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Matéria: Legislação do Trabalho para AFT

Professor: Charles Oscar


Curso: Legislação do Trabalho
Teoria e Questões comentadas
Prof. Charles Oscar

APRESENTAÇÃO

Salve, futuro (a) Auditor (a) -Fiscal do Trabalho (AFT) !!!!!


Tudo certo?!
Iniciamos a nossa caminhada visando à preparação de ALTO NÍVEL
para as provas do concurso para o cargo de AFT, que é um dos mais
cobiçados do serviço público, seja pela remuneração (inicial bruto de R$
21.029,091), ou mesmo pelo cargo em si. Dificilmente você vai encontrar
um cargo que, além da excelente remuneração, possui um aspecto social
bastante relevante, tem horários flexíveis e com infinitas possibilidades de
atuação, o que o torna bem dinâmico.
Meu nome é Charles Oscar, sou formado em fisioterapia pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Como concurseiro, fui 1º
(primeiro) colocado no concurso do Ministério da Saúde para o cargo de
Analista-Administrativo (2013), e também fui aprovado no concurso do Banco
Central do Brasil (Analista-Área 6), porém não nomeado. Mas eu queria
mesmo era ser AFT. E, pela graça de Deus, logrei aprovação no último
concurso, em 2013.
Atualmente, sou Auditor- Fiscal do Trabalho e leciono a disciplina de
Segurança e Saúde no Trabalho (SST) aqui no Exponencial Concursos
(.pdf), no portal Silvio Sande (vídeo aulas) e no CEP Concursos (presencial).
A nossa proposta é ver o Capítulo V da CLT que trata da
“Segurança e da Medicina do Trabalho” ( é uma espécie de introdução ao
estudo das NRs) e TODAS as NRs vigentes, de forma a atender os
últimos editais para o cargo de AFT, aprendendo a forma “esafiana” e
“cespiana” de pensar. Assim, além de ensinar a matéria, meu grande objetivo
é mostrar como a Banca aborda tal assunto. Para isso, faremos muitos
exercícios – sempre tentando mostrar as tendências das Bancas. Apesar de
o foco ser ESAF e CESPE, também elaborarei questões inéditas, bem como
trarei questões de outras bancas, a fim de suprir eventuais lacunas e auxiliar
na fixação da matéria.
Como o nosso objetivo é gabaritar a prova de SST, o curso terá a
abordagem teórica e mais de 1.200 questões comentadas. Além disso,
vou trazer muitas ilustrações e exemplos práticos.
E para você que pretende fazer outros concursos em que é exigido as
Normas Regulamentadoras, sugiro que dê uma olhada no Cronograma, pois
esse curso, devido a sua abrangência, pode atender muito bem ao seu edital.

1 Salário bruto inicial vigente a partir de Janeiro/2020.

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Contem comigo nessa jornada! Estarei à disposição no Fórum tira-


dúvidas.

Histórico e análise das provas

O estudo das Normas Regulamentadoras é de extrema importância


para o cargo e para o concurso de AFT, sendo exigido tanto na primeira
como na segunda etapa do certame.
Em 2006 a Banca foi a ESAF e foram cobradas praticamente TODAS
as Normas Regulamentadoras-NRs vigentes à época (exigido 30 das 31
vigentes).
Já em 2010, a Banca foi a ESAF novamente, sendo exigido o Capítulo
V da CLT (artigos 154 a 201) e as NRs 01,06,07,09,10,12,13,17,18,31,32.
As Convenções da OIT relacionadas à SST foram cobradas dentro da disciplina
de Direito do Trabalho. Em 2010 foi a primeira vez que tivemos provas
discursivas para AFT. Das seis questões, duas foram de SST.
Em 2013 as provas foram elaboradas pelo Cespe/UnB, com a disciplina
de SST sendo destrinchada em duas: (i) foram cobradas TODAS as NRs
vigentes dentro da disciplina “Legislação do Trabalho”; (ii) Convenções da
OIT e a parte de Medicina do Trabalho ( epidemiologia, LER/DORT,
Patologia do Trabalho) foram cobradas dentro de “Segurança e Saúde no
Trabalho”. Também foram 2 provas discursivas (P3 e P4), cada uma valendo
100 pontos, sendo que as questões discursivas de SST representaram 30%
dos pontos da 2ª etapa.
No Raio-X abaixo está esquematizado como a disciplina apareceu nos
três últimos concursos para Auditor Fiscal do Trabalho (2006, 2010 e 2013),
com o objetivo de ajudar na orientação de seu estudo.

PROVAS AFT (Quantidade de


ASSUNTO (Estão assinalados com “*” os questões por assunto)- apenas
assuntos abordados em Provas Discursivas) questões objetivas
2006 2010 2013 Total

Capítulo V da CLT (artigos 154 a 201) 6 3 1 10

NR 01: Disposições Gerais 1 1 2

NR 02: Inspeção Prévia (revogada em 2020) 1 1 2

NR 03: Embargo ou Interdição 1 1

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NR 04: SESMT* 3 3

NR 05: CIPA* 2 2

NR 06: EPI* 1 1 2

NR 07: PCMSO* 4 4 8

NR 09: PPRA 2 4 6

NR 10: Serviços em Eletricidades 1 1

NR 11: Transporte, Movimentação e Manuseio


1 1
de Materiais

NR 12: Máquinas e Equipamentos 1 1

NR 13: Caldeiras e Vasos de Pressão 1 1 2

NR 14: Fornos 1 1

NR 15: Atividades e Operações Insalubres 6 1 7

NR 16: Atividades e Operações Perigosas 1 1

NR 17: Ergonomia* 1 1 2

NR 18: Construção Civil* 1 1 2 4

NR 21: Trabalho a Céu Aberto 1 1

NR 22: Mineração 1 1

NR 23: Proteção Contra Incêndios 2 1 3

NR 24: Condições Sanitárias e de Conforto 1 1

NR 28: Fiscalização e Penalidades* 1 1 2

NR 29: Portuário 1 1

NR 30: Aquaviário 1 1

NR 32: Serviços de Saúde 2 2

NR 36: Frigoríficos 1 1

Total ( CLT e NRs 01-36) 41 17 11 69

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Bem, antes de tudo, cabe esclarecer que de 2006 a 2010 as Normas


Regulamentadoras (NRs) foram cobradas dentro da disciplina de
Segurança e Saúde no Trabalho (ou SST). Já no último concurso para AFT,
em 2013, as NRs foram cobradas dentro da disciplina Legislação do Trabalho:

LEGISLAÇÃO DO TRABALHO: 1 Consolidação das Leis do Trabalho − CLT -


Títulos I e II. 2 Normas Regulamentadoras nº 01 a nº 36 – NR-01 a NR-
36.

Portanto, no nosso curso de Legislação do Trabalho veremos os seguintes


assuntos:
- Capítulo V da CLT (arts.154 a 201);
- NR-01 a NR-36;
Além disso, trataremos do item SST na Constituição Federal de 19882,
pois faz parte da introdução ao estudo das NRs.

Nas nossas aulas sempre irei mencionar a última Portaria de


modificação da NR para que vocês tenham a certeza que estão estudando
pelo material atualizado.
Destaco ainda que o curso será constantemente atualizado e caso
ocorra alguma novidade em relação ao Concurso para AFT (autorização,
publicação do edital) ao decorrer do curso, este será adaptado para atender
às necessidades dos alunos.
AULA Conteúdo

00 Introdução. SST na CF/88. SST na CLT

01 NR 1 – Disposições Gerais

02 NR 3 – Embargo e Interdição

03 NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

04 NR 5 – CIPA

2
O item também foi cobrado no último concurso par AFT: SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO: 1 Segurança e saúde no trabalho nos diplomas legais vigentes no país:
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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05 NR 4 – SESMT

06 NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO

07 NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

08 NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

09 NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

10 NR 15 - Atividades e Operações Insalubres

11 NR 16 - Atividades e Operações Perigosas

12 NR 19 – Explosivos
NR 20 - Líquidos e Combustíveis Inflamáveis

13 NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais

NR 08 – Edificações

14 NR 17 – Ergonomia

15 NR 13 - Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de


Armazenamento

NR 14 – Fornos

16 NR 23 - Proteção Contra Incêndios

NR 21 – Trabalhos a Céu Aberto

NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

17 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção

18 NR 33 - Seg. e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados

NR 35 - Trabalho em Altura

19 NR 25 - Resíduos Industriais

NR 26 - Sinalização de Segurança
NR 28 - Fiscalização e Penalidades

20 NR 32 - Segurança e Saúde em Serviços de Saúde

21 NR 31 - Agricultura, Pecuária, Silvicultura e Exploração Florestal

22 NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração


NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

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NR 34 - Indústria da Construção e Reparação Naval

23 NR 36 - Abate e processamento de Carnes e Derivados

24 NR 37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo

25 RESUMO E SIMULADO FINAL NRs

*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial,


na página do curso.

Agora chegou a hora da diversão!


Vamos lá!!!

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Aula 00 – Legislação do Trabalho para AFT. SST na Consolidação


das Leis do Trabalho

Assunto Página

............................................................... 9
1 - INTRODUÇÃO ÀS NRS. SST NA CF/88
1.1 – DIREITOS SOCIAIS ............................................................................................................ 12

1.2 – DA ORDEM SOCIAL ............................................................................................................ 18

............................................. 19
2 - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NA CLT
2.1 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................... 20

2.2 SEÇÃO II - DA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBARGO OU INTERDIÇÃO ................... 26


2.3 SEÇÃO III - DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE MEDICINA DO TRABALHO NAS
EMPRESAS........................................................................................................................................ 31

2.4 SEÇÃO IV - DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ........................ 33

2.5 SEÇÃO V - DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO .............. 35

2.6 SEÇÃO VI -DAS EDIFICAÇÕES .......................................................................................... 36

2.7 SEÇÃO VII - DA ILUMINAÇÃO ........................................................................................... 38

2.8 SEÇÃO VIII - DO CONFORTO TÉRMICO.......................................................................... 39

2.9 SEÇÃO IX - DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................................. 40


2.10 SEÇÃO X - DA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
41
2.11 SEÇÃO XI - DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ........................................................ 43

2.12 SEÇÃO XII - DAS CALDEIRAS, FORNOS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO ........... 44

2.13 SEÇÃO XIII - DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS............................. 46

2.14 SEÇÃO XIV - DA PREVENÇÃO DA FADIGA ................................................................... 57

2.15 SEÇÃO XV - DAS OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO .......................... 60

2.16 SEÇÃO XVI - DAS PENALIDADES ................................................................................... 60

........................................................................................ 62
3 – QUESTÕES COMENTADAS
............................................................................................... 92
4 - LISTA DE EXERCÍCIOS
........................................................................................................................ 109
5 – GABARITO
6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO............................................................................ 110

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1 – Introdução às Normas Regulamentadoras. SST na CF/88

Pessoal, antes de iniciarmos os estudos das Normas Regulamentadoras


(NRs), é imprescindível conhecer os dispositivos constitucionais e celetistas
que dão fundamento jurídico às NRs.
Quando falamos em segurança e saúde do trabalho, a preocupação é
garantir que os trabalhadores possam exercer suas atividades no ambiente
de trabalho de modo seguro, isto é, livre de acidentes, e sem comprometer
a sua saúde3. Por outras palavras, a saúde e a segurança no trabalho
englobam o bem-estar social, mental e físico dos trabalhadores, ou
seja, da “pessoa no seu todo”, baseando-se em alguns princípios, dentre os
quais:

Princípios

Contínua Melhoria
Adaptação do
Indisponibilidade da Labor-Ambiental ou
Trabalho ao
Saúde do Trabalhador do Risco Mínimo
Trabalhador
Regressivo

- Princípio da Indisponibilidade da Saúde do Trabalhador:


blindagem da vida e saúde do trabalhador (indisponibilidade absoluta),
inclusive frente à implementação de lógicas tendentes à monetização
da saúde, mesmo em sede de negociação coletiva;
- Princípio da Contínua Melhoria Labor-Ambiental ou do Risco
Mínimo Regressivo: insistência na busca de se reduzir a zero os
riscos labor-ambientais; prevenção aos trabalhadores de efeitos
adversos para a saúde decorrentes das suas condições de trabalho;
- Princípio da Adaptação do Trabalho ao Trabalhador: a colocação
e a manutenção de trabalhadores num ambiente de trabalho ajustado
às suas necessidades físicas e mentais; a adaptação do trabalho ao
homem.

3
A Organização Mundial da Saúde - OMS define saúde como “o completo estado de bem-estar físico,
mental e social, e não simplesmente a ausência de doença”.

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Nesse sentido, podemos encontrar na Constituição Federal de


1988(CF/88) vários dispositivos que remetem ao tema segurança e saúde do
trabalhador, e que têm sido objeto de provas tanto da ESAF, como do CESPE.
O direito de o trabalhador ter condições dignas de trabalho, exercendo
suas funções em um ambiente seguro e saudável, é consequência da
consagração da dignidade da pessoa humana como fundamento da
República Federativa do Brasil4. Nesse contexto, devem-se garantir os
direitos mínimos do trabalhador-chamado de mínimo existencial- que inclui
as normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador.
Conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento
do RE 590.415/SC, Relator Ministro Roberto Barroso, as normas sobre saúde
e segurança do trabalhador são absolutamente indisponíveis, não podendo
ser objeto de livre negociação individual ou coletiva. Firmou o STF nesse
julgado que, não obstante o amplo espaço que a Constituição confere à
negociação coletiva, impõe limite intransponível nos direitos que
correspondem a um "patamar civilizatório mínimo", dentre os quais, as
normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador5
Assim, pelo fato de as normas de segurança e saúde do trabalhador
serem ditas normas cogentes (de ordem pública) que visam garantir a
dignidade do trabalhador (ou mínimo existencial), não são admitidas a
eliminação, ou mesmo a redução do seu alcance, nem mesmo por negociação
coletiva. Tais direitos que versam sobre segurança e medicina do
trabalho são, portanto, de indisponibilidade absoluta. Isso é decorrência
do Princípio da Indisponibilidade da Saúde do Trabalhador.

4
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
[...]
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
5
Dispõe trecho do acórdão do RE 590.415/SC: "Por fim, de acordo com o princípio
da adequação setorial negociada, as regras autônomas juscoletivas podem
prevalecer sobre o padrão geral heterônomo, mesmo que sejam restritivas dos
direitos dos trabalhadores, desde que não transacionem setorialmente parcelas
justrabalhistas de indisponibilidade absoluta. Embora, o critério definidor de quais
sejam as parcelas de indisponibilidade absoluta seja vago, afirma-se que estão
protegidos contra a negociação in pejus os direitos que correspondam a um
“patamar civilizatório mínimo”, como a anotação da CTPS, o pagamento do
salário mínimo, o repouso semanal remunerado, as normas de saúde e
segurança do trabalho, dispositivos antidiscriminatórios, a liberdade de
trabalho etc. Enquanto tal patamar civilizatório mínimo deveria ser
preservado pela legislação heterônoma, os direitos que o excedem sujeitar-se-
iam à negociação coletiva, que, justamente por isso, constituiria um valioso
mecanismo de adequação das normas trabalhistas aos diferentes setores da
economia e a diferenciadas conjunturas econômicas"(RE 590.415/SC, Rel. Min.
Roberto Barroso, DJe n. 101, 29/5/2015).

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Com a “Reforma Trabalhista”, promovida pela Lei n. 13.467, de 13


de julho de 2017, está previsto a prevalência do negociado pelo
legislado, isto é, a convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei. No entanto, normas de saúde, higiene e segurança
do trabalho, dada a sua indisponibilidade absoluta, não podem ser suprimidas
ou reduzidas por negociação coletiva:

Art. 611-B (CLT) Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de


acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução
dos seguintes direitos:
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em
lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;

O princípio da indisponibilidade da saúde do trabalhador se fundamenta


na constatação, com matriz constitucional, de que as normas de medicina e
segurança do trabalho são parcelas imantadas por uma tutela de interesse
público, a qual a sociedade democrática não concebe ver reduzida em
qualquer segmento econômico-profissional, sob pena de se afrontarem a
própria dignidade da pessoa humana e a valorização mínima deferível ao
trabalho (arts. 1º, III e 170, caput, da Constituição Federal)6.
Além disso, outro fundamento da República, os valores sociais do
trabalho e da livre-iniciativa, mostra a opção do Constituinte pelo
capitalismo, mas com respeito ao valor do trabalho, que deve assegurar uma
existência digna, conforme os ditames da justiça social. Assim, nas relações
entre capital e trabalho será reconhecido o valor social deste último.
Assim, de forma preliminar, temos:

1- (ESAF - 2010 - MTE - AFT - 2ª etapa – ADAP.) O


art.7º, XXII da CF/88 garante aos trabalhadores direito à “redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”.
A partir disso, é correto afirmar que é válida Cláusula de Acordo Coletivo de

6Princípios específicos do direito tutelar da saúde e segurança do trabalhador. AMORIM JUNIOR,


Cléber Nilson Ferreira.

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Trabalho que desregulamenta norma jurídica Estatal que trata de segurança


e saúde do trabalhador.
Resolução:
Pessoal, por garantir um mínimo existencial ao trabalhador (patamar
civilizatório mínimo), as normas de segurança e saúde do trabalhador
são de indisponibilidade absoluta e, portanto, tal cláusula seria inválida,
e não válida, como está na questão. É de se ressaltar que é plenamente
possível as convenções e acordos coletivos versarem sobre matéria referente
à saúde e segurança do trabalhador, ampliando tais direitos. O que não
pode ocorrer é a supressão ou mesmo redução de direitos relacionados à
saúde e segurança do trabalhador por meio de negociação coletiva ( Art. 611-
B, XVII, da CLT).
Gabarito 1: Errado.

1.1 – Direitos Sociais

Dando continuidade ao tema, no art. 7º da CF/88 temos vários incisos


relacionados à saúde e segurança do trabalhador. É importante saber a
literalidade, pois é o que costuma ser exigido pelo CESPE e pela ESAF. Então
vamos lá:

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de


saúde, higiene e segurança;

Futuro (a) AFT, tais ‘normas’ são tratadas pela Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), em seu Capítulo V, entretanto, devido às particularidades
de cada atividade ou setor de trabalho e ao rápido desenvolvimento industrial
e tecnológico, a CLT dispõe sobre a matéria apenas em linhas gerais,
entregando à autoridade administrativa, no caso, o Ministério do Trabalho7 a
discriminação das providências e determinações que se tornem necessárias.
Tais providências são instrumentalizadas através das Normas
Regulamentadoras (NRs), que serão vistas ao longo do curso.
Assim, o Ministério do Trabalho apenas complementa a CLT- não
alterando ou instituindo leis-, mas, tão somente, detalhando as medidas e
regras de conduta de forma a serem aplicadas correta e adequadamente às

7
Durante o nosso curso, usaremos muito o termo “Ministério do Trabalho-MtB” ou
mesmo “Ministério do Trabalho e Emprego- MTE”, embora o Ministério do trabalho
tenha sido extinto em 2019. Hoje a parte de fiscalização fica na Subsecretaria de
Inspeção do Trabalho – SIT, que faz parte da Secretaria de Trabalho do Ministério da
Economia. O termo foi mantido pois muitas questões, a CLT e algumas NRs que ainda
não foram atualizadas fazem referência ao “Ministério do Trabalho”.

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diversas atividades que existem, variando a proteção da segurança e da


saúde, conforme o caso. Portanto, há uma prévia autorização da CLT que,
por sua vez, a recebe da Constituição Federal:

CF/88

CLT –
Capítulo V

NRs

NOTA: O artigo 39, § 3º, da Constituição Federal prevê a aplicação aos


servidores ocupantes de cargo público do inciso que trata da redução dos
riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança. No entanto, por se tratar de norma de eficácia limitada, depende
de uma norma integradora.

2- (CESPE 2013 - INPI - Eng.Seg.) A redução dos riscos


inerentes ao trabalho configura direito fundamental dos trabalhadores
urbanos e rurais, sendo alcançada, segundo disposição expressa da Carta
Magna, por meio de políticas públicas específicas.
Resolução: Tal objetivo será alcançado, segundo a CF/88, por meio de
normas ( e não por meio de políticas públicas específicas) de saúde, higiene
e segurança, sendo este inciso um dos fundamentos jurídicos para a
existência das Normas Regulamentadoras.
Gabarito 2: Errado.

