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TCEBT

Templo e Centro de Estudos Buddhistas Thatagata

Manual e Conduta Buddhista Essencial

Manual Básico de Conduta do Theravadin

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Há uma estória indiana de um homem que era um ateu e agnóstico, um raríssimo
tipo de postura na Índia. Ele era uma pessoa que desejava livrar-se de todas as
formas de ritos religiosos, deixando apenas a essência da direta experiência da
Verdade. Ele atraiu discípulos que costumavam se reunir a seu redor toda semana,
quando ele falava a todos sobre seus princípios. Após algum tempo eles
começaram a se juntar antes do mestre aparecer, porque eles gostavam de estar
em grupo e cantar juntos. Eventualmente foi construída uma casa para as reuniões,
com uma sala especial para o mestre agnóstico. Após sua morte, tornou-se uma
prática entre seus seguidores fazer uma reverência respeitosa para a agora sala
vazia, antes de se entrar no salão. Em uma mesa especial a imagem do mestre era
mostrada em uma moldura de ouro, e as pessoas deixavam flores e incenso lá, em
respeito ao mestre. Em poucos anos uma religião tinha crescido em torno daquele
homem, que em vida não praticava nada disso, e que, ao contrário, sempre disse
aos seus seguidores que ficar preso a estas práticas levava frequentemente a
pessoa a se iludir no caminho da Verdade.

"Tenhais confiança não no mestre, mas no ensinamento. Tenhais confiança não no


ensinamento, mas no espírito das palavras. Tenhais confiança não na teoria, mas
na experiência. Não creiais em algo simplesmente porque vós ouvistes. Não creiais
nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para
geração. Não creiais em algo simplesmente porque foi falado e comentado por
muitos. Não creiais em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados;
não creiais no que imaginais, pensando que um Deus vos inspirou. Não creiais em
algo meramente baseado na autoridade de seus mestres e anciãos. Mas após
contemplação e reflexão, quando vós percebeis que algo é conforme ao que é
razoável e leva ao que é bom e benéfico tanto para vós quanto para os outros,
então o aceiteis e façais disto a base de sua vida." Buddha - Kalama Sutta

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Índice:

Intuito do Manual...............................................................................................04
Quais são as 4 Nobres Verdades? .......................................................................05
Qual é o Nobre Caminho Óctuplo? .....................................................................05
Conduta..............................................................................................................06
Orientações sobre as Prostrações.......................................................................07
Forma de cumprimentar.....................................................................................07
O fechamento da Reunião de Dhamma...............................................................07
Para Refletir.......................................................................................................08
Méritos e Kamma...............................................................................................10
Metta Sutta ( Amor e Compaixão] .....................................................................11
Dedicação de Oferendas.....................................................................................13
Homenagem Preliminar.....................................................................................14

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Intuito deste Manual

Durante a jornada Budista nos reparamos com várias tradições, conceitos ideias
que de fato não fazem parte do Budismo primitivo, o mais antigo, a Doutrina dos
Anciões, ou Theravada.
As palavras de Buddha estão impressas no Tipitaka Pãli, as Sagradas Escrituras
Budistas da Tradição Theravada. As quais recomendo lerem e estudarem em
profundidade.
Este singelo manual surge para auxiliar o praticante inicial nas condutas, etiquetas
e outras questões essenciais para um entendimento correto dos ensinamentos
Budistas. Do mesmo modo, para que exista uma dinâmica apropriada de
comportamento durante os Pujas e reuniões do Sangha. Não é o intuito deste
manual sobrecarregar o praticante com mais rituais e tradições, e sim, ensinar o
essencial para a prática do Dhamma. Mas, o que é essencial? Lemos no Samyutta
Nikaya, LVI, 31, as palavras do Buddha.
Uma mão cheia de folhas
“A certa altura, estando O Iluminado em Kosambi numa floresta de Simsapas,
pegou numas quantas folhas e perguntou aos monges, 'O que é que vocês pensam
disto, monges? O que é mais numeroso, as poucas folhas que eu tenho na mão ou
aquelas nas árvores desta floresta?' 'As folhas que O Iluminado tem na mão são
poucas, Senhor; aquelas na floresta são bastante mais numerosas.' 'Assim também,
monges, as coisas que eu aprendi por conhecimento direto são bastante
numerosas; as coisas que eu vos ensinei são poucas. E porque é que eu não as
ensinei todas? Porque elas não trazem qualquer benefício, nem desenvolvimento
na Vida Santa, porque elas não conduzem ao desencantamento, ao
desaparecimento, à cessação, ao acalmar, ao conhecimento direto, à iluminação, à
libertação. Por essa razão eu não as ensinei. E o que é que eu vos ensinei? Isto é o
sofrimento; isto é a origem do sofrimento; isto é o cessar do sofrimento; isto é o
caminho que conduz à cessação do sofrimento. Isto é o que eu vos ensinei. E
porque é que eu ensinei isto? Porque isto traz benefício, e desenvolvimento na
Vida Santa, porque conduz ao desencantamento, ao desaparecimento, à cessação,
ao acalmar, ao conhecimento direto, à iluminação, à libertação. Assim sendo
monges, que esta seja a vossa tarefa: Isto é o sofrimento; isto é a origem do
sofrimento; isto é o cessar do sofrimento; isto é o caminho que leva à cessação do
sofrimento.'”
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Em outras palavras, o Essencial para Buddha é o conhecimento e aplicação das 4
Nobres Verdades, consequentemente assumir como treinamento mental o Nobre
Caminho Óctuplo e de modo de código de conduta, os 5 Preceitos.

