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Cogeração para Estações de Força

Data da Apresentação: Março /19 /2014


Pedro Campos Mello
Carlos Alberto Salomão Silame
Módulo 1 – Tecnoologia CHP
 Objetivos:
Após a conclusão deste módulo você entenderá como
ocorre o fenômeno de distribuição de calor, e estará ápto
a desenhar um diagrama de Sankey para sistemas CHP,
adaptado para os sistemas de cogeração de alta potência
da Cummins. Você também entenderá fórmulas básicas
de termodiâmica e como se dá a produção de água
quente e vapor.
 Programação:
• Objetivos do sistema CHP
• Distribição de energia no gerador à gás
• Esquema típico de um sistema CHP e diagramas de Sankey
• Balanço de energia em um gerador QSV91G
• Fórmulas básicas e definições
• Mudanças de fase
• Vapor – Curva termodinâmica e terminologia
• Cogeração de água quente
• Análise da demanda de calor

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Objetivos do CHP
CHP → Combined Heat and Power
Prover mais de um tipo de energia:
• Eletricidade
• Pré-calor para vaporizadores
• Água quente para outros processos
• Processo de Chilling
Maximizar a eficiência da estação de força.
Requerimentos para uma nova estação de força CHP:
• Maior temperatura de exaustão (Recuperar mais).
• Maior temperatura do óleo lumbrificante (para que haja recuperação
vinda de seu resfriamento.
• Maior tempeatura a água de admissão (apenas o suficiente para o
resfriamento onde quer que a estação esteja)

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Objetivos do CHP

Lembre-se:

Sistemas CHP possuem, geralmente,


pelo menos 86% de eficiência.

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Fundamental em Cogeração:

 Eficiência: Particularmente importante em locais


onde o preço do gás é alto.

 Disponibilidade: Desvantagens na eficiência podem


ser compensadas por uma melhor disponibilidade.

 Custo de manutenção competitivo: Menos


componentes de motores e menos oras de trabalho.

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Distribição de energia no gerador à gás
Consumo total de gás do sistema gerador = 100% Energia elétrica gerada= 36%

50% 36%
36%
14% Perdas totais do gerador= 14%
• Perda por alor irradiado
• Perdas por atrito
• Perdas auxiliares
• Perdas elétricas
14%

36%
50%
50%

Energia acessível do gás com o


Calor rejeitado do óleo, água e gases de exaustão= 50% sistema CHP= 86%

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Diagrama esquemático do CHP

Tubo de
escapamento

Silenciador do
escapamento
Refrigeração
Refrigeração
do óleo
do motor
lumbrificante

Água quente
Água fria devolvida ao
do cliente cliente
Trocador de
calor do
escapamento

Ar
Motor
Gás
Eletricidade
Alternador gerada

LT= Low temperature


HT= High temperature

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Diagrama de Sankey para um sistema CHP
Perdas no
Diagrama de Sankey escapamento
para um motor CHP 16.9%
de ignição por
centelha.

Recuperação de calor
(via LTHW/MTHW) 43.5%
Admição de
combustivel
100%

Eletricidade 34.8%

LTHW = Low Temperature


Hot Water. Perdas or Perdas no
MTHW = Medium Temperature irradiação alternador
Hot water. 3.8% 1.0%

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Aproveitamento de calor em um gerador
QSV91G

Mecânica Eletricidade gerada 38%

Aproveitável
Circuito HT(85- 95°C) 15%
87%
Circuito do LT e do óleo (50 - 60°C)
9%
Térmica
Escapamento ( 120°C) 25%

Perdas no gerador 1%
Circuito de resfriamento Perdas totais 13%
CAC 2.5%
Irradiação do motor 3.5%
Exaustor (120°35° + não queimados)
6%

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Fórmulas básicas e definições
Definições: PINCH POINT é a dierença de temperatura ao longo do circuito do motor e
do processo do cliente no trocador de calor, que permite que tansferência de calor
ocorra. É possivél fazer uma analogia do “pinch point” como sendo a diferença de
potencial em um circuito elétrico, onde a tensão gera uma corrente elétrica, a
temperatura gera o fluxo da energia térmica.
Regras fundamentais:
• Para água pura, 1000 Litros=1000kg (1 ton), o que equivale a 1m³. Então, um motor que
possua um fluxo de 60m³ possui uma vazão em massa de 60.000 kg/h. Dividindo por
3600 temos 16,67 kg/s.