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou


perigosas, na forma da lei;

Percebam que os referidos adicionais devem estar previstos em


legislação infraconstitucional. No caso, apenas os adicionais para atividades
insalubres ou perigosas estão previstos na CLT, carecendo o adicional para
as atividades penosas de regulamentação.

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,


sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa;

O seguro, impropriamente dito, pois nada mais é que a concessão de


benefícios previdenciários para garantir a sobrevivência da vítima e/ou seus

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dependentes, independe de dolo ou culpa do empregador, eis que se trata de


uma cobertura estendida a todos os segurados do INSS, de forma objetiva.
Já a indenização, a qual possui natureza civil, depende, efetivamente,
além de outros requisitos legais, da existência de dolo ou culpa do
empregador, podendo ser reconhecida e paga espontaneamente ou, ao
contrário, como acontece na maioria dos casos, o empregado deve buscá-la
mediante o ajuizamento de uma ação trabalhista.
Portanto, conclui-se pela existência de dois benefícios independentes e
cumuláveis, quais sejam: o seguro contra acidentes de trabalho
(obrigatório em todo caso e pago na forma de benefícios previdenciários) e a
indenização, a ser paga pelo empregador, se incorrer este em dolo ou culpa.

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de


dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; “

PROIBIDO trabalho noturno,


< 18 ANOS
perigoso ou insalubre
Trabalho do
Menor
PROIBIDO qualquer trabalho, salvo
< 16 ANOS
como aprendiz (a partir dos 14 anos)

A exploração da mão-de-obra infanto-juvenil não é um fenômeno


recente. A força de crianças e adolescentes já era utilizada na produção de
riquezas, assim como ocorreu na metade do século XVIII com a Revolução
Industrial, quando famílias inteiras eram obrigadas a trabalhar, inclusive seus
filhos, devido aos baixos salários pagos.
Nesse contexto, a legislação atual foi pensada na tentativa de coibir a
exploração da mão-de-obra infanto-juvenil, tutelando o trabalho do menor
de forma a garantir seu desenvolvimento saudável, tanto sob o aspecto físico
quanto psicológico.
Resumindo:
< 18 anos: Proibido trabalho noturno, perigoso ou insalubre.
< 16 anos: Proibido qualquer trabalho, salvo como aprendiz a partir dos 14
anos.
< 14 anos: Proibido o trabalho. Aprendiz somente a partir de 14 anos.

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Tais situações (trabalho noturno, perigoso ou insalubre) provocam


estresse físico, social, psicológico, sendo prejudicial ao pleno
desenvolvimento psicossocial dos menores de 18 anos, daí a vedação.
O trabalho noturno é aquele considerado o que for executado no
período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas; e o
realizado entre as 20h e as 4h, na atividade pecuária, bem como o realizado
entre as 21h e as 5h na atividade agrícola.
As atividades insalubres são aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância.
Em várias regiões do Brasil, as crianças entram em contato com
agrotóxicos, com a fuligem e altas temperaturas nas carvoarias, respirando
pó e colas que são altamente prejudiciais à sua saúde e ao seu
desenvolvimento. Assim sendo, os fundamentos desta proibição visam
resguardar a saúde, a integridade física e a segurança do trabalhador menor
de 18 (dezoito) anos, que fica mais suscetível aos efeitos nocivos dos agentes
insalubres que o trabalhador adulto. O organismo do adolescente está em
desenvolvimento e sofre mais do que o do adulto aos efeitos nocivos dos
agentes químicos e biológicos presentes nos ambientes de trabalho, pois não
possuem defesas maduras.
Já as atividades perigosas são aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a inflamáveis (inclusive frentista de posto de
gasolina), explosivos ou energia elétrica; roubos ou outras espécies de
violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial. São também consideradas perigosas as atividades de
trabalhador em motocicleta.
O argumento em relação à proibição imposta aos menores de 18 anos
para exercer atividades perigosas é que, em razão da pouca idade, não têm
condições para discernir a respeito de riscos e perigos a que está sujeito em
razão do exercício de tais atividades, ficando, portanto, suscetível à
ocorrência de graves acidentes.

3- (CESPE - 2013 - MTE - AFT) De acordo com a CF, é


proibido o trabalho perigoso ou insalubre aos trabalhadores urbanos e rurais
menores de dezoito anos de idade.
Resolução: Tal dispositivo visa à proteção integral do menor, tendo em vista
que este necessita de uma proteção especial, uma vez que se encontra em
pleno desenvolvimento físico e mental. Dessa forma, a CF/88 proíbe o
trabalho de menores de 18 anos em locais insalubres (coleta de lixo urbano,
por exemplo) ou perigosos (trabalho com explosivos, por exemplo) -
circunstâncias prejudiciais a sua formação física e psíquica.

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Gabarito 3: Correto.

Futuro (a) AFT, em que pese a proibição do trabalho noturno, perigoso


e insalubre aos menores de 18 anos, caso o menor trabalhe irregularmente
em alguma dessas hipóteses, ainda assim terá assegurada a proteção
trabalhista integral. Isto é, a prestação de trabalho noturno, perigoso ou
em condições insalubres, pelo menor de dezoito anos, implica o
pagamento dos adicionais correspondentes, independentemente da
responsabilidade administrativa ou penal do empregador.
Se assim não fosse, haveria enriquecimento ilícito do empregador que
se aproveitaria do trabalho do menor.
A constatação do trabalho de adolescentes com idade superior a
dezesseis anos em situações legalmente proibidas (trabalho noturno,
perigoso, insalubre), frustrada a mudança de função, configura rescisão
indireta do contrato de trabalho, nos termos no art. 407 da CLT. Assim, são
devidos os mesmos direitos trabalhistas assegurados a qualquer
empregado com mais de 18 anos, inclusive o pagamento das verbas
trabalhistas decorrentes do tempo laborado à criança ou ao adolescente
afastado do trabalho.

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal;

Os itens acima versam basicamente sobre períodos para descanso


(seja semanal ou anual- no caso de férias), sendo importantes determinantes
na relação saúde-doença dos trabalhadores. As normas relativas aos
descansos foram criadas para a preservação da saúde e segurança do
trabalhador, tendo caráter imperativo, de ordem pública, não sendo
possível afastar sua incidência por vontade dos particulares.
Mesmo com a “Reforma Trabalhista”, todos os itens discutidos até aqui
são direitos de indisponibilidade absoluta, não podendo ser afastados por
negociação coletiva, conforme se extrai pelo novo texto da CLT, transcrito
abaixo:

CLT-Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de


acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos
seguintes direitos:
IX - repouso semanal remunerado;

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XI - número de dias de Férias devidas ao empregado;


XII - gozo de Férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou
em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;
XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas;
XX - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;
XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são
consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para
os fins do disposto neste artigo.”

Abaixo segue um esquema para ilustrar o que já vimos até aqui, sendo
evidenciado em amarelo os fundamentos da república que dão base às
normas de SST e em rosa os principais artigos dos direitos sociais
relacionados à nossa disciplina.

CF/88

Dignidade da
Valor Social do
pessoa
Trabalho
humana

Redução dos Proibição de Descansos


riscos por meio trabalho SAT Adicionais
de normas de infantil ( férias, DSR)
SST

em locais Insalubridade
perigosos, Indenização
Capítulo V CLT insalubres; se DOLO Periculosidade
Trabalho noturno Penosidade

NRs

Aqui vem um ponto polêmico da Reforma e que certamente será


questionado judicialmente: a desconsideração de regras sobre duração do

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trabalho e intervalos como normas de saúde, higiene e segurança do


trabalho, embora estejam relacionados à preservação da saúde e segurança
do trabalhador.

CLT-Art. 611-B.
Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são
consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para
os fins do disposto neste artigo.”

Quero destacar aqui os itens da CF/88 que versam sobre limitação de


jornada e que têm aparecido em provas:

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos
de revezamento, salvo negociação coletiva;

1.2 – Da Ordem Social

Conforme previsão feita no artigo 196 da Constituição da República, a


saúde, à qual se acham umbilicalmente inseridas a segurança e a medicina
do trabalho, é direito de todos e dever do Estado.

“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante


políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.”

A Convenção n. 155 da OIT, ratificada pelo Brasil, no art. 3º, alínea


“e”, esclarece a extensão do conceito de saúde, com relação ao trabalho,
utilizando-se da mesma ideia da Organização Mundial de Saúde (OMS):

e) o termo “saúde”, com relação ao trabalhado, abrange não só a ausência


de afecção ou de doenças, mas também os elementos físicos e mentais que
afetam a saúde e estão diretamente relacionados com a segurança e a higiene
no trabalho.

Avançando, destaco o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) na


temática saúde do trabalhador, in verbis:

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“Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.”

Na lei orgânica do SUS (Lei Lei 8.080/90) encontramos a definição de


saúde do trabalhador, in verbis:

“Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de


atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim
como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos
aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.”

Em relação à definição de meio ambiente do trabalho, AMAURI


MASCARO DO NASCIMENTO8 o define como sendo o complexo máquina-
trabalho; as edificações, do estabelecimento, equipamentos de proteção
individual, iluminação, conforto térmico, instalações elétricas, condições de
salubridade ou insalubridade, de periculosidade ou não, meios de prevenção à
fadiga, outras medidas de proteção ao trabalhador, jornadas de trabalho e horas
extras, intervalos, descansos, férias, movimentação, armazenagem e manuseio
de materiais que formam o conjunto de condições de trabalho etc.

2 - Segurança e Saúde do Trabalho na CLT

Com a edição da CLT em 1943, já com um capítulo sobre SST (Capítulo


V) alterado posteriormente, essa disciplina começa a ter destaque no direito
brasileiro. Outro marco ocorreu em 1978, com a publicação das Normas
Regulamentadoras (NRs) pelo MTE. Por fim, em 1988, o tema SST ganha
status constitucional, especialmente por meio do Art.7º, XXII.
As NRs foram criadas com o objetivo de preservar a saúde e segurança
dos empregados. Periodicamente, vêm tendo a redação modificada, e
incluídas novas NRs, visando a adequação, principalmente no que se refere
aos novos riscos ocupacionais e às medidas de controle. Um exemplo desse
fato foi a edição, em 2013, da NR- 36, que versa sobre os ambientes de abate
e processamento de carnes e derivados.

8
NASCIMENTO, Amauri Mascaro do. A defesa processual do meio ambiente do trabalho. Revista
LTr, 63/584

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O art.200 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT é um dos


fundamentos que dão validade às Normas Regulamentadoras (NRs) do
Ministério do Trabalho, nos seguintes termos:

“Art.200-Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as
peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho(...): ”

O núcleo normativo em vigor no Brasil sobre a proteção jurídica à


segurança e saúde do trabalhador está concentrado nas Normas
Regulamentadoras, baixadas por intermédio de Portarias do Ministério do
Trabalho e Emprego.
Em relação à validade jurídica das NRs, estas têm plena eficácia
normativa, como aliás, já decidiu diversas vezes o SFT (ADI ns. 360-7, 996,
1.258, 1.347, 1.388, 1.670, 1.946, 2.398, dentre outras). As NRs, que
dispõem sobre medidas no campo da prevenção de doenças e acidentes do
trabalho, cumprem expressa delegação normativa estampada na CLT (art.
200, I), além de efetivarem direito fundamental previsto no art. 7º, XXII, da
Constituição Federal. Logo, as NRs contêm densidade legal e vinculante
para todos estabelecimentos que possuam empregados celetistas.
Assim, na atual estrutura organizacional do Estado brasileiro, compete
ao Ministério do Trabalho (hoje, Secretaria de Trabalho no Ministério
da Economia), entre outras atribuições, a fiscalização do trabalho, a
aplicação de sanções previstas em normas legais ou coletivas sobre esta área,
bem como as ações de segurança e saúde no trabalho, editando as
Normas Regulamentadoras (NRs).
Veremos, agora, o Capítulo V da CLT, que introduz os temas das NRs.

2.1 Seção I - Disposições Gerais

Nesta seção encontramos as obrigações dos órgãos


governamentais, das empresas, e dos empregados em matéria de
Segurança e Saúde do Trabalho (SST). O assunto será mais detalhado no
estudo da NR-01.

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Governo
(órgão nacional e órgãos
regionais do MTE)
Seção I -
Disposições Obrigações
Gerais Empregador

Empregado

Inicialmente, o legislador prevê que a observância, em todos os


locais de trabalho, das normas de SST, não desobriga as empresas do
cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam
incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou
Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como
daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho.
Assim, as empresas devem cumprir todas as exigências contidas nas
NRs, bem como, se for o caso, outras exigências complementares que
estejam inseridos, por exemplo, em uma convenção coletiva de trabalho ou
no regulamento sanitário da cidade. Tal dispositivo visa amplificar a proteção
do trabalhador quanto ao tema de SST.

4- (ESAF - 2010 - MTE – AFT ) A observância, em todos


os locais de trabalho, das normas Segurança e Medicina do Trabalho,
desobrigam as empresas, no campo do direito do trabalho, a cumprirem
outras disposições afins que estejam sob a égide do direito sanitário, tais
como códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios
em que se situem os respectivos estabelecimentos.
Resolução: O termo certo é NÃO DESOBRIGA!

CLT - Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto


neste Capitulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras
disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras
ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os
respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções
coletivas de trabalho.

Gabarito 4: Errado.

Em relação às obrigações, as Bancas tentam confundir o candidato,


trocando as obrigações. As Bancas, por exemplo, falam que determinada
obrigação é das empresas, quando, na verdade, é dos empregados ou mesmo
do próprio MTE.
O órgão nacional em matéria de SST é o Departamento de Segurança
e Saúde no Trabalho (DSST), que é subordinado à Subsecretaria de Inspeção

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do Trabalho (SIT), ambos com sede em Brasília. Por isso, quando eu falar em
órgão nacional, irei usar a sigla SIT/DSST.
O órgão nacional (SIT/DSST) irá realizar a gestão em matéria de SST
em todo o território nacional. Assim, o órgão nacional terá obrigações
relacionadas à normatização, coordenação, orientação, controle, e
supervisão da fiscalização e das atividades relacionadas à SST,
inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho
(CANPAT). Além disso, por ser um órgão de cúpula, é a SIT/DSST que dá a
última palavra em relação aos recursos. Assim, cabe ao órgão nacional
conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das
decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho
(Superintendentes Regionais do Trabalho e Emprego, atualmente), em
matéria de segurança e medicina do trabalho. Perceba que o órgão nacional
(SIT/DSST) não executa nada, apenas direciona e normatiza a política de
SST. O papel de executor do tema SST será dos órgãos regionais, como será
visto adiante.
Vamos esquematizar as obrigações da SIT/DSST?

Estabelecer Normas

- Coordenar Fiscalização e atividades


Órgão - Orientar relacionadas a segurança e
NACIONAL medicina do trabalho
- Controlar
(SIT/DSST)
- Supervisionar (inclusive CANPAT)

Decisão em última instância de recursos

Os órgãos regionais eram chamados de Delegacias Regionais do


Trabalho (DRTs) e, hoje, são chamados de Superintendências Regionais do
Trabalho e Emprego- SRTEs(nas capitais) e Gerências Regionais do Trabalho
e Emprego-GRTEs (nas cidades do interior). Qualquer termo que vier em
sua prova estará correto. As imagens abaixo ilustram a mudança de
nomenclatura.

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Figura 1 - Foto de 2007 mostra a placa da Delegacia Regional do Trabalho em Salvador (hoje
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego BA), seguindo seu calendário de lutas a nível
nacional. Imagem da internet.

Figura 2 - SRTE/PI à esquerda e GRTE/Chapecó à direita. Imagens da internet.

O órgão regional (SRTE ou GRTE, antiga DRT) está em proximidade


com as empresas, e, por isso, EXECUTA as ações necessárias para que as
empresas cumpram, de fato, as normas de SST. Nesse sentido, no limite de
sua jurisdição (estado ou DF, conforme o caso), a SRTE irá, por meio dos
Auditores-Fiscais do Trabalho, verificar se as empresas estão cumprindo as
normas em matéria de SST (fiscalização). E, se necessário, notificá-las em
caso de irregularidades encontradas, para se adequarem às normas de SST.
Em outras palavras, a SRTE deve adotar as medidas que se tornem exigíveis,
determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessárias.
Por fim, no caso de descumprimento das normas de SST, e após a
conclusão do processo administrativo do auto de infração, cabe ao órgão
regional impor as penalidades cabíveis, isto é, multar.
Vamos resumir tudo isso?

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Fiscalizar

Adotar medidas
Órgão regional exigíveis(interdição,
"EXECUÇÃO" embargo, por exemplo),
(DRT/SRTE/GRTE) determinando as
modificações necessárias

Multar

5- (INSTITUTO CIDADES - 2010 - ISGH - Eng.Seg.)


De acordo com a Lei nº 6.514/77, compete especialmente as Delegacias
Regionais do trabalho, nos limites de sua jurisdição:
I. Promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e
medicina do trabalho.
II. Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização do ministério
do trabalho relacionado a segurança e a medicina do trabalho, inclusive a
Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
III. Impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas da
segurança e da medicina do trabalho.
IV. Estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação
dos preceitos da segurança e medicina do trabalho.
V. Adotar as medidas que se tornam exigíveis, determinando as obras e
reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias.
Estão corretas apenas:
A) I, III e V
B) II e IV
C) II, III e IV
D) I e V
Resolução: Vamos ver item por item.
Item I: Certo. Quem fiscaliza são os órgãos regionais (antigas Delegacias
Regionais do trabalho; hoje SRTE).
Item II: Errado. Essa responsabilidade é do órgão nacional (SIT/DSST).
Item III: Certo. Quem multa é a SRTE.
Item IV: Errado. Competência do órgão nacional.

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Item V: Certo. A SRTE Adota as medidas que se tornam exigíveis (notificar,


por exemplo), determinando as obras e reparos que, em qualquer local de
trabalho, se façam necessárias.
Gabarito 5: Letra A.

Já as empresas terão como obrigações cumprir as normas de SST. E,


vai mais além, as empresas tem o dever de fazer cumprir, ou seja, não basta,
por exemplo, a empresa dar o EPI para o empregado; deve-se, também,
exigir que o empregado use. Além disso, os empregados devem ser
instruídos, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no
sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais.
Caso exista irregularidades na empresa (trabalhadores sem o uso de
EPIs, por exemplo), o empregador deve adotar as medidas que lhe sejam
determinadas pelo órgão competente (SRTE, no caso), a fim de cumprir as
normas de SST. Por fim, o empregador deve facilitar o exercício da
fiscalização. É bom lembrar que você, futuro AFT, terá livre aceso aos locais
de trabalho. Todavia, muitos empregadores, ao invés de facilitar a
fiscalização, dificultam a entrada do dos AFTs nos estabelecimentos, e, caso
isso ocorra, a empresa deverá ser autuada.
Segue, abaixo, esquema com as obrigações das empresas:

OBRIGAÇÕES - EMPRESAS

CUMPRIR E FAZER CUMPRIR(EXIGIR DOS EMPREGADOS) AS NORMAS DE


SST

INSTRUIR OS EMPREGADOS, ATRAVÉS DE ORDENS DE SERVIÇO, A


FIM DE EVITAR ACIDENTES DO TRABALHO OU DOENÇAS OCUPACIONAIS

ADOTAR AS MEDIDAS QUE LHES SEJAM DETERMINADAS PELA SRTE

FACILITAR O EXERCÍCIO DA FISCALIZAÇÃO

Vimos que a empresa deve adotar diversas medidas para que seja
garantido aos trabalhadores um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Entretanto, para que o local de trabalho esteja adequado às normas de
SST, os empregados também devem colaborar com a empresa nesse
sentido.

