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MUITAS MORADAS – CLAUDIO CONTI – ESTUDO 3

https://www.youtube.com/watch?v=UpnT3n20DuA&list=PLzkQ-qRJNwbaL6pgk3k-
soXRGsm6beSCX&index=21

Introdução

O espírito é estrutura criada por Deus, assim como um prédio, e precisa ter funções. É
para que o espírito possa agir e fazer coisas.

Por outro lado, há o corpo, e como corpo, há a estrutura em si e o próprio ambiente


em que se vive. O espírito como estrutura se manifesta na estrutura material e corporal e
inclui o ambiente.

É necessário um elo para ligar essas duas estruturas (espírito e corpo). Não se trata
exatamente do perispírito, mas da mente. Quando se fala em cura quântica, se quer falar do
elo entre o espírito e o corpo pela mente e suas funções.

A enfermidade, objeto da cura, vai se manifestar nessa relação do espírito e do corpo.


O sintoma será no corpo físico e a mente trabalhará com o corpo e ambiente.

Como e por que viemos para o mundo de provas e expiações?

Há diferenciação desses conceitos. Esses tratados pela Joanna estão relacionados aos
efeitos quanto à saúde e doenças do espírito encarnado. Não se inclui aqui questões morais e
sociais.
A expiação vai moldar o ser de maneira irreversível. Alguma coisa fará uma
transformação no individuo de fora para dentro. Estão relacionados ao suicídio, homicídio,
perversidade, luxúria, etc.

Já as provas, acontecem de forma temporária e em vezes, em razão da comodidade do


indivíduo. O equilíbrio em um mesmo comportamento, pode não ser um equilíbrio correto,
porque é necessário movimento. Para isso, ocorrem provas de forma a corrigir essa
comodidade.

É o ato de o indivíduo sair do equilíbrio cômodo para um desequilíbrio de forma a


corrigir o caminho em prol do equilíbrio mais correto. Quando se equilibra desse modo, no
desequilíbrio, é mais permanente o estado alcançado.

Mediante mudança do padrão mental, é possível sanar os estados de provas já que são
corretivos temporários em prol do movimento em caminho ao equilíbrio e da saída do
comodismo.

A expiação ocorre, pelo contrário, até que molde o individuo de maneira irreversível.
Tem que haver duração adequada para haver resultado. As provações acontecem mediante
diversos alertas, sem que haja limites de avisos.

Crendo em Deus, há a fé de que a experiencia tem uma finalidade. E por ter finalidade,
é necessário que se aproveite e pare a provação como provação sem que haja uma expiação.

Allan Kardec apresenta duas abordagens:

1) “as diferentes moradas são os mundos que circulam o espaço infinito e oferecem, aos
espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos
mesmos espíritos”;
2) “essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado
do espírito na erraticidade”.

Nesses estudos, será abordada a primeira linha, de existência de diversos mundos que
circulam o espaço infinito.

Na abordagem da cura e quântica, temos que entender como as enfermidades e os


processos de cura se estabelecem. Tanto o que é de Deus como o que é criação dos espíritos.
Há de ser identificado a co-criação, o que está levando ao estado de saúde e o de
enfermidade. E também o que é de Deus que é perfeito.

Conceito de universo:

Quando olhamos para o céu e vemos os vários planetas, lua e etc, estamos vendo o
formado pela matéria, não criado por Deus. No Universo criado por Deus, há este universo que
vemos e todos os outros desconhecidos.

Assim, sabemos que o universo na qual vivemos, está atrelado a processos de cocriação,
não atrelado a criação de Deus. Quando Deus faz, faz por toda eternidade.
“os espíritos que encarnam em um mundo, não se acham a ele preso indefinidamente, nem
nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a
perfeição”.

Significa que não estamos presos a esse mundo. Estamos aqui porque nos
preocupamos com o mundo de regeneração. Ocorre que temos que nos preocupar conosco,
porque se esse mundo não regenerar, iremos para outro.

No processo quântico, há a probabilidade de eu estar aqui enquanto a condição se


manter. Se eu mudar a minha equação, posso ir para outro lugar. É um processo automático
porque a transformação mental vai atuar no entorno. A partir do momento que o entorno não
for compatível com o espírito, ele vai para outro mundo.

Qualificação dos espíritos. A classificação de mundo inferior e superior não é absoluta,


há uma questão relativa, de comparação. Um espírito inferior que eu, está em nível mais baixo
que eu. E por ser conceito relativo, não necessariamente minha condição é melhor que o
outro.

Tendemos a classificar felicidade conforme nosso ponto de vista, nosso modelo de


felicidade. Não há um ponto absoluto. Estados de felicidade não podem ser comparados. Em
questão de conhecimento, é possível avaliar nesse aspecto.

A escala progressiva é que define a ideia de mundo superior e inferior. A felicidade não
se atrela a essa escala, mas o conhecimento.

Questão 97 do livro dos espíritos. Define três ordens não absolutas acerca dos
espíritos. Na primeira escala, estão os espíritos puros da perfeição máxima. Na segunda
escala, o desejo do bem predomina. E na terceira escala, os espíritos são caracterizados pela
ignorância.

