pois, . Desta
pois (, , , ( (( )
. Desta
̅̅̅̅ Portanto
aaderente
aderente
erente
mero a aa pois
pois
racionais pois
epois ,
irracionais, ,, forma,
(, ou ( (( todo
forma,
seja, )todo, temos
) Portanto, Portanto,
)) quePortanto,
é éaderente
aderente
(Portanto,) a a ,. Desta
temos , temos
pois, que
pois temos
,temos ,queque(Portanto
,que
̅̅̅̅ ( ̅̅̅̅
̅̅̅̅ Portanto
Portanto
o conjunto o conjunto
conjunto
Portanto,
) ) o oconjunto
Portanto,
dos dos dos
dos
números números
números
números r
racionai
̅̅̅̅ Portanto o conjunto dos números racionais é denso
denso no
̅̅̅̅ conjunto dos reais. dos
̅̅̅̅̅̅̅̅
ortanto o conjunto
Portanto
Portanto dos
o conjunto
é aderente a números
o conjunto dos
poisdos racionais
números
números ,é,temos
,racionais temos
( éque
denso
racionais éque
no
densoconjunto)̅̅̅̅
no no Portanto
Portanto
conjunto
conjunto
dos dos
reais.
Portanto, oconjunto
conjunto
oreais.
dos reais. dosnúmeros
númerosracionais
racionaisé édenso
densonono

temos que oconjunto


̅̅̅̅ Portantoconjunto dosdos
dos
conjunto reais.
reais.
números racionais é denso no
ais.

4.4 Pontos de Acumulação


DefiniçãoDefinição
Definição
Definição 4.Dizemos
4. 7. 4.4.7.7.7. Dizemos
Dizemos
Dizemos
que que
que
que ponto
éponto
éponto
é pontoé de de
dede acumulação
acumulação
acumulação
acumulação do
dodococ
do conjunto
os
os que
quequeé pontoé de ponto
éé ponto de
acumulação
ponto dede acumulação
Definição
Definição
acumulação
do
acumulação do
conjunto
dodo conjunto
4.4.conjunto
7.7.
conjunto Dizemos
Dizemos
se, se,
que
e somente,
se,se, eesomente,
eque somente,
somente,
se dado sesedado
seponto
é éponto dado
deacumulação
de
dado ( ( ((dodo)conjunto
acumulação ( ) )*) (+)(( * se,
conjunto *se,
*.+)+)+) . . .OOO
eOe conjunto co
conj
con
do
( (( )Dizemos( ) )*)que (+)(( * *+)
.* +)
é+) . ..OdeO
somente,
somente,
Oponto
conjunto O conjunto
sese dado
dos
conjunto
conjunto
acumulação dado
pontosdos
dosdos pontos
depontos
pontos
do de
(de( de
acumulação
conjunto acumulação
acumulação
acumulação
de um se, de
) )conjunto
(um
e(de
de um
um conjunto
conjunto CéCéeéerepresentado
+)+) .C. éOeOrepresentado
* *conjunto conjunto
conjunto
C erepresentado
representado
dos
dos pontos
pontos
pela pela pela
de
pela
notação: de notação:
notação:
notação:
( ) ⋃ Portanto é o ponto interior a ⋃ e é
Ceéérepresentado
ee representado
é e representado
dado C éC representado pela
( pela notação:
pela
pela notação:
acumulação
acumulação
notação:
)notação:
( * +)dedeum um conjunto
O conjunto dosCéCépontos
. conjunto ée erepresentado
representado
representado
de pelapela * **é o ponto
pelanotação:
notação:
*notação: é éoéde oponto
ponto
oponto de
dede acumulação
acumulação
acumulaçãoacumulação
de +. dede de+.+.+.
aberto.
um é oééde
**é oconjunto
ponto oo acumulação
ponto
ponto
ponto deC de
de acumulação
de +. dede
éacumulação
acumulação
e representado de+.pela
+. notação:
+. ** é éo oponto
pontodedeacumulação
acumulaçãodede +.+.

* é o ponto de acumulação de +. Exemplo Exemplo


Exemplo
Exemplo 4.27
4.4.27
4. 27 Considere 27 Considere
Considere
Considere
conjunto conjuntoe Proveeque
conjunto
conjunto eProve
Prove
eProve
0 équeque
que0 0é0de
ponto éponto
ponto
éponto de
dede ac
acum
acu
acumulação
njuntoe Provee que
njunto
unto Prove
Exemplo
ee Prove
Prove que
0 éque
ponto
que
4.
0 é00de
8 Seja
ééExemplo
ponto
Exemplo
ponto
ponto
Considere
de
dede acumulação
4.27de
4.25 27Considere.
Considere
4.acumulação
acumulação
acumulação . dede
/
de. conjunto
..
conjunto . Fazendo
, eXeProve
1 {
=Provenque
que { no
; 0n0é∈éponto
ponto Teorema,
}
temos
. dedeacumulação
acumulaçãodede . .

Considere conjuntoque é eaberto,


Prove que 0 é ponto Observe que
de acumulação
7

7 77de .
( ) e é aberto.
77
7
Exemplo 4. 9 Seja Considere ( ) . Fazendo { no Teorema, temos
100 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

De fato, dado temos que ( ) ( * +) Portanto 0 é ponto de


acumulação de
Exemplo
Exemplo 4.26
4. 28 Sejam conjunto e Prove que ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
* +
De fato, segue da definição é ponto de acumulação de se, e somente se dado
( ) ( * +) . Segue da proposição (4.1)
() que:
que:
( ) ( * +) ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
* +

Definição 4. 8. Se não é ponto de acumulação de , então dizemos que é


ponto isolado de .
Segue da definição () que não é ponto de acumulação de um conjunto se, e
somente, se existe tal que, ( ) * +. Ou seja,
é ponto isolado de ( ) * +
Teorema 4. 3. Dados e , as seguintes afirmações são equivalentes.
(a)(a)
a é um ponto de acumulação em .
a é limite de uma sequência de pontos
(b)(b) * +.
(c)(c)
Todo intervalo
Todo aberto
intervalo de centro
aberto a contém
de centro contémuma
umainfinidade de de
infinidade pontos X. .
de de
pontos
Demonstração:
( ) ( ) é ponto de acumulação de ( ) ( * + .
Dado existe ( ) ( * +)

Dado existe . / ( * +).

Dado existe . / ( * +).

Portanto temos que:

. / e| | . Como , então .

( ) ( ) Suponha que é limite de uma sequência de pontos * +

Temos que ( ). Consideremos o conjunto


* +. Vamos provar que é um conjunto infinito. De fato, suponha por absurdo que
Y é finito. Desta forma, existe tal que * + e irá se repetir uma
infinidade de vezes. Logo obtemos uma sequência constante ( ) com Isto que a
acabamos de verificar gera um absurdo, pois obtemos uma subseqüência de ( ) que é
diferente de e isto contradiz nossa hipótese.

8
EaD•UFMS TOPOLOGIA DA RETA 101

( ) ( ) Por hipótese, temos que ( ) tem infinitos pontos de


Logo, ( ) ( * + .

4.5 Conjuntos Compactos

Definição 4. 9. Seja um conjunto Dizemos que é compacto se, e


somente, se é limitado e fechado.

Exemplo 4.
Exemplo 4.27
29 Considere , - Prove que é compacto.
De fato, já vimos que todo intervalo da reta da forma , - com é fechado e
limitado inferiormente por e superiormente por Portanto , - é compacto.