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Assim, os empregados devem cumprir tanto o que está disposto nas


NRs(usar Equipamento de Proteção Individual -EPI, por exemplo), como o
que está contido nas ordens de serviço, e colaborar com a empresa na
aplicação das NRs.
De acordo com a CLT, o empregado que deixar de observar tais regras
se sujeita à punição disciplinar. Nesse sentido, se o empregado, de forma
injustificada, se recusar a observar as instruções expedidas pelo
empregador, ou se recusar ao uso de EPIs, cometerá ato faltoso, o que
poderá ensejar sua demissão por justa causa.
Veja, a seguir, um esquema que sintetiza as obrigações dos
empregados:

OBRIGAÇÕES - EMPREGADOS ATO FALTOSO

OBSERVAR AS NORMAS DE SST,


Recusa INJUSTIFICADA
INCLUSIVE AS OSs
à(ao):

COLABORAR COM A EMPRESA


Observância das
NA APLICAÇÃO DAS NORMAS DE
instruções de Uso do EPI
SST
segurança

6- (CESPE - 2013 - MTE - AFT) Os empregados celetistas


devem observar as normas de segurança e medicina do trabalho, constituindo
ato faltoso sua recusa injustificada às instruções de segurança expedidas pelo
empregador e a recusa ao uso de EPI.
Resolução: Lembrando que a recusa deve ser injustificada. Pode ocorrer,
por exemplo, que o empregador forneça EPI sem condições de uso. Nesse
caso, o empregado, mesmo se recusando a usar o EPI, não estará cometendo
ato faltoso.
Gabarito 6: Certo.

2.2 Seção II - Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição

Colega, imagine que uma nova siderúrgica comece a funcionar em seu


bairro. Você já parou para pensar os diversos riscos à saúde e segurança que
podem estar presentes lá, esperando os novos trabalhadores?

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Para verificar se o novo ambiente de trabalho está de acordo com as


normas de SST, é primordial que ele seja vistoriado antes do início das
atividades. É o que se chama de inspeção prévia.
De acordo com a CLT, nenhum estabelecimento poderá iniciar
suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas
instalações pela autoridade regional competente em matéria de segurança
e medicina do trabalho. Isso visa resguardar os futuros trabalhadores do
local.
Além da necessidade de haver prévia inspeção de novos locais de
trabalho, será necessária uma nova inspeção, caso ocorra modificação
substancial nas instalações e equipamentos. Veja que a modificação deve
ser substancial (a introdução de uma grande máquina, por exemplo). Isso é
necessário porque novos riscos estarão presentes no ambiente do trabalho,
e precisam ser previamente avaliados.
Já em relação aos projetos de construção e respectivas
instalações, as empresas, se quiserem (facultativo), podem solicitar a
prévia aprovação dos projetos pela SRTE, que verificará os potencias risos à
integridade física e à saúde do trabalhador.
Resumindo:

Novo
estabelecimento

OBRIGATÓRIA

Modificação
Substancial
Inspeção Prévia

Projetos de
Construção e
Facultativa
respectivas
instalações

7- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Para


iniciarem suas atividades, todos os estabelecimentos devem ter tido suas
instalações previamente inspecionadas e aprovadas pela autoridade regional
competente em matéria de segurança e medicina do trabalho.
Resolução: Item de acordo com a redação do artigo 160 da CLT. Veremos
durante o curso que a NR que trata de Inspeção Prévia foi revogada.
Gabarito 7: Certo.

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Outro tema bastante presente nas provas é EMBARGO e


INTERDIÇÃO, com previsão na NR-03.
Por ora, é importante que vocês saibam que embargo e interdição são
medidas de urgência, com caráter preventivo, que paralisam totalmente
ou parcialmente os serviços quando o trabalhador está diante de uma
situação de grave e iminente risco a sua integridade física e a sua saúde.
Se você, por exemplo, verifica que determinada obra foi feita sem as
devidas precauções e, por isso, ela irá desabar a qualquer momento. O que
você faz? Embarga ou interdita a obra? Nunca se esqueça: EMBARGO é
apenas obra! Quando for qualquer outra coisa (estabelecimento, máquina,
etc) será interdição.
De acordo com a CLT, o Delegado Regional do Trabalho (atual
Superintendente Regional do Trabalho) à vista do laudo técnico do serviço
competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador,
poderá embargar ou interditar, e deverá indicar as providências que deverão
ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho. Na prática, tal
atribuição de interdição e embargo, tem sido delegada, por meio de portaria
específica, aos Auditores-Fiscais do Trabalho. Veremos isso com maior
profundidade no estudo da NR-03.
A CLT prevê, ainda, que a SRTE, o agente da inspeção do trabalho
(AFT, atualmente), e os sindicatos poderão requerer a interdição ou embargo.
Cuidado aqui. Os sindicatos podem requerer o embargo ou a interdição, mas
quem tem a competência para tal, segundo a CLT, é o Delegado Regional do
Trabalho (hoje Superintendente).

Requisição Embargo
e Interdição

Sindicatos MTE AFT

E se empresa não concordar com o embargo ou a interdição? Nesse


caso, ela poderá recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de
âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho
(SIT/DSST), ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso.
No caso de o empregador ter realizado às adequações necessárias, o
Superintendente Regional do Trabalho, independente de recurso, e após
laudo técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.
E outra pergunta: e os empregados que estavam trabalhando na obra
embargada? Continuam recebendo os seus salários? Claro que sim!!! O risco
do negócio é de responsabilidade exclusiva do empregador. Assim, durante a

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paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou embargo, os


empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.
Por fim, se o empregador ordenar ou permitir o funcionamento de
estabelecimento, a utilização de máquina ou equipamento interditados, ou o
prosseguimento de obra embargada, ele responderá por desobediência,
caso resultarem danos a terceiros. Devido a essa circunstância, para que
ocorra, de fato, a paralisação das atividades, a CLT prevê que as autoridades
federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às medidas
determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho. O esquema abaixo ilustra
a diferença de embargo e interdição:

Situação de grave e iminente


risco

Adoção de medidas de urgência


denominadas:

EMBARGO Interdição

Estabelecimento, Setor
OBRA de serviço, Máquina ou
Equipamento

Durante a paralisação decorrente da imposição de


interdição ou embargo, os empregados devem receber
os salários como se estivessem em efetivo exercício.

Vejam a figura abaixo que ilustra o vão que dá aceso à caixa de


elevador totalmente desprotegido. Um trabalhador descuidado pode sofrer
um acidente grave (e até fatal) a qualquer momento. Isso seria uma situação
de risco grave e iminente.
Diante dessa situação, deve-se paralisar, parcialmente ou totalmente,
este setor de serviço, até que seja corrigido o problema:

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Como falei em setor de serviço, temos a INTERDIÇÃO, que só


poderá ser levantada pelo Delegado regional do Trabalho (atual
Superintendente) caso a situação se regularize, como demonstrado abaixo:

Figura 3 - Colocada a proteção de forma adequada na caixa do elevador e o problema foi corrigido.

8- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) O Delegado Regional do


Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que demonstre
grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento,
setor de serviço, obra, máquina ou equipamento.
Resolução: O único erro está em interditar obra. Obra é embargada, e não
interditada.
Gabarito 8: Errado.

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2.3 Seção III - Dos Órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho


nas Empresas

De acordo com a CLT, as empresas estarão obrigadas a manter


serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. Tais
serviços, como será visto mais especificamente nas NRs, são o SESMT
(Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho) -previsto na
NR-04 e a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) -prevista na
NR-05.

SESMT NR-04
Órgãos de Segurança e
de Medicina do Trabalho
nas Empresas
CIPA NR-05

Em relação à CIPA, de acordo com a CLT, esta será composta de


representantes da empresa e dos empregados. Os representantes dos
empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. Sendo
que o empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o
Presidente da CIPA.
Já os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão
eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de
filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. Anualmente,
os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o Vice-
Presidente da CIPA.
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1
(um) ano, sendo permitida uma reeleição. Entretanto, caso o membro
suplente, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do
número de reuniões da CIPA, este não poderá ser reeleito.
Por fim, um ponto que merece destaque é a estabilidade do cipeiro
eleito, ou seja, representante dos empregados. Tal estabilidade visa
estimular o empregado a se candidatar a membro da CIPA. De acordo com a
CLT, os titulares da representação dos empregados nas CIPA(s) não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em
motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Em relação a tal

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estabilidade, o Tribunal Superior do Trabalho já firmou o entendimento que


a estabilidade também se estende ao suplente-e não somente o titular eleito9.
O esquema abaixo sintetiza a estrutura da CIPA:

CIPA - Representantes

Empregador Empregados

São DESIGNADOS ELEITOS para mandato de UM


(escolhidos) e não possuem ano, permitido UMA reeleição.
estabilidade Possuem ESTABILIDADE

Titular Suplente

Presidente
Vice- Presidente

9- (CESPE - 2013 - MTE - AFT) O mandato dos


membros eleitos da CIPA terá duração de um ano, sendo permitida uma
reeleição.
Resolução: Certo. Trata-se dos representantes dos empregados. Reeleição
é a eleição subsequente, ou seja, o empregado foi eleito para o mandato
referente ao ano de 2009 e reeleito para o ano 2010. Ele está formalmente
impedido de se candidatar ao mandato referente ao ano 2011, pois seria a
segunda reeleição, mas não há nenhum impedimento que ele venha a se
candidatar novamente para a eleição de 2012, voltando a valer a mesma
regra anterior.
Gabarito 9: Certo.

9 SUM-339. CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988


I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT
a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as
atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível
a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.

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2.4 Seção IV - Do Equipamento de Proteção Individual (EPI)

Uma coisa que eu quero que vocês já tenham em mente: o EPI deve
ser a última medida de proteção a ser adotada pela empresa. Em primeiro
lugar devem-se adotar medidas de proteção coletiva e, em seguida, medidas
administrativas e de organização do trabalho, e, caso persista algum risco
ocupacional, adotar medidas de proteção individual.

Figura 4 - Hierarquia Medidas de Controle. Fonte: http://www.unifal-


mg.edu.br/riscosambientais/node/24 .

Conforme a CLT, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre
que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Perceba, então, que,
apenas em último caso, deverá ser utilizado EPI, e este deve ser entregue ao
trabalhador sem qualquer custo.
Por fim, a CLT assevera que o equipamento de proteção só poderá
ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação do Ministério do Trabalho. A finalidade do CA é propiciar que os
EPIs disponibilizados no comércio garantam efetivamente a segurança e
saúde dos usuários e atendam às normas técnicas aplicáveis.
Este é o nosso esquema em relação ao EPI:

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EPI

Gratuito Adequado ao risco, e


Deve conter C.A.
(fornecido pela em perfeito estado
emitido pelo MTE
empresa) de conservação

Exemplos de EPI:

10- (CESPE - 2011- ECT - Eng.Seg.) A empresa é


obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, equipamento de proteção
individual (EPI) adequado ao risco a que ele estiver exposto e em perfeito
estado de conservação e funcionamento, mesmo que as medidas de ordem
geral ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à
saúde dos empregados.
Resolução: Estava indo bem, mas deslizou no final. Lembrem-se: EPI é a
última alternativa em termos de segurança para o trabalhador. Nesse sentido,
o EPI só seria obrigatório se as medidas de ordem geral não oferecessem
completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.
Gabarito 10: Errado.

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2.5 Seção V - Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho

Essa seção é a que serve de base para o Programa de Controle Médico


de Saúde Ocupacional (PCMSO) da NR 07. Basicamente, podemos dizer que
antes de o trabalhador celetista iniciar suas atividades é obrigatório que este
seja avaliado por um médico (exame admissional), a fim de se averiguar se
está apto ou não para função que vai exercer.
Além do exame admissional, a CLT prevê que será obrigatório exame
médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas na
demissão e periodicamente (sendo que a periodicidade dos exames médicos
é prevista na NR 07, e não CLT).
É bom lembrar que o exame médico compreende a investigação clínica
do trabalhador, e, caso o médico entenda ser necessário, poderá solicitar
outros exames complementares, para apuração da capacidade ou aptidão
física e mental do empregado para a função que deva exercer. Lembrando
que tanto a investigação clínica, como os exames c omplementares,
serão custeados integralmente pelo empregador, sendo que o resultado
dos exames médicos, inclusive o exame complementar, serão comunicados
ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica.
Por fim, de acordo com a CLT, o empregador manterá, no
estabelecimento, o material necessário à prestação de primeiros socorros
médicos, de acordo com o risco da atividade. Além disso, será obrigatória a
notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude de
condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita,
de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Exame Médico

Comunicado ao trabalhador,
observados os preceitos da
ética médica

Admissional Periódico Demissional

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O empregador manterá, no estabelecimento, o material


necessário à prestação de primeiros socorros médicos, de
acordo com o risco da atividade.

Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e


das produzidas em virtude de condições especiais de
trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita.

11- (CESPE – 2014 - FUB - Eng.Seg.) De acordo com a


CLT, o empregador tem a responsabilidade de custear apenas os exames
médicos de admissão e demissão. Os demais exames, especialmente os
complementares, ocorrerão por conta do empregado.
Resolução: Aprendam desde já: EPI, exame médico (inclusive os
complementares), ou qualquer outra coisa relacionada à saúde e segurança
do trabalhador serão sempre custeados pelo empregador. Não se pode
cobrar nada do empregado.
Gabarito 11: Errado.

2.6 Seção VI -Das Edificações

Quanto às edificações, estas deverão obedecer aos requisitos técnicos,


de forma que se garanta perfeita segurança aos que nelas trabalhem. Nesse
sentido, é estabelecida a altura mínima relativa aos locais de trabalho. De
acordo com a CLT, os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três)
metros de pé-direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.
De forma simples, pé direito é a altura livre do piso ao teto. Vejam a
figura abaixo que ilustra esse conceito:

Figura 5 - Pé direito de 2,70 metros.

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Entretanto, existe a possibilidade de existirem locais de trabalho com


altura abaixo de 3,00m. Para redução desse mínimo, é necessário que seja
atendida as condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a
natureza do trabalho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão
competente em matéria de segurança e medicina do trabalho. Assim, de toda
forma, tal redução estará sujeita, em nível regional, ao controle da SRTE.

Podendo esse
Mínimo de
CLT Pé-direito mínimo ser
3,00 metros
reduzido

Por fim, nas edificações, os pisos dos locais de trabalho não deverão
apresentar saliências, nem depressões que prejudiquem a circulação de
pessoas ou a movimentação de materiais. As aberturas nos pisos e paredes
serão protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou de objetos:

Figura 6 - Aberturas nos pisos devem ser protegidas. Situação IRREGULAR.

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Figura 7 - Depressões no Piso.

E as paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos,


corredores, coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer
às condições de segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo
Ministério do Trabalho e manter-se em perfeito estado de conservação e
limpeza.
Tudo isso em nome da segurança e da saúde dos trabalhadores!

2.7 Seção VII - Da Iluminação

Você já pensou em trabalhar em um local sem luz (artificial ou natural)


ou com iluminação inadequada? É pedir para se acidentar!
Diante disso, a CLT determina que em todos os locais de trabalho
deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada
à natureza da atividade. Cada atividade demanda uma quantidade de luz
diferente, e essa peculiaridade deve ser observada.
A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim
de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
Na NR-17 (Ergonomia) iremos nos aprofundar no assunto, pois a
iluminação é uma das condições ambientais de trabalho e deve estar
adequada à natureza da atividade exercida.

12- (CESPE - 2013 - SERPRO - Eng.Seg.) A iluminação


geral no local de trabalho deve ser distribuída de forma uniforme e difusa.
Resolução: Olhem o que diz o Art.175, § 1º , da CLT:

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§ 1º - A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e


difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.

Gabarito 12: Correto.

2.8 Seção VIII - Do Conforto Térmico

Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível


com o serviço realizado. Caso a ventilação natural não preencha as
condições de conforto térmico, a ventilação artificial (ar condicionado, por
exemplo) será obrigatória. O seu empregador observa isso no seu serviço???
E tem mais: caso as condições de ambiente se tornarem
desconfortáveis, em virtude de instalações geradoras de frio ou de calor, será
obrigatório o uso de vestimenta adequada para o trabalho em tais condições
ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos
similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações
térmicas. OK?!
Veja uma situação que nos deparamos especialmente em relação ao
telemarketing ( “call center”). Algumas vezes o superior obriga o operador
de telemarketing a sentar num local onde a ventilação do ar condicionado é
direcionada para ele, sem qualquer anteparo ou similar. No dia seguinte, esse
empregado voltará ao mesmo local, mas com capacidade laborativa reduzida.
Ao longo do tempo haverá desgaste orgânico gradual e acumulativo de
desconforto, até que o colaborador peça demissão. São situações como essa
em que se torna necessária a intervenção da Auditoria-Fiscal.
Tal como a iluminação, iremos nos aprofundar sobre o conforto térmico
na NR-17 (Ergonomia).

13- (CESPE - 2009 - EMBASA - Tec.Seg.) Os locais de


trabalho deverão ter ventilação artificial, compatível com o serviço realizado.
A ventilação natural deverá ser complementar, sempre que a ventilação
artificial não atender às condições de conforto térmico.
Resolução: O examinador trocou a ventilação natural pela artificial. Vejam
a previsão na CLT:

Art. 176 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível


com o serviço realizado.
Parágrafo único - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural
não preencha as condições de conforto térmico

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Gabarito 13: Errado.

2.9 Seção IX - Das Instalações Elétricas

Agora, falaremos sobre instalações elétricas, que será detalhada na


NR-10. Os procedimentos de segurança das instalações elétricas devem ser
observados em qualquer das fases de produção, transmissão, distribuição
ou consumo de energia:

Produção Transmissão Distribuição Consumo

Figura 8 – Fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia.

Para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações


elétricas, o profissional deve ser qualificado. Além disso, os que
trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem estar
familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

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Percebam na figura central que o operador retirou a fiação elétrica


utilizando um pedaço de madeira (isolante), evitando-se, assim, a
propagação do choque elétrico. Vejam, portanto, a importância que possui o
fato daqueles que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações
elétricas estarem familiarizados com os métodos de socorro a acidentados
por choque elétrico.

2.10 Seção X - Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais

Essa seção estabelece a obrigatoriedade do Ministério do Trabalho em


estabelecer normas sobre a movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais. Já fiquem sabendo que o MTE regulamentou tal dispositivo
celetista por meio da Norma Regulamentadora nº11 (NR 11).
É crucial que o trabalhador tenha conhecimento de como movimentar
determinada carga, como armazenar cada tipo de material, além de ter o
conhecimento da maneira adequada de manusear cada material. Mas por que
isso? Tudo em nome da segurança e saúde do trabalhador, como iremos ver,
detalhadamente, no estudo da NR 11.
Conforme a CLT, o MTE deve estabelecer normas sobre:
(i) as precauções de segurança na movimentação de materiais nos locais
de trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as
condições especiais a que estão sujeitas a operação e a manutenção desses
equipamentos, inclusive exigências de pessoal habilitado.
(ii) as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de
materiais, inclusive quanto às condições de segurança e higiene
relativas aos recipientes e locais de armazenagem e os equipamentos
de proteção individual.
(iii) a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos
equipamentos de transporte, dos avisos de proibição de fumar e de
advertência quanto à natureza perigosa ou nociva à saúde das substâncias
em movimentação ou em depósito, bem como das recomendações de
primeiros socorros e de atendimento médico e símbolo de perigo, segundo

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padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias


armazenados ou transportados.

Figura 9 - Indicação de carga máxima permitida nos equipamentos de transporte.

Figura 10 - Advertência quanto à natureza perigosa ou nociva à saúde das substâncias em


movimentação ou em depósito.

Destaco, aqui, que as disposições relativas ao transporte de materiais


aplicam-se, também, no que couber, ao transporte de pessoas nos locais de
trabalho.
Por fim, para evitar que o trabalhador que labora na movimentação de
materiais tenha problemas de postura, dores na coluna, etc., ele deverá estar
familiarizado com os métodos racionais de levantamento de cargas.

14- (CESPE - 2011- ECT - Eng.Seg.) O rótulo dos


materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos
locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, deve conter
composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo
correspondente, segundo a padronização internacional.

