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Autores:
Alípio da Silva Resende
Carlos Shunji Obata
Ricardo de Melo Londe
Roberto de Souza Albernaz
Orientadora:
a
Prof Rosária de Fátima Segger Macri Russo
São Paulo - MARÇO / 2010
Autorizamos a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Catalogação na Publicação
CDD: 658.4012
Bibliotecária responsável: Andréa Bueno Aniole – CRB 7/1454
ERRATA
Palavras chaves:
Gerenciamento de portfólio, universidade corporativa, competência, estratégia
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................1
1.1 Apresentação do problema – a questão chave.................................................................3
1.2 Objetivos........................................................................................................................... 3
1.3 Relevância........................................................................................................................ 4
1.4 Delimitações..................................................................................................................... 4
2 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................5
2.1 Universidades corporativas na educação corporativa.......................................................5
2.1.1 Conceituando universidade corporativa......................................................................................... 5
2.1.2 Universidade corporativa como agente de desenvolvimento de recursos humanos......................6
2.1.3 Universidade corporativa – catalisadora da estratégia corporativa................................................8
2.2 Competências essenciais e as demandas estratégicas..................................................10
2.2.1 Conceituando estratégia.............................................................................................................. 10
2.2.2 Perspectiva de aprendizado e crescimento..................................................................................12
2.2.3 O Modelo de Sidney.................................................................................................................... 13
2.2.4 Conceituando competência.......................................................................................................... 15
2.2.5 Competências organizacionais e individuais................................................................................18
2.3 Processos do gerenciamento de portfólio.......................................................................21
2.3.1 Projetos, programas e portfólio.................................................................................................... 21
2.3.2 O processo de gerenciamento de portfólio..................................................................................24
2.3.3 Alinhamento estratégico de projetos do portfólio..........................................................................25
2.4 Síntese do capítulo......................................................................................................... 33
3 METODOLOGIA.......................................................................................................34
3.1 Tipo de pesquisa............................................................................................................. 34
3.2 Unidade de análise selecionada ....................................................................................36
3.3 Coleta de dados.............................................................................................................. 37
3.4 Limitação do método.......................................................................................................38
4 ANÁLISE DOS DADOS...........................................................................................40
4.1 A Universidade Petrobras...............................................................................................40
4.2 Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos........................................................43
4.3 Diagnóstico do DRH 2007 da Universidade Petrobras...................................................46
4.3.1 Dados de realização total............................................................................................................. 47
4.3.2 Realização por formato da capacitação.......................................................................................49
4.3.3 Realização por área de conhecimento......................................................................................... 52
4.3.4 Realização por cargo pela Universidade Petrobras ....................................................................54
4.3.5 Gerenciamento do Portfólio na Universidade Petrobras..............................................................58
4.3.6 Alcance das metas de capacitação de empregados....................................................................60
4.3.7 Aplicação do Modelo de Sidney na Universidade Petrobras........................................................61
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................68
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................70
1 INTRODUÇÃO
1 Capital humano ou capital intelectual de uma companhia é representado pelos empregados, que apresentam alto
desempenho e possuem conhecimentos, experiências e habilidades, estando vinculados aos processos-chave.
(PETROBRAS, 2008a)
2
No capítulo inicial do trabalho, é apresentada uma introdução para contextualizar o
ambiente externo e suas implicações no ambiente corporativo, cuja prontidão e disposição
para responder aos estímulos rapidamente podem diferenciar uma empresa que busca a
vantagem competitiva. Também são apresentados: o problema – a questão chave; os
objetivos; a relevância; e a delimitação do estudo.
1.2 Objetivos
3
Os objetivos secundários, decorrentes do desenvolvimento do próprio trabalho, são a
avaliação do processo de seleção e priorização do portfólio de programas e projetos
educacionais e a verificação do nível de eficácia do resultado alcançado na capacitação dos
empregados, considerando as metas relacionadas à estratégia corporativa
1.3 Relevância
1.4 Delimitações
4
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Prince e Beaver (2001) sugerem que, num grupo de organizações dominantes e bem
sucedidas, o modelo de universidade corporativa classe mundial começa a emergir como 2
2 Classe Mundial é uma expressão utilizada para caracterizar uma organização considerada entre as melhores do mundo.
(FNQ, 2009)
No exame do conceito de universidade corporativa, deve-se considerar não apenas o
rótulo para compreender seus propósitos, mas as funções e os processos que tais organizações
desempenham. Meister (1999) conceitua uma universidade corporativa comparando-a como
um guarda-chuva estratégico, num ambiente empresarial competitivo, cujo aprendizado
proporcionado é extremamente moderno por possibilitar o desenvolvimento e a educação dos
seus funcionários e, secundariamente, das outras partes interessadas. A figura, a seguir, ilustra
a metáfora do guarda-chuva do processo de educação corporativa associado às atividades
empresariais. Taylor e Phillips (2002), de uma forma sintética, conceituam o fenômeno da
universidade corporativa como a procura por trazer educação e trabalho juntos para o
benefício mútuo.
