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Roteiro Giselda Perê - Estrutura

Gi, pensamos os vídeos bastante informais, com a sua característica de fala


mesmo, com a sua poética. Apresentamos abaixo o vídeo geral e os vídeos
organizados pelos eixos do Festival Mulheres na Travessa - Travessia: Mostra de
Artes Visuais, Ciclo de Performance, Mostra de VideoArte, Mostra de
Curtas-Metragens, Roda (rede) de Conversa, Sarau Nos Queremos VIVAS, Banca
de Publicações, Shows e Festa Online.

Vídeo 1- Apresentação Geral


Apresentação Geral da trajetória do Mulheres na Travessa e sua Transformação
no Festival Mulheres na Travessa - Travessia.

O Mulheres na Travessa se vê como um evento de ampliação de laços e de criação


de territórios de escuta, de afetos e, se possível, de rupturas. Essa edição é
coordenada por mulheres cujas trajetórias se cruzam há mais de vinte anos: na rua,
na militância, no suporte para que a vida seja possível. As coordenadoras gerais
são SIlmara Alves, Fábia Karklin, Fabiana de Andrade e a Curadoria Geral é de
Cristina Fernandes. Os eixos de Curadorias do Mulheres na Travessa, por mais que
aconteçam separadamente, levam em si o desejo de formar um ciclo, um
acontecimento sem fim estipulado/datado, um desejo de serem começos e
potencialidades. A roda de conversa, roda e não mesa de fala, é o coração, o ponto
central, e tem como objetivo estimular a fala, a narração das trajetórias específicas
que fazem com que estejamos vivas e com potência para somar e para transformar
a sociedade. O Festival Mulheres na Travessa está na luta antirracista,
anticapacitista e anticapitalista. Não se pretende vitrine, não se pretende palanque,
muito menos ser uma palco com espectadoras. Não tem caráter competitivo, quer
construir redes e tramas e tudo que seja possível para arejar a existência. Essa é a
poética do evento. Aqui cabe sua poética, Gi.

História: O Mulheres na Travessa nasceu na Vila Anglo, por iniciativa de Fábia


Karklin mas na parceria e na soma com Karen Menatti, Sandra-X, Verônica Borges,
Pâmela Sarabiá, Govinda Lilamrta. Muitas parceiras e parceiros passaram por ele,
entre eles Bruno Castro, Felipe Julian, André Arem, Tatiana Arem, Edu Marin, Flavio
Barollo. Entre as artistas que passaram pelo Mulheres estão Alzira E, Josyara, Luz
Ribeiro, Kimani, Leona Johvs, Ave Terrena, Luz Bárbara, Moara Brasil, Dani Nega,
Isabela Venturoza, Coletivo Dodecafônico, Nduduzo, Letícia Bassit, Cléia Plácido,
Estela Laponi, entre muitas outras.
Atualmente: Ele se transformou em festival on-line por conta da pandemia, mas já
não aconteceria mais no território em que surgiu. O Mulheres na Travessa precisava
de novas redes, outros encontros, outras terras. Hoje ele é Travessia, escolheu 9
curadoras por convocatória, mulheres de várias regiões do país, da periferia da
cidade de São Paulo, de Manaus, de Porto Velho, de Recife, de Poá. São mulheres
cis e uma das curadoras é uma travesti não-binária.
São elas: Pimentel, Anna Andrade, Keila Serruya Sankofa, Ana Musidora, Maria
Giulia Pinheiro, Jô Freitas, Jhenny Santine, Marcela Bomfim e Luiza Romão.
Durante essa semana, convidamos vocês a caminhar por outros territórios, a ver
outras paisagens. Te convidamos a ver a obra de mulheres que produzem em
diferentes formatos: teremos curtas-metragens, performances, shows, sarau, vídeo
arte, artes visuais, banca de publicações e uma roda (rede) de conversa para
trocarmos a nossa experiência de vida.
Para além de acompanhar esses trabalhos, teremos roda de conversa com as
artistas, produtoras e curadoras. Queremos ampliar redes.