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Resolução: É o que dispõe a CLT. É imprescindível que o trabalhador que


manuseia substâncias perigosas ou nocivas à saúde saiba com o que está
lidando. Por isso, tais substâncias devem conter rótulo especificando a
composição, recomendação de socorro imediato (no caso de ocorrem algum
acidente ao manusear o produto), além de conter o símbolo de perigo
corresponde, segundo padronização internacional.
Gabarito 14: Certo.

2.11 Seção XI - Das Máquinas e Equipamentos

A fim de evitar acidentes no ambiente de trabalho, as máquinas e os


equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e
parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes
do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. É
importante destacar que é proibida a fabricação, a importação, a venda, a
locação e o uso de máquinas e equipamentos que não atendam a esse
dispositivo.

Figura 11 - Dispositivos de partida e parada.

Percebam que a máquina só funciona (partida) se o operador estiver


com as duas mãos ocupadas. Assim, se o trabalhador, por exemplo, estiver
trabalhando com uma prensa, e resolver colocar a mão em seu interior, e,
acidentalmente, apertar um dos botões de partida, a prensa não irá ser
acionado e o trabalhador terá sua mão poupada.
Outro detalhe da figura é o dispositivo de parada (botão vermelho-
central) que pode ser acionado por qualquer pessoa, no intuito de prevenir a
ocorrência de acidentes.

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A CLT estabelece, ainda, que os reparos, limpeza e ajustes


somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se
o movimento for indispensável à realização do ajuste. A ideia aqui é
deixar a máquina parada no lugar dela, sendo que o movimento da máquina
somente ocorrerá quando isso for indispensável.
Por fim, destaco que o MTE, por meio da NR 12, estabelece normas
adicionais sobre proteção e medidas de segurança na operação de máquinas
e equipamentos, em observância à CLT.

15- (Prof. Charles Oscar) Durante a fiscalização em uma


grande empresa, foi constatado que as máquinas que ali operavam não eram
dotadas de dispositivos de partida e parada, nem de dispositivos para evitar
o acionamento acidental. Nessa situação, o Auditor-Fiscal do Trabalho, após
constatar a situação de risco grave e iminente aos trabalhadores, deve adotar
as medidas legais para o embargo da máquina, visto que é proibido o uso de
máquinas nas condições acima elencadas.
Resolução: Vimos que é proibido o uso de máquinas sem dispositivos de
partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de
acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento
acidental. Diante disso, o AFT deve adotar as medidas legais para a interdição
(“embargo obra” e “interdito o resto”), ou seja, a paralisação da máquina até
que seja corrigido o problema.
Gabarito 15: Errado.

2.12 Seção XII - Das Caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão

Tendo em vista o perigo envolvido na operação de caldeiras, fornos e


recipientes sob pressão, a CLT estabeleceu a obrigatoriedade do MTE em
estabelecer normas de segurança sobre o tema. Sendo esta seção do capítulo
V da CLT que dá fundamento às NRs 13(Caldeiras e Vasos de pressão) e
14(Fornos).
De acordo com a CLT, as caldeiras, equipamentos e recipientes
em geral que operam sob pressão deverão dispor de válvula e outros
dispositivos de segurança, que evitem que seja ultrapassada a pressão
interna de trabalho compatível com a sua resistência.
Destaco que as caldeiras serão periodicamente submetidas a
inspeções de segurança, por engenheiro ou empresa especializada:

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Inspeção periódica por


engenheiro ou empresa
especializada

Um documento que deverá acompanhar a caldeira é o seu “Prontuário”,


que é disponibilizado pelo fabricante, e deve conter diversas informações
relativas à caldeira, tais como: especificação técnica, provas e testes
realizados durante a fabricação e a montagem, pressão máxima de trabalho
permitida (indicada, em local visível, na própria caldeira). Iremos ver, de
forma detalhada, esse assunto quando estudarmos a NR 13.
O proprietário da caldeira deverá organizar, manter atualizado e
apresentar, quando exigido pela autoridade competente, o Registro de
Segurança, no qual serão anotadas, sistematicamente, as indicações das
provas efetuadas, inspeções, reparos e quaisquer outras ocorrências.
Pessoal, lembram que estudamos que as empresas podem (ou seja,
não é obrigatório) solicitar a prévia aprovação dos projetos de construção
e respectivas instalações? Pois bem, devido ao perigo envolvido na operação
de uma caldeira, a CLT determina que os projetos de instalação de
caldeiras, fornos e recipientes sob pressão deverão (ou seja, é obrigatório)
ser submetidos à aprovação prévia do órgão regional competente em matéria
de segurança do trabalho.
O esquema abaixo resume as informações apresentadas:

Prontuário da Caldeira • De responsabilidade do fabricante da


caldeira.

Registro de Segurança da • O proprietário da caldeira deverá


Caldeira organizar e manter atualizado.

Projetos de instalações de
caldeiras, fornos, recipientes • Obrigatório a prévia aprovação peo
sob pressão órgão regional.

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16- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Julgue os itens abaixo.


1. Equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressão deverão
dispor de válvulas de segurança capazes de suportar o triplo da pressão
interna de trabalho especificada.
2. Os projetos de instalação de caldeiras e recipientes sob pressão deverão
ser submetidos à aprovação de comissão específica da Associação Brasileira
de Normas Técnicas - ABNT
Resolução:
1. Triplo de pressão? Nada disso. Não pode ser ultrapassada a pressão interna
de trabalho (e não o seu triplo) compatível com a sua resistência. Lembro,
ainda, que as caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções de
segurança, por engenheiro ou empresa especializada.
2. Errado. Quem aprova os projetos de instalações de caldeiras é o MTE, por
meio do órgão regional (SRTE), e não a ABNT. Lembrando que os projetos de
instalação de caldeiras e recipientes sob pressão deverão (obrigatório!) ser
submetidos à prévia aprovação do órgão regional do MTE.
Gabarito 16: E/E.

2.13 Seção XIII - Das Atividades Insalubres ou Perigosas

Futuro AFT, esse tema despenca tanto em provas do CESPE, como da


ESAF. Por isso, alerta ligado.
Lembram-se que, de acordo com a CF/88, é direito dos trabalhadores
urbanos e rurais adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei?
Pois bem, a CLT regulamentou os adicionais de insalubridade e
periculosidade, porém o adicional de penosidade NÃO foi
regulamentado.

17- (CESPE – 2013 – SERPRO – Tec.Seg.) É assegurado


adicional de 30% sobre o salário contratado, nos termos normatizados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, ao trabalhador que desempenhe, no
cumprimento de suas funções, atividades penosas, ou seja, atividades
trabalhosas, incômodas e dolorosas, que exijam constante atenção e
vigilância.
Resolução: Atividades penosas? Não, mesmo! Lembrando que o adicional
de remuneração para as atividades penosa não foi regulamentado, ao
contrário dos adicionais e insalubridade e periculosidade.

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Gabarito 17: Errado.

Iremos ver agora o tema atividades insalubres e perigosas, conforme


disposto na CLT. É importante destacar que existe uma jurisprudência vasta
quanto ao tema. Todavia, iremos nos aprofundar na jurisprudência quando
do estudo das NR 15 (insalubridade) e NR 16 (periculosidade).
Na CLT, encontramos a definição de atividade insalubre, nos seguintes
termos:

Art . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas


que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.

A atividade insalubre expõe o trabalhador a agentes nocivos à saúde,


acima dos níveis de tolerância, e, por isso, vai deteriorando, aos poucos, a
saúde deste. Um exemplo de atividade insalubre é quando o trabalhador está
exposto a níveis de ruído acima dos níveis de tolerância, o que pode levar,
em longo prazo, à perda auditiva (surdez).
A CLT estabelece, ainda, que o Ministério do Trabalho aprovará o
quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os
critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos
agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do
empregado a esses agentes.
Nesse contexto, o TST estabelece que não basta a constatação da
insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito
ao respectivo adicional, sendo imprescindível que a atividade esteja
enquadrada entre as atividades insalubres listadas na relação oficial
elaborada pelo MTE. Tal regulamentação consta da NR 15, que será estudada
detalhadamente em outra aula:
Súmula nº 448 do TST. ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO.
PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO
MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação
do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para
que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério
do Trabalho. (...)

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Agora te pergunto: como fazer para eliminar ou neutralizar a


insalubridade?
Conforme a CLT, para eliminação ou neutralização da insalubridade, a
empresa, em um primeiro momento, deve adotar medidas que conservem o
ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância. Por exemplo: o
empregado trabalha em uma sala, mas, na sala ao lado, existe um
maquinário que emite um ruído excessivo. Uma alternativa seria fazer um
isolamento acústico. Mas, se mesmo assim, o ruído permanecer excessivo,
acima dos níveis de tolerância?
Nesse caso, de acordo com a CLT, a eliminação ou a neutralização da
insalubridade ocorrerá com a utilização de equipamentos de proteção
individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a
limites de tolerância. No nosso exemplo, poderia ser disponibilizado um
protetor auditivo, no intuito de tornar o ambiente salubre, ou seja, dentro
dos níveis de tolerância.

Figura 12 - Protetor auditivo (abafador) - tipo de EPI.

Assim, tem-se como decorrência lógica da eliminação da insalubridade


mediante o fornecimento de EPI, a exclusão do respectivo adicional. Esse é
o entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho(TST), in verbis:
SUM-80 INSALUBRIDADE(mantida)-Res.121/2003,DJ 19, 20 e 21.11.2003.
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos
protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a
percepção do respectivo adicional.

Entretanto, não basta o empregador fornecer o EPI ao empregado, ele


deve tomar outras medidas no sentido de reduzir os níveis do agente (ruído,
no nosso exemplo) a níveis toleráveis, inclusive exigindo o uso efetivo do EPI
pelo empregado. Assim, se mesmo com o fornecimento de EPI, não houver
eliminação ou redução da nocividade a níveis toleráveis, é devido o adicional.
Esse é o entendimento do TST:

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SUM-289 INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE


PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o
exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as
medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as
quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.

Como o ideal é garantir que o trabalhador labore em um ambiente de


trabalho salubre, isto é, sem prejuízos à sua saúde, a CLT estabelece que
cabe às Delegacias Regionais do Trabalho (SRTEs, atualmente), quando
comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para
sua eliminação ou neutralização.
Mas se, no nosso exemplo, a empresa fez o isolamento acústico,
disponibilizou o protetor auditivo para o trabalhador, e, mesmo assim, o ruído
continua excessivo, acima dos níveis de tolerância?
Bom, nesse caso, a única saída é pagar um adicional para o trabalhador
que labora em um ambiente gravoso para sua saúde. De acordo com a CLT,
o acional terá como base o salário mínimo e corresponderá à:

40% (quarenta por


• Grau MÁXIMO
cento)

20% (vinte por cento) • Grau Médio

10% (dez por cento) • Grau mínimo

18- (CESPE – 2013 – UNIPAMPA – Eng.Seg.) O


exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assegura o pagamento
de adicional de 60%, 40% e 20% do piso salarial da categoria,
respectivamente, para os graus máximo, médio e mínimo.
Resolução: Os percentuais estão errados. O correto é: 40% (grau máximo),
20% (grau médio) e 10% (grau mínimo). Outro equívoco é que é a base de
cálculo não é o piso salarial da categoria, mas o salário mínimo. Questão
ERRADA.
Gabarito 18: Errado.

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Vamos conversar um pouco sobre a base de cálculo do adicional de


insalubridade:
Existe uma lacuna jurídica criada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o STF, na súmula vinculante nº 4, salvo nos casos previstos
na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de
base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial. Em outras palavras: o salário mínimo não
poderia ser usado com base de cálculo do adicional de insalubridade, o que
está em consonância com o texto constitucional (art.7º, IV - que veda a
vinculação do salário mínimo para qualquer fim).
Tendo em vista esse fato, o TST sumulou o entendimento tomando
como base do cálculo do adicional de insalubridade o salário base do
trabalhador, nos seguintes termos:
“SUM.288 A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula
Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade
será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em
instrumento coletivo.”

Todavia, o STF deferiu liminar proposta pela CNI (CONFEDERAÇÃO


NACIONAL DA INDUSTRIA) que alegava a inconstitucionalidade da súmula
228 do TST, pois este Tribunal não poderia criar algo que é privativo de lei
de competência do Poder Legislativo.
Diante disso, o STF suspendeu a súmula 228 do TST, primeira parte
(“o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico”), além
disso afirmou que, no intuito de não prejudicar os beneficiários que recebem
o auxílio insalubridade, utilizará como base para o auxílio o salário mínimo
até que seja editada lei que crie outra base de cálculo.
Dito isso, levem para a prova a seguinte conclusão: o adicional de
insalubridade continua tendo como base o salário mínimo.
Por fim, destaco que, ainda que a exposição aos agentes nocivos seja
intermitente, é devido o adicional de insalubridade, conforme entendimento
do TST:
SUM-47 INSALUBRIDADE (mantida)-Res.121/2003,DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não
afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo
adicional.

• Atividades Perigosas
Pessoal, agora vamos começar a discutir o que são atividades perigosas.

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Ao contrário das atividades insalubres, que colocam em risco a saúde do


trabalhador ao longo de sua vida laboral, as atividades perigosas representam
um risco à vida do trabalhador a ponto de, em caso de acidente, lhe tirar a
vida ou mutilá-lo.
Nesse contexto, de acordo com a CLT, as atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho
e Emprego, são aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado (antes o termo era contato permanente) em
virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais
de segurança pessoal ou patrimonial;
Além disso, com a edição da Lei nº 12.997/2014, são também
consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.
No inciso I, foi incluído o empregado que labora com energia elétrica,
sendo que a atividade com energia elétrica já era considerada perigosa pela
Lei 7.369/1985. Ainda em relação ao inciso I, destaca-se que o TST entende
que os empregados que operam em bomba de gasolina (tipo de inflamável)
têm direito ao adicional de periculosidade:
SUM-39 PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional
de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955).
Quanto ao inciso II, destaca-se que não basta o empregado estar
exposto permanentemente ao risco acentuado de roubos ou outras espécies
de violência física para reivindicar o adicional de periculosidade. É necessário
que o trabalhador, simultaneamente, desenvolva atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial (vigilante bancário, por exemplo).
Resumindo:

Atividades Perigosas
(impliquem risco acentuado em
virtude de exposição permanente do
trabalhador a):

Segurança
Energia
Inflamáveis Explosivos pessoal ou Motocicleta
Elétrica
patrimonial

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19- (CESPE - 2013 - AGU - Procurador) Na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, são
consideradas perigosas as atividades ou operações que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a roubos ou outras espécies de violência física
nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
Resolução: O examinador mencionou uma das atividades perigosas
inseridas pela Lei nº 12.740/2012. Se a Banca mencionasse que apenas
(exclusivamente, somente) tal atividade é considerada perigosa, nessa
situação a questão estaria errada, mas não foi o caso.
Gabarito 19: Correto.

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais
de segurança pessoal ou patrimonial.
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em
motocicleta.

Veja agora o quadro comparativo das atividades insalubres com as atividades


perigosas:

Atividades Perigosas Atividades Insalubres

Exposição a agentes nocivos à


Implicam risco acentuado ao
saúde, acima dos níveis de
trabalhador
tolerância

- inflamáveis, explosivos ou energia Ministério do Trabalho aprovará o


elétrica; quadro das atividades e operações
- roubos ou outras espécies de insalubres (NR 15)
violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial;
- Trabalho em motocicleta;

Destaco que em 2012 foi incluída a seguinte previsão no art.193 da CLT:

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§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma


natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo
coletivo.

Antes da previsão celetista, muitos vigilantes tinham o pagamento de


adicional de risco de vida. O adicional de risco de vida tem a mesma finalidade
do adicional de periculosidade, que é a de compensar financeiramente o
trabalhador que está exposto a risco que coloque em perigo sua integridade
física ou vida.
Nesse sentido, o § 3º do art. 193 da CLT objetiva evitar a cumulação
dos adicionais de risco de vida criados por instrumentos coletivos de trabalho
com o adicional de periculosidade que passou a ser concedido aos vigilantes
por lei.
• Base de cálculo - Periculosidade
Em relação à base de cálculo, o adicional de periculosidade assegura
ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário
base, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa. Importante destacar que o
empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que
porventura lhe seja devido. Assim, se, por exemplo, o empregado
trabalhar em um ambiente que é, ao mesmo tempo, insalubre e perigoso, ele
optará pelo adicional que deseja receber, visto que o empregado não pode
receber os dois adicionais cumulativamente.
Abaixo segue um quadro comparativo relativo aos adicionais:

ADICIONAL - ADICIONAL -
INSALUBRIDADE PERICULOSIDADE

40%(Máximo)
30%
20%(Médio)
10%(Mínimo)
sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa
Sobre Salário
Mínimo
O empregado poderá optar pelo adicional
de insalubridade que porventura lhe seja
devido

Cabe aqui esclarecer a base de cálculo da periculosidade em relação


aos eletricitários. A Lei 7369/85(Lei dos eletricitários), previa que o cálculo
do adicional de periculosidade teria que ser efetuado sobre a totalidade das
parcelas de natureza salarial (e não apenas sobre o salário base). Com a

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revogação da “Lei dos eletricitários”, após a edição da Lei 12.740/2012,


sustentou-se que os trabalhadores em contato com energia elétrica
passariam a receber o adicional de periculosidade no importe de 30%
calculado de acordo com o salário-base, e não mais sobre a totalidade das
verbas salariais, conforme previsto no § 1º do Art.193 da CLT -
supramencionado.
Em razão da necessária remodelação dos contratos de trabalho de
milhares de eletricitários, por força da nova Lei, o Tribunal Superior do
Trabalho (TST) entendeu que a aplicação imediata da nova base de cálculo
do adicional de periculosidade fere, a um só tempo: (i) o princípio da
inalterabilidade contratual lesiva; e (ii) o princípio da irredutibilidade salarial.
Diante disso, fixou-se o entendimento no sentido de que o empregado
ELETRICITÁRIO, admitido antes da Lei 12.740/2012, e que já recebia
o adicional de periculosidade sobre a totalidade das parcelas de
natureza salarial, NÃO pode ter a incidência do referido adicional
calculado somente sobre o salário básico, mesmo que haja norma
coletiva de trabalho assim determinando:
Súmula nº 191. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA.
BASE DE CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga redação e inseridos os
itens II e III) - Res. 214/2016, DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01 e
02.12.2016
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não
sobre este acrescido de outros adicionais.
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob
a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das
parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se
determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico.
III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do
eletricitário promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de
trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo
será realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme determina o
§ 1º do art. 193 da CLT.

Assim, os empregados eletricitários admitidos após a Lei 12.740/2012


terão o adicional de periculosidade calculado sobre o salário-base (CLT, artigo
193, § 1º), o que não se aplica àqueles cujos contratos de trabalho estejam
vigentes antes mesmo do marco temporal que revogou da Lei 7.369/1985,
qual seja, dia 8 de dezembro de 2012. Diante disso, houve o cancelamento
da Orientação Jurisprudencial 279 da SBDI-1 do TST, que previa o pagamento

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do adicional de periculosidade aos eletricitários calculado sobre o conjunto de


parcelas de natureza salarial (remuneração)10.

• Insalubridade e Periculosidade constituem direito adquirido do


empregado?
Conforme a CLT, o direito do empregado ao adicional de insalubridade
ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou
integridade física. Assim, não há que se falar em direito adquirido aos
respectivos adicionais. O empregado só recebe o adicional enquanto estiver
trabalhando em uma atividade insalubre ou perigosa. Esse é, inclusive, o
entendimento do TST, in verbis:
SUM-248 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida)
- Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da
autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem
ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

20- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Mesmo


depois de eliminado o risco à saúde ou a ameaça à integridade física do
trabalhador, mantém-se o direito do empregado ao adicional de insalubridade
ou de periculosidade.
Resolução: Sendo parcelas condicionais, o pagamento dos adicionais de
periculosidade ou insalubridade são devidos apenas enquanto o ambiente for
insalubre ou enquanto a atividade for perigosa. Sendo eliminado o risco à
saúde ou a ameaça à integridade física do trabalhador, cessa-se o direito aos
respectivos adicionais.
Gabarito 20: Errado.
Veremos adiante que a regra geral é a necessidade de perícia no local
de trabalho para que seja caracterizada a insalubridade, pois só assim será
possível a verificação de que os agentes nocivos à saúde eram encontrados
acima dos limites de tolerância. Todavia, o TST entende que quando não for
possível a realização da perícia no local de trabalho, é possível a utilização de
outros meios de prova para caracterização da insalubridade. Nesse sentido:
OJ-SDI1-278 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL
DETRABALHO DESATIVADO (DJ 11.08.2003)

10
OJ-SDI1-279 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº
7.369/85, ART. 1º. INTERPRETAÇÃO (cancelada) - Res. 214/2016, DEJT divulgado em 30.11.2016
e 01 e 02.12.2016. O adicional de periculosidade dos eletricitários deverá ser calculado sobre o
conjunto de parcelas de natureza salarial.

