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São Cristóvão/SE
2011
Algebra Linear II
Elaboração de Conteúdo
Danilo Felizardo Barboza
Wilberclay Gonçalves Melo
Projeto Gráfico
Neverton Correia da Silva
Nycolas Menezes Melo
Capa
Hermeson Alves de Menezes
CDU 512
Presidente da República Chefe de Gabinete
Dilma Vana Rousseff Ednalva Freire Caetano
Vice-Reitor
Angelo Roberto Antoniolli
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
ii
2.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.3 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5 Operadores Auto-adjuntos 54
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
iii
5.2 Operadores Auto-adjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
5.5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
6 Operadores Ortogonais 78
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
6.3 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
iv
7 Operadores Normais 89
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
8 Formas Bilineares 97
8.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
v
9.3 Operadores Nilpotentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
vi
Capı́tulo 1
Unidade II
Meta
1
Objetivos
Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de calcular o produto interno entre elementos
de um espaço vetorial bem como determinar sua norma.
Pré-requisitos
Álgebra Linear I.
1.1 Introdução
Caro aluno, no curso de Vetores e Geometria Analı́tica, você estudou um produto especial
entre dois vetores de R2 (ou de R3 ), denominado produto escalar, que permitia introduzir a
ideia de distância, comprimento de um vetor e ângulo entre dois vetores. Nesta disciplina
estenderemos esta noções para um espaço vetorial arbitrário, obtendo assim uma estrutura
mais rica, denominada espaço vetorial com produto interno. Em todo o curso trabalharemos
apenas sobre o corpo dos números reais, fazendo algumas observações no caso complexo.
Definição 1.1. Seja V um espaço vetorial sobre R. Dizemos que uma aplicação h·, ·i :
V × V −→ R, que associa dois vetores u, v ∈ V a um único número hu, vi real, é um produto
interno sobre V , se esta satisfaz as seguintes condições:
2
Quando munimos o espaço vetorial V de um produto interno h·, ·i, dizemos que V é um
espaço vetorial com produto interno h·, ·i ou que V é um espaço Euclidiano.
Obs 1.1 (Produto Interno sobre C). Poderı́amos ter definido produto interno num espaço
vetorial V sobre C (conjunto dos números complexos), chamado produto interno Hermitiano,
como sendo uma aplicação h·, ·i : V × V −→ C que verifica os itens i), ii), iv) e v), mas ao
invés do item iii), obtemos a veracidade de
iii’) hu, vi = hv, ui, para todos u, v ∈ V , onde hv, ui significa o conjugado do número
complexo hv, ui.
Exemplo 1.1. Seja V = R2 o espaço vetorial com a adição de vetores e multiplicação por
escalar usuais, ou seja, (x1 , x2 ) + (y1 , y2 ) = (x1 + y1 , x2 + y2 ) e λ(x1 , x2 ) = (λx1 , λx2 ), para
todo λ ∈ R. Defina h·, ·i : R2 × R2 −→ R por h(x1 , x2 ), (y1 , y2 )i := x1 y1 + x2 y2 . Afirmamos
que h·, ·i é um produto interno sobre R2 (dito produto interno canônico de R2 ). Com efeito,
sejam u = (x1 , x2 ), v = (y1 , y2 ), w = (z1 , z2 ) ∈ R2 e λ ∈ R, então
Na verificação das demais propriedades que compõem a definição de produto interno justifi-
que cada passagem, conforme item anterior.
3
iii) hu, vi = h(x1 , x2 ), (y1 , y2 )i
= x1 y1 + x2 y2 = y1 x1 + y2 x2
= h(y1 , y2 ), (x1 , x2 )i
= hv, ui,
v) hv, vi = 0
⇔ y12 + y22 = 0
⇔ y1 , y2 = 0
⇔ v = (y1 , y2 ) = (0, 0) = 0.
Em particular, h(1, 0), (1, −1)i = 1 · 1 + 0(−1) = 1 e h(1, 0), (0, 1)i = 1 · 0 + 0 · 1 = 0.