Vídeo 2 - Mostra de Artes Visuais


Apresentação da MOSTRA DE ARTES VISUAIS
A Mostra de Artes Visuais tem a curadoria de Marcela Bonfim e ele já é iniciado pela
necessidade de ruptura com os nomes dos processos utilizados nas artes, aqui,
curadoria dá lugar à composição. Marcela construirá uma composição com outras
artistas, se inserindo no processo de ser parte, de integrar e ao mesmo tempo de
abrir caminhos. Marcela propõe uma rede e as fotos produzidas por diversas
fotógrafas vão para a rua em colagem e para o site do Mulheres na Travessa.

São ao todo 21 artistas, as sete compositoras convidam três artistas para


construírem essa composição. Diariamente faremos uma roda de conversa com as
artistas compositoras.

Apresentação do Projeto curatorial de Marcela Bonfim


Marcela Bonfim tem como percepção de mundo a busca que se faz na construção
de redes, de laços no tempo, de enlaçamentos. Das sete, se desdobraram em 21,
de uma em três (Gi, acho que aqui tem uma percepção forte dela da vivência dela
no Candomblé, ela fez esse chamado para as 7 artistas, disparando isso em tempos
de 3 e 21. Faz sentido para você? Sinta-se livre para incorporar esse pensamento
aqui, se você preferir, podemos te colocar em contato com a Marcela, também).
Marcela subverte a palavra curadoria e se arremessa na busca por uma forma
coletiva de pensar, de ser em composição. Ela constrói uma composição de artistas,
uma trama, em que uma fotógrafa convida a outra, formando uma rede, um espaço,
uma zona de encontro. A mostra acontece na rua, uma rua que já não é ocupada da
mesma forma e no site do Mulheres na Travessa - Travessia. Aqui acenamos para o
desejo de contribuir na ação de potencializar territórios, de viabilizar narrativas, e
neste movimento, expor as desigualdades a tanto perpetuadas nesse país.

Texto da Marcela sobre o projeto de COMPOSIÇÃO.


Composição e Compositoras?
“Prezando pelo sentido do acesso e da inclusão em rede; a prática da composição
tem sido a escolha e a postura fundamental que tenho apostado dentro do campo
das Artes Visuais; onde tenho pensado a própria FOTOGRAFIA como uma forma de
PODER dentro da linha das humanidades e da própria economia; e empenhado
essa prática afetiva e efetiva; no sentido de trazer de um jeito mais REAL na
atuação do campo das relações e reflexões desses tantos lugares que significam o
plano da IMAGEM; sobretudo; pensando na necessidade de estimular temáticas
mais próximas às potencialidades das tantas narrativas espalhadas pelas margens
do Brasil; geralmente; quando expostas; apontadas a partir de distorções causando
e perpetuando invisibilidades; desigualdades; e castas; por onde enxergamos os
ESTIGMAS; aqui; nesse processo; (re)discutidos aos pedaços; e dentro de cada
lugar a se perceber também como imagem ativa do processo; não apenas um
clique; que inclusive narra e COMPÕE aquilo que se vive; e principalmente; o que
percebe dentro desses tantos lugares que SOMOS; isto é; parte viva e orgânica
dessas tantas histórias a se contar.”

Apresentação das Artistas


Entre as compositoras, as que chamam para as novas composições estão:
Paula Sampaio - Pará, Gê Viana - Maranhão, Gabriela Rabaldo, Joana Gabriela -
São Paulo, Taís Rocha - Rio de Janeiro, Elane Andrade - Ceará e Ana Lira - Recife.
Essas compositoras convidaram mais três artistas cada uma para construírem
juntas essa grande composição que será a Mostra de Artes Visuais.