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A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade.


Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da
empresa poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova.

Futuro AFT: Você já se perguntou quem é o responsável pela


caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade?
Pois bem, o Médico do Trabalho ou o Engenheiro do Trabalho
farão perícia no ambiente de trabalho para caracterizar e classificar a
insalubridade e a periculosidade. Em consonância com o TST, não faz
diferença a perícia ser realizada por engenheiro ou médico, bastando que o
profissional seja qualificado, in verbis:
OJ-SDI1-165 PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida
em 26.03.1999) O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico
e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade
e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional
devidamente qualificado.
Em relação à perícia para caracterização e para classificação da
insalubridade e da periculosidade, é facultado às empresas e aos sindicatos
das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do
Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o
objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou
perigosas.
Quando for arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por
empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz
designará perito habilitado, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão
competente do Ministério do Trabalho.
Vimos que existe a necessidade de perícia no local de trabalho para
caracterizar a atividade perigosa, e, sendo constatada que tal atividade é
perigosa, tem-se, como decorrência lógica, o pagamento do respectivo
adicional ao trabalhador. Todavia, pode ocorrer a seguinte situação: apesar
de ainda não ter ocorrido perícia no local de trabalho, o empregador, por
mera liberalidade, paga o adicional de periculosidade ao trabalhador. Diante
dessa situação, é óbvio que o empregado trabalha em uma atividade
perigosa, o que torna dispensável a realização da perícia no local de trabalho.
Esse é o sentido da OJ-SDI1-406 do TST:
OJ-SDI1-406 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO.
CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA
DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010)
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade
da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco

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ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a


realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna
incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.

Destaco que a realização da perícia não prejudica a ação fiscalizadora


do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.
A partir do momento que for constato a insalubridade e/ou
periculosidade é devido o respectivo adicional, sendo que não há efeitos
financeiros em relação a situação pretéritas, conforme a CLT:

“Art . 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de


insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da
respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho(...).”

Por fim, como vimos, o empregador deve instruir o empregado no


sentido de evitar a ocorrência de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, sendo o trabalhador deve ser informado dos riscos presentes
no seu ambiente de trabalho.
Nesse sentido, a CLT estabelece que os materiais e substâncias
empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando
perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição,
recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente,
segundo a padronização internacional.
Além disso, os estabelecimentos que mantenham atividades perigosas
ou insalubres afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes,
com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à
saúde.
Assim, finalizamos a parte de atividades perigosas e insalubres. Vimos
tudo que está inserido na CLT, além de estudarmos outras disposições
oriundas do TST. Existem algumas particularidades que estudaremos quando
do estudo da NR 15(insalubridade) e NR 16 (periculosidade).

2.14 Seção XIV - Da Prevenção da Fadiga

Nessa seção, o legislador se preocupou em estabelecer o peso máximo


que um empregado pode remover individualmente, no intuito de evitar que
a saúde (ocorrência de lombalgias, por exemplo) e a segurança do
trabalhador sejam comprometidas.
Diante disso, a CLT estabelece que é de 60 kg (sessenta quilogramas)
o peso máximo que um empregado pode remover individualmente,
ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor
e da mulher. Vejam que a mulher e o menor, por terem uma estrutura mais
frágil, merecem uma atenção especial nesse aspecto.

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Figura 13 - Excesso de peso sendo suportado pelos trabalhadores.

Ocorre, entretanto, que não está compreendida na proibição a


remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos,
carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o
Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam
exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.
Observem que na figura abaixo, o limite provavelmente é superior a
60kg, mas não entra na proibição prevista na CLT, uma vez que se trata de
remoção de material utilizando um aparelho mecânico (Paleteira Hidráulica).

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Além disso, os empregados que necessitam de trabalhar sentado


devem ter à sua disposição assentos ergonômicos, ou seja, que assegurem
postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou
forçadas.
E quando o trabalho for executado de pé, os empregados terão à sua
disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.
Assim, por exemplo, se o trabalhador necessita de ficar constantemente em
pé durante a execução da tarefa (caixa de empresa de fast-food, por
exemplo), deverá ter, durante as pausas que o serviço permitir, assento à
sua disposição.
A figura abaixo ilustra um trabalhador que labora em pé, mas possui
assento para ser utilizado nas pausas (quando não há cliente para ser
atendido, por exemplo):

Figura 14 - Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua
disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.

21- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Legalmente,


ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da
mulher, admite-se que um empregado remova, individualmente, no máximo,
30 kg. Não está compreendida nessa disposição a remoção de material feita
por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou
quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o MTE, em tais casos, fixar
limites compatíveis com cada situação.
Resolução: O limite máximo estabelecido na CLT é de 60 kg, e não 30 kg.
Lembrando que quando a remoção for, por exemplo, por impulsão ou tração

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de vagonetes sobre trilhos ou outro aparelho mecânico, não se aplica o limite


máximo de 60 kg.
Gabarito 21: Errado.

2.15 Seção XV - Das Outras Medidas Especiais de Proteção

Nesta seção, tem-se a previsão da obrigatoriedade do MTE em


estabelecer disposições complementares às normas tratadas nos artigos
vistos até aqui sobre segurança e medicina do trabalho, considerando as
peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho.
Diante dessa obrigação, diversas NRs foram estabelecidas pelo MTE,
para tratar das peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho. Têm-
se como exemplos: NR 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção); NR 33(Trabalho a céu aberto); NR 26 (sinalização
de segurança).
Essa seção serve para vocês terem uma ideia do que os aguardam por
ser algo bem genérico, acho muito improvável que seja exigido
especificamente dessa seção.

2.16 Seção XVI - Das Penalidades

Por fim, a CLT estabelece que as infrações relativas à medicina do


trabalho serão punidas com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de
referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de
abril de 1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 5
(cinco) a 50 (cinquenta) vezes o mesmo valor.
E, no caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização,
emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa
será aplicada em seu valor máximo.

Infrações relativas Infrações relativas


à medicina do à segurança do
trabalho trabalho

Multa de 3 a
30 vezes o Multa de 5 a
valor de 50 vezes
referência

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Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício


ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor
máximo.

22- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Em caso de reincidência,


embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com
o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo
dobrado.
Resolução: Valor máximo dobrado???? Nada disso. O correto seria o termo
“valor máximo”.
Gabarito 22: Errado.

“Art.201. (...)
Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à
fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a
lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.”

Aqui termina a parte de SST na CLT.


Esperam que tenham se deliciado com a disciplina fascinante de Segurança
e Saúde do Trabalho (SST)- foi apenas uma introdução. Iremos ver detalhe
por detalhe quando estudarmos as NRs.
Nossas aulas seguirão o formato desta: teoria, esquemas, questões (muitas
questões).
Agora, no final da aula, separei várias questões com os assuntos vistos até
aqui. Hora de praticar!!

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3 – Questões Comentadas

23- (CESPE – 2015 – FUB – Assistente em Administração) Julgue o


item a seguir, a respeito da Constituição Federal de 1988 (CF) e dos
fundamentos da República Federativa do Brasil.
A livre iniciativa, fundamento da República Federativa do Brasil, possui valor
social que transcende o interesse do empreendedor, merecendo proteção
constitucional apenas quando respeitar e ajudar a desenvolver o trabalho
humano. Por isso, não se coaduna com a CF empreitada que deixe de
assegurar os direitos sociais dos trabalhadores.
Resolução:
A livre iniciativa merece proteção constitucional apenas quando respeitar e
ajudar a desenvolver o trabalho humano, ou seja, desde que a “livre
iniciativa” seja compatível com o “valor social” do trabalho. Por isso, não se
coaduna com a CF/88 empreitada (livre iniciativa) que deixe de assegurar os
direitos sociais dos trabalhadores.
Gabarito 23: Certo.

24- (CESPE – 2013 – INPI – Eng.Seg.) É legalmente vedada às


convenções coletivas de trabalho a regulamentação de matéria inerente à
segurança do trabalho.
Resolução:
Nada disso. O que não se pode fazer é excluir ou reduzir o alcance de matéria
de segurança e medicina do trabalho, mas é plenamente possível (e até
recomendável) aumentar o seu alcance. Como exemplo, têm-se as
Convenções Coletivas que objetivam tornar o ambiente de trabalho mais
seguro, trazendo, assim, mais benefício ao trabalhador. Questão ERRADA.
Gabarito 24: Errado.

25- (ESAF - 2010 - MTE – AFT) O menor de 18 anos, conforme previsto


na Constituição, não pode, em razão da sua incapacidade, prestar serviços,
nem receber por eles, em período noturno ou em circunstâncias perigosas ou
insalubres.
Resolução:
De fato, o menor não pode trabalhar em horário noturno ou em condições
insalubres ou perigosas. Entretanto, uma vez tendo trabalhado nessas
condições, o menor pode e deve receber remuneração pelos serviços
prestados.
Gabarito 25: Errado.

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26- (CESPE - 2015 - FUB – Enfermeiro do Trabalho) A realização de


trabalho noturno, perigoso ou insalubre por menor de dezoito anos de idade
é permitida desde que o empregador pague a esse trabalhador adicional
pecuniário.
Resolução:
O menor de 18 anos NÃO pode trabalhar em horário noturno ou em condições
insalubres ou perigosas, mesmo que o empregador pague a esse trabalhador
adicional pecuniário.
Gabarito 26: Errado.

27- (CESPE - 2013 - MTE - AFT - 2ª etapa – ADAP.) Considere que


determinada lei tenha conferido ao trabalhador urbano o direito ao
recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores
que os previstos para os trabalhadores rurais. Em face dessa situação, é
correto afirmar que, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF), há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.
Resolução:
Coloquei essa questão para mostrar que o legislador de 88, com base nos
princípios da igualdade e da não discriminação, conferiu o mesmo tratamento
aos trabalhadores urbanos e rurais. Nesse contexto, tal lei seria
inconstitucional, pois confere tratamento diferenciado aos trabalhadores
urbanos e rurais de forma injustificada, sendo, portanto, incompatível com o
texto constitucional.
Gabarito 27: Errado.

28- (CESPE- 2013 - MTE – AFT) Nos termos da legislação pátria,


especialmente a CLT, é admissível a contratação de trabalhador com
dezessete anos de idade para exercer a função de frentista em posto de
combustíveis.
Resolução:
Tanto a CF/88 como a CLT proíbem o trabalho de menores de 18 anos em
atividades perigosas. Por sua vez, a atividade de frentista em posto de
combustíveis é classificada como perigosa, em virtude de exposição
permanente do trabalhador a inflamáveis, inclusive conforme a
jurisprudência do TST:

“SUM-39 PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e


21.11.2003.
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional
de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955).”

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Gabarito 28: Errado.

29- (ESAF - 2006 - MTE – AFT – Adap.) Quanto ao trabalho do


adolescente, julgue os itens abaixo:
1. é proibido qualquer trabalho de menor de quatorze anos, salvo na condição
de aprendiz.
2. é proibido o trabalho noturno de menor de dezoito anos.
Resolução:
1. Errado. Aprendiz é a partir dos 14 anos. No ordenamento jurídico
brasileiro é proibido, sem exceção, qualquer trabalho de menor de quatorze
anos, sendo permitido, via de regra, o trabalho apenas a partir dos 16 anos:

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:(...) XXXIII - proibição de trabalho
noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;”

2. Certo. Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno.


Gabarito 29: E / C.

30- (CESPE- 2009 - TRT - 17ª - Analista Judiciário) Um empregado


com 17 anos de idade pode desenvolver sua jornada de trabalho no período
noturno, desde que não exista prejuízo para suas atividades escolares.
Resolução:
Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, não havendo
qualquer exceção.
Gabarito 30: Errado.

31- (CESPE- 2005 - TRT 16 - Analista Judiciário) Com o propósito de


ajudar a família de um ex-empregado falecido, Mário, proprietário de uma
loja de conveniências instalada em um posto de gasolina, resolveu contratar
Lucas, de 14 anos de idade, filho do falecido, para laborar como atendente,
no horário de 20 às 2 horas, durante cinco dias na semana. Nessa situação,
por ser nulo o contrato firmado, Lucas não fará jus à percepção do adicional
noturno devido.
Resolução:
Lucas, sendo menor de 18 anos, não pode trabalhar em horário noturno ou
em condições perigosas (contato com inflamáveis no posto de gasolina),

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todavia, uma vez tendo trabalhado nessas condições, o menor pode e deve
receber remuneração pelos serviços prestados. Isto é, a prestação de
trabalho noturno, perigoso ou em condições insalubres, pelo menor de
dezoito anos, implica o pagamento dos adicionais correspondentes,
independentemente da responsabilidade administrativa ou penal do
empregador.
Gabarito 31: Errado.

32- (FCC - 2011 - TRT 23- Técnico Judiciário) Luan completa 18 anos
no próximo ano e gostaria de, na data de seu aniversário, realizar uma grande
viagem com seus amigos. Porém, como não possui recursos financeiros
suficientes para pagá-la, resolve procurar um emprego na cidade de São
Paulo. Pode-se afirmar que Luan, antes de seu aniversário,
a) não poderá laborar em locais e serviços perigosos ou insalubres e também
não poderá realizar trabalho noturno, ou seja, aquele compreendido entre as
22 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte (meio urbano), por ser
vedado o trabalho noturno, insalubre e perigoso aos menores de 18 anos.
b) não poderá exercer qualquer tipo de atividade laboral tendo em vista que
é proibido o trabalho do menor de 18 anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir dos 14 anos.
c) poderá realizar trabalho noturno, ou seja, aquele compreendido entre as
22 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte, tendo em vista que a
legislação trabalhista proíbe o trabalho noturno apenas para trabalhadores
que possuam idade inferior a 16 anos, mas não poderá realizar trabalho
insalubre ou perigoso.
d) não poderá realizar trabalho noturno, ou seja, aquele compreendido entre
as 22 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte, mas poderá realizar
trabalho insalubre desde que utilize equipamentos de proteção individual –
EPI.
e) poderá realizar trabalho insalubre e perigoso, desde que utilize
equipamentos de proteção adequados e também laborar no período noturno,
ou seja, aquele compreendido entre as 22 horas de um dia até às 5 horas do
dia seguinte, desde que o local de trabalho não seja prejudicial à sua
moralidade.
Resolução:
A. Certo. Como Luan ainda não possui 18 anos, é vedado o trabalho noturno,
insalubre e perigoso.
B. Errado. O trabalho é proibido a menores de 16 anos, salvo na condição de
aprendiz, em que o trabalho é permitido a partir dos 14 anos. Assim, Luan

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pode trabalhar, desde que não seja trabalho noturno, em locais e serviços
perigosos ou insalubres.
C. Errado. Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno.
D. Errado. Ao menor não será permitido o trabalho nos locais e serviços
perigosos ou insalubres, mesmo utilizando EPI.
E. Errado. Comentários das letras C e D.
Gabarito 32: Letra A.

33- (ESAF - 1998 - MTE - Médico do Trabalho) De acordo com o Artigo


7º, do Capítulo II, do Título II da Constituição Federal, não constitui direito
dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
a) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
b) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir,
a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
c) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da Lei.
d) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de
dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, inclusive
na condição de aprendiz.
e) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva.
Resolução:
Letra A: Correto. É a preocupação direta do legislador com a saúde e
segurança do trabalhador. Destaco que tal dispositivo tem aplicação
imediata, inclusive para os domésticos, com a redação da EC 72/2013.
Letra B: Correto.
Letra C: Perfeito. O ideal seria a eliminação de trabalhos penosos, perigosos
e insalubres, mas como não é possível na atual conjuntura econômica, paga-
se o adicional na forma da lei.
Letra D: Errado. De fato, é proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre
a menores de 18 anos. Entretanto, quanto aos menores de 16 anos, é
permitido o trabalho na condição de aprendiz a partir dos 14 anos.
Letra E: Correto. A limitação na jornada diária (de 8 horas) e semanal (de 44
horas) de trabalho busca, de certa forma, que o trabalho seja realizado com

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maior segurança, além de se preocupar com a saúde física e mental do


trabalhador.
Gabarito 33: Letra D.

34- (CESPE 2013 - INPI - Eng.Seg.) Com base na Constituição Federal


de 1988 (CF), julgue os itens seguintes.
1. De acordo com a CF, a regulamentação sobre adicional de remuneração
para as atividades penosas, insalubres ou perigosas deve ocorrer por norma
infraconstitucional.
2. No caso de inexistência de dolo ou culpa do empregador, o seguro contra
acidentes de trabalho, sob sua responsabilidade, exclui eventual indenização
ao empregado.
Resolução:
1. Certo. Lembro que os adicionais de periculosidade e insalubridade são
regulados pela CLT, já o adicional de penosidade não é autoaplicável, pois
inexiste lei que o regulamente.
2. Certo. Conforme a Carta Magna, a indenização só é cabível no caso de dolo
ou culpa do empregador. Inexistindo dolo ou culpa deste, não há que se falar
em indenização.
Gabarito 34: C / C.

35- (CESPE - 2013 - CPMR – Anal. Geociências) A CF textualmente


estabelece que o Sistema Único de Saúde possui, como uma de suas
atribuições, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
meio ambiente do trabalho.
Resolução:

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições,


nos termos da lei: (...)
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.

Gabarito 35: Certo.

36- (CESPE - 2013 - SERPRO - Eng.Seg.) Compete à Secretaria de


Segurança e Saúde no Trabalho a fiscalização de empresas no exterior no
que diz respeito ao cumprimento dos preceitos legais sobre segurança e
medicina do trabalho de trabalhadores brasileiros.
Resolução:

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Não existe previsão de fiscalização, por órgão nacional em matéria de SST,


de empresas no exterior com trabalhadores brasileiros.
Gabarito 36: Errado.

37- (CESPE - 2012 – Cam.Deputados - Eng.Seg.) É dever das


empresas adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão
regional competente e instruir os empregados, por meio de ordens de serviço,
quanto às precauções a serem tomadas para se evitarem acidentes do
trabalho ou doenças ocupacionais.
Resolução:
O empregador, além de adotar as medidas exigidas pela SRT, deve, também,
alertar os empregados, por meio das OSs, sobre os riscos que eles estão
submetidos, no sentido de prevenir a ocorrência de acidentes e doenças do
trabalho.
Gabarito 37: Certo.

38- (CESPE - 2019 – TJ/AM – Tec.Seg.) A despeito da obrigação do


empregador de orientar seus empregados acerca das normas e precauções
para se evitar acidentes do trabalho, caberá ao empregado, ciente dessas
orientações, a responsabilidade e o livre arbítrio para cumpri-las ou não.
Resolução:
Cabe aos empregados observar as normas de segurança e medicina do
trabalho, constituindo ato faltoso do empregado a recusa injustificada à
observância das instruções expedidas pelo empregador. Sendo ato faltoso, e
no exercício regular do Poder Disciplinar, pode o empregador advertir,
suspender e até dispensar o empregado por justa causa. Portanto, não há o
“livre arbítrio” mencionado na questão.
Gabarito 38: Errado.

39- (ESAF – 1998 – MTE – AFT) Segundo o Artigo 157, do Capítulo V,


do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, não é de
responsabilidade das empresas:
A) Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho.
B) Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais.
C) Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente.

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D) Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.