Quais são as 4 Nobres Verdades?


“Bhikkhus, é por não compreender, não penetrar as Quatro Nobres Verdades que
eu, bem como vocês, durante muito tempo perambulamos e transmigramos neste
ciclo de nascimento e morte. Quais são elas? Por não compreender a Nobre
Verdade do Sofrimento é que nós perambulamos e transmigramos, por não
compreender a Nobre Verdade da Origem do Sofrimento..., da Cessação do
Sofrimento..., e do Caminho que conduz à Cessação do Sofrimento que nós
perambulamos e transmigramos neste ciclo de nascimento e morte. E por
compreender e penetrar essa mesma Nobre Verdade do Sofrimento, da Origem do
Sofrimento, da Cessação do Sofrimento e do Caminho que conduz à Cessação do
Sofrimento, que o desejo por ser/existir foi cortado, o suporte para o ser/existir foi
destruído, não há mais vir a ser a nenhum estado.”
-- DN 16.2.2

Qual é o Nobre Caminho Óctuplo?


“Agora, bhikkhus, esta é a Nobre Verdade do caminho que conduz à cessação do
sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: Visão correta, Pensamento correto,
Linguagem correta, Ação correta, Modo de vida correto, Esforço correto, Atenção
plena correta, Concentração correta."- SN LVI.11
Os Cinco Preceitos são fundamentais para a pacificação da mente, para purificar a
mente, para auxiliar na jornada da Proteção Suprema:
1. Observo o treinamento mental de me abster de matar qualquer criatura viva;
2. Observo o treinamento mental de não tirar aquilo que não me for oferecido;
3. Observo o treinamento mental de me abster de ter uma conduta sexual
imprópria;
4. Observo o treinamento mental de me abster do uso da palavra incorreta;
5. Observo o treinamento mental de me abster de consumir bebidas e drogas
intoxicantes que deturpem a mente.

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Conduta

Roupas adequadas: Orientamos aos membros do Sangha utilizarem roupas


adequadas durante os Pujas (cerimônias) ou reuniões de Dhamma. Pedimos para
os homens não ficarem sem a roupa de cima e as mulheres não usarem minissaias,
decotes ou biquínis; saias longas ou roupas esportivas são muito bem vindas,
ainda, camisetas da cor branca e calças esportivas ou saias pretas são muito
utilizadas na Tailândia e outros países que seguem a tradição Budista Theravada.
Diálogo com o Mestre/Professor ou Monges: Deve-se observar a forma de
diálogo que se tem perante os mestres, professores, Monges ou Monjas: Sempre
chamando de Ajahn (professor), Mestre, Mestra, Monge, Monja, Senhor, Senhora
ou Bhante (Venerável senhor em Páli). Nunca use nomes pessoais ou se dirija em
modo de gírias com o seu/sua mestre. Do mesmo modo nunca interrompa a
palavra do seu/sua Mestre, se você quiser realizar uma pergunta ou realizar um
comentário peça a palavra (da mesma forma que nos ensinaram na escola), a
forma correta de pedir a palavra é a postura de Anjali (palma com palma na altura
do peito) e aguarde até que o mestre/mestra lhe dê a palavra.
Durante a Prática: Não é correto manter conversas em paralelo, ou usar o celular
durante a prática (Patipatti), se desejar conversar com algum colega de Sangha
espere até o final da reunião. Do mesmo modo, não tire fotos ou filme sem a
autorização do Mestre ou Mestra. Líquidos, como água ou chás são permitidos
durante o Patipatti, sobre hipótese alguma pode-se comer alimentos ou beber
bebidas alcoólicas ou uso de cigarro durante a reunião.
Respeito o horário: Chegue sempre alguns minutos antes do Puja ou Patipatti,
acomode-se na almofada e mantenha silêncio, preparando o seu corpo e mente
para estar no presente momento.
Oferendas: Oferendas são ações que geram excelente bom Kamma (ação correta)
e trazem para nossa vida ações corretas e pacificação da mente, você pode doar
velas, incensos, arroz, alimentos para animais ou se preferir dinheiro, porém nunca
diretamente para o Mestre/Mestra e sim pode deixar na frente do Altar. Sempre
que realiza uma Oferenda de Generosidade (Dana) deve-se realizar transferência
de Méritos.