6
2.1.2 Universidade corporativa como agente de desenvolvimento de recursos
humanos
Uma universidade corporativa torna-se mais eficaz à medida que se relaciona e integra
em seu escopo outras partes interessadas de sua cadeia de valor, tais como clientes,
distribuidores, revendedores, fornecedores, comunidades do entorno e instituições de ensino,
que são tradicionais supridoras de talento humano aos mercados local e global, nos quais se
situam as empresas. Isso faz com que a universidade corporativa funcione como um agente de
desenvolvimento de recursos humanos, ao fomentar e direcionar a educação corporativa para
o alcance dos resultados.
A pesquisa realizada por Meister constatou também que houve um notável salto no
crescimento das universidades corporativas passando de 400 para cerca de 2.000, nos Estados
Unidos, em dez anos, no final dos anos 80. Isso evidenciou que muitas empresas
consideraram o reaparelhamento de suas forças de trabalho como um fator crítico para
sobrevivência e decidiram obter um controle mais rígido de seus processos internos de
aprendizagem, correlacionando os programas de aprendizado a metas e resultados estratégicos
reais de seus negócios. O que tem diferenciado tais empresas é que estão assumindo um papel
3 César Souza, vice-presidente da Odebrecht of America Inc., sediada em Washington, D.C., palestrante do Programa
Avançado de Administração da Wharton School of Management, em 1999.(MEISTER, 1999)
7
proativo no desenvolvimento de sistemas educacionais e de parcerias corporativas com o
mundo acadêmico para desenvolver suas forças de trabalho e manter a vantagem competitiva
e o êxito empresarial.
8
principais conceitos de uma universidade corporativa, de acordo com Meister (1999), que têm
levado à obsolescência os tradicionais centros de treinamento e desenvolvimento,
compreendem:
9
Aspectos De Treinamento Para Aprendizagem
externos
Fonte: Adaptado de Meister (1999)
10
Tabela 2.2 - Diferenças de foco entre centro de treinamento e universidade corporativa
Wright et al. (2007) conceituam estratégia como os planos da alta direção para se obter
resultados consistentes com respeito à missão e aos objetivos gerais da organização no
contexto de seus ambientes externo e interno, em que atua. Para manter a viabilidade
competitiva das estratégias estabelecidas, em função das mudanças ambientais ao longo do
tempo, as mesmas devem ter uma dinâmica de flexibilização e ajuste dos planos e ações. No
estabelecimento das estratégias corporativas consistentes, a alta direção deve seguir os
seguintes passos:
11
● Formular as estratégias nos níveis empresariais, das unidades de negócio e
funcionais, considerando-se os resultados da análise dos ambientes externo e
interno;
● Implementar as estratégias;
12
2.2.2 Perspectiva de aprendizado e crescimento
13
● Perspectiva dos clientes: na visão do BSC, tanto clientes de commodities quanto
aqueles desejosos de obter produtos e serviços cada vez mais personalizados, bem
como os fornecedores de matérias-primas e insumos integram os processos de
suprimentos, produção e entrega, numa dinâmica em que as operações são
puxadas pelos pedidos dos clientes e não empurradas ao mercado por planos de
produção de bens e serviços. Tem-se nesse sistema, um sinergismo que confere
grande otimização de custos, qualidade e tempo de resposta;
4 Auditing Practices Group é constituído por especialistas em Sistemas de Gestão da Qualidade, auditores seniores e
mantenedores, do ISO Technical Committee 176.
14
assegurem a efetiva melhoria dos processos da cadeia de valor. O Modelo de Sydney visa a
instrumentalizar os gestores para atender ao requisito 8.4, Análise de Dados, da referida
norma:
O resultado total é uma atuação melhorada, mais proativa, para alcançar os objetivos
corporativos da organização, quanto aos aspectos relacionados aos requisitos atendidos, tais
como a satisfação de clientes, desempenho de fornecedores, retorno sobre investimento,
referenciais comparativos externos, ou de qualquer outro fator crítico identificado pela
direção.