E) Fornecer os equipamentos de proteção individual para os seus
empregados, a preço de custo.
Resolução:
As letras A a D exigiram a literalidade e são as obrigações das empresas,
conforme a CLT. Quanto à letra E, é obrigação da empresa fornecer EPIs para
os seus empregados, porém não deve ser cobrado nada por isso.
Portanto, a letra E está incorreta, sendo o gabarito da questão.
Gabarito 39: E.

40- (CESPE - 2008 – Pref. Vitoria- Tec. Seg.) A administração direta ou


indireta, bem como órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem
obedecer às NRs relativas à segurança e medicina do trabalho. Acerca desse
assunto e de suas implicações legais, julgue o item subsequente.
Mesmo que ocorram modificações substanciais nas instalações, não existe a
necessidade da empresa de comunicar o órgão regional do Ministério do
Trabalho e Emprego, pois suas instalações já devem ter sido aprovadas
quando do início das atividades da empresa.
Resolução:
Ocorrendo modificação substancial- seja nas instalações, seja nos
equipamentos- é necessária nova inspeção.

Novo
estabelecimento

OBRIGATÓRIA

MODIFICAÇÃO
SUBSTANCIAL
Inspeção Prévia

Projetos de
Construção e
Facultativa
respectivas
instalações

Gabarito 40: Errado.

41- (Prof. Charles Oscar) Requerer o embargo de obra ou a interdição


de estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, que implique
grave e iminente risco, constitui prerrogativa exclusiva dos sindicatos.

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Resolução:
Conforme a CLT, a interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo
serviço competente da SRTE, pelo AFT, ou por entidade sindical.

Requisição Embargo e
Interdição

Sindicatos MTE AFT

Gabarito 41: Errado.

42- (VUNESP - 2012 - IAMSPE - Eng.Seg.) Responderá por


desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada
a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento, a utilização de máquina ou o prosseguimento de obra,
independentemente de resultarem danos a terceiros.
Resolução:
Para responder por desobediência, deve resultar em danos a terceiros:

Art.161, § 4º - Responderá por desobediência, além das medidas penais


cabíveis, quem, após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou
permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a
utilização de máquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em
consequência, resultarem danos a terceiros.

Gabarito 42: Errado.

43- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Permitida uma reeleição, o mandato dos
representantes designados da CIPA terá duração de 1 (um) ano.
Resolução:
Quem tem o mandato de 1 ano, permitida uma reeleição, são os
representantes dos empregados, que são eleitos, e não os representantes
designados da CIPA, que são escolhidos pelo empregador.
Gabarito 43: Errado.

44- (CESPE - 2013 - SERPRO - Eng.Seg.) Em relação à Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), julgue os itens subsequentes.
1. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, devem ser
eleitos em escrutínio secreto, podendo participar do pleito apenas os

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trabalhadores filiados a sindicato.


2. A duração do mandato dos membros eleitos da CIPA é de dois anos,
admitidas até duas reeleições.
Resolução:
1. Errado. Podem participar do pleito independente de filiação sindical.
2. Errado. Os membros eleitos têm o mandato de 1 ano, permitida uma
reeleição.
Gabarito 44: E/E.

45- (IF-SC - 2014 - IF-SC – Téc. Laboratório - Adap.) Com relação a


Norma Regulamentadora Nº 05, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, julgue os itens abaixo.
1. A CIPA será composta somente de representantes dos empregados.
2. É facultado ao empregador a dispensa arbitrária ou sem justa causa do
empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de
seu mandato.
3. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 2 anos, não
permitida reeleição.
4. O empregador designará entre seus representantes o vice-presidente da
CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o
Presidente.
Resolução:
1. Errado. A CIPA será composta de representantes do empregador e dos
empregados. Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes,
serão por eles designados. Já os representantes dos empregados, titulares e
suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem,
independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados
interessados.
2. Errado. É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado
eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu
mandato.
3. Errado. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um
ano, permitida uma reeleição.
4. Errado. O empregador designará entre seus representantes o
Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolherão
entre os titulares o vice-presidente.

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CIPA - Representantes

Empregador Empregados

São DESIGNADOS ELEITOS para mandato de UM


(escolhidos) e não possuem ano, permitido UMA reeleição.
estabilidade Possuem ESTABILIDADE

Titular Suplente

Presidente Vice- Presidente

Gabarito 45: E/E/E/E

46- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) O equipamento de proteção individual só


poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação do Inmetro.
Resolução:
Pessoal, o Certificado de Aprovação (C.A.) é emitido pelo Ministério do
Trabalho, e não pelo Inmetro.
Gabarito 46: Errado.

47- (Prof. Charles Oscar) Pedro abriu uma lan house no interior de Minas
Gerais, e contratou Mário como seu empregado. Nessa situação, por se tratar
de um local em que laboram apenas duas pessoas, não é obrigatório que o
estabelecimento esteja equipado com material necessário à prestação de
primeiros socorros médicos.
Resolução:
O estabelecimento deveria estar equipado com material necessário à
prestação de primeiros socorros médicos, levando-se em conta o risco da
atividade.
Gabarito 47: Errado.

48- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Será obrigatória a notificação de doença


produzida em virtude das condições especiais de trabalho, ainda que seja por
suspeição, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho.

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Resolução:
Mesmo que seja por suspeição, é obrigatória a notificação de doença
produzida em virtude das condições especiais de trabalho, pois isso permite
que sejam tomadas medidas, no intuito de aumentar o controle sobre
determinada doença.
Gabarito 48: Certo.

49- (Prof. Charles Oscar) É obrigatório exame médico, por conta do


empregador, na admissão, periodicamente e na demissão. Outros exames
complementares poderão ser exigidos, a critério do empregador, para
apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a
função que deva exercer. O resultado dos exames médicos, inclusive o exame
complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da
ética médica.
Resolução:
Como o responsável pela aferição da aptidão física e mental do trabalhador é
o médico- e não empregador-, outros exames complementares poderão ser
exigidos, a critério do médico (e não do empregador, como está na questão).
Gabarito 49: Errado.

50- (ESAF - 2006 - MTE - AFT)


I. As edificações deverão obedecer, de acordo com a viabilidade econômica,
aos requisitos técnicos que garantam perfeita segurança aos que nelas
trabalhem.
II. Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-
direito, em geral, assim considerada a altura livre do piso ao teto.
Resolução:
I. Opa! Errado. Viabilidade econômica? Nada a ver! As edificações deverão
obedecer aos requisitos técnicos:

Art.170 - As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que


garantam perfeita segurança aos que nelas trabalhem.

II. Correto. Lembrando que há a possibilidade de ser reduzido esse mínimo


de 3 metros.

Art . 171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros


de pé-direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.
Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as
condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do

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trabalho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em


matéria de segurança e medicina do trabalho.

Gabarito 50: E / C.

51- (Prof. Charles Oscar) A Empresa “Ótica Solução” está passando por
reformas e resolver contratar Mévio para reparar as instalações elétricas.
Nesse caso, para não ocorrer afronta a CLT, é obrigatório que Mévio seja
profissional qualificado para tal função, além de estar familiarizado com os
métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.
Resolução:
Por se tratar de uma atividade bastante perigosa, o profissional que trabalha
com eletricidade deve ser qualificado, bem como deve estar familiarizado com
os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

Art. 180 - Somente profissional qualificado poderá instalar, operar,


inspecionar ou reparar instalações elétricas.
Art. 181 - Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações
elétricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro a
acidentados por choque elétrico.

Gabarito 51: Certo.

52- (CESPE - 2010- MPU - Eng.Seg.) Reparos, limpeza e ajustes devem


ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for
indispensável à realização desses procedimentos.
Resolução:
Isso mesmo, pessoal. Para evitar que o trabalhador se exponha a riscos
adicionais, reparos, limpeza e ajustes devem ser realizados com as máquinas
paradas. Apenas haverá o movimento das máquinas quando este for
indispensável à realização do ajuste.
Gabarito 52: Certo.

53- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Julgue os itens abaixo:


1. O exercício de trabalho em condições insalubres assegura a percepção de
adicional compreendido, em escala contínua, entre 10% (dez por cento) e
40% (quarenta por cento) do salário mínimo da região.
2. A neutralização, parcial, das condições ensejadoras de insalubridade
determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.

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3. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário com os acréscimos
resultantes de gratificações e prêmios.
Resolução:
1. Errado. De fato, o percentual do adicional de insalubridade varia de 10%
a 40%. Todavia, o item está errado porque não há escala contínua de
adicional entre 10% e 40%. Se houvesse tal escala continua, poderia haver,
por exemplo, atividades insalubres com adicional de 15%, outras com 35%,
ou seja, abria a possibilidade para existência de diversos percentuais, sendo
que existem apenas três percentuais, conforme a CLT:

“Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites


de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção
de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por
cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.”

2. Errado. Para cessar o pagamento, a neutralização deve ser total, e não


parcial. Vamos relembrar como pode ser eliminado ou a neutralizado a
insalubridade?

Art.191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:


I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho
dentro dos limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao
trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de
tolerância.

3. Errado. O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico


e não sobre este acrescido de outros adicionais. Esse é o teor do art.193, §
1º da CLT:

“O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.” (Grifou-se).

Gabarito 53: E/E/E.

54- (CESPE - 2013 - TRT 5ª Região - Juiz do Trabalho) A respeito do


adicional de insalubridade, assinale a opção correta.
A) Na hipótese de o empregado receber por dez anos ou mais o adicional de
insalubridade, mesmo que não esteja mais laborando em condições
insalubres, deve ser integrado ao seu salário o adicional em questão.

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B) De acordo com súmula vinculante do STF, a partir de 9/5/2008 o adicional


de insalubridade terá de ser calculado sobre o salário básico, salvo se um
critério mais vantajoso for fixado em instrumento coletivo de trabalho.
C) Se o empregador fornece ao empregado o equipamento aprovado pela
autoridade competente, e este não o utiliza ou o faz de forma incorreta,
aquele não estará eximido do pagamento do adicional de insalubridade, pois
cabe ao empregador fiscalizar a utilização correta do equipamento.
D) Caso seja reclassificada ou descaracterizada a insalubridade por ato da
autoridade competente, somente os empregados admitidos após tal ato não
receberão o adicional em questão, respeitando-se o direito adquirido quanto
aos demais que o recebiam antes da reclassificação.
E) Tanto o empregado rural quanto o empregado doméstico têm direito ao
adicional de insalubridade, caso laborem em ambiente insalubre.
Resolução:
A) Errado. Sendo eliminado o risco à saúde, o empregado,
independentemente do tempo em que laborou em um ambiente insalubre
(10,30, 40 anos), perde o direito ao respectivo adicional, inexistindo direito
adquirido à sua percepção.

Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de


periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade
física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho.

SUM-248 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) -


Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da
autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem
ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

B) Errado. O adicional de insalubridade deve ser calculado, por enquanto,


sobre o salário mínimo. Destaco aqui que a súmula 288 do TST, que prevê o
adicional de insalubridade calculado sobre o salário básico, salvo se um
critério mais vantajoso for fixado em instrumento coletivo de trabalho, está
suspensa pelo STF.
C) Correto. Esse é o sentido da Sum.289 do TST, in verbis:

SUM-289 INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE


PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o
exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as

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medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as


quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.

D) Errado. Todos empregados serão atingidos, pois, como vimos, não existe
direito adquirido quanto à percepção do adicional de insalubridade. Nesse
sentido:

SUM-248 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) -


Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da
autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem
ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

E) Errado. A Emenda Constitucional nº 72, de 2013(EC 72/2013), que


garantiu aos trabalhadores domésticos diversos direitos previstos no art.7º,
não prevê o direito ao adicional de insalubridade.

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;”

Gabarito 54: Letra C.

55- (CESPE – 2015 – DPU – Defensor) Segundo entendimento


consolidado pelo TST, não basta a constatação da insalubridade por meio de
laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional,
sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial
elaborada pelo MTE.
Resolução:
Previsão expressa no item I da Súmula nº 448 do TST.
Gabarito 55: Certo.

56- (CESPE - 2013 - TRT 5 - Juiz do Trabalho – ADAP.) Assinale a


opção correta relativa ao adicional de periculosidade.
A) O adicional de periculosidade somente será devido se o empregado
trabalhar com produtos inflamáveis ou explosivos.
B) Somente profissional com especialização em engenharia do trabalho
estará apto a realizar a perícia para apuração de trabalho em condições
perigosas.

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C) O adicional de periculosidade pode equivaler a 10%, 20% ou 40% do


salário do empregado.
D) O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não
sobre este acrescido de outros adicionais.
Resolução:
A) Errado. Cuidado com o “somente”, pessoal. Com o advento das Lei nº
12.740/ 2012, e Lei nº 12.997/2014, houve a inclusão, na CLT, de outras
atividades, quais sejam:

Atividades Perigosas
(impliquem risco acentuado em
virtude de exposição permanente
do trabalhador a):

Segurança
Energia
Inflamáveis Explosivos pessoal ou Motocicleta
Elétrica
patrimonial

B) Errado. Vimos que a perícia é realizada tanto pelo Médico do trabalho,


como pelo Engenheiro do Trabalho.

“ Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da


periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão
através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do
Trabalho(...)”.

C) Errado. Nada a ver! O examinador tentou confundir os adicionais. Mesmo


assim, o adicional de insalubridade é calculado sobre o salário mínimo, e não
sobre o salário do empregado. Para não esquecer:

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ADICIONAL - ADICIONAL -
INSALUBRIDADE PERICULOSIDADE

40%(Máximo)
30%
20%(Médio)
10%(Mínimo)
sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa
Sobre Salário
Mínimo
O empregado poderá optar pelo adicional
de insalubridade que porventura lhe seja
devido

D) Certo. É a alternativa correta. Conforme a CLT, o adicional de


periculosidade é calculado sobre o salário básico sem o acréscimo de outros
adicionais.
Gabarito 56: Letra D.

57- (Prof. Charles Oscar) É defeso às empresas e aos sindicatos das


categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a
realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.
Resolução:
O termo “defeso” já caiu na prova para AFT da ESAF, e significa proibido.
Como vimos, não há tal previsão na CLT, mas, pelo contrário, tem-se a
possibilidade de as empresas e sindicatos requererem a realização da perícia
para caracterização da insalubridade ou periculosidade.

“Art.195(..):
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou
delimitar as atividades insalubres ou perigosas.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado,
seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito
habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão
competente do Ministério do Trabalho.
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do
Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.”

Gabarito 57: Errado.

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58- (CESPE - 2013 - TRT 17 - Analista Judiciário ) A partir da data de


seu pagamento, os adicionais de insalubridade e de periculosidade são
incorporados definitivamente à remuneração do empregado, visto que a
percepção desses adicionais constitui um direito adquirido.
Resolução:
Mais uma vez: os adicionais de periculosidade e insalubridade são parcelas
condicionais, ou seja, não são incorporados definitivamente à remuneração
do empregado.
Gabarito 58: Errado.

59- (CESPE - 2017 - PGM/CE – Procurador Mun.) De acordo com o


TST, é indevido o pagamento do adicional de insalubridade caso a prova
pericial evidencie ter havido neutralização do agente ruído por meio do
regular fornecimento e utilização de equipamento de proteção individual.
Resolução:
Questão recente cobrando o teor da Súmula n.80 do TST. Sendo parcela
condicional, a partir do momento em que o risco é eliminado - seja por meio
de uma medida de proteção coletiva ou mesmo pelo fornecimento (e uso)
do EPI, descabe a percepção do adicional:

Nº 80 INSALUBRIDADE - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003


A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos
protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a
percepção do respectivo adicional.

Gabarito 59: Certo.

60- (FCC - 2016 - TRT4ª região – Tec.Jud.) O trabalhador Athos


exerceu as funções de vigilante em agência bancária e esteve exposto, de
forma permanente, a atividade que, por sua natureza ou método de trabalho,
implicou em risco acentuado em virtude de exposição permanente a roubos
ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial. Nessa hipótese, conforme previsão contida
na Consolidação das Leis do Trabalho, o empregado fará jus ao pagamento
de adicional de
A.penosidade, calculado em 10% sobre o salário básico.
B.periculosidade, calculado em 30% sobre o salário básico.
C.periculosidade, calculado em 15% sobre a remuneração global.
D.insalubridade, calculado em 40% sobre o salário global.

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E.insalubridade, calculada em 10%, 20% ou 40% sobre o salário mínimo


nacional.
Resolução:
A. Errado. O adicional de penosidade, previsto na CF/88, sequer foi
regulamentado.
B. Certo. Trata-se de atividade perigosa, que dá direito à um adicional de
30% sobre o salário básico:

"Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
(...) II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;

C. Errado. O adicional de periculosidade é calculado em 30% sobre o salário


básico.
D. Errado. Como visto, trata-se de atividade perigosa e não insalubre.
E. Errado. Trata-se de atividade perigosa.
Gabarito 60: Letra B.

61- (CESPE - 2014 - Cam.Deputados – Consultor Legislativo) O


trabalhador que exerça, no seu trabalho, atividades em condições insalubres
e perigosas, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do
Trabalho, terá direito tanto ao adicional de insalubridade quanto ao de
periculosidade.
Resolução:
Em que pese os fatos geradores dos direitos serem diversos, pois a
insalubridade diz respeito à saúde do empregado quanto às condições nocivas
do ambiente de trabalho, e a periculosidade traduz situação de perigo
iminente que, uma vez ocorrida, pode ceifar a vida do trabalhador, a
cumulação dos adicionais é vedada pela CLT e pela NR 16, devendo o
empregado optar pelo adicional de insalubridade ou periculosidade:

“Art.193 – CLT:
(...)

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§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que


porventura lhe seja devido”

Gabarito 61: Errado.

62- (AOCP - 2017 - EBSERH – Advogado) Em relação ao adicional de


periculosidade, assinale a alternativa correta.
A.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
50% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
B.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
40% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
C.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
25% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
D.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
E.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
20% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
Resolução:
É proibido errar, hein?! Periculosidade incide sobre o salário-base.

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;

Gabarito 62: Letra D.

63- (CESPE - 2008 - Pref.São Luis - Tec.Mun.) Segundo a CLT, a


massa máxima que um empregado pode remover individualmente é de 60
kg.
Resolução:

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Art. 198 - É de 60 (sessenta) quilogramas o peso máximo que um


empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições
especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.

Gabarito 63: Certo.

64- (FCC – 2019 – Pref. São José Rio Preto – Tec.Seg.) Sobre a
Prevenção da Fadiga, conforme descrito na Consolidação das Leis do
Trabalho, o peso que um empregado pode remover, individualmente, é, no
máximo, de
A. 60 quilogramas, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho
do menor e da mulher.
B. 20 quilogramas para o gênero masculino, quando realizado
frequentemente.
C. 15 quilogramas para o gênero feminino, quando realizado frequentemente.
D. 32 quilogramas para ambos os gêneros, exceto o menor aprendiz.
E. 23 quilogramas para ambos os gêneros e para o menor aprendiz.
Resolução:
Como visto, 60 (sessenta) quilogramas é o peso máximo que um
empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições
especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.
Gabarito 64: Letra A.

65- (CESPE - 2013 - UNIPAMPA- Eng.Seg.) Julgue os itens a seguir,


com base na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Lei n.°
6.514/1977.
1. De acordo com a regra geral prevista na CLT, os locais de trabalho devem
ter, no mínimo, três metros de pé direito, assim considerada a altura livre do
piso ao teto.
2. As partes legitimadas a requererem a interdição ou embargo de obra são
a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, os agentes de inspeção
do trabalho e as entidades sindicais.
3. A CLT regulamenta as atribuições, a composição e o funcionamento das
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Resolução:
1. Certo. Bem lembrado pelo examinador: Regral geral. Lembre-se que há a
possibilidade de redução desse valor mínimo.

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Art. 171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de


pé-direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.
Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as
condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do
trabalho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em
matéria de segurança e medicina do trabalho.

2. Certo. É o teor do art. 161, § 2º da CLT:

A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da


Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho
ou por entidade sindical.

Lembre-se, mais uma vez, que a Delegacia Regional do Trabalho é,


atualmente, a SRTE.
3. Errado. É o Ministério do Trabalho que irá fazer tal regulamentação.
Importante lembrar que tal regulamentação consta na NR 05(CIPA).