Exemplo 4.
Exemplo 4.28
30 Considere * + com Prove que é
compacto.
De fato, já vimos que todo conjunto finito de números reais é fechado em Vamos verificar
que é limitado. Seja *| | | | | | | |+ Temos que limitado
inferiormente por e superiormente por Portanto é compacto.

Exemplo
Exemplo 4. 31 Considere
4.29 { } Prove que não é compacto.

De fato, apesar de limitado inferiormente por e superiormente por não é fechado,


pois e ̅

Exemplo 4.
Exemplo 4.30
32 Considere o conjunto dos números inteiros Prove que não é
compacto.
De fato, apesar de ser fechado em como vimos anteriormente, temos que não é
limitado. Portanto não é compacto.

Teorema 4. 4. Um conjunto é compacto


não ( ) com ( ) possui
uma subseqüência ( ) tal que
Demonstração:
( ) Suponha que é compacto, ou seja, é limitado e fechado. Considere ( ) com
Provemos que com De fato, seja
* + Observe que e é limitado por hipótese, logo é
limitado.
9
102 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Como ( ) é limitada, então segue do teorema de Bolzano-Weierstrass ( ) com


. Temos que para todo , e por hipótese, é fechado,
desta forma,
( ) Reciprocamente, suponha ( ) com ( ) possui uma subseqüência
( ) tal que Provemos que é fechado e limitado. De fato, que é
fechado segue diretamente da hipótese. Suponha por absurdo que não seja limitado, ou
seja, para cada com | | Logo podemos construir uma
subseqüência ( ) tal que é divergente, o que é um absurdo. Portanto é limitado.

Exemplo
Exemplo 4.31
4. 33 Seja limitado, não vazio. Então e são aderentes a
.
Por hipótese é limitado e não vazio. Sejam e Provemos que
e são aderentes . De fato,
, como , pois Logo e é aderente a

. Da mesma forma, , com pois

Logo e é aderente a

Exemplo 4.32
Exemplo 4. 34 Prove que ( ) ( ( ))
Faça ( ) Provemos que:
(i) ( ) e (ii) ( )
i) Sempre é válido.
) Seja Como ( ), então existe tal que, ( )
Provemos que ( ) ( ) Seja ( ), queremos provar que
( ), ou seja, é ponto interior de .
Tome *| ( )| | ( )| e observe que ( ) ( )
Logo ( ) Portanto, segues de (i) e (ii) que ( ) ( ( ))

Exemplo
Exemplo 4.33
4. 35 Dados . Prove que ( ) ( ) ( )
De fato, temos que provar:
i) ( ) ( ) ( )
ii) ( ) ( ) ( )

i) Seja ( ).

10
EaD•UFMS TOPOLOGIA DA RETA 103

( ) tal que ( ) . Temos que


( ) e( ) Logo existe
( ) e ( ) Dessa forma, ( ) e
( ) Portanto ( ) ( )
ii) Seja ( ) ( ).
( ) ( ) ( )e ( )
( ) ( ) .
( ) ( )
Tome * + Logo,
( ) ( ) e
( ) ( )
Como ( ) e ( ) então ( ) Portanto
( ).

Exemplo 4.34
Exemplo 4. 36 Dados . Prove que ( ) ( ) ( )
De fato, seja ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ou ( )
( ) ( )
( ) ( )
Se ( ), então existe tal que ( )
( ) ( ) E se ( ), então existe
tal que ( ) Portanto ( )

Exemplo 4.35
Exemplo 4. 37 Mostre que ( ) ( ) ( )
De fato dado ( -e , ) temos
( ), ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )e
( ) ( ) ( ) ( ). Portanto, ( ) ( ) ( )
Exemplo 4.36
Exemplo 4. 38 Para todo O conjunto , chama-se a fronteira de e é definido por
( ) * ( ) e( ) ( ) +
Segue da definição que: ( ) ̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅

a) Seja Prove que é aberto


( ) De fato, suponha por absurdo ( )
( ) existe tal que ( ) existe tal que
( ) e ( ) ( ) . Dessa forma,

11
104 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

( () Logo ) Logo
( ) O que é da
( ) é contradição
O que contradição da hipótese dada.
hipótese dada.
Portanto Portanto
( ) . ( ) .
( ) Reciprocamente,
( ) Reciprocamente, suponha suponha
( ) ( )
e provemos eem
provemos
seguida em
que seguida que
) Ou seja:
( ) Ou seja:( (i) ( ) (i) e (ii)
( ) e((ii)) ( )

(i) ( ) (i) É sempre É sempre válido.


( ) válido.

ii) Seja ii) Seja

Como Como
e ( )e ( )
então então
( ) ( )

( ) ( )( ) ((A))
̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ou ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅ ou ̅̅̅̅̅̅̅̅̅

̅ o̅ que é uma ocontradição,


que é uma contradição, pois
pois supomos, supomos, inicialmente,
inicialmente, Logo Logo
̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅
existe existe ( () ( )) ( Dessa Dessa
) forma, forma, existe
existe
( () )
Portanto Portanto
( ) ( )

Segue de (i) Segue de (i) e (ii) que


e (ii) que ( ) e A é aberto.
( ) e A é aberto.

b) Prove que,b)para
Prove que, para, todo
todo vale ̅ , vale ̅
De fato, provemos:
De fato, provemos:
(i) ̅ (i)( ̅ ) ( )

(ii) ( (ii)
) ̅ ( ) ̅

(i)Seja ̅ . Temos que̅ . Temosou


(i)Seja que ou
Caso Caso
então então( ) Caso ( ) Caso

então então ̅̅̅̅̅̅̅̅ Logo̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅


Logoe ̅̅̅̅̅̅̅̅
̅ ou eseja, ̅ ou seja,
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅
( ) Portanto ( ) Portanto ( ) ( )

(ii) Seja (ii) Seja( ) ( )

( ) ( ou
) ( ou
). ( ).

Caso Caso ̅ ̅ ̅ ̅

Caso Caso
( ) ( ) )̅ (̅̅̅̅̅̅̅̅
(̅̅̅̅̅̅̅̅
̅ ̅ ) ̅

ii) quede̅i) e ii) que ̅


Segue de i) eSegue

Exemplo
Exemplo 4. 39 4.37
4. 39um
Para cada Paradoscada um dos
conjunto conjuntodetermine
seguintes seguintessua
determine sua fronteira:
fronteira: , - , -

( ) - ,( ). - , .

( ) * +( ) * +

( ) * ( )+ * +

12 12
EaD•UFMS TOPOLOGIA DA RETA 105

(Segue
( ) ( ) (Segue do exercício
das 5 e 65 do
proposições
do exercício e 2.9
6capítulo
doe 2.10,
capítulo 1capitulo
que2 que
do capítulo
1capitulo que todo
todo intervalo
intervalo da da
reta reta
tem tem racionais
racionais e irracionais
e irracionais ) )
Exemplo
Exemplo
Exemplo 4.Sejam
4. 404.3840 Sejam
a) Prove
a) Prove que que ̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅
̅̅̅̅̅̅̅ ̅
De fato,
De fato, (i) (i) e e ̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅
vemvem ̅̅̅̅̅̅̅
e e ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅
LogoLogo̅ ̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅̅̅̅̅
(ii) Seja ̅̅̅̅̅̅̅̅
(ii) Seja
̅̅̅̅̅̅̅̅ existe
̅̅̅̅̅̅̅̅ existe ) com
( )( com e e
Se para
Se para infinitos
infinitos valores
valores de de entãoentão ̅ Ou ̅ para
Ou para infinitos
infinitos valores
valores de de
entãoentão ̅ Logo ̅ Logo ̅ ̅ Portanto
̅ Portanto ̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅ ̅
̅̅̅̅̅̅̅
Segue
Segue de (i)dee (i)
(ii)eque
(ii) que ̅̅̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅̅̅̅ ̅ ̅
que ̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅ ; ̅ ;
b) ̅̅̅̅̅̅̅
b) que
De fato,
De fato, e e parapara quaisquer
quaisquer Logo,
Logo, ̅̅̅̅̅̅̅̅ e ̅̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅̅̅̅ ̅ e ̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅