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Orientações sobre as Prostrações:
As prostrações são um exercício de humildade, de admiração, de reconhecimento
e de diminuição do Ego que realizamos. Elas são realizadas perante o altar (três
Vezes) e Perante o seu Mestre ou Mestra.
Elas são realizadas da seguinte maneira:

Nota: Observe que homens e mulheres fazem um pouco diferente, observe a posição dos pés.

Forma de cumprimentar:
Existem várias formas de cumprimentar outro ser humano, todas são válidas se
elas expressam um sentimento puro. Dentro da tradição Theravada é utilizado o
termo “Sukhi Hotu”, o qual significa “Que você esteja bem e feliz”.
Sukhi Hotu é quando cumprimentamos uma pessoa porque a palavra 'hotu' é
singular.
Sukhi Hontu é quando cumprimentamos mais do que uma pessoa,'hontu' está no
plural.

O fechamento da Reunião de Dhamma:


O membro mais antigo ou designado pelo mentor/mestre/mestra orienta e guia os
outros membros do Sangha a repetir três vezes a Palavra Sadhu, a qual é traduzida
como "ensinamento bem-sucedido ou realizado com perfeição"

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Para refletir:
Assim ouvi. Em certa ocasião o Abençoado estava em Savathi no
Bosque de Jeta, no Parque de Anathapindika. Então, quando a noite
estava bem avançada, uma certa devata com belíssima aparência
que iluminou todo o Bosque de Jeta se aproximou do Abençoado. Ao
se aproximar ela homenageou o Abençoado e ficando em pé ao lado
a devata disse:

Muitos devas e seres humanos


desejando a felicidade,
pensam na proteção.
Diga-me então, qual é a proteção suprema.

O Buda:
Não se associar com os tolos,
associar-se com os sábios,
demonstrar respeito àqueles dignos de respeito:
Essa é a proteção suprema.
Viver num local adequado,
ter realizado méritos no passado,
portar-se de maneira correta:
Essa é a proteção suprema.
Conhecimento amplo e habilidade,
bem treinado na disciplina,
linguagem proveitosa:
Essa é a proteção suprema.
Sustentar o pai e a mãe,
zelar pela esposa e filhos,
dedicar-se a uma ocupação pacífica:
Essa é a proteção suprema.
Generosidade, conduta íntegra,
auxiliar os parentes,
praticar ações que não sejam passíveis de censura:
Essa é a proteção suprema.
Evitar e abster-se daquilo que é ruim e prejudicial;
abster-se do que provoca embriaguez,
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estar atento às qualidades da mente:
Essa é a proteção suprema.
Respeito e humildade,
contentamento e gratidão,
ouvir o Dhamma em ocasiões oportunas:
Essa é a proteção suprema.
Paciência e obediência,
visitar bhikkhus e bhikkhunis,
discutir o Dhamma em ocasiões oportunas:
Essa é a proteção suprema.
Autocontrole, uma vida santa, casta,
compreender as Nobres Verdades,
realizar Nibbana:
Essa é a proteção suprema.
Uma mente que não é tocada
pelas vicissitudes do mundo,
livre da tristeza, purificada das impurezas, segura:
Essa é a proteção suprema.
Aqueles que assim se comportam,
sempre invencíveis,
estabelecidos na felicidade:
Para eles essas são as proteções supremas.

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Méritos e Kamma

Através do bem que resulta da minha prática,


Que os meus mestres e guias espirituais de grande virtude,
A minha mãe, o meu pai e os meus familiares,
O Sol e a Lua, e todos os líderes virtuosos do mundo,
Que os Deuses mais elevados e as forças do mal,
Seres celestiais, espíritos guardiões da Terra e o Senhor da Morte,
Aqueles que são amigáveis, indiferentes ou hostis,
Que todos os seres recebam as bênçãos da minha vida.
Que brevemente cheguem à Tripla Bênção e superem a morte.
Através do bem que resulta da minha prática,
E através desta partilha,
Que todos os desejos e apegos rapidamente cessem
Assim como os estados prejudiciais da mente.
Até realizar o Nibbana,
Em qualquer tipo de nascimento, que eu tenha uma mente justa,
Com consciência e sabedoria, austeridade e vigor.
Que as forças ilusórias não controlem,
nem enfraqueçam a minha decisão.
O Buddha é o meu excelente refúgio,
Insuperável é a proteção do Dhamma,
O Buddha solitário é o meu Nobre exemplo,
O Sangha é o meu maior suporte.
Que através desta supremacia
Desapareçam a escuridão e a ilusão.