Apresentação de Marcela Bonfim:


MARCELA BONFIM é fotógrafa e produtora cultural nascida em Jaú, interior de São
Paulo, mas mora em Rondônia há mais de dez anos. Seu trabalho consiste em dar
espaço a imagens de uma Amazônia afastada da sua mente, mas latentes às
inúmeras potências antes desconhecidas a seu próprio corpo enegrecido. Em seu
trabalho “(Re)Conhecendo a Amazônia Negra”, povos, costumes e influências
negras na floresta é um instrumento de militância das artes visuais, no campo da
antropologia visual, sobre a memória da população negra amazônica. Idealizadora e
articuladora da Mostra à Céu Aberto de Arte e Cultura da Visualidade, ocupa a sua
cidade, a partir do suporte de lambes, com trabalhos de diversos artistas da região
norte.
Vídeo 3 - Ciclo de Performances
Apresentação do CICLO DE PERFORMANCES
O Ciclo de performances é uma Mostra, mas compreendemos que se configura
como CICLO. Compreendemos que as ações/performances não se fecham, estão
abertas, em relação com o mundo, com o tempo e com o espaço, em diálogo
constante. Mesmo com roteiros pré-estabelecidos, é do universo da performance a
interrupção, a mudança de rumo e a instabilidade. Neste sentido, chamamos este
agrupamento de ações de CICLO e não de Mostra, tendo como imagem o ciclo da
água. Nesse abre e fecha permanente da água, nessa oscilação entre fundo e
superfície. Ciclo como os estados da lama, da chuva, da pedra, das tempestades. O
Ciclo de Perfomances acontecerá no site do Mulheres na Travessa e no Youtube,
entre as artistas com a mediação de Ana Musidora.

Apresentação do Projeto Curatorial de Ana Musidora: PRESENÇA Radical


Ana Musidora constrói um Ciclo que agrupa artistas cujos trabalhos são diretamente
impactados pelo corpo, este que traz em si órgãos, camadas, tecidos, memórias e
complexidades. O corpo como território de mutilação, de mortes e de
atravessamentos políticos brutais mas também de aquilombamento. É sobre
questionar um sistema, que continua operando a partir da lógica escravocrata, e
que por isso limita e reduz nossas existências. É sobre transpor os limites de
representatividade vazia e mobilizar, através da língua, da palavra e do gesto as
nossas experiências coletivas.

Texto Ana Musidora sobre o projeto PRESENÇA RADICAL


Elementos que nos parecem centrais

“é preciso honrar nossas mortes”


pele/lingua/corpo/território/palavra, órgãos, aquilombamento

“há uma língua que foi literalmente cortada e que por memória do gesto
insiste em ser dita: se “me gritaram negra”* é porque mutilaram meu ser e o
reduziram a um denominador comum.“

“neste sentido, este projeto curatorial é ao mesmo tempo compartilhamento


de processo criativo e um convite à apreciação de poéticas que articulam
corpografias atravessadas pela palavra.”
“a nossa língua foi cortada. mas ainda que este órgão tenha sido amputado
de nossas bocas, ele balbucia seu grande conflito estético racial. este país
chamado Brasil foi fundado no estupro e desde então nossas corpas seguem
adoecendo, saqueadas, perseguidas, mutiladas, desmembradas e soterradas
por uma herança necrófila. não podemos negar este fato, entretanto trata-se
também de uma Perspectiva. é preciso considerar que este processo de
desmembramento do corpo é a Representatividade que a branquitude
patriarcal projetou sobre nós.”

“por isso a presença da pele na performance não pode ser ingenuamente


considerada como um marcador social, ou simplesmente um tema. a pela
aqui atua como elemento radical que revela e organiza um sistema
complexo dos tecidos e camadas que a constituem.” “os critérios
apresentados até aqui foram fundamentais na escolha destas artistas. porque
nos convidam a reconstituir nossas experiências comunitárias através da
imagem e da palavra. porque escapam da língua racializada que institui os
estereótipos binários de beleza. porque reescrevem todos os dias página por
página a própria história.”
“são estas forças que esta curadoria mobiliza, a percepção de um corpo que
também é quilombo*.”
“é preciso honrar as nossas mortes.”

