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TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO

Teorias do Desenvolvimento

Para os teóricos da aprendizagem o desenvolvimento humano resulta da aprendizagem, com base na


experiência ou adaptação ao ambiente, reforçando que a vida é um contínuo processo de aprendiza-
gem: novos eventos e novas experiências desenvolvem novos padrões de comportamento.

Neste contexto, surgiu a teoria behaviorista defendendo que os seres humanos em todas as idades
aprendem sobre o mundo da mesma maneira que os outros animais: reagindo a aspectos do meio
ambiente que acham agradáveis, dolorosos ou ameaçadores esta teoria centra-se em dois tipos de
aprendizagem: o condicionamento clássico e posteriormente aplicado em crianças por Watson e o
condicionamento operante.

Mais recentemente Bandura (1983) desenvolveu uma extensão da teoria da aprendizagem, denomi-
nada aprendizagem social. Esta teoria dá ênfase à aprendizagem observacional e à modelagem. As-
sim os indivíduos modificam o seu comportamento em função do modo como as outras pessoas do
grupo se comportam.

A aprendizagem social também é influenciada pelo autoconhecimento. Deste modo, os padrões que
estabelecemos para nós mesmos e a confiança que temos na nossa capacidade para os cumprir, in-
fluenciam a nossa disposição para aprender com as outras pessoas, sejam elas os nossos pais, ami-
gos, orientadores ou celebridades.

Na sequência desta teoria surgiu a perspectiva cognitiva centrada nas mudanças qualitativas, nos
processos de pensamento e no comportamento que reflete tais mudanças. Nesta teoria o desenvolvi-
mento cognitivo resulta numa capacidade crescente de adquirir e usar o conhecimento sobre o
mundo. Também enfatiza as mudanças qualitativas, considerando a pessoa como contribuinte ativo
no seu próprio desenvolvimento.

As várias perspectivas cognitivas têm a sua origem na perspectiva estrutural cognitiva de Pi-
aget (1896-1980) que, conceitualiza o desenvolvimento humano em estádios, que se vão complexifi-
cando numa sequência hierárquica, a partir das experiências que são proporcionadas aos sujeitos em
desenvolvimento.

As teorias psicanalista, da aprendizagem e cognitivista são consideradas como grandes teorias por-
que cada qual apresenta uma poderosa estrutura que nos possibilita interpretar e compreender as
modificações e o desenvolvimento de todos os indivíduos, em todos os contextos, através de todos
os aspectos.

Outras são chamadas teorias emergentes, porque procedem de várias mini teorias acumuladas que
se podem tornar nas teorias sistemáticas e abrangentes do futuro. Por exemplo, a teoria sociocultural
enfatiza uma nova apreciação do contexto social, procurando explicar o crescimento do conheci-
mento e das qualificações individuais em função da orientação, do suporte e da estrutura que a socie-
dade nos oferece.

Em oposição às teorias Behavioristas que o desenvolvimento pessoal seria o resultado de maturação


física e cultural, sendo que a aprendizagem social e cognitiva influencia a maturação e é facilitada
pelo contato social. Resultando destes pensamentos que a interação social será uma fonte dominante
de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal, social e profissional.

Surge, também, a teoria dos sistemas epigenéticos que realça a interação dinâmica e recíproca entre
os genes e o ambiente, a partir da perspectiva etológica de bases biológicas e evolutivas do compor-
tamento, particularmente nos períodos de desenvolvimento.

A teoria Ecológica do Desenvolvimento Humano de Une Bronfenbrenner (1992), é a mais recente teo-
ria, veio a acrescentar a variável contexto para a compreensão do desenvolvimento humano. Esta te-
oria ressalta basicamente que o desenvolvimento humano é apoiado em quatro níveis dinâmicos e
inter-relacionados: a Pessoa, o Processo, o Contexto e o Tempo.

Para este teórico toda a pessoa é significativamente influenciada pelas interações entre os ecossiste-
mas que se sobrepõem: mesosistema, microssistema, exosistema, e macrosistema, denominados
contexto do desenvolvimento humano, que compõem o cronosistema.

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TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO

Os contextos sociais, económicos, culturais e históricos fazem parte cio macrossistema; o sistema
escolar, sistema de saúde, a comunidade e a comunicação social integram o exosistema; do micros-
sistema fazem parte a família, os amigos e a estrutura religiosa.

Nos anos 50 e 60 em resposta às crenças negativas sobre a natureza humana subjacentes às teorias
psicanalíticas e behavioristas surge a perspectiva humanista. Os teóricos humanistas enfatizam a ca-
pacidade das pessoas, independentemente da idade ou circunstâncias de assumirem o controle das
suas vidas e promoverem o seu próprio desenvolvimento por meio das capacidades exclusivamente
humanas de escolha, criatividade e auto-realização.

As concepções teóricas desenvolvidas por Carl Rogers baseiam-se, sobretudo na sua experiência
clínica e assentam num conjunto de conceitos chave: autenticidade, congruência, aceitação incondici-
onal e empatia.
A noção de desenvolvimento pessoal surgiu nos anos 1950-1960 nos Estados Unidos, e tem origem
no conceito de desenvolvimento apresentado por C. Rogers e G. M. Kinget: “Em última análise é, por-
tanto, a capacidade do ser humano tomar consciência da sua experiência, avaliá-la, verificá-la, cor-
rigi-la, que exprime a sua tendência inerente ao desenvolvimento para a maturidade, ou seja, para a
autonomia e a responsabilidade”.

Este teórico realça a capacidade natural do indivíduo para a auto-realização. Defende também, na
relação interpessoal uma abordagem não diretiva centrada na pessoa, de modo a criar um clima pro-
pício ao crescimento, onde o indivíduo possa ser autêntico, compreendido e aceite sem condições.

Abraham Maslow (1908-1970) foi outro dos teóricos que contribuíram para a perspectiva humanista.
Desenvolveu a teoria da motivação centrada no conceito da auto-realização. Este conceito transmite
segundo o autor “o desenvolvimento máximo dos potenciais de cada ser humano. Cada pessoa
atinge a sua auto-realização na medida em que procura atualizar os seus potenciais.”

Os contributos das diferentes perspectivas do desenvolvimento humano podem ser instrumentos de


análise como forma de fundamentação e sistematização do desenvolvimento pessoal. A reflexão so-
bre esta experiência pode ser mais compreensiva e profunda se fizermos este diálogo interdisciplinar.

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