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Metta Sutta ( Amor e Compaixão]

Eis o que se deve fazer


Para cultivar a bondade
E seguir a via da paz:
Ser capaz e ser honesto,
Franco e gentil no falar.
Humilde e não arrogante,
Contente, facilmente satisfeito,
Aliviado de deveres e frugal no seu caminho.
Pacífico e sereno, sábio e inteligente,
Sem orgulho, sem exigência por natureza.
Que ele nada faça
Que os sábios possam vir a reprovar.
Desejando: Na alegria e na segurança,
Que todos os seres sejam felizes.
Quaisquer que sejam os seres vivos,
Fracos, fortes, sem exceção
Dos maiores aos mais pequenos,
Visíveis ou invisíveis,
Estejam perto ou estejam longe,
Nascidos ou por nascer —
Que todos os seres sejam felizes!
Que ninguém engane ninguém,
Ou despreze alguém em que estado for.
Que ninguém por raiva ou má-fé,
Deseje mal a alguém.
Assim como uma Mãe protege o filho,
Com sua vida, seu único filho,
Assim de coração infinito,
Se deveria estimar todo o ser vivo;
Irradiando ternura por todo o mundo:
Acima ao mais alto céu,
E abaixo às profundezas;
Irradiante e sem limites,
Livre de ódio e má-fé.
Seja parado ou a andar,
Sentado ou deitado,
Livre de torpor,
Esta é uma lembrança a manter.

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Diz-se esta ser a sublime permanência.
O puro de coração, com clareza de visão,
Ao não insistir em ideias fixas,
Liberto dos desejos dos sentidos,
Não voltará a nascer neste mundo.
Livre de aflição,
Livre de hostilidade,
Livre de má-fé,
Livre de ansiedade,
E possa eu manter em mim bem-estar.
Que todos mantenham bem-estar,
Livres de hostilidade,
Livres de má-fé,
Livres de ansiedade, e possam eles
Manter bem-estar em si próprios.
Possam todos os seres se libertarem de todo o sofrimento.
E que todos não se separem da boa fortuna que alcançaram.
Quando agem com intenção,
Todos os seres são os donos de sua ação e herdam seus resultados.
O seu futuro nasce de tal ação, companheiro de tal ação,
E os seus resultados serão o seu lar.
Todas as ações com intenção,
Sejam elas boas ou más —
De tais atos eles serão os herdeiros.

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Dedicação de Oferendas
[Yo so] bhagavā arahaṃ sammāsambuddho
Ao Excelso, o Mestre, que totalmente alcançou a iluminação perfeita,

Svākkhāto yena bhagavatā dhammo


Ao ensinamento, que Ele tão bem explicou,

Supaṭipanno yassa bhagavato sāvakasaṅgho


E aos discípulos do Excelso, que tão bem praticaram,

Tam-mayaṃ bhagavantaṃ sadhammaṃ sasaṅghaṃ


A estes – ao Buddha, ao Dhamma e ao Sangha —

Imehi sakkārehi yathārahaṃ āropitehi abhipūjayāma


Apresentamos a devida homenagem com oferendas.

Sādhu no bhante bhagavā sucira-parinibbutopi


Para nós, é bom que tendo o Excelso se libertado,

Pacchimā-janatānukampa-mānasā
Ainda teve compaixão pelas gerações futuras.

Ime sakkāre duggata-paṇṇākāra-bhūte paṭiggaṇhātu


Que estas simples oferendas sejam aceites

Amhākaṃ dīgharattaṃ hitāya sukhāya


Pelo nosso duradouro benefício e pela felicidade que nos dá.

Arahaṃ sammāsambuddho bhagavā


Ao Mestre, O perfeitamente Iluminado e Excelso —

Buddhaṃ bhagavantaṃ abhivādemi


Ao Buddha, o Excelso, eu presto homenagem. (Prostração)

Svākkhāto bhagavatā dhammo


Ao ensinamento, tão plenamente explicado por Ele —

Dhammaṃ namassāmi
Ao Dhamma, eu presto homenagem. (Prostração)

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Supaṭipanno bhagavato sāvakasaṅgho
Aos discípulos do Excelso que tão bem praticaram —

Saṅghaṃ namāmi (Prostração)


Ao Sangha, eu presto homenagem.

Homenagem Preliminar
Handa mayaṃ buddhassabhagavato pubbabhāga-namakāraṃ karomase
[Prestemos agora homenagem preliminar ao Buddha.]

Namo tassa bhagavato arahato sammāsambuddhassa


Namo tassa bhagavato arahato sammāsambuddhassa
Namo tassa bhagavato arahato sammāsambuddhassa
Homenagem ao Excelso, Nobre e Perfeitamente Iluminado. (Prostração 3x)

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