V = Rn = {(x1 , x2 , ..., xn ) : xi ∈ R, i = 1, · · · , n}
e
λ(x1 , x2 , ..., xn ) = (λx1 , λx2 , ..., λxn ),
Seguindo os mesmos passos do Exemplo 1.1 é possı́vel provar que h·, ·i é um produto interno
sobre Rn (chamado produto interno canônico de Rn ). Em particular,
4
Exemplo 1.3. Seja V = C([a, b]) o espaço vetorial das funções reais contı́nuas em [a, b] com
as operações de adição de vetores e multiplicação por escalar usuais, ou seja,
onde f, g ∈ V (este é o produto interno canônico de C([a, b])). Vamos provar que h·, ·i é um
produto interno. De fato, se f, g, h ∈ C([a, b]) e λ ∈ R, então
Z b
i)hf + g, hi = [f + g](t)h(t)dt
a
Z b
= [f (t) + g(t)]h(t)dt
a
Z b
= [f (t)h(t) + g(t)h(t)]dt
a
Z b Z b
= f (t)h(t)dt + g(t)h(t)dt
a a
= hf, hi + hg, hi.
Z b Z b Z b
ii) hλf, hi := (λf )(t)h(t)dt = λf (t)h(t)dt = λ f (t)h(t)dt =: λhf, hi.
a a a
Z b Z b
iii) hf, hi := f (t)h(t)dt = h(t)f (t)dt =: hh, f i.
a a
Z b Z b
iv) hf, f i := f (t)f (t)dt = f (t)2 dt ≥ 0.
a a
Rb
v) hf, f i = 0 se, e somente se, a f (t)2 dt = 0. Mas isto implica que f (t) = 0, para todo
t ∈ [a, b]. Logo, f ≡ 0. (ver item iv)) Aqui utilizamos o seguinte resultado para integrais:
Z b
Se ϕ é uma função contı́nua com ϕ(t) ≥ 0, para todo t ∈ [a, b] e ϕ(t)dt = 0, então ϕ ≡ 0.
a
1 1 1
t2 1 1
Z Z Z
hf, gi := f (t)g(t)dt = t · 1dt = tdt = = .
0 0 0 2 0 2
5
Obs 1.2. Quando nada for dito sobre o produto interno, estaremos usando o produto interno
canônico dos espaços vetoriais exemplificados acima.
onde A, B ∈ V . Recorde que o traço de uma matriz quadrada M, denotado por tr(M ), é a
soma dos elementos da diagonal principal da matriz M. Convidamos o aluno a verificar que,
de fato, esta função satisfaz a definição de produto interno.
Exemplo 1.5. Seja V = R2 o espaço vetorial com adição de vetores e multiplicação por
escalar usuais. Defina h·, ·i : R2 × R2 −→ R por h(x1 , x2 ), (y1 , y2 )i = −2x1 y1 + x2 y2 . Afir-
mamos que h·, ·i não é um produto interno sobre R2 . Com efeito, para v = (1, 0) ∈ R2 ,
temos que hv, vi = h(1, 0), (1, 0)i := (−2)1 · 1 + 0 · 0 = −2 < 0, e isto contradiz o item iv) da
Definição 1.1.
Obs 1.3. Podemos definir vários produtos internos sobre um espaço vetorial. Por exemplo,
sobre R2 poderı́amos definir h(a, b), (b, c)i = ac + bc + ad + 3bd. Verifique!
Vejamos algumas propriedades do produto interno que decorrem imediatamente de sua de-
finição.