15
estabelecido, para um dado período. Os mesmos dados também permitiram à organização
mensurar melhorias e tomar alguma ação necessária, baseada nas informações e nos
resultados. A eficácia do sistema é mensurada, avaliando os objetivos e resultados alcançados
pela organização, o que pode ser feito por uma representação gráfica, conforme ilustrado na
figura anterior.
16
nos princípios do taylorismo-fordismo . Hoje, ainda, a competência permanece ligada ao
5
O conceito de competência, que surge na literatura francesa dos anos 90, procura
extrapolar o conceito de qualificação. Zarifian (1999 in FLEURY, A. & FLEURY M.: 2001)
foca três alterações principais no mundo do trabalho, que justificam a necessidade do modelo
de competência para gestão das organizações:
Krogh e Roos (apud FLEURY & FLEURY, 2003) defendem uma organização como
um portfólio de recursos (resource based view of the firm), passando uma nova abordagem a
fazer parte do contexto de competência. Os autores consideram que toda empresa tem um
portfólio: físico (e.g. infraestrutura), financeiro, intangível (e.g. marca, imagem etc.),
organizacional (e.g. sistemas administrativos, cultura organizacional etc.) e de recursos
humanos. Para esses autores, os portfólios estabelecidos criam a vantagem competitiva da
corporação. A definição das estratégias competitivas deve começar com um profundo
entendimento das possibilidades estratégicas que estes recursos podem fornecer. Nesse
5 Taylorismo-fordismo é um conjunto de princípios da administração científica, criado por Taylor, que propunha uma
intensificação da divisão do trabalho no processo produtivo. Ford utilizou tais conceitos, que fez com que ampliasse a
intensificação da implementação de alguns princípios de economia e produtividade.
17
momento, cria-se uma maior importância na centralização da formulação estratégica num
grupo específico de recursos, focando naqueles que garantem lucratividade de longo prazo e
os distinguem das competências.
No final dos anos 80, Prahalad e Hamel (apud FLEURY & FLEURY) contribuíram
significativamente na construção dessa caracterização ao apresentar o conceito de
competências essenciais (core competence). Competência passa a ser a capacidade de
combinar, misturar e integrar recursos em produtos e serviços. A competitividade de uma
organização é determinada pelas relações dinâmicas entre as competências organizacionais e a
estratégia competitiva. Dessa maneira, a abordagem dos recursos faz o processo de
formulação da estratégia e a formulação de competências constituírem um círculo que se
retroalimenta. Em outras palavras, as competências passam a ser formadas a partir de recursos
e as estratégias são elaboradas a partir de grupos de recursos, os quais formam as
competências essenciais. A implantação da estratégia gera novas configurações de recursos e
novas competências que, por sua vez, influenciam novamente a formulação da estratégia. No
avanço de seus trabalhos, Prahalad e Hamel diferenciam as competências organizacionais das
competências essenciais, sendo que estas seguem a três critérios:
18
19
Tabela 2.3 - Níveis de competências
Ruas (2005) mostrou que a noção de competência está mais próxima da capacidade de
combinar e mobilizar adequadamente recursos já desenvolvidos do que no armazenamento de
conhecimento e habilidades que se voltam mais para a noção de qualificação. Nessa visão,
pode ser estabelecido um paralelo entre qualificação e competência. Na qualificação, ocorre
uma relativa estabilidade econômica, a concorrência é localizada e o foco está no processo e
na baixa aprendizagem. No contexto de competência, há baixa previsibilidade de negócios e
atividades, ampliação da abrangência da concorrência e foco nos resultados e na alta
aprendizagem.
Zarifian (1999: apud FLEURY & FLEURY: 2001) distingue diversos conteúdos em
relação às competências organizacionais, que configuram diferentes áreas de desenvolvimento
de competências:
20
● Competências sociais: saber ser, incluindo atitudes que sustentam o
comportamento das pessoas. O autor identifica três domínios relacionados:
autonomia, responsabilização e comunicação.
21
produto e intimidade com o cliente definem as três estratégias que as empresas podem
privilegiar para atuarem no mercado. A partir da dinâmica entre os diversos níveis de
competência da organização, suas influências permeiam por toda a organização a partir de
uma estrutura lógica.