Essa escala espírita é colocada para espíritos de expiação e provas. A doutrina como foi
apresentada, é para esse mundo, relativa a ele. Às vezes trazemos como absoluto, mas é
condição para nos tirar dessa condição.

Não posso me comparar a um espírito em outro mundo, independente de sua


categoria, porque não o conheço. Me avalio a partir do mundo em que estou. Por isso, a
evolução é questão moral.

Essa escala deve ser avaliada por questões morais dos espíritos que habitam esse
mundo. Não é questão intelectual.

Item 9 das instruções dos espíritos.

Verificamos que a vontade nessa condição vai colocar uma ação na matéria. Se
simplesmente pela ação da vontade consigo voar, é porque a apuração mental faz com que eu
atue no ambiente e no corpo.
Para termos relação sempre amistosa entre povos, precisamos de mundo superior?
Não. A dependência está na vontade dos espíritos. Se tivermos essa relação nesse mundo,
estaremos em um mundo superior.

Os bens do individuo estão atrelados a sua capacidade de trabalho e não por atos
corruptivos, por exemplo. Se ninguém sofre, temos que não existe sofrimento por questões
materiais. Também não é necessário mundo superior.

Para um mundo superior, é necessário que eu adeque o comportamento ou


pensamento. O pensamento é a mente.

Os mundos felizes não são ordens privilegiadas:

O que Deus nos dá é facilidades para chegarmos a tais mundos. A nossa interpretação
de processo evolutivo às vezes é equivocada. O processo evolutivo é fácil, mas nós
complicamos. Precisamos trabalhar nosso comportamento e processos mentais. Muitas vezes
ficamos inativos por séculos e reclamamos de Deus.

Tem comportamentos que nos mantemos sem perceber.

A alma é adotada de faculdades para praticar o bem. Mas com livre-arbítrio, foi eu que
optei por uma ou outra direção. Como Deus faria processo evolutivo de que antes de
aprender o certo eu deveria aprender o errado? Passar pela fieira do mal, não é premissa
básica. Há uma escolha pelo espírito.
O problema seria o livre-arbítrio. Sem ele, praticaríamos o bem, mas também não
haveria escolha. Se há espíritos que sucumbem, há também aqueles que não. Aos que
sucumbem, não se trata de um “projeto” errado. Esses processos estão na prerrogativa da
evolução.

A estrutura compartilha dos atributos de Deus, os espíritos, logo, estão destinados à


glória a qual está destinada.

O que me impede de deslumbrar o futuro, é estar absorvido pelas coisas materiais.

Nesses mundos há regeneração e não liberdade absoluta do mal. Se não firmado esses
aspectos morais que colocam o ser nesse mundo, há de recair o espírito em mundo de
expiação.

Podemos imaginar que temos gatilhos que vão queimando. Nosso problema é não
prestar atenção no que acontece conosco. Estamos perdendo oportunidade de ir para frente
porque ao não avançar, recuamos.

Este mundo esteve moral e material em mundo inferior. Também há progressão dos
mundos. A lógica só existe se conseguimos equacionar. Muitas vezes a ciência chega a
conclusão de algo por causa disso. A partir do momento em que se equaciona, se passa a
existir a possibilidade.
Modelo de criação

Vamos questionar nosso entendimento. Equacionar ele. Se uma interpretação for


viável, iremos equacioná-la. Há posições relativas. Não necessariamente se trata de melhores
ou piores mundos. A felicidade não tem peso ou valor atribuído. Esse espírito simples estará
em mundos inferiores comparados a outros.

Ele evoluiu o necessário? Não, então, permanece nesse mundo para melhores
aprendizados. Se sim, então vai para mundos mais elevados que o inferior. Indo para esses,
não necessariamente estará em estados de felicidade diferente.

Nesses mundos elevados, a questão persiste. A evolução ocorre em relação ao mundo


em que está. Se alcancei o necessário para a evolução, então irei para mundos. Pelo contrário,
apenas acompanhando a evolução, permanecerei em mundos intermediários.

Aqui conseguimos detalhar mais em razão do evangelho segundo o espiritismo.


Conhece as leis? Sim. Mas segue as leis? Essa é a questão. Até seguir, segue esse sistema. Se
digo que não conheço as leis, vou para expiação porque não quero aprendê-las. Até então
eram provas para sair de um estado de demolição.

Quando começamos a não seguir as leis, começa o processo expiatório até sair desse
estado. Se evoluiu o suficiente na desencarnação, então pode seguir para um mundo superior.
Versão budista – roda de samsara (do sofrimento) – aplica-se a esse mundo
intermediário.

No momento do desencarne a pergunta é se ocorreu o Nirvana, ocorrendo, há a


libertação desse estado. Não ocorrendo, permanece a roda de sofrimento. Há mais detalhes
nos estudos budistas.

PERGUNTAS:

Há evolução e troca de mundos em uma mesma encarnação como acesso a outras


realidades melhores? Entendi mais que sim.

A expiação ocorre por programação anterior a encarnação em razão de suicídios e


homicídios, por exemplo? Entendi que sim.

O estado de provas pode evoluir para um estado de expiação em razão da inércia na


compreensão do que precisa ser mudado? Como uma prova mais difícil definitiva da questão?
Entendi que sim.

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