Proposição 1.1. Seja V um espaço vetorial sobre R com produto interno h·, ·i. Então as
seguintes afirmações são verdadeiras:
6
Demonstração. Sejam u, v ∈ V . Então hu, λvi = hλv, ui = λhv, ui = λhu, vi, onde nestas
igualdades utilizamos os itens iii), ii), iii), da Definição 1.1, respectivamente. Isto prova
o item i). Agora, mostremos que o item ii) é verdadeiro. De fato, usando o item i) e a
comutatividade da Definição 1.1, obtemos h0, vi = hv, 0i = hv, 0 · 0i = 0hv, 0i = 0, para todo
v ∈ V, onde 0 ∈ R é o número zero e 0 ∈ V é o vetor nulo de V .
aqui usamos os itens iii), i), iii), da Definição 1.1, respectivamente. Por fim, verifiquemos
o item iv). Se hu, vi = 0, para todo v ∈ V , então hu, ui = 0 (basta considerar v = u).
Utilizando a Definição 1.1, item v), obtemos que u = 0. Isto conclui a demonstração.
Obs 1.4 (Propriedades em C). Os itens ii), iii) e iv) da Proposição 1.1 continuam sendo
válidos em espaços vetoriais com produto interno sobre C, mas o item i) tem uma significante
modificação:
hu, λvi = λhu, vi,
Exercı́cios de Fixação
1. Considerando o espaço vetorial R3 , calcular hu, vi nos seguintes casos
i) u = ( 12 , 2, 1) e v = (4, 1, −3);
ii) u = (2, 1, 0) e v = (4, 0, 2);
iii) u = (1, 1, 1) e v = (2, −1, 5).
2. Usando o produto interno canônico de C([0, 1]) no espaço vetorial formado por polinômios
de grau menor que ou igual a 2. Determine o produto escalar de:
i) f (t) = t e g(t) = 1 − t2 ;
1 1 1
ii) f (t) = t − 2
e g(t) = 2
− t− 2
.
3. Seja V um espaço vetorial e defina hu, vi = 0, para todos u, v ∈ V. Prove que h·, ·i é um
produto interno em V .
7
4. Seja V = R2 . Sendo u = (1, 2) e v = (−1, 1) ∈ R2 , determine um vetor w deste espaço
tal que hu, wi = −1 e hv, wi = 3.
5. Sendo u = (x1 , x2 ) e v = (y1 , y2 ) ∈ R2 , definamos
x1 y 1 x2 y 2
hu, vi := + 2 ,
a2 b
é chamada norma sobre V . Quando munimos um espaço vetorial V de uma norma, dizemos
que V é um espaço normado.
8
Proposição 1.2 (Norma sobre um Espaço Euclidiano). Seja V um espaço vetorial com
p
produto interno h·, ·i. Então a aplicação k · k : V → R, definida por kvk := hv, vi, é uma
norma sobre V. Neste caso, dizemos que a norma k · k provém do produto interno h·, ·i.
ku + vk2 = hu + v, u + vi
= hu, ui + 2hu, vi + hv, vi
= kuk2 + 2hu, vi + kvk2
≤ kuk2 + 2|hu, vi| + kvk2
≤ kuk2 + 2kukkvk + kvk2
= (kuk + kvk)2 ,
onde na última desigualdade usamos o Teorema 1.1. Logo, pelo item i), ku + vk ≤ kuk + kvk,
para todo u, v ∈ V.
é uma norma
Exemplo 1.8 (Norma de funções contı́nuas). Seja V = C([a, b]) conforme o exemplo 1.3.
Z b 1/2
p 2
Logo, k · k : C([a, b]) → R, dada por kf k = hf, f i = [f (t)] dt , é uma norma.
a
9
Exemplo 1.9 (Não-Norma). Seja V = R2 . Defina k · k : R2 → R por k(x, y)k = x2 + y 2 .
Então k · k não é uma norma. Basta observar que k2(1, 0)k = k(2, 0)k = 22 + 02 = 4 e, por
outro lado, |2|k(1, 0)k = 2k(1, 0)k = 2(12 + 02 ) = 2, de forma que k2(1, 0)k =
6 |2|k(1, 0)k. Isto
contradiz o item ii) da Definição 1.2.