No final da década de 80, Storey (apud FLEURY & FLEURY: 2001) observa o uso
elástico da expressão “gestão estratégica de recursos humanos”. Segundo esse autor, era
possível identificar uma versão mais humana, que privilegia os aspectos de comunicação,
22
motivação e liderança, e uma versão mais racional, que enfatiza os aspectos quantitativos de
administrar recursos humanos objetivando a estratégia do negócio. Ou seja, a definição de
uma força de trabalho altamente comprometida com a organização deve preceder às demais
estratégias organizacionais. Mais recentemente, novos modelos de gestão estão sendo
redefinidos e praticamente todas as atividades rotineiras, que tratam a fase de manufatura e
operações, assim como os serviços de pós-venda, estão sendo terceirizadas para companhias
globais. A partir desta movimentação e redefinição de papéis, FLEURY & FLEURY (2001)
concluiem que as fronteiras entre as empresas estão se tornando cada vez mais nebulosas e o
perfil de competências em cada empresa redefine-se a cada momento.
Para que se possa maximizar ou equilibrar o uso eficiente de todos os recursos de uma
organização, de acordo com o PMI (2004), os projetos e programas selecionados devem ter
um alinhamento estratégico com os objetivos estratégicos da organização e um alinhamento
organizacional com suas competências, constituindo um portfólio, que é uma medida do
intento de uma organização, cuja direção acompanha e monitora os trabalhos e o progresso
alcançado. Cleland e Ireland (2007) destacam que o uso de um portfólio de projetos
proporciona à alta gerência uma noção melhor do caráter do trabalho da organização.
23
O PMI (2004) define programa como “um grupo de projetos relacionados e gerenciados
de modo coordenado para a obtenção de benefícios e controle que não estariam disponíveis se
eles fossem gerenciados individualmente.” Também ressalta que programas podem incluir:
elementos de trabalho relacionado, porém fora do escopo dos projetos distintos no programa;
uma série de empreendimentos repetitivos ou cíclicos. O gerenciamento de um programa é o
olhar da gestão sobre todos os projetos e iniciativas que compõem o programa. O foco é o
conjunto dos objetivos e benefícios estratégicos do programa e não o resultado individual de
cada projeto. Portanto, não se trata de atingir os objetivos de cada projeto, mas sim do todo.
Portfólio, conforme o The Standard for Portfolio Management (PMI, 2008), é “um
conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos agrupados para facilitar o
gerenciamento eficaz desse trabalho a fim de atender aos objetivos de negócios estratégicos.”
Ressalte-se que o foco do agrupamento de programas, projetos e outros trabalhos é facilitar o
gerenciamento eficaz. Todos os componentes de um portfólio devem ser quantificáveis, isto é,
a organização deve conseguir definir medidas, ranqueamento e critérios objetivos de
priorização. A figura, a seguir, ilustra um modelo de organograma teórico de um portfólio
genérico:
Portfólio
Projetos
Projetos Projetos
24
Em princípio, como descrito pelo PMI (2004), toda organização tem um portfólio que
consiste no conjunto de componentes correntes e planejados ou de iniciativas futuras, sejam
na forma de projetos formalmente definidos ou não. Fica claro, então, que portfólios não são
temporários como os projetos ou programas e que sua gestão faz parte dos processos de
negócios conduzidos pela organização. Quaisquer iniciativas propostas tornam-se parte do
portfólio, quando são selecionadas e aprovadas. Projetos específicos ou programas contidos
no portfólio não são necessariamente interdependentes ou diretamente relacionados, mas, em
qualquer momento, o portfólio representa uma visão de seus componentes selecionados e
reflete as metas estratégicas da organização. O portfólio reflete investimentos feitos ou
planejados pela organização, a metodologia de priorização definida pela organização, as
decisões de investimentos feitas e os processos de alocação de recursos.
Assim, o portfólio representa o trabalho selecionado para ser feito, mas não
necessariamente o trabalho que deveria ser feito. Se os componentes do portfólio não estão
alinhados às estratégias da organização, esta pode se questionar por que tal trabalho está
sendo empreendido. De acordo com o PMI (2004), embora aparente a falta de uma base
comum, todos os componentes de um portfólio exibem certos aspectos comuns: representam
investimentos feitos ou planejados pela organização; estão alinhados com as metas e objetivos
da organização; e a organização os agrupa para uma gestão mais efetiva.