• O “Pinch Point” mínimo em um trocador de calor água-água é 5° C.

• O “Pinch Point” mínimo em um trocador de calor água-gás é 30° C.

Obs: Estes dados podem ser usados em estimativas iniciais de projeto. É possível atingir
“Pinch Points” menores, mas isso almenta significativamente o custo do trocador de
calor.

• O suprimento de água do cliente não pode estar a uma temperatura maior que 95° C.

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Fórmulas básicas e definições

• Perdas térmicas nas placas do trocador de calor são tão mínimas, que podem ser
despresadas para nossos propósitos.

• Cada motor possui requerimentos de projeto fixos que precisam ser conhecidos. Um
gerador QSV91 funcionando com 100% de carga, possui a temperatura HT na entrada
de 95° C (ou 110° C) e na saída de 82° C (95° C), com uma rejeição de calor de 601kW
(595kW). Se o cliente quiser mais, ou menos, calor vindo de seus processos, então
poderá obte-lo alternando o fluxo no circuito do processo.

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Fórmulas básicas e definições

QSK19G pode produzir 460 kW de água quente


QSV81G pode produzir 1800 kW de água quente
QSV91G pode produzir 1995 kW de água quente

Estes são os máximos que podem ser


alcançados de um resfriamento LT & HT
de circuitos e gases de exaustão.
O valor real pode depender do retorno da
temperatura da água oriundas de cargas
térmcas.

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Fórmulas básicas e definições
QSV81G produz aproximadamente 1.25 t/h de vapor a 10 Bar g.

QSV91G produz aproximadamente 1.4 T/h de vapor a 10 Bar g.


Estes são os valores máximos obtidos, devido a limitações do motor. A tempeatua
disponivel no escapamento é de 500 °C. Para que possam ser atingidas maiores
pressões e temperaturas (vapor superaquecido) maiores temperaturas na admição são
necessárias (1.500 °C).

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Fórmulas básicas e definições
 Energia térmica tranferida por um fluido:

Fórmula ·
Q = M x Cp x ΔT

Where: Q = Potência emkW


·
M = Vazão mássica kg/s
Cp = Calor específico do fluido kJ/(kg ° C)
(delta) ΔT = Diferença de temperatura ° C

OR:
Potência (kW) = Vazão mássica (Kg/s) x Calor específico kJ/(kg ° C) x Diferença
de temperatura(° C)

Esta fórmula é aplicável em varias situações

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Fórmulas básicas e definições

Q = M x Cp x ΔT

Porém, para calcular a quantidade de calor disponível no escapamento, nós podemos:


• Determinar a vazão mássica através do data sheet.
• Determinar a temperatura dos gases do escapamento atrvés do data sheet.
• Nós precisamos manter a temperatura do refrigerante constane a 120°C, para evitar
condensação do fluido e eventuais corrosões.
• Cp poderá variar de acordo com o meio e com uma mistura de glicol, mas geralmente é
constante.
• Para gases de escapamento= 1.07,
• Para a água= 4.187,
• Para água com 50% de mistura de glicol= 3.7 (95° C).

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Fórmulas básicas e definições
Cálculo para água quente:

Q = M x Cp x ΔT
Exemplo:
QSV91G 1500rpm 11.4:1 ratio 14 bar BMEP temperatura da água de
admição 95° C.