Definição 1.3 (Vetor Unitário). Seja V um espaço vetorial normado. Dizemos que um vetor
v ∈ V é unitário se kvk = 1.
Exemplo 1.11. Seja V = C([0, 1]) e sejam f (t) = 1 e g(t) = t. Desde que
Z 1 1/2 Z 1 1/2
2
kf k = [f (t)] dt = 1dt =1
0 0
e 1/2 Z 1/2
Z 1 1
2 2 1
kgk = [g(t)] dt = t dt =√ ,
0 0 3
segue que f é um vetor unitário e g não. Usando a observação acima, obtemos o vetor
g t √
unitário = 1 = 3t.
kgk √
3
f (x) = ku − xvk2 = hu − xv, u − xvi = hu, ui − 2xhu, vi + x2 kvk2 = kuk2 − 2xhu, vi + x2 kvk2 .
10
Logo, kuk2 − 2xhu, vi + x2 kvk2 ≥ 0. Note que o gráfico de f é uma parábola, a qual está
acima do eixo das abscissas (o vértice desta parábola pode tocar tal eixo). Portanto, impomos
que ∆ = 4hu, vi2 − 4kuk2 kvk2 ≤ 0 (discriminante). Ou seja, hu, vi2 ≤ kuk2 kvk2 . Por fim,
√
|hu, vi| ≤ kukkvk (aqui usamos a2 = |a|). O Teorema está provado.
Obs 1.5. A desigualdade de Cauchy-Schwarz é válida para espaços vetoriais com produto
interno Hermitiano. Você aluno está convidado a provar esta afirmação. Sugestão: Use
y = xhu, vi no lugar de x.
Exemplo 1.12. Seja V = C([0, 1]) com o produto interno canônico, definido no exemplo
Z 1 2 Z 1 Z 1
2 2
1.3. Podemos mostrar que f (t)g(t)dt ≤ [f (t)] dt [g(t)] dt . Com efeito,
0 0 0
pela desigualdade de Cauchy-Schwarz, temos que |hf, gi| ≤ kf kkgk, para todos f, g ∈ V .
Com isso, hf, gi2 ≤ kf k2 kgk2 . Usando as definições de h·, ·i e k · k, encontramos o resultado
desejado.
Exercı́cios de Fixação
1. Sejam u, v ∈ V , onde V é um espaço vetorial com produto interno. Se kvk, kuk = 1, e
ku − vk = 2, determine hu, vi, onde kk é a norma que provém do produto interno.
2. Seja V um espaço vetorial formado pelos polinômios de grau menor que ou igual a 2
com o produto interno interno canônico para C([0, 1]). Calcular kf (t)k (k · k é a norma que
provém do produto interno) nos seguintes casos:
i) f (t) = t;
ii) f (t) = −t2 + 1.
3. Num espaço vetorial com produto interno provar que
i) kuk = kvk ⇔ hu + v, u − vi = 0;
ii) ku + vk2 = kuk2 + kvk2 se, e somente se, hu, vi = 0.
4. Sejam u = (x1 , x2 ) e v = (y1 , y2 ) ∈ R2 .
i) Mostrar que hu, vi := x1 y1 − 2x1 y2 − 2x2 y1 + 5x2 y2 define um produto interno sobre R2 ;
ii) Determinar a norma de u = (1, 2) em relação ao produto interno usual e também em
relação ao produto definido em i).
11
√
5. Considere o espaço R3 . Determinar a ∈ R de maneira que kuk = 41, onde u = (6, a, −1)
e k · k é a norma que provém do produto interno canônico.
6. Prove que a igualdade na Desigualdade de Cauchy-Schwarz é válida se, e somente se, os
vetores linearmente dependentes.
7. Sejam u = (1, 1, 0) e v = (0, 1, 2) ∈ R3 . Determinar os vetores w ∈ R3 tais que kwk = 1 e
hu, wi = hv, wi = 0.