25
2.3.2 O processo de gerenciamento de portfólio
Planejamento Objetivos
Visão Missão
Estratégico Estratégicos
G e rê n c ia d o
P o rtfó lio
Gerenciamento de Encerramento de
Componente Monitoramento de
Programas e Programas e
Autorizado Desempenho
Projetos Projetos
G e rê n c ia d e
O p e r aç õ e s
Operações
26
demais componentes, a utilização de recursos, a priorização de recursos, o acréscimo de
novos componentes e a retirada de componentes. Para o sucesso do processo de
gerenciamento de portfólio, os fatores chaves descritos na literatura do PMI passa pela
compreensão do plano estratégico da organização (pela equipe do processo), pelo
estabelecimento de critérios organizacionais estratégicos específicos para gerenciar o
portfólio, que o processo considere todos os projetos, programas e outros componentes do
portfólio da organização e, por fim, que tenha processos consentidos e formais da organização
ou da equipe de gerenciamento.
27
Figura 7: Processos de gestão de projetos para o portfólio
Fonte: PMI (2004)
É o primeiro dos Processos de Alinhamento, de acordo com PMI (2004), e visa criar
uma lista contendo os componentes ativos e novos que podem ser tratados no arcabouço do
portfólio. Essa lista não é a listagem pura e simples de todos os componentes de negócio da
organização, mas um rol seletivo de iniciativas inter-relacionadas, o qual é feito por
definições ou de modelo padrão preestabelecido. A elaboração dessa lista passa por:
comparação dos componentes ativos do portfólio e de novas propostas de inclusão com o
padrão preestabelecido; detalhamento de cada nova proposta de acordo com o padrão;
rejeição de componentes, novos ou ativos, que não se adequarem às definições predefinidas; e
classificação dos componentes. A figura abaixo mostra as entradas, ferramentas e técnicas e
saídas desse processo:
Esse processo visa a obter uma lista de componentes categorizada dos propostos para o
portfólio. Essa categorização é feita pelo PMI (2004) com base em grupos predefinidos e
relevantes estrategicamente possibilitando um balanceamento de investimentos e riscos entre
as categorias estratégicas. A categorização passa por: identificação das categorias estratégicas;
comparação dos componentes identificados com as categorias estratégicas; e discriminação e
agrupamento dos componentes dentro das categorias estabelecidas. A figura seguinte mostra
Ainda, segundo Kerzner (2006), faz parte do primeiro passo a classificação das ideias,
que podem ser através de três métodos: O primeiro consiste em colocar os projetos em duas
categorias principais, como sobrevivência e crescimento. O segundo está relacionado a
modelos de planejamento estratégico em pesquisa e desenvolvimento. Nessa abordagem, os
projetos para desenvolvimentos de novos produtos ou serviços são classificados como
ofensivos ou defensivos. Projetos ofensivos buscam captar novos mercados, enquanto os
defensivos objetivam estender a duração de produtos existentes. Esses últimos são geralmente
mais fáceis de administrar do que os ofensivos e tem maior probabilidade de sucesso.
29
2.3.3.3 Processo de avaliação
Esse processo, de acordo com o PMI (2004), tem por objetivo o levantamento das
informações pertinentes sobre os componentes identificados e classificados. Essas
informações permitem a graduação, por meio de critérios chaves, dos vários componentes. Os
principais elementos deste processo são: uso de um modelo de graduação ponderado com
critérios chaves para a avaliação dos componentes; uso de representações gráficas para
facilitar o processo; e geração de recomendações para o processo. A figura abaixo mostra as
entradas, ferramentas e técnicas e saídas desse processo:
Kerzner (2006) descreve como sendo esse o segundo passo que, sob o ponto de vista
financeiro, é basicamente um processo de duas etapas. Na primeira etapa, a organização
conduz um estudo de exequibilidade para determinar se o projeto pode ser realizado. A
segunda parte consiste em proceder a uma análise de custo/benefício para verificar se a
empresa deve realizá-lo. Se o projeto for considerado exequível e se ele se enquadrar bem no
plano estratégico, pode ser priorizado para desenvolvimento, juntamente com outros projetos
aprovados.
30
unidades, exceto as de valor monetário, ou podem ser descritos de forma subjetiva. Deve
haver documentação cuidadosa de todas as restrições e suposições conhecidas ao se
estimarem os custos e benefícios.
O PMI (2004) descreve que esse processo tem como objetivo a elaboração de uma
lista reduzida de componentes tendo por base as recomendações do processo de avaliação. O
elemento chave desse processo é a seleção dos componentes com base nos resultados da
avaliação. A figura seguinte mostra as entradas, ferramentas e técnicas e saídas desse
processo:
Esse é o terceiro passo, descrito por Kerzner (2006), que inclui a determinação da
adequação e da priorização em termos de estratégia. Almeja-se uma seleção de projetos bem
sucedida, mas isso requer um bom sistema de informações, que normalmente é a área mais
fraca na maioria das empresas. A maioria das organizações estabelece critérios de seleção de
projetos, que podem ser subjetivos, objetivos, quantitativos ou simplesmente intuitivos. Os
critérios de seleção são quase sempre baseados em critérios de adequação, depois transformar
estes critérios em modelos de classificação, que podem ser usados para seleção e priorização.