Portanto
Portanto ̅̅̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅. ̅.

c) Dêc)exemplo em ̅̅̅̅̅̅̅̅
em ̅̅̅̅̅̅̅
Dê exemplo ̅ ̅
Considere , ), e
Considere )e ( - Claro
(- Claro que que Assim,
Assim,
̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅
̅̅̅̅̅̅̅ ̅, ,- ,- -, *- +. *Por Por outro
+. outro ̅ ̅ ̅,
lado,lado, -, -

13 13
CAPÍTULO V

FUNÇÕES, LIMITES E CONTINUIDADE


CAPÍTULO V

FUNÇÕES, LIMITES E CONTINUIDADE

O objetivo principal deste capítulo é estudar o comportamento de uma classe de funções,


denominadas na literatura como funções reais de uma variável. Uma função é real se o seu
campo de definição é o conjunto dos números reais, ou subconjuntos deste e o seu
contradomínio é o conjunto dos números reais. Para isso, é fundamental definir o conceito de
limite e continuidade. A noção de limite não surgiu de uma hora para outra, foi um processo
que começou na antiguidade. Na Grécia Antiga, Arquimedes (287 – 212 A.C) já utilizava este
conceito que ele denominou método de exaustão (BOYER, 1996, pg 62 ). Séculos depois,
Cavaliere repete a ideia de Arquimedes, cujo nome dado por ele foi método dos indivisíveis
(BOYER, 1996).
Euler (1707 -1783) foi quem utilizou pela primeira vez o símbolo para representar uma
função, definindo-a como qualquer expressão analítica. Euler dividiu as funções em duas
classes, levando em consideração a lei de formação de cada uma delas; as definidas por uma
única expressão analítica seriam classificada como contínuas e caso esta lei mudasse em cada
intervalo então chamaríamos de descontínuas ou mistas.

Perto do fim do século XVIII, quando muitos absurdos e contradições tinham surgidos na
matemática em decorrência do emprego descontrolado da intuição e da falta de formalismo
deste século, sentiu-se que era essencial examinar as bases da análise, para dar-lhes uma
fundamentação rigorosa a diversos conceitos de matemática. Foi, então, que a ideia de função
foi esclarecida e noções como a de limite, continuidade, diferenciabilidade e integrabilidade
foram cuidadosamente definidos.
110 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Definição 5. 1. Seja uma função definida num intervalo contendo um ponto


Dizemos que o limite de , quando tende a podendo não estar definida no
ponto precisa ser ponto de acumulação do é igual ao número real e
escrevemos

se, para todo número real podemos obter de tal forma que
| | | |

{ }
Exemplo 5. 1 Seja { Mostre que

De fato, dado tome e observe que { } se | | então


| | | | Portanto

Exemplo 5. 2 Seja { Mostre que

De fato, dado tome e suponha que | |

| | | | | |

| | | |

Dessa forma, | | | | Portanto

Teorema 5. 1. Sejam e com ponto de acumulação de Se


e então

Demonstração: Suponha por absurdo que e com


| | | |
Como então tome Para este temos:

a) Existe , com | | | |

b) Existe , com | | | |
Dessa forma, tome { } e daí com | |
| | e | | Assim, com | |
| | | | | |
2
EaD•UFMS FUNÇÕES, LIMITES E CONTINUIDADE 111

| | | || | | | | | | |Logo,
Logo,| | | || | | |o oquequeé é
absurdo.
absurdo.
Portanto
Portanto

O Teorema
O Teorema
5.2 5.2
descreve
descreve
o conceito
o conceito
de limite
de limite
segundo
segundo
Heine,
Heine,
ou ou
seja,seja,
o conceito
o conceito
de limite
de limite
é é
caracterizado
caracterizado
porpor
meio
meio
de convergência
de convergência
de sequências
de sequências
de números
de números
reais.
reais.

Teorema
Teorema
5. 2.5.Sejam
2. Sejam e com
e componto
ponto
de acumulação
de acumulação
de de
{ }{ }

Demonstração:
Demonstração: Suponha
Suponha
queque Dessa
Dessa
forma,
forma,
dado
dado podemos
podemos
obter
obter de tal
de forma
tal forma
queque
| | | | | | | |
SejaSeja { }{ tal
} tal
queque Queremos
Queremos
provar
provar
queque ParaPara
isso,isso,
considere
considere
parapara
esteeste podemos
podemos
obter
obter de tal
de forma
tal forma
queque
{ }{ } | | | | | | | |
Como
Como então,
então,
em em
particular
particular
parapara , existe
, existe tal tal
queque implica
implica
| | | | Logo,
Logo,
queque implica
implica
queque
| | | | Portanto
Portanto

Reciprocamente
Reciprocamente
suponha
suponha
queque { },{ },
Faremos
Faremos
a recíproca
a recíproca
deste
deste
teorema,
teorema,
supondo
supondo
porpor
absurdo
absurdo
queque
o limite
o limite
da da
função
função
quando
quando é diferente
é diferente
do número
do número
realrealOu Ou
seja,seja,
dado
dado existe
existe
{ }{ e} |e | | | ParaPara existe
existe

( ( ) ) { }{ e} | e | | | Assim,
Assim,
sucessivamente
sucessivamente
... ...

ParaPara
do do existe
existe ( ( ) ) { }{ e} | e | | |

Portanto
Portanto
temos
temos
queque
umauma
sequência
sequência
( ( comcom { }{ } e |e | | |
EsteEste
fatofato
contraria
contraria
a hipótese
a hipótese
queque

Exemplo
Exemplo
5. 35.Sejam
3 Sejam { }{ } definida
definida
porpor ( )( Prove
) Prove
queque
nãonão
existe
existe

3 3
112 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

De fato, Tome e Observe que ( )


( ) e que ( ) ( ) diverge. Logo
diverge. Portanto, segue do Teorema 5.1 que não existe

Exemplo 5. 4 Sejam definida por

Prove que não existe

De fato, seja Considere o intervalo da reta Segue da


do
Exercício 52.9
proposição dodo
capítulo
capítulo(números
(númerosreais)
reais) que existe tal que Da

mesma forma, para o intervalo ( ) existe tal que ( ).