8. Sejam u = (1, 2, 0, 1) e v = (3, 1, 4, 2) ∈ R4 . Determinar hu, vi, kuk e kvk, onde k · k
provém do produto interno canônico de R4 .
9. Sabendo que kuk = 3, kvk = 5, com u e v elementos de um espaço vetorial com produto
interno, determine t ∈ R de maneira que hu + tv, u − tvi = 0.
1.4 Conclusão
Concluı́mos que num espaço vetorial com produto interno há modos eficientes de manipular
seus elementos e possibilitando definir comprimentos e distancias.
12
6. Seja A uma matriz 2 × 2 com entradas reais. Para X, Y matrizes 2 × 1 defina a função
hX, Y iA := Y t AX, onde Y t é a transposta de Y. Mostre que h·, ·iA é um produto interno
sobre o espaço das matrizes 2 × 1 se, e somente se, A = At , A11 , A22 , det(A) > 0, onde
A = (Aij ).
7. Seja V um espaço vetorial com produto interno h·, ·i. Considere sobre V a norma que
provém do produto interno. Prove a seguinte identidade de polarização:
1 1
hu, vi = ku + vk2 − ku − vk2 ,
4 4
para todo u, v ∈ V.
8. Seja V um espaço com produto interno h·, ·i. A distância entre os vetores u e v em V é
dada por d(u, v) := ku − vk. Mostre que:
i) d(u, v) ≥ 0;
ii) d(u, v) = 0 se, e somente se, u = v;
iii) d(u, v) = d(v, u);
iv) d(u, v) ≤ d(u, w) + d(w, v).
9. Seja V um espaço vetorial com produto interno h·, ·i. Sejam u, v ∈ V . Mostre que u = v
se, e somente se, hu, wi = hv, wi, para todo w ∈ V.
10. Seja V um espaço vetorial com produto interno h·, ·i. Seja U um espaço vetorial. Seja
T : U → V uma transformação linear injetora. Mostre que hx, yiU := hT (x), T (y)iV é um
produto interno sobre U. Conclua que qualquer espaço vetorial com dimensão finita possui
um produto interno. Sugestão: Crie um isomorfismo entre um espaço vetorial de dimensão
n e Rn .
11. Seja V um espaço vetorial com dimensão finita. Seja β = {v1 , v2 , ..., vn }. Seja h·, ·i um
produto interno sobre V. Sejam λ1 , λ2 , ..., λn ∈ R. Mostre que existe exatamente um vetor
v ∈ V tal que hv, vi i = λi , para todo i = 1, 2, ..., n.
12. Seja V um espaço vetorial com produto interno h·, ·i. Considere sobre V a norma que
provém do produto interno. Prove a seguinte lei do paralelogramo
para todo u, v ∈ V.
13
13. Use a Desigualdade de Cauchy-Schwarz em R3 para mostrar que, dados os números reais
estritamente positivos x1 , x2 , x3 , vale a desigualdade:
1 1 1
(x1 + x2 + x3 ) · + + ≥ 9.
x1 x2 x 3
Próxima Aula
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Referências Bibliográficas
[1] BUENO, H. P., Álgebra Linear - Um Segundo Curso, Primeira Edição, Rio de Janeiro,
SBM, 2006.
[3] COELHO, F. O., LOURENÇO, M. L., Um Curso de Álgebra Linear, Edição 2001,
São Paulo, EdusP, 2004.
[4] HOFFMAN, K., KUNZE, R., Linear Algebra, Second Edition, New Jersey, Prentice-
Hall, Inc., Englewood Cliffs, 1971.
[5] LANG, S., Álgebra Linear, Primeira Edição, New York, Ed. ciência Moderna, 2003.
[6] LIPSCHUTZ, S., Álgebra Linear, Terceira Edição, São Paulo, Schaum McGraw-Hill
Makron Books, 1994.
[7] SILVA, A., Introdução à Álgebra, Primeira Edição, Editora Universitária UFPB, João
Pessoa, 2007.
Professor Revisor
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