31
Cleland e Ireland (2007) estabelecem que é preciso desenvolver critérios para a
seleção de projeto, de acordo com o tamanho da organização, com a linha de negócios, com
ofertas de produtos e serviços, com a base de clientes, e com outros fatores. Deve-se
selecionar um projeto com suficiente retorno sobre o investimento. O processo de seleção de
projetos pode ter muitas variáveis, algumas usadas apenas para eliminar um projeto, enquanto
outras são usadas em combinação para selecionar ou eliminar.
A priorização é um processo difícil, segundo Kerzner (2006), já que fatores como fluxo
de caixa, rentabilidade imediata e expectativas dos interessados devem ser consideradas.
Também devem ser consideradas as diversas forças ambientais, a exemplo das necessidades
dos consumidores, comportamento competitivo, tecnologia existente ou prevista e política
governamental. Ser muito conservador durante a seleção e a priorização de projetos pode
32
levar a desastres. As empresas com produtos industriais altamente sofisticados devem
perseguir uma abordagem agressiva na seleção de projetos ou podem estar arriscando-se para
a obsolescência.
As empresas orientadas para projetos, segundo Kerzner (2006), devem ter cuidado
quanto ao tipo e a quantidade de projetos que podem assumir em relação aos recursos
disponíveis. Periodicamente, devem ser feitas novas estimativas das expectativas de forma
oportuna. À medida que se avança um projeto, mais conhecimento é adquirido, o que permite
realizar estimativas e planejamentos mais detalhados que, por sua vez, fornece informações
33
adicionais a partir das quais podem validar as expectativas originais. A alta administração
deve estar disposta a ouvir más noticias e ter coragem de, em alguns casos, cancelar um
projeto.
34
2.4 Síntese do capítulo
35
3 METODOLOGIA
Yin (2005) apresenta cinco principais estratégias de pesquisas aplicadas nas ciências
sociais, que são os experimentos, levantamentos, análises de arquivos, pesquisas históricas e
estudos de casos. O autor ressalta alguns componentes que devem ser considerados com
cuidado e rigor para ajudar os pesquisadores a manter o rumo no estudo:
● Questões de estudo: O método é indicado para responder às questões do tipo
"como?" e "por quê?", que são questões de caráter explicativo, nos estudos que
tratam de relações operacionais ocorridas, ao longo do tempo, mais do que
freqüências ou incidências e de eventos contemporâneos, em situações onde os
comportamentos relevantes não podem ser manipulados, mas onde é possível se
fazer observações diretas e entrevistas sistemáticas e a primeira tarefa a ser
empreendida é a clarificação precisa da natureza das questões;
37
Estudo de caso Como, Por quê Não Sim
Fonte: Cosmos Corporate in: Yin (2005)
38
● Conveniência para o estudo de um caso da área na qual os autores deste estudo
trabalham.
39
● Estudo Prospectivo Focalizado em RH: documento contendo as principais
tendências no campo da gestão de pessoas, com base nas práticas desenvolvidas
nas organizações e em estudos realizados por autores que se dedicam ao tema;
(PETROBRAS, 2006c)
40
● Elaboração do Plano Anual de Eventos de Desenvolvimento de Recursos
Humanos, padrão de execução que estabelece critérios para as metas a serem
alcançados por toda a área de RH da empresa. (PETROBRAS, 2008b).
41
4 ANÁLISE DOS DADOS
A criação da Petrobras, em meados dos anos 50, deu origem na demanda por
profissionais capazes de explorar e produzir as incipientes jazidas terrestres de petróleo, até
então descobertas. O início foi um aprendizado, ainda, a ser desenvolvido, de modo que a
educação corporativa caminhou simultaneamente com o surgimento da empresa, que veio a se
tornar numa das maiores corporações mundiais na indústria de petróleo e gás. Conforme
CALDAS (2005), no decorrer dos anos, houve a ocorrência de muitos fatores conjunturais na
econômia brasileira, sendo que uns fatos relevantes aconteceram, na década de 90, com a
quebra do monopólio da estatal e os novos desafios impostos pelo mercado globalizado,
estruturado e extremamente competitivo, o que ensejou na necessidade de uma reestruturação
no modelo de educação corporativa, tendo como resultado a implantação de um sistema
educacional.