Art. 163(...)
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a
composição e o funcionamento das CIPA (s).

Gabarito 65: C / C / E.

66- (Prof. Charles Oscar) Analise as proposições relativas à CF/88 e à


CLT e assinale, a seguir, a opção correta.
I. As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,
coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições
de segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo CREA, e manter-se
em perfeito estado de conservação e limpeza.
II. Caso as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude
de instalações geradoras de frio ou de calor, torna-se facultativo o uso de
vestimenta adequada para o trabalho em tais condições ou de capelas,
anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma
que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas.
III. É assegurado aos trabalhadores urbanos e rurais, exceto os domésticos,
a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
IV. Na forma da regulamentação aprovada pelo MTE, são consideradas
perigosas as atividades ou operações que, por sua natureza ou métodos de
trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a: inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; roubos ou outras
espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal

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ou patrimonial. São também consideradas perigosas as atividades de


trabalhador em motocicleta.
a) Todas as proposições estão erradas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) III e IV estão corretas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) Apenas um item está correto.
Resolução:
I. Errado. As condições são estabelecidas pelo próprio MTE, e não pelo CREA.
II. Errado. No caso será OBRIGATÓRIO (e não facultativo) o uso de
vestimenta adequada para o trabalho ou de capelas, anteparos, paredes
duplas, isolamento térmico e recursos similares.
III. Errado. Com a Emenda Constitucional nº 72, de 2013, tal direito foi
assegurado a classe de domésticos, com aplicação imediata.
IV. Certo. O item citou todas as atividades perigosas, conforme a CLT.
Gabarito 66: Letra E.

67- (ESAF - 2010 - MTE - AFT – Adap.) Julgue os itens abaixo.


I. É possível que a empresa seja obrigada a emitir CAT mesmo em caso onde
não haja sintomatologia.
II. Adotando-se medidas de proteção coletiva que atendam às exigências de
salubridade, fica desobrigado o empregador de fornecer EPI.
III. As empresas são obrigadas a manter SESMT em função do porte
econômico e da natureza do risco de suas atividades.
Resolução:
I. Certo. Pessoal, a assertiva está em consonância com o art.169 da CLT:

Art. 169 - Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das


produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou
objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo
Ministério do Trabalho.

Assim, é possível a emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)


mesmo sem sintomatologia, desde que haja suspeição da ocorrência de
determinada doença profissional ou doença do trabalho. Importante destacar
que, recentemente, o MTE publicou a Portaria 589/14 que obriga a
comunicação ao MTE de todo acidente fatal relacionado ao trabalho, inclusive

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as doenças do trabalho que resultem em morte, considerando o disposto no


Art 169 da CLT.
II. Certo. Conforme a CLT, a empresa é obrigada a fornecer o EPI sempre
que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Assim, adotando-se
medidas de proteção coletiva que atendam às exigências de salubridade, não
é necessário o fornecimento de EPI pela empresa.

Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,


equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado
de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral
não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à
saúde dos empregados.

III. Errado. Como será visto melhor na NR 04, os serviços especializados em


segurança e em medicina do trabalho (SESMT) serão mantidos pelas
empresas em função do número de empregados (e não porte econômico) e
da natureza do risco de suas atividades.

Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo


Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados
em segurança e em medicina do trabalho.
Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a
natureza do risco de suas atividades;

Gabarito 67: C/C/E.

68- (CESPE - 2012 - Cam.Deputados - Eng.Seg.) A prevenção de


acidentes e a melhoria das condições do ambiente do trabalho são previstas
na legislação brasileira de forma incisiva, como, por exemplo, na Constituição
e na Consolidação das Leis do Trabalho. Acerca desse assunto, julgue os itens
seguintes.
1. Terá cumprido determinação da legislação a empresa que adotar medidas
concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, tais como
ventilação e iluminação, para proporcionar condições de segurança e conforto
às mulheres.
2. No caso de ocorrer acidente de trabalho com um empregado por dolo do
empregador, este será isentado de indenização se tiver disponibilizado seguro
contra acidentes de trabalho para todos os seus empregados.
Resolução:

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1. Certo. Vimos na parte de SST na CLT, que as empresas devem propiciar


aos seus trabalhadores condições de segurança e conforto no ambiente de
trabalho.

Art. 175 - Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada,


natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade.
Art. 176 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível
com o serviço realizado.

2. Errado. A disponibilização do SAT (seguro contra acidentes de trabalho)


não exime o empregador, no caso de dolo ou culpa deste, da indenização
devida ao empregado, conforme a CF/88:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;

Gabarito 68: C/E.

69- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Um mecânico, enquanto


trabalhava no torno da oficina de manutenção de uma empresa, teve seu
olho direito atingido por uma partícula volante. Após investigação do
acidente, ficou constatado que o empregado não estava usando equipamento
de proteção facial. A empresa, por meio do gerente do setor, alegou ter
disponibilizado os equipamentos de proteção para seus empregados, sendo
de responsabilidade de cada empregado o uso desse equipamento. A
empresa em questão não obriga seus empregados a utilizar os equipamentos
nem fornece treinamentos específicos sobre o uso dos equipamentos de
proteção e seus respectivos riscos.
Ao deixar à livre escolha do empregado o uso do equipamento de proteção,
a empresa cumpriu a legislação.
Resolução:
A empresa deve exigir (fazer cumprir) as normas de SST, o que inclui exigir
que o empregado use o EPI.

Art. 157 - Cabe às empresas:


I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho

Gabarito 69: Errado.

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70- (ESAF - 2010 - MTE - AFT) Analise as proposições a seguir e assinale


a opção correta.
I. A observância, em todos os locais de trabalho, das normas SMT, desobriga
as empresas, no campo do direito do trabalho, a cumprirem outras
disposições afins que estejam sob a égide do direito sanitário, tais como
códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em
que se situem os respectivos estabelecimentos.
II. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham o trabalhador de
modo permanente, não ocasional nem intermitente, aos agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou
à integridade física.
III. A descaracterização da insalubridade ou periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-á por meio de perícia a cargo de
profissional legalmente habilitado, registrado no Ministério do Trabalho, ou
por laudo emitido pela Fundacentro.
a) Todas as proposições estão erradas.
b) I e III estão corretas.
c) I e II estão corretas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) II e III estão corretas.
Resolução:
I. Errado. Como já vimos, a Banca trocou o termo obriga por “desobriga”. De
acordo com a CLT:

Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste


Capitulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições
que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou
regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os
respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções
coletivas de trabalho. (Grifou-se).

II. Errado. A definição correta encontra-se na CLT:

Art . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas


que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.

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Além disso, é possível a percepção do adicional de insalubridade mesmo em


atividades que exponham o trabalhador apenas de forma intermitente,
conforme entendimento do TST:
SUM-47 INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não
afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo
adicional.
III. Errado, pois inexiste previsão legal quanto ao laudo da FUNDACENTRO.
Bom lembrar que, atualmente, o Médico do Trabalho e o Engenheiro do
Trabalho são registrados nos respectivos conselhos de classe, quais sejam,
CRM e CREA, e não mais no Ministério do Trabalho.
Gabarito 70: A

71- (CESPE - 2010 - BRB - Eng.Seg.) Acerca de segurança e medicina


do trabalho, de acordo com a Lei n.º 6.514/1977, julgue os próximos itens.
1. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado
adicional de 30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
2. As atividades ou operações insalubres são aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, expõem os empregados a agentes nocivos
à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
3. O peso máximo que um empregado pode remover, individualmente,
ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da
mulher, não deve ultrapassar sessenta quilogramas.
Resolução:
1. Correto. É o teor do art.193, § 1º da CLT:

“O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.”

2. Correto. Definição de atividades insalubres, conforme a CLT:

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas


que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.

3. Correto. De acordo com a CLT:

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Art. 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um


empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições
especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.

Gabarito 71: C/C/C.

72- (ESAF - 2010 - MTE - AFT) Julgue os itens abaixo.


I. Da lavratura fiscal de interdição exarada pelo AFT, cabe recurso, por parte
dos interessados, ao órgão regional do MTE, no prazo de 10 (dez) dias,
devendo o julgamento ser instruído por órgão subordinado específico à
matéria de SMT, não provendo, todavia, qualquer efeito suspensivo à
interdição.
II. Faculta-se às empresas solicitar prévia aprovação, pelo órgão regional do
MTE, dos projetos de construção e respectivas instalações, todavia, quando
ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive equipamentos,
deve ser realizada inspeção específica, estando a empresa obrigada a
comunicar, prontamente, ao órgão regional do MTE tais alterações.
Resolução:
I. Errado. De acordo com a CLT, é possível dar efeito suspensivo à interdição:

Art. 161. § 3º - Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os


interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito
nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho, ao
qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso.

II. Correto. É o que está disposto no Art.160 da CLT:

§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação


substancial nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica
obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.
§ 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia
Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.

Gabarito 72: E/C.

73- (FCC - 2017 - TRT11 - Tec.Jud.) Segundo a Consolidação das Leis


do Trabalho, o mandato dos membros eleitos da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes − CIPA terá a duração de
A. um ano, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número
de reuniões da CIPA.

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B. um ano, vedado a reeleição, em qualquer hipótese, havendo dispositivo


legal expresso neste sentido.
C. dois anos, vedada a reeleição, em qualquer hipótese, havendo dispositivo
legal expresso neste sentido.
D. um ano, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos de 1/3 do número de
reuniões da CIPA.
E. dois anos, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos de 1/3 do número de
reuniões da CIPA.
Resolução:

Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos


empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um)
ano, permitida uma reeleição.
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente
que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do
número da reuniões da CIPA.

Gabarito 73: A.

74- (IDECAN – 2016 – UERN – Eng.Seg.) Quando o trabalho for


executado de pé, os empregados terão à sua disposição assentos para serem
utilizados nas pausas que o serviço permitir, sendo o máximo de cinco
minutos a duas horas de serviço.
Resolução:
De fato, quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão
à sua disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço
permitir. No entanto, não é estipulado qualquer período máximo ou mínimo
para utilização ou disponibilização dos assentos.
Gabarito 74: Errado.

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4 - Lista de exercícios

1- (ESAF - 2010 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho - 2ª etapa –


Adap.) O art.7º, XXII da CF/88 garante aos trabalhadores direito à “redução
dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança”. A partir disso, é correto afirmar que é válida Cláusula de Acordo
Coletivo de Trabalho que desregulamenta norma jurídica Estatal que trata de
segurança e saúde do trabalhador.

2- (CESPE 2013 - INPI - Eng.Seg.) A redução dos riscos inerentes ao


trabalho configura direito fundamental dos trabalhadores urbanos e rurais,
sendo alcançada, segundo disposição expressa da Carta Magna, por meio de
políticas públicas específicas.

3- (CESPE - 2013 - MTE - AFT) De acordo com a CF, é proibido o


trabalho perigoso ou insalubre aos trabalhadores urbanos e rurais menores
de dezoito anos de idade.

4- (ESAF - 2010 - MTE – AFT ) A observância, em todos os locais de


trabalho, das normas Segurança e Medicina do Trabalho, desobrigam as
empresas, no campo do direito do trabalho, a cumprirem outras disposições
afins que estejam sob a égide do direito sanitário, tais como códigos de obras
ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os
respectivos estabelecimentos.

5- (INSTITUTO CIDADES - 2010 - ISGH - Eng.Seg.) De acordo com


a Lei nº 6.514/77, compete especialmente as Delegacias Regionais do
trabalho, nos limites de sua jurisdição:
I. Promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e
medicina do trabalho.
II. Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização do ministério
do trabalho relacionado a segurança e a medicina do trabalho, inclusive a
Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
III. Impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas da
segurança e da medicina do trabalho.
IV. Estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação
dos preceitos da segurança e medicina do trabalho.
V. Adotar as medidas que se tornam exigíveis, determinando as obras e
reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias.

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Estão corretas apenas:


A) I, III e V
B) II e IV
C) II, III e IV
D) I e V

6- (CESPE - 2013 - MTE - AFT) Conforme disciplina a CLT quanto ao


uso de EPI, julgue o item abaixo.
Os empregados celetistas devem observar as normas de segurança e
medicina do trabalho, constituindo ato faltoso sua recusa injustificada às
instruções de segurança expedidas pelo empregador e a recusa ao uso de
EPI.

7- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Para iniciarem suas


atividades, todos os estabelecimentos devem ter tido suas instalações
previamente inspecionadas e aprovadas pela autoridade regional competente
em matéria de segurança e medicina do trabalho.

8- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) O Delegado Regional do Trabalho, à vista


do laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco
para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, obra,
máquina ou equipamento

9- (CESPE - 2013 - MTE - AFT) O mandato dos membros eleitos da


CIPA terá duração de um ano, sendo permitida uma reeleição.

10- (CESPE - 2011- ECT - Eng.Seg.) A empresa é obrigada a fornecer


ao empregado, gratuitamente, equipamento de proteção individual (EPI)
adequado ao risco a que ele estiver exposto e em perfeito estado de
conservação e funcionamento, mesmo que as medidas de ordem geral
ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde
dos empregados.

11- (CESPE – 2014 - FUB - Eng.Seg.) De acordo com a CLT, o


empregador tem a responsabilidade de custear apenas os exames médicos
de admissão e demissão. Os demais exames, especialmente os
complementares, ocorrerão por conta do empregado.

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12- (CESPE - 2013 - SERPRO - Eng.Seg.) A iluminação geral no local de


trabalho deve ser distribuída de forma uniforme e difusa.

13- (CESPE - 2009 - EMBASA - Tec.Seg.) Com relação à consolidação


das leis do trabalho (CLT), julgue o próximo item.
Os locais de trabalho deverão ter ventilação artificial, compatível com o
serviço realizado. A ventilação natural deverá ser complementar, sempre que
a ventilação artificial não atender às condições de conforto térmico.

14- (CESPE - 2011- ECT - Eng.Seg.) O rótulo dos materiais e


substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de
trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, deve conter composição,
recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente,
segundo a padronização internacional.

15- (Prof. Charles Oscar) Durante a fiscalização em uma grande


empresa, foi constatado que as máquinas que ali operavam não eram dotadas
de dispositivos de partida e parada, nem de dispositivos para evitar o
acionamento acidental. Nessa situação, o Auditor-Fiscal do Trabalho, após
constatar a situação de risco grave e iminente aos trabalhadores, deve adotar
as medidas legais para o embargo da máquina, visto que é proibido o uso de
máquinas nas condições acima elencadas.

16- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Julgue os itens abaixo.


1. Equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressão deverão
dispor de válvulas de segurança capazes de suportar o triplo da pressão
interna de trabalho especificada.
2. Os projetos de instalação de caldeiras e recipientes sob pressão deverão
ser submetidos à aprovação de comissão específica da Associação Brasileira
de Normas Técnicas - ABNT

17- (CESPE – 2013 – SERPRO – Tec.Seg.) É assegurado adicional de


30% sobre o salário contratado, nos termos normatizados pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, ao trabalhador que desempenhe, no cumprimento de
suas funções, atividades penosas, ou seja, atividades trabalhosas, incômodas
e dolorosas, que exijam constante atenção e vigilância.

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18- (CESPE – 2013 – UNIPAMPA – Eng.Seg.) O exercício de trabalho


em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, assegura o pagamento de adicional de
60%, 40% e 20% do piso salarial da categoria, respectivamente, para os
graus máximo, médio e mínimo.

19- (CESPE - 2013 - AGU - Procurador) Na forma da regulamentação


aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, são consideradas perigosas
as atividades ou operações que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.

20- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Mesmo depois de eliminado


o risco à saúde ou a ameaça à integridade física do trabalhador, mantém-se
o direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade.

21- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Legalmente, ressalvadas as


disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher, admite-se
que um empregado remova, individualmente, no máximo, 30 kg. Não está
compreendida nessa disposição a remoção de material feita por impulsão ou
tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros
aparelhos mecânicos, podendo o MTE, em tais casos, fixar limites compatíveis
com cada situação.

22- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Em caso de reincidência, embaraço ou


resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo
de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo dobrado.

23- (CESPE – 2015 – FUB – Assistente em Administração) Julgue o


item a seguir, a respeito da Constituição Federal de 1988 (CF) e dos
fundamentos da República Federativa do Brasil.
A livre iniciativa, fundamento da República Federativa do Brasil, possui valor
social que transcende o interesse do empreendedor, merecendo proteção
constitucional apenas quando respeitar e ajudar a desenvolver o trabalho
humano. Por isso, não se coaduna com a CF empreitada que deixe de
assegurar os direitos sociais dos trabalhadores.

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24- (CESPE – 2013 – INPI – Eng.Seg.) É legalmente vedada às


convenções coletivas de trabalho a regulamentação de matéria inerente à
segurança do trabalho.

25- (ESAF - 2010 - MTE – AFT) O menor de 18 anos, conforme previsto


na Constituição, não pode, em razão da sua incapacidade, prestar serviços,
nem receber por eles, em período noturno ou em circunstâncias perigosas ou
insalubres.

26- (CESPE - 2015 - FUB – Enfermeiro do Trabalho) A realização de


trabalho noturno, perigoso ou insalubre por menor de dezoito anos de idade
é permitida desde que o empregador pague a esse trabalhador adicional
pecuniário.

27- (CESPE - 2013 - MTE - AFT - 2ª etapa – ADAP.) Considere que


determinada lei tenha conferido ao trabalhador urbano o direito ao
recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores
que os previstos para os trabalhadores rurais. Em face dessa situação, é
correto afirmar que, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF), há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.

28- (CESPE- 2013 - MTE – AFT) Nos termos da legislação pátria,


especialmente a CLT, é admissível a contratação de trabalhador com
dezessete anos de idade para exercer a função de frentista em posto de
combustíveis.

29- (ESAF - 2006 - MTE – AFT – Adap.) Quanto ao trabalho do


adolescente, julgue os itens abaixo:
1. é proibido qualquer trabalho de menor de quatorze anos, salvo na condição
de aprendiz.
2. é proibido o trabalho noturno de menor de dezoito anos.

30- (CESPE- 2009 - TRT - 17ª - Analista Judiciário) Um empregado


com 17 anos de idade pode desenvolver sua jornada de trabalho no período
noturno, desde que não exista prejuízo para suas atividades escolares.

31- (CESPE- 2005 - TRT 16 - Analista Judiciário) Com o propósito de


ajudar a família de um ex-empregado falecido, Mário, proprietário de uma

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loja de conveniências instalada em um posto de gasolina, resolveu contratar


Lucas, de 14 anos de idade, filho do falecido, para laborar como atendente,
no horário de 20 às 2 horas, durante cinco dias na semana. Nessa situação,
por ser nulo o contrato firmado, Lucas não fará jus à percepção do adicional
noturno devido.

32- (FCC - 2011 - TRT 23- Técnico Judiciário) Luan completa 18 anos
no próximo ano e gostaria de, na data de seu aniversário, realizar uma grande
viagem com seus amigos. Porém, como não possui recursos financeiros
suficientes para pagá-la, resolve procurar um emprego na cidade de São
Paulo. Pode-se afirmar que Luan, antes de seu aniversário,
a) não poderá laborar em locais e serviços perigosos ou insalubres e também
não poderá realizar trabalho noturno, ou seja, aquele compreendido entre as
22 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte (meio urbano), por ser
vedado o trabalho noturno, insalubre e perigoso aos menores de 18 anos.
b) não poderá exercer qualquer tipo de atividade laboral tendo em vista que
é proibido o trabalho do menor de 18 anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir dos 14 anos.
c) poderá realizar trabalho noturno, ou seja, aquele compreendido entre as
22 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte, tendo em vista que a
legislação trabalhista proíbe o trabalho noturno apenas para trabalhadores
que possuam idade inferior a 16 anos, mas não poderá realizar trabalho
insalubre ou perigoso.
d) não poderá realizar trabalho noturno, ou seja, aquele compreendido entre
as 22 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte, mas poderá realizar
trabalho insalubre desde que utilize equipamentos de proteção individual –
EPI.
e) poderá realizar trabalho insalubre e perigoso, desde que utilize
equipamentos de proteção adequados e também laborar no período noturno,
ou seja, aquele compreendido entre as 22 horas de um dia até às 5 horas do
dia seguinte, desde que o local de trabalho não seja prejudicial à sua
moralidade.