Apresentação das Artistas


As artistas convidadas para honrar nossas mortes são mulheres de vários
periféricos da cidade de São Paulo: Aline de Fátima, Aline Alves, Dandara Kuntê ,
Terra Queiroz, Eliara, Coletivo Parabelo (Denise Rachel) e Selma Barreto

Apresentação de Ana Musidora


ANA MUSIDORA é artista visual, educadora e gestora cultural. Sua formação inicial
vem de práticas corporais orientais como Seita-ho, Tai Chi, Butô e posteriormente a
performance. Pesquisa e produz práticas artísticas que atuam nos imaginários e
atravessamentos políticos sobre a experiência da pele, seu principal suporte de
trabalho. Orienta processos criativos em Performance, Arte Educação e Intervenção
Urbana. Colaboradora das coletivas Balaiada Qualira (MA/SP) e #8MNaQuebrada
(SP). Integrante da Niágaras Clandestinas - grupo de estudos e yincruzilhadas em
performance e artes visuais.
Vídeo 4 - Mostra de Videoarte
Apresentação da MOSTRA DE VIDEOARTE
A Mostra de Videoarte construída por Keila Serruya Sankofa acontecerá no site do
Mulheres na Travessa e no Youtube.

Apresentação do Projeto Curatorial de Keila Serruya Sankofa


Elementos que nos parecem centrais
Olhar, tato, corpo atento
Rios, Água,
“falta oxigênio no pulmão do mundo”
mortes, cansaço, sufocamento, travessia pra quem?
BARRO, LAMA, vida e útero. Nanã (Gi, juro que não escolhemos as
curadoras com a perspectiva religiosa, mas ela está tão presente que acho
que essa comunicação aconteceu nesse acaso que a gente não acredita)

Partindo dos rios, “estradas amazônicas”, Keila Serruya Sankofa apresenta


trabalhos que conversam sobre a morte e têm a água como principal elemento de
parir e dar vida. (Pensei em você, Gi, nessa sua fala sobre o cansaço do
puerpério, sobre nos darmos o direito ao cansaço e não termos que ser as
guerreiras do hoje, do agora, do sempre) Diante do momento pandêmico, em que
a morte nos ronda, o número de vítimas é atualizado cotidianamente: falta oxigênio
no pulmão do mundo. “Uma doença que mata majoritariamente sem ar, um
sufocamento sem água”.
Navegando esse rio, proposto pela curadora, perceberemos que não é dado a todos
o transporte apropriado para essa travessia. Encontraremos pelo caminhos rezas
nas encruzilhadas, encontramos a vivência dos povos tradicionais, que há muito
enfrenta o genocídio. Diante da margem há barro, há vida, o útero que pulsa e se
contrapõe, propondo um recomeço. Nesse recomeço há mulheres cobertas de
coragem. Só precisamos confiar nos sentidos.
Keila aposta na escuta do corpo atento, nas comunicações abertas pelas
confluências entre os diversos modos da linguagem.

Texto de Keila Serruya Sankofa sobre o projeto curatorial

“A seleção das obras de videoarte da mostra Mulheres Travessas - Travessia é uma


combinação diversa de trabalhos que conversam sobre a morte, tendo a água e sua
abundância de parir vida, como o elemento comum nesse aglomerado de 6 obras.
também carrega uma micro provocação que questiona quem tem ou não direito de
fazer a tal travessia, o deslocamento nem sempre é em transporte apropriado,
alguns vão a nado. Há a possibilidade de ter acomodações na embarcação para
todos, mas a arte, e seu sonho do exclusivo, acaba deixando algumas para trás.
Atualmente, são 255 mil mortos no Brasil por contaminação do novo coronavírus, a
doença que mata majoritariamente sem ar, um afogamento sem água.

Em um mundo obstinado pela velocidade e preocupado com o amanhã, nada mais


importante que refletir no agora qual a melhor forma de atravessar para o novo, e
compreender onde realmente queremos chegar. Trabalho com a imagem e com o
som, juntos ou separadamente, e declaro que nem sempre descubro combinações
de palavras para teorizar sobre narrações de experiências ou propostas de
pensamento. As vivências existem em vários aspectos, nem sempre há um discurso
para aquilo que se sente. Confio no olhar, no tato e peço que o corpo esteja
atento às percepções propostas pelas obras geniais que foram produzidas por
essas mulheres artistas e suas diversidades.”