43
Fonte: Relatório da Gestão 2008 – (PETROBRAS, 2009d)
44
O sistema permite que as demandas educacionais sejam identificadas, selecionadas e
priorizadas pelos Comitês Técnico-Educacionais, sendo validadas pelas gerências executivas
das áreas interessadas, e a carteira de projetos formalizada pelo Comitê Gestor de Recursos
Humanos, que é constituído pelos gerentes executivos de RH das áreas da empresa, para ser
realizada pelas Escolas da Universidade Petrobras.
45
4.2 Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos
● Seletividade;
● Pensamento sistêmico;
46
Figura 15: Aprendizado e Desenvolvimento do Balanced Scorecard DRH
Fonte: PETROBRAS, [2006]b
47
Figura 16: Ciclo PDCA do PDRH
Fonte: PETROBRAS (2008c)
48
● Aqueles iniciados antes de 2007 e concluídos no mesmo ano, contabilizando
participações e carga horária total;
● Aqueles iniciados em 2007, que não concluídos no mesmo ano, não foram
contabilizados.
Como orientação para facilitar a pesquisa, foi considerado para todos os eventos o dia
1º de março de 2008, como a data limite para fechamento dos lançamentos de realizações. Os
eventos ajustados ou lançados após a referida data, mesmo que atendessem um dos critérios
acima, não foram levantados, contabilizados ou analisados.
Total de
Total de Cursos Total de Turmas Homem X Hora Treinado
Participações
49
O efetivo da companhia, em 31 de dezembro de 2007, era de 48.758 (quarenta e oito
mil, setecentos e cinqüenta e oito) empregados próprios. Não foram considerados os 2.283
(dois mil, duzentos e oitenta e três) empregados cedidos para os diversos órgãos da
Administração Pública. Os indicadores corporativos calculados com base nesses números são
apresentados a seguir:
INDICADORES CORPORATIVOS
215 8 29 134
Fonte: PETROBRAS (2008c)
50
Em relação aos referenciais comparativos externos, observa-se que os resultados da
companhia são muito superiores. Uma das razões desse fato extraordinário está na realização
dos cursos de formação, que é contabilizado no resultado final, como mostrado na tabela
abaixo:
Verifica-se uma média de 100 (cem) HHT por empregado, não se considerando os
cursos de formação. Tal resultado é, ainda, muito acima dos referenciais externos e evidencia
que a capacitação do empregado é efetivamente um valor para a companhia, considerando que
o desenvolvimento de recursos humanos surgiu junto com a sua criação, em meados dos anos
50.
51
● Formato Conclave identifica de forma genérica os congressos, mesas redondas,
seminários e similares realizados na empresa ou com participação avulsa em
eventos externos;
● Formato Sem Classificação (em branco) engloba os eventos com formato não
identificado pelo sistema corporativo.
Pós-Graduação 68 71 88 165.834
52
Especialização (360 h) 985 5 191
Pós-Graduação 2.336 1 1.884
Sem Classificação (em branco) 89 6 16
Fonte: PETROBRAS, 2008c
53
Formato - HHT em 2007
Pós-graduação;
165.834 ; 3%
Especialização
(360 horas);
(Em branco);
362.599 ; 6%
9.619 ; 0%
Conclave;
602.358 ; 9%
Curso de
Formação;
2.037.521 ; 31% Aperfeiçoamento
; 3.357.168 ;
51%
Especialização
(360 horas);
1.896 ; 1%
Pós-graduação;
Conclave; 88 ; 0%
36.307 ; 16%
Aperf eiçoamento
; 185.739 ; 81%
54
4.3.3 Realização por área de conhecimento
55
Gráfico 3: Distribuição dos HHT por área de conhecimento
Fonte: PETROBRAS, 2008c
É importante ressaltar que o total de empregados nas tabelas desta seção refere-se aos
empregados que, de fato, participaram de algum programa de capacitação da Universidade
Petrobras, no período em análise.
