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Texto Base
PARNCUTT, Richard. Musicologia Sistemática: a história e o futuro do ensino
acadêmico musical no ocidente. Em Pauta, Porto Alegre, v. 20 n. 34/35, 145-185,
janeiro a dezembro 2012.
Musicologia
É o estudo da música. Abrange todas as abordagens disciplinares da arte musical: física, acústica,
digital, multimídia, social, sociológica, cultural, histórica, geográfica, etnológica, psicológica,
fisiológica, medicinal, pedagógica, terapêutica, ou em relação a qualquer outra disciplina ou
contexto que seja musicalmente relevante (p. 147).
1. Musicologia Sistemática
Busca estudar a música enquanto fenômeno no sentido de algo que se observa ocorrer,
recorrentemente, de diferentes formas e em diferentes contextos (p. 150). Pode ser dividida em duas
subáreas (p. 151):
1. Musicologia Sistemática Científica – É empírica e baseada em dados. Ela envolve psicologia
empírica e sociologia, acústica, fisiologia, neurociências, ciências cognitivas, computação e
tecnologia. Estas várias vertentes são unificadas por epistemologias e métodos que são
característicos das ciências duras;
2. Musicologia Sistemática Humana – É subjetiva (introspectiva, intuitiva, intersubjetiva) e
filosófica (baseada na análise de textos musicais, comportamentos e experiências). Envolve estética
filosófica, sociologia teórica, semiótica, hermenêutica, crítica musical e (aspectos não históricos e
não etnológicos dos) estudos culturais e de gênero (incluindo a ‘nova musicologia’ das décadas de
1980 e 1990).
Teve sua origem em culturas da Antiguidade da Grécia, da China e da Índia. Os gregos antigos, por
exemplo, desenvolveram teorias do afeto musical, expressaram intervalos musicais como razões do
comprimento das cordas que vibravam e, às vezes, assumiram que ambos tinham relação com o
movimento das estrelas – uma ideia que capturou a imaginação de gerações de teóricos musicais da
Idade Média em diante. Embora esta teoria faça pouco sentido hoje, a ideia de que intervalos
musicais podem ser explicados fisicamente ou cientificamente pode agora ser vista como um passo
importante no desenvolvimento histórico da teoria musical (p. 163). A criação, o questionamento e a
eventual rejeição de tais ideias formou parte dessa longa história que gerou a musicologia
sistemática moderna (p. 164).
➢ O QUE EU PERCEBI? - A musicologia sistemática estuda a música a partir de questões
gerais. Ela pesquisa o fenômeno musical de “cima para baixo”, ou seja, busca entender o
que é música, para que ela serve e por que nos envolvemos com ela com o auxílio de outras
ciências como a física acústica e a fisiologia (no caso da musicologia científica) ou da
semiótica e da filosofia da estética (no caso da musicologia humana). Por exemplo, ela
mostra como estudos de acústica, matemática e psicologia influenciaram a formação e
evolução da teoria musical ocidental.
2. Musicologia Histórica
3. Etnomusicologia