Apresentação das Artistas


As artistas convidadas por Keila Serruya Sankofa para apresentar as vivências que
se mostram sobre diversos aspectos são: Maria Macêdo (Recife-PE),
Lia Letícia (Recife-PE), Kay Sara (Manaus-AM), Dominique Lima (Vitória-ES),
Manaura Clandestina (Manau-AM) e Lais Machado (Salvador - BA)

Apresentação da Curadora:
Keila Serruya Sankofa, Manaus - AM
Artista visual, realizadora audiovisual e produtora, suas experiências mais
importantes vem da vivência, existência, e ocupações urbanas com audiovisual.
Tem uma vasta experiência na direção de produção de projetos audiovisuais como
séries e curtas, além de produção de mostras, festivais e espetáculos de diversas
linguagens artísticas. Gestora do Grupo Picolé da Massa, membra da APAN
Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro, Nacional Trovoa e do Coletivo
Tupiniqueen. Compreende a rua como espaço de diálogo com a cidade, produzindo
instalações audiovisuais que exibem filmes, fotos e videoartes. Artista que utiliza a
fotografia e o audiovisual como ferramenta para propor auto-estima e questionar
apagamentos de pessoas negras; atualmente, utiliza seu corpo como protagonista
na construção de suas obras.

Vídeo 5 - Mostra de Curtas-metragens


Apresentação da MOSTRA DE CURTAS METRAGENS
A Mostra de CURTAS-METRAGENS construída por ANNA ANDRADE acontecerá
no site do Mulheres na Travessa e no Youtube.
Apresentação do Projeto Curatorial de Anna Andrade
Ana Andrade articula memória, necropolítica, negritude, o debate pós-colonial e decolonial,
isolamento social, fala do amor entre mulheres, e levanta o debate sobre a vida com deficiências em
uma sociedade sexista e ouvinte em seu projeto curatorial. Reune realizadoras mulheres de Curitiba
(PR), Afogados da Ingazeira (PE), São Paulo (SP), Salvador (BA), João Pessoa (PB)

Texto de Anna Andrade sobre o projeto curatorial


Teremos um texto curatorial da Anna no dia 26/03, mas achei melhor já te mandar o
que temos por conta do prazo.

Apresentação das Artistas:


As realizadoras reunidas por Anna Andrade são Grace Passô (SP), Lia Letícia (PE), Bruna Tavares
(Afogados da Ingazeira - PE), Larissa Nepomuceno de Curitiba (PR) Priscila Nascimento de São
Paulo (SP), Bruna Barros e Bruna Castro de Salvador (BA) e Carine Fiúza de João Pessoa (PB).

Apresentação da Curadora:
ANNA ANDRADE, Recife - PE
Diretora, produtora e distribuidora audiovisual, possui especialização em Gestão de
Projetos e é fundadora da Tarrafa Produtora, produtora independente, feminina e
negra localizada no Recife. É membra da ABD/Apeci – Associação Brasileira de
Documentaristas e Curta-Metragistas / Associação Pernambucana de Cineastas e
APAN - Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro. Integra o time de
brasileiras selecionadas no Industry Academy América Latina 2020. É produtora e
curadora da Semana do Audiovisual Negro, curadora do ROTA - Festival de Roteiro
Audiovisual.

Vídeo 6 - Roda (rede) de Conversa


Apresentação da RODA (rede) DE CONVERSA
A RODA (REDE) DE CONVERSA construída por Maria Giulia Pinheiro acontecerá
no ZOOM, com inscrições prévias e com retransmissão para o Youtube e para o
site do Mulheres na Travessa.

Apresentação do Projeto Curatorial de Maria Giulia Pinheiro


A Roda (rede) de Conversa é a estrutura do Mulheres na Travessa, historicamente
reuniu mulheres que atuam em diversas frentes, desde a militância
político-partidária, a luta pelo desencarceramento, o debate sobre o racismo, o
debate sobre saúde mental, os debate de gênero, as questões em torno da violência
de gênero, feminicidio, transfobia, genocídio. Reconhecemos no Mulheres na
Travessa a diversidade de lutas, de enfoques, de abordagens e de posicionamentos
em torno da transformação urgente e em curso da sociedade. Considerando o
projeto de genocídio em curso, a retirada de direitos dos e das trabalhadoras, a
miséria e a fome que atinge mais e mais pessoas diariamente e reconhecendo que
as lutas de construção de propostas de transformação social são múltiplas, abrimos
a escuta para a proposta de Maria Giulia Pinheiro.
Neste ano, Maria Giulia nos convida a perguntar: QUE UTOPIAS SONHAMOS e
como as estamos construíndo?