Seguindo este raciocínio sucessivamente, temos que existe tal que (

) e assim obtemos a sequência de números racionais , tal que e

Considere o intervalo da reta Segue do do proposição


Exercício 2.10
6 dodo capítulo
capítulo
(números reais) que existe tal que é irracional e Da mesma forma,

para o intervalo ( ) que existe tal que é irracional e (

). Seguindo este raciocínio sucessivamente, temos que existe irracional tal que

( ) e assim obtemos a sequência de números irracionais , tal que e

Dessa forma, segue do Teorema 5.2 não existe


Definição 5. 2. Sejam e com ponto de acumulação de

{ } e O número real é
chamado de limite lateral a direita de

Definição 5. 3. Sejam e com ponto de acumulação de

{ } e O número real é
chamado de limite lateral a esquerda de

Teorema 5. 3. Sejam e

Demonstração:
A demonstração da recíproca deste Teorema a consiste em juntar as definições 5.2 e 5.3 e
obter uma sequência de pontos arbitrária { } A partir daí, temos , tal

4
EaD•UFMS FUNÇÕES, LIMITES E CONTINUIDADE 113

que e Como então

Teorema 5. 4. Sejam , com e . Então:


a) [ ]
b) [ ]

c) , se

Demonstração: Seja tal que


Temos que e assim Também e daí

a) Portanto a sequência arbitrária e


Segue do Teorema 5.2 que [ ]

b) Portanto a sequência arbitrária e


Segue do Teorema 5.2 que [ ]

c) Portanto a sequência arbitrária e( ) Segue do Teorema 5.2

que , se

Definição 5. 4. Seja uma função, tal que e sendo


ponto de acumulação do Dizemos que é contínua em se e somente se
caso contrário, dizemos que , é descontínua em . Dado
dizemos que é contínua em se é contínua em para todo caso
contrário, dizemos que , é descontínua em

Exemplo 5. 5 : Seja [ ] definida por

Pode-se verificar que a função não é contínua em e mas é contínua no ] [


A função não é contínua no ponto [ ] pois não é contínua em

5
114 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

O Teorema a seguir caracteriza a continuidade de uma função em ponto , por


meio de sequências, este resultado é obtido pelo Teorema 5.2 fazendo neste
Teorema.

Teorema 5. 5. Sejam e com com ponto de acumulação de


é contínua em , se e só se, para toda sequência tal que

A demonstração deste Teorema é análoga a demonstração do Teorema 5.2., pois é um caso


particular (quando Este Teorema é de grande utilidade na resolução dos
exercícios sobre continuidade.

Teorema 5. 6. Sejam , contínuas em Então:


a) definida por: é contínua em
b) definida por: é contínua em

a) definida por: ( ) é contínua em

Demonstração: A demonstração deste Teorema é análoga a demonstração do Teorema 5.3.

Uma função é contínua num intervalo ] [ se e somente se é contínua em todos os


pontos do intervalo ] [ Uma função é contínua num intervalo [ ] se e somente se
é contínua em todos os pontos do intervalo ] [ Além disso, os seguintes limites laterais
existem, e

Exemplo 5. 6 Seja [ ] definida por

Pode-se verificar que a função não é contínua em e mas é contínua no ] [


A função não é contínua no ponto [ ] pois não é contínua em

Teorema 5. 7. Seja contínua em Se então existe


tal que
Demonstração:

Como é contínua em então dado então tal que


| | implica | | Dessa forma,
implica Portanto,

6
EaD•UFMS FUNÇÕES, LIMITES E CONTINUIDADE 115

implica

Teorema 5. 8. Sejam [ ] contínua. Se então existe ] [


tal que
Demonstração: Considere { [ ] } Observe que [ ]
pois Temos que é limitado superiormente sendo uma cota superior de
Assim, seja e com Como então

Sendo contínua em [ ]e então . Portanto

Agora temos e então concluímos que Assim


] [ Provemos que
ou
Caso 5.7, que então existe
então segue do Teorema 5.6, tal que
Logo podemos encontrar [ ] tal que
com Daí e o que absurdo pois

Portanto,

Exemplo 5. 7 Sejam e . Se ,
então existe tal que .

De fato, seja Tome e observe

Dado existe tal que


| | | |

Dado existe tal que


| | | |
Agora, tome { } então temos:

} Assim,

Exemplo 5. 8 Sejam e .
Se { } então .
De fato, dado arbitrariamente existem e tais que:

7
116 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

| | e
| e | | .
| Tome { } .e veja, | | temos
eja, | | temos
Portanto,
Exemplo 5. 9 Sejam e tais que e existe tal
e quetais que e existe tal
| | Prove que ( )
Prove que
De fato, seja
( o )Assim,
para existe tal que | | | |
existe Observe
tal que
que, | | | |

| | | | | || |
| | | || |
Portanto, ( )
)
Exemplo 5. 10 Sejam e { } . Prove que:
e { } . Prove que: ̅.
De fato, ̅.
tal que, { }e Como e
{ } e então Como Assim, existe ( e) tal que
e ( ) tal que Portanto ̅

Exemplo 5. 11 Sejam continuas no ponto , com . Prove que


existe
continuas no ponto tal que, com . Prove que

De fato, seja e considere .


considere .
Para este em particular, temos que e além disso, existem
, temos que e tais que : e além disso, existem
| | e
e | | .
Dessa forma, para . { } temos, | | .
} temos, | | .
Portanto, existe tal que
Exemplo 5. 12 Sejam contínua em contínua no ponto
contínua em e contínua. no
Então
ponto é contínua no ponto a.
Então é contínua no ponto a. 8
8
76) Na página 107, eliminar as 3 ultimas linhas, ou seja o item c todo.

77) Na página 113, linha 23 tirar do bem no começo desta linha que está entre o
para e o sı́mbolo δn =
EaD•UFMS FUNÇÕES, LIMITES E CONTINUIDADE 117
78) Na página 114, linha 9 trocar o exercicio 5 por proposição 2.9

79) Na página 114, linha 13 trocar o exercicio 6 por proposição 2.10


De fato, seja
80) Na página
Para este115, linha 20 tirar
existe, pelaacontinuidade
virgula quede
esta entre
g no dizemos
ponto que f e é tal
b, um numero
que81) Na página
| implica
| linha
117, que | Segue do Teorema
12 corrigir | . 5.7 e não 5.6 como está
Por sua vez a continuidade de f no ponto a assegura que existe tal que
82) Na página 118, ultima linha e para corriigir e f (X) ⊂ Y (o y é maiusculo e não
minusculo| como| esta implica | | .
Dessa forma , implica | | e daí
83) Na página 119, linha 7 aparece a igualdade = onde nao deve e para corriigir

|g(f (x)) − g(b)| = |g(f (x)) − g(f (a))| = |(gof (x)) − (gof )(a)| = |g(f (x)) − g(f (a))| =
| ( ) | | ( ) | | | | ( )
|g(y) − g(b)| < �
| | |
84) Na página 120, linha 25 corrigir para
Portanto é contínua no ponto a.
De fato, g(0) = 0 ⇒ 0 ≤ |f (0)| ≤ g(0) = 0. Logo f (0) = 0.
Exemplo 5. 13 Sejam contínuas. Prove que X é aberto, então o conjunto
{ } é aberto em
De fato, temos que onde { 6 } Provemos que é fechado
em Daí, concluímos que é aberto.
Provemos que F é fechado, ou seja, ̅ Claro que ̅ Agora ̅ pois : seja ;
tal que e . Queremos provar que . Seja tal que
Temos que
Sendo, f contínua em , então Da mesma forma é contínua em ,
então
Como a unicidade do limite garante que
Logo Portanto ̅e é fechado em

Exemplo 5. 14 Sejam . Prove que


| | | |

De fato, seja
Para este , em particular, existe tal que | | temos
que | | Assim, | | temos que || | | ||
| | Portanto, | | | |