• M = 2.51kg/s
• Temperatura do gás de exaustão = 520° C
• Cp para o gás de exaustão= 1.07
• ΔT =(520 - 120) = 400° C
Então: O calor gerado no escapamento= 2.51 x 1.07 x 400
= 1074kW t

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Fórmulas básicas e definições
4 200

4 100
Density x CP in kJ / m3.°C)

4 000
10%
3 900
20%
3 800 30%
40%
3 700 50%

3 600

3 500
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Temperatura em °C (Curva para cada porcentagem de glicol)
• Para uma mistura de água e glicol, o Cp depende de ambas, temperatura e porcentagem de glicol.
• Isto se aplica para condições de equilíblio térmico.
• Calor específico (Cp): Água pura=4.2; Glicol/água mistura de 50/50 (Agente refrigerante pesado) = 3.7.
• A vazão de refrigerante em motores Cummins é medida em metros cubicos por hora (m³/h). Para a
equação que temos, precisamos converter esta uidade para Kg/s. Para praticidade de cálculo,
usaremos água pura, mas em aplicações em motores não se utiliza água pura.
• Água pura → 1000 Litres = 1000kg, que equivale a 1m³. Então, um motor que possua um fluxo de 60m³
possui uma vazão em massa de 60.000 kg/h. Dividindo por 3600 temos 16,67 kg/s.

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Fórmulas básicas e definições
 Troca de calor T° Convenções
0 T = Fluido quente
T0
T0 t0 t = Fluido frio
0 = T0 - t0
1 = T1 - t1.
Lado do Lado do
Motor Processo t0
T1
Pinch
t1 Point
T1 t1

Onde: Q Potência em kW.


Q = Área da Superfíciex K x T° S Área da superfície da parede m²
K Coeficiente de troca de calor em kW/(m².°C)
T (θm) Diferença logarítimica de temperatura.
Obsevação: Na prática os fluxos ocorrem em direções opostas

Para que ocorra a troaca de calor, o fluido refrigerante, obviamente precisa estar em uma temperatura
menor do que o que será resfriado. O ‘Pinch Point’ é mínima diferença de temperatura que ele precisa
estar. Sendo 5° C para água-água e 30° C entre os gases de exaustão e o fluido a ser aquecido.

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Fórmulas básicas e definições

Utilize a fórmula básica, Q = M x Cp x ΔT para calcular a vazão mássica de
fluido necessário no circuito do processo do cliente, com um gerador QSV91G,
sendo que ; Temperatura na saída do HT=95°C; Utilizar água pura no circuito.
(Cp=4.2)
𝑄
𝑄 = 𝑚. 𝐶𝑝. ∆𝑇 → 𝑚 =
𝐶𝑝. ∆𝑇
Pinch Point 1 = 18° C

601kW 95° C 77° C


Processo
do Cliente
82° C 90° C

Trocador
Pinch Point 2 = 8° C de Calor

601 601
𝑚= = = 11 𝑘𝑔/𝑠
4,2 . (90 − 77) 54,6

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Exercício
1) Calcule a vazão mássica necessária para o circuito do cliente, para chegar à
situação mostrada no diagrama abaixo. Utilize como fluido do circuito, água pura
(Cp=4,2).
2) Calcule os pinch points.
Pinch Point 1 = 60° C

595kW 110° C 50° C


Processo
do Cliente
97° C 80° C

Trocador
Pinch Point 2 = 17° C de Calor

𝑄 595
𝑄 = 𝑚 . 𝐶𝑝 . ∆𝑇 𝑚= = = 4,72 𝑘𝑔/𝑠
𝐶𝑝 .∆𝑇 4,2 . (80 − 50)
𝑃𝑖𝑛𝑐ℎ 𝑃𝑜𝑖𝑛𝑡 1 = 110 − 50 = 60℃
𝑃𝑖𝑛𝑐ℎ 𝑃𝑜𝑖𝑛𝑡 2 = 97 − 80 = 17℃

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Mudanças de Fase
A matéria pode ser encontrada em três fases diferentes: Sólida, Líquida e Gasosa.
Além disso, também obedece o ciclo reversível mostrado no diagrama abaixo:

Fusão Vaporização

SOLIDO LÍQUIDO GASOSO

Solidificação Condensação

• Quando a temperatura de um corpo sólido aumenta, esta chega ao ponto de fusão. Então
se mantém constante durante a fusão, mesmo se suprimento de calor aumentar. Esta
quantidade de calor é chamada de Calor latente de fusão.