33- (ESAF - 1998 - MTE - Médico do Trabalho) De acordo com o Artigo


7º, do Capítulo II, do Título II da Constituição Federal, não constitui direito
dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
a) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.

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b) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir,


a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
c) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da Lei.
d) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de
dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, inclusive
na condição de aprendiz.
e) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva.

34- (CESPE 2013 - INPI - Eng.Seg.) Com base na Constituição Federal


de 1988 (CF), julgue os itens seguintes.
1. De acordo com a CF, a regulamentação sobre adicional de remuneração
para as atividades penosas, insalubres ou perigosas deve ocorrer por norma
infraconstitucional.
2. No caso de inexistência de dolo ou culpa do empregador, o seguro contra
acidentes de trabalho, sob sua responsabilidade, exclui eventual indenização
ao empregado.

35- (CESPE - 2013 - CPMR – Anal. Geociências) A CF textualmente


estabelece que o Sistema Único de Saúde possui, como uma de suas
atribuições, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
meio ambiente do trabalho.

36- (CESPE - 2013 - SERPRO - Eng.Seg.) Compete à Secretaria de


Segurança e Saúde no Trabalho a fiscalização de empresas no exterior no
que diz respeito ao cumprimento dos preceitos legais sobre segurança e
medicina do trabalho de trabalhadores brasileiros.

37- (CESPE - 2012 - CAM.DEPUTADOS - Eng.Seg.) É dever das


empresas adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão
regional competente e instruir os empregados, por meio de ordens de serviço,
quanto às precauções a serem tomadas para se evitarem acidentes do
trabalho ou doenças ocupacionais.

38- (CESPE - 2019 – TJ/AM – Tec.Seg.) A despeito da obrigação do


empregador de orientar seus empregados acerca das normas e precauções

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para se evitar acidentes do trabalho, caberá ao empregado, ciente dessas


orientações, a responsabilidade e o livre arbítrio para cumpri-las ou não.

39- (ESAF – 1998 – MTE – AFT) Segundo o Artigo 157, do Capítulo V,


do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, não é de
responsabilidade das empresas:
A) Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho.
B) Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais.
C) Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente.
D) Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
E) Fornecer os equipamentos de proteção individual para os seus
empregados, a preço de custo.

40- (CESPE - 2008 - PREF VITORIA- Tec. Seg.) A administração direta ou


indireta, bem como órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem
obedecer às NRs relativas à segurança e medicina do trabalho. Acerca desse
assunto e de suas implicações legais, julgue o item subsequente.
Mesmo que ocorram modificações substanciais nas instalações, não existe a
necessidade da empresa de comunicar o órgão regional do Ministério do
Trabalho e Emprego, pois suas instalações já devem ter sido aprovadas
quando do início das atividades da empresa.

41- (Prof. Charles Oscar) Requerer o embargo de obra ou a interdição


de estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, que implique
grave e iminente risco, constitui prerrogativa exclusiva dos sindicatos.

42- (VUNESP - 2012 - IAMSPE - Eng.Seg.) Responderá por


desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada
a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento, a utilização de máquina ou o prosseguimento de obra,
independentemente de resultarem danos a terceiros.

43- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Permitida uma reeleição, o mandato dos
representantes designados da CIPA terá duração de 1 (um) ano.

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44- (CESPE - 2013 - SERPRO - Eng.Seg.) Em relação à Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), julgue os itens subsequentes.
1. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, devem ser
eleitos em escrutínio secreto, podendo participar do pleito apenas os
trabalhadores filiados a sindicato.
2. A duração do mandato dos membros eleitos da CIPA é de dois anos,
admitidas até duas reeleições.

45- (IF-SC - 2014 - IF-SC – Téc. Laboratório - Adap.) Com relação a


Norma Regulamentadora Nº 05, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, julgue os itens abaixo.
1. A CIPA será composta somente de representantes dos empregados.
2. É facultado ao empregador a dispensa arbitrária ou sem justa causa do
empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de
seu mandato.
3. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 2 anos, não
permitida reeleição.
4. O empregador designará entre seus representantes o vice-presidente da
CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o
Presidente.

46- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) O equipamento de proteção individual só


poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação do Inmetro.

47- (Prof. Charles Oscar) Pedro abriu uma lan house no interior de Minas
Gerais, e contratou Mário como seu empregado. Nessa situação, por se tratar
de um local em que laboram apenas duas pessoas, não é obrigatório que o
estabelecimento esteja equipado com material necessário à prestação de
primeiros socorros médicos.

48- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Será obrigatória a notificação de doença


produzida em virtude das condições especiais de trabalho, ainda que seja por
suspeição, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho.

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49- (Prof. Charles Oscar) É obrigatório exame médico, por conta do


empregador, na admissão, periodicamente e na demissão. Outros exames
complementares poderão ser exigidos, a critério do empregador, para
apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a
função que deva exercer. O resultado dos exames médicos, inclusive o exame
complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da
ética médica.

50- (ESAF - 2006 - MTE - AFT)


I. As edificações deverão obedecer, de acordo com a viabilidade econômica,
aos requisitos técnicos que garantam perfeita segurança aos que nelas
trabalhem.
II. Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-
direito, em geral, assim considerada a altura livre do piso ao teto.

51- (Prof. Charles Oscar) A Empresa “Ótica Solução” está passando por
reformas e resolver contratar Mévio para reparar as instalações elétricas.
Nesse caso, para não ocorrer afronta a CLT, é obrigatório que Mévio seja
profissional qualificado para tal função, além de estar familiarizado com os
métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

52- (CESPE - 2010- MPU - Eng.Seg.) Reparos, limpeza e ajustes devem


ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for
indispensável à realização desses procedimentos.

53- (ESAF - 2006 - MTE - AFT) Julgue os itens abaixo:


1. O exercício de trabalho em condições insalubres assegura a percepção de
adicional compreendido, em escala contínua, entre 10% (dez por cento) e
40% (quarenta por cento) do salário mínimo da região.
2. A neutralização, parcial, das condições ensejadoras de insalubridade
determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.
3. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário com os acréscimos
resultantes de gratificações e prêmios.

54- (CESPE - 2013 - TRT 5ª Região - Juiz do Trabalho) A respeito do


adicional de insalubridade, assinale a opção correta.

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A) Na hipótese de o empregado receber por dez anos ou mais o adicional de


insalubridade, mesmo que não esteja mais laborando em condições
insalubres, deve ser integrado ao seu salário o adicional em questão.
B) De acordo com súmula vinculante do STF, a partir de 9/5/2008 o adicional
de insalubridade terá de ser calculado sobre o salário básico, salvo se um
critério mais vantajoso for fixado em instrumento coletivo de trabalho.
C) Se o empregador fornece ao empregado o equipamento aprovado pela
autoridade competente, e este não o utiliza ou o faz de forma incorreta,
aquele não estará eximido do pagamento do adicional de insalubridade, pois
cabe ao empregador fiscalizar a utilização correta do equipamento.
D) Caso seja reclassificada ou descaracterizada a insalubridade por ato da
autoridade competente, somente os empregados admitidos após tal ato não
receberão o adicional em questão, respeitando-se o direito adquirido quanto
aos demais que o recebiam antes da reclassificação.
E) Tanto o empregado rural quanto o empregado doméstico têm direito ao
adicional de insalubridade, caso laborem em ambiente insalubre.

55- (CESPE – 2015 – DPU – Defensor) Segundo entendimento


consolidado pelo TST, não basta a constatação da insalubridade por meio de
laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional,
sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial
elaborada pelo MTE.

56- (CESPE - 2013 - TRT 5 - Juiz do Trabalho – ADAP.) Assinale a


opção correta relativa ao adicional de periculosidade.
A) O adicional de periculosidade somente será devido se o empregado
trabalhar com produtos inflamáveis ou explosivos.
B) Somente profissional com especialização em engenharia do trabalho
estará apto a realizar a perícia para apuração de trabalho em condições
perigosas.
C) O adicional de periculosidade pode equivaler a 10%, 20% ou 40% do
salário do empregado.
D) O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não
sobre este acrescido de outros adicionais.

57- (Prof. Charles Oscar) É defeso às empresas e aos sindicatos das


categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a
realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.

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58- (CESPE - 2013 - TRT 17 - Analista Judiciário ) A partir da data de


seu pagamento, os adicionais de insalubridade e de periculosidade são
incorporados definitivamente à remuneração do empregado, visto que a
percepção desses adicionais constitui um direito adquirido.

59- (CESPE - 2017 - PGM/CE – Procurador Mun.) De acordo com o


TST, é indevido o pagamento do adicional de insalubridade caso a prova
pericial evidencie ter havido neutralização do agente ruído por meio do
regular fornecimento e utilização de equipamento de proteção individual.

60- (FCC - 2016 - TRT4ª região – Tec.Jud.) O trabalhador Athos


exerceu as funções de vigilante em agência bancária e esteve exposto, de
forma permanente, a atividade que, por sua natureza ou método de trabalho,
implicou em risco acentuado em virtude de exposição permanente a roubos
ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial. Nessa hipótese, conforme previsão contida
na Consolidação das Leis do Trabalho, o empregado fará jus ao pagamento
de adicional de
A.penosidade, calculado em 10% sobre o salário básico.
B.periculosidade, calculado em 30% sobre o salário básico.
C.periculosidade, calculado em 15% sobre a remuneração global.
D.insalubridade, calculado em 40% sobre o salário global.
E.insalubridade, calculada em 10%, 20% ou 40% sobre o salário mínimo
nacional.

61- (CESPE - 2014 - CAM.DEPUTADOS – Consultor Legislativo) O


trabalhador que exerça, no seu trabalho, atividades em condições insalubres
e perigosas, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do
Trabalho, terá direito tanto ao adicional de insalubridade quanto ao de
periculosidade.

62- (AOCP - 2017 - EBSERH – Advogado) Em relação ao adicional de


periculosidade, assinale a alternativa correta.
A.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
50% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.

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B.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de


40% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
C.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
25% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
D.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.
E.O labor em condições de perigo garante ao empregado um adicional de
20% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de prêmios, participações
nos lucros ou gratificações.

63- (CESPE - 2008 - Pref.São Luis - Tec.Mun.) Segundo a CLT, a


massa máxima que um empregado pode remover individualmente é de 60
kg.

64- (FCC – 2019 – Pref. São José Rio Preto – Tec.Seg.) Sobre a
Prevenção da Fadiga, conforme descrito na Consolidação das Leis do
Trabalho, o peso que um empregado pode remover, individualmente, é, no
máximo, de
A. 60 quilogramas, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho
do menor e da mulher.
B. 20 quilogramas para o gênero masculino, quando realizado
frequentemente.
C. 15 quilogramas para o gênero feminino, quando realizado frequentemente.
D. 32 quilogramas para ambos os gêneros, exceto o menor aprendiz.
E. 23 quilogramas para ambos os gêneros e para o menor aprendiz.

65- (CESPE - 2013 - UNIPAMPA- Eng.Seg.) Julgue os itens a seguir,


com base na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Lei n.°
6.514/1977.
1. De acordo com a regra geral prevista na CLT, os locais de trabalho devem
ter, no mínimo, três metros de pé direito, assim considerada a altura livre do
piso ao teto.
2. As partes legitimadas a requererem a interdição ou embargo de obra são
a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, os agentes de inspeção
do trabalho e as entidades sindicais.

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3. A CLT regulamenta as atribuições, a composição e o funcionamento das


Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA).

66- (Prof. Charles Oscar) Analise as proposições relativas à CF/88 e à


CLT e assinale, a seguir, a opção correta.
I. As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,
coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições
de segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo CREA, e manter-se
em perfeito estado de conservação e limpeza.
II. Caso as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude
de instalações geradoras de frio ou de calor, torna-se facultativo o uso de
vestimenta adequada para o trabalho em tais condições ou de capelas,
anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma
que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas.
III. É assegurado aos trabalhadores urbanos e rurais, exceto os domésticos,
a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
IV. Na forma da regulamentação aprovada pelo MTE, são consideradas
perigosas as atividades ou operações que, por sua natureza ou métodos de
trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a: inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; roubos ou outras
espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial. São também consideradas perigosas as atividades de
trabalhador em motocicleta.
a) Todas as proposições estão erradas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) III e IV estão corretas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) Apenas um item está correto.

67- (ESAF - 2010 - MTE - AFT – ADAP.) Julgue os itens abaixo.


I. É possível que a empresa seja obrigada a emitir CAT mesmo em caso onde
não haja sintomatologia.
II. Adotando-se medidas de proteção coletiva que atendam às exigências de
salubridade, fica desobrigado o empregador de fornecer EPI.
III. As empresas são obrigadas a manter SESMT em função do porte
econômico e da natureza do risco de suas atividades.

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68- (CESPE - 2012 - CAM.DEPUTADOS - Eng.Seg.) A prevenção de


acidentes e a melhoria das condições do ambiente do trabalho são previstas
na legislação brasileira de forma incisiva, como, por exemplo, na Constituição
e na Consolidação das Leis do Trabalho. Acerca desse assunto, julgue os itens
seguintes.
1. Terá cumprido determinação da legislação a empresa que adotar medidas
concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, tais como
ventilação e iluminação, para proporcionar condições de segurança e conforto
às mulheres.
2. No caso de ocorrer acidente de trabalho com um empregado por dolo do
empregador, este será isentado de indenização se tiver disponibilizado seguro
contra acidentes de trabalho para todos os seus empregados.
69- (CESPE - 2011 - Correios - Eng.Seg.) Um mecânico, enquanto
trabalhava no torno da oficina de manutenção de uma empresa, teve seu
olho direito atingido por uma partícula volante. Após investigação do
acidente, ficou constatado que o empregado não estava usando equipamento
de proteção facial. A empresa, por meio do gerente do setor, alegou ter
disponibilizado os equipamentos de proteção para seus empregados, sendo
de responsabilidade de cada empregado o uso desse equipamento. A
empresa em questão não obriga seus empregados a utilizar os equipamentos
nem fornece treinamentos específicos sobre o uso dos equipamentos de
proteção e seus respectivos riscos.
Ao deixar à livre escolha do empregado o uso do equipamento de proteção,
a empresa cumpriu a legislação.

70- (ESAF - 2010 - MTE - AFT) Analise as proposições a seguir e assinale


a opção correta.
I. A observância, em todos os locais de trabalho, das normas SMT, desobriga
as empresas, no campo do direito do trabalho, a cumprirem outras
disposições afins que estejam sob a égide do direito sanitário, tais como
códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em
que se situem os respectivos estabelecimentos.
II. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham o trabalhador de
modo permanente, não ocasional nem intermitente, aos agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou
à integridade física.
III. A descaracterização da insalubridade ou periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-á por meio de perícia a cargo de
profissional legalmente habilitado, registrado no Ministério do Trabalho, ou
por laudo emitido pela Fundacentro.

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a) Todas as proposições estão erradas.


b) I e III estão corretas.
c) I e II estão corretas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) II e III estão corretas.

71- (CESPE - 2010 - BRB - Eng.Seg.) Acerca de segurança e medicina


do trabalho, de acordo com a Lei n.º 6.514/1977, julgue os próximos itens.
1. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado
adicional de 30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
2. As atividades ou operações insalubres são aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, expõem os empregados a agentes nocivos
à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
3. O peso máximo que um empregado pode remover, individualmente,
ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da
mulher, não deve ultrapassar sessenta quilogramas.

72- (ESAF - 2010 - MTE - AFT) Julgue os itens abaixo.


I. Da lavratura fiscal de interdição exarada pelo AFT, cabe recurso, por parte
dos interessados, ao órgão regional do MTE, no prazo de 10 (dez) dias,
devendo o julgamento ser instruído por órgão subordinado específico à
matéria de SMT, não provendo, todavia, qualquer efeito suspensivo à
interdição.
II. Faculta-se às empresas solicitar prévia aprovação, pelo órgão regional do
MTE, dos projetos de construção e respectivas instalações, todavia, quando
ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive equipamentos,
deve ser realizada inspeção específica, estando a empresa obrigada a
comunicar, prontamente, ao órgão regional do MTE tais alterações.

73- (FCC - 2017 - TRT11 - Tec.Jud.) Segundo a Consolidação das Leis


do Trabalho, o mandato dos membros eleitos da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes − CIPA terá a duração de
A. um ano, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número
de reuniões da CIPA.

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B. um ano, vedado a reeleição, em qualquer hipótese, havendo dispositivo


legal expresso neste sentido.
C. dois anos, vedada a reeleição, em qualquer hipótese, havendo dispositivo
legal expresso neste sentido.
D. um ano, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos de 1/3 do número de
reuniões da CIPA.
E. dois anos, permitida uma reeleição, exceto ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos de 1/3 do número de
reuniões da CIPA.

74- (IDECAN – 2016 – UERN – Eng.Seg.) Quando o trabalho for


executado de pé, os empregados terão à sua disposição assentos para serem
utilizados nas pausas que o serviço permitir, sendo o máximo de cinco
minutos a duas horas de serviço.

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5 – Gabarito

GABARITO 1: ERRADO. GABARITO 29: E / C. GABARITO 57: ERRADO.


GABARITO 2: ERRADO. GABARITO 30: ERRADO. GABARITO 58: ERRADO.
GABARITO 3: CORRETO. GABARITO 31: ERRADO. GABARITO 59: CERTO.
GABARITO 4: ERRADO. GABARITO 32: LETRA A. GABARITO 60: LETRA B.
GABARITO 5: LETRA A. GABARITO 33: LETRA D. GABARITO 61: ERRADO.
GABARITO 6: CERTO. GABARITO 34: C / C. GABARITO 62: LETRA D.
GABARITO 7: CERTO. GABARITO 35: CERTO. GABARITO 63: CERTO.
GABARITO 8: ERRADO. GABARITO 36: ERRADO. GABARITO 64: LETRA A.
GABARITO 9: CERTO. GABARITO 37: CERTO. GABARITO 65: C / C / E.
GABARITO 10: ERRADO. GABARITO 38: ERRADO. GABARITO 66: LETRA E.
GABARITO 11: ERRADO. GABARITO 39: E. GABARITO 67: C/C/E.
GABARITO 12: CORRETO. GABARITO 40: ERRADO. GABARITO 68: C/E.
GABARITO 13: ERRADO. GABARITO 41: ERRADO. GABARITO 69: ERRADO.
GABARITO 14: CERTO. GABARITO 42: ERRADO. GABARITO 70: A
GABARITO 15: ERRADO. GABARITO 43: ERRADO. GABARITO 71: C/C/C.
GABARITO 16: E/E. GABARITO 44: E/E. GABARITO 72: E/C.
GABARITO 17: ERRADO. GABARITO 45: E/E/E/E GABARITO 73: A.
GABARITO 18: ERRADO. GABARITO 46: ERRADO. GABARITO 74: ERRADO.
GABARITO 19: CORRETO. GABARITO 47: ERRADO.
GABARITO 20: ERRADO. GABARITO 48: CERTO.
GABARITO 21: ERRADO. GABARITO 49: ERRADO.
GABARITO 22: ERRADO. GABARITO 50: E / C.
GABARITO 23: CERTO. GABARITO 51: CERTO.
GABARITO 24: ERRADO. GABARITO 52: CERTO.
GABARITO 25: ERRADO. GABARITO 53: E/E/E.
GABARITO 26: ERRADO. GABARITO 54: LETRA C.
GABARITO 27: ERRADO. GABARITO 55: CERTO.
GABARITO 28: ERRADO. GABARITO 56: LETRA D.

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6- Referencial Bibliográfico

Princípios específicos do direito tutelar da saúde e segurança do trabalhador.


AMORIM JUNIOR, Cléber Nilson Ferreira. Disponível em:
https://www.sinait.org.br/arquivos/artigos/artigob20d01551f8254ce1d41e2
5f68dc4c79.pdf
BRASIL. Constituição Federal de 1988.
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho. Capítulo V - DA SEGURANÇA E DA
MEDICINA DO TRABALHO (Arts. 154 a 201).

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