Exemplo 5. 15 (4) Prove que


| |

9
118 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

De fato, seja
| | existe tal que

69) Na página |104, linha


| 25 e|| para| mudar Assim do exemplo este
| a numeração | passara
| a
ser |o exemplo| 4.33
| | || || || | |
Portanto,
70) Na página 105, linha 14 e para mudar a numeração
69) Na do exemplo
página 104,este
linhapassara a mudar a numeração do e
25 e para
ser o exemplo 4.34
Exemplo 5. 16 Use a caracterização de continuidadeser
poro meio
exemplo 4.33
de sequências de números reais
e71)
verifique:
Na página 105, linha 22 e para mudar a numeração
70) Na do exemplo
página 105,este
linhapassara a mudar a numeração do e
14 e para
ser o exemplo 4.35 ser o exemplo 4.34
a) definida por {| | ,
72) Na página 105, linha 26 e para mudar a numeração
71) Na do exemplo
página 105,este
linhapassara a mudar a numeração do e
22 e para
ser o exemplo 4.36
não é contínua no ponto ser o exemplo 4.35

De
73) fato, tome 107, linha 1 e para substituir Segue
Na página e 72)
dasNa Assim,
proposições
página 2.9 linha
105, e 2.1026 e para mudar a numeração do e
ser o exemplo 4.36
74)Portanto
Na páginanão é contínua
107, linha 3 enopara
ponto
mudar a numeração do exemplo este passara a ser
o exemplo 4.37 73) Na página 107, linha 1 e para substituir Segue das propo

75) Na página 107, linha 11 e para tirar o que que aparece


74) Na páginaentre
107,b)linha
e o 3sı́mbolo
e para mudar a numeração do exem
X ∩Y o exemplo 4.37
b) definida por { Prove que não é contínua em
76) Na página 107, eliminar as 3 ultimas linhas, ou75) seja
Nao item
páginac todo.
107, linha 11 e para tirar o que que aparec
X ∩Y
77) Na página 113, linha 23 tirar do bem no começo desta linha que está entre o
De fato, tome Temos que e
para e o sı́mbolo δn = 76) Na página 107, eliminar as 3 ultimas linhas, ou seja o ite
Portanto e não é contínua em
78) Na página 114, linha 9 trocar o exercicio 5 por77) proposição
Na página 2.9113, linha 23 tirar do bem no começo desta
para e o sı́mbolo δn =
79) Na página
Exemplo 5. 17 Seja
114, linha
[ 13
] [ trocar ] contínua em por
o exercicio 6 proposição 2.10
[a, b], tal que e
78) Na página 114, linha 9 trocar o exercicio 5 por proposiçã
Prove
80) Naque f possui
página umlinha
115, ponto20fixo, ou aseja,
tirar existeque esta
virgula ] tal dizemos
[ entre que que f e é
De 79) Na página 114, linha 13 trocar o exercicio 6 por proposiç
81)fato, vamos definir
Na página 117, linha[ 12 ]corrigir
[ tal que
]Segue do Teorema 5.7 e não 5.6 como está
Sendo e contínuas, então 80) Na página 115, linhaé20continua,tirar a virgula que esta entre diz
82) Na página 118, ultima linha e para corriigir e f (X) ⊂ Y (o y é maiusculo e não
minusculo[ como ] Observe
esta que e assim,
81) Na página 117, linha 12 corrigir Segue do Teorema 5.7 e
Tome [ ] é contínua, então existe tal que
83) Na página 119, linha 7 aparece a igualdade = 82) ondeNa nao deve 118,
página e para corriigir
ultima linha e para corriigir e f (X) ⊂ Y
Mas e então
minusculo como esta
|g(f (x)) − g(b)| = |g(f (x)) − g(f (a))| = |(gof (x)) − (gof )(a)| = |g(f (x)) − g(f (a))| =
|g(y) − g(b)| < � 83) Na página 119, linha 7 aparece a igualdade = onde nao d
Exemplo 5. 18 Sejam , . Se g contínua em com
84)
| Na
| |página | 120, linha 25 corrigir para
Prove que f é contínua em |g(f (x)) . − g(b)| = |g(f (x)) − g(f (a))| = |(gof (x)) − (gof )(a)| =
|g(y) − g(b)| < �
De
De fato,
fato, g(0) = 0 ⇒ 0 ≤ ||f (0)|| ≤ g(0) = 0. Logo f (0) = 0.
Como | | | | Então 84) Na página | 120,| linha 25| corrigir| para

| | | | Pois, por hipótese g contínua em com g(0) = 0 .⇒ 0 ≤ |f (0)| ≤ g(0) = 0. Logo f (0) = 0.
De fato,
6

Portanto | | e f é contínua em .
6
10
CAPÍTULO VI

DERIVADAS E A INTEGRAL DE RIEMANN


CAPÍTULO VI

DERIVADAS E A INTEGRAL E RIEMANN

Neste capítulo será descrita uma breve introdução dos conceitos de derivada e integral de
Riemann. A origem da derivada encontra-se nos problemas geométricos clássicos de
tangência, ou seja, problemas cujo objetivo era determinar quando uma reta intercepta uma
curva dada, em um único ponto. Euclides constatou que a reta tangente a um círculo em
qualquer ponto P é perpendicular ao raio deste em P. (BOYER, 1996, p. 62 ). As aplicações
de derivadas são muitas; diversas áreas contemplam este conceito como a Física, Química,
Engenharias, Economia, Administração, Biologia, entre outras.

O cálculo integral se originou com os problemas de quadratura. Resolver um problema de


quadratura significa encontrar o valor da área de uma região do plano, cuja fronteira consiste
de uma ou mais curvas. Na Grécia Antiga, Arquimedes (287 – 212 A.C) utilizou uma técnica
de aproximação para encontrar a quadratura da parábola, cujo nome na literatura é dado por
método de exaustão (BOYER, 1996, p. 62 ). Séculos depois, Cavaliere repete a ideia de
Arquimedes, cujo nome dado por ele foi método dos indivisíveis (BOYER, pg 226 ).

6.1 Derivadas:
6.1 Derivadas: Definição
Definiçãoe exemplos
e exemplos

Definição 6. 1. Seja e A derivada da função no ponto éo


limite, denotado por ( ) definido por
( ) ( ) ( ) ( )
( )

Se existir tal limite, dizemos que derivável (ou diferenciável) no ponto Quando existe a
derivada ( ) dizemos que é derivável (ou diferenciável) no
conjunto Quando a derivada é contínua, então dizemos que de classe

Exemplo 6. 1 : Seja { Calcule a derivada da no ponto


( )
122 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

De fato, seja

( ) ( ) ( )
( )

( ) Portanto ( )

Exemplo 6. 2 Seja { sendo uma constante arbitrária. Prove que ( )


( )

De fato, seja

( ) ( )
( )

Portanto ( )

Exemplo 6. 3 Seja { sendo constantes arbitrárias. Prove que


( )
( )
De fato, seja

( ) ( )
( )

( )

Portanto ( )

Exemplo 6. 4 Para qualquer considere { . Prove que ( )


( )

De fato, seja Segue do Teorema Binomial ou Binômio de Newton que

2
EaD•UFMS DERIVADAS E A INTEGRAL DE RIEMANN 123

( ) ( ) ( )

∑ . / . / . /

∑ . / . /

Assim,
( ) ( )

∑ ( ) ( )

∑ . / . / ∑ . /

( ) ( )
( ) ( ∑ . / )

Portanto ( )
Teorema 6. 1. Toda função derivável em um ponto do seu domínio é contínua neste
ponto.

