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SUBESTAÇÕES EM SF6
Disciplina: Subestações II
Professor: Roberto Vigoderis
RIO DE JANEIRO - RJ
2019.2
SUMÁRIO
2. UTILIZAÇÃO DO SF6
O SF6 é utilizado como um gás isolante em subestações, como um isolador
médio refrescante em transformadores, como um isolador e extintor de arco elétrico em
interruptores para aplicações de alta e média tensão.
Em sistemas de energia elétrica, é exigido nos interruptores de alta e média
tensão no poder de corte para, no caso de uma falha, proteger as pessoas e os
equipamentos.
As subestações isoladas com gás encontram-se principalmente em áreas
urbanas e frequentemente instaladas em edifícios num pequeno local. Essas subestações
reduzem o campo magnético e removem completamente o campo elétrico. Essa é uma
real vantagem para os instaladores, pessoal de manutenção e as pessoas que vivem na
redondeza de subestações.
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4.2.1. Princípio de interrupção:
O princípio de interrupção dos disjuntores HD4 baseia-se nas técnicas de
compressão e autogeração para obter as melhores prestações a todos os valores de
corrente de interrupção, com tempos mínimos de arco, extinção gradual.
Desconexão dos contatos principais
Nenhum arco elétrico se estabelece porque a corrente flui através dos contatos
quebra-arco. Durante o seu curso para baixo, o equipamento móvel comprime o gás
contido na câmara inferior. O gás comprimido flui da câmara inferior à câmara superior
levando ambas à mesma pressão.
Desconexão dos contatos quebra-arco
A corrente flui graças ao arco elétrico que se estabelece entre os contatos
quebra-arco. O gás não pode sair através do orifício porque o furo ainda está fechado pelo
contato quebra-arco fixo, e nem pode sair através da parte interna do contato quebra-arco
móvel porque o arco elétrico o fecha (clogging effect):
• Com correntes de pouca entidade, quando a corrente passa pelo seu zero
natural e o arco se extingue, o gás flui através dos contatos; a baixa
pressão atingida não pode estirar a corrente e a quantidade reduzida de
gás comprimido é suficiente para restabelecer a rigidez dielétrica entre os
dois contatos impedindo um reengate na frente de saída da tensão de
retorno.
• Com correntes de curto-circuito elevadas, a onda de pressão gerada pelo
arco elétrico fecha a válvula entre as duas câmaras, assim, o interruptor
começa a funcionar como um “puro selfblast” (autogeração); a pressão
aumenta, no volume superior, graças ao aquecimento do gás e à
dissociação molecular devido à alta temperatura. O aumento de pressão
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gerado é proporcional à corrente de arco e garante a extinção na primeira
passagem pelo zero da corrente.
Disjuntor aberto
O arco foi interrompido, e a pressão autogerada no volume superior se reduz
porque o gás está fluindo através dos contatos. A válvula se reabre, e, assim, um novo
fluxo de gás fresco aflui na câmara de interrupção, desse modo, o aparelho está pronto
para o restabelecimento e a interrupção até o nível máximo.
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Diagrama unifilar característico
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Legenda:
Amarelo: Isoladores
Laranja: TP e TC
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Comparação no espaço físico utilizado
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5.1.5. Sobre a inflamabilidade:
Nenhum sistema anti-incêndio especial é necessário, uma vez que o gás SF6
não é combustível. Também não há necessidade de bacias de contenção ou de paredes
corta fogo.
Não há risco de explodir, o gráfico de pressão por tempo do SF6 mostra que,
durante uma falta interna, a variação de pressão nos GITs é muito lenta, e não atinge a
suportabilidade do tanque do transformador. O mesmo não pode ser visto nos OITs.
5.1.6. Custos:
Segundo (JACOBSEN, 2002) o custo de implantação de uma GIS é em média
de 60% a 70% maior em relação a AIS, devido a sua alta complexidade tecnológica.
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Porém nessa comparação não está contemplado o valor do m² do terreno. Quando se trata
de um terreno em um centro urbano, Cenário II, o preço do m² pode ser elevado, quando
localizados em regiões valorizadas, justificando a implantação de GIS. Desconsiderando
esse cenário de centros urbanos com elevado preço do m² do terreno, AIS possuem grande
vantagem em relação aos custos totais de implantação de um SE. Existem casos em que
foram realizadas substituições de AIS existentes por GIS, onde a venda do terreno ajudou
nos custos de investimentos. Trata-se de duas subestações, uma localizada no bairro
Leblon do Rio de Janeiro, e outra em Copacabana, também na mesma cidade. Vide a
seguir parte da notícia do site da ABB de 23 de julho de 2003.
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Endereço: Avenida dos Bandeirantes, 2200 – Campo Belo – São Paulo/SP
Local do empreendimento
• Tensão de 88-138/22kV
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Arranjo GIS + Sala de comando
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Entrada de Linha 88kV
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Saída para o Trafo 88/22kV
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