Texto de Maria Giulia Pinheiro sobre o projeto curatorial


“A rede de conversas se propõe (e ousa) perguntar: “Afinal, pelo o que
estamos lutando?”. Em um momento em que nossas possibilidades mínimas de
sobrevivência estão constantemente ameaçadas, não só pela pandemia, mas
também pelas constantes ameaças de direitos e subsídios básicos, parece estranho
perguntar qual o nosso desejo. Mas, sem sabê-lo, corremos o risco de mais uma
vez não conseguirmos pautar nem o presente, nem o futuro. Portanto, a proposta
curatorial é de perguntar “Quais nossas utopias?”. Quais os nossos lugares ideais
de chegada? Para onde queremos caminhar, transitar? Qual o nosso projeto
(político, econômico, estético)? A democracia pode ser feminista, antirracista,
anticapitalista? O que nós queremos? Essas perguntas são algumas das
disparadoras.”

Apresentação das CONVIDADAS:


Cidinha Santos, Selma Amaro,Luz Bárbara, Livia Lima, Jobana Moya,Tom Grito e
Mariana Ayele - Assim que tivermos infos sobre a localidade delas, consigo te
informar.

Apresentação da Curadora:
Maria Giulia Pinheiro, São Paulo - SP, Escritora, dramaturga e performer. É
fundadora do grupo teatral Companhia e Fúria, em que atua, dirige e escreve.
Criadora e organizadora do ZONA Lê Mulheres, um sarau dedicado a textos escritos
por mulheres e do Todo Mundo Slam um poetry slam decolonial pensado para
cruzar fronteiras. Co-idealizadora e apresentadora do slam "Ciranda- Jogo de
Palavra Falada" e da "Ginginha Poética". Pesquisa a tradição de mulheres na arte, a
importância de um Imaginário feminista, além de estruturas de comunidades livres
desde 2012, quando lançou o manifesto "Por um Imaginário". Coordena o Núcleo
Feminista de Dramaturgia deste 2016. Atualmente as aulas são online e contam
com mais de 150 pessoas de 5 países e já teve uma edição no TedXUFPR.
Vídeo 7- Sarau Nos Queremos VIVAS
Apresentação do Sarau Nos queremos VIvas.
O Sarau Nos queremos Vivas acontece há mais de quatro anos, neste ano ele será
construído por Jô Freitas acontecerá no stories do INSTAGRAM do Mulheres na
Travessa e será re-transmitido para o IGTV, Youtube e para o site do Mulheres na
Travessa.

Apresentação do Projeto Curatorial de Jô Freitas


O Sarau nos queremos Vivas é um espaço de trocas abertas, livres, de processos
do som, da fala, do corpo que fala. A construção dele não poderia ser diferente, ele
abraça a poesia escrita, a leitura de poetas publicadas, o encontro com o spoken
word, a música e o microfone aberto. A proposta de Jô Freitas vai nesse caminho e
encontra conosco na luta contra o capitalismo, contra o patriarcado e contra o
sistema de mundo orientado pela branquitude.

Texto de Jô Freitas sobre o projeto curatorial


“São multiartistas que travam em suas obras grande consciência
sobre o mundo, são elas, pretas, periféricas, gordas, trans e
indigenas. Essas artistas representam o brasil e o potencial de arte
que existe nessas pluralidades, cada uma com sua potencialidade
dá vida ao sarau de forma descontraida e também possibilitando a
empatia sobre suas questões, seja de embate ao racismo,
patriarcado, capitalismo. Mas também, de maneira afetiva. Nesse
contexto de pandemia onde estamos isolados o sarau nos dará um
encontro de aconchego.”

Apresentação dxs CONVIDADXS: (pode ser assim?)