Demonstração: Seja com ( ) Podemos escrever:

( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
Fazendo, ( ) ( ) ( )

( ) Portanto ( ) ( ) ou seja ( ) ( )

6.2 Derivadas: Regras Operacionais

3
124 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

6.2 Derivadas: Regras Operacionais

Teorema 6. 2. Sejam deriváveis no ponto e


uma constante real. Então:

a) definida por: ( )( ) ( ) ( ) é derivável em

b) definida por: ( )( ) ( ) é derivável em


c) definida por: ( )( ) ( ) ( ) é derivável em
( )
d) ( ) definida por: . / ( ) ( )
é derivável em

Demonstração:
a) Basta notar que

( )( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Portanto 
( )( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )

b) Basta notar que


( )( ) ( )( ) ( ( ) ( )) ( ) ( )

Portanto

( )( ) ( )( ) ( ( ) ( )) ( ) ( ) ( ) ( )

( )

c) Basta notar que

( )( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )

Portanto
( )( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

d) Basta notar que


4
Portanto
( )( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )
EaD•UFMS DERIVADAS E A INTEGRAL DE RIEMANN 125
( ) ( ) ( ) ( )

d) Basta notar que


� � � � 4
f f
(x) − (a) � �
( ) ( ) ( g) ( ) =
g 1 f (x) − f (a)
( )
g(x) − g(a)
( ) g(a) − f (a) ( ) ( ).
x−a g(x)g(a)( x−a ( ) ( ) x−a )
( ) ( )
Portanto
Portanto

� � � �
f f
(x) − (a) � �
(g ) ( ) ( g) ( ) 1 f (x) − f (a)
( ) ( )g(a) − f (a)
g(x) − g(a)
( ) (=)
lim = lim
x→a x−a x→a g(x)g(a) ( x−a ( ) ( )x−a )
( ) ( )
( ) ( ) � ( ) ( ) �
f (a)g(a) + f (a)g (a)
( ) .
g(a)2

6.3 Derivadas: Regra da Cadeia


6.3 Derivadas: Regra da Cadeia
Teorema 6. 3. Sejam , e com ( )
Considere e sendo ( )
Se é derivável no ponto e derivável no ponto

Então é derivável em e além disso ( )( ) ( ( )) ( )

Demonstração:
Vamos definir

( ) ( ( ))
( ( )) ( )
( ) { ( )
( )
( ) ( ( ))
( )

Se
Observe que y ∈ Y e ( ) então ( ) ( ( )) ( ( ))( ( )) ( )(
( ))

Observe que ( ) ( ( )) ( ( ))( ( )) ( )( ( )) é trivialmente


satisfeita para o caso ( )
1
Agora, fazendo ( ) com Neste caso

( ( )) ( ( )) ( ) ( ) ( ) ( )
( ( )) ( ( ))
Como é contínua em e é contínua em ( ) então

5
126 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

( ( )) (( (( ))
)) ( ( ))
( )( ) ( )( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ( )) ( ( )) ( ( )) ( ( ))
( ( )) ( )( ( ))( )( ) ( (( ))) ( )( ( )) ( )

Exemplo 6. 5Exemplo
Seja 6. 5 Seja definida por definida
( ) (por ( )) Calcule
( )a função
Calcule
derivada
a função derivada

Dedafato,
De fato, segue segue
fórmula do
seguedo Teorema
daTeorema 6.3Teorema
fórmula 6.4
do que ( 6.4
que 2(
) que ( ) ) 2( )

6.4
6.4 Derivadas: Derivadas:
6.4 InterpretaçãoInterpretação
Derivadas: Interpretação Geométrica
Geométrica Geométrica
Considere a curva
Considere
ilustrada
a curvana figura
ilustrada
abaixo,
na figura
dadaabaixo,
por dada
( )poronde será
( ) definida
onde será
a definida a
seguir. seguir.

y r
y = f(x)
Q
y0 + ∆y0
∆y0
y0 P α
S
∆x0

β
0 x0 x0 + ∆x0 x

Seja Seja uma função real


umacontínua
função real
definida
contínua
no intervalo
definida no intervalo
, - O gráfico
, -de O gráfico
ou de ou
seja, os pontos
seja,
doos
plano
pontos
da forma
do plano
( da )forma
com ( )( com
), O( gráfico
), de O gráfico
é chamado
de deé chamado de
curva, cujo ponto
curva,inicial
cujo ponto
é o ponto
inicial
( é o (ponto
)) e (o final
( é))(e o final
( )) é ( ( ))
Considere ,Considere , - A razão
- A razão

onde onde
( ) e ( )( e ) ( ( ) representa
) ( o) representa
coeficienteoangular
coeficiente
da reta
angular
que da reta que
passa pelos pontos
passa pelos ) e ((
( pontos )e( ) Esta razão) mede
Esta razão
inclinação
medequeinclinação
esta que esta
reta faz com reta
o eixo
faz com o eixo

Estamos interessados
Estamos interessados
na reta quena passa
reta pelo
queponto
passa pelo( ponto ) e tangencia
( )esta
e tangencia
curva, esta curva,
( ), neste
( ), ponto neste
Tal ponto Tal retareta
reta é chamada tangentereta
é chamada tangente
à curva no ponto
à curva no
Quando
ponto Quando
existe existe

então temosentão
que  temos que 
( ) ( )
é o coeficiente
é oangular
coeficiente
da reta
angular da reta

Exemplo 6. 6Exemplo 6. 6a curva


Considere a curva por definida por ,
Considere definida - Encontre
, a-inclinação
Encontre da
a inclinação da
reta tangentereta
a curva
tangente
no ponto
a curva no( ponto) ( )
6 6
EaD•UFMS DERIVADAS E A INTEGRAL DE RIEMANN 127

De fato, a derivada da função , no ponto, cuja a primeira coordenada é =5 é igual a


Este valor ( ) significa que a tangente trigonométrica da reta tangente à curva
no ponto ( ), será igual a 10 , conforme visto acima. Ora, sendo o ângulo formado
por esta reta tangente com o eixo , então será um ângulo, tal que . Logo,
84,28o.

6.5 Derivadas: Interpretação Cinemática


6.5 Derivadas: Interpretação Cinemática
Consideremos uma partícula deslocando-se de um ponto inicial e um ponto final sobre
uma reta Considere a função , - que para cada instante - , da posição
( ) ( )
da partícula sobre a reta Fixado um , - a razão representa a velocidade
( ) ( )
média da partícula no trecho entre ( ) e ( ) O limite ( ) representa a

velocidade no instante
r

Exemplo 6. 7 Um corpo cai em queda livre de uma altura de metros. Sabendo que a
equação horária do mesmo é dada por sendo em metros e em segundos,
encontrar com que velocidade este corpo atinge o solo.

De fato, quando metros, então será o tempo de queda, portanto ou


seja , isto é Como não tem sentido tempo negativo, devemos considerar
segundos. A velocidade do corpo é dada por ( ) ( )

Para segundos teremos Observe que a aceleração é constante igual


a

6.6 A Soma de Riemann


6.6 A Soma de Riemann
Seja , - uma função definida no intervalo , - tal que é limitada. Dessa
forma, existem números reais e tais que ( ) , - onde
* ( ) , -+ e * ( ) , -+

7
128 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Definição 6. 2. Considere , - as intercalações de pontos da reta real


tais que e , - é denominado partição do
intervalo , - e denotamos por ou ( ) Observe que , - foi divido em
intervalos. Para cada um destes intervalos intercalamos novos pontos entre eles, e daí
obtemos uma nova partição, esta nova partição ( ) ou é chamada
de refinamento da partição Também podemos dizer que refina