56
A realização por cargos na linha de Engenharia e em nível Superior mostra uma
concentração dos esforços de desenvolvimento de recursos humanos nas áreas fins da
companhia. O foco de sua capacitação é o desenvolvimento de competências técnicas
individuais específicas e esse esforço é mostrado na tabela a seguir:
57
A distribuição da realização para os cargos na linha de Engenharia e em nível
Técnico, mostra um foco nas questões operacionais. Por tratar-se de profissionais atuando na
operação das unidades industriais da companhia sua participação em treinamentos é limitado
devido às exigências peculiares de seus regimes de trabalho, conforme tabela a seguir:
58
Tabela 4.10 - Realização para a linha Administrativa e Nível Superior
59
A próxima tabela mostra os valores consolidados para as linhas e os níveis:
60
um Comitê Técnico-Educacional que atua como orientador corporativo do mesmo. Os
comitês técnico-educionais são liderados pelo representante da escola e são compostos de
representantes das diversas unidades e áreas de negócio da companhia.
61
Os comitês analisam a complexidade de realização e o impacto estratégico dos
projetos educacionais, priorizando-os e gerando uma lista de eventos a ser proposta para
execução pelo Programa. Esta lista constitui um portfólio de programas e projetos para
atender as demandas do Programa em questão. Em geral, os comitês não estabelecem
métricas de avaliação de desempenho para os projetos deste portfólio.
62
Para referencial externo, utilizar-se-á o maior indicador dos referenciais externos da
ABTD (2008) referente à média do Brasil (grandes empresas) com o valor de 52 (cinquenta e
duas) horas.
63
Figura 18: Modelo de Sidney para o caso de resultado de alto contribuição
Fonte: Adaptado de ISO/TC176 (2003)
● Caso a área do triângulo inferior do diagrama, em cor verde, for bem próxima do
triângulo superior, indica um resultado muito bom;
● Caso a área do triângulo inferior do diagrama, em cor amarela, for menor do que
o triângulo superior, indica um resultado medíocre;
● Caso a área do triângulo inferior do diagrama, em cor vermelha, for muito menor
do que o triângulo superior, indica um resultado ruim.
Concluindo, quanto menor for o gap ou a abertura existente entre as paralelas dos
triângulos, maior será a eficácia do resultado, sendo uma alta contribuição, cujo nível pode ser
mensurado na escala do eixo horizontal.
64
Figura 19: Modelo de Sidney para o caso de resultado de média contribuição
Fonte: Adaptado de ISO/TC176 (2003)
65
4.3.7.1 Aplicação do Modelo de Sidney com referenciais externos
O referencial externo a ser adotado é o HHT médio por empregado para grandes
empresas no Brasil (ABTD, 2008) e seu valor é 52 (cinquenta e duas) horas.
Comparação com
Linha Nível HHT/Empregado Referencial Externo
Administrativa Médio 27 Menor
Administrativa Superior 85 Maior
Engenharia Médio 34 Menor
Engenharia Superior 114 Maior
Demais cargos 39 Menor
Total 67
Para os cargos da linha de Engenharia e Nível Médio o modelo na figura abaixo mostra
o não atingimento do referencial com bastante ineficácia no processo.
66
Figura 22: Modelo de Sidney para linha Engenharia Médio
Fonte: Adaptado de ISO/TC176 (2003)
Para balizador dos referenciais internos usamos o valor de 67 (sessenta e sete) horas
como valor para o HHT médio por empregado, conforme discutido anteriormente. A tabela
abaixo mostra a comparação dos valores atingidos com o referencial interno e, novamente, os
cargos de nível Médio não atingem esta meta.
Total 67
67
A aplicação do modelo de Sidney para os cargos da linha Administrativa e nível Médio
apresentada na figura abaixo mostra a pouca contribuição e alta ineficácia deste segmento para a
realização como um todo.
A figura abaixo mostra a grande contribuição dos cargos da linha de Engenharia e nível
Superior para os resultados do processo.
68
Figura 24: Modelo de Sidney para linha de Engenharia Superior
Fonte: Adaptado de ISO/TC176 (2003)
69
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que esta monografia venha a dar, de fato, uma contribuição efetiva para área
de conhecimento de gerenciamento de projetos. Espera-se ainda que a contribuição para o
campo de saber de gerenciamento portfólio e sua ligação com as metas corporativas seja
bastante sólida. O trabalho mostra claramente a necessidade de definição de indicadores de
desempenho para os componentes de um portfólio atrelados à estratégia corporativa.
71
Como trabalhos futuros poder-se-ia estudar mais aprofundadamente a contribuição de
cada cargo, frente aos referenciais internos e externos. Esta análise permitiria a identificação
de quais cargos contribuiriam mais significativamente para o resultado do processo de
capacitação corporativo. Outra possibilidade é a de, caso o processo de gerenciamento de
portfólio em questão seja revisto, é de comparar os resultados futuros deste processo com os
deste trabalho.
72
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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75