Xs convidadxs para compor o Sarau Nos Queremos VIVAS são, Bruna Black
(de onde), Taisson Ziggy (de onde), Kimani (de onde), Tayla Fernandes (de onde),
Pollyana Almie (de onde), Aldry Eloise (de onde) e Letícia Rodrigues (de onde)
Gi, estamos usando o x, porque Taisson Ziggy é um homem trans, caso você
prefira apresentar separadamente sem usar o X, fique à vontade.

Apresentação da Curadora:
JÔ FREITAS é Atriz, poeta e escritora. Nordestina adotada por São Paulo há 27
anos. Atualmente está com o espetáculo Litero Musical "Poéticas do Bonfim
"direção Renato Gama. Desde 2015 a artista circula com sua oficina literária de
Cenopoesia: Uma escrita criativa. Com sua experiência em teatro proporciona ao
participante a aprimorar o corpo, a voz e a escrita. Já abriu shows e palestras tais
como, Monja Cohen e Troféu Raça Negra em homenagem á Marielle Franco e
Mano Brown. Também é idealizadora do Sarau Pretas Peri e integrante do Sarau
das Pretas.

Vídeo 8 - Banca de Publicações


Apresentação da Banca de Publicações
A Banca de Publicações construída por Luiza Romão acontecerá no site do
Mulheres na Travessa e será divulgada no Instagram do MULHERES NA
TRAVESSA. Um zine com as publicações poderá ser baixado e áudios
acompanharão os textos.

Apresentação do Projeto Curatorial de Luiza Romão


A banca de publicações é um espaço para a palavra escrita, de encontro entre
mulheres escritoras e suas trajetórias, de divulgação de suas publicações e um
espaço de troca de ideias. A roda de conversa das escritoras que compõem a banca
é um momento para nos aproximarmos dos processos criativos, das questões
editoriais, do universo da publicação em diversas regiões do país.

Texto de Luiza Romão sobre o projeto curatorial


“A escolha dos nomes se deu pensando na diversidade de
corpas e territórios proposta pelo Festival. Além do mais, foram
escolhidas artistas que tematizam a questão de gênero, não só em
seu trabalho literário, mas também em seus ativismos, práticas
pedagógicas e engajamentos coletivos. Por fim, pensando nos
desdobramentos do termo “publicação”, tentei abranger gêneros
textuais diversos (poesia, prosa, romance, conto, HQ) e autoras que
produzem e circulam por meio de mercados e suportes diferentes
(selos independente, zine, editoras, sites, blogs, etc).”

Apresentação das CONVIDADAS:


As convidadas para compor a Banca de Publicações são: Sheyla Smanioto (SP),
Carolina Luisa Costa (RJ), Kika Sena (AL/DF), Debora Arruda (SE), Nina Rizzi
(SP/CE), Jamille Nunes // anahata (AM), Jéssica Nascimento (SP).
Apresentação da Curadora:
LUIZA ROMÃO é poeta, atriz e slammer. Autora dos livros Sangria e Coquetel
Motolove, ambos publicados pelo selo doburro. Atualmente, desenvolve um
mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP), estudando o poetry
slam no Brasil. Seu último projeto Sangria, mesclou performance, poesia e cinema,
circulando por diversas partes do Brasil e da América Latina.

Vídeo 9 - Shows
Apresentação dos Shows
Os Shows estão sendo construídos por PIMENTEL e acontecerão com transmissão
ao vivo da Casa de Cultura de Guaianases para o Youtube do Mulheres na
Travessa. Os shows estarão disponíveis no site do Mulheres na Travessa após a
realização ao vivo

Apresentação do Projeto Curatorial de Pimentel


Pimentel constrói seu projeto curatorial a partir da perspectiva sertransneja. É no
encontro de periferias sudestinas com o nordeste e no trânsito das corpas no
território que essas musicalidades se encontram. Disputando espaços e construindo
outras narrativas que são potencializadas pela voz em seus diferentes ritmos e
estilos.
Texto de Pimentel sobre o projeto curatorial
“Nós mulheres: cis, trans, pretas, periféricas, nordestinas e
serTRANSnejas estamos sempre disputando espaços para
discutirmos nossas narrativas. Essa proposta é baseada em 3
mulheres que tem vivências distintas nos territórios de onde veem e
onde atuam, mas que se cruzam em um só lugar: O PALCO,
espaço esse que enxergamos como ocupação e não de apenas
visibilidade.“