Definição 6. 3. Seja , - uma função limitada e ( ) uma


nha 27 bem85)
noNa
final
página
partição decorrigir
, 120, para
linha
g(0)
- chamamos 27somas
=
bem
0. no final corrigir
de Riemann para g(0)
as seguintes = 0.
expressões:
nha 2 e para
86)corrigir
Na página
o simbolo
120, linha
que 2aparece
e para do
corrigir
lago direito
o simbolo
da que aparece do lago direito da
depoisigualdade
do sinal menos,
entre parentese
neste momento
depois esta
do sinal
f (x)menos,
e para neste
trocarmomento esta f (x) e para trocar
por f (a) ( ) ∑ ( )

nha 5 e para
87)corrigir
Na página 128, linha 5 e para corrigir
( ) ∑ ( )
rema 6.3 De fato, segue do Teorema 6.3

onde,
nha 11 tem88)
vı́rgula
Na página * (sı́mbolos
entre 130,
os )
linha 11[x,tem j-+ e entre os
vı́rgula
j−1 , x ] atualmente (sı́mbolos
{ nao ) [x[j−1 , xj]}
] atualmente nao
uas vezes
consta
em que
estaele
virgula
aparace
nasna duas
linha
vezes
11 em que ele aparace na linha 11
( )e ( ) são chamadas de soma superior e soma inferior das somas de Riemann.
nha 2 eliminar
89) Na
o epágina
que esta
131,
nolinha
ı́nicio2da
eliminar
linha o e que esta no ı́nicio da linha
Observação:
ntre as linhas
90) Na inı́cioOs132,
15 epágina da 16eentresão
as finitos,
corrigir linhas uma
15 evez
substituindo que
por ada
inı́cio afunção é limitada
=16 corrigir e daí, existem
substituindo por areais
=
< xn =x0 b< x1 <e 2
x < tais que
... < x n−1 < x n ( )
= b , - Assim, Como

tre as linhas consequência


91)02Nae inı́cio ( 3 corrigir
páginada133, )entre(assubstituindo
)
linhas 02 e inı́cio
por 0 = dax30 corrigir
< substituindo por 0 = x0 <
n = 1 x 1 < x 2 < ... < x n−1 < x n = 1
Definição 6. 4. Sejam e duas partições do intervalo , - Dizemos que é
um refinamento de se o conjunto dos pontos que formam contiver o conjunto dos
pontos de
Exemplo 6. 8 Considere , - Seja uma partição de , - tal que e
Agora vamos definir a partir de da seguinte
forma: e A

partição ( ) refina

Exemplo 6. 9 Considere , - Seja uma partição de , - tal que e


Agora vamos definir a partir de da
seguinte forma: * + e , - Temos que ( ) refina

8
EaD•UFMS DERIVADAS E A INTEGRAL DE RIEMANN 129

Teorema
Teorema
6. 4. Sejam
6. 4. Sejam
, - , -uma função
uma limitada
função limitada
e umae partição
uma partição
de , de
-tal, que-tal que
e e Seja Seja * + com* + com
, ,-. Então-. Então
) ( ) )( ( ) )( )
) ( ) )( ( ) ). ( ).
Demonstração:
Demonstração:
De fato,Detemos
fato, que
temos que Sejam Sejam
e respectivamente
e respectivamente
os os
ínfimos ínfimos
de nos de intervalos
nos intervalos
, -, e ,[ - ]e Temos
[ , ] Temos
que que e e
( )( ( ) ( ) Temos
) que
Temos que

( )( ( ) )( )( )( )( ( ) () ( ) )

( ( )( )(
) () ( )( )(
) )
Ou seja,Ou seja,

( )( ( ) )( ) ( )( ( ) ) ( Dessa) forma,
Dessa provamos
forma, provamos
1). Analogamente
1). Analogamente
prova-seprova-se
2), ou seja,
2), ou( seja, ) ( ( ) )( )
Para obter
Paraum
obter
resultado
um resultado
mais geral
maispara
geral
dopara
que do
esteque
teorema
este teorema
que acabamos
que acabamos
de demonstrar,
de demonstrar,
basta acrescentarmos
basta acrescentarmos
pontos pontos
na partição e
na partição e * * + e é+ válido:
e é válido:
 
( )( ( ) );( ( ); ) ( ( ) ) (Este resultado
) Este resultado
garante garante
que quando
que quando
refinamos
refinamos
uma uma
partiçãopartição
a soma superior
a soma superior
não aumenta
não aumenta
e soma inferior
e soma inferior
não diminui.
não diminui.
Teorema
Teorema
6. 5. Para6. 5.
quaisquer partiçõespartições do intervalo
Para quaisquer do intervalo
, - , e qualquer
- e qualquer
função função
, - , -limitadalimitada
tem-se tem-se
( )( ( ) )( )
Demonstração:
Demonstração:
De fato,De
tome
fato, tome Neste caso
Neste caso
refina refina
e simultaneamente.
e simultaneamente.
Dessa forma,
Dessa forma,
( )( () )( ( ) )( ( ) )( )
Segue do
Segue
Teorema
do Teorema
6.5, que6.5,
o conjunto,
que o conjunto,
* ( )* ( ) , -+ das
, somas
-+ das inferiores
somas inferiores
é limitado
é limitado
superiormente
superiormente
por ( por ),(fixada),qualquer
fixada qualquer
partiçãopartição
de , -deDa
, mesma
- Da forma,
mesma podemos
forma, podemos
concluirconcluir
que que
o conjunto
o conjunto
* ( )* ( ) , -+ , -+
das somas
dassuperiores
somas superiores
é limitado
é limitado
inferiormente.
inferiormente.
E isto justifica
E isto justifica
as definições
as definições
a seguir.a seguir.

Definição
Definição
6. 5. 6. 5.Seja Seja
, - , - limitada.limitada.
Denominamos integralintegral
Denominamos superior,
superior,
e e
denotamos
denotamos

∫ ∫* ( )* ( ) , -+ , -+

9 9
130 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

Definição 6. 6. Seja , - limitada. Denominamos integral inferior , e


denotamos
Definição
Definição 6. 6.6. 6. SejaSeja , , - - limitada.
limitada. integral
integral
Denominamos
Denominamos inferior
inferior , e, e
Definição 6. 6.
denotamos
denotamos Seja , - limitada. Denominamos integral inferior , e
denotamos ∫ * ( ) , -+

Seja , - ∫ * ( * ( )integral
limitada.∫ Denominamos ) inferior , e , ,-+ -+
∫ * ( ) , -+
Também segue do Teorema 6.5,

Também
Também segue
segue do Teorema
do Teorema 6.5,6.5,
* ( ) , -+ ∫ ∫
Também segue do Teorema 6.5,
∫ ∫ ∫ ∫
Definição 6. 7. Seja , - limitada. Dizemos que , - é integrável
∫ ∫
orema 6.5,
se Definição
Definição 6. 7.6. 7. SejaSeja, ,- - limitada.
limitada. Dizemos
Dizemos queque, ,- - é integrável
é integrável
Definição
se se 6. 7. Seja , - limitada. Dizemos que , - é integrável
∫ ∫ ∫ ∫
se

