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DIFERENÇA ENTRE PENHOR, HIPOTECA E ANTICRESE

PENHOR: Bem móvel; há transferência do bem ao credor, exceto - rural, industrial, mercantil e de
veículo.
HIPOTECA: Bem imóvel; não há transferência do bem ao credor.
ANTICRESE: Bem imóvel; há transferência do bem ao credor, podendo retirar da coisa os frutos
para pagamento da dívida.

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AS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS NO PROCESSO PENAL: SEQUESTRO, HIPOTECA


LEGAL E ARRESTO
As medidas assecuratórias patrimoniais atingem os bens do indiciado ou do réu a fim de
assegurar patrimônio suficiente para satisfazer o Estado ou a vítima. Trata-se, pois, de restrição do
direito patrimonial do acusado para proteção da vítima e da sociedade, evitando-se a dissipação do
patrimônio a fim de viabilizar o direito à indenização pela via da ação civil ex delicto.
O deferimento da medida assecuratória patrimonial, requer, apenas, a necessidade e a
probabilidade do direito (fomus boni iuris e periculum in mora).
De mais a mais, cumpre salientar que as medidas assecuratórias patrimoniais são
provisórias, pois cuidam de assegurar um provável direito, devendo ser substituídas por uma medida
definitiva, se tal direito se confirmar; e instrumentais, na medida em que serve de meio à adoção de
uma medida efetiva futura, não sendo, portanto, um fim em si mesmo.

1. Sequestro
O sequestro consiste na retirada do bem imóvel ou móvel do poder de disposição do
acusado, colocando-a sob a tutela de um sequestrário ou sequestre, sempre que houver a prova da
existência de fato criminoso e indícios veementes de que o bem é produto de crime ou que foi adquirido
com frutos do ilícito praticado.
O sequestro sempre será cabível aos bens imóveis, sendo, todavia, cabível aos móveis
apenas se estes não estiverem sujeitos à apreensão. Vale mencionar que será objeto de sequestro
somente bens certos, determinados e adquiridos posteriormente ao fato criminoso, que sobre aquisição
haja indícios de relação criminosa.

2. Hipoteca legal
A hipoteca legal consiste no direito real de garantia, de modo a recair sobre os bens
imóveis do réu, a fim de se evitar a disposição do bem para que reste frutífera à reparação do dano
experimentado pelo ofendido, bem como o pagamento das despesas processuais e penas pecuniárias.
De tal modo, a hipoteca legal poderá ser decretada sempre que houver certeza da infração
e indícios suficientes de autoria, independentemente da origem lícita ou ilícita do bem.
Cumpre, outrossim, mencionar que a especialização da hipoteca legal consiste no
procedimento utilizado para que o bem objeto desta seja individualizado, competindo ao magistrado
arbitrar o quantum da provável responsabilidade civil e avaliar o bem hipotecado ou os bens, caso o
valor indenizatório exceda o preço de um bem.

3. Arresto
O arresto se presta a garantir uma generalidade de bens hábeis a garantir a reparação do
dano quando houver prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, de modo a recair,
somente, sobre bens móveis de origem lícita e não necessariamente individualizados.

O arresto somente alcançará bens móveis suscetíveis à penhora, razão pela se deve observar as
impenhorabilidades da legislação civil.
Garantias
1- AVAL E FIANÇA
Os dois casos envolvem avaliação de patrimônio na negociação como garantia do
pagamento de dívida. A diferença está no fato de na primeira, exigir a presença de uma terceira pessoa
denominada avalista, se comprometendo a pagar a dívida por meio de título de crédito, geralmente em
letra de câmbio, em favor do avalizado, ou seja, a pessoa que precisa do benefício da concessão de
crédito ou benefício. Desta forma, o avalista torna-se garantidor da intermediação. A segunda, através
de contrato acessório ou subsidiário, visa garantir a satisfação do credor por meio de análise
patrimonial, portanto pode envolver tanto a presença de uma terceira pessoa, denominada fiador,
quanto à análise dos bens do próprio devedor.

2- PENHOR
Penhor é uma forma de garantia cuja segurança da negociação está num bem móvel
(objetos de valor, por exemplo) ou em direitos. A negociação só terá efeito quando o objeto empenhado
for entregue ao credor, seja por posse direta ou por meio de documento que registre disponibilidade
exclusiva ao credor. No Brasil existem instituições bastante tradicionais que trabalham com concessão
de crédito através de penhor. A Caixa Econômica Federal é uma delas, onde o cliente pode conseguir
dinheiro de forma rápida e com menos burocracia que outras formas de empréstimo.

3- CAUÇÃO
É uma forma de garantia bastante comum em negociações, principalmente em casos de
transações imobiliárias, seja venda ou aluguel. Consiste no depósito de um valor, geralmente pré-
determinado, como garantia para o cumprimento de uma obrigação ou mesmo indenização em casos
de possível reparação de dano. As cauções podem ser de caráter real ou fidejussória. A primeira é
quando se oferece bem móvel ou imóvel como garantia da negociação, a segunda, quando a garantia
é transmitida em caráter pessoal. Mesmo entendendo que a lei nem sempre pode determinar
especificamente a forma de caução, em trâmites de negociação, ela pode ser feita através de depósito
em espécie, papéis de crédito, títulos da União, entre outros.

4- HIPOTECA
É a forma de negociação cuja garantia envolva um bem (geralmente imóvel) como
garantia real ao credor. Pode ser confundida com alienação fiduciária, mas juridicamente existem
diferenças legais para ambos os casos. A negociação se dá através de sujeição do bem hipotecado,
com registro em escritura pública, mas sem a transferência de posse direta ao credor. Mesmo o bem
sendo a garantia da negociação, este continua em posse do devedor.

5- ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
Numa forma literal de pensamento, “alienar” é o mesmo que prender. Na forma de
negociação por meio de alienação fiduciária, a transferência do bem é a própria garantia, feita através
de acordo direto firmado entre credor e devedor. Também conhecida como alienação em garantia, é
uma prática bastante comum em nosso país, principalmente em compras de imóveis ou veículos. O
devedor adquire o direito de uso do bem, pagando-o em prestações, mas o registro fica em nome do
credor, obviamente o que lhe outorga o direito de adjudicação (reintegração de posse) do bem, em
caso de inadimplência.

6- ANTICRESE
Anticrese é uma forma de garantia, instituto do direito civil, cuja segurança da negociação se
dá através dos frutos de rendimento de um bem imóvel, conforme o art. 1506 do Código Civil. Por se tratar
de uma negociação menos comum, além de ser definida por meio de relação jurídica contratual, é necessário
também um registro em cartório junto ao tabelião. Como exigência da negociação, o bem não pode estar
alienado, deverá ser preservado em bom estado, e mesmo que esteja em posse de mais um proprietário, o
responsável legal pela administração do imóvel fica incumbido de reaver a dívida com base nos
rendimentos que a propriedade em questão originar, como por exemplo, rentabilidade por meio de locação.

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