Apresentação das Artistas/SHOWS:


Esse eixo está com problemas, não temos certeza das que se apresentarão aqui.
Assim que tivermos, mandamos para você.
As artistas convidadas para os Shows, que acontecerão na Casa de Cultura de
Guaianases, são: Mana Bella, cantora, poeta e arte educadora, Danna Lisboa,
cantora, dançarina e mulher trans, Albert Magno, artista e cantora baiana.
Apresentação da Curadora:
Pimentel - Pessoa Trans Não Binária - é Multiartista, produtora cultural e performer.
Atua a 6 anos produzindo projetos de Arte e cidadania para a comunidade TRANS,
Dentre eles o espetáculo TRANSCÁRCERE, Os Desfiles TRAVESTI VIVA
TRANSCLANDESTINA 3020 e BRASIL PAÍS CAMPEÃO MUNDIAL DE
TRAVESTIS. Coordena o Coletivo Cu (Círculo de união LGBTTTQIA+) e a Ateliê
Criativa Vou Assim ambos com atuação na periferia da Zona Norte de São Paulo.
Sua trajetória com a moda e produção cultural articula questões de gênero e de
colonização das corpas!

Vídeo 10 - FESTA ONLINE


Apresentação da FESTA ONLINE
A curadoria da Festa Online está sendo construída por Jhenny Santine e acontecerá
no Zoom, com inscrições prévia pelo próprio Zoom, para estimular um espaço
nosso. Não se preocupem, não será nada super difícil e não vai cortar a vontade de
entrar na festa. A retransmissão acontecerá posteriormente, para garantir a
privacidade de quem está na festa. Assim!! SE JOGA! Trechos da apresentação das
DJS estarão disponíveis no youtube do Mulheres na Travessa, no instagram e no
site do Mulheres na Travessa

Apresentação do Projeto Curatorial de Jhenny Santine


A curadoria da Festa Online, construída por Jhenny Santine, prioriza o movimento
de mulheres DJS negras e periféricas. Mulheres que articulam em seus territórios a
busca por autonomia e a partilha de seus conhecimentos. Arte e militância aqui se
encontram para que se torne possível dançar mesmo em tempo sombrios. Festejar
a nossa força, a nossa luta e o potencial de mudança. Não há revolução sem dança,
sem corpo, sem movimento e sem música. Seja no quintal de casa, no fluxo ou no
baile, festejar a vida é necessário. A festa acontece no encerramento do evento
com a presença de três Djs. .

Texto de Jhenny Santine sobre o projeto curatorial


“São mulheres que moldaram caminhos de autonomia
através da música, carregando muitas histórias em
suas bagagens, sempre imprimindo em sua arte os
aprendizados colhidos nessas estradas
E já que a proposta é falar sobre Mulheres em travessia
nada melhor que agregar para o nosso time, essas
mulheres, que navegam pela a vida levando ritmo,
swing e felicidade por onde passam.”

Apresentação das DJS/Festa:


Dj Bieta, Dj Aline Vargas e Dj Miria Alves. DJ Bieta é artista multimídia, produtora
cultural, dançarina, pesquisadora das múltiplas culturas. Dj Aline Vargas é
educadora social, militante feminista e LGBTQIAP+ e das relações étnico-raciais.
DJ Miria Alves, com 10 anos de carreira, possui uma bagagem musical extensa e é
referência na cena Hip Hop brasileira.

Apresentação da Curadora:
Jhenny Santine é atriz, Cantora, Produtora Cultural. Artista independente que
expressa suas vivências através das Artes Cênicas.
Nascida e criada nas rodas de samba da zona leste de SP, traz para seu trabalho
autoral referências de sua ancestralidade nordestina afroindigena em consonância
com elementos da arte urbana marginal Saudando sempre a cultura e a Música
Preta Brasileira

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