Seja85) ,Na página limitada. Dizemos ∫ é ∫integrável


- e∫inferior ∫
- O valor120,
comumlinha bemque
das27integrais , corrigir
nosuperior
final para g(0) = 0.
é chamado integral de que se denota por
∫ ∫
O valor
O valor
86) Na página 120, comum
comumlinha das2das integrais
integrais
e para superior
superior
corrigir e ∫inferior
∫ oe simbolo
inferior ) é chamado
é( que
chamado
aparece integral
integral de dedireito
do lago queque se denota
se denota
da por por
gualdade entre parentese
O valor
Assim, comumdepois do sinal
das integrais menos,
temos superior
neste momento
e inferior integral
é chamadoesta f (x)dee para
quetrocar
se denota por
por f (a) ∫se f é integrável,
∫ ∫ ∫ ∫ ∫( ) ( )
Assim,
Assim, se f se f é integrável,
é integrável, temostemos ∫ ∫ ( )
87) Na
ntegrais página
superior 128, linha
e inferior 5 e para
é chamado corrigir
integral de que se denota por
Assim, se f é integrável, temos
De fato, segue ∫ ∫ ∫
∫ do∫Teorema ( ) 6.3
el, temos ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫
88) Na página
Exemplo 130,
6. 10 linha
Seja11 tem vı́rgula , - eentre os sı́mbolos ( ) [xj−1onde , xj ] atualmente nao
é uma constante real
consta esta virgula nas duas vezes em que ele∫ aparace ∫ na linha ∫ 11
arbitrária.
Exemplo
Exemplo 6. 10 6. Seja
10 Seja , ,- e - e ( ) ( ) ondeonde é uma é uma constante
constante realreal
89) Na página
De fato,
Exemplo 131,
seja
6. 10linha
qual for2 aeliminar
Seja partição o -e que
, de e deesta, no ı́nicio
( ) da
- digamos, dadalinha
por
onde é uma constante real
arbitrária.
arbitrária.
∫ ∫ ∫ temos que em todos os intervalos [ ] Logo,
90) Na De arbitrária.
De fato,
fato,
página sejaseja
132, qual
entrequal
foras afor a partição
partição
linhas de edeinı́cio
15 de ,deda 16- digamos,
, - digamos,
corrigirdada dada
por por
substituindo por a =
x0 < x1 < xDe < ... < x < x =existe b temos
temos que que de , emem em
todostodos os intervalos
os intervalos [ ] Logo,
[ que ] Logo,
, -e2 e fato, seja poisqual
n−1
(for)na partição
sempre ondeumdenúmero
é uma - digamos,
irracional
constante dada
,real por
-, de forma
( ) ( ) Assim,temos que é integrável, em comtodos os intervalos [ ] Logo,
e e 133,
91) Na página pois pois
entre sempre
sempre
as linhas existe
existe um eum
02 número
número
inı́cio 3irracional
irracional
da em em
corrigir ,substituindo
, -, de de forma
-, forma
por = que
0que x0 <
ax1partição e(< de
< x2 <de... (x)n−1
, )< (- xdigamos,
pois 1) Assim,
)=Assim,
n(sempre existe
dada por um número éirracional
integrável,
é integrável, emcom
com , -, de forma que
temos que ( ) ( ) Assim,
em todos os intervalos [ é integrável, com
] Logo,
∫ ∫ ∫ ( )
e existe um número irracional em , -, de forma que
sim, é integrável, com ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ( ( ) )
Exemplo 6. 11 Seja , ,e ( ) , , ( ) , ,
∫ ∫ ∫ ( )
( Exemplo
)
Exemplo 6. 11 11, Seja
6. Seja , Temos, ,, eque , e é uma função ( ) ( )em escada., ,, ,( ) ( ) , ,, ,
( ) ( ) 6. 116 Seja
Exemplo , ,, Temos , equequeé uma
, , Temos é uma ( )função
função em em , , ( )
escada.
escada. , ,
∫ Temos ∫ que: ∫
Exemplo 6. 12 Seja f = 1 +
( 7.4 + )3.1 = 32 , - e definida por 
( ) 0 , , Temos que é uma função em escada.
Exemplo
Exemplo 6. 12 6. Seja
12 Seja , ,- - e e definida por por
definida  
, ,e ( ) , ,( ) ( ){ , ,
Exemplo 6. 12 Seja , - e definida por 
, Temos que é uma função em escada. ( ) ( ){ {
( ) { 10
, - e definida por 
10 10
( ) { 10
consta esta virgula nas duas veze

89) Na página 131, linha 2 eli


EaD•UFMS DERIVADAS E A INTEGRAL DE RIEMANN 131
90) Na página 132, entre as l
x0 < x1 < x2 < ... < xn−1 < xn =

Mostre que não é integrável em , - 91) Na página 133, entre as lin


De fato, se é uma partição de , - digamos, dada por x1 < x2 < ... < xn−1 < xn = 1
Mostre que não é integrável em , -
temos que pois sempre existe um número racional em , -, e 1,
De fato, se é uma partição de , - digamos, dada por
pois sempre existe um número irracional em , -, de forma que
temos que pois sempre existe um número racional em , -, e
pois sempre existe um número irracional
( ) ∑ em , ( -, de)forma que

( ) ∑ ( )

( ) ∑ ( ) ∑ ( )
( ) ∑ ( ) ∑ ( )
Logo
Logo
∫ ∫
∫ ∫

Teorema 6. 6. Toda função contínua , - limitada é integrável.


Demonstração: A demonstração
Teorema 6. 6. Toda deste fato,
função contínua , -baseia-selimitada
da continuidade uniforme da função
é integrável.
no conjunto compacto
Demonstração: , -
A demonstração deste fato, baseia-se da continuidade uniforme da função
6.8: Integral:compacto
no conjunto Interpretação
, - Geométrica
6.7 Integral: Interpretação
Seja
Geométrica
uma função real contínua definida no intervalo , - Suponha que
6.8: Integral: Interpretação Geométrica
seja
Sejapositiva no intervalo - ou
, real
uma função seja, definida
contínua ,
( )no intervalo , - Suponha que
Considere uma
seja positiva no partição
intervalo , de -, ou -seja,
dividindo( este
) intervalo
, , - em subintervalos,
Considere
cada umalargura
um terá partição de , Dessa dividindo este intervalo ,
- forma, - em ( subintervalos,
)

( )
cada
( )um terá largura( ) Dessa forma,
( ) ( )

c1 x c2 x2 c3 xquec4 x
Considere ( ), para algum x0 [ 1 ] Lembre 3 4 { ( ) [ ] }
eConsidere { ( ( ),) para algum
[ ] }.[ Assim,] Lembre que { ( ) [ ] }
e ( ) { ( ) e daí [ ] }. Assim,
( ) Logo, fazendo divisões

sucessivas e daí
( )do intervalo , - em ( iguais,
partes ) Logo, cujo
obtemos uma sequência, fazendo
termodivisões
geral é
sucessivas do intervalo , - em partes iguais, obtemos uma sequência, cujo termo geral11é
11
132 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

∑ ( )

onde a partição de , - varia, de acordo com número de divisões em partes iguais do


intervalo , - E para todo

∫ ∫

Portanto,

∫ ∑ ( )

Exemplo 6. 13 Seja a área entre e o eixo , para

y
b y=x

0 x1 xn-1 b

Esta área é igual a: Como ( ) é contínua em , - então




∫ ∫ ∫

Podemos notar que o processo do limite nos leva ao resultado procurado. Considere uma
partição de , - dividindo este intervalo , - em subintervalos, cada um terá

largura , - Dessa forma,

Temos que ( ) ( ) ( ) ( )

12
EaD•UFMS DERIVADAS E A INTEGRAL DE RIEMANN 133

( )

( ) ∑ ( ) ∑ ( ) ∑ ( )

( ) ( )

Analogamente, provamos que

( ) ∑ ( ) ∑ ( )

Como

∫ * ( ) , -+ ( )

Também,

( ) ∫ * ( ) , -+

Portanto

∫ ∫ ∫

Segue do Teorema do Confronto, para sequências de números reais que


13
134 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL EaD•UFMS

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