• Quando a temperatura de um líquido aumenta, esta chega ao ponto de vaporização..


Então se mantém constante durante o processo de fervura, mesmo se suprimento de
calor aumentar. Esta quantidade de calor é chamada de Calor latente de vaporização.

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Vapor de água e pressão
Temperatura de saturação do vapor de água x Pressure
°C
240

220
Temperatura de saturação

Limite Prático 10bar gauge


200

180

160

140

120

100 bar

Ptressão de Gauge +
2.0 bar 3.7 bar Pressão (absoluta)
pressão atmosférica local

É muito importante conhecer a pressão pela proposta, quando se oferece vapor e


água de cogeração
Pressão Absoluta = Pressão de Gauge+ Pressão atmosférica local.
Em pressão atmosférica (1.013 bar abs), a água ferve a100°C. Em 2 bar, a água ferve
a 120°C, em 3.7 bar a 140 °C.

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Vapor de água
Vaporização da água
A energia requerida para o processo de vaporização é muito maior do que a energia
requerida para elevar a tempeatura. Aproximadamente quatro vezes mais.
T °C

1xE 4xE

Vapor Superaquecido
E=Energia
necessária para a
mudança de estado
Líquido Vaporização Vapor

Suprimento de Calor

Ponto de Ponto de
saturação do saturação do Estes pontos estão em função
líquido vapor da temperatura do sistema

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Vapor
TEMP PRESSÃO VOLUME VOLUME ENTALPIA ENTALPIA VAPORIZAÇÃO
ESPECÍFICO ESPECÍFICO
LÍQUIDO VAPOR CALOR LATENTE
LÍQUIDO VAPOR

° C Bar m ³/kg m ³/kg kJ/kg kJ/kg kJ/( kg.K)

180 10.027 0.001 128 0.1938 763.12 2776.3 2013.1

1. Linha do líquido (100% water).


C = Ponto crítico
221.20Bar 2. Vapor Saturado (50% water).
3. Linha do vapor saturado seco
(100% steam).
4. Vapor Superaquecido.
Pressão (P) Bar
A. Água Líquida.
B. 180° C.
B1. Maioria Líquido; Minoria Vapor.
1 2 3 4
C1. Maioria Vapor; Minoria Líquido.
C. Vapor Saturado Seco.
A B B1 C1 C D
10Bar D. Vapor Superaquecido.

Volume (m³)
763.12kJ/kg 2776.3kJ/kg

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Cogeração de água quente
i Informação Necessária:
• Processo do Cliente: Tubulação, controle, como
conectar a cogeração.
• Necessidade REAL de energia térmica do cliente:
Temperatura na entrada e saída, vazão de água.
• Necessidade REAL de energia elétrica do cliente.
• Variação de poência, calor e energia elétrica:
- durante o dia.
- durante a semana.
- durante o ano.

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Análise da Demanda de Calor
Demanda de Calor

Customer Need

horas
1 ano
Como você atenderia esse perfil? Lembre-se de que os verdadeiros benefícios
ocorrem quando a estação está operante.

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Análise da Demanda de Calor
Demanda de Calor

Disponibilidade da
cogeração

horas
1 ano

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Análise da Demanda de Calor
Demanda de
Calor Demanda de Calor
não Atendida
Exesso de Exesso de
Calor Calor

horas
1 ano
Nós veremos como contornar essa situação no módulo sobre
Heat Buffer
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FIM

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